O CHORO DE RICARDO E A ALEGRIA DE CÁSSIO
Nunca é demais lembrar que a parceria ou a aliança, como
alguns desejam denominar, travada entre Ricardo Coutinho e Cássio em
2010, teve apenas uma causa, a vontade popular de derrotar Zé Maranhã
pela cassação do mandato de Cássio, que foi eleito legitimamente pelos
paraibanos.
Foi o eco das ruas, que naquela oportunidade, fizeram com
que Ricardo tivesse o apoio do campeão de votos nas urnas, que se
chama Cássio Rodrigues da Cunha Lima. Até então, o desconhecido
candidato ao governo da Paraíba, Ricardo não teria chances de vitória
sem a aliança com Cássio, pois era uma figura ainda desconhecida pelos
paraibanos no cenário político.
Com a aliança de Ricardo Coutinho a Cássio, vieram todos os
aparatos de apresentação ao povo, mudança de hábitos e posturas,
preparação para os debates na televisão, que até então, eram
desconhecidos por Ricardo. De fato, Cássio conseguiu transformar a fera
em bela, e com isso fez o povo da Paraíba, sufragar nas urnas o voto em
Ricardo Coutinho, tornando-o Governador.
Cássio é o cara do carisma abundante, aquele que ouve
primeiro e fala depois, que usa a emoção ao invez da razão, que abomina
a grosseria, o autoritarismo e todas as formas de agressão, talvez, pela
formação acadêmica em Direito, ou pelo forte legado deixado pelo Pai,
Ronaldo da Cunha Lima. E isso faz com que ele atraia naturalmente as
pessoas por onde passa para perto de si, apenas pelo jeito sereno de fazer
política, e o amigo de todos que demonstrar ser.
Quanto a Ricardo Coutinho, devemos perguntar as centenas
de famílias (mais de 15 mil prestadores) que no inicio do seu mandato,
tiveram que conviver com as demissões em massa dos prestadores de
serviços (muitos com 10, 15 e 20 anos de trabalho prestados ao Estado da
Paraíba), que foram demitidas sem receber seque um adeus, sob a
alegação de recuperação do equilíbrio financeiro e fiscal do Estado;
sendo que logo em seguida as demissões, voltou a contratar da mesma
forma, sendo que outras pessoas. Podemos até citar mais exemplos,
contudo, deixo para a reflexão do nosso leitor faze-lo.
A forma de administrar de Ricardo Coutinho, não permite
que as pessoas possam opinar, discordar ou sugerir, fazendo em certos
casos, escola entre seus seguidores, o que dificulta a convivência e
manutenção das alianças dentro do próprio PSB, seja na esfera municipal
ou estadual, pois tratamento respeitoso é algo que não deve ser exceção,
mas regra.
O fim da aliança, deve ser vista como uma nova opção e
oportunidade ao povo da Paraíba, de resgatar o direito de
democraticamente, ver seu desejo respeitado, que é a liberdade de se
expressar sem medo, temor ou receio de não ser perseguido, marcas tão
presentes no modelo implementado pela maioria predominante que faz
o Governo.
Para Cássio é a chance de corrigir os erros do passado, e fazer
um presente diferente, na espera de um futuro grandioso. Pecar pelo
silêncio, quando se deveria protestar, transforma homens em covardes,
talvez seja por isso, que o povo deseja ver Cassio Governador.
Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar
alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo o
tempo. O modelo atual tem se apresentado desta forma, e não tem mais
espaço nos dias atuais, quando as mídias sociais são nossas maiores
fontes de informação e desabafo popular.
O choro do Ricardo Coutinho é saber que podia fazer
diferente mas não o fez; quanto a alegria de Cássio, é ver que o povo da
Paraíba o perdoou, e que agora, quer vê-lo de volta ao Palácio da
Redenção, como Governador da Paraíba de todos, pela figura humana de
ser que envolver naturalmente a todos por onde passa.
Por Dr Evilson Braz (25/02/2014)
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