6 | COOPERATIVISMO SÁBADO, 4 DE JULHO DE 2015 THAÍS BRÊDA ENTREVISTA José Luiz Tejon DIVULGAÇÃO “Sem cooperativas não há futuro. Sem o espírito cooperativista não criaremos cidadania e valores” JOSÉ LUIZ TEJON especialista em agribusiness União é o caminho do sucesso Especialista em agribusiness, José Luiz Tejon Megido acredita que o cooperativismo é exemplo de capitalismo consciente e sustentável E specialista em agribusiness e autor de mais de 30 livros, José Luiz Tejon Megido é enfático sobre a importância do cooperativismo para a economia brasileira: “Sem cooperativas não há futuro”, diz. Criador do conceito de agrossociedade, ele defende um capitalismo consciente, com negócios lucrativos, sustentáveis e que proporcione qualidade de vida aos trabalhadores e a outras pessoas do local em que estão instalados. Nesta entrevista, Tejon fala sobre os desafios das cooperativas, a evolução do agronegócio, a importância de se comunicar com a sociedade, entre outros temas. O senhor criou o conceito de agrossociedade. No que ele consiste? É um passo adiante em relação ao agronegócio. O conceito agribusiness envolve a soma econômica das cadeias produtivas, mas não considera os novos ingredientes de avaliação dos negócios com origem no campo. Envolve aspectos da sustentabilidade com o meio ambiente, responsabilidade social e evoluções em andamento, como análise da qualidade de vida e fatores educacionais da população envolvida no conjunto onde se originam as fontes da riqueza. Cidade e campo se fundem e passamos a ter a agrossociedade. Como o país está em relação ao desenvolvimento de agrossociedades? Encontro ótimos exemplos onde vejo cooperativas bem lideradas e administradas. Nesses lugares, tudo tem um nível que leva a ascensão. Nesses locais, a distribuição da rendamelhora,nãoporartificialismos,mas por uma vontade de levar aos seres humanos as melhores práticas profissionais. Em cidades onde o cooperativismo está bem liderado, encontramos agrossociedadeselocaisondeas liderançasdasociedade atuam de maneira generosa e voltada a um capitalismo consciente. E o Brasil precisa muito dessa alma, como proposta de civilização, como um todo. Qualquer presidente da República deveria assumir um binômio para o sucesso de um governo: empreendedorismo e cooperativismo. Qual o perfil das novas gerações de produtores agrícolas? No mundo todo, passamos a ver jovens, bem formados, atuando no agronegócio como um caminho de felicidade e riqueza. Um novo retorno ao campo, um campo agora com tecnologia e com uma sustentabilidade intensiva. Veremos segmentos e nichos de oportunidades, desde os múltiplos cafés especiais, passando por toda uma vasta área de hortifruticultura, especiarias, bebidas, e mesmo nas grandes culturas iremos ver graus distintos de segregação e alocação de novos agricultores, que serão, cada