Físco-Química
“O movimento segundo
Aristóteles, Galileu e Newton”
Jorge Aça, nº18
Tatiana Ferreira, nº23
Vanessa Pacheco, nº24
11ºCT3
1
“O movimento segundo Aristóteles, Galileu e Newton”
Introdução
Este trabalho foi-nos proposto no âmbito da disciplina de Físico-Química com o objectivo de
aprofundar-mos o nosso conhecimento relativamente a Aristóteles, Galileu Galilei e Isaac Newton e os
seus contributos para o estudo da Física.
Apesar da grande diferença temporal que os separa, estes cientistas dedicaram-se, entre outras
coisas, ao estudo do movimento dos corpos terrestres e dos astros, questionando-se sobre as suas
causas.
Desta forma, decidimos criar uma situação de discussão entre eles onde podem debater, de
forma dinâmica e descontraída, as suas diferentes ideias e teorias da Física, que forma motivo de alguma
controvérsia ao longo dos anos.
CONFERÊNCIA ACTUAL NOVO-CIENTÍFICA SOBRE PROBLEMAS VELHO-CIENTÍFICOS
Newton: Hello, good morning. Consegui convencer aqueles palermas a encontramo-nos aqui nesta
conferência, para ver se eles percebem que eu é que tenho razão em todos os estudos que fizemos!
Galileu: Então Newton, o que é que já estás para aí a dizer? Buon giorno ragazzos. (olha para o relógio)
Aristóteles: (entra apressado) Kaliméra meus amigos. Peço imensas desculpas pelo meu atraso, mas
sabem como está o meu país, uma selva e com muito barulho, até custa pensar… Depois foi o avião!
Acreditam que se perdeu e atrasou-se 2300 anos!
N: Cala-te Aristóteles! Cá para mim ficaste foi perdido em assuntos anatómicos, com alguma
portuguesita…
A: (envergonhado) Mudando de assunto, vamos ao que interessa! Expliquem-me lá como é que pode a
Terra e os outros planetas girarem à volta do Sol? Se assim fosse como vocês pensam, a Terra ao
mover-se deixava as nuvens, pássaros, etc. para trás!
G: Oh meu grande ignorante! Dedica-te é à Filosofia, Biologia, Política, Óptica, Matemática, Religião
(Newton interrompe-o) que tu de Física não pescas nada! Vou-te explicar…
(Diz aos alunos para olharem à janela) Qualquer pessoa que olhe os céus, parece claro que a Terra
permanece em seu lugar enquanto tudo no céu nasce e se põe ou gira à nossa volta. Porém, isso não
acontece, assim como o pude verificar através da observação espacial com as minhas lunetas.
N: Bem dito. O Sol constitui o centro do Universo, e a Terra assim como todos os outros corpos celestes
sofrem um movimento de translação em torno deste, com uma órbita regular ou irregular.
G: Ou seja, o nosso planeta gira sobre si próprio, ao que chamamos movimento de rotação. E, ao mesmo
tempo, em torno do Sol, que é então o tal movimento de translação. Daí Aristóteles, os pássaros e as
nuvens acompanharem o nosso movimento.
A: (zangado) Não, não e não! A Terra está dividida em 2 partes: a que nós estamos agora - parte
terrestre - e o céu! Ora meus meninos (dirige-se para os alunos), vêm algo no solo para além de rochamãe?! A Terra é que está imóvel e no meio de todo o Universo, enquanto que tudo o resto ronda à nossa
volta. Por isso é que as nuvens se vão movendo!
2
“O movimento segundo Aristóteles, Galileu e Newton”
N: Olhe lá, seu cabeça oca! Então como é que justifica o facto de eu ter conseguido demonstrar
matematicamente, o movimento elíptico dos planetas. (À parte) Eu disse-vos! Sou muito mais inteligente
que estes 2 juntos!
A: Isso é muito fácil de responder. Os objectos celestes movem-se porque têm vida, alma e conduzidos
por entidades divinas!
G: Já vi que nada te vai fazer mudar de ideias! Então explica-me lá como é que ocorre a queda dos
corpos? Ou estes também são comandados por deuses zangados?
A: Oh seu idiota, claro que não! Em 1º lugar, todos os corpos voltam ao seu local de origem (demonstra
com experiência - atirar borrachas) Em 2º lugar, um corpo de maior massa cai muito mais rapidamente
que um de massa inferior. (2º experiência – 2 objectos de massas diferentes)
G: Concordo contigo. (Aristóteles fica estupefacto e Newton larga os seus apontamentos e faz um
comentário incrédulo) É verdade que corpos de massas diferentes levam tempos diferentes a chegar ao
chão, ou seja, o de maior massa chega mais rápido a este, e assim o verifiquei quando fui à torre de Pisa.
No entanto, esta diferença não é tão acentuada como tu o dizes. Por exemplo, se desprezarmos a
resistência do ar vais ver que o chumbo e o algodão vão alcançar a superfície ao mesmo tempo, isto se
forem apenas largados.
N: E porquê? E porquê? (armado em sabichão) Porque os corpos estão sujeitos a uma força gravítica
que os atrai sempre para o centro da Terra. Assim, desprezando a resistência do ar, eles vão estar
sujeitos à mesma aceleração gravítica, logo, chegam ao mesmo tempo ao chão.
A: (Levanta um pé) Ai é? E porque é que o meu pé não cai no chão ó espertinho, han han?
N: Então levanta os 2! E o rabinho também! E não só na queda livre, podemos calcular qual a força de
atracção que existe entre 2 corpos, através duma fórmula que eu construí. (Vaidoso, mostra a Lei da
Gravitação Universal)
G: Tal como a força gravítica atrai os corpos para o centro da Terra, existem outras forças que
influenciam o movimento dos corpos.
A: Sim, existem outras forças que influenciam outros tipos de movimentos. (Experiência das forças nos
objectos) Como vêem, eu aplico uma força neste objecto e ele movimenta-se. Quando deixo de exercer
esta força, ele acaba por parar, logo, é necessária uma força para que um corpo se movimente.
G: Por incrível que pareça até concordo contigo, mas porque é que o corpo acaba por parar?
A: Porque, porque… Não há uma força a actuar!
G: Há sim. É a força de atrito!
A: Mas quem é esse? Nunca ouvi falar disso lá na minha terra.
G: É uma força contrária ao movimento, que lhe oferece resistência e vai retirando energia até ele parar.
Por isso, se desprezarmos a força de atrito, o corpo continua em movimento rectilíneo uniforme
infinitamente.
3
“O movimento segundo Aristóteles, Galileu e Newton”
N: Oh! Para isso até tenho uma lei para te demonstrar, Aristóteles, que aqui o Galileu tem razão! 1ª Lei de
Newton – eu! Ou a lei da inércia! (Ler papel com a lei)
G: Ah sim! A inércia, por mim descoberta, é a propriedade que relaciona a tendência que um corpo tem
em resistir à alteração de velocidade. Para vocês perceberem, olhem ali para aquela mala, é mais fácil
puxar uma mala vazia do que a mesma mala cheia. E ainda mais fácil seria transportá-la neste chão, do
que na relva, por exemplo, devido às rugosidades que apresenta.
N: Oh galileu, deixa lá de te exibir e voltemos às minhas, que ainda tenho mais 2 leis para apresentar.
Temos aqui a 2ª lei de Newton – novamente eu! – (mostrar e ler esta lei) e ainda uma 3ª, vejam lá o que
eu trabalhei! Esta chamamos a lei do par acção-reacção (mostrar 3ª lei Newton), ou seja, se eu aplicar
um força nesta mesa, ela também estará a aplicar uma força na minha mão.
A: Vamos lá deixar-nos de contas e leis…
G: Sim, que eu nunca me dei bem com autoridades…
A: Que eu ainda tenho problemas a tratar
N: É é! Os tais problemas anatómicos…
A: Deixa-te lá de coisas oh Newton! Tenham um bom dia!
(saem Aristóteles e Galileu)
N: Vêem, eu bem vos disse, fugiram os 2 porque viram que eu era o melhor e o mais inteligente. Ah ah
ah, olhem, estudem muito e um dia serão talvez como eu. Bom dia!
Conclusão
Após a realização deste trabalho, podemos concluir que estes três cientistas contrariaram-se e
apoiaram-se em diferentes teses e teorias com fundamentações e experimentações diferentes,
originando assim aquilo que seria o início do estudo de Física (ainda que relacionada com Astronomia).
As suas teorias são de uma importância tal, que ainda hoje são usadas e aplicadas em várias
áreas complexas da Ciência como explicação de determinados fenómenos da Natureza com que nos
deparamos diariamente.
Anexos
1. Lei da Gravitação Universal
Fg= G [(m x M) / d2]
2. 1ª Lei de Newton/ Lei da inércia
Um corpo se está em repouso, continua em repouso. Se está em movimento, continua em
movimento rectilíneo uniforme quando as forças que nele actuam se equilibram.
3. 2ª Lei de Newton/ Lei fundamental da dinâmica
Fres= m x a
4
“O movimento segundo Aristóteles, Galileu e Newton”
4. 3ª Lei de Newton/ Par acção-reacção
Se um corpo A exerce uma força no corpo B, então este exerce simultaneamente sobre o A,
uma força com a mesma intensidade e direcção, mas de sentido oposto.
FA,B = - F B,A
Bibliografia
•
•
•
•
•
•
•
CALDEIRA, Helena; BELLO, Adelaide; Ontem e Hoje (Física); Porto Editora; Porto; 2008
Despertar para a ciência – novos ciclos de conferências; Gradiva; Lisboa; 2007
http://profs.ccems.pt/PauloPortugal/CFQ/Geocentrismo_Heliocentrismo/Geocentrismo_Heliocentrism
o.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Galileu_Galilei
http://pt.wikipedia.org/wiki/Isaac_Newton
http://afilosofia.no.sapo.pt/Aristoteles.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arist%C3%B3teles
5
“O movimento segundo Aristóteles, Galileu e Newton”
Download

Guião Teatro 1