PESQUISAS REVELAM COMO A IMPRENSA RETRATA A PRIMEIRA
INFÂNCIA E COMO A SOCIEDADE PERCEBE O TEMA
 Workshop para jornalistas apresentará levantamentos que apontam que o
jornalismo e a sociedade tem uma percepção ainda restrita sobre os cuidados com
a Primeira Infância (da gestação aos 6 anos)
 A neurocientista Suzana Herculano-Houzel, referência brasileira no estudo do
cérebro humano, explica os fundamentos do desenvolvimento da Primeira
Infância, durante evento
A imprensa reflete e reforça valores da sociedade quando se trata dos cuidados com a
Primeira Infância (da gestação aos 6 anos de idade). Esta é uma das principais conclusões
da Pesquisa Infância na Mídia 2010, mais recente levantamento sobre como a mídia
jornalística interpreta o tema nas páginas de jornais e revistas brasileiras. A pesquisa é
uma iniciativa da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal em parceria com a ANDI
(Comunicação e Direito).
O conteúdo revelador deste trabalho será apresentado no Workshop exclusivo para
jornalistas A Percepção da Sociedade e da Imprensa sobre a Primeira Infância, no dia 12,
às 8h30, na sede da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (FMCSV). No encontro, a
neurocientista Suzana Herculano-Houzel apresentará as várias descobertas recentes da
neurociência relevantes a Primeira Infância. Esse evento é uma iniciativa da FMCSV em
parceria com o Instituto C&A e a Fundação Abrinq – Save the Children.
A pesquisa revela, a partir da análise de mais de 48.300 notícias, que a imprensa tem uma
preocupação maior em divulgar a necessidade de cuidados médicos ou nutricionais, e dá
pouca atenção aos aspectos que estimulam o desenvolvimento cognitivo, emocional e
cultural de crianças desta faixa etária. Saúde, educação e violência são os temas mais
regulares, dando-se grande exposição para abordagens como saúde materna e nutrição,
abuso sexual e violência doméstica e ensino fundamental e médio. Somados, os temas
ocupam entre 40% a 50% de toda a cobertura, conforme a mídia (jornal ou revista).
Aspectos como pobreza e exclusão social, comportamento, igualdade e desigualdade de
cor e gênero e comportamento, representam pouco mais de 6% da exposição.
Um aspecto positivo é que a presença do tema na mídia é equilibrada regionalmente.
Todas as regiões brasileiras pesquisadas têm índices percentuais muito equivalentes em
relação ao universo do noticiário. E a regularidade também é semelhante, com cerca de
2,5 notícias por dia sobre o tema, seja em jornais de expressão nacional ou de foco
regional.
Também durante o workshop, a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal apresentará a
conclusão de outra pesquisa com dados recentes que mostra a percepção da sociedade
sobre o tema Primeira Infância no Brasil. O levantamento, feito em parceria com o
Ibope/Instituto Paulo Montenegro e divulgado em 2012, durante o II Simpósio
Internacional de Desenvolvimento da Primeira Infância, traz as impressões de uma
amostra da população sobre o que é prioridade quando o assunto é o desenvolvimento
da criança nos três primeiros anos de vida.
Entre as principais constatações também está a maior valorização de aspectos médicos e
biológicos em relação aos emocionais e comportamentais, em sintonia com o perfil
traçado na nova pesquisa da ANDI. Enquanto 51% dos entrevistados acha fundamental
levar os filhos para vacinar, somente 12% atribuem a demonstrações de carinho e afeto
um caminho para influenciar o desenvolvimento da criança.
Primeira infância no Brasil
O Workshop para jornalistas A Percepção da Sociedade e da Imprensa sobre a Primeira
Infância é mais uma iniciativa que tenta contribuir para qualificar as discussões sobre os
desafios que o País enfrenta para garantir que todas as crianças tenham as condições
necessárias e justas para desenvolver plenamente seu potencial. Uma nação
efetivamente desenvolvida precisa investir na Primeira Infância, pois é nessa fase que
ocorrem as maiores transformações para a formação do indivíduo adulto. É do zero aos 3
anos que 70% das conexões cerebrais acontecem e que se iniciam as revoluções motoras
(engatinhar, sentar, andar). Portanto, é nessa fase, que os cuidados com as crianças
devem ser mais intensos.
Serviço – Workshop A Percepção da Sociedade e da Imprensa sobre a Primeira Infância
Data: 12 de março de 2013
Horário: das 8h30 às 12h00
Local: Fundação Maria Cecília Souto Vidigal – Rua Fidêncio Ramos, 195 – 4º andar – Vila
Olímpia – SP.
Sobre a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal
Fundada em 1965, a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal tem na promoção integral do
desenvolvimento da Primeira Infância (0 aos 6 anos de idade) seu principal foco de
atuação. A entidade mantém diversos projetos de incentivo ao desenvolvimento das
crianças nessa faixa etária, como projetos de intervenção social em municípios, incentivo
a pesquisas, realização de cursos e workshops, elaboração de publicações, entre outras
ações para expandir o conhecimento sobre a importância do desenvolvimento na
Primeira Infância.
Sobre a Fundação Abrinq – Save the Children
Organização social que, desde 1990, trabalha para que os direitos de crianças e
adolescentes sejam respeitados. A partir de 2010, firmou parceria com a maior e mais
antiga ONG de defesa de direitos da criança no mundo, a Save the Children Internacional.
Os projetos que ambas desenvolvem na área da educação, saúde e proteção em todo o
Brasil continuam a ser operados, porém a rede de programas de abrangência nacional foi
ampliada, o que vem dar voz às questões que envolvem o cenário da infância brasileira
para o mundo.
Sobre o Instituto C&A
O Instituto C&A, criado em 1991, concebe, planeja, gerencia e executa a política de
investimento social da C&A. Sua missão é promover a educação de crianças e
adolescentes das comunidades onde a C&A atua, por meio de alianças e do
fortalecimento de organizações sociais. Atualmente, o trabalho do Instituto C&A abrange
organizações sociais que atuam em 90 cidades. O Instituto C&A organiza suas atividades e
programas em torno de três áreas: Educação, Arte e Cultura; Desenvolvimento
Institucional e Comunitário; e Mobilização Social. Os programas desenvolvidos são Prazer
em Ler, Educação Integral, Educação Infantil, Redes e Alianças, Desenvolvimento
Institucional e Voluntariado. Desde sua fundação, o Instituto C&A já investiu mais de US$
93 milhões em 1,6 mil projetos sociais em todo o Brasil, com a participação de
aproximadamente 1 milhão de pessoas, especialmente crianças, adolescentes e
educadores.
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