Fotos: Marques Valentim PRESIDENTE ANPC “Tudo o que correr mal é comigo” Páginas 4 e 5 CHIADO Há 25 anos Junho de 2013 E dição : 321 A no : XXX 1,25€ D irector : R ui R ama da S ilva Pág. 8 DIA DO BOMBEIRO PORTUGUÊS CONCURSOS DE MANOBRAS Elogios e avisos ao MAI Meio milhar em competição Páginas 16 e 17 Páginas 16 e 17 SOBRAL M. AGRAÇO AGUDA VILA NOVA DA BARQUINHA Centenário com dinamismo Dificuldades são oportunidades Determinação e coragem Pág. 13 Pág. 11 Pág. 12 2 JUNHO 2013 “FUEGO” Oh 49 o teu tempo é eterno F ernando Peixoto era o 49 dos Bombeiros Voluntários de Fafe. Um trágico acidente em vésperas do aniversário da instituição libertou-o da lei da morte e deixou naturalmente os seus companheiros profundamente consternados. Isso deve-se, não só, ao facto do seu simples desaparecimento, mas também, ao que representava para a instituição, em apego, dedicação e disponibilidade sempre marcante. Tenho pena de não te ter conhecido mas chegam-me os testemunhos daqueles que atestam o teu carácter e a tua simplicidade. E isso basta. Quantas histórias temos tido para contar dos nossos melhores homens e mulheres que na sua passagem terrena, em diferentes momentos, por diversas formas mas sempre ligados aos bombeiros, algumas com sacrifício da própria vida, deram-nos exemplos fantásticos de grande elevação, sacrifico e apego à missão. Cada associação e corpo de bombeiros terá os seus heróis, as suas referências e, no conjunto, são muitos, um capital humano de grande qualidade que constitui a nossa memória colectiva. Trata-se de um contingente de gente que saiu do nosso convívio mas que não sairá da nossa memória e que constitui uma soma, um por um, de um notável acervo da nossa cultura e da nossa identidade associativa voluntária. Estou certo, viveremos para sempre. A nos- sa eternidade está na missão. Na certeza de que quem cai no seu cumprimento tem sempre alguém que o substitua. O nosso tributo vai para aqueles que preencheram as nossas fileiras e que a partir de determinado momento passaram então a acompanhar-nos de outro lugar. Todos eles, contigo 49, fazem parte de um grupo de elite em que nos revemos, nos inspiramos e de que nos orgulhamos. Mesmo longe, mas próximo de nós, vocês dão razão de ser ao nosso trabalho presente. Em homenagem à vossa memória, e de tudo o que constituíram de bom, queremos também fazer mais e melhor. Oh 49 valeu a pena. E é isso que queremos continuar a provar-te. Para que tu e os outros nunca possam pensar que o esforço e o sacrifício foi em vão. Não foi, e vamos continuar a provar-vos isso. Oh 49, o teu tempo é eterno, como a memória que nos deixas, tu e todos os que te acompanham agora. Acredita que somos fortes para vencer a adversidade mas também sabemos chorar e não temos vergonha disso. Aquilo que fazemos pelos outros também não tem tempo, é eterno enquanto houver gente que precise do nosso cuidado. Por tudo isso, 49, acredito, vais continuar a sair connosco a cada toque de chamada de socorro. O teu tempo é eterno e o nosso, contigo, também o é. (Foto de Rui Dário Correia captada no combate a um incêndio em Laveira.Fafe) Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia A Revista com artigo português última edição da revista “Fuego” da “Asociación Española de Lucha Contra el Fuego-ASELF” inclui um artigo do presidente da direção dos Bombeiros Voluntários de Setúbal, José Luís Bucho, sobre o “Exercício Mitrex 2012” realizado em novembro último na península industrial de Mitrena. Esta colaboração insere-se na relação de proximidade existente entre os bombeiros dos dois países, inclusive, neste caso, entre os Voluntários de Setúbal e os seus congéneres voluntários da Catalunha. A revista releva ainda a passagem dos 25 anos da Escola de Bombeiros e Proteção Civil da Catalunha, diversos artigos técnicos e até a abertura do quarto museu espanhol alusivo a bombeiros na localidade de Daganzo. “SELEÇÕES DO READER´S DIGEST” O Bombeiros sempre à frente s bombeiros são, há 13 anos consecutivos, a missão em quem os portugueses depositam maior confiança, segundo os resultados da escolha das profissões e marcas de confiança promovida pela revista “Seleções do Reader´s Digest” entre os seus leitores e divulgada na sua edição de maio. Ao escolherem os bombeiros, os leitores da revista fazem-no mais uma vez de forma concludente, com um expressivo resultado de 94 por cento de opiniões a favor, não fugindo, porém, aos resultados registados nas anteriores edições da iniciativa. Depois dos bombeiros, na edição de 2013, os leitores da revista expressam também confiança nos carteiros (89 por cento), nos professores (88 por cento), médicos (87 por cento), nas organizações de proteção ambiental (82 por cento) e militares (80 por cento), entre mais 14 atividades profissionais apresentadas ao sufrágio dos leitores. Em último, como antes, surgem os políticos com um expressivo resultado de apenas 14 por cento de confiança. [email protected] RÉGUA Á porta do Quartel Delfim Ferreira, no centro da cidade do Peso da Régua, o comandante dos Bombeiros da Régua, Antonio António Manuel Cardoso Fonseca, e o cão Buick, um labrador de tenra idade, um animal fantástico e a nova estrela da instituição, num jeep daqueles cheios de história e memórias felizes. Bela foto V oluntários na missão, mas profissionais na ação, os bombeiros de Portugal são exemplo de entrega, de abnegação e de coragem, o que aliás deveria ser seguido por um país useiro e vezeiro em misturar conceitos, em tomar a árvore pela floresta. Não raramente voluntariado é confundido com amadorismo, tal como muitas vezes “caridadezinha” surge como sinónimo de solidariedade, “imprecisões” que acabam por minimizar a atividade das associações humanitárias e dos corpos de bombeiros que afinal serve de motor principal ao movimento nacional do voluntariado. Na realidade, os operacionais sabem que a missão que cumprem em prol dos outros não se compadece com amadorismos, na mesma forma que é visível o enorme esforço de direções e comandos, não obstante a conjuntura nacional, em investir na formação dos bom- Foto: Marques Valentim Formação um investimento no futuro beiros que servem os quartéis deste país e que garantem a proteção e socorro de pessoas e bens. A preparação do “braço armado” da proteção civil nacional constitui um fator de preocupação constante. Cursos e exercícios, treinos e simulacros, recriando aos mais distintos teatros de operações, fazem parte integrante da formação destes “soldados da paz”, que nos quartéis, na Escola Nacional de Bombeiros ou, cada vez mais, nas Unidades Locais de Formação investem na sua segurança, mas sobretudo na qualidade da resposta dada às populações que servem. Apesar de todas as dificuldades, ampliadas pela austeridade imposta ao nosso País, os bombeiros de Portugal superam-se contrariando as adversidades, provando que mesmo com pouco é possível fazer muito! Sofia Ribeiro 3 JUNHO 2013 Foto: Paulo Cunha/LUSA Os fogos evitam-se, não se apagam P assou mais um ano. Há coisas que se repetem. As temperaturas começam agora a subir e os primeiros incêndios rurais e florestais começam a surgir, dando trabalho aos bombeiros e, consequentemente, a preencher tempo nas televisões, rádios e páginas dos jornais. Como é natural, a comunicação social estará especialmente atenta a esse fenómeno recorrente que são os incêndios florestais, porque faz parte do quotidiano e também das fragilidades da nossa organização económica e social. Isso ocorre, porém, a par da cobertura da chamada “silly season”, período de férias, de abrandamento de atividade de muita gente, férias dos colunáveis, políticos e artistas que, à falta de melhor, disputam com o esforço dos bombeiros os destaques na comunicação social. Neste processo comunicacional, muitas das vezes estas notícias não retratam os factos, o esforço e a abnegação dos bombeiros com o rigor desejado, nem pesam a importância percentual da missão do combate aos incêndios florestais comparativamente a todas as outras missões que os bombeiros cumprem durante todo o resto do ano. Desejamos que a comunicação social seja o intérprete fiel de tudo o que se passe no terreno. Para tal, desejamos que não se deixe iludir pelo “espetáculo” do fogo, pela abordagem redutora da desgraça alheia, que não aja de forma acrítica, sem considerar o histórico do fenómeno dos incêndios florestais, e que não assente apenas a sua mensagem no sentimento popular, respeitável mas relativizado, de quem quer sempre os bombeiros à sua porta. Desejamos que a comunicação social esteja mais formada, mais conhecedora do fenómeno dos incêndios, da organização da proteção civil e, em especial, dos bombeiros. Só assim, poderá, de forma clara e inequívoca fazer o respetivo juízo. Nunca tememos a crítica. Temos consciência do que fazemos, das limitações com que trabalhamos e os riscos que nos podem assolar. Só tememos quando, feita sem conhecimento suficiente, nem bases, a crítica possa influenciar negativamente a opinião pública de forma injusta e parcial. Não desejamos que a comunicação social faça a cobertura dos incêndios florestais, como às vezes aconteceu, de forma idêntica à cobertura da “silly season” que ocorre em paralelo. Não são, como se sabe, a mesma coisa, nem é possível abordar o primeiro tema com a forma aligeirada e despreocupada com que se cobre naturalmente o segundo. Não pretendemos dar lições à comunicação social, como é óbvio. Mas, já que são os nossos parceiros mais próximos nos bons e maus momentos, e porque os respeitamos na sua função, desejamos, naturalmente, que façam o seu trabalho, com total rigor e isenção. A tendência natural da opinião pública em anos anteriores tem sido, por vezes, transferir para os bombeiros, injustamente, uma parte do ónus do drama dos incêndios florestais, das dificuldades e obstáculos ao seu combate. Preocupada com o mediatismo do combate, nem sempre a comunicação social tem abordado toda a problemática da intervenção que, a montante do combate que decorre durante cerca de quatro meses, devia ter sido executada ao longo do ano, de forma consistente e eficaz. Falo da prevenção, como estratégia fundamental para evitar e salvaguardar o impacto dos incêndios florestais. Prevenção ainda agora muito deficitária na ação prática e na própria avaliação do seu impacto económico e social, em contraponto aos prejuízos que o fogo sempre acarreta. Por isso, a minha sugestão à comunicação social é para que, sempre que faça a cobertura do combate aos incêndios florestais em determinada zona saiba também, em simultâneo, fazer a leitura e análise de tudo o que se fez ou não fez na zona em causa, no domínio da prevenção. Irá encontrar por certo, mesmo que muito poucos, casos de boas práticas de prevenção. Irá também encontrar, sabemos, infelizmente em muito maior número, situações em que ficam evidentes as consequências da ausência da prevenção. Há muito anos que os bombeiros fazem o apelo à prevenção. Ao fazer esse apelo, não pretendem abrandar, nem o esforço, nem a capacidade no combate mas, acima de tudo, desejam evitar riscos gratuitos e prejuízos evitáveis. Nós vamos continuar no terreno, disso podem os portugueses ter a certeza. E vamos continuar satisfeitos pelo facto da comunicação social nos acompanhar, com o papel importante que podem e devem desempenhar neste domínio, com justiça e rigor. 4 JUNHO 2013 PRESIDENTE DA AUTORIDADE NACIONAL DE PROTEÇÃO CIVIL “A missão primária da Entrevista: Patrícia Cerdeira Fotos: Marques Valentim Notei alguma falta de planeamento nomeadamente na área financeira e dos recurso, situação que tem vindo a ser superada Bombeiros de Portugal (BP) – Ao fim de seis meses no cargo de presidente da ANPC pergunto-lhe se ficou surpreendido com o que encontrou? Tanto para o bem como para o mal. Manuel Mateus Couto (MMC) – A surpresa foi bastante positiva. Não tinha a noção de que, principalmente, a estrutura operacional estivesse tão bem articulada entre o Comando Nacional e os comandos distritais. O mesmo acontece com a forma como os comandos distritais se interligam com os corpos de bombeiros, autarquias e outros agentes, onde se nota que temos uma estrutura operacional montada que responde e é reconhecida por todos os intervenientes. BP – E coisas negativas? MMC – Notei alguma falta de planeamento nomeadamente na área financeira e dos recursos, situação que tem vindo a ser superada. Para o próximo ano há já um planeamento definido especialmente ao nível da centralização de aquisições, missões ao estrangeiro e formação entre outras, já que as coisas funcionavam um pouco assim: aparece uma coisa para se fazer, faz-se… Posso dizer-lhe que chegámos ao fim do ano passado e não tínhamos dinheiro para fazer uma inspeção na área da segurança contra incêndios, o que não pode acontecer. Face às limitações orçamentais é óbvio que tem de haver um planeamento sério. Para este ano, temos várias rubricas que estão limitadas e não podemos ultrapassar esses limites. Estamos também a normalizar alguns procedimentos de forma a racionalizar recursos. BP – A casa começa a ficar ‘arrumada’, tanto ao nível das alterações legislativas como da nova estrutura de dirigentes e responsáveis operacionais. Correu tudo como queria ou em algum momento foi contrariado por decisões da tutela? MMC – Não. Correu como estava previsto. É normal que com a entrada de um novo presidente este queira nomear as pessoas da sua confiança. Quem nomeia é o Senhor Ministro mas não encontrei constrangimento de qualquer natureza. BP – Já disse que a casa mãe da PC está arrumada a seu gosto. Pergunto-lhe quais são os objetivos estratégicos que pretende atingir nos próximos tempos? Como militar que é calculo que funcione por objetivos bem definidos. MMC – O grande objetivo que tenho para esta casa é que seja o próprio cidadão a fazer uma avaliação positiva do que é proteção civil e sei que é um objetivo difícil porque por mais rápida que seja a resposta, o cidadão nunca está satisfeito. Mas é nesta área que temos de corrigir o que possa estar menos bem. Se tivermos cidadãos descansados e satisfeitos com a sua proteção civil, então é porque estamos a cumprir os objetivos. Por outro lado, é preciso manter e melhorar a articulação e a resposta operacional porque nunca nada é definitivo. Em matéria de incêndios florestais, a vertente do ataque inicial está consolidada. Agora, estamos a apostar no ataque ampliado com as novidades introduzidas na nova DON. Para o ano, outras questões irão surgir com base na experiência dos anos anteriores. Depois, há que manter os bombeiros, o principal agente de proteção civil, cada vez mais bem equipados e formados para que possam dar as respostas necessárias. BP – Mas a proteção civil não se esgota nos incêndios. Que outros objetivos tem para as restantes áreas de intervenção? MMC – A aposta nos planos distritais e municipais de proteção civil. Toda esta área do levantamento dos riscos e das vulnerabilidades do território são decisivas para preparar respostas prontas e eficazes. Há ainda um grande trabalho a desenvolver na área dos planos especiais – barragens, sismos, tsunamis – nos quais também já estamos a trabalhar. Outra área que também considero decisiva é a área dos avisos às populações. Estamos a desenvolver um trabalho com operadores de telecomunicações e órgãos de comunicação social nesta área. Para minha surpresa encontrei algumas resistências em alguma comunicação social em se envolver na necessidade de emitir avisos caso necessário, o que me deixou bastante perplexo. No fundo, estamos a apostar na criação de vários sistemas de aviso às populações em caso de necessidade. BP – No meio deste universo, o que o preocupa mais no imediato? MMC – Tenho algumas preocupações com o Planeamento Civil de Emergência (PCE) que como sabe é uma nova atribuição da ANPC e cuja integração nesta casa não foi suficientemente valorizada. Neste momento não temos nenhuma es- O grande objetivo que tenho para esta casa é que seja o próprio cidadão a fazer uma avaliação positiva do que é proteção civil trutura orgânica a que possa chamar a equipa do PCE. Já fiz chegar esta preocupação à tutela e agora cabe-me resolver esta questão na futura orgânica da casa. Esta é uma questão muito sensível porque se não acontecer nada corre tudo bem, se acontecer uma tragédia é aqui que vêm perguntar o que se fez e neste momento fez-se ainda pouco. BP – A ANPC tem uma nova lei orgânica. Eram estas as alterações necessárias ou não foi possível ir mais longe? MMC – De um modo geral, julgo que a Lei Orgânica segue o que foi proposto pela Autoridade. Quando nos foi pedido para que preparássemos a nova Lei, com as restrições óbvias do momento que atravessamos, construímos um documento e é esse documento que está agora espelhado na nova Lei. Enquanto presidente esta Lei não me causa grandes constrangimentos ou mesmo transtornos e vai ao encontro daquilo que propusemos. BP – Para além da direção nacional de meios aéreos que já se sabe passou por uma opção política que decorre da futura extinção da EMA, há uma nova direção nacional que não está a ser muito bem recebida, nomeadamente pelos bombeiros. Não se corre o risco de ter uma Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI) dentro da própria ANPC? MMC – Não, e a grande razão para não se chamar inspeção é porque estas só existem ao nível dos ministérios. A Direção Nacional de Fiscalização e Auditoria tem competências bem definidas, depende do presidente e atuará coadjuvada com os técnicos das diferentes áreas desta casa nas diferentes situações. Não prevejo que a nova direção funcione em moldes muitos diferentes da inspeção que existia até aqui. O que pretendemos é que tenha mais recursos humanos, que fazem falta. BP – Mas ganhou autonomia. Confirma? MMC – A autonomia é relativa a meu ver porque todas as ações dependem do presidente que pode regular essa mesma autonomia. Não tenho grandes preocupações relativamente a isso porque que seguirei de perto todas as inspeções, relatórios e consequências. BP – As competências atribuídas a esta nova direção acabam por esvaziar um 5 JUNHO 2013 (ANPC), MAJOR GENERAL MANUEL MATEUS COUTO: GNR não é apagar fogos” Há que manter os bombeiros, o principal agente de proteção civil, cada vez mais bem equipados e formados para que possam dar as respostas necessárias pouco aquelas que eram as competências da DNB. O que pensa disto? MMC – Não vejo isso dessa forma. Ficaria preocupado sim se perdesse-mos essa autoridade para o exterior da própria instituição, o que não acontece. A Direção Nacional de Bombeiros não tem feito inspeções por sua iniciativa e o que vai acontecer é que a nova direção nacional fará as suas inspeções com elementos da DNB quando estas se destinarem aos bombeiros. Se a inspeção for de caráter financeiro, irá sempre alguém do departamento financeiro da ANPC. Ou seja, a direção nacional tem técnicos na área da inspeção e será sempre acompanhado por pessoal especializado nas diferentes áreas a que se destinam as próprias inspeções. Já agora. Isto é uma coisa que acontece na maioria dos organismos públicos, pois quem regula não deve fiscalizar. BP – Num passado recente assistimos a inspeções por parte da ANPC aos corpos de bombeiros em clara violação da lei, segundo relatos de muitos deles. Garante que coisas destas não voltam a acontecer? MMC – Garanto que situações que não estejam previstas não vão acontecer. Só atuaremos com base na lei. Ponto. BP – Sendo esta sua entrevista dirigida maioritariamente ao universo dos bombeiros, pergunto-lhe qual a opinião que tem dos bombeiros em Portugal? MMC – Tenho uma boa impressão dos bombeiros, não só ao nível da formação de qualidade que têm como da sua disponibilidade permanente e extrema, característica que muito me impressiona e que considero fundamental num tempo onde tal é tão raro. A juntar a isto, tenho notado bons equipamentos e infraestruturas o que me leva a dizer que começamos a ter operacionais capazes de dar à sociedade a tranquilidade necessária para que esta sinta que terá as melhores respostas e que pode confiar nos seus bombeiros. BP – Qual a política da ANPC para o apoio à sustentabilidade das associações humanitárias e corpos de bombeiros? MMC – Apoiar o setor em tudo o que nos seja possível, nomeadamente através do Programa Permanente de Cooperação (PCC), tentar aos poucos, através das circulares financeiras, melhorar os apoios que são dados aos bombeiros, como são exemplo os incêndios florestais, e destaco aqui os aumentos deste ano numa altura tão difícil. Por outro lado, e ainda com base nas circulares financeiras que estamos a estudar, tentar incentivar a substituição de viaturas. As verbas do QREN podem vir a ser reduzidas, e considero que as viaturas muito velhas devem ser trocadas em vez de serem reparadas. Estamos a estudar um possível aumento da comparticipação para incentivar os bombeiros a renovarem, na medida do possível, o parque de viaturas com mais utilização. BP – Considera que os corpos de bombeiros deveriam ter autonomia face à ANPC como têm os outros agentes de proteção civil? MMC – Essa questão é complicada… mas julgo que o atual modelo é o mais adequado. Acho que os corpos de bombeiros devem ter alguma dependência no sentido de reconhecer a ANPC como uma entidade reguladora que apoia mas também pede algum retorno. Aliás, daquilo que tenho visto considero que não há qualquer contestação ao modelo em vigor BP – Ao contrário do que estava previsto, e na sequência das alterações ao SIOPS, os bombeiros continuam a não estar representados na estrutura. Não têm assento no CCON, nem nos CCOD. A LBP já mostrou o seu descontentamento. Sendo considerados como principal agente acha que faz sentido? MMC – É verdade que não está expresso na legislação mas essa ausência está longe de se verificar porque a Liga estará representada no CCON ou no CCOD sempre que assim o entender… BP – Mas porque a atual direção da ANPC assim o entende. No futuro poderá haver outro entendimento… MMC – Acho que essa questão nunca se colocará porque facilmente se depreende a importância de manter a LBP informada de toda a atividade operacional. BP – A ANPC tem um pro- Estamos a estudar um possível aumento de comparticipação para incentivar os bombeiros a renovarem o parque de viaturas com mais utilização blema complexo em mãos que está a tentar resolver. Como pretende fixar os técnicos/ especialistas que ao longo de vários anos têm trabalhado para a ANPC que estão vinculados à Escola? MMC – Sobre essa matéria temos duas situações distintas. A Força Especial de Bombeiros (FEB) para a qual está já a ser estudado um estatuto que defina como é que a FEB pode vir a ser integrada na ANPC. Ou seja, estes elementos passarem a pertencer à Autoridade. Quantos aos restantes elementos, estamos a estudar outra alternativa a qual ainda não pode ser pública. Posso apenas dizer-lhe que estamos a procurar uma alternativa. BP – E como está o processo do pagamento dos retroativos exigido pela Inspeção Geral de Finanças aos funcionários da ENB que trabalham aqui? MMC – Sobre isso, posso dizer-lhe que está a ser feito um levantamento sobre os montantes em causa para cada um dos funcionários, pela ENB. Quando tivermos esses dados, solicitaremos a isenção desse pagamento ao Ministério das Finanças, ao abrigo da legislação em vigor. Tudo isso ainda não foi feito porque os montantes ainda não estão todos estimados. BP – O sucesso de um presidente da ANPC e do CONAC está muito ligado ao sucesso das intervenções em grandes teatros de operações. Está preocupado com os incêndios? A história já mostrou que quando as coisas correm mal há que arranjar bodes expiatórios. Está preparado para isso? MMC – Tudo o que correr mal nesta casa a responsabilidade será sempre minha, por isso o bode expiatória só poderei ser eu. Se escolho uma equipa e se aprovo ordens de operações então se algo correr mal a responsabilidade só pode ser minha. Os incêndios florestais são e serão sempre uma preocupação. Apesar do tempo até estar a ajudar, talvez por sorte de principiante, assumirei sempre o que correr mal. BP – A Escola Nacional de Bombeiros (ENB) tem sido muito criticada num passado recente. Com uma nova direção e sendo a ANPC um dos seus associados o que vai exigir. O que é mais premente? MMC – Estou a trabalhar com a Liga dos Bombeiros Portugueses na atribuição de uma carta de missão para a nova direção. Penso que é muito importante definir um plano e objetivos a três anos, até para salvaguarda da própria direção da ENB. A nossa principal preocupação é levar a formação aos corpos de bombeiros, com reforço das Unidades Locais de Formação. Definir um plano estratégico para a própria Escola para que esta se possa aproximar de outras instituições congéneres e outros organismos do ensino superior com o objetivo de lhe dar maior visibilidade, tornando-se num centro formativo de excelência tanto para bombeiros como para outras áreas da proteção civil. Por outro lado, há que resolver a questão da CENAFOGO o mais rápido possível para acabar com esse processo. BP – Está preocupado com a auditória que está a ser feita à Escola? MMC – Não. Normalmente não me preocupo com as inspeções e ainda há cerca de dois meses tivemos aqui uma. Não vejo as inspeções como algo de mau mas antes como oportunidade de melhoria dos serviços. Vão aparecer certamente recomendações que podem até servir de alavanca à mudança de procedimentos menos bons, pela força que têm. BP – Qual a sua perspetiva sobre a integração das organizações privadas de proteção civil no sistema? MMC – Têm surgido várias estruturas voluntárias nesta área e estamos a elaborar legislação enquadradora para regular essas atividades. Há muita gente a querer mexer e julgo que esse é um sinal bastante positivo numa área onde todos somos precisos. Uma coisa é juntarmo-nos em exercícios, outra coisa é operacionalizar a atuação de todos e é nesse sentido que estamos a trabalhar pois estas estruturas têm um papel muito importante ao nível local. BP – O atual ministro da Administração Interna já falou na eventualidade de retirar os elementos do GIPS da GNR das brigadas helitransportadas, mantendo esta estrutura apenas em missões de vigilância e fiscalização no terreno, a com- ponente terrestre. O que pensa disto? MMC – Tenho-me apercebido que a intenção é reduzir gradualmente a dimensão do GIPS aumentando a da FEB. No futuro ter a FEB em todo o país e o GIPS passar a ser apenas reserva nacional para situações mais extraordinárias. Estou de acordo com esta visão porque a missão primária da GNR não é apagar fogos. Apagar fogos é para bombeiros e temos uma Força Especial que poderá fazer muito bem esse trabalho. BP – Mas foram investidos milhões de euros no GIPS… MMC – Certo e eles fizeram o seu trabalho e bem. O GIPS tem uma série de meios que poderão ser reconvertidos mais tarde e o pessoal será sempre aproveitado porque antes de tudo eles são guardas. BP – Desafio-o a dirigir-se ao DECIF num tom mais informal. O que diria a estes homens se pudesse falar com eles um a um? MMC – Um a um? (sorrisos) No fundo era aproveitar mais esta oportunidade para evidenciar a importância do trabalho que os bombeiros portugueses desenvolvem. Agradecer-lhes a disponibilidade permanente ao serviço do país que demostram sempre que são chamados a intervir e dizer-lhes que a ANPC está confiante no seu trabalho e sempre disponível para os apoiar. Não vejo as inspeções como algo de mau mas antes como oportunidade de melhoria dos serviços 6 JUNHO 2013 Um capacete alemão… tornado luso Pesquisa/Texto: Luís Miguel Baptista Fotos: Arquivo LBP/NHPM C omo é sabido, os bombeiros em Portugal apresentam uma realidade distinta dos demais países. Um facto que decorre da sua natureza enquanto expressão, maioritária, da sociedade civil livremente organizada. Apesar disso, nunca deixaram de receber influências estrangeiras, sobretudo, e há mais tempo, da Alemanha, da França e da Inglaterra, nas áreas do material e equipamento. São igualmente detectáveis traços norte-americanos, embora de origem muito mais recente, tendo estes atingido a sua máxima expressão no limiar dos anos 70 do século passado. As imagens de arquivo que aqui publicamos são um bom documento a tal respeito e servem de pretexto para considerações num campo mais vasto. Datadas de Janeiro de 1960, temos na nossa presença elementos dos Bombeiros Voluntários de Riba de Ave (BVRA), em plena fase de experimentação de uma mangueira de grande calibre, munida de potente agulheta regulável, de nevoeiro ou jacto. Aliás, sublinhe-se que aquele corpo de bombeiros estava guarnecido daquilo que de mais moderno então havia em matéria de combate a incêndios. Por outro lado, de referir que os dois intervenientes se encontram devidamente uniformizados, de harmonia com o estabelecido no então Regulamento dos Corpos de Bombeiros, para efeitos de trabalho, caso do casaco de oleado e da bota de cano alto. É, porém, excepção à regra, a par de outro curioso armamento, o capacete de combate, um modelo de origem alemã (“M1934”, conforme é designado pelos coleccionadores modernos), naquele tempo em uso pelos BVRA. Entre o alargado número de peças da sua colecção nacional, de momento em fase de requa- lificação, no âmbito dos trabalhos de instalação do Núcleo História e Património Museológico, a Liga dos Bombeiros Portugueses é proprietária de um exemplar de capacete igual aos que são mostrados em ambos os registos. É, pois, dele que damos conhecimento, focados nalgumas das suas especificidades. Na posse da Confederação desde 5 de Março de 1961, mediante oferta do comandante António Amorim, sabe-se que foi importado pela firma portuense “Coutinhos – Máquinas, Motores, Bombas”, pesa 799 gramas e é fabricado em alumínio. Curiosamente, o mesmo modelo de capacete veio a merecer preferência na antiga colónia de Angola, sendo adoptado pelos Bombeiros Voluntários de S. Paulo de Luanda e do Lobito. Quando isso aconteceu, o comandante Manuel Correia, actualmente presidente da Associação de Bombeiros Ultramarinos, comandava aqueles primeiros e tomou parte directa no processo de escolha. “A dada altura tivemos necessidade de comprar capacetes de combate e várias empresas fize- ram as suas propostas. Entre o modelo americano e alemão optámos pelo último, por ser fabricado em aço especial, muito leve e muito resistente; ter uma crista do mesmo metal polido; e proteger, de modo significativo, não só a cabeça mas parte da face” – explicou, em declarações ao “BP”. Do ponto de vista estético, os capacetes da generalidade do pessoal “eram de cor preta, baça, e a crista em branco, fosco”. Por sua vez, “o do comandante era revestido de uma capa niquelada”. De resto, o aspecto descrito pelo nosso interlocutor encontra-se visível nas fotografias que também reproduzimos, memórias de um tempo e de um espaço, onde proliferaram bombeiros de corpo inteiro… bombeiros de Portugal! Mas mais importante que a aparência é de relevar o efeito surtido, em consequência da opção tomada. O antigo comandante dos Bombeiros Voluntá- rios de S. Paulo de Luanda, hoje, integrado no Quadro de Honra dos Bombeiros Voluntários do Dafundo, revelou-nos que “a eficácia deste capacete foi comprovada em vários acidentes onde os atingidos ficaram ilesos”. O efeito esperado concretizou-se e o investimento na protecção deu-se por bem empregue, situação também ela verificada, com toda a certeza, em Riba de Ave. Um final feliz que, só por si, traduz um ensinamento e uma verdade indesmentível: nos diferentes períodos da sua existência, no continente ou fora dele, os bombeiros portugueses souberam e sabem, sempre, fazer as escolhas mais adequadas de modo a verem garantido o cabal desempenho da sua missão. Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia Site do NHPM da LBP: www.lbpmemoria.wix.com/ nucleomuseologico CASCAIS Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Cascais foi distinguida pela Câmara Municipal de Cascais com a medalha de honra do município. A entrega da distinção decorreu na Gala das Medalhas de Mérito realizada no largo fronteiro aos paços do concelho no passado dia 7, data em que a atribuição do foral àquela vila completa 649 anos. A distinção foi recebida pelo comandante João Loureiro e pelos, presidente e vice-presidente da direção, Rama da Silva e Vitor Neves. Na mesma cerimónia foi também distinguido com a medalha municipal de solidariedade o também dirigente dos Voluntários de Cascais, Carlos Santos, mas aqui na qualidade de estomatologista envolvido em acções voluntárias de apoio à saúde oral da população local. Foto: Marques Valentim A Bombeiros distinguidos com medalha de honra 7 JUNHO 2013 INCÊNDIO DO CHIADO FOI HÁ 25 ANOS uma altura em que a cidade de Lisboa assinala os 25 anos sobre o grande incêndio do Chiado, são várias as iniciativas já calendarizadas para marcar a data. O ponto alto está marcado para o dia 25 de agosto, o fatídico dia que marcou a vida da cidade e dos seus bombeiros, mas a autarquia antecipou-se e aproveitando o aniversário do Regimento de Sapadores Bombeiros, que festejou os 618 anos no passado dia 19 de maio, chamou à festa as cerca de 60 associações e corpos de bombeiros que vieram em socorro dos bombeiros da cidade. Todas as corporações foram agraciadas com louvores e medalhas. António Costa, presidente da autarquia, entregou também a medalha da cidade grau prata à família do bombeiro Diogo Catana Ramos que perdeu a vida no combate ao incêndio do Chiado. O presidente da Câmara atribuiu ainda a medalha de honra da cidade ao Regimento Sapadores de Bombeiros de Lisboa pelos serviços prestados à cidade e pela coragem e determinação demonstrada no combate ao incêndio do Chiado. No seu discurso, António Costa, invocou a tragédia do Chiado “como momento de rutura modificando a forma de encarar a gestão de situações de emergência e obrigando à re-estruturação de do sistema de proteção civil”. Lembrando as inovações introduzidas acrescentou: Fotos: Marques Valentim N Hoje tudo seria diferente “ser nossa obrigação, enquanto responsáveis políticos, de criar condições para que a cidade seja capaz de responder adequadamente às catástrofes que sobre ela se podem abater”. No final do discurso António Costa, lembrou a memória do bombeiro Diogo Catana Ramos “o reconhecimento pela dádiva maior que fez à ci- dade e que foi a sua própria vida” e dirigiu aos bombeiros do RSBL uma palavra de “confiança pelo profissionalismo e entrega com que diariamente servem a cidade e os seus munícipes”. “Tal como há 25 anos, a cidade de Lisboa confia na vossa exímia qualidade técnica e humana como garante da sua segurança”, concluiu. 8 JUNHO 2013 Chiado, 25 e 26 de agosto de 1988 Está prestes a comemorar-se um quarto de século sobre o incêndio que em 25 e 26 de agosto de 1988 reduziu a cinzas a zona do Chiado, em Lisboa. João António Marques Valentim, repórter fotográfico do “Bombeiros de Portugal”, trabalhava então no jornal “Correio da Manhã”, de que tinha sido, aliás, um dos jornalistas fundadores. Do seu trabalho, há precisamente 25 anos, reproduzimos algumas das muitas imagens que então captou, atestando os níveis elevadíssimos de destruição e o esforço notável dos muitos bombeiros que acorreram à chamada e, cuja participação, o Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa recentemente em boa hora lembrou. 9 JUNHO 2013 ESTRUTURA OPERACIONAL QUASE ‘FECHADA’ data de fecho desta edição faltavam apenas três nomes para concluir o processo de nomeações dos novos responsáveis operacionais da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC). Ao que apurámos, as escolhas para comandante distal de Viseu e Beja, e para segundo comandante do distrito de Bragança, recaíram sobre três militares, aguardando a ANPC as necessárias autorizações das respetivas chefias das forças armadas. Até às novas nomeações, os cargos continuam a ser ocupados pelos atuais responsáveis. As novas caras foram conhecidas e entraram em funções em plena Fase Bravo, situação que gerou muitas e duras críticas em vários distritos. “Não estando em causa a competência dos recém-nomeados ou dos que ainda aguardam a chamada ao lugar todo este processo de admissão deveria ter sido feito antes do verão”, para que pudesse haver mais tempo para a adaptação necessária. É esta a critica mais ouvida, sendo que no distrito de Portalegre a situação continua tensa. Os elementos de comando das corporações de bombeiros do distrito de Portalegre manifestaram-se contra a decisão da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) de afastar do cargo o segundo Comandante Operacional Distrital (CODIS), Rui Conchinha. Em comunicado enviado à comunicação social, os elementos de comando explicam que, numa reunião, decidiram aprovar um “voto de repúdio” pela decisão da ANPC, já que o comando distrital de Portalegre “estava coeso e devidamente organizado”. “O comandante Rui Conchinha demonstrou durante os sete anos que esteve no exercício das funções uma elevada competência técnica, invulgares qualidades no âmbito das relações interpessoais, extremo rigor, dedicação e empenho profissional, sendo, por isso, uma referência para todos os bombeiros e demais agentes de Proteção Civil”, lê-se no documento. Os elementos do comando acrescentam ainda que não entendem “a falta de respeito pelo homem” e a “falta de respeito pelo ser humano e pela instituição bombeiros”, alegando que Rui Conchinha tomou conhecimento da decisão “via telefone” no dia 3 de junho. O CODIS de Portalegre continua a ser liderado pelo comandante Luís Belo, tendo sido nomeada, em comissão de serviço, Sílvia Félix, pelo período de três anos, para desempenhar as funções de segundo Comandante Operacional Distrital do Comando Distrital de Operações de Socorro de Portalegre, nomeação esta que está a causar muita polémica. Outra das críticas que se fez ouvir prende-se com a forma como os adjuntos dos CDOS S. JOÃO DA PESQUEIRA Ambulância vítima de choque frontal O s Bombeiros Voluntários de S. João da Pesqueira foram vítimas de um acidente em que se registaram ferimentos em dois bombeiros, neste momento já convalescentes, e a perda total de uma ambulância abalroada de frente por um veículo ligeiro cujo condutor morreu ainda no local. António Moutinho e Sónia Paíga eram os tripulantes da ambulância atingida. Na sequência do acidente, ocorrido na EN222, a ambulância foi retida pela proteção lateral da estrada conseguindo assim evitar a precipitação no Douro. Os Voluntários da Régua e de Lamego prestaram a assistência às vítimas. No local, segundo o comandante dos Bombeiros da Régua, António Fonseca, estiveram 27 elementos dos Bombeiros da Régua e Lamego com 10 veículos, a ambulância SIV/INEM de Lamego, a viatura médica (VMER) de Vila Real e o helicóptero INEM de Macedo de Cavaleiros. Na origem do acidente terá estado uma manobra de ultrapassagem mal calculada pela única vítima mortal do acidente que culminou com o abalroamento da ambulância e a colisão com outra viatura. Durante quatro horas a via esteve cortada nos dois sentidos para assistência aos sinistrados, incluindo o estacionamento do helicóptero, e remoção dos veículos envolvidos. O comandante dos Bombeiros de S. João Pesqueira, Paulo Esteves, lamenta o acidente, o falecimento do condutor que esteve na sua origem e os ferimentos nos dois bombeiros. A par disso, segundo Paulo Esteves, além dos danos físicos, infelizmente, os Voluntários de S. João da Pesqueira também ficam a braços com uma situação grave provocada pela perda da ambulância. Segundo aquele comandante,” ficarmos sem uma viatura torna a nossa situação muito complicada uma vez que tínhamos ao nosso dispor três ambulâncias de socorro, uma das quais do INEM, que, para nosso problema se encontra em reparação há já algum tempo”. “Neste momento só dispomos de uma ambulância de socorro o que muito nos preocupa”, lamenta o mesmo responsável. Agradecemos aos Bombeiros Voluntários da Régua e de S. João da Pesqueira a cedência das fotos. Foto: Marques Valentim À Contestação em Portalegre foram avisados de que deixavam de fazer parte da estrutura. Recordo que ao abrigo do Decreto-Lei n.º 72/2013 a função que ADOD foi extinta. “Estes adjuntos foram informados por videoconferência que deveriam abandonar o posto e entregar todos os bens”, conta uma fonte que faliu ao ‘BP’, lamentando a forma “desuma- na” como todo o processo foi conduzido. Entretanto, foram já nomeados os quatro novos CADIS. São eles, António Ribeiro, nomeado para desempenhar as funções de Comandante Operacional de Agrupamento Distrital do Agrupamento Centro Norte; Elísio Oliveira, nomeado para Comandante Operacional de Agrupamento Distrital do Agrupamento Sul; Joaquim Chambel, nomeado, para o cargo de Comandante Operacional de Agrupamento Distrital do Agrupamento Centro Sul e, finalmente, Paulo Esteves para Comandante Operacional de Agrupamento Distrital do Agrupamento Norte. Patrícia Cerdeira 10 JUNHO 2013 DIA DISTRITAL DO BOMBEIRO Federações promovem comemorações Portalegre A Federação de Bombeiros do Distrito de Portalegre comemorou recentemente o seu primeiro dia distrital e associou-se também à passagem do 114.º aniversário dos Voluntários de Portalegre e à inauguração da ampliação e beneficiação do seu quartel, numa intervenção que representou um investimento global de 460 mil euros, no âmbito do QREN, tendo cabido à associação suportar 15 por cento desse valor. A obra, há muito esperada, é considerada essencial para a prossecução das missões do corpo de bombeiros e traduziu-se na substituição da cobertura do quartel, construção de camaratas, balneários e pequenos ginásios, entre outros. Foi ainda salientado que a pintura do quartel foi realizada pelos formandos do centro de formação profissional local. Outro ponto importante do programa foi a atribuição do crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) a Adriano Capote, antigo presidente da Associação, presidente da assembleia-geral da Federação e vice-presidente da LBP, e a Carlos Bello de Moraes, antigo comandante dos Bombeiros Voluntários de Portalegre. Após a intervenção do presidente da LBP, comandante Jaime Marta Soares, procedeu-se à colocação da Fénix de Honra da confederação no estandarte da Associação. Além deste dirigente estiveram também presentes na sessão solene, antecedida de um desfile pelas principais artérias da cidade, o presidente da Federação de Bombeiros de Portalegre, comandante Francisco Louro, do presidente da direção, presidente da assembleia geral e comandante dos Bombeiros de Portalegre, respetivamente, Fernando Biscainho, Dinis Pacheco e João Batista, do comandante distrital da ANPC, do presi- dente da comunidade intermunicipal do Alto Alentejo, Armando Varela, e a presidente da Câmara Municipal de Portalegre, Adelaide Teixeira. As comemorações do primeiro dia distrital e do 114.º aniversário dos Voluntários de Portalegre ficaram ainda marcadas pela apresentação de uma velha relíquia, um pronto-socorro da marca “Studbaker”, com mais de 80 anos de vida, recuperado primorosamente graças ao esforço dos bombeiros Luís Lagarto e Eduardo Bilé. (Com a colaboração do jornal Alto Alentejo) Santarém O dia distrital do bombeiro de Santarém foi comemorado em Rio Maior, com a homenagem em praça pública a autarcas e comandantes dos corpos de bombeiros. Com organização da federação dos bombeiros do distrito de Santarém esta cerimónia visou distinguir personalidades autárquicas que nas suas funções apoiaram as associações e corpos de bombeiros com medalhas de serviços distintos grau ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP). Na ocasião, o comandante distrital Joa- quim Chambel foi agraciado com Crachá de Ouro da LBP As distinções foram entregues pelo secretário de estado da proteção civil Filipe Lobo D’Ávila que foi acompanhado pela presidente da autarquia de Rio Maior, Isaura Morais e por Diamantino Duarte, presidente da federação dos bombeiros de Santarém. Brio e rigor estiveram patentes na formatura integrando elementos de todos os corpos de bombeiros do distrito acompanhados pela fanfarra dos voluntários de Rio Maior. O dia festivo culminou com um imponente desfile. Sérgio Santos COIMBRA Muitas homenagens em gala A Federação de Bombeiros do Distrito de Coimbra promoveu recentemente a 1.ª Gala dos Bombeiros durante a qual prestou homenagem a um conjunto de personalidades, instituições e entidades, com especial destaque para o comandante Jaime Marta Soares, anterior presidente da Federação dos Bombeiros de Coimbra e atual presidente do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses, e para o último governador civil de Coimbra, Henrique Fernandes. A estas distinções sucederam-se outras, eleitas por cada uma das associações e corpos de bombeiros do distrito. Assim, os Voluntários de Arganil elegeram o comandante Eduardo Ventura, os de Brasfemes, a empresa Cimpor, os Voluntários de Cantanhede, o bombeiro Fernando Dourado, os Sapadores de Coimbra, o chefe Urbano Santana Soares a título póstumo, os Voluntários da Figueira da Foz, o Casino da Figueira na pessoa de Domingos Silva, os Bombeiros de Góis, a Câmara Municipal. Entretanto, os Voluntários de Lagares da Beira elegeram Amadeu Gonçalves Cura, os Municipais da Lousã, o corpo ativo do corpo de bombeiros, os Voluntários de Mira, a Câmara Municipal, os Bombeiros de Miranda do Corvo, Isidoro Correia Silva, os de Montemor-o-Velho, a Federação dos Bombeiros de Coimbra na pessoa do seu presidente comandante António Simões, os Bombeiros de Oliveira do Hospital, a homenagem a Manuel Rodrigo Lages, a título póstumo, e família, os Voluntários de Pampilhosa, o comandante José Alberto Brito Dias, os Bombeiros de Penacova, a empresa “Águas das Caldas de Penacova”. Na sequência das mesmas homenagens, os Bombeiros de Vila Nova de Poiares elegeram a Câmara Municipal, os de Vila Nova de Oliveirinha, o bombeiro Carlos Lobo, os Bombeiros de Tábua, o coman- FIGUEIRA DA FOZ O presidente da direção dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz, Lídio Lopes, foi recentemente agraciado com o crachá de ouro da Liga de Bombeiros Portugueses, numa cerimónia que ficará certamente para a história da instituição. Na presença de mais de 150 convidados e sob o olhar atento do Corpo de Bombeiros e da Escola de Infantes em formatura, amigos e familiares, o galardão foi entregue pelo vice- Lídio Lopes recebe crachá de ouro -presidente do Conselho Executivo da LBP, Gil Barreiros, que invocou a capacidade de liderança, a inteligência e a entrega desinteressada de Lídio Lopes à causa dos Bombeiros Voluntários. Entre os oradores estiveram, para além do presidente da assembleia geral, coronel Carlos Gonçalves e do próprio homenageado, o presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Coimbra, comandante António Simões, o vice-presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, o comandante do Quadro de Honra e crachá de ouro, João Mota. Na ocasião, foram realçadas a competência, dedicação e capacidade de gestão que Lídio Lopes tem colocado ao serviço da sua associação e da comunidade figueirense em geral. Lembramos que Lídio Lopes tomou posse como Presidente dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz em 1997, tendo promovido, desde início, um conjunto de reformas e investimentos que permitiram garantir o futuro da instituição. Lídio Lopes era um homem feliz, orgulhoso e agradecido, não deixando de partilhar a sua felicidade e a distinção com todos os bombeiros voluntários da Figueira da Foz e com os que mais apoio lhe têm dado ao longo desta caminhada: “a família e a equipa diretiva”. dante Henrique Esteves, os Voluntários de Soure, o presidente da autarquia local João Gouveia, e os Bombeiros de Serpins elegeram a empresa Efapel, na pessoa de Américo Duarte. Por fim, os Municipais da Figueira da Foz propuseram a homenagem ao bombeiro Duarte Samuel vítima recente de doença grave e que se encontra de novo ao serviço. 11 JUNHO 2013 AGUDA Dificuldades são oportunidades Aos 88 anos a Associação Humanitária dos Bombeiros de Aguda, no distrito do Porto, pode falar de estabilidade, mesmo em tempos conturbados para o setor. As dificuldades impostas aos corpos de bombeiros pela situação económica que o pais enfrenta, acabaram por ser transformadas numa oportunidade de aproximação à comunidade, às populações e às empresas da região, com ganhos óbvios para a instituição. Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim F undada a 29 de março de 1925 a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Aguda é na atualidade a concretização de um sonho de um punhado de homens inconformados com a escassez de meios do pequeno posto avançado, o n.º 4 dos Municipais de Vila Nova Gaia, servido apenas pela entrega e boa vontade de valorosos bombeiros, apoiados por uma bomba braçal e uma escada de ganchos oferecida pela autarquia. No presente a instituição é exemplo de operacionalidade mas também da boa gestão de recursos. Rigor e critério são imagens de marca da equipa diretiva liderada por Manuel Oliveira Guedes, mas também da estrutura operacional a cargo do comandante Olímpio Pereira. Em declarações ao jornal Bombeiros de Portugal, o presidente da direção, sublinha os “seis mil associados individuais e mais centena e meia de associados-empresa”, números que valorizam a atividade da instituição e confirmam a sua proximidade com a comunidade que serve. “Podemos contar com o apoio dos empresários da região, o que nos tem permitido re-equipar o quartel, reforçar meios”, sublinha o 2.º comandante César Lourenço. Ainda assim, direção e comando batem-se por alcançar a meta dos 10 mil associados, o que, feitas as contas, se traduziria em 50 por cento do orçamento a associação, garantindo a estabilidade que foi algo abalada com os cortes a nível de transportes de doentes. O dirigente revela preocupações e até alguma revolta pelo facto de “muitas pessoas estarem a abandonar os tratamentos ou a faltarem às con- O presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito do Porto para falar do presente dos seus bombeiros, recua ao passado recente sublinhando que há cerca de um ano “a estrutura tremeu” uma situação provocada pelo corte drástico no número de serviços de transportes de doentes, que “causou muita preocupação”, mas que se foi dissipando. Mercê do diálogo e da troca de experiências e de saberes, o presente dos 45 corpos de bombeiros do distrito dá conta que “10 a 12 por cento mantém uma situação preocupante ou seja apuram mensalmente apenas para pagar as despesas, trabalham no gume da faca”, sendo que o grosso da coluna, cerca de 50 a 60 por cento gozam alguma estabilidade e as restantes “estão bem”. sultas porque não têm como pagar o transporte”, o que segundo Manuel Oliveira Guedes deve “é situação que deve ser denunciada”. “Perante situações desta natureza, não podemos continuar a olhar para o lado”, advoga. Neste sentido, direção e comando trabalham todos os dias para chegar mais próximo da população, para servir mais e melhor”, diz o presidente, declarando que de outra forma não faria sentido a existência dos bombeiros. No hercúleo trabalho de servir bem, com parcos recursos nada é descurado, nomeadamente a disponibilização de meios e equipamentos para os operacionais. Entre as prioridades do quartel está a ampliação das instalações, há muito exíguas para responder á ampla atividade do corpo de bombeiros. Mas por aqui, o lema é “não dar passos maiores que a perna”, pelo que o projeto elaborado há já algum tempo deverá ser alterado adaptado às reais necessidades do corpo de bombeiros. Desta forma, o presidente fala da necessidade de ampliar o parque de viaturas, de transferir a secretaria e de criar novas áreas de apoio ao funcionamento, nomeadamente uma nova camarata masculina. Numa outra vertente o 2.º comandante César Lourenço considera importante a renovação da frota nomeadamente a nível de ambulâncias de socorro e de transporte de doentes, mas congratula-se com os investimentos da associação a nível de equipamento de proteção individual, de material de combate a incêndios urbanos, sem esquecer a componente da formação”. Para além da grande atividade a nível de incêndios e de acidentes no eixo viário que serve a cidade, com a chegada do verão surgem outras preocupações, nomeadamente o patrulhamento e vigilância dos areais, uma vertente operacional que mobiliza, a título voluntário, seis a sete elementos por dia, de um grupo que integra mais de 30 bombeiros com formação e preparação nesta área e devidamente equipado, que a partir de 15 de junho e até meados de setembro garante a segurança de milhares de banhistas. Também por aqui emigração tem roubado alguma mão-de-obra, designadamente “elementos altamente qualificados”, uma situação que só é possível minimizar porque “felizmente”, como sublinha o presidente, “não faltam bombeiros na Aguda”. E, assim sendo, comando e direção encaram o futuro com natural otimismo e o compromisso em manter elevados os padrões de qualidade do serviço prestado às populações Palavra de Presidente Dentro das dificuldades, o dirigente faz uma balanço positivo da atividade das associações e corpos de bombeiros, tendo em conta que “em 2011 o total dos orçamentos foi de 33 milhões de euros; em 2012, de 32 milhões e em 2013 deve rondar os 30 milhões”, o que quer dizer que a redução receita, provocada pela diminuição do número de serviços transportes de doentes “foi devidamente acautelado com cortes na despesa” O Porto conta com dirigentes “muito bons”, mas porque também existem os “menos bons” Joaquim Miranda congratula-se que fosso esteja a aumentar, a bem do futuro das associações. Numa outra vertente, salienta que nos últimos três anos todos os comandos sofreram alteração algo que considera “muito significativo”, revelador de uma preocupação generalizada em arrumar a casa e criar a desejada sintonia entre a associação e o corpo de bombeiros, que “devem dar as mãos na resolução dos problemas”. A emigração começa a causar baixas nos quartéis, sobretudo nos do interior do distrito, ainda que o presidente garanta que o desemprego acaba por levar mais gente a procurar os bombeiros, o que permite suprir lacunas. Por outro lado, revela que “muitos corpos de bombeiros todos os anos abrem e terminam uma escola, o que é fantástico”. E porque as mulheres já ocupam o seu espaço, por direito próprio, nos quartéis, Joaquim Miranda deixa uma palavra de apreço às operacionais que diz serem “muito mais cuidadosas e preocupadas no exercício da missão, compensando de uma forma estrondosa, a alegada fraca capacidade física, com as outras qualidades.” Questionado sobre a postura das câmaras municipais face ao trabalho dos bombeiros, Joaquim Miranda revela que os apoios das autarquias seguem padrão diferenciado, algumas apoiam os seus bombeiros, outras nem tanto, defendendo, contudo, que cabe às associações trabalharem para assegurar a desejada autonomia. A federação está empenada na agregação de esforços para a resolução dos problemas comuns possa ser agilizada, facilitada, até porque os meios existem, tal como bombeiros devidamente formados para os operar. 12 JUNHO 2013 VILA NOVA DA BARQUINHA Coragem, força e determinação SANTARÉM Bombeiro sonha com jogos mundiais Há cerca de um ano o infortúnio tocou Elsa Madeira, bombeira dos Voluntários de Vila Nova da Barquinha. A ativa operacional que servia esta associação do distrito de Santarém há 26 anos, sofreu um grave acidente que a empurrou para uma cadeira de rodas. Depois do choque veio a reação e hoje esta mulher contrariando todas as adversidades recuperou a autonomia, tentando dar novo rumo à nova vida. Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim S ó se passaram 12 meses, mas Elsa Madeira garante que já consegue recordar com serenidade aquela tarde do junho, quando se entregava aos preparativos para a festa que se realiza anualmente no Parque Urbano de Vila Nova da Barquinha. Conta que as associações do município são convidadas a participar neste evento, com o intuito de angariar receitas para a concretização dos mais variados projetos. A bombeira de 2.ª estava a ajudar na montagem da tasquinha da banda de música dos Voluntários de Vila Nova da Barquinha quando um muro se abateu sobre a estrutura, apanhando Elsa Madeira, que de imediato teve noção das prováveis consequências daquele acidente. “Quando os meus colegas bombeiros me vieram socorrer, disse-lhes logo para tomarem as devidas precauções, porque eu não sentia as pernas.” Revela, adiantando que quis acreditar que “depois de uma operação iria ficava bem”. Mas o otimismo de Elsa Madeira não foi suficiente para inverter a gravidade da lesão que a deixou paraplégica. Diz-nos que durante duas semanas deixou-se levar por uma tristeza profunda, mas pela família “pelo marido, filhas e neta tinha que sair daquele buraco”. Mais de dois meses de internamento ajudaram-se a “reprogramar” a vida, a preparar o regresso a casa e o início de um novo ciclo de rotinas. Na verdade, garante, foi bem mais fácil do que imaginava. Estava determinada em continuar a sentir-se “útil” e por isso tratou de encontrar respostas para cada dos novos desafios. Hoje faz tudo e de tudo. “Na cadeira de rodas de verticalização que me foi oferecida pelos bombeiros, consigo fazer tudo em casa: passo a ferro, cozinho, arrumo e limpo tudo”, revela-nos, adiantando “não gosto, nem posso estar parada”. Elsa Madeira fala com desenvoltura sem se prender a pormenores deste passado ainda recente, preferindo recuar ao ano de 1984, quando, contrariando a vontade do seu pai, ingressou nos Voluntários de Vila Nova da Barquinha. “O meu pai, também era bombeiro, achava que esta não era uma missão para mulheres, por isso só depois de casar pude concretizar um sonho antigo. Casei em dezembro, em janeiro já cá estava no quartel”, conta. Fala da paixão com que abraçou a causa ao lado do seu marido também operacional nos Voluntários de Vila Nova da Barquinha e deixa claro que sempre se sentiu “em pé de igualdade com os homens”, defendendo que no quartel não podem existir “essas diferenças”. “Sempre quis estar na linha da frente qualquer que fosse o teatro de operações. Nos incêndios, fazia trinta por uma linha para estar na agulheta, não tinha medo, nunca tive!”, declara. Hoje divide os dias entre as tarefas de casa, os compromissos familiares, as brincadeiras com a neta, as sessões de fisioterapia e uma ou outra visita ao quartel, porque há “vícios difíceis de tratar”. Garante que tem uma vida preenchida, ainda assim assegura que sente saudades de envergar a farda, de tripular uma ambulância ou o veículo de incêndio. Atualmente, o marido e uma das filhas integram a banda de música da associação humanitária de Vila da Nova da Barquinha, enquanto a outra filha está no corpo ativo dando continuidade ao sonho interrompido desta mãe guerreira, desta bombeira de corpo e alma que soube enfrentar a adversidade com força, coragem e determinação, constituindo, por isso um exemplo para todos nós. ENB A Cooperação com ACP em marcha direcção da Escola Nacional de Bombeiro (ENB) reuniu-se recentemente com representantes do Automóvel Clube de Portugal (ACP) para avaliar o desenvolvimento de projetos de cooperação em diferentes domínios de actuação. Inserem-se nesse âmbito, a formação de bombeiros adequada aos novos tipos de veículos (elétricos e híbridos) ou a articulação com as marcas mais presentes nas frotas dos corpos de bombeiros para recolha de informação sobre características e especificidades relevantes dos veículos. As duas partes acordaram ainda na participação nos seminários da ENB em que o reconhecido know-how da ACP represente uma mais-valia para o desenvolvimento dos temas e no desenvolvimento de projetos de sensibilização cívica relacionados com a sinistralidade e prevenção rodoviária. O jovem Joaquim Rafael Gomes, estagiário nos Bombeiros Municipais de Santarém, um atleta com créditos firmados no Taekwondo, tenta reunir os apoios indispensáveis à participação, já no próximo mês de agosto no “World Police & Fire Games”, que este ano se realiza em Belfast, na Irlanda do Norte. Embora a conjuntura económica do País não seja propícia a concretização deste género de projetos, certo é que Joaquim Rafael Gomes não desiste deste seu sonho. Garante que o pódio está ao seu alcance e sublinha até que “o primeiro lugar é o objetivo principal” da sua participação nesta competição. Registe-se, conforme o jornal Bombeiros de Portugal teve oportunidade de revelar há alguns meses, o atleta tem um currículo desportivo invejável, onde figura, entre outros, o título de campeão nacional de Sub 21, alcançado em 2011. Nos últimos tempos, participou no Open da Alemanha, com os melhores atletas do mundo, tendo derrotado, no seu primeiro combate, uma das estrelas da seleção da Sérvia. A exigência desta modalidade esteve, contudo, na origem de algumas lesões que o afastaram do tatan, sendo que atualmente se encontra a recuperar e a preparar-se para o torneiro de apuramento para Taça de Portugal Taekwondo. Entre a azáfama dos treinos e atividade nos Municipais de Santarém, o jovem tenta assegurar um patrocínio que lhe permita realizar mais este sonho, uma luta que se afigura mais difícil do que as que trava em ringues nacionais e estrangeiros. Ainda assim, não obstante todas as incertezas do atleta, o bombeiro garante que está a “viver uma fase muito interessante”, conseguiu concretizar o sonho de ser bombeiro profissional e agora a terminar o estágio de cinco meses nos Municipais de Santarém aguarda, com particular emoção, a almejada promoção. Sofia Ribeiro 13 JUNHO 2013 SOBRAL DE MONTAGRAÇO Centenário com dinamismo A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Sobral de Montagraço assinala, no próximo dia 7 de julho, o centenário, uma efeméride que tem levado a instituição para rua, ao mesmo tempo que desafia as populações a conhecerem melhor a atividade desenvolvida pelos soldados da paz. Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim O s Voluntários do Sobral de Montagraço desdobram-se em atividades no âmbito das comemorações do centenário numa demonstração clara de vitalidade e dinamismo. O comandante Pedro Lima considera que o ponto forte desta instituição assenta no facto de “direção, comando e corpos de bombeiros terem objetivos comuns, trabalharem todos para o mesmo”. A determinação e união do grupo resultam na dinamização de atividades várias cujos proventos revertem para o re-equipamento e formação do corpo de bombeiros. Ainda há poucas semanas o quartel acolheu o Festival do Caracol, certame promovido pelos Voluntários do Sobral de Montagraço que já conquistou estatuto e fama na região. A este propósito a presidente da direção Maria Margarida Ribeiro fala da empatia, “da ligação próxima da população com os seus bombeiros”, assegurando que muito embora “os tempos não sejam favoráveis, há sempre boa vontade em colaborar com a associação, tanto por parte dos cidadãos com das empresas locais”. A dirigente recorda, a título de exemplo, o sucesso da “campanha da moeda”, fundamental para a aquisição de um Veículo Urbano de Combate a Incêndios, que será, aliás, apresentado à população no decorrer das comemorações oficiais do centenário, ou seja dentro de dias. A este propósito o comandante garante que, com a entrada ao serviço desta nova viatura, “está resolvida uma das mais grave lacunas do quartel” que, afiança, dispor dos meios apropriados para responder às solicitações e garantir o socorro às populações. O corpo ativo conta com 68 operacionais, uma equipa motivada e bem preparada que merece os maiores elogios de Pedro Lima. A propalada crise do voluntariado parece ter ficado à porta dos Voluntários do Sobral, pois, por aqui, sucessivas escolas têm permitido reforçar o contingente de soldados da paz. Apesar do otimismo e dos olhos colocados no futuro, Maria Margarida Ribeiro não escamoteia os problemas, revelando-nos que “em 2010 a associação garantia transporte a 50 doentes por dia e que atualmente não serão mais uma de- Simulacro garante operacionalidade A formação, a preparação e o treino dos bombeiros são prioridades no quartel do Sobral de Montagraço, que no âmbito da comemoração do centenário promoveu, no lugar da Sapataria, mais um exercício para testar a capacidade de resposta de meios e de operacionais. Num cenário de acidente rodoviário, foi recriado o despiste de um veículo e a colisão com uma árvore, com um total de três vítimas, uma delas um bebé que seguia na viatura numa cadeirinha. O exercício decorreu sem quaisquer contra- tempos perante o olhar curioso de muitos populares e também do presidente da Câmara Municipal de Sobral de Montagraço, António Bogalho, que aproveitou a ocasião para elogiar o trabalho desenvolvido pela associação e pelo corpo de bombeiros. O exercício, que contou também com o apoio da Guarda Nacional Republicana, mobilizou quatro viaturas e 12 operacionais. Refira-se que as três freguesias do concelho vão receber o corpo de bombeiros para ações idênticas zena”, um decréscimo de serviços que, obviamente, tem feito estragos nos cofres da instituição, e obrigou a ajustamentos vários, cortes nas despesas e a uma musculada gestão de recursos. Bem equipados e instalados, com condições de trabalho, os Bombeiros do Sobral de Montagraço, assinalam, com particular entusiasmo, cem anos ao serviço da comunidade, sendo esta uma oportunidade única para dar a conhecer a sua história, que será publicada em livro, mas que já começou a ser contada no museu que instituição exibe com particular orgulho e que, de resto, importa mesmo conhecer. 14 JUNHO 2013 ENB DIA MUNICIPAL Criação de polo na Madeira Autarquias Almada A s bases de um protocolo para a criação de um polo da Escola Nacional de Bombeiros (ENB) na Região Autónoma da Madeira foi um dos temas abordados entre o presidente da Escola, José Ferreira, e o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira (SRPCM), coronel Luís Nery, na reunião realizada em Sintra na sede da ENB. A ENB e o SRPCMP pretendem desenvolver entre si sinergias que permitam garantir a qualidade da formação dos agentes de proteção e socorro madeirenses, cabendo à Escola assegurar a formação e recertificação de formadores, a análise de conteúdos pedagógicos e respetivos materiais e a avaliação e auditoria à formação ministrada. CASCAIS Proteção civil reúne especialistas A s comemorações do dia municipal do bombeiro em Almada culminaram no dia 2 de junho com uma parada na Praça da Liberdade e uma exposição de veículos dos corpos de bombeiros do concelho. Reconhecer o trabalho dos soldados da paz é um dos objetivos destas celebrações que levaram a atribuição de medalhas municipais de ouro, prata e bronze pelos bons serviços prestados pelos bombeiros do concelho. Houve ainda a entrega de diplomas aos participantes no projeto “Bombeiro por 5 dias”. A celebração de protocolos entre a autarquia e as associações de bombeiros de Almada, Cacilhas e Trafaria foi realizada na presença dos seus dirigentes e comandantes e pela autarca Maria Emília de Sousa. Junto da exposição dos veículos, foi apresentada e inaugurada a nova ambulância de socorro dos voluntários de Cacilhas que num gesto de reconhecimento convidaram a “cidadã almadense Maria Emília Neto de Sousa” a apadrinhar a viatura. No final houve um desfile apeado da imponente formatura dos bombeiros do concelho que se finalizou com a colocação de uma coroa de flores junto ao Monumento ao Bombeiro. Sérgio Santos Palmela A s 3.ªs Jornadas de Proteção Civil de Cascais debruçaram-se sobre “A ação das câmaras municipais no sistema nacional de proteção civil”. Para tal, reuniu um conjunto de especialistas no auditório da Casa das Histórias Paula Rego. A abertura do encontro contou com a presença de representantes do Ministério da Administração Interna e da Autoridade Nacional da Proteção Civil, do vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Rodeia Machado, e do presidente e vereador da proteção civil da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras e Pedro Mendonça. “O papel dos municípios no sistema nacional de proteção civil” foi o tema abordado pelo vice-presidente da LBP, integrado no primeiro painel do encontro. Na oportunidade, Rodeia Machado fez questão de referir que, infelizmente,” a cultura da proteção civil não está ainda enraizada na maioria dos nossos eleitos autárquicos” e que, por isso, “ em muitos municípios ela é manifestamente o parente pobre, logo os bombeiros também são o parente pobre do sistema”. O dirigente da LBP sublinhou também as discrepâncias existentes entre as câmaras que asseguram financiamentos de um milhão de euros por ano às associações de bombeiros do seu concelho enquanto outras não garantem qualquer financiamento. No seu entender,”tais discrepâncias não podem continuar”. E, a propósito destacou que “a realidade de Cascais é bem diferente, é conhecida de todos a disponibilidade financeira que é dedicada aos seus corpos de bombeiros e consequentemente no apoio à população por essa via”. A s comemorações do Dia Municipal do Bombeiro 2013, em Palmela, decorreram durante um mês e terminaram com uma sessão solene de homenagem aos bombeiros do concelho no auditório dos Bombeiros Voluntários de Pinhal Novo, que assumiram, este ano, a organização da iniciativa, de acordo com o princípio da rotatividade. O programa de encerramento integrou, ainda, uma exposição de viaturas de socorro e de combate a incêndios, o desfile apeado e motorizado e um almoço convívio entre a Câmara Municipal, Juntas de Freguesia, direções, comandos e corpos ativos das associações de bombeiros do concelho. Com o lema “Voluntários por Opção, Profissionais na Ação”, as comemorações promoveram a cultura de segurança, com a realização de oito simulacros de incêndio em escolas básicas do concelho e, integraram, também, um exercício de atuação em acidente rodoviário envolvendo as três corporações, formação e momentos de convívio entre associações. 15 JUNHO 2013 DO BOMBEIRO distinguem bombeiros Barreiro T ambém o concelho de Sintra prestou uma mais simbólica homenagem a todos os soldados da paz do município que desfilaram pelas ruas de Almoçageme acompanhados de cerca de 30 veículos, operacionais e antigos, em representação das nove corporações do Concelho. Esta homenagem é o momento mais solene das comemorações do mês do Bombeiro, este ano promovidas pela Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Almoçageme, e têm como nobre propósito reafirmar, perante a população, uma imagem de coesão, disciplina, organização e prontidão para as missões. Fernando Seara, presidente da Câmara Municipal de Sintra, abriu o desfile com um discurso de grande estima e apreço por todas as corporações de bombeiros do concelho. Proferiu palavras de saudade e de reconhecimento por todas as mulheres e homens que arriscam a vida nas missões que lhes são atribuídas. Na cerimónia, esteve também presente, o vice-presidente da autarquia Sintrense e também vereador do Serviço Municipal de Proteção Civil, Marco Almeida. Entre as entidades oficiais presentes encontrava-se o então comandante operacional distrital, Elísio Oliveira, em representação da Autoridade Nacional de Proteção Civil. pela Câmara Municipal do Barreiro em conjunto com os bombeiros do Corpo de Salvação Pública e Sul e Sueste, tiveram início com o hastear das bandeiras nos dois quartéis. De seguida, no Largo do Mercado Municipal 1º de maio, decorreu a cerimónia de atribuição de condecorações pelo Município do Barreiro. Entre os bombeiros distinguidos encontrava-se o bombeiro de 1ª do Corpo de Salvação Pública por 25 anos de atividade. Na cerimónia, Acácio Coelho, comandante dos Bombei- ros Voluntários do Sul e Sueste, enalteceu o trabalho de todos os bombeiros que, diariamente, “dão força a esta frase: ‘a verdadeira solidariedade começa quando não se espera nada em troca’. A sua motivação advém de uma vontade própria de ajudar o próximo”. Considerou ainda que seria importante a atribuição ao Barreiro das equipas de intervenção permanente, de modo a “sermos mais fortes no trabalho prestado”. Por seu lado, José Figueiredo, comandante dos Bombei- ros Voluntários do Barreiro – Corpo de Salvação Pública, salientou que o “bombeiro é um ser humano igual a todos os outros, mas é visto pela população com um grau de exigência muito elevado”. “É com gosto, alegria e satisfação que estamos aqui hoje [1 de junho] a homenagear aqueles que todos os dias intervêm para o bem-estar da população”, referiu o Presidente da CMB, Carlos Humberto de Carvalho, na Cerimónia de Entrega das Medalhas. “Não seria possível estarmos onde estamos sem o sacrifício de centenas de seres humanos. Temos uma esperança imensa nas duas corporações que, no quotidiano, nos ajudam a ultrapassar problemas e angústias”, referiu Carlos Humberto de Carvalho, terminado a sua intervenção com um “abraço de reconhecimento e agradecimento aos bombeiros”. Após a cerimónia de condecorações, foram entregues às duas associações os donativos no âmbito do Serviço de Recolha de Óleos Alimentares Usados do Barreiro OAU!. Além da Sintra recolha dos 33 oleões colocados na via pública, o serviço engloba ainda a recolha em estabelecimentos de ensino, instituições e estabelecimentos de restauração. Os litros recolhidos de óleo têm sido convertidos em donativos entregues, anualmente, pela empresa OLEOTORRES aos bombeiros do Barreiro. As comemorações do Dia Municipal do Bombeiro terminaram com o desfile das forças em parada, desde a Avenida Alfredo da Silva, até aos Paços do concelho. Vila Franca de Xira Foto: Ricardo Caetano município do Barreiro comemorou, a 1 de junho, o Dia Municipal do Bombeiro com diversas iniciativas que destacam o mérito do papel social desempenhado pelos corpos de bombeiros voluntários do Barreiro e respetivos soldados da paz. No âmbito das comemorações foram homenageados, com a medalha de bons serviços e dedicação, os bombeiros que completaram 10, 15 e 25 anos de serviço voluntário em prol da comunidade. As atividades, promovidas O desfile e consequente beberete contaram com a participação de cerca de duzentos e cinquenta bombeiros, pertencentes às nove corporações do concelho de Sintra, acompanhados por três fanfarras também do município. A população assistiu em massa ao desfile e foi uma das principais responsáveis pelo cenário criado de marcada emoção e beleza, resultante da passagem da formatura apeada e da imponência das viaturas que a acompanhou. Todos os anos uma das nove corporações do concelho de Sintra promove as comemorações integradas no Dia Municipal do Foto: Ricardo Caetano O A Bombeiro; para o ano, dita a ordem, será a Corporação de Belas a fazê-lo. A Associação Humanitária dos Bombeiros de Al- moçageme vai esperar por mais uma década para promover e dignificar todos os Bombeiros do Município de Sintra. câmara municipal de Vila Franca de Xira homenageou e reconheceu o trabalho dos soldados da paz do concelho no decorrer da sessão comemorativa do dia municipal do bombeiro. A cerimónia que se realizou no dia 18 de maio no quartel dos voluntários de Vila Franca de Xira ficou patente pela imponente formatura dos bombeiros de todo o concelho que ouviram das entidades convidadas palavras de gratidão e empenho nas missões de salvar vidas e bens em prol das populações. Houve ainda a imposição de condecorações municipais que foram impostas pela presidente da autarquia Maria da Luz Rosinha, pelo comandante distrital Elísio Oliveira, entre outros. No final houve ainda um desfile apeado e motorizado com todos os meios dos corpos de bombeiros do concelho que culminou num lanche convívio no quartel local. Sérgio Santos 16 JUNHO 2013 DIA DO BOMBEIRO PORTUGU «Gabaste-o, e Entre elogios e avisos, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) enalteceu mais uma vez a postura e profissionalismo do principal agente de proteção civil. Num discurso de agradecimentos e alertas à tutela, Jaime Marta Soares dirigiu-se a todos os bombeiros do país para enaltecer o papel de todos, nomeadamente dos voluntários, no bem-estar e segurança dos cidadãos. O Dia do Bombeiro Português, assinalado em Fátima com baixas temperaturas, ficou marcado pelo início da entrega de novos rádios SIREPS. Texto: Patrícia Cerdeira Fotos: Marques Valentim “A s coisas têm vindo a melhorar mercê do esforço do Governo que tem ouvido a Liga dos Bombeiros Portugueses”, subli- nhou Jaime Marta Soares no discurso do Dia do Bombeiros Português que este ano se realizou em Fátima. Mais à frente, o presidente da Liga recorreu a um ditado popular para lembrar ao ministro da Administração Interna que ainda há coisas por fazer e os bombeiros vão estar atentos: “Gabaste-o, estragas- te-o!”, disse Jaime Marta Soares para concluir que só vai continuar a elogiar o executivo enquanto este o merecer. Na resposta, Miguel Macedo disse estar consciente de que os elogios têm “todos um tempo curto” e prometeu manter o investimento no setor dos bombeiros e da proteção civil. O Dia do Bombeiro Português ficou ainda marcado pela cerimónia de entrega dos primeiros 46 rádios SIRESP (Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal) de cerca de mil, que irão reforçar as várias corporações do país. “Iniciamos hoje a entrega dos rádios SIRESP, cujo reforço irá praticamente duplicar a capacidade de comunicação instalada nas corporações”, o que é “muito importante do ponto de vista operacional”, adiantou Miguel Macedo, revelando que o minis- tério irá distribuir cerca de mil rádios durante o período do verão. A Hora da homenagem Tal como vem sendo hábito, a cerimónia do Dia do Bombeiro Português foi palco para o tão aguardo momento. Perante as dezenas de convidados e uma formatura composta por elementos dos bombeiros do CONCURSOS NACION Equipas demonstram LIGA DOS BO A C ON F E D E RA Ç ÃO D A FU NDADA EM 18 DE AGOSTO D E 1 FE DE RADA N O “C OM IT É TÉ CHN IQU IN STITUIÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA Foto: Mara Jerónimo Concurso Tipo Equipa Foto: Mara Jerónimo s numerosas equipas que disputaram em 25 e 26 de Maio últimos, no Estádio Municipal de Fátima, os 32.º Concursos Nacionais de Manobras para Bombeiros e os 31.º de Cadetes demonstraram mais uma vez um evidente trabalho de preparação. Nível que viria a animar o decurso das provas e até a determinar os próprios resultados. As provas decorreram num ambiente animado e competitivo congregando para o local onde decorreram muitos elementos ligados às várias equipas mas ainda outros corpo de bombeiros que participaram no Dia do Bombeiro Português, comemorado também em Fátima, bem como residentes naquela vila. No âmbito dos concursos para voluntários (masculino A) os Bombeiros de Ourém saíram vencedores, seguidos dos de Paço de Sousa, Ribeira Grande, Fátima, Rebordosa, Ponta Delgada, Montemor – o –Novo e Marco de Canavezes. No feminino A, a equipa de Loures saiu vencedora seguida da de Ourém. Nos concursos para voluntários B (veteranos) saíram vencedores os representantes de Paço de Sousa, seguindo-se Ourém e Marco de Canavezes. Nos concursos para profissionais (A) ganhou a equipa do Regimento de Sapadores de Lisboa seguindo-se a do Porto e de Coimbra. Nos concursos para profissionais (B) inverteu-se a ordem, ganharam os Sapadores do Por- to e Lisboa ficou em segundo lugar. Cadetes Equipas mistas crescem O aumento do número de equipas mistas ficou a marcar a edição dos concursos para cadetes. Integradas no grupo das masculinas, contudo, foram em maior número que estas, 4 masculinas em 13 mistas. Nesta versão sai vencedora a equipa dos Voluntários de Rebordosa (masculina) seguida das equipas da Ribeira Grande (masculina) e Colares (mista). No quadro anexo está patente a classificação final completa. No âmbito dos cadetes femininos, Freamunde ficou à frente seguindo-se Rebordosa e São Pedro da Cova. Cadetes Cadetes Cadetes Cadetes Cadetes Cadetes Cadetes Cadetes Cadetes Cadetes Cadetes Cadetes Cadetes Cadetes Cadetes Cadetes Cadetes Cadetes Cadetes Cadetes Emissão: 30-05-2013 Clas 17 JUNHO 2013 UÊS ASSINALADO EM FÁTIMA estragaste-o!» distrito de Santarém, que mais tarde desfilou ao som da Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Rio Maior, ouviu-se o nome Idálio Serrão, o bombeiro da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cascais, escolhido pelo júri como Bombeiro de Mérito 2012. Idálio Simão protagonizou e coordenou uma equipa de bombeiros e agentes da PSP, que evitou o suicídio de uma mulher, que se preparava para se lançar de um 10º andar. Idálio Simão, que além de bombeiro voluntário é também agente da Divisão de Cascais da PSP, evitou a queda da mulher ao ter segurado a vítima pelo pulso. Por se encontrar de férias, Idálio Simão chegou a Fátima já depois do final da cerimónia. Aos jornalistas, o galardoado disse que “Este prémio é uma gratificação, um agradecimento de uma vida que damos em prol dos outros, quer numa profissão quer noutra. É também dos colegas, porque não é um prémio meu, é um prémio de todos os que estiveram no local e não só. De todos os bombeiros”, referiu. O homenageado garantiu que hoje voltaria a fazer “exatamente o mesmo”, apesar de ter consciência dos riscos. “Sinto-me feliz por as coisas terem corrido bem. Só quem lá esteve é que consegue ter a sensação do que se passou ali. Tive segundos para agir, se demorasse mais alguns segundos a pensar o desfecho seria outro”, recordou. Para além do Prémio Bombeiro de Mérito foram ainda entregues as seguintes menções honrosa: Menção Honrosa – Categoria Câmara Municipal, que este ano foi para a Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos. Menção Honrosa – Categoria Dirigente Associativo, entregue a José Alfredo Almeida, presidente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Peso da Régua. Menção Honrosa – Categoria Quadro de Comando, atribuída ao comandante Rui Laranjeira, dos voluntários de Águas de Moura. A Menção Honrosa – Categoria Personalidade da Sociedade Portuguesa foi entregue a António Manuel Pinto Soares Machado, comandante do Quadro de Honra dos Bombeiros Velhos de Aveiro. Por último, a Menção Honrosa – Categoria Personalidade Empresarial ou Empresa foi para empresa Baía do Tejo, SA pelo apoio prestado à Associação Humanitária de Sul e Sueste do Barreiro. NAIS DE MANOBRAS m grande preparação OMBEIROS PORTUGUESES A S A S S OCI AÇ Õ E S E C OR P O S D E BO M B E IR O S LIGA DOS BOMBEIROS PORTUGUESES C o m e nda d o r d a O r dem d e Be n e me r ên c ia – 1 9 35 Mem bro Ho no rá rio d a Ord e m Militar de Cristo – 19 80 M em b ro H on o rá ri o da O rd em d a L ib erd a d e – 2 0 08 Pré mi o Di re ito s Hum ano s – 2 0 0 8 C ON F E D E RA Ç ÃO D A S A S S OCI AÇ Õ E S E C OR P O S D E BO M B E IR O S C o m e nda d o r d a O r dem d e Be n e me r ên c ia – 1 9 35 Mem bro Ho no rá rio d a Ord e m Militar de Cristo – 19 80 M em b ro H on o rá ri o da O rd em d a L ib erd a d e – 2 0 08 Pré mi o Di re ito s Hum ano s – 2 0 0 8 FU NDADA EM 18 DE AGOSTO D E 1 93 0 L EGALIZADA PO R PORT ARIA DO M I NI STÉRIO DO INT ERIO R DE 30-5-1932 D IÁRIO DO GOVERNO – II SÉ RIE , Nº 12 9 DE 4 -6-1 93 2 FE DE RADA N O “C OM IT É TÉ CHN IQUE INT ERN ATIONA L D E L A PRÉVE NT IO N E T DE L’ EX TI N CT ION DU FEU ME MBRO D A “NAT I ON AL F IRE PRO TECT IO N ASSO CIATION 93 0 L EGALIZADA PO R PORT ARIA DO M I NI STÉRIO DO INT ERIO R DE 30-5-1932 D IÁRIO DO GOVERNO – II SÉ RIE , Nº 12 9 DE 4 -6-1 93 2 UE INT ERN ATIONA L D E L A PRÉVE NT IO N E T DE L’ EX TI N CT ION DU FEU ME MBRO D A “NAT I ON AL F IRE PRO TECT IO N ASSO CIATION IN STITUIÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA os Nacionais de Manobras Concursos Nacionais de Manobras Fátima Fátima domingo, 26 de Maio de 2013 domingo, 26 de Maio de 2013 sse Mas/Fem/Misto Associação/CB's Resultado Masculino Masculino Misto Masculino Misto Misto Misto Masculino Misto Misto Misto Misto Misto Misto Misto Misto Misto Rebordosa, A.H.B.V. Ribeira Grande, A.H.B.V. Colares, A.B.V. Freamunde, A.H.B.V. Sintra, A.B.V. Fafe, A.H.B.V. Caldas da Rainha, A.H.B.V. Vila Aves, A.H.B.V. Cartaxo, Municipais Caneças, A.H.B.V. Loures, A.H.B.V. São Pedro da Cova, A.H.B.V. Torrejanos, A.H.B.V. Matosinhos Leça da Palmeira, A.H.B.V. Oliveira de Frades, A.H.B.V. Vila Real Stº. Antº., A.H.B.V. Almada, A.H.B.V. 1021 1015 1014 1011 973 955 951 941 938 928 921 916 887 877 868 852 718 Feminino Feminino Feminino Freamunde, A.H.B.V. Rebordosa, A.H.B.V. São Pedro da Cova, A.H.B.V. 988 959 957 Tipo Equipa Classe Mas/Fem/Misto Bombeiros Voluntários Bombeiros Voluntários Bombeiros Voluntários Bombeiros Voluntários Bombeiros Voluntários Bombeiros Voluntários Bombeiros Voluntários Bombeiros Voluntários A A A A A A A A Masculino Masculino Masculino Masculino Masculino Masculino Masculino Masculino Ourém, A.H.B.V. Paço de Sousa, A.H.B.V. Ribeira Grande, A.H.B.V. Fátima, A.H.B.V. Rebordosa, A.H.B.V. Ponta Delgada, A.H.B.V. Montemor-o-Novo, A.H.B.V. Marco de Canaveses, A.H.B.V. 399 395 388 384 377 372 371 358 Bombeiros Voluntários Bombeiros Voluntários A A Feminino Feminino Loures, A.H.B.V. Ourém, A.H.B.V. 351 325 Bombeiros Voluntários Bombeiros Voluntários Bombeiros Voluntários B B B Masculino Masculino Masculino Paço de Sousa, A.H.B.V. Ourém, A.H.B.V. Marco de Canaveses, A.H.B.V. 406 400 394 Bombeiros Profissionais Bombeiros Profissionais Bombeiros Profissionais A A A Masculino Masculino Masculino Lisboa, Sapadores Porto, Sapadores Coimbra, Sapadores 383 382 374 Bombeiros Profissionais Bombeiros Profissionais B B Masculino Masculino Porto, Sapadores Lisboa, Sapadores 410 388 Emissão: 30-05-2013 Associação/CB's Resultado 18 JUNHO 2013 ESPINHO SOURE Espinhenses assistem a mais um nascimento Bombeiros vão ser padrinhos N o passado dia 2 de junho, os Bombeiros Voluntários Espinhenses foram acionados para uma emergência pre-hospitalar. No local encontrava-se uma grávida de 40 semanas em trabalho de parto. Após avaliação dos parâmetros vitais e recolha de informação, verificou-se que o parto teria de ser feito de imediato. Foi contactado o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), solicitando apoio diferenciado com Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER). A equipa acabou por assistir o parto em casa., dentro da desejada normalidade, Depois de prestados todos os cuidados, o bebé e a mãe foram transportados ao hospital. GRÂNDOLA Operacionais assumem missão de parteiros O s dois bombeiros dos Voluntários de Soure, Coimbra, que ajudaram recentemente o Hugo Filipe a vir ao mundo deverão vir a ser os seus padrinhos, conforme informação que nos chegou. O bombeiro de 1.ª e enfermeiro, Sérgio Marques, e a bombeira de 3.ª, Marta Santos, foram os protagonistas de mais um parto ocorrido no interior de uma ambulância dos bombeiros. O alerta foi dado pelo CODU/ INEM (Centro de Orientação de Doentes Urgentes) na madrugada do passado dia 6 aos Bombeiros de Soure. Foi então acionada uma ambulância e respetiva tripulação da 4.ª Secção, de Granja do Ulmeiro, localidade de onde havia sido recebido o pedido de socorro. Depois, a viatura médica do Hospital dos Covões (VMER) chegou para apoiar os dois bombeiros. O parto ocorreu na via rápida de Taveiro já perto do local de destino, a maternidade. No final, mais um parto realizado por bombeiros com plena eficácia numa das suas ambulâncias. ÓBIDOS C N o passado dia 27 de maio, poucos minutos depois das 9 horas, soou o alarme no quartel dos Bombeiros de Grandola, dando conta de uma mulher de 38 anos em trabalho de parto. Chegados ao local, os bombeiros mal tiveram tempo para fazer a avaliação da parturiente, pois o rompimento da bolsa de águas acabou por precipitar o nascimento do pequenito César, que às 9.30 já era o centro de todas as atenções, principalmente do 2.º comandante Joaquim Duarte e dos bombeiros Paulo Morgado, Luís Conceição e Ana Nunes, que assumiram com mérito a missão de parteiros. Mãe e filho foram posteriormente avaliados pela tripulação da VMER do Hospital do Litoral Alentejano e, depois, encaminhados, com acompanhamento médico, para a maternidade de Setúbal. BARREIRO Corpo de Bombeiros do Sul e Sueste assegurou o dispositivo de prevenção às comemorações do Dia da Marinha, no Barreiro. O dispositivo integrou três viaturas e 13 operacionais dos Bombeiros do Sul e Sueste, comandados pelo adjunto Bruno Loureiro, e ainda três viaturas e nove bombeiros do Corpo de Salvação Pública, dirigidos pelo 2.º comandante Rui Silva, bem como com o Veículo de Comunicações do Comando Distrital de Operações de Socorro de Setúbal da Autoridade Nacional de Proteção Civil. O sucesso desta operação mereceu reconhecimento das estruturas de comando dos bombeiros e da Marinha Portuguesa. om o intuito de proporcionar “um dia pleno de felicidade e diversão” aos alunos da Unidade de Multideficiência da Escola Josefa de Óbidos, o Corpo de Bombeiros de Óbidos acompanhou este grupo numa visita ao Jardim Zoológico de Lisboa. “Foi um dia inesquecível para estas crianças, com a partilha de muitos sorrisos e com muito mimo”, refere fonte dos Bombeiros de Óbidos, sublinhando que esta ação se insere numa aposta de proximidade com a população, congratulando-se com o facto de, para alguma destas crianças, esta ter sido uma oportunidade única para “desfrutarem de momentos que podem ser importantes para o seu desenvolvimento” O Corpo de Bombeiros de Óbidos acredita “no quanto é bom a aceitação daquilo que somos e dos que os outros são”, defendendo que ser “diferente não é ser desigual”. BARREIRO Fotos: Marques Valentim O Prevenção nas comemorações do Dia da Marinha Apoio em deslocação ao zoo O Exercício testa meios s Bombeiros Voluntários do Sul Sueste (Barreiro) realizaram, no âmbito do Plano de Emergência Interno da Escola EB1 do Lavradio, no concelho do Barreiro, um de simulacro de incêndio estrutural. Este exercício teve como objetivo testar tanto a capacidade de intervenção do corpo de bombeiros na resposta a situações que possam ocorrer no estabelecimento de ensino, como a operacionalidade das equipas de evacuação escolar. O exercício de simulacro envolveu 14 elementos do Corpo de Bombeiros e quatro viaturas operacionais: VCOT, VUCI e duas ABSC. 19 JUNHO 2013 LISBOA Acidente aéreo em exercício A aterragem de uma aeronave foram dos limites da pista 03 do aeroporto de Lisboa originando um grave acidente, foi mote para um exercício que mobilizou muitos operacionais e meios durante toda a noite de 1 de junho. “Um “runway excursion” ocorre pouco antes do avião ter saído da pista e ter-se partido em duas partes, ficando a posterior às asas dentro na área do aeroporto e a restante na via rápida (CRIL)”, uma situação de extrema gravidade que recriada permitiu testar e treinar a capacidade de intervenção dos vários agentes e proteção civil. O exercício “ALS2013” envolveu mais de 2500 pessoas, nomeadamente bombeiros, Polícia de Segurança Pública, Guarda Nacional Republicana, INEM, CDOS, serviços municipais e meios da ANA aeroportos. Este mega exercício permitiu a avaliar a resposta e coordenação dos meios internos do aeroporto e a articulação com os dispositivos e socorro externos e supra municipais de. Sérgio Santos CASTELO BRANCO OLIVEIRA DE AZEMÉIS Simulacro na escola agrária Resposta certificada R Fotos: António Júnior ealizou-se na EB1 de Fonte Joana um simulacro de incêndio, que mobilizou 10 operacionais e três viaturas dos Voluntários de Oliveira de Azeméis, e envolveu alunos, professores e funcionários. O cenário recriado permitiu testar reações e ações ao alerta de foco de incêndio, quando os meios primeira intervenção existentes na escola se revelaram ineficazes, tendo contudo sido possível, apesar do muito fumo, evacuar todos os ocupantes do edifício para local seguro. Coube aos Bombeiros de Oliveira de Azeméis dominar e extinguir o incêndio e de seguida R ealizou-se, recentemente, nas instalações da Escola Superior Agrária de Castelo Branco (ESACB) um simulacro de incêndio, com o intuito de testar o plano de emergência deste polo de ensino, elaborado com o contributo dos alunos no âmbito da atividade letiva do curso de Engenharia de Proteção Civil. A organização da iniciativa esteve a cargo de um grupo de finalistas do referido curso em colaboração com os elementos técnicos e órgãos diretivos da instituição. Este exercício permitiu avaliar a capacidade e a operacionalidade dos meios de primeira intervenção interna e os procedimentos definidos para situações de emergência. Simultaneamente, esta iniciativa visou promover a designada cultura de segurança e alertar a comunidade escolar para medidas de autoproteção, de atuação e de evacuação, que todos os cidadãos devem ser capazes de executar em caso de acidente. O cenário do exercício assentou num incêndio numa fotocopiadora, instalada no 1.º piso, nas proximidades da biblioteca. Deste cenário resultou um ferido ligeiro em consequência de uma nas escadas no momento da evacuação. Após a deteção do foco de incêndio foi dado o alerta e logo depois acionados os meios de primeira intervenção da escola. A resposta da comunidade escolar foi ajustada, tendo a evacuação para os Pontos de Encontro estipulados ocorrido com normalidade. Os Bombeiros Voluntários de Castelo Branco colaboraram ativamente na preparação do simulacro e responderam com prontidão, fazendo deslocar para o local um Veiculo Urbano de Combate a Incêndios (VUCI) e uma ambulância, com as respetivas guarnições. A forma rápida e coordenada como as equipas atuaram permitiu perceber o grau de preparação e treino dos operacionais, o que serviu para reforçar a confiança da comunidade escolar relativa aos meios de socorro disponíveis. proceder às operações de ventilação do edifício. Terminado o exercício, a co- munidade escolar pode assistir à demonstração de técnicas de extinção de incêndios urbanos. SÃO BRÁS DE ALPORTEL Intercâmbio e partilha de experiências A Equipa de Intervenção Permanente (EIP) dos Voluntários de São Brás de Alportel realizou um exercício de Salvamento em Grande Ângulo, na ponte da Atalaia, em Aljezur, tendo posteriormente os Bombeiros de Aljezur promovido um simulacro de Salvamento e Desencarceramento em São Brás de Alportel, ações que visaram o intercâmbio e a partilha de conhecimentos entre congéneres, tendo em vista a melhoria do desempenho profissional dos operacionais que garantem proteção e socorro às populações. 20 JUNHO 2013 TRAFARIA OEIRAS Fuga num depósito em exercício Simulacro de abalo sísmico U ma fuga num depósito de gás das instalações da RepsolGás na Banática, no concelho de Almada levou ao acionamento do dispositivo de segurança da empresa e dos meios de socorro exteriores, em mais um simulacro que visou testar tanto os pro- cedimentos de segurança numa empresa que armazena gás (GPL) como a articulação dos operacionais no teatro de operações. Esta iniciativa, inserida nas comemorações do Dia Municipal do Bombeiro, mobili- zou meios humanos e veículos dos corpos de bombeiros de Trafaria, Almada e Cacilhas que contaram com o apoio do serviço municipal de proteção civil e da Policia de Segurança Pública. Sérgio Santos ALMADA Operacionais testam meios N o âmbito das comemorações do Dia Municipal do Bombeiro, os Voluntários de Almada realizaram, no passado mês de maio, realizaram cinco simulacros de In- cêndio em escolas básicas, com a finalidade de testar os planos de emergência interno e externo destas unidades de ensino. Os exercícios permitiram ainda, “de- monstrar a capacidade técnica e operacional dos Bombeiros de Almada, bem como a sua prontidão em missões de socorro”. SETÚBAL Fotos: CMsetúbal Capacidade de articulação de equipas U m simulacro de um sismo com forte impacto na zona do centro histórico, realizado, em Setúbal, no passado dia 6 de junho, demonstrou a capacidade de articulação das equipas de proteção e socorro locais e nacionais para resposta a um cenário de catástrofe. Poucos minutos antes do fim do exercício “Bocage 2013”, a presidente da Câmara Municipal de Setúbal e autoridade máxima da proteção civil local, Maria das Dores Meira, resumia que “tudo correu muito bem. Todas as entidades evolvidas responderam da melhor forma aos desafios do simulacro. Além disso, a evacuação das escolas também correu muito bem”. Na sequência do alarme de um sismo de 6,4 na escala de Richter com epicentro na Ribeira de Coina, foram evacuadas duas escolas do centro de Setúbal, a EB/JI dos Arcos e a Escola Secundária Sebastião da Gama, assim como os Paços do Concelho, o edifício sede da Câmara Municipal. Além das equipas e meios técnicos de várias forças de segurança e socorro, o simulacro mobilizou 1480 alunos, 80 professores, 25 funcionários escolares e mais de uma centena de técnicos municipais. O comandante da Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal (CBSS) sublinhou a importância da realização de exercícios desta natureza, “não apenas para testar a capacidade de reação” das equipas da proteção civil, mas também porque considera ser necessário incutir “uma cultura de segurança na população”. Além da evacuação dos edifícios com maior número de pessoas a funcionar na Baixa da cidade, o simulacro, preparado com mais de um mês de antecedência, obrigou a proteção civil a prestar assistência num cenário em que se teriam registado 16 mortos, 750 feridos, 3500 desalojados e duas centenas de edifícios danificados. Todas as equipas e entidades envolvidas no “Bocage 2013”, incluindo, entre outros, 40 bombeiros sapadores e voluntários e agentes da PSP e da GNR, seguiram as diretrizes traçadas no Plano Municipal de Intervenção para o Centro Histórico de Setúbal. N o âmbito da semana da proteção civil de Oeiras, realizou-se no dia 1 de junho um simulacro de abalo sísmico que originou um incêndio no edifício da câmara municipal e ainda um acidente de viação no largo Marques de Pombal, em Oeiras. Na resposta ao “sinistro” estiveram envolvidos os sete corpos de bombeiros do concelho, nomeadamente Algés, Barcarena, Carnaxide, Dafundo, Linda-a-Pastora, Oeiras e Paço de Arcos com múltiplos meios humanos e operacionais que foram apoiados pela Policia de Segurança Pública, Policia Municipal, CDOS e pelo serviço municipal de proteção civil entre outros departamentos da autarquia. Sérgio Santos 21 JUNHO 2013 OVAR Fotos: BVO/Henrique Gomes Câmara avalia e ajusta procedimentos C om o intuito de testar a capacidade de resposta do Corpo de Bombeiros de Ovar em responder a um incêndio no edifício dos Paços do Concelho, realizou-se recentemente um exercício que permitiu ainda ajustar procedimentos das equipas de 1.ª in- tervenção, bem como as tática e manobras no reconhecimento, busca e salvamento e estabelecimento dos meios de ação em situações de incêndio urbano. Segundo fonte dos Voluntários de Ovar, o simulacro foi iguala- mento importante para certificar as atuações do comando no controlo e organização de teatros operacionais, articulação de meios e a cooperação entre os diferentes agentes de proteção civil. ALIJÓ VILA NOVA DE GAIA Intervenção conjunta Município testa meios O s Bombeiros Voluntários de Alijó, em colaboração com a Escola Básica de 2.º e 3.º ciclos da vila sede do município, realizaram um simulacro de incêndio nas instalações da estabelecimento de ensino. Este exercício envolveu, para além dos operacionais de Alijó, os bombeiros de Favaios, Sanfins do Douro e Cheires, numa clara aposta na cooperação e trabalho de equipa “essenciais para o sucesso de toda e qualquer operação de proteção civil”. Em declarações ao nosso jornal, os responsáveis operacionais salientam que a realização deste simulacro fica a dever-se “à grande colaboração da direção da escola, bem como ao empenho dos professores responsáveis pelo Clube da Proteção Civil local, que distribuíram CDs e deram informação às turmas envolvidas sobre as principais regras numa suposta evacuação, para que caso surja uma situação real a evacuação seja eficaz e eficiente”. A chegada dos bombeiros à escola “foi rápida e a transmissão da informação foi eficaz” O 2.º comandante do Corpo de Bombeiros de Alijó, responsável pela operação, desenvolveu uma estratégia e iniciou desde logo o combate ao foco de incêndio e à busca e salvamento das vitimas. À medida que as equipas dos outros corpos de bombeiros foram chegando, foi-lhes atribuída missão, cabendo aos operacionais de Favaios a evacuação das vitimas que iam sendo resgatadas do edifício e aos de Sanfins do Douro a busca e salvamento de uma das vitimas que se encontrava num 2.º andar do complexo e ainda a extinção de um foco secundário de incêndio. Neste cenário os bombeiros de Cheires tiveram como missão proteger pontos sensíveis e abastecer as viaturas envolvidas no combate direto. No briefing, o comandante José Rebelo dos Voluntários de Alijó agradeceu a presença de to- O dos e enalteceu a qualidade da intervenção dos bombeiros e o seu empenho no teatro de operações município de Vila Nova de Gaia tem sido palco de vários simulacros que visam testar planos de segurança de várias instituições concelhias, avaliar respostas operacionais e treinar atuações e procedimentos da comunidade em situação de emergência, nomeadamente em caso de incêndio. Neste âmbito, a Associação das Aldeias de Crianças SOS foi cenário para um exercício que envolveu os Sapadores de Gaia, os Voluntários de Valadares e ainda a Polícia de Segurança Pública e Polícia Municipal e que segundo fonte do Serviço Municipal de Proteção Civil “cumpriu os objetivos propostos. Também Antiga Casa Pompeu – Carlos Ferreira da Silva & Filhos, Lda, realizou um simulacro de incêndio nas suas instalações, na Travessa do Barroco, em Vila Nova de Gaia. A evacuação e socorro, a cargo dos Sapadores de Gaia decorreram de uma forma organizada, tendo a empresa demonstrado preparação para responder a este tipo de sinistros. A Fundação Couto, na Av. da República, Mafamude, também testou, recentemente o plano de segurança interno com a simulação de um incêndio na cozinha, que mobilizou para além dos Sapadores de Gaia, a Polícia de Segurança Pública e a Polícia Municipal, envolvendo 239 pessoas, entres as quais 193 crianças, nomeadamente 30 bebés e 40 crianças com um ano. A Proteção Civil Municipal pode desta forma comprovar “a organização e rapidez com que a instituição consegue fazer o exercício de evacuação, provando que a prática é a única garantia de êxito nestas situações”. Também a EB1/JI de Chouselas, do Agrupamento de Escolas D. Pedro I realizou o exercício de incêndio que mobilizou os Bombeiros Sapadores de Gaia, os Voluntários de Coimbrões envolveu 244 pessoas. 22 JUNHO 2013 GONDOMAR Avenida serve de cenário a exercício S eis corpos de bombeiros do concelho de Gondomar, num total de 61 operacionais participaram no dia 16 de junho, num simulacro de um acidente de viação na Avenida Oliveira Martins, numa iniciativa promovida Este exercício operacional, integrado nas comemorações do cen- tenário Voluntários de Gondomar, visou testar os meios humanos e materiais na resposta a um acidente de viação seguido de um fogo florestal. O “cenário” preparado para o simulacro previa um choque frontal entre um veículo ligeiro e um veículo pesado de passageiros, ha- vendo, ainda, um capotamento de um outro veículo após embate, situação que causaria 21 feridos, seis dos quais em estado grave. Além bombeiros de Gondomar, Valbom, Areosa, S. Pedro da Cova e Melres, também os voluntários de Valongo participaram nesta ação. ESPINHO Operacionais em Sevilha U ma força operacional conjunja dos Bombeiros da Cidade de Espinho participou, recentemente, no exercício Internacional Task Force 2013 em Sevilha, num presença notada e que mereceu até o reconhecimento do comandante da Força Sanitária do Exercito Espanhol. Com temperaturas rondando os 40º C, o gru- po de Espinho marcou presença “em todas as ocorrências que foram injetadas ao longo do exercício e que geraram um total de 222 vítimas”. Em jeito de balanço os bombeiros de Espinho sublinham terem “no meio de centenas de participantes”, deixado “uma marca pela qualidade, disponibilidade, trabalho em equipa, capacidade logística e de organização, prontidão, espírito de corpo, sentido de missão e empenho máximo”. “Dormimos em períodos de 4 horas e comemos pouco. Mas nem isso impediu de deixarmos indiscutivelmente lembranças únicas a todos que lidaram connosco”, dizem. VAGOS ODIVELAS Treino em elevação de emergência D O s Bombeiros Voluntários de Odivelas promoveram, recentemente, mais um workshop subordinado à temática. “Elevação de emergência de autocarros”. “O desencarceramento pesado destaca-se dos outros cenários de acidente pelo desafio que representa estabilizar e elevar cargas ou objetos com dimensões e pesos significativos”, salientou um dos responsáveis por este treino técnico que durante 11 horas permitiu abordar, entre outras matérias, conceitos básicos de elevação de emergência, o desenho de autocarros, equipamentos e “cribbing”. Saliente-se a forte componente prática desta iniciativa que permitiu testas os conhecimentos de operacionais dos corpos de bombeiros de Al- cabideche, Almoçageme, Arruda dos Vinhos, Cadaval, Fanhões, Póvoa de Santa Iria e Torre de Moncorvo. Sérgio Santos “Claro que aprendemos muito, mas também ensinamos. Acima dos Corpos de Bombeiros de Espinho e Espinhenses, FOCON do Agrupamento, cidade de Espinho, deixamos, com muita elevação, a marca dos bombeiros portugueses”, acrescenta Pedro Louro, o comandante operacional do agrupamento, Bombeiros avaliam técnicas de escoramento e desobstrução ecorreu no quartel dos Voluntários de Vagos, uma ação de formação de Técnicas de Escoramentos e Desobstrução, que reuniu operacionais de Vagos e de Oliveira do Bairro. O curso com a duração de 50 horas permitiu aos formandos trabalharem em técnicas de escoramento de estruturas em pré colapso, na desobstrução em estruturas colapsadas, na progressão em espaços confinados, assim como na abertura de acessos em estruturas urbanas para a extração e salvamento de vítimas. Foi ainda abordado o treino de escoramento e resgate em valas e trincheiras. Os intervenientes fazem um balanço “muito positiva” desta iniciativa que permitiu não só colmatar “uma lacuna formativa nesta área do socorro”, mas que também “serviu para a aproximação e interação entre os elementos destes corpos de bombeiros que cada vez mais têm de ser cooperantes nos diversos teatros de operações”. 23 JUNHO 2013 R SETÚBAL FERREIRA DO ZÊZERE Máquinas de rasto mobilizam bombeiros Operacionais em treino ealizou-se, recentemente, em Mação o primeiro Treino Operacional com Máquinas de Rasto envolvendo operacionais dos corpos de bombeiros do distrito de Setúbal e a participação de três elementos de comando. Esta ação teve como objetivo preparar as estruturas de comando para a coordenação de operações de combate a incêndios florestais com o apoio de máquinas de rasto. O s Voluntários de Ferreira do Zêzere receberam treino em salvamento de grande angulo, uma formação teórico-prática que permitiu “ex- BARCELOS N ALGARVE Ação de treino operacional Incêndios urbanos e industriais reúnem chefes de equipa uma iniciativa do CDOS de Braga realizou-se uma ação de treino operacional para elementos que executem as funções de 1.º comandante de operações de socorro, envolvendo 20 elementos do Corpo de Bombeiros Voluntários de Barcelos Em jeito de balanço, formandos e formadores reconhecem a importância destas iniciativas que permitem interação e articulação entre as diversas entidades nos diferentes teatros de operações. D ecorreu no quartel de Vila Real de Santo António o 1.º curso da Escola Nacional de Bombeiros (ENB) para chefes de equipas de combate a incêndios urbanos e industriais dirigido aos bombeiros algarvios, iniciativa que segundo os intervenientes constituiu “um grande passo na preparação dos bombeiros do Algarve permitindo suprimir necessidades formativas nesta área determinadas pela ausência na região de um polo de formação de incêndios estruturais”. Os Bombeiros de Vila Real de Santo António cederam as instalações para realização desta ação, depois de trem sido efetuados melhoramentos na casa de fogo, o que permitiu “elevar ao nível extremo o grau de exigência necessário para a preparação dos operacionais nomeadamente na vertente de incêndios estruturais”. ENTRONCAMENTO V Visita à Central do Pego ários elementos dos Voluntários do Entroncamento visitaram a Central de Ciclo Combinado do Pego, concelho de Abrantes. A visita, inserida no Plano de Formação Interna permitiu aos operacionais complementar a componente teórica com o contacto direto com sistemas de combate a incêndios, instalações de gás natural e instalações elétricas de AT/MT/BT. Esta ação contou com o apoio das empresas PEGOP e ELECGÁS. João Pitacas D plorar as potencialidades dos equipamentos”, recentemente oferecidos aos bombeiros por empresários do concelho O grupo integrou graduados dos corpos de bombeiros de Aljezur, Portimão, Albufeira e Tavira, orientados por Valter Raimundo dos Bombeiros de Portimão e João Horta dos Bombeiros de Tavira, formadores da ENB na área de Combate a Incêndios Urbanos e Industriais. in Safeplace 52 BARREIRO CELORICO DE BASTO Sul e Sueste investe em formação Exigência e profissionalismo no teatro de operações ezenas de operacionais do Corpo de Bombeiros do Sul e Sueste participaram em várias ações de formação, dando assim continuidade a uma política assente no investimento na formação, considerado prioritário pela direção e comando. Neste âmbito, 48 operacionais deslocaram-se ao Quartel de Pinhal Novo para participar numa formação em “Prevenção e Técnicas de Luta Contra Fogos De Gás – Nível I”, ministrada pela DIGAL GÁS. Esta ação juntou ainda bombeiros de Pinhal Novo, Palmela, Trafaria e do Corpo de Salvação Pública do Barreiro. Refira-se ainda no âmbito do Curso de Instrução Inicial do Bombeiro, que 4 es- O tagiários dos Voluntários de Sul e Sueste terminaram entretanto o curso de técnicas de socorrismo”, ministrado por formadores da Escola Nacional de Bombeiros, no quartel do Seixal. Da mesma forma, também sete operacionais concluíram com sucesso o Mó- dulo 3 do curso de Tripulante de Ambulância de Socorro (TAS). A direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste sublinha “o empenho e a dedicação do comando e de todos os bombeiros e bombeiras que, ocupando volun- tariamente o seu tempo livre se disponibilizaram para participar nestas ações, num sinal inequívoco de grande comunhão de objetivos e sempre com os olhos postos no servir cada vez melhor o concelho do Barreiro, o distrito de Setúbal e o país”. quartel da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Celoricenses acolheu uma formação de 1.º COS, promovida pela Autoridade Nacional de Proteção Civil, que contou com a participação de 25 operacionais, entre subchefes, bombeiros de 1.ª, de 2.ª e de 3.ª. Os bombeiros participantes puderam, desta forma, adquirir conhecimentos necessários a “exercerem da melhor forma a função de Comandante de Operações de Socorro “. O comandante dos Voluntários Celoricenses, António Marinho Gomes, vê a formação “como alicerce primordial na evolução dos bombeiros”, salientando que “independentemente de se tratar de bombeiros assalariados ou não, a formação é fundamental para que todos atuem com o profissionalismo exigido em qualquer teatro de operações”. “Temos noção de que é necessário estarmos sempre atualizados com os novos equipamentos que vão surgindo e com as novas situações que vão aparecendo e só com a devida formação é possível poder contar com um corpo ativo apto para qualquer situação”, destacou o mesmo responsável operacional. 24 T JUNHO 2013 MIRA FAFE Formação conjunta Ação de treino em incêndios endo em vista o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) para o ano de 2013, o Corpo de Bombeiros de Mira promoveu uma instrução conjunta em condução fora de estrada, envolvendo também uma dezena de operacionais dos Voluntários Penacova. À semelhança de ações anteriores com outros quartéis da região, este treino operacional teve como finalidade adaptar motoristas às características de um tipo de terreno arenoso, que exige alguma perícia para fazer progredir os veículos. Em declarações ao nosso jornal, os responsáveis declararam que esta instrução considerada como uma “mais valia para intervenções futuras”, permitiu “promover o espírito de amizade e camaradagem entre os elementos dois corpos de bombeiros”. A zona da Pica, S. Gens, foi o cenário escolhido para uma ação de treino de combate a incêndios florestais, promovida pelos Bombeiros Voluntários de Fafe (BVF), com a colaboração do Comandante Operacional Municipal e a Junta de Freguesia de S. Gens. Durante a manhã os operacionais abriram faixas de contenção com material sapador e outro apropriado para este tipo de trabalho, com a supervisão de José Novais, adjunto de comando dos Voluntários de Fafe,. Ao início da tarde foram efetuadas queimadas controladas. No final, os participantes sa- COIMBRA s Bombeiros Voluntários de Coimbra continuam a apostar na formação dos seus operacionais tendo nos últimos meses realizado dois cursos através da empresa 4EMES no centro de formação da CBS Coimbra. Reforçaram aptidões técnicas combate a incêndios em estruturas 24 bombeiros, que viram nesta formação uma oportunidade de estarem melhor preparados para as intervenções na zona histórica, que traz sempre uma grande preocupação devido a especificidade da baixa da cidade. Um outro curso, de técnicas de salvamento e desencarceramento, mobilizou 16 operacionais e assentou na organização e sistematização do conceito SAVER bem como na extração de vítimas encarceradas. Os formadores Carlos Ferreira, Jorge Humberto e Nelson Antunes investiram na preparação dos operacionais desenvolvendo múltiplos exercí- Preparação para novas realidades C cios procurando desta forma assegurar “maior eficácia e capacidade de resposta no socorro e salvamento”. A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Coimbra tem, no corrente ano, reforçado a aposta na formação diversificada dos seus bombeiros. Sérgio Santos priamente na a época de incêndios que se aproxima e que promete ser trabalhosa”. ALIJÓ Bombeiros apostam em formação O lientaram a importância destas formações “bastante úteis para lidar em cenário real, mais pro- om o intuito de preparar os seus operacionais os Voluntários de Alijó investiram na formação em Técnicas de Salvamento em Grande Ângulo, numa ação que contou com a iniciativa e empenho da Federação dos Bombeiros do Distrito de Vila Real, em estreita colaboração com a NERVIR. Em declaração ao nosso jornal fonte dos Voluntários de Alijó refere ser esta mais “uma demonstração de que os bombeiros voluntários de Portugal continuam, sem sombra de dúvidas, empenhados em servir e proteger as populações”, salientando ainda o empenho do comando em preparar os seus operacionais, agora com responsabilidades acrescidas, dando como exemplo as obras na Barragem de Foz Tua. 25 JUNHO 2013 SINTRA Formação com fogo real SOURE Reforçar aprendizagens A emergência pré-hospitalar, tem muitas vertentes de socorro nomeadamente o trauma, matéria que os Voluntários de Soure puderam aprofundar, recentemente, numa ação de formação. O curso de trauma intensivo com duração de dezasseis horas permitiu aos operacionais realizar várias atividades a nível de salvamento de vítimas em meio aquático, em espaços confinados, em poços e em acidentes rodoviários. Sérgio Santos ESMORIZ Nadadores salvadores (re)certificados A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Sintra realizou, na localidade de Peroleite (Assafora), uma formação de incêndios florestais/rurais, com fogo real. Os incêndios florestais “propiciam condições para o surgimento de situações complexas, normalmente potenciadas por condições meteorológicas extremas de difícil previsão”, podendo originar situações graves do ponto de vista de perdas de vidas humanas e bens, o que na ótica deste corpo de bombeiros exige “preparação e aperfeiçoamento das várias forças e entidades, que têm um papel ativo e fundamental na proteção da floresta, enquanto bem precioso do nosso pais”, conforme defendem os Voluntários de Sintra. S. JOÃO DA MADEIRA V Aprender para servir melhor ários elementos do corpo ativo dos Voluntários de São João da Madeira participou num curso de condução de ambulâncias de emergência ministrado por dois formadores do INEM, uma ação que teve como objetivo dotar os formandos de técnicas de condução, que lhes permitem garantir a segurança no decorrer dos serviços de emergência, quer para a vítima e tripulação da ambulância, quer para os restantes automobilistas. Os forman- dos tiveram assim a oportunidade de aperfeiçoar o seu desempenho no transporte e melhorar as suas capacidades na condução das viaturas. Numa época em que todas as associações lutam contra os efeitos nefasto da crise direção e comando não poupam esforços para proporcionar ao corpo de bombeiros condições de trabalho com notórios reflexos na qualidade do serviço prestado à comunidade. FAFE S ete operacionais dos Bombeiros de Esmoriz que também assumem a missão de nadadores salvadores, depois de um mês de árduo trabalho de preparação, realizaram com sucesso o exame de recertificação, estando agendadas outras ações para concluir este processo que habilitará para funções na praia outros elementos do corpo ativo. Registe-se que as praias situadas entre Esmoriz e Maceda, numa extensão de costa de sete quilómetros, são frequentadas por um elevado número de banhistas aos fins de semana, mesmo fora da designada época balnear exigem prontidão e eficácia aos bombeiros de Esmoriz. Há 15 anos que a Secção de Nadadores Salvadores deste corpo de bombeiros assegura esta missão, com bons resultados, muito embora os apoios escasseiem e as condições de trabalho nomeadamente de acessos aos areais não sejam as melhores, nada que faça esmorecer os operacionais sempre prontos para responder às solicitações dos banhistas. SÃO BRÁS DE ALPORTEL O Operacionais apuram técnica s Bombeiros de São Brás de Alportel realizaram no quartel dos Voluntários da Ortigosa, no distrito Leiria, uma ação de formação em Busca e Resgate em Estruturas Colapsadas (BREC), numa iniciativa que visou a obtenção de conhecimentos e o aperfeiçoamento técnico dos operacionais nesta área do socorro. Fotos: BV Fafe Estagiários complementam instrução O s estagiários dos Bombeiros Voluntários de Fafe (BVF) deslocaram-se à Unidade Local de Formação (ULF) de Castro Daire, com o intuito de tomarem contacto com fogo real, em contentor, nesta que foi a última instrução do módulo de Extinção de Incêndios Urbanos e Industriais. A formação incluiu a preparação física e ainda ações na vertente da ventilação hidráulica e busca e salvamento no contentor. Os estagiários participaram ainda num exercício de extinção de incêndios no interior do contentor. Nesta deslocação os futuros reforços dos Voluntárias de Fafe foram acompanhados pelo adjunto Paulo Ferreira, do subche- fe Hélder Pereira e da bombeira de 2.ª, Filipa Ribeiro, e puderam contar com o apoio dos operacionais Filipe Rodrigues e João Cardoso dos Bombeiros de Castro Daire. 26 JUNHO 2013 FAMALICÃO DA SERRA Combate a incêndios florestais em jornada U m Curso de Combate a Incêndios Florestais com o qual se abriu a 7.ª Jornada de Análise ao Incêndio de Famalicão, que se realizou no passado mês de maio em Famalicão da Serra, no distrito da Guarda. Pelo sétimo ano consecutivo, o Projeto Sérgio Rocha e o Portal Bombeiros.pt associaram-se para trazer à memória de todos o trágico acidente que a 9 de julho de 2006 ceifou a vida a seis bombeiros, entre eles o bombeiro português Sérgio Rocha, e assim evitar que os mesmos erros sejam cometidos e que mais vidas se percam. Desta forma, uniram-se e contaram com o apoio dos Bombeiros Voluntários de Famalicão da Serra, da Junta de Freguesia de Famalicão da Serra, da Afocelca e do Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais (CEIF) da Universidade de Coimbra para realizar um Curso de Combate a Incêndios Florestais com um enfoque extremamente prático. Esta formação ofereceu aos cerca de 40 participantes um conjunto de informações que visam aumentar a capacidade de análise e de atuação das equipas de combate, garantindo assim a melhoria na intervenção e na capacidade de observação que permita uma ação eficaz e em segurança. Na lição de abertura, Daniel Rocha, responsável pelo ProjetoProjecto Sérgio Rocha, visitou a história e fez o retrato dos principais momentos do incêndio de 2006, apresentando depois algumas das conquistas que desde 2007 e até 2012 a Jornada de Análise ao Incêndio de Famalicão já tinha obtido com a sugestão de alterações a entidades governamentais. Finalizou com a apresentação dos objetivos para o que resta de 2013 e para o ano de 2014, anunciando a intenção de realizar um documentário sobre o incêndio de Famalicão e anunciado que seguirá para a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) uma proposta de colaboração para o lançamento de um projeto de fabrico de uma mochila de transporte de “fire- -shelter” de origem portuguesa e que possa conjugar os fatores da segurança, da eficiência, do conforto e do preço. Após esta apresentação, Carlos Rossa abordou o tema da segurança no combate, destacando-aquele que é, no seu entender, um instrumento extremamente fácil de utilizar e com uma capacidade enorme de permitir um combate eficaz e seguro. Baseado no sistema norte-americano LACES, Rossa defendeu a implementação deste sistema de segurança no combate através da sua tradução para o sistema MARCA – Monitorização, Ancoragem, Rotas de Fuga, Comunicação e Área de Segurança, permitindo desta forma uma maior identificação do combatente português com a terminologia portuguesa e uma maior capacidade de implementação pela proximidade linguística. Seguiu-se a intervenção de David Davim, centrada na temática do combate e que forneceu algumas pistas de atuação tendo em consideração a observação de um conjunto de fatores são essenciais no desenrolar de um combate eficaz. Destacou-se nesta lição a questão do Alinhamento de Fatores e a importância da sua integração no Sistema de Gestão de Operações (SGO), possibilitando desta forma uma maior capacidade de previsão da evolução do combate. Foram duas lições muito complementares e que forneceram dicas de atuaçãoactuação muito úteis e que tiveram uma excelente receçãorecepção por parte dos participantes. Já Domingos Xavier Viegas fez num primeiro momento uma revisão da história recente ao nível dos números de incêndios florestais ocorridos depois de uma época de chuvas intensa, revelando que é a primeira vez que estamos a chegar ao final do mês de maio com um índice de chuvas tão elevado e alertando que, caso a época de chuvas termine agora, poderemos esperar uma fase complicada ao nível dos incêndios florestais no final de julho ou início de agosto. Após esta chamada de atenção, seguiu-se uma lição sobre as medidas de segurança mais eficazes perante a possível ocorrência de fenómenos extremos do fogo, não se coibindo de alertar os presentes para a possibilidade de, perante alguns desses fenómenos extremos e perante algumas condições do incêndio, ser impossível fazer um combate em segurança, sugerindo que nesses casos se recue para uma redefinição de estratégia. Numa lição sempre pontuada com conselhos de combate (como ocorreu nas lições da manhã), Domingos Xavier Viegas terminou a sua intervenção com uma referência ao Incêndio que em 2012 consumiu os concelhos de Tavi- ÓBIDOS O Encontro de grupos cinotécnicos grupo de cinotécnia do Corpo de Bombeiros de Óbidos, recebeu no a visita do congénere do Regimento Sapadores Bombeiros de Lisboa (RSBL), um encontro surge “da necessidade de reforçar a importância da formação contínua nesta área”. Os sapadores aceitaram o desafio e o resultado foi um dia em cheio marcado por muito trabalho, aprendizagem e valiosos contributos o desenvolvimento e crescimento do grupo cinotécnico dos Bombeiros de Óbidos. ra e de São Brás de Alportel, fazendo referência às falhas existentes e dando conselhos sobre atuação em condições idênticas. Após este conjunto de lições comunicações, que aconteceram na Casa da Cultura de Famalicão, o grupo deslocou-se para o local do acidente, em plena serra de Famalicão, fazendo a pé o trajeto que em 2006 foi percorrido pelos seis homens e tomando conta das dificuldades que eles teriam sentido naquele trágico dia. Este “staff-ride”, o único que se realiza na Europa, foi orientado por Domingos Xavier Viegas e foi complementa- do com as palavras de alguns dos homens que combatiam em 2006 naquele incêndio, tendo Mário Santos (hoje 2.º Comandante da Corporação de Famalicão da Serra) relatado visivelmente emocionado o momento em que viu o Sérgio Rocha pela última vez e o momento em que saiu queimado do incêndio. No final, antecedendo o minuto de silêncio que encerra cada Jornada, todos os presentes sentiram vontade em apoiar a iniciativa de criação da Mochila de transporte do “fire-shelter”, pois será uma forma de ser ultrapassado o desconforto que cria resistência por parte dos bombeiros à sua utilização. Orlando Ormazabal, um dos apoiantes da iniciativa e representante máximo da Afocelca, aproveitou este momento junto ao local onde foram encontradas as ferramentas dos seus combatentes e compatriotas para contar a sua experiência pessoal ao nível da utilização do “fire-shelter”, revelando-se emocionado com a forma como é acarinhada e lembrada a memória daqueles que caíram. A sessão terminou com um minuto de silêncio e com uma fotografia de grupo, prometendo a organização mais atividades para os próximos meses. Bombeiros.pt PAÇO DE ARCOS A Cooperação com Cabo Verde Associação Humanitária dos Bombeiros de Paço de Arcos (Portugal) assinou um protocolo de cooperação com a Câmara Municipal de Santa Catarina (Cabo Verde), que visa apoiar os bombeiros do município cabo-verdiano com formação e equipamentos. Segundo a Inforpress, o protocolo foi assinado na terça-feira pelo presidente da associação portuguesa, Tiago Fernandes, e pelo vereador da área da Proteção Civil, José Alves, em substituição do presidente santa-catarinense, e visa capacitar a corporação de bombeiros de Santa Catarina (centro da ilha de Santiago) nos domínios de salvamento e de incêndios em florestas. “A cooperação incide, sobretudo, a nível técnico, na formação dos bombeiros, que pode ser ministrada em Portugal e em Santa Catarina. Nos equipamentos, vão fornecer aquilo que poderem. Contamos, assim, trabalhar juntos para melhorar a nossa capacidade técnica”, disse José Alves. O vereador mostrou-se satisfeito pelo apoio que a associação portuguesa vai conceder aos bombeiros municipais em relação ao salvamento marítimo, tendo em conta que, há pouco tempo, duas crianças perderam a vida no mar de Rincão e a equipa não tinha meios nem pessoal formado para fazer o resgate dos corpos. Por seu lado, Tiago Fernandes realçou o facto de os bombeiros servirem para “prestar um serviço público, neste caso, salvar vidas”. Por essa razão, acrescentou, a associação a que preside vai, dentro das possibilidades, apoiar o município de Santa Catarina com fardamentos, equipamentos e formação. “Vamos formar bombeiros para o curso de socorrismo e capacitá-los para intervirem em fogos florestais e em operações náuticas, com ações de formação para nadadores salvadores”, realçou. JSD // MLL OLIVEIRA DE AZEMÉIS C CB dispõe de nova valência om o intuito de continuar a prestar um serviço de excelência à à população os Bombeiros de Oliveira de Azeméis dispõem desde o início do ano de elementos habilitados a intervir em árvores de grande porte. Conciliando técnicas de grande ângulo e arborismo, estes operacionais conseguem abater árvores que pela sua envergadura, localização ou outro tipo cons- trangimentos não podem ser intervencionadas de modo convencional. Este pioneiro método trabalho consiste no abate na vertical evitando cortes de ruas e o uso de maquinaria pesada, Todas as operações são devidamente acompanhadas pelos técnicos do gabinete técnico florestal da autarquia. 27 JUNHO 2013 T ÁGUAS DE MOURA ALMADA Escola conjunta Bombeiros na apresentação de dispositivo municipal eve início mais um curso de formação inicial para novos bombeiros, no distrito de Setúbal desta vez envolvendo Voluntários de Águas de Moura e Palmela, num total de 21 estagiários. O curso com a duração de 395 horas, contempla as componentes teórica e prática, em seis módulos de formação que se realizam no quartel dos Bombeiros de Águas de Moura. OEIRAS Quartel recebe VECI O s Voluntários de Almada, marcaram presença na apresentação da “Operação Floresta Verde, Floresta Segura 2013”. Este corpo de bombeiros integra o dispositivo municipal contra incêndios, conjuntamente com os outros dois do concelho, assegurando o trabalho de prevenção e vigilância á zona verde do concelho de Almada com uma equipa na zona da Arriba Fóssil, área de paisagem protegida. Registe-se que este pré-posicionamento de meios tem garantido resultados muito positivos, já que no ano de 2012, apesar do elevado número de ignições, Almada foi o concelho que a nível nacional registou menor área ardida. CASCAIS Mota no quartel N o passado dia 18 de maio a Associação Humanitária de Bombeiros de Oeiras batizou um veículo especial de combate a incêndios, numa cerimónia simples mas de grande significado para o corpo de bombeiros. Este veículo acidentado a 18 de outubro de 2011, quando circulava numa rotunda, junto ao Cacem a cerca de 19 km/h (registo dos instrumentos de bordo) e se dirigia para um incêndio florestal junto à Ericeira, provocou cinco feridos e um dos quais com gravidade. A sua recuperação durou mais de ano e meio e agora, fi- nalmente, o corpo de Bombeiros de Oeiras conseguiu, finalmente, colocar o carro operacional. Os padrinhos foram os cinco tripulantes acidentados. Frente à formatura foram agraciados o 2.º Comandante Pedro Gaspar, transferido para Mafra, e uma colaboradora da secretaria que atingiu a idade de reforma. PAREDE O Duas novas viaturas entram ao serviço Foto: Carlos Pereira s Bombeiros Voluntários da Parede, Cascais, apresentaram recentemente as três viaturas obtidas através de uma candidatura da instituição ao Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) com o apoio da Câmara Municipal de Cascais. O dia 1 de junho marcou a entrada ao serviço das três viaturas de socorro: um veículo urbano de combate a incêndios (VUCI), um veículo tanque tático rural (VTTR) e um veículo florestal de combate a incêndios (VFCI). A cerimónia informal de apresentação contou com a presença do vereador da Câmara Municipal de Cascais Nuno Piteira, do presidente da Junta de Freguesia de Parede, Carlos Oliveira, do presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Lisboa, comandante António Carvalho, do comandante municipal, Manuel João Ribeiro, anfitreados pelo comando e pela direção da instituição. A mota do INEM instalada recentemente no concelho de Cascais tem a particularidade de operar com técnicos daquele Instituto mas a partir do quartel da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Cascais, na sequência do acordo estabelecido entre as duas instituições. Os bombeiros do concelho de Cascais acolheram positivamente a iniciativa dado constituir uma mais-valia para o dispositivo de socorro local. A esse propósito, lembram também a expectativa em relação à criação de mais um posto INEM numa das duas associações concelhias que ainda não dispõem desse meio. A expectativa é suportada pelo número de acionamentos feitos diariamente, quer para os Voluntários da Parede, quer para os Voluntários de Carcavelos, muito superior a muitos dos atuais postos INEM/PEM espalhados pelo país. Recorde-se que a viatura médica (VMER) de Cascais foi a primeira do país a funcionar fora de Lisboa e, durante muitos anos, mantida em parceria com a Câmara Municipal de Cascais, Hospital de Cascais e INEM, e operada na quase totalidade por tripulantes bombeiros, incluindo médicos. Hoje, a VMER sediada no hospital de Cascais insere-se no padrão nacional mas continua a ser, na ótica dos bombeiros, uma elemento fundamental de interação local e regional para a prestação do socorro. “ Todos somos necessários nesse objetivo, sendo certo que a relação estabelecida entre os bombeiros do concelho de Cascais e as várias tripulações da VMER, e agora da mota, constituem e, por certo, vão constituir ainda mais um fator importante de conhecimento e ação mútuas”, defende o comandante dos Voluntários de Cascais, João Loureiro. 28 N JUNHO 2013 VIANA DO CASTELO CAMPEONATO NACIONAL DE SALVAMENTO E DESENCARCERAMENTO Novas viaturas a chegar Sul e Sueste acolhe primeira edição ove viaturas de combate a incêndios estão a chegar às respetivas associações e corpos de bombeiros na sequência do investimento realizado, de quase um milhão de euros, comparticipado por fundos comunitários em 85 por cento no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). O investimento teve por base a candidatura apresentada, em 2011, pela Federação Distrital dos Bombeiros de Viana do Castelo ao Programa Operacional do Norte, no valor de 934 mil euros para a aquisição de novas viaturas para corporações de sete concelhos. Os Voluntários de Vila Nova de Cerveira já tem desde o ano passado uma nova viatura para intervenção em fogos florestais e, recentemente, coube aos Bombeiros de Paredes de Coura e de Arcos de Valdevez também receberem os respetivos veículos ligeiros de combate a incêndios. Está já programada a chegada de outra viatura para os Municipais de Viana do Castelo. O presidente da federação distrital mostra-se satisfeito, com a renovação da frota em curso e também com o grau de execução da candidatura. Se- gundo Luís Brandão Coelho, a nível nacional, a região está “muito bem posicionada” com 50 por cento da candidatura executada. Das doze associações e corpos de bombeiros de bombeiros do distrito de Viana do Castelo, ficaram de fora desta candidatura de re-equipamento os Voluntários de Melgaço, Valença e Ponte de Lima. Brandão Coelho acredita e defende que outras oportunidades surgirão, para as quais a federação “ promete estar atenta”. Com dois anos previstos de execução, até final de 2013, a maioria dos bombeiros do Alto Minho vão receber uma nova viatura. Em resumo, a candida- tura permitiu a aquisição de quatro veículos ligeiros de combate a incêndios para as corporações de voluntários de Paredes de Coura, Vila Praia de Âncora (Caminha), Arcos de Valdevez e Viana do Castelo. A candidatura incluiu ainda quatro viaturas pesadas, das quais duas de combate a incêndios urbanos (voluntários de Ponte da Barca e municipais de Viana do Castelo) e outras duas para intervenção em fogos florestais (Voluntários de Caminha e de Vila Nova de Cerveira). À associação de Monção será entregue um tanque cisterna pesado, de posicionamento tático, com capacidade para transportar 8 mil litros de água. PAREDES Transporte de doentes certificado A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste acolheu nos dias 7 a 9 de junho, no quartel-sede, o primeiro Campeonato Nacional de Salvamento e Desencarceramento. No evento realizado em parceria com a Associação Nacional de Salvamento e Desencarceramento (ANSD), seguindo as regras da World Rescue Organization (WRO), participaram 19 equipas, representando corpos de bombeiros de todo o país que competiram entre si. O Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, vencedor deste campeonato nacional, representará Portugal no World Rescue Challenge 2013, a realizar na Flórida (Estados Unidos), no próximo mês de outubro. As manobras a concurso (Standard e Rápida; 20 e 10 minutos, respetivamente) consistiram em operações de salvamento e desencarceramento de uma vítima em variados cenários de acidentes rodoviários, os quais simularam as condições com que os bombeiros se deparam em situações reais, tendo as provas sido avaliadas por um júri de avaliadores da ANSD, na área de Gestão e Comando de Incidentes, Resgate Médico e Técnico, membros da World Rescue Organization. Estiveram representadas no evento as principais marcas de equipamentos de salvamento e desencarceramento do mundo, tendo ainda havido oportunidade para a realização de uma sessão técnica tendo como oradores a Comandante Operacional Distrital de Setúbal, Patrícia Gaspar, que falou sobre “Gestão de Emergências e Comunica- ções” e o presidente da direção da Associação Nacional de Salvamento e Desencarceramento, Rui Santos, que abordou a temática “Salvamento e Desencarceramento em veículos pesados”. Refira-se que o I Campeonato Nacional de Salvamento e Desencarceramento reuniu equipas do RSB Lisboa, BV Vila do Conde I, BV Vila do Conde II, BV Aguda, BM Figueira da Foz, BV S. Brás de Alportel, BV S. João da Madeira, BV Cacilhas I, BV Cacilhas II, BV Sul e Sueste (Barreiro), BM Tavira, BV Mangualde, BV Alcobaça, BV Minde, BV Aljezur, BV Carvalhos, BV Leça do Balio, BV Moreira da Maia e BV Lagoa. VILA DO CONDE O A comemoração do 129.º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Paredes, no passado dia 9, ficou assinalada pela entrega à instituição do certificado de qualidade no âmbito do transporte de doentes não urgentes e pela inauguração de duas novas viaturas de socorro. A entrega do certificado e da respetiva bandeira relativa ao processo de certificação de qualidade através da norma ISO9001/2008 foi feita por José Leitão, diretor executivo da Associação Portuguesa de Qualidade. Na oportunidade, aquele responsável sublinhou a importância da certificação na adoção de empenho e dinamismo de gestão de topo, a necessidade de adequar as infraestruturas às atividades desenvolvidas e a importância do uso de técnicas de gestão empresarial que permitem obter excelentes resultados de produtividade e de redução de custos. Trata-se da quarta associação de bombeiros do distrito do Porto a obter a certificação de qualidade e a primeira do concelho de Paredes. O programa de aniversário dos Voluntários de Paredes inclui ainda a inauguração de duas viaturas. Em primeiro lugar, foi inaugurado um VSAT, veículo de salvamento e desencarceramento, obtido através de candidatura ao QREN efetuada pela Federação de Bombeiros do Distrito do Porto, aguardando-se ainda que a componente desse financiamento de 85 por cento seja entregue à instituição Em segundo lugar, foi inaugurado um veículo ligeiro de combate a incêndios oferecido pela EDP Comercial. Bombeiro de Ferro 2013 s Bombeiros Voluntários de Vila do Conde, em parceria com a Companhia de Sapadores Bombeiros de Vila Nova de Gaia, a Federação de Bombeiros do Distrito do Porto e a Câmara Municipal de Vila do Conde, organizaram a 2.ª edição do “Bombeiro de Ferro”, que decorreu em Vila do Conde nos dias 24 e 25 do passado mês de maio. O evento reuniu 81 homens e 7 mulheres, num total de 88 bombeiros concorrentes, vindos de 20 Corpos de Bombeiros todo o país. O concurso que consiste numa prova física que avalia a resistência e perícia do bombeiro em atividades similares ao combate a incêndio num prédio de 3 andares, intervenção em escombros e salvamento de vítimas. Este ano, os tempos alcançados demonstram uma melhoria significativa, associada a um maior número de participantes. Foram muitos os espetadores que assistiram com entusiasmo incentivando os participantes. A classificação individual (feminina – 1.º escalão) ficou assim determinada 1.ª – Cátia Montes (3,45 minutos) – B.V. São Brás de Alportel; 2.ª – Raquel Vilela (4,13 minutos) – B.V. Valadares; 3.ª – Ana Rita Silva (6,03 minutos) – B.V. Valadares. A classificação individual (masculina) ficou assim ordenada: (1.º Escalão) – 1.º – Bruno Cardoso (1,30 minutos) – Aeroporto RSB. Lisboa; 2.º – João Paulo Carvalho (1,31 minutos) – B.V. Alcobaça; 3.º – Hugo António (1,33 minutos) – RSB Lisboa; (2.º Escalão) – 1.º – Alexandre Ferreira (1,31 minutos) – BSB Porto, 2.º – Rui Marques Ferreira (1,32 minutos) – BSB Porto, 3.º – Carlos Amaro (1,35 minutos) – Aeroporto RSB. Lisboa; (3.º Esca- lão) – 1.º – Joaquim Sousa (1,45 minutos) – B.S.B. Porto, 2.º – Adelino Conde (1,48 minutos) – Aeroporto RSB Lisboa e 3.º – José Wiajoen (1,49 minutos) – RSB. Lisboa. Na classificação coletiva, ficou em primeiro lugar a equipa do Batalhão Sapadores Bombeiros Porto, seguidas das equipas do Destacamento Aeroporto do Regimento Sapadores Bombeiros e do Regimento Sapadores Bombeiros Lisboa. 29 JUNHO 2013 MONCORVO A Câmara Municipal de Torre de Moncorvo foi distinguida com o crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) por proposta da direção da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Torre de Moncorvo. A entrega da distinção ao vice-presidente da Autarquia, José Manuel Aires, ocorreu durante a sessão solene comemorativa do 80.º aniversário da Associação. As comemorações começaram em 4 de maio, com uma ação de formação especializada para bombeiros relativa ao sal- Autarquia distinguida com crachá de ouro vamento e desencarceramento em veículos híbridos e elétricos. No dia 10 realizou-se uma ação “portas abertas” para dar a conhecer mais diretamente as atividades da instituição e, no dia 12, decorreu então a imposição de medalhas, a missa solene, a romagem ao cemitério e a inauguração de duas novas viaturas, uma de comando e outra autotanque de grande capacidade, esta oferecida pela Câmara Municipal. Destaque também para a presença de uma delegação de bombeiros franceses (Marly le Roi – SDIS 78) que, inclusive, integraram a formatura. O presidente da direção dos Voluntários de Torre de Moncorvo, António Salema, na oportunidade, fez questão de sublinhar que, “apesar das vicissitu- des, temos imprimido uma dinâmica em todas as nossas atividades com alguma inteligência, ornando-nos assim capazes de nos permanecer coesos e com o estado de espírito elevado, que nos permite che- gar quase sempre onde é necessário”. O dirigente adiantou ainda que “ a aposta na formação tem sido um apanágio da nossa parte e tudo faremos para que continue nesse sentido” e referindo, inclu- sive, que “mais do que nunca, o Pais necessita de um voluntariado cada vez mais forte e preparado”. No dia 13, por último, decorreu um simulacro de resgate em grande ângulo na casa escola do quartel. VILA FRANCA DE XIRA Fotos: Marques Valentim Apelo ao aproveitamento de sinergias A sessão solene comemorativa do 131.º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Franca de Xira ficou marcada pela atribuição de condecorações e distinções a dirigentes e bombeiros e emblemas a associados com mais de 25 e 50 anos de ligação à instituição. No primeiro caso incluiu-se a entrega de distinções a quatro dirigentes, incluindo, Alberto Pires, presidente da assembleia-geral e antigo dirigente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), e Vitor Batalha Henriques, presidente do conselho fiscal e antigo presidente da direção, e aos elementos de comando, Elvi- ro Alves Passarinho (comandante) e João Paulo Carolino (adjunto de comando). Procedeu-se ainda à entrega de uma distinção a uma funcionária e de medalhas de assiduidade a diversos elementos do corpo de bombeiros. Na sua intervenção, com a franqueza que o caracteriza, o presidente da direção, Carlos Fernandes, criticou os “velhos do Restelo” que têm obstado às mudanças a que inevitavelmente as associações de bombeiros estarão sujeitas reiterando a necessidade de tirar partido das sinergias comuns e de rentabilizar as oportunidades que a cooperação entre associações trará à sua sustentabilidade. A presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Maria da Luz Rosinha, retomou o tema e apelou, inclusive, à necessidade de reorganização das estruturas locais dos bombeiros. A sessão solene contou também com a presença do vice-presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Lisboa, comandante Pedro Araújo, do vice-presidente da LBP, Rui Rama da Silva, e do adjunto do comando distrital da ANPC, Francisco Miguel. BOTICAS Homenagem em dia de aniversário Texto: O Atual Fotos: CMBoticas O 42.º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Boticas ficou indelevelmente marcado pela homenagem que o Município prestou aos soldados da paz, inaugurando, no dia 9 de junho, um monumento dedicado aos bombeiros botiquenses “pela entrega, dedicação e coragem colocados na defesa, socorro e auxílio da população do Concelho”. O “monumento aos bombeiros”, localizado na rotunda da Rua 5 de outubro, junto ao Largo Conde de Vila Real, prima pela simplicidade, mas também pelo seu simbolismo, já que representa o carinho que o povo do concelho nutre pelos seus bombeiros. A inauguração do monumento transformou-se num momento de grandes emoções, por “homenagear os homens e as mulheres que ao longo destas mais de quatro décadas de existência dos bombeiros de Boticas se entregaram à nobre causa do voluntariado e deram o melhor do seu esforço, sacrificando os seus interesses pessoais e das suas famílias e pondo, inclusivé, em risco a sua própria vida para ajudar todos os que precisaram de auxilio”, referiu o presidente da câmara, Fernando Campos, sublinhando que “esta é uma homenagem justa prestada no momento justo”. De resto, como fez questão de referir, Fernando Queiroga, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Boticas, “os bombeiros sentem-se lisonjeados com esta homenagem prestada pela autarquia e é justo reconhecer também o apoio que sempre sentimos por parte do seu presidente, que se mostrou sempre e em cada ocasião disposto a ajudar a resolver os problemas desta Associação e a contribuir decisivamente para que os Bombeiros de Boticas tenham ao seu dispor os meios e as condições necessárias para respon- derem com prontidão e eficácia às diferentes ocorrências, defendendo e auxiliando a população do concelho”. Da mesma opinião partilhou o presidente da Liga de Bombeiros Portugueses, que fez questão de se associar às comemorações. Jaime Soares lembrou que “os bombeiros são uma das maiores riquezas do país e o seu mais precioso tesouro. Os municípios e o estado central têm obrigação de apoiar os bombeiros e de os dotar dos meios necessários à sua atividade, tendo sempre presente que os bombeiros são o garante da segurança e do auxílio à população e fazem-no de uma forma perfeitamente voluntária e gra- tuita. Boticas é um exemplo a seguir, pela perfeita sintonia que existe entre os seus bombeiros e o Município, que sempre percebeu que ao apostar nos Bombeiros está também a apostar e a garantir a segurança não só da sua população, como também da população dos concelhos vizinhos e de toda a região. Neste dia que se quis de festa não só para os Bombeiros de Boticas, mas também para toda a população, outro dos pontos altos foi a bênção na nova ambulância recentemente adquirida. Esta nova viatura que, como sublinha Fernando Queiroga, “garantirá um apoio fundamental na resposta às necessidades ao nível do socorro em cuidados de saúde”, envolveu um investimento ligeiramente superior a 50 mil euros, “o que obrigará a AHBVB, que carece de recursos, a um esforço redobrado para fazer face a este compromisso”, referindo ainda que “a câmara municipal comparticipou esta aquisição com 60 por cento do valor e tem havido muitas iniciativas por parte da sociedade civil para angariar fundos que ajudem a suportar o restante financiamento, quer através da recolha de donativos, quer da realização de festas e eventos cujas receitas revertem a favor dos bombeiros”. Estas sinergias foram também elogiadas pelo vice-presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Vila Real, Joaquim Teixeira, que aproveitou a ocasião para lembrar o empenho da federação, para a causa dos bombeiros, “procurando todos os dias defender os interesses dos soldados da paz, que mais não são do que os interesses de toda a população”. As comemorações deste 42.º aniversário contaram ainda, com o tradicional desfile apeado e motorizado pelas ruas de Boticas, animado pela fanfarra dos Voluntários de Montalegre, a missa solene em memória de todos os bombeiros já falecidos, uma cerimónia de promoções e ainda um almoço convívio, no pavilhão multiusos. 30 JUNHO 2013 CAXARIAS Bombeiros requalificaram quartel A Associação Humanitária do Corpo dos Bombeiros Voluntários de Caxarias, concelho de Ourém, assinalou recentemente o seu 30.º aniversário aproveitando para inaugurar duas novas viaturas e assinalar a requalificação e ampliação do quartel. O desfile do corpo de bombeiros e a receção às entidades iniciaram a programação do primeiro dia, que incluiu a sessão solene com promoções e condecorações a bombeiros. O mo- mento mais alto desse dia foi a inauguração da requalificação e ampliação das instalações do quartel e a apresentação de duas novas viaturas ao. As obras de remodelação e ampliação do quartel contaram com um apoio municipal, num total de 121.934 euros, correspondente a 30 por cento do valor global da empreitada, tendo os restantes 70 por cento sido comparticipados por de fundos comunitários (QREN). Na sessão solene, António Gameiro, presidente da assembleia-geral da Associação, iniciou os discursos com um agradecimento generalizado a todos os responsáveis pela constituição e manutenção dos Bombeiros Voluntários de Caxarias. De seguida, o comandante Paulo Jorge da Graça Major congratulou-se com “a melhoria de condições e meios de combate a incêndios que progressivamente e apesar das dificuldades, permitem aos Bombeiros Voluntários de Caxarias cumprir as suas obrigações e responsabilidades”. O presidente da Câmara Municipal de Ourém, Paulo Fonseca, congratulou-se com o empenho demonstrado ao longo de 30 anos por todos os elementos dos Bombeiros Voluntários de Caxarias e aproveitou para homenagear os seus fundadores e outras individualidades que contribuíram para o desenvolvimento da corporação. nova ambulância contempla uma homenagem póstuma ao bombeiro José Quintino (“Jó”). As comemorações do 30º aniversário terminaram no dia 12 de maio com a romagem aos cemitérios de Urqueira, Olival e Caxarias e a celebração de uma eucaristia pela intenção dos sócios, órgãos sociais e bombeiros já falecidos. CANEÇAS A em junho de 1993 Após a sessão de promoções e condecorações a vários elementos do corpo de bombeiros, realizou-se o descerramento da lápide que assinala a ampliação e remodelação do quartel e também a bênção das duas novas viaturas da corporação. Refira-se que a viatura de combate a incêndios contou com a contribuição do Comendador Armando Silva Lopes em cerca de 30 por cento do seu valor e a Aniversário comemorado com desfile fanfarra dos Bombeiros de Caneças comemorou o 19.º aniversário com um desfile que encheu de público as principais artérias da vila. Participaram neste encontro, para além da anfitriã, as fanfarras dos voluntários de Coja, Sines, Benavente, Alcochete, Amora, Agualva-Cacém, Bucelas, Pontinha e Odivelas. A iniciativa terminou com o lanche que reuniu no quartel de Caneças todos os participantes, numa convívio marcado pela amizade, camaradagem e boa disposição. Sérgio Santos ANIVERSÁRIOS 2 de Julho Bombeiros Voluntários de Alhandra . . . . . . . . . 113 Bombeiros Voluntários de Carcavelos – S. Domingos Rana . . . . . . . . . 102 Bombeiros Voluntários de Riba de Ave . . . . . . . . 63 Bombeiros Voluntários de Vila de Aves . . . . . . . . 36 4 de Julho Bombeiros Voluntários de Gouveia . . . . . . . . . 109 5 de Julho Bombeiros Voluntários de Linda-a-Pastora . . . . 122 Bombeiros Voluntários de Caneças . . . . . . . . . . 36 6 de Julho Bombeiros Voluntários de Penafiel . . . . . . . . . . 132 Bombeiros Voluntários de São Pedro do Sul . . . 128 7 de Julho Bombeiros Voluntários de Sobral de Monte Agraço . . . . . . . . . . . . . . . 100 8 de Julho Bombeiros Voluntários de Benavente . . . . . . . . 128 Bombeiros Voluntários de Alcoentre . . . . . . . . . 77 9 de Julho Bombeiros Voluntários de Alijó . . . . . . . . . . . . . 81 12 de Julho Bombeiros Voluntários de Matosinhos Leça da Palmeira . . . . . . . . . . . 140 Bombeiros Voluntários de Freamunde . . . . . . . . 82 13 de Julho Bombeiros Voluntários de Estarreja . . . . . . . . . . 89 Bombeiros Voluntários de Fajões . . . . . . . . . . . . 31 15 de Julho Bombeiros Voluntários de Santo Tirso . . . . . . . 135 Bombeiros Voluntários de Belas . . . . . . . . . . . . 88 18 de Julho Bombeiros Voluntários de Cercal do Alentejo . . . 38 Bombeiros Voluntários de Serpa . . . . . . . . . . . . 34 19 de Julho Bombeiros Voluntários de Vouzela . . . . . . . . . . 128 22 de Julho Bombeiros Voluntários de Lamego . . . . . . . . . . 136 Bombeiros Voluntários de Meda . . . . . . . . . . . . 83 Bombeiros Voluntários da Golegã . . . . . . . . . . . 70 Bombeiros Voluntários de Águas de Moura . . . . . 33 Bombeiros Voluntários de Madalena . . . . . . . . . 33 Bombeiros Voluntários de Serpins . . . . . . . . . . . 20 23 de Julho Bombeiros Voluntários Sul e Sueste, Barreiro . . 119 24 de Julho Bombeiros Municipais de Viseu . . . . . . . . . . . . 186 Bombeiros Voluntários de Lagos . . . . . . . . . . . 127 Bombeiros Voluntários de Santa Marta de Penaguião . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 25 de Julho Bombeiros Privativos Nestlé . . . . . . . . . . . . . . . 28 26 de Julho Bombeiros Voluntários de Bucelas . . . . . . . . . . 122 Bombeiros Voluntários da Mealhada . . . . . . . . . 86 29 de Julho Bombeiros Voluntários de Mougadouro . . . . . . . 81 Bombeiros Voluntários da Ilha do Corvo . . . . . . . 26 30 de Julho Bombeiros Voluntários de Mangualde . . . . . . . . 84 Bombeiros Voluntários de Brasfemes . . . . . . . . . 74 31 de Julho Bombeiros Municipais de Santarém . . . . . . . . . 183 Fonte: Base de Dados LBP 31 JUNHO 2013 LORDELO Inaugurações e promoções em dia de festa N O s Bombeiros de Lordelo assinalaram, recentemente, o 43.º aniversário com um festa que ficou marcada pela inauguração da central de comunicações e das camaratas femininas e ainda a bênção de duas viaturas, uma MAN adquirida ao abrigo do QREN, e a outra uma Mazda oferecida pela EDP que direcção transformou em VCOT. Nesta ocasião, foram também promovidos seis elementos à categoria de bombeiros de 2.ª e homenageados os voluntários falecidos. A efeméride teve ainda como momento maior a entrega da medalha de mérito da Liga de Bom- beiros Portugueses e uma lembrança da direção a Vitorino Moreira, presidente da assembleia geral que 24 anos serve a instituição. FAFE prevista festa comemorativa do 123.º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Fafe, que incluía a inauguração das obras de requalificação do quartel, acabou por ser inesperadamente cancelada, em virtude do trágico falecimento do bombeiro de 2.ª classe Fernando José Peixoto, de 45 anos. O destemido voluntário, bombeiro desde 1986, já com mais de 25 anos de serviço, com vários louvores e ações de formação no seu currículo, todos os anos, por ocasião do aniversário da instituição que servia, se empolgava em lançar fogo para assinalar a efeméride. Este ano, depois de ter tirado férias do Centro Hospitalar do Alto Ave, onde trabalhava, para, juntamente com alguns colegas, restaurar e pintar a casa-escola, “que ficou como um brinco”, Fernando Peixoto foi jantar com o presidente Pedro Frazão e outros voluntários. Ao transcorrer a meia-noite e consequente entrada no dia de aniversário da associação, fundada em 19 de abril de 1890, Fernando Peixoto foi rebentar uma caixa de morteiros, para assinalar a efeméride. Por motivos indeterminados, o bombeiro foi atingido mortalmente, por um dos morteiros. De imediato, foram acionados os meios de socorro e assistência, mas a tragédia cumpriu-se. O presidente da direção dos Voluntários de Fafe, Pedro Frazão, considera que este foi “um dos dias mais trágicos para a associação que ficou destroçada, por esta terrível morte”. O “49” ou “o cabriteiro”, como era conhecido, “estava felicíssimo da vida, tinha concluído com outros colegas o restauro da casa-escola dos bombeiros, que eram a sua paixão e por aquela casa dava tudo”, considerou ainda Pedro Frazão. No dia do velório, o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, deslocou-se ao quartel dos voluntários fafenses, onde o corpo esteve em câmara ardente, manifestando solidariedade e pesar e inteirando-se da situação e da sorte da viúva e dos dois filhos órfãos, uma menina de 18 e um menino de 11 anos, no que foi acompanhado pelo presiden- Foto: Dario Correia A Aniversário marcado pela tragédia te do município, José Ribeiro e pelo presidente da corporação enlutada. Nas cerimónias fúnebres, causou imensa emoção o discurso da sua filha Flávia Andreia, de louvor ao pai. Disse, designadamente: “Foste um homem orgulhoso, corajoso, sempre disposto a ajudar os outros, pondo, por vezes, a tua própria vida em risco. ‘Vida por vida’ deixou de ser verso da tua música, transformaste-o no hino da tua vida. O quartel era a tua segunda casa, salvar a tua missão de vida. Aqui sentias-te realizado, aqui era feliz, por isso tal como sempre quiseste, aqui te despediste do mundo e aqui nos despediremos de ti. Apesar de estares longe dos nossos olhares, nunca estarás ausente nos corações de todos os que contigo conviveram e aprenderam, brincaram e amaram”. O seu funeral, realizado no dia 20 de abril, constituiu uma manifestação de imenso pesar. Os seus colegas não conseguiram reprimir as lágrimas quando se formaram para acompanhar o corpo do seu companheiro até ao cemitério municipal da cidade, onde foi a sepultar, no jazigo dos Bombeiros Voluntários. De todo o distrito chegaram representações de corporações de bombeiros e muitos populares, amigos e colegas de trabalho acompanharam o féretro até à sua última morada. Artur Coimbra Caderno de encargos de um dirigente um país em que tudo parece estar em crise, falarmos de crise do associativismo ou do voluntariado constitui um exercício gratuito de autoflagelação. Dito isto, importa reconhecer que as Associações Humanitárias de Bombeiros (AHB) estão a viver um momento particularmente difícil da sua história, com sintomas de natureza estrutural que nos convocam para uma reflexão serena e profunda, sobre os seus caminhos de futuro. Neste texto deixarei à margem as responsabilidades dos governos nesta matéria. Primeiro, porque ao longo dos últimos 20 anos da história dos bombeiros portugueses – período que conheço muito bem, porque o vivi diariamente – a postura dos sucessivos governos não foi igual, destacando-se uns em relação aos outros, pela iniciativa e capacidade de esboçar soluções estratégicas para o sector de bombeiros. Segundo, porque o recurso às responsabilidades dos governos tem constituído uma forma de nos desculparmos do que não queremos ou não sabemos fazer, no que à nossa parte se refere, como dirigentes das nossas associações, federações e Confederação. Durante décadas as nossas associações viveram inseridas no seu meio, desenvolvendo no espaço territorial que lhe corresponde uma intensa e relevante actividade no apoio e socorro às populações, em especial através dos respectivos corpos de bombeiros, enquanto escopo principal de missão. Com excepção do combate aos incêndios florestais, as AHB e os seus corpos de bombeiros têm uma vocação predominantemente local. Isto não invalida, naturalmente, que actuem em conjunto em caso de ocorrências de maior dimensão, mas de frequência mais reduzida. Com a sangria demográfica que o país tem sofrido nos últimos anos, com o encerramento de muitas empresas e a consequente perda de oferta local de emprego, muitas localidades do país vão ficando entregues à população mais velha, uma vez que os jovens (e também os menos jovens) têm de partir à procura de futuro noutros locais. Por outro lado o sistema de protecção civil, no qual as AHB como entidades detentoras de corpos de bombeiros assumem uma missão essencial, sofreu uma significativa evolução – com aspectos positivos e negativos – criando mais exigências e pressupondo mais informação e qualificação, da parte dos seus dirigentes e dos elementos de comando. Resulta da situação sintetizada anteriormente, que não é possível encarar a gestão das nossas estruturas com a abordagem que delas fazíamos há mais de 20 anos. Hoje a eficácia da missão do dirigente está directamente dependente da sua competência, conhecimento e bom-senso na tomada de decisão. O dirigente de uma AHB não é um capataz, que tudo controla e vigia. O dirigente deve ser um líder que controla objectivos, potencia desempenhos e oferece bons exemplos. O novo paradigma da gestão associativa na instituição bombeiros pressupõe orientar os recursos humanos, materiais e financeiros, de modo a que os objectivos da AHB sejam alcançados para satisfação daqueles que serve e a realização dos que nela prestam serviço, voluntário ou profissional. Na sequência da reflexão e estudo que venho fazendo à realidade vivida das nossas associações – nas quais continuo a acreditar convictamente – com base na muita informação que recolhi ao longo dos 18 anos como dirigente da Liga dos Bombeiros Portugueses (12 dos quais como presidente do Conselho Executivo) e como presidente da Direcção de uma AHB durante uma década, construí um caderno de encargos do dirigente destas associações especificas que consubstancia o que, no meu ponto de vista, deverá ser o quadro de referência do projecto de liderança de qualquer estrutura, da base ao topo, na nossa instituição. São então as 9 tarefas essenciais do dirigente que passo a enumerar: 1.º Tomar decisões precisas e em tempo útil, porque muitos dirigentes tomam decisões no “ar”, impulsionados apenas por estados de alma, ou seja sem a reflexão necessária. Por vezes fazem-no rapidamente porque foram surpreendidos pelas circunstâncias, outras vezes porque não têm um método para decidir. 2.º Perspectivar um futuro desejável para a AHB e desenvolver um plano para torná-lo realidade, porque o dirigente deve ser um visionário. Deve ver para além do horizonte imediato do seu mandato. Não lhe cabe prever o futuro, mas sabe o que quer que a sua Associação seja no futuro. 3.º Supervisionar a efectiva implementação do plano estratégico e dos planos de actividades, porque o planeamento deve ser um indispensável guia para acção e não um mero amontoado de papel para a assembleia geral ver. 4.º Manter uma equipa directiva forte e coesa, porque nela assenta a base do sucesso consistente da organização. Isto consegue-se através do envolvimento e responsabilização de todos os elementos directivos, com inteligente respeito pelas suas competências específicas e espirito de abertura para novas formas de fazer, o que tem de ser feito. 5.º Definir e criar uma estrutura organizacional sólida e ao mesmo tempo flexível, porque uma estrutura organizacional é para a AHB o que o esqueleto é para o corpo: sustenta-a e permite que todas as funções se desenvolvam normalmente. 6.º Promover a motivação dos colaboradores, porque, sejam voluntários ou profissionais, eles são o alicerce quotidiano da AHB. O respeito pelos colaboradores expressa-se pela adopção de uma postura justa, pelo reconhecimento e pelo empenho em torna-los mais felizes e melhores no desempenho da sua missão. 7.º Criar um ambiente de diálogo e permanente audição dos associados e utentes dos serviços, porque só assim é possível preservar a identidade institucional e promover a excelência. 8.º Assegurar a formação e qualificação permanentes de todos os intervenientes no cumprimento da missão da AHB, incluindo os dirigentes, porque a qualidade e excelência adquirem-se com mais saber, mais saber ser e mais saber fazer. 9.º Garantir o respeito e salvaguarda dos valores e reputação da instituição, porque só desta forma a comunidade se continuará a rever na sua AHB. Este caderno de encargos carece de desenvolvimento mais preciso. Essa tarefa ficará para outra ocasião. Mas antes de dar por concluído este texto, quero deixar um desafio, Criem-se núcleos descentralizados de estudo e discussão sobre o futuro das AHB e o papel dos seus dirigentes. Tirem-se conclusões e faça-se a análise integrada das mesmas, para definição de um Plano Estratégico de Desenvolvimento das AHB, em geral. Se esta análise for feita, com serenidade e sem fulanizações redutoras, certamente que dela poderão resultar, também, pistas orientadoras para um novo desenho das nossas estruturas, no quadro do aprofundamento estatutário da Confederação que a lista vencedora do último Congresso da LBP comprometeu-se realizar. Afinal o que proponho é um processo de decisão, da base para o topo, no que à definição do futuro das nossas estruturas se refere. Duarte Caldeira 32 JUNHO 2013 POMBAL H Bombeiros na praia á já alguns anos que os Bombeiros Voluntários de Pombal asseguram a vigilância e apoio aos areais da Praia do Osso da Baleia, durante toda a época balnear, de 15 de junho a 15 se setembro, todos os dias, das 9 às 19 horas. O dispositivo, que integra dois operacionais e uma ambulância, constitui um fator de tranquilidade para os banhistas e mais um certificado qualidade para esta praia que en- tre outros galardões exibe Bandeira Azul. O comandante dos bombeiros de Pombal, José Costa, fala com orgulho deste serviço prestado ao concelho e ao turismo da região, sublinhando a preparação dos homens e mulheres que asseguram os piquetes diários. Refira-se que estas equipas integram do destacamento do Carriço, uma das cinco companhias dos Voluntários de Pombal. O jornal Bombeiros de Por- tugal esteve, na passada semana, na Praia do Osso da Baleia onde os bombeiros de 3.ª Hugo Martins e Ana Pinto, cumpriam mais um turno de oito, sem nada a reportar, até porque o verão tímido que se fez sentir até à passada semana, levou muito poucas pessoas à praia. Esta missão é cumprida pelos Voluntários de Pombal desde 2007, no âmbito de um protocolo firmado com a câmara municipal e que este ano será reforçado com a disponibilização de uma moto 4 que permitirá garantir o acesso facilitado e mais e célere a qualquer zona daquele areal, ainda em estado natural, servido por caminhos quase rudimentares. Em declarações ao nosso jornal, os operacionais de ser- viço à Praia do Osso da Baleia falam da mais-valia deste serviço prestado à comunidade, que permite no local tratar pequenas lesões ou escoriações e em situações mais graves prestar os primeiros socorros e garantir a rápida evacuação da vítima para o hospital. Sofia Ribeiro ENB Formação em condução de emergência A Escola Nacional de Bombeiros (ENB) vai promover em breve um curso para formação de formadores de técnicas avançadas de condução de emergência. Nesta primeira fase, segundo o presidente da ENB, José Ferreira, “a formação tem por objectivo formar 12 formadores recrutados de entre os formadores de condução fora de estrada contratando para tal uma empresa da especialidade”. Além de incluir o coordenador técnico da ENB nessa área, a formação abrange uma selecção de 4 elementos do Norte, 4 do Centro, 2 de Lisboa, 1 do Alentejo e 1 do Algarve. Estes formadores irão, no futuro próximo, repercutir os conhecimentos obtidos pelas diferentes associações e corpos de bombeiros daquelas zonas. LOUVOR/REPREENSÃO A todos os bombeiros que mais uma vez responderam ao desafio do DECIF, pelo esforço pessoal que isso representa e que, apesar de tudo, qualquer compensação nunca irá pagar na totalidade. Aos cidadãos que não cuidam de salvaguardar o perímetro de segurança das suas casas limpando-o, não cumprindo a lei nem respeitando o esforço desenvolvido pelos bombeiros, até com risco da própria vida. A Crónica do bombeiro Manel E screvo estas linhas, amigos, quando as temperaturas altas estão aí a chegar, uns vão para as praias, alguns bombeiros também o fazem mas é para ir cuidar dos banhistas e outros bombeiros permanecem lá nos seus quartéis para responder de imediato ao alarme para fogo. Isto não trás nada de novo, é sempre assim todos os anos. E quando a coisa aquece mais e não Isto está a aquecer há notícias então os fogos passam a todas as horas nas televisões. Mas antes do fogo chegar ninguém vem cá ver quantos somos e como estamos preparados para responder, o que temos e do que precisamos. Até parece que estamos assim como abandonados. Esta gente toda que está nos quartéis, muitos que tiraram férias do trabalho ou das escolas para estarem aqui, pelos vistos não é notícia. Faço uma exceção para a comunicação social aqui da terra que até aqui passou para falar connosco mas a outra, da rádio, das televisões e dos grandes jornais estão à espera que isto se complique para então falar de nós. Passou também mais um ano e pouco se fez de prevenção. Aqui a junta e a câmara lá foram melhorando caminhos e aceiros, limpando as bermas mas pouco mais que isso. Alguns proprietários lá limparam também em volta das casas mas muitos outros terrenos continuam por limpar. Como aconteceu noutros anos poderá haver ocasiões em que deixamos o combate direto ao fogo para ir proteger as casas de muitos que não cuidaram de o fazer como era sua obrigação e às vezes até nos mandam bocas e reclamam que já lá devíamos estar. Ninguém põe cobro a isso? 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