PREFEITURA MUNCIPAL DE CÍCERO DANTAS SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 2015-2025 Cícero Dantas 2015 PREFEITO Helânio Calazans VICE-PREFEITO Ricardo Almeida SECRETÁRIO(A) MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO Fábio Guilherme de Souza GRUPO COLABORATIVO Fabio Guilherme de Souza - Secretário Municipal de Educação Leila Roberta dos Santos - Representante do Conselho Municipal De Educação Maria Jelvanita Bastos de Santana- Representante do Conselho Escolar José Reinaldo de J. Neves - Representante de Diretor de Escola da Rede Pública João Paulo Teixeira Oliveira - Representante de Professor da Educação Básica Gilvania Maria O. de Santana - Representante de Professor da Educação Básica Graciete Oliveira Gama - Representante de Professor da Educação Básica Ambrosio Silva Gama - Representante do Sindicato de Professores Valderio Ribeiro de Carvalho - Representante do Conselho do Fundeb João Luiz Andrade de Carvalho - Representante do Legislativo Lenildo Jose dos Santos - Representante da Educação Superior 7 COMISSÕES REPRESENTATIVAS 8 LISTA DE FIGURAS Figura 01 – Vista Panorâmica do Município de Cícero Dantas.................................18 Figura 02 – Tomada Aérea Panorâmica do Município de Cícero Dantas.................19 Figura 03 – Quadro de Proficiência...........................................................................37 9 LISTA DE TABELAS Tabela 01. População Residente Por Sexo E Localidade.........................................20 Tabela 02. População Por Grupo De Idade...............................................................20 Tabela 03. Estabelecimentos De Saúde Do Município..............................................21 Tabela 04. Dados Sobre Índice De Desenvolvimento Humano ................................23 Tabela 05. Desenvolvimento Humano, Períodos 1991,2002 E 2010........................23 Tabela 06. Acesso A Serviços Básicos......................................................................24 Tabela 07. Evolução Por Grupo De Matrícula Da Educação Infantil No Município de Cícero Dantas, por Dependência Administrativa e Localização, Período 2010 A 2013...........................................................................................................................29 Tabela 08. Taxa De Escolarização Da Educação Infantil Do Município De Cícero Dantas (2013).............................................................................................................29 Tabela 09. Evolução Por Grupo De Matrícula Do Ensino Fundamental No Município De Cícero Dantas, Por Dependência Administrativa E E Localização, Período 2010 A 2013........................................................................................................................32 Tabela 10. Nível Educacional Da População De 06 A 14 Anos, 1991, 2000 E 2010............................................................................................................................33 Tabela 11. Taxas De Rendimento – Rede Estadual..................................................34 Tabela 12. Taxas De Rendimento – Rede Municipal.................................................35 Tabela 13. Matrícula Inicial Do Ensino Médio No Município De Cícero Dantas, Por Dependência Administrativa E Localização 2011/2013.............................................38 Tabela 14. Número Dos Estabelecimentos Escolares De Educação Básica Do Município De Cícero Dantas, Por Dependência Administrativa E Etapas a Da Educação Básica........................................................................................................38 Tabela 15. Taxa De Rendimento Do Ensino Médio – Rede Municipal/Rede Estadual......................................................................................................................39 TAbela 16. Taxas de Matrícula Educação Especial na Educação Básica - Rede Municipal/ Rede Estadual...........................................................................................44 Tabela 17. Índice De Desenvolvimento Da Educação Básica (Ideb) No Ensino Fundamental 2005/2013.............................................................................................49 Tabela18. Número De Escolas Por Etapa De Ensino – Rede Estadual......................................................................................................................57 Tabela 19. Número De Escolas Por Etapa De Ensino – Rede Municipal.................57 10 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS EJA - Educação de Jovens e Adultos ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio FNDE - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística LDB – Lei de Diretrizes e Bases LDBEN - Lei de Diretrizes Básicas da Educação Nacional MEC Ministério da Educação PAR - Plano de Ações Articuladas PAR Plano de Ações Articuladas PDE Programa de Desenvolvimento da Educação PME – Plano Municipal de Educação PME Plano Municipal de Educação PNE – Plano Nacional de Educação PNE Plano Nacional de Educação PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PROAM- Programa de Apoio a Educação Municipal PROUNI – Programa Universidade para Todos SEMEC – Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Lazer UNEB - Universidade do Estado da Bahia 11 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO..................................................................................... 14 2 ANÁLISE SITUACIONAL DO MUNICÍPIO E DA EDUCAÇÃO......... 17 2.1 ANÁLISE SITUACIONAL DO MUNICÍPIO.......................................... 17 2.1.1 Caracterização do Município............................................................ 17 2.1.1.1 Aspectos Históricos............................................................................. 17 2.1.1.2 Aspectos Geográficos.......................................................................... 18 2.1.1.3 Aspectos Demográficos....................................................................... 19 2.1.1.4 Aspectos Socioeconômicos................................................................. 22 2.1.1.5 Aspectos Culturais............................................................................... 24 2.1.1.6 Infraestrutura Material......................................................................... 26 2.2 ANÁLISE SITUACIONAL DA EDUCAÇÃO......................................... 27 2.2.1 Educação Básica ............................................................................. 28 2.2.1.1 Etapas da Educação Básica.............................................................. 28 2.2.1.2 Educação Infantil................................................................................. 28 2.2.1.3 Ensino Fundamental............................................................................ 32 2.2.1.4 Ensino Médio....................................................................................... 2.2.2 Educação superior............................................................................ 37 40 2.2.2.1 Ensino Superior................................................................................. 40 2.3 MODALIDADES E DESAFIOS DA EDUCAÇÃO 42 2.3.1 Educação Especial........................................................................... 42 2.3.2 Política de Alfabetização 44 ........................................................... 12 2.3.3 Educação em Tempo Integral.......................................................... 46 2.3.4 Qualidade da Educação Básica........................................................ 48 2.3.5 Educação de Jovens e Adultos (EJA)............................................. 49 2.3.6 Educação Profissional de Nível Médio............................................ 51 2.4 VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO................. 54 2.5 GESTÃO DEMOCRÁTICA DO ENSINO PÚBLICO............................ 56 2.6 RECURSOS FINANCEIROS PARA A EDUCAÇÃO NO MUNICÍPIO. 59 2.6.1 Investimento Público em Educação................................................ 59 3 DIRETRIZES, METAS E ESTRATÉGIAS DO PME............................ 60 3.1 DIRETRIZES, METAS E ESTRATÉGIAS DO PME............................ 60 4 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PME.............................. 96 REFERÊNCIAS................................................................................. 97 13 1.Introdução “A busca de democratização não se encerra no interior da própria escola. Ela exige a construção de novas relações de poder entre as instituições e os níveis da administração pública, visando à elaboração de sistemas de ensino que reconheçam e respeitem a autonomia das instituições e que valorizem seu papel na elaboração de políticas educacionais universais e democratizantes”. (Bruel, 2010, pg. 67 O congresso nacional em 25 de junho de 2014 aprova a Lei 13.005 que versa sobre o Plano Nacional de Educação ao tempo que fixa o prazo de um ano para que os Estados e Municípios elaborem seus respectivos Plano Estadual de Educação e Plano Municipal de Educação – PME para o decênio 2015/2025 amparados pelo marco legal abaixo: Artigo 214 - A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a: I - erradicação do analfabetismo; II - universalização do atendimento escolar; III - melhoria da qualidade do ensino; IV - formação para o trabalho; V - promoção humanística, científica e tecnológica do País; VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto. Assim como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9394/96), aprovada em dezembro de 1996, vai determinar, no seu Art. 87, que a União, no prazo de um ano a partir da publicação daquela Lei, deveria encaminhar ao 14 Congresso Nacional, o Plano Nacional de Educação – PNE, com diretrizes e metas para os dez anos seguintes (BRASIL, 1996). O Município de Cícero Dantas, através da Secretaria da Educação Cultura, Esporte e Lazer, vem documentar o Plano Municipal de Educação para vigência no decênio de 2015/2025, resultado de uma construção coletiva que tem o início de seus trabalhos quando da publicação do Decreto nº740/2014 de 11 de dezembro de 2014 que nomeia o grupo colaborativo para construção do PME, que agregou o gestor da Secretaria Municipal de Educação e Representantes do Conselho Municipal de Educação, Conselho Escolar, de Diretor de Escola da Rede Pública, Professor da Educação Básica, Sindicato de Professores, do Conselho do Fundeb, da Educação Superior, bem como Representante do Legislativo Municipal em um processo de construção coletiva legitimado pela alcance da representatividade de seus membros. Para além das reuniões do grupo de trabalho e encontros com segmentos da nossa comunidade e a promoção de uma Escuta Social promovida pela Comissão de Educação do Legislativo Municipal, o grupo colaborativo através do PROAMPrograma de Apoio a Educação Municipal participou de encontros formativos e foi acompanhado em Plataforma em ambiente Moodle, com acompanhamento tutorial técnico que dirimia dúvidas ao tempo que fortalecia a construção do Plano Municipal de Educação de Cícero Dantas. Após audiência pública, o texto base produzido pelo grupo colaborativo, ganha o formato de Lei Municipal encaminhada a Câmara Vereadores, Conferindo ao PME, marco legal, juntamente com o PME e PNE, a ser atingido em sua plenitude nos próximo decênio. Que o PME de Cícero Dantas nos permita edificar a Educação Básica de qualidade, direito assegurado pela Constituição Federal e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, e a formação a ela conferida que garante ao percurso educativo da 15 criança, do adolescente e do jovem bem como aos demais segmentos da comunidade escolar o exercício em sua plenitude de direitos civis e políticos, sociais e econômicos, fundamentando, proporcionando e alicerçando no cidadão o desenvolvimento humano que em sua plenitude e em condições de liberdade e dignidade, há de respeitar e valorizar as diferenças, asseverando para cada um de nós a certeza de que trabalhamos por uma escola de todos nós: inclusiva, participativa e democrática. 16 2. Análise Situacional do Município e da Educação 2.1 Análise situacional do Município 2.1.1 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE CICERO DANTAS 2.1.1.1 Aspectos Históricos Cícero Dantas, antiga Bom Conselho é um município do estado da Bahia, localizado na região semiárida, próximo a Canudos e Paulo Afonso. Os primeiros habitantes das terras foram os indígenas. Em 21 de novembro de 1817 por Resolução régia de 27.09.1987, subordinado ao município de Jeremoabo recebeu o nome Bonconselho. Elevado a categoria de Vila com a denominação de Bom Conselho por Lei Provincial nº 1158, de 09-06-1875 desmembrado de Jeremoabo. Pela Lei Estadual nº 583, de 30 de maio de 1905, Bom Conselho passou a denominar-se Cícero Dantas, denominação que homenageia o Barão de Jeremoabo “Cícero Dantas Martins”. Foi extinto em 1931, e anexado a Paripiranga. Restaurado como território desmembrado de Paripiranga por Decreto Estadual, de 27.05.1993. A sede criada com a denominação de Nossa Senhora do Bonconselho dos montes do Boqueirão, por Resolução Régia de 27.09.1817 foi elevada a categoria de cidade com o nome de Cícero Dantas em 30.03.1938. 17 Figura 1: Vista panorâmica do Município de Cícero Dantas Fonte: http://www.cicerodantas.ba.gov.br/albuns.php 2.1.1.2 Aspectos Geográficos Situado na Microrregião de Ribeira do Pombal Semiárido II, Nordeste do estado brasileiro da Bahia, limitando-se a leste com o Município de Fátima, a sul com Héliópolis, Ribeira do Pombal e Banzaê, a oeste com Euclides da Cunha e a norte com Novo Triunfo e Antas. Cortado pela rodovia BR 110, aproximadamente 70 km da fronteira com o estado de Sergipe. O município está inserido no "Polígono das Secas", apresentando um clima do tipo semiárido, com temperatura média anual de 23.4°C, precipitação pluviométrica média no ano de 784 mm e período chuvoso de maio a julho. É zona de transição entre o agreste sergipano e o sertão Baiano, notabilizando distritos com características de vegetação e diferentes climas. O relevo é esculpido em rochas 18 sedimentares da Bacia do Tucano que corresponde a tabuleiros dissecados por drenagem relacionada à bacia hidrográfica do rio Vaza-Barris. Figura 2 - Tomada Aérea do Município de Cícero Dantas Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cícero_Dantas A vegetação constituída especialmente de espécies lenhosas e herbáceas, de pequeno porte, geralmente dotadas de espinhos sendo na maioria das vezes, caducifólias perdendo suas folhas no início da estação seca, e de cactáceas e bromeliáceas. Alguns exemplares de vegetação de grande e médio porte são encontrados, mas as plantas mais abundantes são: A catingueira, as juremas e os marmeleiros. A vegetação nativa caracterizada por cerrado, caatinga e floresta estacional, parte da vegetação nativa foi substituída por pastos e culturas cíclicas como feijão e milho. 2.1.1.3 Aspectos Demográficos Referente às características populacionais, os indicadores econômicos, sociais e demográficos sinalizam a taxa geométrica de crescimento de 0,47% e crescimento populacional de 3,2%. A tabela 1 permite visualizar a disposição dos dados quantitativos, aprofundando a análise da população por sexo e localidade. 19 TABELA 01. POPULAÇÃO RESIDENTE POR SEXO E LOCALIDADE Anos Total da População Total Total da Total da Total de de população população mulheres homens urbana rural 2000 30934 15203 15731 15797 16998 2010 32300’ 15860 16440 17726 14574 Fonte: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/contagem/bacont96.shtm, acesso em: 09/01/2015 Nota: Taxa de Urbanização é a proporção de população urbana sobre a população total. Conforme as informações apresentadas na Tabela 1, houve aumento de 4,41% da população entre os anos de 2000 e 2010. Além disso, apesar do equilíbrio da população residente por sexo, a apreciação dos dados revelou aumento da população urbana, representado de 3,81% da taxa de urbanização, ocorrendo um decrescimento da população rural em 9,82% , dados refletidos na educação quando verificamos um aumento no período em matrículas efetuadas com número mais acentuado as escolas localizadas na zona urbana. TABELA 02. POPULAÇÃO POR GURPO DE IDADE População(1) 6a 15 a Mais (Localização 0a3 4a5 18 a 24 25 a 35 Ano 14 17 de 35 Total / Faixa anos anos anos anos anos anos anos Etária) 2000 1.128 534 3.120 958 2.214 2.323 5.520 15.797 Urbana 2007 970 557 2.728 1.018 2.406 2.511 6.667 16.857 2010 964 527 2.745 971 2.304 2.797 7.418 17.726 2000 1.104 714 3.007 976 1.777 2.057 5.502 15.137 Rural 2007 758 459 2.463 859 1.730 1.832 5.816 13.917 2010 744 429 2.323 959 1.652 1.892 6.573 14.572 2000 2.232 1.248 6.127 1.934 3.991 4.380 11.022 30.934 Total 2007 1.728 1.016 5.191 1.877 4.136 4.343 12.483 30.774 2010 1.708 956 5.068 1.930 3.956 4.689 13.991 32.298 Taxa de analfabetismo (5) PIB (2) IDH (3) IDI (4) População de 15 anos População de ou mais 10 a 15 anos 103.924 0.57 0.36 12.80 39.50 Fonte: IDE. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/ide/2000,2007,2010/gerarTabela.php>Acesso em:16/01/14. 20 Detalhadamente, a Tabela 2 permite apreciar as informações da população por grupo de idade. Conforme tabela apresentada, a diminuição de 23,47% na faixa etária de 0-3 anos no município, de 18,59% na faixa etária de 4-5 anos e de 17,28% na faixa etária de 6-14 anos evidenciando que houve diminuição das taxas de natalidade entre os anos de 2000 e 2010. Além disso, ocorreu aumento da perspectiva de vida entre 2000 e 2010 de 25 a 35 anos, e mais de 35 anos de idade. Quanto às informações sobre saneamento básico, embora exista abastecimento público de água através de poços artesianos, tanto na sede quanto em alguns povoados e fazendas, o município participa de Programas Federais para construção de cisternas. A água consumida é do tipo doce atingindo uma população de 64,25% em seu território, muitas sem tratamento adequado. A coleta de lixo é realizada na sede e nos distritos do município atingindo 90% dos moradores, periodicamente, sob vigilância da administração municipal, seguindo as instruções e normas para o cumprimento da ação. Nas fazendas não há sistema de coleta de lixo, sendo na maioria das vezes queimado ou jogado no meio ambiente. Além disso, a Tabela 3 permite visualizar o número de estabelecimentos de saúde no município por localização. TABELA 03. ESTABELECIEMNTOS DE SAÚDE DO MUNICIPIO Localização Urbana Rural Números de estabelecimentos de saúde Posto Centro Total Unidade Pronto de de Hospital Outros mista socorro saúde saúde 04 03 - - - 01 08 08 Fonte: Secretaria Municipal de Saúde de Cícero Dantas (2015). - 21 Apesar do Programa de Saúde da Família – PSF atender 96% da população, desenvolvendo ações de vigilância epidemiológica e sanitária e de acompanhamento médico familiar, é possível constatar que o número de estabelecimentos de saúde ainda é insuficiente para atender a demanda populacional, principalmente, na zona rural onde residem 45,12 % da população do município. 2.1.1.4 Aspectos Socioeconômicos Quanto às características socioeconômicas, além do comércio e pecuária, o município vive da agricultura com a produção concentrada no cultivo de feijão e milho, destacando na pecuária o rebanho bovino, suíno, caprino, e equino. As modalidades profissionais predominantes concentram-se na área da educação representados pelos professores e outros profissionais que compõem o quadro de servidores públicos. Além disso, sendo a agricultura a principal atividade econômica do município, há uma quantidade significativa de agricultores e um número crescente de comerciantes. O índice de desemprego varia entre 20% e 60% da população de acordo com os meses produtivos das atividades econômicas, com renda familiar entre R$ 350,00 e R$ 1.450,00. Além disso, com o objetivo de fortalecer as atividades econômicas, sociais e desportivas é possível encontrar no município as seguintes organizações comunitárias: Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cícero Dantas; Associação Comunitária Social de Cícero Dantas; Associação Comunitária Rural de Cícero Dantas; Associação Desportiva e Social de Cícero Dantas; Cooperativas Comunitárias de Cícero Dantas. Ainda, mediante apreciação das Tabelas 4 e 5 é possível analisar outros indicadores sociais e econômicos do Município. 22 TABELA 04. DADOS SOBRE O ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH) Indicador IDH – municipal Renda per capita Proporção de pobres Índice de Gini Indicadores de Renda e Pobreza (taxas) 2010 1991 2000 0,585 0,290 0,417 0,590 0,443 0,514 36,83 77,20 58,63 0,53 0,53 0,57 Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil. http://www.atlasbrasil.org.br/2013>. Acesso em: 05 maio 2014. Disponível em: < Nota: O Índice de Gini mede o grau de desigualdade na distribuição de indivíduos segundo a renda domiciliar per capita. TABELA 05. DESENVOLVIMENTO HUMANO, PERÍODOS 1991, 2002 e 2010 Indicadores 1991 Índices 2000 2010 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal 0,290 0,417 0,585 0,477 Educação 0,115 0,241 0,712 Longevidade 0,481 0,587 0,590 Renda 0,443 0,514 Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Disponível em: < http://www.atlasbrasil.org.br/2013>. Acesso em: 05 maios 2014. As informações evidenciam que houve uma elevação de 0,295 na taxa do IDH municipal entre os anos de 1991 e 2010, sinalizando a elevação dos indicadores referentes à educação, longevidade e renda. A Renda per Capita também apresentou elevação de 0,147, resultante também das Políticas Públicas de Programas Sociais de transferência de Renda. De certo, a Proporção de Pobres apresentou diminuição de 40,37. Por outro lado, o indicador Índice de Gini apresentou elevação de 0,04 em 2000, sinalizando estabilidade no índice de 0,53 nos anos de 1991 e 2010 referente ao grau de desigualdade na distribuição de indivíduos segundo a renda domiciliar per capita. Tais dados fomentam a reflexão de que o aumento considerável no número de adultos no município pode ser decorrente 23 de fluxo migratório, e de certo cria demandas para Educação ao Longo da Vida, garantia de acesso e permanência em educação superior ou da garantia do percurso educativo digno a quem está em situação de distorção idade e série. TABELA 6 – ACESSO A SERVIÇOS BÁSICOS Serviços Água Encanada Energia Elétrica Coleta de Lixo1 Ano 1991 2,8 22,9 1,9 2000 27,8 49,9 84,1 Fonte: PNUD – Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil Embora os dados evidenciem o aumento significativo em todas as taxas de acesso aos serviços considerados básicos, destaca-se o serviço de coleta de lixo nos domicílios urbanos com aumento de 82,2. É um fato que a qualidade de vida e o capital cultural influenciam no desempenho educacional dos alunos e por mais complexa que seja essa questão por força de envolver diversas variáveis, os números no Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil, exibe um crescimento significativo do acesso a serviços básicos e esse corrobora com a garantia a qualidade de vida a quem se deseja oferecer qualidade em educação. 2.1.1.5 Aspectos Culturais O município dispõe das seguintes entidades e espaços culturais: Biblioteca Municipal Maria Lindete de Oliveira com acervo superior a 2.000 volumes, localizada na sede do município; Biblioteca do Colégio Municipal de Monsenhor Galvão, com acervo de 500 volumes, o Infocentro que disponibiliza serviços de internet gratuitamente na realização de pesquisa e estudos para a comunidade local, e o Ginásio de Esportes Luiz Eduardo Magalhães com capacidade de público de 500 pessoas e um estádio de esportes João Gouveia . 1 Somente domicílios urbanos 24 Ainda, é possível encontrar as seguintes áreas livres para eventos artístico-culturais: Praça Cícero Gonçalves, onde são realizados os principais eventos e festividades com capacidade para 30.000 pessoas; A Igreja Nossa Senhora do Bom Conselho construída no inicio do século XVIII, constitui o principal patrimônio representativo da cultura e da história do município acompanhado pelo casarão do Barão de Jeremoabo, hoje sede da Radio Regional de Cícero Dantas. Os principais eventos culturais estão vinculados à economia local. No mês de agosto ocorre a Festa Religiosa de Nossa Senhora do Bom Conselho com procissão pelas ruas da cidade, bem como, as novenas de Santa Luzia, passeatas típicas de carro de boi, cavalgadas, vaquejada e missas de vaqueiro, dentre outras atrações locais. O município dispõe de dois meios de comunicações locais, sendo a Rádio Regional AM 1320 de Cícero Dantas o primeiro meio de comunicação da cidade, fundada por Dom Mário Zaneta, e Rádio Boqueirão FM 104,9, que levam informações locais e da região a comunidade, além de sites oficiais que levam o nome da Cidade. Cícero Dantas pode ser caracterizado como uma cidade como principal fonte de economia, a agricultura, com uma população, predominantemente ubana e em próspero desenvolvimento sócio-econômico. Dessa forma, compreendendo que o Plano Municipal de Educação - PME constitui um documento estratégico que define as políticas públicas para a educação municipal, a caracterização dos aspectos históricos, geográficos, demográficos, socioeconômicos e culturais do município contribui para a identificação das principais necessidades da população e demandas educacionais. Portanto, como um documento de referência que, a partir de um diagnóstico, estabelece as diretrizes e metas para a educação, o PME configura-se como o principal instrumento articulador das políticas educacionais com um projeto transformador do contexto histórico, social e econômico do município. 25 2.1.1.6 Infraestrutura Material Para Revelar a situação do ensino, uma análise das condições físicas, ambientais e materiais, feita através de instrumentos como o inventário dos recursos materiais (mobiliários e equipamentos) existentes em cada escola. Durante a elaboração do PME este instrumento exibiu aspectos internos de funcionamento: Quanto a Rede Física o Município de Cícero Dantas precisa de um amplo Programa de Revitalização Escolar como o já executado no C E U , permitindo realizar ações como Adequação, Construção e Reforma de Unidades Escolares bem como a garantia de espaços como Sala dos Professores, Bibliotecas, Salas de Informática, Laboratórios de Ciências da Natureza( hoje inexistente na Rede Pública Municipal), Quadras Poliesportivas, Refeitórios, Cantina, Sanitários, obviamente dentro um contexto de edificação inclusivas quanto a acessibilidade. Ainda no tocante a Infraestrutura Material, verifica-se a necessidade para a garantia do trabalho pedagógico o município necessita mais que o levantamento de material de apoio pedagógico, mais sim de um Padrão mínimo de infra estrutura prédeterminado para as Unidades Escolares da Rede, tendo em vista asseverar ao Educando e ao trabalhador em educação um Percurso Educativo Digno, haja vista a a Rede apresentar sensíveis carências quanto a material de apoio pedagógico para os professores e alunos, livros e acervos bibliográficos, equipamentos de escritório, equipamentos audiovisuais e de informática. 26 2.2 Análise Situacional da Educação O Município de Cícero Dantas para cumprir as exigências legais, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9.394/96 e Lei que aprova o Plano Nacional de Educação, nº 13.005/2014 que determinam a elaboração do Plano Municipal de Educação - PME configura-se como um documento norteador que define as políticas públicas para a educação municipal. O plano municipal aborda as carências de uma população, a partir de um diagnóstico construído de forma participativa, colaborativa, em uma gestão democrática, evidenciando os principais problemas enfrentados pela rede municipal de ensino. Diante deste contexto a gestão educacional do município necessita avançar em busca de superar algumas deficiências: implementação dos conselhos escolares, reformulação do Plano de Carreira do Magistério, número insuficiente de técnicos para atender a demanda da Secretaria de Educação, inexistência da política democrática na escolha de gestores escolares e necessidade de realizar levantamento de dados mais precisos e atualizados para identificar a quantidade de alunos não atendidos pela escola. Em relação à infraestrutura o município precisa melhorar as condições físicas das instituições de ensino, assegurando ambiente físico adequado, recursos pedagógicos diversificados e acesso e expansão do uso de tecnologias da informação. No tocante à dimensão formação e valorização dos profissionais da educação, a rede municipal precisa desenvolver ações direcionadas para uma política de formação permanente de acordo com as especificidades de todos os níveis e modalidades de ensino. Portanto, a consolidação deste plano possibilitará o redimensionamento das ações e a maximização dos esforços para melhorar a qualidade do ensino público municipal. 27 NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO 2.2.1.1 Níveis da Educação Básica 2.2.1.2 Educação Infantil As concepções de infância ao longo da história estiveram vinculadas aos aspectos econômicos, sociais e culturais nos diferentes espaços e tempos. Os estudos sobre a natureza e o universo infantil desenvolvido pelo historiador francês Phillipe Áries evidenciam que a etapa histórica em que estamos vivendo, marcada pelo avanço tecnológico-científico e por mudanças ético-sociais, apresenta os requisitos necessários para que, finalmente, a educação infantil dê um salto no sentido de compreender a criança como sujeito social e, portanto, um sujeito com direitos. De acordo com o artigo 29 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB Nº. 9.394/96 a “Educação Infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até cinco anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade”. O dispositivo explicita o reconhecimento legal deste nível de ensino como etapa especifica da formação humana, abordando que a educação infantil deve promover o desenvolvimento do indivíduo em todos os seus aspectos, de forma integral e integrada, constituindo – se no alicerce para o pleno desenvolvimento do educando, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. As discussões em torno da implementação do Ensino Fundamental de nove anos aborda a necessidade de repensar as concepções de infância, as práticas pedagógicas e avaliativas, os parâmetros básicos de infraestrutura e, especialmente, a formação dos profissionais que atuam na Educação Infantil. 28 Diante deste contexto, torna-se indispensável analisar os dados quantitativos sobre a oferta deste nível de ensino no município, considerando a evolução da matrícula por dependência administrativa e localização, assim como o nível de atendimento, a demanda potencial e a qualidade dos serviços oferecidos pela rede de ensino. TABELA 07 – EVOLUÇÃO DA MATRÍCULA DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE CÍCERO DANTAS, POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA E LOCALIZAÇÃO, PERIODO 2010 A 2013 Municipal Estadual Particular Total Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural 2010 177 322 0 0 568 137 1204 2011 274 421 0 0 417 91 1173 2012 527 288 0 0 466 56 1337 2013 516 332 0 0 434 59 1341 Fontes:SEC/BA.Disponível :institucional.educacao.ba.gov.br/.../2013/anuarioAnos estatistico-da-educacao-ba, acesso em:02/03/2015. Ocorreu uma variabilidade do número de matrículas entre 2010 e 2013, demonstrando um aumento da oferta da Educação Infantil no município, observando uma evolução de 21,79 % de alunos matriculados na rede municipal enquanto ocorreu uma redução na mesma proporção na rede particular de ensino. Para aprofundar a análise de como acontece o atendimento, considerando as especificidades da creche e da pré-escola, a Tabela 02 demonstra as taxas de escolarização, considerando a demanda existente para essa etapa de ensino e dados da matrícula. TABELA 08. TAXA DE ESCOLARIZAÇÃO2 DA EDUCAÇÃO INFANTIL DO MUNICÍPIO CÍCERO DANTAS (2013) População Matrícula Não Segmentos Taxa (C)% (A) (B) matriculados Creche (0 a 3 anos) 1696 417 1279 24,58 Pré-Escola (4 a 5 941 666 275 70,77 2 A taxa de escolarização refere-se à proporção de pessoas de uma determinada faixa de idade que frequenta a escola, em relação ao total de pessoas na mesma faixa etária. 29 anos) Total (0 a 5 anos) 2637 1083 1554 41,06 Fonte: IBGE para os dados de população e MEC/INEP para os dados da matrícula. O município apesar de dispor de onze creches abrangendo a zona rural e urbana e duas particulares na zona urbana demonstra uma carência de oferta na educação infantil de zero a três anos em 75,41%, para atender os alunos nessa faixa etária. As matrículas da creche, demonstradas na Tabela 02, pertencem à rede particular e municipal sinalizando a necessidade de estratégias para superar este déficit na educação. Por outro lado, no segmento pré-escola, do total da população entre quatro a cinco anos, 70,77 % das crianças encontram-se matriculadas. Entretanto, observa-se um percentual 29,23% de alunos não-matriculados. Vale ressaltar que diante das informações disponibilizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE torna-se evidente buscar uma melhoria na educação infantil. Nesse contexto, é possível constatar que a população na faixa etária da Educação Infantil atendida representa apenas 41,06% da população de zero a cinco anos matriculados em creches e pré-escolas na rede municipal e particular. Assim, a oferta deste nível de ensino não corresponde às expectativas da demanda potencial, principalmente, na zona rural. Quanto à estrutura das escolas, considerando as condições de higiene, conforto, salubridade e qualificação dos professores, os Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil determinam que os espaços, materiais e equipamentos das Instituições destinam-se prioritariamente as crianças: São construídos e organizados para atender as necessidades de saúde, alimentação, proteção, descanso, interação, conforto, higiene e aconchego das crianças matriculadas; As paredes são usadas para expor as produções das próprias crianças ou quadros, fotos, desenhos relacionados às atividades realizadas visando a ampliar o universo de suas experiências e conhecimentos; As cores e as tonalidades de paredes e mobílias são escolhidas para tornar o ambiente interno e externo das instituições de Educação Infantil mais bonito, instigante e aconchegante; O mobiliário, os materiais e os equipamentos são organizados para tornar os diferentes espaços da instituição de Educação Infantil mais aconchegantes e confortáveis. 30 Levando em consideração os padrões mínimos determinados pelo Ministério da Educação percebe-se que a rede municipal no que se refere às condições de higiene está adequada aos parâmetros de qualidade. Entretanto, há uma necessidade de investimentos nos aspectos referentes a mobiliários equipamentos, ambientes internos e externos para proporcionar as instituições uma educação de qualidade. A maioria das escolas municipais dispõe de materiais didáticopedagógicos e recursos para auxiliar no processo de aquisição da leitura e escrita do raciocínio lógico-matemático. A rede particular com um número menor de matrículas e total autonomia financeira, também se aproxima dos padrões de atendimento. A qualificação dos profissionais que atuam na Educação Infantil, da rede particular e municipal obedece aos Parâmetros de Qualidade que determinam que a habilitação exigida para atuar seja em nível superior, pedagogia ou modalidade normal, admitindo-se, como formação mínima, a modalidade normal, em nível Médio. A política de formação continuada para os profissionais é realizada pela Secretaria Municipal de Educação, mediante parceria com empresas de consultoria, durante as jornadas pedagógicas. E no decorrer do ano letivo a formação é realizada pelos coordenadores e supervisores das escolas. Diante da realidade, observa-se a necessidade de uma reestruturação para redimensionar essa prática no município, pois a formação do professor trata-se de um processo complexo, por isso permanente. A formação além de acontecer nos cursos de graduação se consolida no próprio campo de trabalho, no qual o profissional cria sua própria identidade pedagógica na troca de experiências, num trabalho coletivo em consonância com a legislação educacional. A otimização do tempo destinado às Atividades Complementares (ACS) é uma forma de investir na formação continuada dos professores, mediante grupos de estudo, troca de experiências e definição de diretrizes pedagógicas, considerando as especificidades da Educação Infantil. 31 Dessa forma, a definição de diretrizes para elaboração da Proposta Pedagógica Curricular para a Educação Infantil, constitui também uma demanda para este nível de ensino. Analisando as fragilidades abordadas, percebe-se que uma minoria de alunos da Educação Infantil estudam junto com os alunos das séries iniciais do Ensino Fundamental em classes multisseriadas na zona rural, configurando-se ainda como um problema a ser sanado na Educação Infantil da rede municipal. 2.2.1.3 Ensino Fundamental A LDB, em seu art. 32 determina a obrigatoriedade e gratuidade do Ensino Fundamental, com duração de nove anos, conforme alteração da Lei nº. 11.274 de 2006, preconizando a formação básica do cidadão mediante o desenvolvimento de habilidades e competências inerentes ao contexto social. A Lei Orgânica Municipal, em seu art. 98 estabelece que o “município manterá seu sistema de ensino em colaboração com a União e o Estado, atuando, prioritariamente, no ensino fundamental e pré-escolar, provendo seu território de vagas suficientes para atender a demanda”. Dessa forma, é prioridade oferecê-lo a toda população, inclusive para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria. Diante do estudo realizado, da análise dos dados quantitativos referentes à evolução das matrículas, taxas de escolarização, distorção idade-série e de evasão, aprovação e reprovação comparada aos indicadores qualitativos permitem compreender e identificar as reais condições de oferta e atendimento a este nível de ensino no município. TABELA 09 – EVOLUÇÃO DAS MATRÍCULAS DO ENSINO FUNDAMENTAL NO MUNICÍPIO DE CICERO DANTAS, POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA E LOCALIZAÇÃO – 2010/2013. Anos 2010 2011 2012 Municipal Urbana Rural 2745 2076 2734 2068 1605 1959 Estadual Urbana Rural 379 0 305 0 278 0 Particular Urbana Rural 384 0 314 0 455 0 Total 5584 5421 4297 32 2013 2494 1776 236 0 466 0 4972 Fonte:SEC/BAdisponível em : 11 de janeiro de 2015 http://sim.sei.ba.gov.br/metaside/consulta/frame_metadados.wsp?tmp.tabela=t25 Analisando a evolução das matrículas do Ensino Fundamental entre 2010 e 2013 observa uma taxa de redução em 10,95 % nas matrículas. No ano de 2013 ocorreu a nucleação das escolas rurais e os alunos migraram para zona urbana, sinalizando a necessidade de redimensionamento na organização do trabalho pedagógico para atender as especificidades locais. A rede estadual não oferece matriculas na área rural, devido o processo de municipalização, este nível de ensino passou a ser responsabilidade, exclusivamente, da rede municipal, enquanto na zona urbana, a rede estadual e particular também oferta a educação fundamental. TABELA 10. NÍVEL EDUCACIONAL DA POPULAÇÃO DE 06 A 14 ANOS, 1991, 2000 E 2010 Faixa etária (anos) Taxa de analfabetismo 1991 2000 2010 % de alunos na escola 1991 2000 06 a 14 anos 55,84 93,51 11 a 14 anos 41,68 11,51 6,44 10,91 27,97 Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil. 2010 98,00 74,84 O motivo do avanço da taxa de escolarização de 2000 a 2010 em 46,87% demonstra que a população na faixa etária entre 6 a 14 anos é atendida em sua maioria, sinalizando o cumprimento dos dispositivos preconizados pela legislação educacional e municipal. A Tabela 10 sinaliza que a taxa de analfabetismo foi reduzida em 35,24% na população de 11 a 14 anos indicando que na zona rural a população não era atendida em sua totalidade. A ausência de dados entre 6 a 14 anos dificultou para realizar um levantamento mais preciso para identificar a permanência ou redução desse índice por meio da análise da relação entre demanda e oferta para diagnosticar possíveis causas e propostas interventivas. 33 O estudo das taxas de rendimento das redes estadual, municipal e particular foi realizado para uma análise mais coerente dos aspectos qualitativos, as Tabelas 05 e 06 apresentam as taxas de rendimento escolar, inicialmente, de todas as redes entre 2008 e 2010, identificando as taxas de evasão, aprovação e reprovação. TABELA 11 TAXAS DE RENDIMENTO - REDE ESTADUAL SÉRIE / ANO 1ª Série / 2º ano do EF 2ª Série / 3º ano do EF 3ª Série / 4º ano do EF 4ª Série / 5º ano do EF 5ª Série / 6º ano do EF 6ª Série / 7º ano do EF 7ª Série / 8º ano do EF 8ª Série / 9º ano do EF Fonte: SEC/BA Taxa de Taxa de Taxa de Aprovação Reprovação Abandono Ano Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural 2008 60,0 35,40 4,60 2009 0,00 0,00 0,00 2010 2008 74,40 16,30 9,30 2009 0,00 0,00 0,00 2010 2008 71,70 26,10 2,20 2009 0,00 0,00 0,00 2010 2008 59,30 29,60 11,10 2009 53,80 23,10 23,10 2010 2008 48,70 14,50 36,80 2009 50,00 9,20 40,80 2010 41,70 22,60 35,70 2008 67,40 13,30 19,30 2009 71,30 11,10 17,60 2010 54,00 14,30 31,70 2008 67,00 2,80 30,20 2009 65,70 6,10 28,20 2010 50,00 20,90 29,10 2008 88,00 3,40 8,60 2009 71,10 16,90 12,00 2010 56,00 28,60 15,40 – Disponível em: institucional.educacao.ba.gov.br/.../2013/anuario- estatistico-da-educacao-b, acesso em 02 de março de 2015. 34 TABELA 12. TAXAS DE RENDIMENTO - REDE MUNICIPAL SÉRIE / ANO Ano 1ª Série / 2008 2º ano do 2009 2010 EF 2ª Série / 2008 3º ano do 2009 2010 EF 3ª Série / 2008 4º ano do 2009 2010 EF 4ª Série / 2008 5º ano do 2009 2010 EF 5ª Série / 2008 6º ano do 2009 2010 EF 6ª Série / 2008 7º ano do 2009 2010 EF 7ª Série / 2008 8º ano do 2009 2010 EF 8ª Série / 2008 9º ano do 2009 2010 EF Fonte: SEC/BA. Taxa de Aprovação Urbana Rural 74,70 65,60 74,40 67,80 73,70 72,30 79,60 72,80 73,00 77,50 76,80 81,50 73,40 75,50 74,50 74,80 71,40 80,50 77,50 81,50 82,60 78,40 77,90 84,50 56,30 56,30 59,90 58,30 53,00 68,10 65,80 68,50 72,90 73,80 68,40 77,90 83,10 72,30 75,80 75,00 79,10 81,80 73,40 85,80 86,80 73,70 66,10 89,60 Disponível em: Taxa de Reprovação Urbana Rural 18,00 30,90 4,80 9,00 11,80 16,20 14,20 22,60 8,80 10,90 16,40 13,00 19,20 18,00 7,30 12,30 20,20 11,90 17,00 12,40 6,40 11,90 14,00 9,20 17,50 20,40 11,00 14,80 31,00 6,70 12,70 13,10 4,10 10,00 14,30 6,40 6,80 8,10 8,10 10,10 9,40 7,40 13,10 2,40 2,50 10,30 16,70 5,80 Taxa de Abandono Urbana Rural 7,30 3,50 20,80 23,20 14,50 11,50 6,20 4,60 18,20 11,60 6,80 5,50 7,40 6,50 18,20 12,90 8,40 7,60 5,50 6,10 11,00 9,70 8,10 6,30 26,20 23,80 29,10 26,90 16,00 25,20 21,50 18,40 23,00 16,20 17,30 15,70 10,10 19,60 16,10 14,90 11,50 10,80 13,50 11,80 10,70 16,00 17,20 4,60 institucional.educacao.ba.gov.br/.../2013/anuario- estatistico-da-educacao-b, em 02/03/2015. Embora a análise dos dados das Tabelas 11 e 12 evidenciem que os maiores índices de abandono concentrem-se nas séries finais do ensino fundamental de alunos oriundos da zona rural devido à evasão temporária por conta do período agrícola ou de casos como a repetência. Observa-se que os maiores índices de reprovação estão concentrados na 1ª e 5ª série, sinalizando a fragilidade no processo de alfabetização dos alunos que 35 ingressam na 1ª série, bem como dificuldades na formação dos alunos egressos da 4ª série que ainda não desenvolveram, de maneira satisfatória, as competências e habilidades consideradas fundamentais. Os índices alcançados nos anos iniciais e finais do ensino Fundamental refletem as fragilidades e potencialidades da rede de ensino, demonstrando a existência de problemas semelhantes que afetam todos os sistemas e redes educacionais do Brasil. Problemas como déficit de aprendizagem e reprovação, principalmente, nas 1ª, 4ª e 8ª séries, são comuns em todo o país, devido às razões apontadas pelo Plano Nacional de Educação (PNE) Lei nº. 10.172 de 2001. Destacando-se o ingresso tardio no ensino fundamental, altos índices de evasão e precariedade dos serviços educacionais oferecidos. Com o objetivo de minimizar os problemas anunciados, desde 2006 com a implantação do Plano de Desenvolvimento da Escola - PDE, mediante convênio com o FUNDESCOLA, quatro escolas municipais, sendo duas localizadas na zona urbana e duas na zona rural, desenvolvem propostas para minimizar as fragilidades do desempenho escolar. Além disso, a Secretaria Municipal de Educação desde 2007 aperfeiçoou os instrumentos de coleta e análise do desempenho escolar, buscando detectar as séries, disciplinas e turmas que apresentam os maiores índices de reprovação por escola. Dessa forma, foi possível identificar que as disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia configuram-se como críticas e que merecem uma atenção especial, prioritariamente na 1ª, 4ª e 8ª séries. Analisando o percentual dos alunos de acordo com o nível de proficiência nas séries iniciais e finais do Ensino Fundamental, observa-se que o nosso município apresentou a média de proficiência em Língua Portuguesa equivalente a 157,79, em Matemática 177,39 no 5º ano, enquanto no 9º ano a média é de 210,67 em Língua Portuguesa e 223,92 em Matemática, demonstrando um desempenho das escolas municipais abaixo do nível das escolas estaduais em nosso estado e no país. A rede municipal demonstra preocupação com a identificação dos aspectos considerados fragilizados após análise dos dados, buscando melhorias na 36 área pedagógica, estudando os indicadores contextuais sobre as condições em que ocorre o trabalho da escola, a descrição das habilidades referentes a esses níveis, para refletir pedagogicamente considerando a localização das instituições na zona urbana ou rural, nível socioeconômico e buscando estreitar a relação escola e família no intuito de maior comprometimento com o processo ensino aprendizagem. Figura 3 Quadro de Proficiência 9% 8% 9% 4% 12 % 9% 8% 3% 15 % 12 % 7% 4% Fonte: QEdu – Disponível em: http://www.qedu.org.br/cidade/5116-cicerodantas/proficiencia, acesso em 02/03/2015. Nessa perspectiva, para um diagnóstico mais aprofundado, considerando todas as especificidades de cada escola, a Secretaria de Educação necessita definir novas diretrizes, principalmente, no que se refere a um trabalho sistemático de acompanhamento pedagógico, incluindo visitas técnicas, análise dos planejamentos de ensino, elaboração de relatórios da prática docente, otimização do tempo destinado à formação continuada dos profissionais, acompanhamento da freqüência e de assessoramento pedagógico a gestão escolar. 2.1.1.4 Ensino Médio Com a finalidade de consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, enfatizando a na formação ética de acordo com o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico do educando, conforme preconizado no art. 35 da LDB, o Ensino Médio, última etapa da Educação Básica, tem como função prioritária formar o jovem para o exercício da cidadania com tempo previsto de três anos 37 A legislação ainda prevê que quando atendida essa formação geral do educando, os estabelecimentos de ensino médio, facultativamente, poderão habilitar os jovens para a formação geral e o exercício profissional. TABELA 13. MATRÍCULA INICIAL DO ENSINO MÉDIO NO MUNICÍPIO CICERO DANTAS, POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA E LOCALIZAÇÃO 2011/2013 Municipal Estadual Privada Total Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural 2011 0 0 1404 0 90 0 1494 2012 0 0 1297 0 98 0 1395 2013 0 0 1154 0 120 0 1274 Fonte: SEC/BA – Disponível em: institucional.educacao.ba.gov.br/.../anuarioAnos estatistico-da-educacao-bahia-2. Acesso em 19/02/2015. No município esta modalidade de ensino e ofertada pelas redes estadual e privada como demonstrada nas Tabelas XXXXXXXX embora não seja competência legal do governo municipal a oferta da educação no Ensino Médio, há uma relação de parceria entre as entidades. TABELA 14. NÚMERO DOS ESTABELECIMENTOS ESCOLARES DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO MUNICÍPIO CICERO DANTAS, POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA E ETAPAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA Etapas da Educação Básica Ed. Infantil – Creche Ed. Infantil – Préescola Ensino Fundamental Anos iniciais Ensino Fundamental Anos Finais Ensino Médio Total Fonte:MEC/INEP Dependência administrativa Estadual Municipal Particular 2012 2013 2012 2013 2012 2013 0 0 11 11 0 1 0 0 25 25 4 4 0 0 14 14 4 4 1 2 3 1 2 3 10 0 60 10 0 60 4 1 13 4 1 14 A oferta de vagas disponibilizadas tanto pela rede municipal como estadual, houve a evolução da matrícula em 33,8% no período de cinco anos. 38 Observa-se que mesmo a rede estadual sendo responsável pela oferta maior de vagas, a rede particular também oferece o ensino, demonstrando que é significativa a procura dos jovens pela formação geral e profissionalizante, mesmo com a redução no número de matriculas entre 2011 e 2013 na rede estadual. Tabela 15. Taxas de Rendimento do Ensino Médio - Rede Municipal/ Rede Estadual Taxa Aprovação Fase / Nível 1º ano do EM 2º ano do EM 3º ano do EM Urbana Rural Total 2008 58,40 - 2009 65,50 2010 Taxa Abandono Taxa Reprovação Urbana Rural Total Urbana Rural Total 58,40 7,10 - 7,10 34,50 - 34,50 - 65,50 5,60 - 5,60 28,90 - 28,90 67,00 - 67,00 6,20 - 6,20 26,80 - 26,80 2008 75,80 - 75,80 1,80 - 1,80 12,40 - 12,40 2009 74,90 - 75,90 0,80 - 0,80 24,30 - 24,30 2010 78,70 - 78,70 2,00 - 2,00 19,30 - 19,30 2008 86,20 - 86,20 0,00 - 0,00 13,80 - 13,80 2009 82,80 - 82,80 0,00 - 0,00 17,20 - 17,20 2010 93,20 - 93,20 0,00 - 0,00 7,70 - 7,70 Fonte: MEC/INEP Analisando as taxas de rendimento do Ensino Médio, deve se considerar que o município não realiza esta oferta, sendo os dados observados apenas da Rede Estadual na zona urbana, percebe-se que o maior déficit de aprendizagem em 2008 e 2010, apresentase no 1º ano com um percentual de abandono 7,70% comparando os dados de 2008 e 2010, enquanto nas 2º séries do Ensino Médio a aprovação foi satisfatória e no 3º ano não ocorreu reprovação porque os alunos foram aprovados ou abandonavam o curso quando apresentam problema de aprendizagem. Neste contexto, entende-se por evasão escolar o fato do aluno, uma vez matriculado, deixar de frequentar a escola, independente dos motivos. Segundo informações da rede de ensino é percebido que o número de matriculados no início de cada ano é de 35 a 40 alunos por classe, e que após o inicio das aulas, a frequência começa a sofrer redução, por alunos que nunca comparecem, outros que frequentam uma ou duas vezes por semana, e outros que, assim que ao inicio da safra agrícola deixam de ir à escola. Outro fator que muito contribui para a evasão é a falta de habilidades básicas, por parte dos alunos: ler, escrever e resolver operações matemáticas simples. Nesse 39 contexto, estão alunos que concluíram o Ensino Fundamental, mas não conseguem ler com fluência, ter compreensão do que leem, escrevem de forma inadequada ou não sabem ler o que escrevem. Além da estrutura física adequada também a formação do professor deve ser levada em consideração para viabilizar a participação e permanência dos alunos em sala de aula, proporcionando a integração do mundo das tecnologias para oferecer aos seus alunos aulas atraentes, dinâmicas, versáteis, extraindo desses alunos atitudes e comportamentos que os levem a conquistar seu lugar na escola, descobrindo o desejo e o interesse em frequentar as aulas. O Desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2009 nas escolas de Ensino Médio na rede estadual do município alcançou na prova objetiva uma média de 478,93 e na média total de 514,64 (Redação e Prova Objetiva), contribuindo para o egresso de alunos no Ensino Superior. A divulgação dos resultados insuficientes das escolas de ensino no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) possibilitou organizar as matrizes curriculares em quatro grandes grupos: linguagens, matemática, ciências humanas e da natureza com integração articulada dos componentes curriculares do ensino médio nas quatro áreas do conhecimento. As escolas apresentam infraestrutura básica necessitando de um espaço adequado para laboratórios de Informática, Química, Física, Biologia, Biblioteca além de uma quadra poliesportiva para viabilizar uma educação integrada focada na teoria e prática. 2.2.2 Educação Superior 2.2.1.1 Ensino Superior O Ensino Superior no Brasil é de competência da União, podendo ser oferecido por Estados e Municípios, desde que estes já tenham atendido os níveis pelos quais é responsável em sua totalidade, cabendo ainda a União autorizar e fiscalizar as instituições privadas de ensino superior. 40 A Lei nº 9394/96 que versa sobre as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, prevê em seu Art. 45 que a educação superior será ministrada em instituições de ensino superior, públicas ou privadas, com variados graus de abrangências ou especializações, tendo por finalidade garantir os direitos ao estímulo à criação cultural, o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo; a formação de diplomados nas diferentes áreas do conhecimento, colaborando na sua formação contínua; o incentivo ao trabalho de pesquisa e investigação científica. Vivenciamos nas últimas décadas, políticas públicas de democratização do acesso ao ensino superior e desta forma o que é um direito constitucional igualitário passou a ser instrumentalizado para a superação de limites históricos e políticos em todos os aspectos. O Município de Cícero Dantas institui através . De acordo com dados do INEP-2007, apenas 12,1% desse grupo de 18 a 24 anos, ou seja, 74,1% das matrículas no ensino superior estão no setor privado, enquanto 25,9% estão em instituições públicas, surgindo então alguns desafios para a nação, em especial o da ampliação de vagas. A Constituição da República, quando adota como princípio a “igualdade” de condições para o acesso e permanência na escola, nos transporta também para esta garantia ao ensino superior. A promoção e a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos; o estímulo ao conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais; a prestação de serviços especializados à comunidade e o estabelecimento com esta de uma relação de reciprocidade. No que diz respeito às condições de acesso, permanência e sucesso na educação em nível superior o Município de Cícero Dantas através do Decreto Municipal nº 805/2015, oriundo do Poder Executivo, cria a Coordenação Municipal de Incentivo a iniciação Cientifica e Extensão – CMICE, dando um passo significativo quanto a necessidade de ampliar os espaços e os tempos formativos vivenciado 41 pelos acadêmicos das IES conveniada e/ou contempladas pelos Programas Municipais como: Trans-universitário e Universidade Cidadã e por sua vez a necessidade de intervenção nesta municipalidade por projetos acadêmicos e pesquisas frente aos cursos ofertados pelas IES. Nesse interim é criada a CMIICE visando corroborar para a investida dos acadêmicos em projetos e Programas de Pesquisa e/ou Extensão Universitária e mais ainda através de convênio de Parceria com instituições de Ensino Superior, direcionar para que os trabalhos estejam preferencialmente direcionados a ações e investigações no plano e na esfera municipal cicerodantense e assim, as atividades, curriculares ou não, sejam voltadas para a solução de problemas e/ou para o conhecimento no plano municipal e nessa tríade Município, Estudante e I.E.S, possamos estabelecer importantes instrumentos para a formação destes Universitários social e culturalmente envolvidos com o município de Cícero Dantas, por conceber que a educação superior como importante função social, contribuindo para a promoção das transformações necessárias, para o fortalecimento dos valores humanitários e para a formação profissional. 2.3 MODALIDADES E DESAFIOS DA EDUCAÇÃO 2.3.1 Educação Especial Sabe-se que a partir do século XIX, na Europa, surgem os primeiros movimentos em prol do atendimento aos portadores de necessidades especiais. No Brasil, a inclusão social teve início na década de oitenta a partir de algumas experiências de inserção social de pessoas com deficiência. Dessa forma, surgem algumas transformações que vem sendo realizadas em todos os sistemas sociais como espaços urbanos, áreas de lazer, transportes, empresas, escolas, dentre outros, para tornar possível a participação plena e ativa, com igualdade de oportunidades, das pessoas com deficiência junto à população geral. (SASSAKI, 1999). No contexto educacional, o processo de inclusão vem sendo amplamente 42 difundido e propõe que os alunos com necessidades educacionais especiais sejam incluídos na rede regular de ensino em todos os seus níveis, como é assegurado por Leis como: Constituição Federal de 88, Declaração de Salamanca, Lei de Diretrizes e Bases – LDB, Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA e a Lei 10436/02. A inclusão como consequência de um ensino de qualidade para todos, necessita de mudanças em todo o contexto escolar, desde o espaço físico até os recursos humanos, pois de acordo com BIANCHETTE (1998), a inclusão exige que a escola se prepare para receber a todos os alunos e não apenas os receba sem reconhecer e atender ás suas especificidades. Percebe-se então, uma visão diferente sobre o alunado em questão, visto que transfere para a sociedade a obrigação em ajustar-se frente às necessidades destes, isto por acreditar que as incapacidades não são características do indivíduo, mas sim da sociedade, que precisa adaptar-se a diversidade. Com base na LDB-Lei de Diretrizes e Bases, artigo 59, que considera a Educação Especial como “modalidade de Educação Escolar” e assegura “aos educandos com necessidades especiais currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos para atender as suas necessidades...”, o município começa a atender entre os anos de 2010 a 2014 cerca de 130 alunos com necessidades educacionais especiais (transtornos e deficiências), sendo a maioria em salas regulares e um número menor, em salas multifuncionais, em horário oposto (assegurados pelo decreto de nº 7.611, de 17 de novembro de 2011), respeitando as particularidades e limitações de alguns alunos, neste caso apenas na sede do município. 43 Tabela 16. Taxas de Matrícula Educação Especial na Educação Básica - Rede Municipal/ Rede Estadual Educação Especial(Alunos de Escolas Especiais, Classes Especiais e Incluidos) Município Dependência/Ano Creche Pré-Escola Estadual Ed Prof. EJA EJA Nível Fund1,2 Médio1,2 Técnico 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2011 0 0 46 11 0 0 2 0 2012 0 1 41 14 0 0 0 0 2013 0 1 33 16 0 0 4 0 2011 0 0 0 1 0 0 0 0 2012 0 0 0 2 1 0 0 0 2013 0 0 2 1 2 0 0 0 0 0 46 12 2 0 2 0 0 1 41 16 5 0 0 0 0 1 35 17 3 0 0 0 2011 2012 2013 Municipal Anos Anos Médio Iniciais Finais CICERO DANTAS Privada 2.3.2 Total 2011 2012 2013 Política de Alfabetização O Processo de Alfabertizar Letrando, está em consonância com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), quando estabelece que o ensino da linguagem deve abordar três aspectos fundamentais: leitura, interpretação e escrita e assevera ao educando condição de inserção no contexto cultural da sociedade, que está fundamentalmente relacionado à leitura. lançado, em 2012, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic) foi alçado, 44 ao lado dos programas federais de Educação em tempo integral e de Ensino A meta: alfabetizar todas as crianças brasileiras de escolas públicas até os 8 anos de idade, ao fim do 3º ano do Ensino Fundamental, série que encerra – ou deveria encerrar – o chamado ciclo de alfabetização. O Pnaic tem quatro eixos de atuação: 1. Avaliação em larga escala; 2. Gestão, mobilização e controle social; 3. Material didático e 4. Formação continuada de professores – este considerado o principal deles. É fundamental, de acordo com o governo federal, o aperfeiçoamento dos conhecimentos didáticos para que a fase de alfabetização não deixe para trás nenhum aluno funciona de forma efetiva. “A proposta de formação nos moldes do pacto tem-se mostrado bem-sucedida em promover a articulação entre as instituições públicas de Educação Superior e as escolas de Educação Básica, entre a formação inicial e a continuada, uma vez que tem propiciado o debate sobre as licenciaturas bem como uma melhor compreensão da prática pedagógica do professor e das metodologias de trabalho nas unidades escolares”, afirma o governo federal em nota enviada ao Todos Pela Educação. A gestão também afirma que “trabalha comprometida com a reforma curricular dos cursos de licenciatura ofertados por instituições públicas e privadas, com vistas à renovação pedagógica” sempre de forma a integrar os saberes das demais áreas. Entre os quatro pontos estruturantes do Pnaic está a distribuição de material didático específico para a alfabetização. Por meio do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), são enviados livros e obras didáticas. Pelo Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE), as escolas recebem obras de literatura e pesquisa, além de jogos pedagógicos. O pacto está ajudando a construir a identidade do alfabetizador. “Nesse sentido, a universidade e a Faculdade de Educação têm um papel importante, porque no diálogo com os professores que atuam na rede pública há a possibilidade da circulação de conhecimentos, tanto científicos como aqueles criados no cotidiano das salas de aula, isto é, os saberes pedagógicos que somente os professores que estão em prática possuem”, afirma. Melhoria na qualidade do ensino e na formação continuada do professor alfabetizador, além do desenvolvimento 45 crítico e reflexivo dos professores de modo que repensem a prática pedagógica, são evidentes.” Pesquisa desenvolvida pelo Laboratório de Educação Unesco, sobre o Pnaic, com base em estudos de caso realizados em quatro municípios do Estado de São Paulo. Entre problemas levantados, estava a falta de preparo de alguns profissionais envolvidos. Educação em Tempo Integral No século XIX surgiram as primeiras ideias sobre Educação 2.3.3 Integral. Em nosso país nasceu com o movimento da Escola Nova, desenvolvido por Anísio Teixeira, por meio das ideias de John Dewey (1978), que afirmava, referindo-se à necessidade de educar também para a sensibilidade, a ética, a moral e a apropriação de hábitos pelos alunos com a visão de desenvolvimento integral que permeava as concepções escolanovistas: “a concepção ampla de hábito envolve a formação de atitudes tanto emocionais, quanto intelectuais; envolve toda nossa sensibilidade e modos de receber e responder a todas as condições que defrontamos na vida”. (apud Mota, 2008) Tal concepção previa, uma escola que pudesse satisfazer as necessidades de aprendizagem dos alunos ensinando os conteúdos programáticos e também pudesse prover o desenvolvimento de suas potencialidades gerais. A escola de tempo integral constitui-se em uma proposta de organização escolar que visa atender maiores resultados às necessidades dos alunos filhos das classes trabalhadoras, pois objetiva que estes permaneçam na escola durante o dia todo, que tenham acesso aos conhecimentos escolares, como também o atendimento em atividades diversificadas. Em Cícero Dantas, desde 2011 houve adesão na rede pública municipal de ensino o Programa Mais Educação, uma estratégia em parceria 46 com o Governo Federal de implantar a Educação Integral, com o atendimento em 03 escolas, porém, o município não executou os recursos permanecendo com esse número em 2011. Em 2012 o Programa foi ampliado na área urbana para 05 escolas, que começam a dar os primeiros passos. Em 2013 ele expandiu mais ainda, totalizando 07 escolas. Em 2014 o programa foi estendido para 18 escolas do município atendo em atividade complementar de 07 sete horas letivas, perfazendo 90.2% da rede municipal. Existe uma meta estipulada por lei Municipal que ate 2022 o8 escolas atenderão em tempo integral, com infra-estrutura física, educadores sociais concursados e equipe multidisciplinar, atualmente uma escola na sede já atende dentro deste padrões. Em Cicero Dantas, o Mais Educação constitui-se uma proposta de organização escolar a fim de atender com resultados às necessidades dos educandos que participam de mais de 30 atividades complementares, como letramento e matemática que fazem parte do acompanhamento pedagógico, ampliando os conteúdos e conhecimentos sistematizados presentes na organização curricular da educação básica, além de atividades esportivas, recreativas, culturais, de informatização, melhorando assim as relações sociais deles. Há parcerias das escolas e SME quanto a articulação para utilização de diferentes espaços e equipamentos públicos, como praças e espaços alugados. Para maior êxito no atendimento da Educação Integral é preciso estabelecer parcerias com o governo federal e estadual, a fim de ampliar os investimentos em espaços físicos próprios com o objetivo de promover maior interação com a comunidade no entorno da escola e com outros segmentos sociais, além de profissionais da educação no desenvolvimento das ações pedagógicas necessárias. A educação integral é uma concepção que deve permear as escolas de tempo integral, como também, constituir-se em uma prática numa 47 prática desenvolvida concretamente a partir de uma proposta que abarque todas as dimensões do desenvolvimento humano e social nos aspectos biológico-corporais como: o movimento, a sociabilidade, a afetividade, a cognição, a moralidade, trabalhando todas essas dimensões de forma integrada interdisciplinarmente, Segundo Pedroso (p.114). É importante ressaltar que a vontade política é fator decisivo na implantação e o desenvolvimento da proposta da escola em tempo integral com formação integral e de qualidade, pois o município já discute matriz unificada com 1.940 de trabalho, para monitores com recurso próprios. Parafraseando Pedroso, 2010, o compromisso maior está “em oferecer não só um tempo a mais para os alunos e sim maior qualidade de ensino durante esse tempo em que a criança permanece na escola”. 2.3.4 Qualidade da Educação Básica Assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os 8 anos de idade (3º ano do ensino fundamental), faixa etária considerada tardia para muitos especialistas. Apesar disso, o percentual de jovens que ainda não sabem ler nem escrever nessa idade é de 15,2% segundo o mais recente Censo Demográfico do IBGE (2010). A metodologia do PNAIC propõe estudos e atividades práticas para atualizar ou aprofundar a formação dos alfabetizadores da rede pública e seus resultados foram aferidos na primeira edição da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA). A prova foi realizada em 2013 com alunos do 3º ano matriculados em escolas que aderiram ao pacto, mas, diferentemente de outros exames de larga escala, os relatórios de desempenho da ANA foram disponibilizados apenas às escolas a fim de evitar comparações que pudessem prejudicar as crianças. O PNAIC - Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa encerrou o segundo ciclo de formação, este com ênfase em alfabetização matemática, e registrou 320 matrículas sendo (10%) das vagas oriundas da Zona Rural 48 Com o encerramento dos dois módulos - o primeiro teve como foco a língua portuguesa -, o MEC optou por ampliar o programa, estendendo A nova etapa de formação começa em abril e, assim como as demais, terá duração de 120 horas. A arte, as ciências da natureza e as ciências humanas no ciclo de alfabetização são alguns dos temas que serão trabalhados com os professores que estão seguindo o programa desde o início. O melhor diagnóstico dos resultados poderia ser dado com base nos resultados da ANA, aplicada pela primeira vez em 2013. Porém, os dados consolidados não foram divulgados pelo Ministério da Educação. Por isso, ainda não é possível analisar a situação geral da alfabetização no País, nas regiões e nas unidades da federação. Foram divulgados somente os resultados por escola, com acesso restrito aos gestores. No relatório que cada escola recebeu, é exibida a distribuição dos alunos por nível de proficiência, a descrição pedagógica de cada um desses níveis, o indicador de nível socioeconômico das famílias dos alunos e a situação da formação dos professores, além de um comparativo dos resultados com escolas similares do mesmo território. Tabela 17. Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) no Ensino Fundamental 2005/2013 Âmbito de Ensino Brasil Total Anos Iniciais do Ensino Anos Finais do Ensino Fundamental Fundamental Meta IDEB Observado IDEB Observado Metas s 2005 2007 2009 2011 2013 2021 2005 2007 2009 2011 2013 2021 5,2 4,2 3,8 4,2 4,6 5,0 6,0 3,5 3,8 4,0 4,1 5,5 Rede Estadual 2,6 2,6 3,2 3,8 4,0 6,1 2,6 2,7 2,8 2,9 3,1 5,3 Rede Estadual do seu Município 2,8 2,8 - - - 5,1 2,9 2,3 2,3 1,7 2,3 4,9 3,0 3,3 3,9 3,6 5,2 2,4 2,4 2,9 3,0 2,7 4,4 Rede Municipal do seu 2,9 Município FONTE: MEC/INEP 49 2.3.5 Educação de Jovens e Adultos (EJA) A educação é um instrumento de transformação social que possibilita às pessoas a oportunidade de participar de maneira autônoma e crítica no meio em que vive, transformando-o. O conhecimento acontece por duas vias: a forma escolarizada e a forma popular, sendo estas duas ações extremamente importantes. Enquanto essa garante a oportunidade de apropriação de saberes através do cotidiano, aquela amplia os conhecimentos de maneira sistematizada, unindo as informações de mundo às científicas. Vários fatores que permeiam a sociedade e em especial aqueles relacionados a economia contribuem para o abandono escolar. Segundo o Censo de 2010, existem aproximadamente 14 milhões de brasileiros com mais de 15 anos que, se autodeclaram analfabetos com escolaridade baixa ou de qualidade insuficiente. Em Cícero Dantas, a taxa de da população com baixa escolaridade ou analfabetismo é de 41,1% numa população de 33.000 habitantes. Tais fatores demonstram que ainda é preciso a efetivação de políticas públicas mais eficientes para minimizar essa realidade que contribui negativamente para o aumento da exclusão das pessoas no meio em que vivem. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDBN 9394/96, Parágrafo 1º, Artigo 37, afirma que os sistemas de ensino assegurarão oportunidades educacionais aos jovens e adultos, de acordo com suas características, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. Afirma ainda que deve assegurar a garantia dos direitos à continuidade e conclusão da escolaridade básica a todas as pessoas que não tiveram acesso ao ensino fundamental na idade própria, ou ainda não conseguiram alcançar o nível de formação acadêmica necessário à melhoria de sua atuação na sociedade, para o desenvolvimento de suas atividades profissionais. O Segmento de Ensino da Educação de Jovens e Adultos no município de Cícero Dantas iniciou em 1997. Atualmente o Programa Brasil 50 Alfabetizado que tem como objetivo promover a superação do analfabetismo entre jovens com 15 anos ou mais, adultos e idosos e contribuir para universalização do ensino fundamental, atende 723 alunos, em 76 turmas e 10 coordenadores, o TOPA ( Todos pela Alfabetização) 645 alunos, em 58 turmas, e 08 coordenadores distribuídas na escolas municipais. A 1ª Fase, referente aos anos iniciais e a 2ª fase aos anos finais, do ensino fundamental, são ofertados pela rede pública municipal de ensino e o ensino médio ofertado pelas escolas da rede pública estadual de ensino. Em 2014, o município contou com 328 alunos dessa modalidade matriculados, distribuídos em 14 turmas, 05 escolas/polos da zona urbana e educação do campo, com a finalidade de garantir o direito àqueles que não tiveram oportunidade de estudar na idade certa. No decorrer dos anos um dos maiores desafios do país e consequentemente desse município, em relação a EJA, é combater a evasão que é muito alta devido ao choque de interesses e a diversidade de público. Outro fator relevante é a baixa autoestima que contribui para a não valorização dos estudos. Segundo Vera Barreto (2006, p.19): “[...] O reconhecimento da existência de uma sabedoria no sujeito, proveniente de sua experiência de vida, de sua bagagem cultural, de suas habilidades profissionais, certamente, contribui para que ele resgate uma autoimagem positiva, ampliando sua autoestima e fortalecendo sua autoconfiança. O bom acolhimento e a valorização do aluno, pelo(a) professor(a) de jovens e adultos possibilitam a abertura de um canal de aprendizagem com maiores garantias de êxito, porque parte dos conhecimentos prévios dos educandos para promover conhecimentos novos, porque fomenta o encontro dos saberes da vida vivida com os saberes escolares.” A inserção dos jovens e adultos na escola ainda que em idade defasada é fundamental para garantir o direito de aprender, o que envolve a necessidade de incorporar na escola ações e estratégias que possibilitem a estes o desejo de continuar sua vida escolar. É imprescindível despertar no grupo que compõe essa faixa etária, o desejo pelos estudos, em face da evolução rápida dos conhecimentos em todos os campos, bem como das transformações que vem atravessando o sistema educacional e também o 51 mundo do trabalho, que implicam na adoção de novos padrões e novos comportamentos. Educação Profissional de Nível Médio 2.3.6 A formação profissional no Brasil, no século passado, nos permite verificar que limitava-se a praticamente um treinamento operacional adaptado aos respectivos postos de trabalho ou para uma minoria de trabalhadores o desenvolvimento de conhecimentos, saberes e competências profissionais em níveis de maior complexidade, realidade distinta ao tempo em que se promulga em 20 de dezembro de 1996, Lei nº 9.394, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em cumprimento ao mandato constitucional do inciso XXIV do art. 22 da Constituição Federal que consagra no art. 227 O direito à profissionalização, a ser garantido com absoluta prioridade. A Nova LDB vem a consagra ainda a Educação Profissional e Tecnológica entre os níveis e as modalidades de educação e ensino e assegura direitos fundamentais ao cidadão: o direito à educação e o direito ao trabalho. Em 17 de junho de 2004, quando da aprovação da Recomendação nº 195/2004 da Organização Mundial do Trabalho, documento orientador a formação profissional, treinamento e aprendizagem ao longo da vida e da orientação e qualificação profissional para o trabalho bem como o reconhecimento do direito público fundamental de todos os cidadãos a garantia de forma integrada com a orientação, a formação e a qualificação profissional para o trabalho objetivando propiciar autonomia intelectual, de tal forma que, a cada mudança científica e tecnológica, o 52 cidadão consiga por si próprio formar-se ou buscar a formação necessária para o desenvolvimento de seu itinerário profissional. A qualidade da oferta de Educação Básica, a formação profissional e a aprendizagem ao longo da vida contribui significativamente para a promoção dos interesses individuais e coletivos dos trabalhadores e dos empregadores, bem como dos interesses sociais do desenvolvimento socioeconômico, especialmente, tendo em conta a importância fundamental do pleno emprego, da erradicação da pobreza, da inclusão social e do crescimento econômico sustentado. A Resolução CNE/CEB nº 4/2010, ao definir as Diretrizes Curriculares Gerais para a Educação Básica, assim caracteriza a Educação Profissional Técnica de Nível Médio, nos arts. 30 até 34. Art. 30. A Educação Profissional e Tecnológica, no cumprimento dos objetivos da educação nacional, integra-se aos diferentes níveis e modalidades de educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia, e articulase com o ensino regular e com outras modalidades educacionais: Educação de Jovens e Adultos, Educação Especial e Educação a Distância. Art. 31. Como modalidade da Educação Básica, a Educação Profissional e Tecnológica ocorre na oferta de cursos de formação inicial e continuada ou qualificação profissional e nos de Educação Profissional Técnica de nível médio. Art. 32. A Educação Profissional Técnica de nível médio é desenvolvida nas seguintes formas: I – articulada com o Ensino Médio, sob duas formas: a) integrada, na mesma instituição; ou b) concomitante, na mesma ou em distintas instituições; II – subsequente, em cursos destinados a quem já tenha concluído o Ensino 53 Médio. Esse contexto político-pedagógico da Moderna concepção de Educação Profissional Técnica de Nível Médio logrará êxito quando para além dos esforços governamentais, a sociedade civil entendê-la como necessária e adequada à formação de seus cidadãos, e mais ainda as políticas públicas assumindo essa amplitude Territorial, fundamental, orientadas por um regime de coordenação, colaboração e cooperação entre as diferentes esferas públicas, nos diferentes níveis de poder com esforço de intercomplementaridade, tendo em vista a real articulação com outras políticas setoriais, uma vez que uma política educacional dessa natureza requer sua articulação com outras políticas setoriais vinculadas a diversos ministérios responsáveis pela definição e implementação de políticas públicas estruturantes da sociedade brasileira. Portanto, ao se pensar a Educação Profissional de forma integrada e inclusiva como política pública educacional em Cícero Dantas, é necessário pensá-la também na perspectiva de sua contribuição para a consolidação, por exemplo, das políticas de ciência e tecnologia, de geração de emprego e renda, de desenvolvimento agrário, de saúde pública, de desenvolvimento de experiências curriculares e de implantação de polos de desenvolvimento da indústria e do comércio, entre outras. Enfim, é necessário buscar a caracterização de seu papel estratégico no marco de um projeto de desenvolvimento socioeconômico sustentável, inclusivo e solidário. VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO 2.4 A formação do educador é fundamental para garantir o direito aos professores de aprender a ensinar, o que envolve a necessidade de incorporar a formação continuada no exercício regular da profissão docente. É imprescindível continuar a formação, até mesmo após concluir o curso superior, em face da evolução rápida dos conhecimentos em todos os campos, bem como das transformações por que vem atravessando o próprio 54 sistema educacional, que implicam na adoção de novos padrões e novos comportamentos. A formação continuada do professor é amparada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB Nº9394/96. Os profissionais têm os seus direitos garantidos para um aperfeiçoamento educacional, os períodos reservados a estudos, planejamento e avaliação. Ainda de acordo com a mesma lei, esses direitos se incluem na carga horária de trabalho. Tanto em sua formação inicial quanto na formação continuada deve haver a parceria entre a teoria e a prática, é necessário portanto, estar em um processo permanente de construção de conhecimento. A formação profissional não requer somente a conclusão do nível superior. De acordo com a citada Lei, a prática docente exige aperfeiçoamento, bem como a necessidade do prolongamento da formação inicial, esperando-se com isso a melhoria em sala de aula relacionada às novas práticas docente. A LDB Nº9394/96, também destaca como princípios metodológicos que se farão presentes nos currículos de formação inicial e consequentemente nos de formação continuada: “Art. 61. Consideram-se profissionais da educação escolar básica os que, nela estando em efetivo exercício e tendo sido formados em cursos reconhecidos, são: I – professores habilitados em nível médio ou superior para a docência na educação infantil e nos ensinos fundamental e médio; II – trabalhadores em educação portadores de diploma de pedagogia, com habilitação em administração, planejamento, supervisão, inspeção e orientação educacional, bem como com títulos de mestrado ou doutorado nas mesmas áreas; III – trabalhadores em educação, portadores de diploma de curso técnico ou superior em área pedagógica ou afim. Parágrafo único. A formação dos profissionais da educação, de modo a atender às especificidades do exercício de suas atividades, bem como aos objetivos das diferentes etapas e modalidades da educação básica, terá como fundamentos: I – a presença de sólida formação básica, que propicie o conhecimento dos fundamentos científicos e sociais de suas competências de trabalho; II – a associação entre teorias e práticas, mediante estágios supervisionados e capacitação em serviço; III – o aproveitamento da formação e experiências 55 anteriores, em instituições de ensino e em outras atividades. ” As demandas que decorrem para Cícero Dantas, são a luz de programas como: PNAIC, Gestão de RH, Gestão de Pessoas, Currículo de Educação Integral Integrada, Programa de Fortalecimento de Jovens e Adultos, Educação de Campo, investimentos em pós graduação, mestrados e doutorados. 2.5 GESTÃO DEMOCRÁTICA DO ENSINO PÚBLICO Existem inúmeras mudanças decorrentes dos avanços tecnológicos, científicos e sociológicos, ocorridos nas últimas décadas, exigem de todas as pessoas conhecimento, disponibilidade para querer aprender e também desejo de expor suas opiniões: questionando, criticando, refutando e propondo soluções aos impasses que surgem no cotidiano. Com tantas mudanças, o Brasil viu a educação pública atravessar fases de sérias reflexões, transformações e contradições que permanecem. Mediante esses fatos a gestão é apenas um dos integrantes de todo processo que se constrói e reconstrói, a cada momento. Ela, a gestão democrática, precisa ser dinâmica, mutável e flexível, assim os atores sociais começam a reconhecer e descobrir suas necessidades e passam a olhar o “outro” nas suas especificidades. Historicamente a educação brasileira sempre foi marcada pela desigualdade, no que tange o acesso ao conhecimento escolar e a qualidade de serviços prestados às classes menos favorecidas. O sistema educacional brasileiro, apesar das normas constitucionais que lhe dão respaldo, desde a década de trinta, e das reformas de ensino realizadas, não tem conseguido superar suas próprias deficiências, materializadas em altas taxas de repetência, evasão e um fluxo escolar, turmas multisseriadas emperrado e oneroso. (FILHO apud PATTO, 1999, p. 24). 56 TABELA 18. NÚMERO DE ESCOLAS POR ETAPA DE ENSINO - REDE ESTADUAL Ano Educação Infantil Ensino Fundamental Ensino Médio Urban Rural Total a Urban Rural Total a Urban Rural Total a 2010 0 0 0 1 0 1 2 0 3 2011 0 0 0 1 0 1 2 0 3 2012 0 0 0 1 0 1 2 0 3 0 0 Fonte: MEC/INEP 0 1 0 1 2 0 3 2013 TABELA 19. NÚMERO DE ESCOLAS POR ETAPA DE ENSINO - REDE MUNICIPAL Educação Infantil Ano Ensino Fundamental Ensino Médio Urban Rural a Total Urban Rural a Total Urban Rural a Total 2010 7 14 21 6 12 18 0 0 0 2011 7 15 22 6 12 18 0 0 0 2012 7 18 25 6 12 18 0 0 0 2013 7 18 25 6 12 18 0 0 0 Fonte: MEC/INEP A Constituição Federal de 1988 declara que o Brasil é um Estado Democrático de Direito que tem dentre seus fundamentos a cidadania (art.1°, II). Em seu artigo 206, respalda o princípio da gestão democrática como norteador da educação pública. Tendo em vista esta determinação a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB Nº 9394/96), no seu artigo 3º, no inciso VIII, determina: “gestão democrática do ensino público na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino”, normas que definem e norteiam a prática escolar. Ainda no seu artigo 14, dois princípios importantes que não podem ser refutados nas normas estaduais e municipais que tratam 57 da gestão: “I – participação de profissionais da educação na elaboração do projeto da escola; II – participação das comunidades escolar e local e conselhos escolares ou equivalentes.” O Compromisso Todos pela Educação (Brasil, 2012), decreto que faz parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), lançado em 24 de abril do ano de 2007 pelo Ministério da Educação (MEC), transformou vários temas em pautas prioritárias. Entre as vinte e oito diretrizes a serem cumpridas por todos os estados e municípios, estão os artigos “zelar pela transparência da gestão pública na área da educação, garantindo o funcionamento efetivo, autônomo e articulado dos conselhos de controle social” e “promover a gestão participativa na rede de ensino”. A tão sonhada qualidade da educação ou busca efetiva dá, são promessas de uma gestão competente baseada na concepção democrático-participativa. “[...] A pesquisa e a observação empírica mostram que um dos principais fatores de eficácia escolar (se não for o principal) reside nos órgãos diretivos dos estabelecimentos de ensino. O bom administrador é capaz de organizar um trabalho de equipe eficaz e tido como competente e aberto e consegue, muitas vezes, introduzir no seu estabelecimento de ensino grandes melhorias. É preciso, pois, que fazer com que a direção das escolas seja confiada a profissionais qualificados, portadores de formação específica, sobretudo em matéria de gestão (DELLORS, 2000, p.163).” Assim sendo, faz-se necessário o conhecimento sobre o assunto e a sensibilização dos mesmos no sentido da busca da construção de uma realidade direcionada ao ideal de democracia. A escola deve prever tal participação a partir de seus próprios objetivos dentro do seu quadro organizacional, pois o processo de gestão democrática das instituições de ensino representa um importante instrumento de consolidação de democracia em nível de sociedade, tendo em vista que a escola e a sociedade estão 58 dialeticamente constituídas. Promover a democratização da gestão escolar significa estabelecer novas relações entre a escola e o contexto social no qual está inserida. No atual contexto a Secretaria de Educação de Cícero Dantas na construção do Plano Municipal de Educação (PME), 2015 a 2025 como um dos instrumentos que planeja ações para melhoria da educação, se configura como atitude no campo da gestão democrática e na direção da universalização de todos os segmentos de ensino, inclusive aqueles que ainda estão desprovidos de acesso. RECURSOS FINANCEIROS PARA A EDUCAÇÃO NO MUNICÍPIO 2.6 2.6.1 Investimento Público em Educação A Previsão de recursos financeiros para o Investimento Público em Educação no Município de Cícero Dantas, é o passo que assegura que tudo que está instrumentalizado no planejamento passe para o campo da gestão municipal e possa assim ser executado, contemplado, realizado. Das Leis de Diretrizes Orçamentárias ao Plano Plurianual, têm-se a garantia de que os programas, projetos e atividades da Governança no âmbito da Educação Municipal tenham sua efetiva concretização . Quiçá o Plano Municipal de Educação do Município de Cícero Dantas (PME) esteja sempre no cerne das discussões e etapas da execução orçamentária, possibilitando o melhor dimensionamento e redimensionamentor dos recursos disponíveis para a Garantia da Execução do PME no Decênio 2015-2025 59 3. DIRETRIZES, METAS E ESTRATÉGIAS DO PME. 3.1 DIRETRIZES, METAS E ESTRATÉGIAS DO PME Meta 1: universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches, de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE. Estratégias: 1.1 instituir a Coordenadoria de Educação Infantil no âmbito da Secretaria Municipal de Educação, com objetivo informatizar dados, operacionalizar ações e programas, viabilizar as estratégias previstas neste PME, bem como o cumprimento da Resolução nº5, de 17 de dezembro de 2009 que fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil; 1.2 promover levantamento sistemático do número de crianças não atendidas em Creches e pré-escola na Rede Municipal de Educação; 1.3 aumentar o número de vagas ofertadas na Creche e Pré-escola de modo a atender a demanda levantada pela estratégia 1.2; 1.4 promover através de meios de comunicação a divulgação da importância e da oferta da Educação Infantil; 1.5 construir espaços educativos para oferta de Creches e Pré-escola considerando a necessidade de materiais como: Equipamentos (Parque), brinquedotecas, bibliotecas, livros didáticos e paradidáticos; 1.6 adequação, em colaboração com os entes federativos, dos espaços físicos das Unidades Escolares que oferecem a modalidade Educação Infantil atendendo as orientações legais vigentes. 60 1.7 assegurar os 200 dias letivos à Educação Infantil uma vez que esta modalidade é parte integrante da Educação Básica conforme a Lei 9394/96 em seu art. 22.. 1.8 asseverar o cumprimento da Legislação específica quanto a constituição de Equipes Multidisciplinares, a saber: Pedagogo, e Psicopedagogo, fonoaudiólogo, fisioterapeuta e nutricionista ao trabalho prestado a Rede de Educação Infantil do município de Cícero Dantas; 1.9 garantir, fomentar e incentivar a formação continuada dos profissionais da educação, docentes e não docentes, em atividade na Educação Infantil; 1.10 assegurar o percurso educativo da Educação Infantil em tempo integral. Assegurando ainda espaços e tempos para a participação, diálogo e a escuta cotidiana das famílias, o respeito e a valorização das diferentes formas que elas se organizam; 1.11 implementar, em caráter complementar, programas de orientação e apoio às famílias, por meio da articulação das áreas da educação, saúde e assistência social, com foco no desenvolvimento integral das crianças de até 3 (três) anos de idade. 1.12 fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da permanência das crianças na educação infantil, em especial dos beneficiários de programas de transferência de renda, em colaboração com as famílias e com os órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância. 1.13 pleitear junto ao Governo Federal a aquisição de Unidades de Creche da PROINFANCIA para atender a demanda dos alunos não atendidos pela Educação Infantil, incluindo os não atendidos pela educação do campo no interior do município; 1.14 elaborar, implantar, implementar e avaliar a proposta curricular para a Educação Infantil que respeite a cultura do campo e a diversidade étnico racial, ambiental e de gênero, bem como o ritmo, as necessidades e especificidades das crianças com deficiências, com transtornos globais de 61 desenvolvimento ou altas habilidades/ superdotação. 1.15 inserir no processo formativo das crianças, elementos favorecedores da cultura da paz, do campo artístico e estético, do cuidado com o meio ambiente, da solidariedade, da ética e da justiça. 1.16 garantir o transporte escolar, em regime de colaboração entre União, Estado e o Municípios atendendo aos princípios básicos de segurança exigidos pelo Departamento Nacional de Trânsito (DNT) e as normas de acessibilidade que garantam a segurança das crianças com deficiência levando em consideração o tempo de permanência e idade mínima dos alunos e assegurando que cada ente assuma suas responsabilidades de forma a garantir a escolarização dos alunos oriundos da zona rural e urbana quando houver necessidade. Meta 2: universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PME. Estratégias: 2.1 instituir a Coordenadoria Municipal de Ensino Fundamental, no âmbito da Secretaria Municipal de Educação, com objetivo de informatizar dados, operacionalizar ações e programas, viabilizar as estratégias previstas neste PME bem como o cumprimento da Resolução nº7, de 14 de dezembro de 2010 que fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos; 2.2 construir, ampliar, reformar as unidades escolares, para que os espaços físicos estejam em consonância com as necessidades da comunidade escolar como refeitório, instalações sanitárias, armazenagem da merenda escolar, biblioteca, sala de informática, sala de professores, diretoria, secretaria, sala de recursos multifuncionais, Laboratório de Ciências da Natureza e que viabilizam o processo de ensino aprendizagem bem como a prática das Artes , da Educação Física e da Recreação e a Alfabetização 62 Científica. 2.3 consolidar em colaboração com as famílias e com órgãos públicos como Secretaria Municipal de Ação Social, Secretaria Municipal de Saúde, Conselho Tutelar, Ministério Público e Projetos Sociais do Município, acompanhamento, monitoramento do acesso e permanência e do aproveitamento escolar dos beneficiários de programas de transferência de renda de Cícero Dantas, bem como das situações de discriminação, preconceitos e violências na escola, visando ao estabelecimento de condições adequadas para o percurso educativo digno do educando. 2.4 criar no âmbito da SEMEC, mecanismos , para promover a relação das escolas com instituições e movimentos culturais, a fim de garantir a oferta regular de atividades culturais para a livre fruição dos alunos dentro e fora dos espaços escolares do município, assegurando que as escolas se tornem polos de criação, resgate e difusão cultural; 2.5 garantir a efetivação dos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento dos alunos do ensino fundamental, para melhorar o fluxo e aprendizagem escolar no município; 2.6 estimular e garantir a oferta do ensino fundamental na rede Municipal, em especial dos anos finais, para a população do campo nas próprias comunidades; 2.7 incentivar a participação dos pais ou responsáveis no acompanhamento das atividades escolares dos filhos por meio do estreitamento das relações entre as escolas e as famílias; 2.8 oferecer atividades extracurriculares de incentivo aos (às) estudantes e de estímulo a habilidades, inclusive mediante certames e concursos nacionais; 2.9 promover atividades de desenvolvimento e estímulo a habilidades esportivas nas escolas, interligadas a um plano de disseminação do desporto educacional e de desenvolvimento esportivo nacional. 63 2.10 Desenvolver progressivamente programas de acompanhamento, que possibilitem a melhoria do nível de aprendizagem dos alunos, em toda a Rede Pública Municipal de Ensino expandindo o Sistema de Gestão Integrado para todas as escolas. 2.11 Garantir que, , todas as escolas de Ensino Fundamental tenham (re)formulado seus Projetos Político-Pedagógicos, estabelecendo metas de aprendizagem, em conformidade com a organização do currículo, com observância das Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental a luz das Diretrizes Nacional e Estadual. 2.12 Definir e garantir padrões de qualidade, em regime de colaboração com os sistemas de ensino, incluindo a igualdade de condições para acesso, permanência e aprendizagem de todos os alunos do Ensino Fundamental, independente de credo, etnia, religião e gênero. 2.13 Acompanhar, monitorar e socializar com a comunidade educacional o desenvolvimento das ações planejadas e executadas pelo Plano de Ações Articuladas - PAR, mediante as responsabilidades estabelecidas. 2.14 Regularizar as escolas do campo para garantir o acesso, permanência e aprendizagem dos alunos bem como a continuidade dos estudos dos educandos. 2.15 Assegurar recursos necessários para mobiliar adequadamente os espaços dos alunos de 06 anos e daqueles que são usuários de cadeiras de rodas do Ensino Fundamental de 09 anos. 2.16 Efetivar a avaliação institucional no município, realizando a coleta e análise dos dados, transformando-os em objeto de estudo e socialização dos resultados para também propor políticas públicas de melhoramento contínuo. Meta 3: universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a 64 população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência deste PME a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento). Estratégias: 3.1 Pleitear convênios e parcerias com os entes federativos ou instituições privadas visando construção, reforma e ou ampliação de quadras poliesportivas e espaços de Centros Comunitários, para promoção e realização da prática dos desporto, às artes e o fomento ao protagonismo juvenil. 3.2 cooperar com a Rede Estadual de Educação no levantamento do efetivo de estudantes fora da escola, contribuindo para ações que garantem acesso e permanência na rede pública. 3.4 estabelecer parceria para aperfeiçoamento do Currículo da EJA: Linguagens , Tecnologias e Ciências Humanas e Naturais visando a flexibilização e diversidade de forma articulada e interdisciplinar. 3.5 contribuir com o implementar de políticas de prevenção à evasão motivada por preconceito ou quaisquer formas de discriminação, criando rede de proteção contra formas associadas de exclusão merenda escolar diferenciada, jogos Esportivos Escolares, Programas como Jovem Aprendiz, estudo de Programas e softwares na área de informática. 3.6 Cooperar com o manter e ampliar de programas e ações de correção de fluxo do ensino fundamental, por meio do acompanhamento individualizado do (a) aluno (a) com rendimento escolar defasado e pela adoção de práticas como aulas de reforço no turno complementar, estudos de recuperação e progressão parcial, de forma a reposicioná-lo no ciclo escolar de maneira compatível com sua idade; 3.7 Colaborar na universalização o Exame Nacional do Ensino Médio ENEM, fundamentado em matriz de referência do conteúdo curricular do 65 ensino médio e em técnicas estatísticas e psicométricas que permitam comparabilidade de resultados, articulando-o com o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica - SAEB, e promover sua utilização como instrumento de avaliação sistêmica, para subsidiar políticas públicas para a educação básica, de avaliação certificadora, possibilitando aferição de conhecimentos e habilidades adquiridos dentro e fora da escola, e de avaliação classificatória, como critério de acesso à educação superior; 3.8 Cooperar com o fomento a expansão das matrículas gratuitas de ensino médio integrado à educação profissional, observando-se as peculiaridades das populações do campo, das comunidades indígenas e quilombolas e das pessoas com deficiência; 3.9 Contribuir com a estruturação e fortalecimento do acompanhamento e o monitoramento do acesso e da permanência dos e das jovens beneficiários (as) de programas de transferência de renda, no ensino médio, quanto à frequência, ao aproveitamento escolar e à interação com o coletivo, bem como das situações de discriminação, preconceitos e violências, práticas irregulares de exploração do trabalho, consumo de drogas, gravidez precoce, em colaboração com as famílias e com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à adolescência e juventude; 3.10 Colaborar com o promover a busca ativa da população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos fora da escola, em articulação com os serviços de assistência social, saúde e proteção à adolescência e à juventude; 3.11 Apoiar o fomento a programas de educação e de cultura para a população urbana e do campo de jovens, na faixa etária de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos, e de adultos, com qualificação social e profissional para aqueles que estejam fora da escola e com defasagem no fluxo escolar; 3.12 Colaborar para redimensionar a oferta de ensino médio nos turnos 66 diurno e noturno, bem como a distribuição territorial das escolas de ensino médio, de forma a atender a toda a demanda, de acordo com as necessidades específicas dos (as) alunos (as); 3.13 cooperar desenvolver formas alternativas de oferta do ensino médio, garantida a qualidade, para atender aos filhos e filhas de profissionais que se dedicam a atividades de caráter itinerante; 3.14 cooperar com a implementação de políticas de prevenção à evasão motivada por preconceito ou quaisquer formas de discriminação, criando rede de proteção contra formas associadas de exclusão; 3.15 Apoiar o estímulo a participação dos adolescentes nos cursos das áreas tecnológicas e científicas. Meta 4: universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados. Estratégias para a Meta 4: 4.1 Instituir a Coordenadoria Municipal de Educação Básica, Modalidade Educação Especial no âmbito da Secretaria Municipal de Educação, com objetivo informatizar dados, operacionalizar ações e programas, viabilizar as estratégias previstas neste PME bem como o cumprimento da Resolução nº4 do Conselho Nacional de Educação, de 02 de outubro de 2009 que fixa as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado, na Educação Básica, modalidade Educação Especial. 4.2 Criar e apoiar as equipes de profissionais da educação professores (as) 67 do atendimento educacional especializado, profissionais de apoio ou auxiliar, cuidador, monitor de ônibus, tradutor (as) e intérprete de Libras, guiasintérpretes para surdos-cegos, professor de Libras, prioritariamente surdos, e professores bilíngues; para atender à demanda do processo de escolarização dos (das) estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. 4.3 Garantir a inclusão na Rede Municipal de Educação, de Salas de Recursos Multifuncionais com manutenção periódica e dispondo de tecnologia assistiva. 4.4 Oferecer Formação inicial e continuada aos trabalhadores que atuem no Atendimento Educacional Especializado e ou na Educação Básica, modalidade Educação Especial: Professor para exercício da docência do AEE, Tradutor, intérprete de libras, guia-intérprete e outros que atuem no apoio, principalmente às atividades de alimentação, higiene e locomoção. 4.5 Proporcionar, nos termos do Decreto nº 6571/2008, que regulamenta o parágrafo único da Lei nº 9394/96 e acrescenta dispositivo ao Decreto nº 6253 de 13 de novembro de 2007, que dispõe sobre o AEE-Atendimento Educacional Especializado, aos estudantes matriculados na Modalidade Educação Especial., oriundos da Rede Municipal ou de Instituições sem fins lucrativos. 4.6 Instituir o projeto Político Pedagógico da Escola de Ensino Regular, institucionalizando a oferta de AEE e sua organização, garantindo o cumprimento do Art. 10 da Resolução nº4 do CNE datado de 02 de outubro de 2009. 4.7 Fomentar para o município de Cícero Dantas, as contribuições e parcerias em articulação com Faculdades, Universidades e Centros de Pesquisa nas esferas Estadual e Federal e Privada, visando o apoio ao trabalho dos (as) professores da educação básica com os (as) alunos (as) 68 com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. 4.8 criar, ampliar e manter programas que promovam a acessibilidade nas Unidades Municipais de Ensino e ou instituições públicas, com adequação arquitetônica, material didático próprio, recursos tecnológicos, oferta de transporte acessível, asseverando o acesso e a permanência dos (as) alunos (as) com deficiência no contexto escolar, incluindo a identificação dos (as) alunos (as) com altas habilidades ou superdotação; 4.9 Instituir no Núcleo Diversificado a oferta de educação bilíngue, em Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS como primeira língua e na modalidade escrita da Língua Portuguesa como segunda língua, aos (às) alunos (as) surdos e com deficiência auditiva de 0 (zero) a 17 (dezessete) anos, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas, nos termos do art. 22 do Decreto no 5.626, de 22 de dezembro de 2005, e dos arts. 24 e 30 da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, e aos cegos e surdos-cegos a adoção do Sistema Braille de leitura; 4.10 Promover em colaboração com as famílias e com os órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, à adolescência e à juventude o acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola e ao AEE visando a permanência e desenvolvimento escolar na Educação Especial, bem como o estabelecimento de condições adequadas para o percurso educativo digno dos alunos com deficiência 4.11 Instituir, Política de Avaliação e Acompanhamento, com indicadores de qualidade no funcionamento de instituições públicas e ou privadas, que prestam atendimento aos alunos com deficiência em Cícero Dantas. 4.12 Estabelecer parceria com o Sistema S (SESI, SENAI, SENAC) e instituições governamentais e não governamentais para garantir a oferta de qualificação profissional aos jovens, adultos e idosos, público alvo da 69 Educação Especial, para sua posterior inclusão no mercado de trabalho. 4.13 Garantir a oferta de formação em serviço para os professores da Educação Infantil e Ensino Fundamental que possuem alunos público alvo da Educação Especial nas salas de Ensino Regular. 4.14 Realizar concurso público para suprir as necessidades de profissionais especializados para atuarem, nas salas de recursos multifuncionais e nas escolas da rede regular de ensino quando necessário. 4.15 Criar as categorias profissionais de cuidador e de professor de Atendimento Educacional Especializado – AEE. 4.16 - Estabelecer padrões básicos de infraestrutura das escolas da rede regular de ensino para o recebimento dos alunos, público alvo da Educação Especial. Meta 5: alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do ensino fundamental. Estratégias: 5.1 Ofertar através de ações de incentivo para articulação de convênios com faculdades e instituições credenciadas para formação em graduação e pós-graduação (Lato Sensu e Stricto Sensu) formação inicial e continuada na área de Alfabetização e Letramento (Psicogêneses da Língua Escrita), Práticas e Metodologias da Alfabetização, Projetos Interdisciplinares na Alfabetização, Literatura Infantil e Infanto-Juvenil, Educação Inclusiva e Novas Tecnologias Educacionais, Artes, Ludicidade e Corporeidade, promovendo e estimulando a qualificação e valorização dos profissionais da educação que atuam na alfabetização e Letramento; 5.2 Instituir no âmbito da Secretaria Municipal de Educação, instrumentos de avaliação dos estudantes pertencentes ao ciclo de alfabetização, de 70 modo a efetivar diagnósticos que possibilitem aferir dados coletados bem como a promover ações e intervenções necessárias ao processo de alfabetização e letramento. 5.3 Desenvolver ações que promovam disponibilização de materiais didáticos específicos da Alfabetização e Letramento, bem como recursos e tecnologias educacionais inovadoras conduzindo a qualidade das práticas pedagógicas e a alfabetização em idade e série previstas por esta meta. 5.4 Assegurar a Rede Municipal de Ensino o acesso e permanência dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades ou superdotação na faixa etária de 6 a 14 anos, em processo de alfabetização e letramento, assegurando atendimento educacional especializado complementar e suplementar em turno oposto ao regular matriculado. 5.5 Instituir um grupo de professores alfabetizadores para crianças até o final do 3° ano do Ensino Fundamental nos sistemas de ensino assegurando uma política municipal da alfabetização que contemple formação continuada de professores, condições e jornada de trabalho e reconhecimento pela função de professor alfabetizador. 5.6 Assegurar, em regime de cooperação e colaboração, jornada escolar ampliada, integral e integrada, com a garantia de espaços e tempos apropriados às atividades educativas, assegurando a estrutura física em condições adequadas e profissionais habilitados. 5.7 Estruturar o ciclo de alfabetização de forma articulada com estratégias desenvolvidas na pré-escola obrigatória, com qualificação e valorização dos professores alfabetizadores e com apoio pedagógico específico, a fim de garantir a alfabetização de todas as crianças na idade determinada nos documentos legais. 71 5.8 Criar e assegurar, na avaliação municipal um exame específico para a aferição da aprendizagem das crianças do ciclo de alfabetização. 5.9 Instituir parcerias junto as Instituições de Ensino Superior para oferta de formação inicial, formação continuada e cursos de especialização em alfabetização presenciais e a distância para professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Meta 6: oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 80% (oitenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 75% (setenta e cinco por cento) dos(as) alunos(as) da educação básica. Estratégias: 6.1 Instituir a Coordenadoria Municipal de Educação Integral, no âmbito da Secretaria Municipal de Educação, com objetivo de informatizar dados, operacionalizar ações e programas, viabilizar as estratégias previstas neste PME, bem como o acompanhamento e extensão do Projeto de Escola de Tempo Integral já instituída em oito unidades escolares municipais. 6.1 Manter e ampliar junto ao programa nacional de ampliação e reestruturação das escolas públicas a instalação de quadras poliesportivas, laboratórios, salas de informática, espaços para atividades culturais, sala de recursos multifuncionais, bibliotecas, auditórios, cozinhas, refeitórios, banheiros e outros equipamentos, de forma a possibilitar tempos e espaços educativos para que a Educação Integral seja efetiva. 6.2 Ampliar e promover, a oferta de educação básica pública em tempo integral na Zona Rural e Urbana, para ser igual ou superior a 7 (sete) horas diárias durante o ano letivo, prioritariamente através do apoio em programas, Projetos e Suporte Técnico, disponibilizados pela União a exemplo do Programa Segundo Tempo e o Programa Mais Educação, para este, o Município de Cícero Dantas é referência no Território de Identidade 72 Semiárido Nordeste II. 6.9 Instituir um programa municipal de acompanhamento de alunos por profissionais da área da saúde e assistência social, em atividade no município seja em Unidades Escolares na Sede ou na Zona Rural. 6.3 Instituir a articulação da Escola de Tempo Integral com os diferentes espaços educativos e equipamentos públicos ou em Parcerias, como Ginásios de Esportes e Quadras Poliesportivas, Centros Comunitários, Clubes, Bibliotecas, Praças, criando e fomentando mecanismos de maior valorização da escola pela comunidade, haja vista que o espaço para a Educação Integral e Integradora é plural, ocorrendo para além do território da escola . 6.5 Ampliar o atendimento as escolas do campo, na oferta de educação integral, tomando por base a consulta e o contexto da localidade bem como as especificidades locais no município de Cícero Dantas 6.6 garantir a educação em tempo integral para pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, na faixa etária de 4 ( quatro) a 17 (dezessete) anos asseverando o AEE – Atendimento Educacional Especializado de modo complementar e suplementar seja para o a escola de Tempo Integral na sede do município ou na Zona Rural. 6.7 instituir a função de Educador Social, com vistas as necessidades oriundas do contexto Educacional da Educação em Tempo Integral. 6.8 Garantir ações pedagógicas para a apropriação dos aspectos cognitivos, orientação do estudo, nas leituras e nos processos de aprendizagem, viabilizando atendimento diferenciado a grupos de alunos com habilidades ou dificuldades específicas. 6.9 Promover a articulação da escola com os diferentes espaços educativos, culturais e esportivos, e equipamentos públicos como centros comunitários, bibliotecas, praças, parques, museus, teatros, cinemas e planetários. 6.10 Garantir a Educação Integral em Jornada Ampliada para pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou 73 superdotação. Meta 7: fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb: 6,0 nos anos iniciais do ensino fundamental; 5,5 nos anos finais do ensino fundamental; 5,2 no ensino médio. Estratégias: 7.1 Instituir Programa Municipal de Avaliação Institucional, cujo indicador de avaliação institucional, processual e continuamente, toma por base o perfil do alunado e do corpo de profissionais da Educação, bem como as condições infraestruturais das escolas, os recursos pedagógicos disponíveis, a gestão e envolvimento da Comunidade Escolar, assim como os contextos educativos das modalidades de ensino oferecidas. 7.2 Assegurar, formalizar e executar os planos de ações articuladas dando cumprimento às metas de qualidade estabelecidas para a educação básica pública e às estratégias de apoio técnico e financeiro voltadas à melhoria da gestão educacional, à formação de professores e professoras e profissionais de serviços e apoio escolares, bem como à ampliação e ao desenvolvimento de recursos pedagógicos e à melhoria e expansão da infraestrutura física e da rede escolar; 7.3 Fomentar junto as Unidades Escolares que compõem a Rede Municipal de Educação, apoio, orientação técnica/pedagógica e incentivo a atingir as metas do IDEB, projetadas. 7.4 Implementar inovação das práticas pedagógicas e o uso de tecnologias educacionais, acesso a ações culturais, Internet de Banda Larga, Salas de Informática, e Laboratórios de Ciências da Natureza, , visando a garantia de um percurso educativo digno com aprendizagem significativa para os alunos. 7.5 Instituir no âmbito da Secretaria Municipal de Educação e direcionado as 74 escolas da Rede, o Programa de Incentivo a Leitura e Formação de Leitores de modo a contribuir para o desenvolvimento e a capacidade de escrita e de interpretação de textos de escolares da Rede Municipal, à exemplo do premiado Programa Baú de Leitura, cumprindo assim o que prevê as diretrizes do Plano Nacional do Livro e da Leitura. 7.6 Assegurar ao Programa de Formação de Leitores previsto na estratégia 7.8 a capacitação de professores, bibliotecários e membros comunidade para atuar como mediadores da leitura, de acordo com a especificidade das diferentes etapas do desenvolvimento e da aprendizagem, contribuindo para que essas crianças melhorem seu desempenho escolar e estimulem sua capacidade crítica. 7.7 Instituir Programa de Ações da Rede Municipal de Educação voltados a participação da comunidade escolar, de forma ativa e significativa, em especial a Família e o estudante, assegurando instituir conselhos escolares ou fortalecer os existentes, avocando os deveres da família e sua participação e contribuição no acompanhamento e cumprimento das políticas públicas educacionais; 7.8 Instituir e fortalecer junto aos programas da área da educação, de âmbito local e nacional à articulação a programas existentes em áreas como Saúde e Ação Social, trabalho e emprego e renda, assistência social, esporte e cultura, fortalecendo os laços com a Comunidade Escolar, rumo a um percurso educativo digno e de qualidade. 7.9 Instituir o estabelecimento de ações educativas e de promoção da saúde integral voltadas a saúde ocupacional e saúde do trabalhador em Educação, visando a melhoria da qualidade educacional e das condições emocionais e físicas dos trabalhadores em Educação. 7.10 incentivar o desenvolvimento, selecionar, certificar e divulgar 75 tecnologias educacionais para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio e incentivar práticas pedagógicas inovadoras que assegurem a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem, assegurada a diversidade de métodos e propostas pedagógicas, com preferência para softwares livres e recursos educacionais abertos, bem como o acompanhamento dos resultados nos sistemas de ensino em que forem aplicadas; 7.11 universalizar, até o quinto ano de vigência deste PME, o acesso à rede mundial de computadores em banda larga de alta velocidade e triplicar, até o final da década, a relação computador/aluno (a) nas escolas da rede pública de educação básica, promovendo a utilização pedagógica das tecnologias da informação e da comunicação; 7.12 prover equipamentos e recursos tecnológicos digitais para a utilização pedagógica no ambiente escolar a todas as escolas públicas da educação básica, criando, inclusive, mecanismos para implementação das condições necessárias para a universalização das bibliotecas nas instituições educacionais, com acesso a redes digitais de computadores, inclusive a internet; 7.13 Estabelecer com a União, regime de colaboração visando estabelecer, parâmetros mínimos de qualidade dos serviços da educação básica, a serem utilizados como referência para infraestrutura das escolas, recursos pedagógicos, entre outros insumos relevantes, bem como instrumento para adoção de medidas para a melhoria da qualidade do ensino; 7.14 informatizar integralmente a gestão das escolas públicas e das secretarias de educação do municipal, bem como manter programa nacional de formação inicial e continuada para o pessoal técnico das secretarias de educação; 7.15 garantir políticas de combate à violência na escola, inclusive pelo 76 desenvolvimento de ações destinadas à capacitação de educadores para detecção dos sinais de suas causas, como a violência doméstica e sexual, favorecendo a adoção das providências adequadas para promover a construção da cultura de paz e um ambiente escolar dotado de segurança para a comunidade; 7.16 garantir nos currículos escolares conteúdos sobre a história e as culturas afro-brasileira e indígenas e implementar ações educacionais, nos termos das Leis nos 10.639, de 9 de janeiro de 2003, e 11.645, de 10 de março de 2008, assegurando-se a implementação das respectivas diretrizes curriculares nacionais, por meio de ações colaborativas com fóruns de educação para a diversidade étnico-racial, conselhos escolares, equipes pedagógicas e a sociedade civil; 7.17 consolidar a educação escolar no campo de populações tradicionais, de populações itinerantes, respeitando a articulação entre os ambientes escolares e comunitários e garantindo: o desenvolvimento sustentável e preservação da identidade cultural; a participação da comunidade na definição do modelo de organização pedagógica e de gestão das instituições, consideradas as práticas socioculturais e as formas particulares de organização do tempo; a reestruturação e a aquisição de equipamentos; a oferta de programa para a formação inicial e continuada de profissionais da educação; e o atendimento em educação especial; 7.18 mobilizar as famílias e setores da sociedade civil, articulando a educação formal com experiências de educação popular e cidadã, com os propósitos de que a educação seja assumida como responsabilidade de todos e de ampliar o controle social sobre o cumprimento das políticas públicas educacionais; 7.19 promover, com especial ênfase, em consonância com as diretrizes do Plano Nacional do Livro e da Leitura, a formação de leitores e leitoras e a 77 capacitação de professores e professoras, bibliotecários e bibliotecárias e agentes da comunidade para atuar como mediadores e mediadoras da leitura, de acordo com a especificidade das diferentes etapas do desenvolvimento e da aprendizagem; 7.20 estabelecer políticas municipais de estímulo às escolas que melhorarem o desempenho no Ideb, de modo a valorizar o mérito do corpo docente, da direção e da comunidade escolar Meta 8: elevar a escolaridade média da população de, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Estratégias: 8.1 institucionalizar programas e desenvolver tecnologias para correção de fluxo, para acompanhamento pedagógico individualizado e para recuperação e progressão parcial, bem como priorizar estudantes com rendimento escolar defasado, considerando as especificidades dos segmentos populacionais considerados; 8.2 Fortalecer programas de educação de jovens e adultos para os segmentos populacionais considerados, que estejam fora da escola e com defasagem idade-série, associados a outras estratégias que garantam a continuidade da escolarização, após a alfabetização inicial; 8.3 garantir acesso gratuito a exames de certificação da conclusão dos ensinos fundamental e médio; 8.4 implementar em parceria com programas da União a oferta gratuita de educação profissional técnica por parte das entidades privadas de serviço 78 social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical, de forma concomitante ao ensino ofertado na rede escolar pública, para os segmentos populacionais considerados; 8.5 promover, em parceria com as áreas de saúde e assistência social, o acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola específicos para os segmentos populacionais considerados, identificar motivos de absenteísmo e colaborar com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios para a garantia de frequência e apoio à aprendizagem, de maneira a estimular a ampliação do atendimento desses (as) estudantes na rede pública regular de ensino; 8.6 Instituir levantamento dos adolescentes e jovens de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos e busca ativa dos que estão fora da escola e pertencentes aos segmentos educacionais. 8.7 Garantir parceria com as áreas de assistência social, saúde e proteção à juventude, de modo a atender o efetivo de estudantes levantados pela estratégia 8.6, assegurando escolaridade na modalidade da EJA e EJA no Campo e condições para o cumprimento de seu Percurso Educativo. 8.8 Firmar parceria com o Sistema S (conjunto de nove instituições de interesse de categorias profissionais, estabelecidas pela Constituição brasileira) à exemplo do SEBRAE e o Programa Nacional de Educação Empreendedora, que objetiva ampliar, promover e disseminar a educação empreendedora por meio da oferta de conteúdos de empreendedorismo nos currículos, com o propósito de consolidar a cultura empreendedora na educação nas modalidades de Ensino: Fundamental, Médio, Médio Profissional e Superior e dessa forma igualar a escolaridade dos mais pobres, bem como entre os negros e não negros. Meta 9: elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 79 2015 e, até o final da vigência deste PME erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional. Estratégias: 9.1 Promover levantamento diagnóstico dos adolescentes e Jovens a serem alfabetizados visando ampliar a oferta da educação de jovens e adultos para todos os polos do município bem como a condução a Programas Governamentais como Brasil Alfabetizado; 9.5 Promover a formação de turmas de alfabetização para jovens e adultos que ainda não tenham sido alfabetizado preparando-os e assegurando de forma sequencial para a EJA – Estágio I, seu percurso educativo. 9.6 Assegurar aos jovens e adultos que frequentarem cursos de alfabetização a adesão aos programas nacionais de transferência de renda e a articulação com programas suplementares de saúde, tendo em vista garantia de qualidade ao percurso educativo a ser trilhado pelo aluno na EJA. 9.7 Garantir aos profissionais da EJA e do Programa Brasil Alfabetizado, formação inicial e continuada, tendo em vista o fortalecimento dos conhecimentos epistemológicos e metodológicos e da identidade do professor com a modalidade em que ele atua. 9.9 Promover entre os alunos da EJA a realização da avaliação do ENCCEJA, tendo em vista aferir o grau de alfabetização de jovens e adultos com mais de 15 (quinze) anos de idade; 9.10 promover ampla divulgação das ações dos programas no município voltados para a EJA de forma a estimular entre os potenciais estudantes, a matrícula nesta modalidade de ensino. 80 9.11 considerar, nas políticas públicas de jovens e adultos, as necessidades dos idosos, com vistas à promoção de políticas de erradicação do analfabetismo, ao acesso a tecnologias educacionais e atividades recreativas, culturais e esportivas, à implementação de programas de valorização e compartilhamento dos conhecimentos e experiência dos idosos e à inclusão dos temas do envelhecimento e da velhice nas escolas. Meta 10: oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional. Estratégias: 10.1 Promover levantamento dos estudantes ao qual se destina a modalidade de ensino EJA, para o ingresso em Programas como: Projovem Campo, Projovem Trabalhador, Projovem Urbano, Projovem adolescente, que permitem ao jovem além da formação do Ensino Fundamental o desenvolvimento de atividades que estimulem a convivência social, a participação cidadã e uma formação geral e ou específica para o mundo do trabalho. 10.2 promover as reflexões e modificações necessárias ao currículo da EJA, bem como a aquisição de material didático apropriado para esta modalidade, de modo encadeado a educação profissional; 10.4 estabelecer parcerias com órgãos e instituições Públicas ou privadas que ofertem educação profissional, asseverando o acesso dos estudantes da EJA à educação profissional; 10.7 firmar, manter e ampliar convênios com os entes federativos em programas de financiamento para educação profissional do estudante da EJA Ensino Fundamental e Médio, durante a vigência deste Plano Decenal, assegurando recursos para formação inicial e continuada dos profissionais 81 da educação que atuem na EJA, construção ou adequação física de espaços escolares, bem como aquisição de bens de consumo e permanentes que possibilitem as garantias de uma oferta de qualidade. Meta 11: triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público. Estratégias: 11.1 cooperar com a expansão das matrículas de educação profissional técnica de nível médio na rede Estadual e privada a bem da interiorização da educação profissional, científica e tecnológica. 11.2 cooperar com o implantação, fortalecimento e expansão da oferta de educação profissional técnica de nível médio na redes estadual de ensino e rede privadas nas modalidades presenciais, semipresenciais e à distância para oferta de programas a exemplo do E-tec Brasil, Projovem Rural e Urbano. 11.4 garantir, através de convênios e parcerias com instituições públicas e privadas a expansão do estágio na educação profissional técnica de nível médio, preservando-se seu caráter pedagógico integrado ao itinerário formativo do aluno, visando à formação de qualificações próprias da atividade profissional; 11.6 contribuir em regime colaborativo com a rede Estadual para a oferta de educação inclusiva e ensino médio integrado e integral à formação profissional às populações do campo. 11.9 contribuir com a redução das desigualdades étnico-raciais e regionais 82 no acesso e permanência no percurso educativo na educação profissional técnica de nível médio. Meta 12: elevar a taxa bruta de matrícula na Educação Superior para 70% e a taxa líquida para 50% da população de 18 a 24 anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para pelo menos, 40% das novas matrículas, no segmento público. Estratégias: 12.1 cooperar para instituir no Município de Cícero Dantas Curso preparatório voltado para o Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, estabelecendo política afirmativa para inserção dos mais pobres, dos negros e não negros às políticas públicas de acesso ao Ensino Superior. 12.2 perdurar com a Ação Afirmativa na Esfera Municipal, de atendimento aos acadêmicos das IES conveniada e/ou contempladas pelos Programas: Trans-universitário e Universidade Cidadã, haja vista ser condição fundamental para a garantia do acesso e permanência dos bolsistas ao Ensino Superior. 12.3 manter a Residência Universitária existente na Cidade de Aracajú haja vista ser Ação Afirmativa de incentivo e fomento ao ingresso e permanência de estudante são Ensino Superior. 12.4 instituir através da recém criada Coordenadoria de Incentivo a Iniciação Científica e Extensão a ampliação das políticas de inclusão e de assistência estudantil. 12.5 incentivar a discentes universitários e/ou docentes em curso de graduação a realização de atividades de pesquisa e extensão, assim como as experiências profissionais e de estágio, considerando o contexto cicerodantense: 12.6 estimular a formação de grupos de estudos nos quais aprimorem o conhecimento coletivo e individual dos envolvidos, a busca pelo 83 conhecimento das produções científicas das áreas de concentração e linhas de pesquisa de maior interesse da Instituição de Ensino Superior, assim como as necessidades científicas e sociais do Município de Cícero Dantas. 12.7 contribuir com a formação inicial do discente universitário/pesquisador, no sentido do aprofundamento teórico-metodológico da profissão, construção de uma identidade pessoal e profissional mais crítica e reflexiva, despertando-lhe o interesse pela atividade acadêmico-científica e competências políticas, sociais, ética, estéticas e epistemológicas, ao tempo que desenvolve atividades de Extensão ou pesquisa no Município de Cícero Dantas. 12.8 buscar e divulgar os eventos científicos regionais, nacionais e internacionais a fim de incentivar a disseminação do conhecimento produzido pelo Acadêmico que desenvolverá Atividade no campo da pesquisa ou extensão em Cícero Dantas, além de organizar encontros e eventos internos que contribuam nesse sentido e sensibilizem a comunidade acadêmica quanto à importância das práticas acadêmico-científicas. 12.9 sistematizar e organizar os trabalhos científicos já existentes e os que serão desenvolvidos em Cícero Dantas, de forma a facilitar e agilizar o acesso às produções internas e externas a partir de bibliotecas digitais e material impresso, através de cooperação técnica com a Academia e/ou Bibliotecas Virtuais. 12.10 articular atividades de pesquisa e extensão, como apoio à iniciação científica, mantendo a I.E.S. sempre informada sobre o trabalho desenvolvido através do incentivo à iniciação e extensão universitária fomentada pelo município de Cícero Dantas. 12.11 apoiar o trabalho desenvolvido pelos professores de Metodologia e 84 Iniciação Científica, assim como Trabalho de Conclusão de Curso no que tange a levantamento bibliográfico, aspectos técnicos e metodológicos inerentes à pesquisa científica. 12.12 incentivar a submissão de trabalhos de Pesquisa desenvolvidos em Cícero Dantas em Periódicos, Anais de Congressos, Encontros Científicos, Regionais e ou Nacionais, em forma de artigos, resumos, pôsteres. 12.13 promover a realização de estudos, de pesquisas, formando um banco de dados sobre as Pesquisas Científicas e ou Trabalhos de Extensão Universitária realizadas no Município de Cícero Dantas; 12.14 Incentivar intercâmbio com instituições públicas, privadas, estaduais, nacionais e estrangeiras envolvidas com a promoção do Incentivo a Iniciação Científica e Extensão, visando a qualificação da política de Incentivo a Iniciação Científica e Extensão implantada em Cícero Dantas; 12.15 estimular a participação proporcional de grupos historicamente desfavorecidos na educação superior, inclusive mediante a adoção de políticas afirmativas, especialmente na forma da Lei nº 12.711 de 22 de agosto de 2012, e o Decreto nº 7.824/2012. Meta 13: elevar a qualidade da Educação Superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75%, sendo do total no mínimo 35% de doutores. Estratégias: 13.1 incentivar aos docentes da Rede Municipal de Ensino que atuam no Ensino Superior ao ingresso em programas de Pós Graduação Stricto Senso (Mestrado, Doutorado), priorizando a Concessão de Licenças em consonância com o que rege o Estatuto do Magistério da Rede Municipal de Cícero Dantas, visando a melhor qualificação do servidor público municipal. 85 13.7 contribuir com o fomento a formação de consórcios entre instituições públicas de educação superior, com vistas a potencializar a atuação regional e territorial, inclusive por meio de plano de desenvolvimento institucional integrado, assegurando maior visibilidade nacional e internacional às atividades de ensino, pesquisa e extensão; Meta 14: Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de sessenta mil mestres e vinte e cinco mil doutores. Estratégias: 14.1 Promover levantamento da demanda para primeira ou segunda Graduação e para Pós-Graduação lato e stricto senso, promovendo a cadastro e atualização do currículo dos servidores em programas e plataformas a exemplo da Plataforma Freire, sinalizando a demanda por cursos em razão da área de atuação do servidor. 14.2 Pleitear vagas junto ao PAR para ampliação da oferta de programas de pós – graduação stricto sensu, especialmente de mestrado, em campus de IES como a UFNB, a ser aberto em decorrência dos programas de extensão e interiorização das instituições superiores públicas, como também através do Campus da Universidade do Estado da Bahia ou IFBA. 14.3 Cooperar, Contribuir e Firmar Ação e Parceria do Município de Cícero Dantas, através da Coordenação Municipal de Incentivo a Iniciação Científica e Extensão, junto A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para criação do Pólo UAB em Cícero Dantas para receber das instituições públicas de ensino superior (Ipes), integrantes do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), Programas de Mestrado semipresencial a exemplo do Programa de Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (Profmat), criado em 2010; o Programa de Mestrado Profissional em Letras (Profletras) e o Programa de Mestrado 86 Nacional Profissional em Ensino de Física – MNPEF (ProFis), lançados em 2013; e os Programas de Mestrado Profissional em Rede Nacional em Artes (ProfArtes), Administração Pública (ProfiAP) e Ensino de História (ProfHistória), que irão garantir qualificação profissional a profissionais da educação em abrangência territorial. Meta 15: garantir, em regime colaborativo, entre a União, o Estado e outros municípios, no prazo de um ano, política municipal de formação e valorização dos(as) profissionais da educação, assegurado que todos os professores e as professoras da Educação possuam formação em nível superior obtido em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atua. Estratégias: 15.1 Estabelecer Plano de Ação que objetive levantar o número de servidores da educação que não possuam graduação ou necessitem de segunda graduação por atuar em área não compatível com sua primeira graduação e promova a inclusão desses servidores em Programas e Plataformas que ofereçam Graduação nas modalidades presencial, semipresencial ou a distância, para a Formação destes servidores, contribuindo para a qualificação do profissional da Educação que integra a Rede Municipal de Cícero Dantas. 15.4 Firmar parcerias com IES Públicas ou Privadas para Implantação de formação de profissionais da educação para a Educação Integral, Educação do Campo, Educação Especial, Educação de Jovens e Adultos e Educação Infantil, asseverando a formação e qualificação dos profissionais que atuam na educação cicerodantense. 15.9 Implantar, no prazo de dois anos, de vigência deste plano municipal, política nacional de formação continuada para os (as) profissionais da 87 educação de outros segmentos que não o do magistério, construído em regime de colaboração com a União, Estado e outros municípios. 15.10 Firmar Convênio visando o fomento a oferta de cursos técnicos de nível médio destinado à formação nas respectivas áreas de atuação, dos(as) profissionais da educação de outros segmentos que não os do magistério. 15.11 Pleitear junto a União e a Estado, acesso a programa de concessão de bolsas de estudos para que os professores de idiomas das escolas públicas de educação básica em Cícero Dantas, realizem estudos de imersão e aperfeiçoamento nos países que tenham como idioma nativo as línguas que lecionem; 15.12 Pleitear junto União e ao Estado formação docente para a educação profissional que valorizem a experiência prática, por meio da oferta, nas redes federal e estaduais de educação profissional, de cursos voltados à complementação e certificação didático-pedagógica de profissionais experientes. Meta 16: formar, em nível de pós-graduação 80% (oitenta por cento) os professores da educação básica, até o último ano de vigência deste plano municipal, e garantir a todos os (as) profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações do sistema municipal. Estratégias: 16.1 Instituir o planejamento estratégico para dimensionamento da demanda por formação continuada no Município de Cícero Dantas, no primeiro ano da aprovação desta Lei, para organizar a oferta e as matrículas em cursos de formação continuada e fomentar a respectiva oferta por parte das Instituições de Ensino Superior de forma orgânica e articulada às políticas de formação do município; 88 16.2 Instituir em parceria com o Estado e a União a política municipal de formação e professores e professoras da educação básica, dentro das diretrizes municipais e áreas prioritárias com processos de certificação das atividades formativas pelas instituições formadoras. 16.3 Assegurar a participação em programas da União destinados a composição de acervo de obras didáticas, paradidáticas e de literatura e de dicionários, e programa específico de acesso a bens culturais, incluindo obras e materiais produzidos em Libras e em Braille, sem prejuízo de outros, a serem disponibilizados para os professores e as professoras da rede pública de educação básica em Cícero Dantas, favorecendo a construção do conhecimento e a valorização da cultura da investigação. 16.5 implantar, no âmbito municipal, portal eletrônico para subsidiar a atuação docente da educação básica, disponibilizando gratuitamente, materiais didáticos e pedagógicos suplementares, até o final do segundo ano da vigência deste plano municipal; 16.6 Ampliar a oferta de bolsas de estudo para graduação e pós-graduação dos professores e das professoras e de demais funcionários de educação básica em Cícero Dantas; 16.6) Instituir no âmbito do Magistério Público, através da articulação com a União, a formação dos professores e das professoras das escolas públicas de educação básica, por meio da implementação das ações do Plano Nacional do Livro e Leitura e da instituição de programa nacional de disponibilização de recursos para acesso a bens culturais pelo magistério público. Meta 17: Valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PME Estratégias: 89 17.1 Instituir ações de valorização aos demais trabalhadores de educação asseverando política salarial bem como incentivo qualificação que garanta piso profissional a partir da sua titulação, qualificação, no âmbito da Rede Municipal de Ensino; 17.2 Garantir junto a União, aporte de recursos na esfera municipal, que permitam a equiparação salarial dos profissionais do magistérios aos demais profissionais com escolaridade equivalente e portanto ao cumprimento dessa meta. 17.3 Assegurar nas escolas de Rede Pública Municipal a existência da sala dos professores, com equipamentos mínimos (entre bens duráveis e bens de consumo) a ser definido no âmbito da SEMEC. 17.4 assegurar aos trabalhadores da educação cursos de aperfeiçoamento a partir do levantamento sistemático e organizado e que contemple áreas como tecnologia da informação e comunicação, educação ambiental e educação especial, voltados para a qualidade do trabalho na sua área de atuação, no prazo de 2 (dois) anos, com o compromisso especifico para que esses participantes atuem de forma significativa. 17.5 Garantir no âmbito da Rede Pública Municipal, ações que visam a promoção da saúde e bem estar dos profissionais do magistério, a exemplo de reeducação alimentar, saúde vocal, saúde ocupacional, Meta 18: assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos de carreira para os(as) profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de carreira dos(as) profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal. Estratégias: 18.1 Asseverar aprovação do Estatuto do Magistério e Plano de Cargos e 90 Salários dos trabalhadores em educação do município de Cícero Dantas. 18.2 Garantir recursos junto a União de forma a garantir a equiparação do rendimento médio dos profissionais da educação ao dos demais profissionais com escolaridade equivalente. 18.3 garantir ao profissional do magistério valorização e remuneração adequada, com piso salarial próprio que esteja em acordo com a Lei nº 11.738/2008 e com as diretrizes estabelecidas pelos Conselhos Nacionais de Educação, assegurando a promoção funcional por mérito e antiguidade, habilidade, currículo, bem como incentivando a atualização e a especialização continua dos profissionais da educação; 18.4 assegurar a constituição de equipe multidisciplinar para atendimento nas Unidades Públicas Municipais de Ensino. Meta 19: assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto. Estratégias: 19.1 Assegurar a prioridade no repasse de transferências voluntárias da União na área da educação garantindo que a nomeação dos diretores e diretoras de escola, observem critérios técnicos de mérito e desempenho, bem como a participação da comunidade escolar. 19.2 Instituir na esfera municipal, por parceria com os entes federativos, programa de apoio e formação aos (às) conselheiros (as) dos conselhos de acompanhamento e controle social do Fundeb, dos conselhos de alimentação escolar, dos conselhos regionais e de outros e aos (às) representantes educacionais em demais conselhos de acompanhamento de 91 políticas públicas, garantindo a esses colegiados recursos financeiros, espaço físico adequado, equipamentos e meios de transporte para visitas à rede escolar, com vistas ao bom desempenho de suas funções; 19.3 Constituir no âmbito municipal Fórum Permanentes de Educação, com o intuito de coordenar as conferências municipais, estaduais e distrital bem como efetuar o acompanhamento da execução deste PNE e dos seus planos de educação; 19.4 Fomentar e estimular a constituição e o fortalecimento de grêmios estudantis e associações de pais, assegurando-se-lhes, inclusive, espaços adequados e condições de funcionamento nas escolas e fomentando a sua articulação orgânica com os conselhos escolares, por meio das respectivas representações; 19.5 Asseverar e estimular a constituição e o fortalecimento de conselhos escolares e conselhos municipais de educação, como instrumentos de participação e fiscalização na gestão escolar e educacional, inclusive por meio de programas de formação de conselheiros, assegurando-se condições de funcionamento autônomo; 19.6 Promover e estimular a participação e a consulta de profissionais da educação, alunos (as) e seus familiares na formulação dos projetos políticopedagógicos, currículos escolares, planos de gestão escolar e regimentos escolares, assegurando a participação dos pais na avaliação de docentes e gestores escolares; 19.7 Assegurar os processos de autonomia pedagógica, administrativa e de gestão financeira nos estabelecimentos de ensino assistidos pela Rede Municipal de Ensino; 19.8 Firmar parceria aderindo a oferta de programas de formação de diretores e gestores escolares, bem como a aplicação da prova nacional 92 específica, a fim de subsidiar a definição de critérios objetivos para o provimento dos cargos, cujos resultados possam ser utilizados. Meta 20: implementar e fortalecer Políticas de Financiamentos em regime de colaboração com a União e o Estado, para ações voltadas à melhoria da qualidade da educação ofertada na Rede Municipal de Ensino. Estratégias: 20.1 Contribuir no âmbito da esfera municipal para garantir as fontes de financiamento permanentes e sustentáveis para todos os níveis, etapas e modalidades da educação básica, observando-se as políticas de colaboração entre os entes federados, em especial as decorrentes do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e do § 1o do art. 75 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que tratam da capacidade de atendimento e do esforço fiscal de cada ente federado, com vistas a atender suas demandas educacionais à luz do padrão de qualidade nacional; 20.2 contribuir para o aperfeiçoamento e ampliação dos mecanismos de acompanhamento da arrecadação da contribuição social do salárioeducação; 20.3 aplicar adequadamente os recursos a serem destinados à manutenção e desenvolvimento do ensino, em acréscimo aos recursos vinculados nos termos do art. 212 da Constituição Federal, na forma da lei específica, a parcela da participação no resultado ou da compensação financeira pela exploração de petróleo e gás natural e outros recursos, com a finalidade de cumprimento da meta prevista no inciso VI do caput do art. 214 da Constituição Federal; 20.4 Ratificar o fortalecimento dos mecanismos e dos instrumentos que assegurem, nos termos do parágrafo único do art. 48 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, a transparência e o controle social na 93 utilização dos recursos públicos aplicados em educação, especialmente a realização de audiências públicas, a criação de portais eletrônicos de transparência e a capacitação dos membros de conselhos de acompanhamento e controle social do Fundeb, com a colaboração entre o Ministério da Educação, as Secretarias de Educação dos Estados e dos Municípios e os Tribunais de Contas da União, dos Estados e dos Municípios; 20.5 Contribuir, como ente federativo, com informações educacionais atualizadas para o desenvolvimento, por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP, estudos e acompanhamento regular dos investimentos e custos por aluno da educação básica e superior pública, em todas as suas etapas e modalidades; 20.6 Garantir que quando implantado o Custo Aluno-Qualidade inicial CAQi, referenciado no conjunto de padrões mínimos estabelecidos na legislação educacional e cujo financiamento será calculado com base nos respectivos insumos indispensáveis ao processo de ensino-aprendizagem e será progressivamente reajustado até a implementação plena do Custo Aluno Qualidade – CAQ, o CAQi da Rede Municipal de Ensino esteja dentro dos padrões mínimos exigidos. 20.7 Fomentar os mecanismos que gradativamente a implementação do Custo Aluno Qualidade - CAQ como parâmetro para o financiamento da educação de todas etapas e modalidades da educação básica, a partir do cálculo e do acompanhamento regular dos indicadores de gastos educacionais com investimentos em qualificação e remuneração do pessoal docente e dos demais profissionais da educação pública, em aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações e equipamentos necessários ao ensino e em aquisição de material didático-escolar, alimentação e transporte escolar, sejam elevados ano a ano da vigência 94 desse PME. 20.8 o CAQ será definido será continuamente ajustado, com base em metodologia formulada pelo Ministério da Educação - MEC, e acompanhado pelo Fórum Nacional de Educação - FNE, pelo Conselho Nacional de Educação - CNE e pelas Comissões de Educação da Câmara dos Deputados e de Educação, Cultura e Esportes do Senado Federal; 20.9 regulamentar o parágrafo único do art. 23 e o art. 211 da Constituição Federal, no prazo de 2 (dois) anos, por lei complementar, de forma a estabelecer as normas de cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, em matéria educacional, e a articulação do sistema nacional de educação em regime de colaboração, com equilíbrio na repartição das responsabilidades e dos recursos e efetivo cumprimento das funções redistributiva e supletiva da União no combate às desigualdades educacionais regionais, com especial atenção às regiões Norte e Nordeste 20.10 caberá à União, na forma da lei, a complementação de recursos financeiros a todos os Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que não conseguirem atingir o valor do CAQi e, posteriormente, do CAQ; 20.11 Cumprir quando da aprovação, da Lei de Responsabilidade Educacional, assegurando padrão de qualidade na educação básica, em cada sistema e rede de ensino, aferida pelo processo de metas de qualidade aferidas por institutos oficiais de avaliação educacionais; 20.12 Contribuir com informações que contribuam com o definir critérios para distribuição dos recursos adicionais dirigidos à educação ao longo do decênio, que considerem a equalização das oportunidades educacionais, a vulnerabilidade socioeconômica e o compromisso técnico e de gestão do sistema de ensino, a serem pactuados na instância prevista no § 5o do art. 7o desta Lei. 95 4 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PME. O Plano Municipal de Educação do Município de Cícero Dantas, asseverará os mecanismos como também os órgãos de Avaliação e Acompanhamento do PME. Contanto para tanto com o acompanhamento da Câmara Municipal de Vereadores de Cícero Dantas e Comissão Específica, Conselho Municipal de Educação e Fórum Municipal de Educação. . 96 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARIÈS, P. História social da infância e da família. Tradução: D. Flaksman. Rio de Janeiro: LCT, 1978. BIANCHETTE, L.; FREIRE, I. M. (Org.). Um Olhar sobre a diferença: interação, trabalho e cidadania. 5. ed. São Paulo: Papirus,1998. BRASIL, Ministério da Educação, Resolução CNE/CEB N.º 04/99. BRASIL, Ministério da Educação. Avaliação do Plano Nacional de Educação. Brasília: Inep, 2010. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica Parâmetros nacionais de qualidade para a educação infantil/Ministé- rio da Educação. Secretaria de Educação Básica – Brasília. DF .BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 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