Visão geral O refino de petróleo no Mundo Capacidade de refino, segundo regiões geográficas em 31/12/2007 (milhões de barris/dia) Fontes: BP Statistical Review of World Energy 2008; ANP/SDP (Tabela 1.4) Participação de países selecionados na capacidade total efetiva de refino - 2007 0% 5% 10% 30% 6.40% Rússia 5.20% Japão 3.40% 3% Alemanha 2.70% Itália 2.60% Arábia Saudita 2.40% França 2.20% Brasil 2.20% Canadá 2.20% Irã 2.10% Reino Unido 2.10% México 1.70% Espanha 1.60% Venezuela 1.50% Outros 25% 8.50% China Coréia do Sul 20% 20% Estados Unidos Índia 15% Capacidade total efetiva de refino¹: 87.920 mil barris/dia 30.20% Fontes: BP Statistical Review of World Energy 2008; para o Brasil, ANP/SRP (Tabela 1.4). ¹Capacidade de destilação atmosférica em barris por calendário-dia. 35% Histórico do Refino no Brasil 1950 - 1960 • 1ª Destilaria – Rio Grande, 1934 • 1ª Refinaria – Ipiranga, 1937 • 1ª Refinafia gde porte – RLAM, Mataripe,BA • Mercado consumidor insipiente • Produção interna baixa - Manguinhos,1950 - RPBC, 1955 - RLAM, 1950 - REMAN, 1956 - RECAP, 1954 - REDUC, 1961 Histórico do Refino no Brasil 1960 - 1980 • Construção de novas refinarias e ampliação das refinarias existentes • Crescimento acelerado: milagre econômico • 1ª Crise do Petróleo: 1973 • 2ª Crise do Petróleo: 1979 • Criação do Pró-Álcool • Aumento das importações de petróleo Histórico do Refino no Brasil 1980 - 1990 • Recessão econômica = menor consumo de derivados • Capacidade de refino supera as necessidades • Falta de diesel e sobra de gasolina e OC • 2ª Crise do Petróleo: 1979 • Crise do Pró-Álcool • Pressão dos órgãos ambientais Histórico do Refino no Brasil 1990 - 2000 • Desestatização • Desaceleração do Pró-Álcool / Aumento do consumo de gasolina • Capacidade de refino deficitária • Grandes investimentos em E&P e Meio Ambiente Refinarias brasileiras REMAN - 47.000 BPD LUBNOR – 6.300 BPD REPLAN - 352.200 BPD RLAM – 312.800 BPD RECAP – 53.500 BPD REGAP – 151.000 BPD REDUC – 239.000 BPD REVAP – 251.600 BPD MANGUINHOS – 17.000 BPD RPBC – 170.000 BPD IPIRANGA – 14.000 BPD REPAR – 201.000 BPD REFAP – 189.000 BPD Refinarias brasileiras REFINARIA SIGLA UF REFINARIA DO PLANALTO PAULISTA REPLAN SP 1971 352.200 REFINARIA LANDULPHO ALVES RLAM BA 1950 312.800 REFINARIA DUQUE DE CAXIAS REDUC RJ 1961 239.000 REFINARIA HENRIQUE LAGE REVAP SP 1980 251.600 REFINARIA GETÚLIO VARGAS REPAR PR 1977 201.000 REFINARIA PRESIDENTE BERNARDES RPBC SP 1955 170.000 REFINARIA GABRIEL PASSOS REGAP MG 1968 151.000 REFINARIA ALBERTO PASQUALINI REFAP RS 1969 189.000 REFINARIA DE CAPUAVA RECAP SP 1955 53.500 REFINARIA DE MANAUS REMAN AM 1953 47.000 REFINARIA DE MANGUINHOS REPSOL RJ 1954 17.000 REFINARIA IPIRANGA IPIRANGA RS 1938 14.000 FÁBRICA DE LUBRIF. DO NORDESTE LUBNOR CE 1966 6.300 CAPACIDADE TOTAL PARTIDA CAPACIDADE (BPD) 2.004.400 Refinarias futuras REFINARIA SIGLA ABREU E LIMA CIA PETROQUÍMICA RJ PREMIUM CAPACIDADE TOTAL COPERJ UF PARTIDA CAPACIDADE (BPD) PE 2011 200.000 RJ 2012 150.000 ? 2014 600.000 950.000 Volume de petróleo refinado e capacidade de refino, segundo refinarias - 2007 Fontes: ANP/SRP; Ipiranga, Manguinhos e Petrobras/Abast (Tabelas 2.21 e 2.24). Volume de petróleo refinado por origem (nacional e importada) 2000-2009 (m³) 80,000,000 70,000,000 60,000,000 50,000,000 40,000,000 30,000,000 20,000,000 10,000,000 2000 Importado Nacional 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Fontes: ANP/SRP; Ipiranga, Manguinhos e Petrobras/Abast O petróleo • Lei nº 9.478 de 6 de agosto de 1997 – Petróleo: Todo e qualquer hidrocarboneto líquido em seu estado natural, a exemplo do óleo cru e condensado – Refino: Conjunto de processos destinados a transformar o petróleo em derivados de petróleo O petróleo • Não existe apenas um tipo de petróleo • Suas características, juntamente com as necessidades do mercado, que vão determinar quais derivados podem ser melhor obtidos • A refinaria irá operar de acordo com essas características O petróleo PETRÓLEO HIDROCARBONETOS CARACTERÍSTICAS NECESSÁRIAS CONTAMINANTES EFEITOS INDESEJÁVEIS Cadeia produtiva do petróleo O petróleo - Composição O petróleo, no estado em que é extraído do solo, tem pouquíssimas aplicações. É uma mistura complexa de moléculas, compostas principalmente de carbono e hidrogênio – hidrocarbonetos – , além de algumas impurezas. HIDROCARBONETOS Aromáticos O petróleo - Composição Parafínicos Naftênicos IMPUREZAS • Enxofre • Oxigênio • Nitrogenados • Metálicos • Impurezas inorgânicas IMPUREZAS • Compostos sulfurados – estabilizam as emulsões (dificultam a separação da água) – provocam corrosão – contaminam catalisadores – conferem cor e odor aos produtos finais – geram poluentes (formação de SO2 e SO3 altamente tóxicos) IMPUREZAS • Classificações de acordo com o teor de enxofre: – ATE (alto teor de enxofre): >1,0% – BTE (baixo teor de enxofre): <1,0% – Azedos: >2,5% – Doces: <0,5% (faixas intermediárias poderão ser classificadas como semi-doces ou semi-azedos) IMPUREZAS • Compostos nitrogenados – são termicamente estáveis – estabilizam as emulsões (dificultam a separação da água) – contaminam catalisadores – tornam instáveis os produtos finais – geram poluentes (formação de NO2 e NO3) IMPUREZAS • Compostos oxigenados: afetam a acidez, a corrosividade e o odor destas frações • Metais: podem envenenar os catalisadores • Resinas e Asfaltenos: além da elevada relação carbono/hidrogênio, trazem em suas composições os enxofre, nitrogênio e oxigênio • Impurezas Inorgânicas (oleofóbicas): águas, sais, argilas, areias e sedimentos O que faz a refinaria? • Gera produtos finais a partir do petróleo recebido de campos de produção • Esses produtos comercializáveis são chamados de DERIVADOS DE PETRÓLEO • Eles são obtidos a partir de um conjunto de processamentos chamados de PROCESSOS DE REFINO Objetivos de uma refinaria • Uma refinaria de petróleo pode destinar-se a dois objetivos básicos: Produção de combustíveis e matérias-primas petroquímicas (constitui a maioria dos casos); Produção de lubrificantes básicos e parafinas (não há refinarias deste tipo no Brasil, a produção de lubrificantes fica a cargo de conjuntos presentes nos parques de refino atuais) . Esquemas de refino A arte de compatibilizar as características dos vários petróleos que devam ser processados numa dada refinaria afim de suprir-se de derivados em quantidade e qualidade desejada. Desta forma são montados arranjos de várias unidades de processamento, para que tal objetivo seja alcançado da forma mais racional e econômica possível. O encadeamento das várias unidades de processo dentro de uma refinaria é o que se denomina Esquema de Refino. Como funciona Matéria-Prima disponível Alocação de Petróleos Unidades de Processo Suprimento de Derivados Esquemas de Refino Mercado Consumidor Produtos da refinaria • Classificação quanto: – à finalidade: • energéticos • não-energéticos – ao ponto de ebulição: • leves • médios • pesados Derivados energéticos • Combustíveis • Alguns exemplos de utilização: – Motores de combustão interna – Turbinas geradoras de energia elétrica – Caldeiras – Iluminação Derivados não energéticos • Nafta e gasóleos petroquímicos • Solventes • Parafinas • Lubrificantes básicos • Asfalto • Coque Derivados leves • Gás Combustível: C1 - C2 • GLP: C3 - C4 • Nafta/Gasolina: C5 - C12 Derivados médios e pesados • Difícil classificação pela faixa de comprimentos das cadeias carbônicas • Corte pela temperatura de ebulição – Médios: querosene e óleo diesel – Pesados: óleo combustível, asfalto e coque Características dos hidrocarbonetos Característica Parafinas Isoparafinas Naftênicos Aromáticos Densidade Baixa Baixa Média Alta Octanagem (gasolina) Ruim Boa Média Muito alta Nº de cetano (diesel) Bom Médio Médio Ruim Ótimo Bom Médio Ruim Boa Boa Boa Ruim Lubricidade (lubrificantes) Resistência à oxidação Derivados de petróleo PETRÓLEO GÁS COMBUSTÍVEL GÁS LIQUEFEITO GASOLINA DE AVIAÇÃO GASOLINA AUTOMOTIVA QUEROSENE DE AVIAÇÃO ENERGÉTICOS QUEROSENE DE ILUMINAÇÃO ÓLEOS DIESEL ÓLEOS COMBUSTÍVEIS COQUE VERDE OUTROS GÁS RESIDUAL SOLVENTES NAFTAS PETROQUÍMICAS GASÓLEO PETROQUÍMICO ÓLEOS LUBRIFICANTES ÓLEOS ISOLANTES NÃO ENERGÉTICOS GRAXAS PARAFINAS RESÍDUO AROMÁTICO RESÍDUO ASFÁLTICO ASFALTO OUTROS Destilação A destilação é um processo físico de separação, baseado na diferença de temperaturas de ebulição entre os compostos existentes em uma mistura líquida. Fonte: Elie Abadie Equilíbrio líquido-vapor Temperatura P = Cte Vapor Líquido Xv Xl Composição Curva de destilação TEB (ºC) B 570 A 400 C 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 %vaporiz. Faixas típicas de corte Fração Gás residual GLP TEB (ºC) < 40 Composição (aprox.) C1 – C2 C3 – C4 Gasolina 40 – 175 C5 – C10 Querosene 175 – 235 C11 – C12 Gasóleo Leve 235 – 305 C13 – C17 Gasóleo Pesado 305 – 400 C18 – C25 Lubrificantes 400 – 510 C26 – C38 > 510 C38+ Resíduos Fonte: Alexandre S. Szklo, 2005 Grau API ºAPI = 141,5 - 131,5 d 20/4 ºC Maior Valor Agregado (US$/barril) API Petróleo <15 Asfáltico 15-19 Extra-Pesado 19-27 Pesado 27-33 Médio 33-40 Leve 40-45 Extra-Leve >45 Condensado PEV Ponto de Ebulição Verdadeiro • Destilação PEV • Curva PEV PONTO DE EBULIÇÃO • O ponto de ebulição ou temperatura de ebulição é a temperatura em que uma substância passa do estado líquido ao estado gasoso. • O ponto de ebulição varia com a altitude e a pressão. Quanto mais baixa for a pressão menor será o ponto de ebulição e vice-versa Destilação PEV Curva PEV Características de alguns petróleos TIPOS E QUALIDADE DE PETRÓLEOS RENDIMENTO DE PETRÓLEOS PETRÓLEO API %S ACIDEZ GLP NAFTA DIESEL GASÓLEO RV ALAGOANO 36 0,2 0,08 1,0 16 43 37 14 BAIANO 36 0,1 0,06 0,5 14 36 31 19 CABIÚNAS 30 0,6 1,00 1,6 12 37 24 25 CURIMÃ/XARÉU 33 0,3 0,30 0,5 20 41 23 16 SERGIPE/PLAT 28 0,1 0,33 2,0 15 46 20 15 UBARANA 33 0,2 0,28 0,5 14 37 30 19 GUARICEMA 39 0,2 0,18 2,6 14 47 21 14 URUCU 41,8 0,07 0,18 1,3 20 49,6 14,9 14,2 CORAL 41,8 0,08 0,12 4,8 26,3 48,0 14,6 7,3 ALBACORA 28,8 0,5 0,24 2,8 10,1 43 20 24,1 MARLIN 24,2 0,7 0,59 1,7 9,3 47 16,1 24,1 BOSCAN 10 5,5 1,15 0,0 1 21 14 64 LEONA 25 1,5 0,60 1,3 14 38 23 24 MAYA 22 2,8 0,14 2,0 16 33 19 30 EL ORIENTE 29 1,0 0,06 1,4 18 43 20 17 ÁRABE LEVE 35 0,7 0,01 1,6 24 40 21 13 BASRAH LEVE 35 1,9 0,02 2,5 24 37 21 16 KUWAIT 31 2,0 0,02 2,7 21 35 20 21 CABINDA 32 0,2 0,14 2,0 15 38 20 25 Tipos de processos realizados nas refinarias Processos de Separação • Destilação • Desasfaltação a propano • Desaromatização a furfural • Desparafinação a MIBC • Desoleificação a MIBC • Extração de aromáticos (Recuperação de aromáticos - URA) • Adsorção de n-parafinas Tipos de processos realizados nas refinarias Processos de Conversão •Craqueamento Catalítico •Hidrocraqueamento Catalítico •Alcoilação Catalítica •Reformação Catalítica •Craqueamento Térmico •Viscorredução •Coqueamento Retardado Tipos de processos realizados nas refinarias Processos de Tratamento •Dessalgação do petróleo •Tratamento Cáustico •Tratamento Merox de GLP •Tratamento Merox de naftas e querosene •Tratamento Bender •Tratamentos DEA e MEA •Hidrotratamento Tipos de processos realizados nas refinarias Processos Auxiliares • Geração de hidrogênio • Recuperação de enxofre • Utilidades Vapor Água Energia elétrica Ar comprimido Distribuição de gás e óleo combustível ESQUEMAS DE REFINO • Cada refinaria é construída de acordo com o tipo de petróleo e necessidades do mercado • Um esquema de refino define o tipo e a quantidade de derivados. Por isso, alguns derivados só podem ser produzidos em determinadas refinarias Tanques Tanques UP2 UP2 UP1 UP1 UP3 UP4 UP3 ESQUEMAS DE REFINO • Durante a vida de uma refinaria podem ocorrer mudanças como o tipo de petróleo processado, especificações ou demanda dos derivados por ela produzidos. • A refinaria deverá, portanto, ser passível de um certo grau de flexibilização, de forma a reajustar o funcionamento das Unidades e, assim, adequar-se às mudanças ocorridas. ESQUEMA 1 • A Destilação é o PRIMEIRO processo de refino e é o único que tem como entrada o petróleo. • Dificilmente adotada como configuração única em um esquema de refino Gás Combustível GLP PETRÓLEO DESTILAÇÃO ATMOSFÉRICA Naftas Querosene + Diesel Óleo Combustível DESTILAÇÃO • A destilação não pretende obter produtos puros e diferentes entre si. Os produtos da Unidade de Destilação são frações, misturas ainda complexas de hidrocarbonetos e contaminantes, as quais são diferenciadas por suas faixas de ebulição. FLASH Vapor V Vapor V Líquido Líquido L+V L+V P2 T2 P1 T1 P2 T2 P1 T1 P1 > P2 T2 > T1 Líquido L adiabático Líquido L não adiabático Destilação Multi-estágios V3 , y3 V2 , y2 L+V 3 L3 , x3 V1 , y1 Líquido L+V L+V 2 L2 , x2 1 V2’ , y2’ L+V L1 , x1 2’ V3’ , y3’ L+V L2’ , x2’ 3’ L3’ , x3’ Destilação Multi-estágios Com refluxo V3 , y3 V2 , y2 3 3 Refluxo Destilado L3 , x3 V1 , y1 2 L2 , x2 Líquido L+V 1 V2’ , y2’ L1 , x1 2’ V3’ , y3’ L2’ , x2’ V4’ 3’ L3’ , x3’ Resíduo DESTILAÇÃO ATMOSFÉRICA EQUIPAMENTOS • • • • • • • • torres de fracionamento retificadores fornos trocadores de calor tambores de acúmulo e refluxo bombas tubulações instrumentos de medição e controle DESSALGAÇÃO • Efeitos dos contaminantes: – geram HCl que pode causar corrosão acentuada nas torres de fracionamento e linhas – depositam-se em trocadores de calor e tubos de fornos – atuam como catalisadores para a formação de coque no interior dos tubos de fornos e linhas de transferências – afetam o desempenho dos catalisadores nas unidades de conversão da refinaria DESSALGAÇÃO Água de Processo Petróleo LdC Salmoura Torre de Pré-Flash ou Torre Atmosférica LdC DESTILAÇÃO ATMOSFÉRICA • Estará sempre presente em uma refinaria de petróleo, uma vez que todos os outros processos, lá existentes, dependem, direta ou indiretamente, de alguma saída da Destilação. OBJETIVO: CARGA: Desmembrar o petróleo em suas frações básicas atmosféricas Petróleo bruto TIPO DE PROCESSO: Separação física PRODUTOS: Gás combustível, GLP, Nafta DD, Querosene, Óleo diesel e Resíduo Atmosférico (RAT) RENDIMENTOS TÍPICOS: INVESTIMENTO: Função do tipo de petróleo a ser processado US$ 30 – 200 milhões DESTILAÇÃO ATMOSFÉRICA Sem Pré-Flash Nafta Leve, CG e GLP 110 ºC 30 ºC CG Água Ácida Nafta Instabilizada Nafta Pesada Querosene Petróleo Diesel 400 ºC RETIFICADORES Vapor D’Água Resíduo Atmosférico (RAT) DESTILAÇÃO ATMOSFÉRICA Com Pré-Flash CG Água Ácida Nafta Pesada Querosene Diesel Petróleo Pré-Vaporizado RETIFICADORES Vapor D’Água Resíduo Atmosférico (RAT) DESTILAÇÃO ATMOSFÉRICA Nafta Leve, CG e GLP 110 ºC CG 30 ºC 60 ºC CG Água Ácida Água Ácida GLP Nafta Pesada Querosene 200 ºC Nafta Leve Petróleo 400 ºC Diesel RETIFICADORES Vapor D’Água Resíduo Atmosférico (RAT) DESTILAÇÃO A VACUO OBJETIVO: CARGA: Desmembrar o resíduo atmosférico em suas frações básicas sub-atmosféricas RAT TIPO DE PROCESSO: Separação física PRODUTOS: Gasóleo Leve de Vácuo (GOL), Gasóleo Pesado de Vácuo (GOP) e Resíduo de Vácuo (RV) RENDIMENTOS TÍPICOS: INVESTIMENTO: Função do tipo de petróleo a ser processado US$ 30 – 150 milhões DESTILAÇÃO A VÁCUO Gás Residual, Água Ácida e Gasóleo Residual Gasóleo Leve Gasóleo Pesado RAT Gasóleo Residual “slop cut” Óleo Combustível Vapor D’Água RV Asfalto TIPOS DE UNIDADES • Unidades de um estágio: – Destilação Atmosférica • Unidades de dois estágios: – Torre de Pré-Flash e Destilação Atmosférica – Destilação Atmosférica e Destilação a Vácuo • Unidades de três estágios: – Torre de Pré-Flash, Destilação Atmosférica e a Vácuo DIAGRAMA DE BLOCOS Unidade de Destilação com 3 estágios GLP Nafta Leve ESTABILIZAÇÃO (Petroquímica) FRACIONAMENTO DE NAFTA Nafta Média GC PETRÓLEO DESSALINAÇÃO E PRÉ-AQUECIMENTO RETIFICAÇÃO DESTILAÇÃO ATMOSFÉRICA RETIFICAÇÃO PRÉ-FLASH RETIFICAÇÃO Nafta Pesada Querosene Diesel GOL FORNO ATMOSFÉRICO FORNO A VÁCUO DESTILAÇÃO A VÁCUO GOP RV DESASFALTAÇÃO A PROPANO OBJETIVO: CARGA: TIPO DE PROCESSO: PRODUTOS: RENDIMENTOS TÍPICOS: INVESTIMENTO: Extrair do Resíduo de Vácuo, por meio do Propano líquido, um Gasóleo extra-pesado RV Separação física (extração) Óleo Desasfaltado (ODES) e Resíduo Asfáltico (RASF) Função do Resíduo ODES: 60% - RASF: 40% vol US$ 20 – 60 milhões DESASFALTAÇÃO A PROPANO Esquema: Gás Combustível GLP PETRÓLEO DEST. ATM Nafta DD Querosene Diesel Gasóleo Leve RAT DEST. VÁCUO RV Gasóleo Pesado DESASFALTAÇÃO A PROPANO Óleo Desasfaltado Resíduo Asfáltico DIAGRAMA DE BLOCOS RECUPERAÇÃO DE SOLVENTE DO EXTRATO RETIFICAÇÃO DO EXTRATO ODES Vapor RV TORRE EXTRATORA Propano PURIFICAÇÃO DO SOLVENTE Água Vapor RECUPERAÇÃO DE SOLVENTE DO RAFINADO RETIFICAÇÃO DO RAFINADO ASFALTO PRINCIPAIS VARIÁVEIS Influência das Variáveis no Rendimento do Extrato 4:1 Rendimento Rendimento 6:1 8:1 8:1 6:1 4:1 Temperatura T.C.T Temp. Fonte: ABADIE, E. 2007 DESASFALTAÇÃO A PROPANO Torre de Flash (alta pressão) Vapor Torre de Flash (baixa pressão) Forno de Extrato Vapor Resíduo de Vácuo Torres Extratoras Vapor Vapor Torre de Retificação Torre de Flash (média pressão) ODES Tambor de Alta Pressão Torre de Flash (média pressão) Forno de Rafinado Compressor de Propano Tambor de Média Pressão Água Torre de Retificação Vapor Asfalto CRAQUEAMENTO CATALÍTICO OBJETIVO: CARGA: Quebrar catalíticamente moléculas de gasóleos e resíduos para Obtenção de gasolina e GLP Gasóleo Pesado e RAT (principalmente) TIPO DE PROCESSO: Conversão Química PRODUTOS: Gás Ácido, Gás Comubstível, GLP, Nafta Craqueada, Óleo Leve de Reciclo (LCO), Óleo Decantado (OD) e Coque RENDIMENTOS TÍPICOS: INVESTIMENTO: GC: 4% GLP: 20% Nafta: 55% LCO: 10% OD: 5%, Coque: 6% US$ 150 – 450 milhões CRAQUEAMENTO CATALÍTICO Gás de Combustão Gás Ácido CRAQUEAMENTO Gás Combustível CARGA CATALÍTICO FLUIDO (FCC) AR Gás Liquefeito Nafta FCC Óleo Leve (Diesel FCC) Óleo Clarificado CRAQUEAMENTO CATALÍTICO ... Unidades de RAT Destilação Gasóleo de vácuo Atmosférica e a Vácuo Craqueamento Resíduo de Vácuo Unidade de Coqueamento Retardado ... Unidade de Desasfaltação a solvente Catalítico ODES RASF Gasóleo Pesado de Coque LIMITAÇÕES À CARGA • Faixa de Destilação – 370 a 650 ºC • Resíduo de Carbono – deve ser inferior a 1,5% em peso • Fator de Caracterização (KUOP) – maior de 11,5 (condições de operação menos severas) • Teor de Metais – afetam a atividade e seletividade do catalisador – Fe + V + 10 (Ni + Cu) deve ser menor que 5 ppm CARACTERIZAÇÃO DA CARGA • Conhecendo-se o teor de HC parafínicos, naftênicos e aromáticos é possível estimar a Conversão potencial da carga. • Os percentuais de produtos nobres gerados, de acordo com o tipo de carga são: – Parafínicos: gera 100%; – Naftênicos: gera de 80 - 100%; – Aromáticos: 0 - 30% (o restante gera coque). CRAQUEAMENTO CATALÍTICO Tcraq. C1 Cn CATALISADOR • Finalidade: – Promover as reações de craqueamento em temperaturas inferiores às necessárias no craqueamento térmico – Transferir o coque e o calor gerado – Acelerar as reações em condições favoráveis de P e T • P ligeiramente acima da atmosférica • T = 490-550ºC FORMAÇÃO DE PRODUTOS H H H H H H H–C–C–C–C–C–C– H H H H H H H H H + Calor = H H H –C–C–C–H H + H H + H H–C–C–C H H H CATALISADOR • Propriedades Catalíticas: – Atividade: Capacidade de converter a carga em produtos – Seletividade: Capacidade de orientar as reações para obtenção de determinado produto, pode ser alterada pela ação de contaminantes (metais pesados). CATALISADOR matriz ativa componente ativo Fonte: FCC - Fábrica Carioca de Catalisadores CATALISADOR • Propriedades Físicas: – – – – – – – – Estabilidade Área Específica (virgem: 300-350 m2/g; equilíbrio: 170-200 m2/g) Diâmetro dos poros Resistividade (0 hm/cm2) Volume dos poros Índice de atrito Densidade aparente Granulometria REAÇÕES • Ocorrem no riser e classificam-se em: – Primárias: são endotérmicas, rápidas e se favorecem das elevadas temperaturas do catalisador – Secundárias: são exotérmicas e se favorecem com a queda de temperatura do catalisador ao longo do riser PRODUTOS PRIMÁRIOS Parafínica propeno coque butano metano gasolina C4 e C5 buteno etano eteno propano PRODUTOS SECUNDÁRIOS iso-butano REAÇÕES • Reações Primárias (endotérmicas) – Quebra de parafinas e olefinas • ex: C32H66 C16H34 + C16H32 Parafina Parafina Olefina • ex: C30H60 C10H20 + C20H40 Olefina Olefina Olefina – Desalquilação de aromáticos – Quebra de Naftênicos • ex: C26H52 C15H30 + C11H22 Naftênico Olefina Olefina REAÇÕES • Reações Secundárias (exotérmicas) – Transferência de Hidrogênio • Naftênicos + Olefinas Aromáticos + Parafinas – Condensação de Aromáticos e Olefinas – Isomerização de Olefinas • Olefinas Iso-Olefinas – Ciclização de Olefinas PRINCIPAIS REAÇÕES TIPO DE HIDROCARBONETO Parafinas normais Parafinas ramificadas Olefinas Anéis Naftênicos (ramificados ou não) Naftênicos Aromáticos Aromáticos Polinucleados com cadeias laterais Aromáticos Polinucleados com cadeias laterais ESTruptura QUÍMICA ESQUEMÁTICA REAÇÕES PREDOMINANTES ruptura em diversos pontos da cadeia e isomerização ruptura em diversos pontos das cadeias e isomerização ruptura em diversos pontos das cadeias e isomerização ruptura e aromatização do anel naftênico abertura do anel e ruptura das cadeias próximo ao núcleo ruptura das cadeias próximo ao núcleo aromático refratário a quebra, mas passíveis de hidrogenação PRODUTOS OBTIDOS Parafinas e Olefinas normais e ramificadas Parafinas e Olefinas normais e ramificadas Parafinas e Olefinas normais e ramificadas Parafinas e Olefinas ramificadas; Anel Benzênico eventual Parafinas, Olefinas e Aromáticos Parafinas, Olefinas e Aromáticos Coque e Hidrogênio SEÇÕES DO PROCESSO FCC • • • • • Seção de Pré-Aquecimento Seção de Reação ou Conversão Seção de Fracionamento Seção de Recuperação de Gases Seção de Tratamento DIAGRAMA DE BLOCOS ÁGUA 3 VAPOR H2S PARA URE Soprador de Ar GC Caldeira de CO Regenerador 1 Trat. com DEA ou MEA GC GASES DE COMBUSTÃO GC + GLP 2 GASOLINA Reator CONVERSOR Fracionadora HCs CARGA Recuperação de Gases 3- Catalisador virgem ÁREA QUENTE Despropa nizadora GASOLINA Trat. Cáustico ou Merox C4 Butano C3 Propano GASOLINA 1- Catalisador regenerado 2- Catalisador gasto GLP Desbuta nizadora GASOLINA ÓLEO LEVE-LCO Trat. Cáustico ou Merox GLP + GLP PréAquecimento GLP ÓLEO DECANTADO - OCL Estocagem ÁREA FRIA Fonte: FCC - Fábrica Carioca de Catalisadores Módulo de Operações Unitárias de Processo. 1999 (com adaptações) Estocagem CONVERSOR - RISER Gases para Gases de Fracionadora Combustão CÂMARA DE EXPANSÃO REATOR RETIFICADOR Vapor de Retificação CALDEIRA REGENERADOR AQUECEDOR Ar DE AR 700 ºC RISER SOPRADOR Bateria de Pré-Aquecimento Carga FORNO Recilclos VARIÁVEIS OPERACIONAIS • Variáveis independentes – são aquelas que podem sofrer alterações diretamente, geralmente, através de um controlador – ex: vazão e qualidade da carga • Variáveis dependentes – são aquelas que alteram em conseqüência de uma mudança em uma variável independente – ex: relação Catalisador/óleo e tempo de contato SEÇÃO DE FRACIONAMENTO Gases Gases de Reator Nafta instável Queima Regeneração Vapor d’Água Óleo Leve de Reciclo Ar Carga Fresca Carga Combinada Vapor d’Água Óleo Pesado de Reciclo Fracionadora Reciclo de Óleo Pesado Reciclo de Borra Óleo Clarificado Decantador de Borra RECUPERAÇÃO DE GASES Gás Gases Combustível Deetanizadora de Gás Secundária Compressor Absorvedora Instabilizada Primária Absorvedora Nafta Tambor de Alta Pressão HCO da Fracionadora Separadora C3-C4 HCO para a Fracionadora Debutanizadora LCO para a Fracionadora LCO da Fracionadora Tratamentos DEA-MEROX Cáultico Tratamentos MEROX ou Cáultico Gasolina C3 Vapor Água C4 PRODUTOS • Gás Combustível – Composto de H2, C1, C2= e C2 – O FCC é o principal gerador de GC – Gás rico em H2S (necessita tratamentos) – Eventualmente pode-se recuperar etileno – Vai para a unidade de Tratamento DEA – Queimado em fornos e caldeiras na própria refinaria PRODUTOS • Gás Liquefeito - GLP – Composto de C3=, C3, C4= e C4 – Vai para a unidade de Tratamento DEA (remoção de H2S) – Em seguida para a unidade de Tratamento Cáustico (remoção de mercaptans) – Utilizações petroquímicas: • C3= obtenção de fibras acrílicas e polipropileno • C4= obtenção de butadieno p/ resinas SBR e ABS PRODUTOS • Nafta de Craqueamento (Gasolina) – Rica em aromáticos, isoparafinas e olefinas – Alto Índice de Octanagem (81-83 MON) – Alto teor de enxofre (H2S e Mercaptans) – Requer Tratamento Cáustico – Alto teor de olefinas (formação de gomas) PRODUTOS • Óleo Leve de Reciclo (Diesel FCC) – – – – – – Produto de faixa de ebulição semelhante ao diesel Rico em aromáticos, bi e trinucleados e olefinas Baixo Índice Diesel (21-31) Alto teor de olefinas, enxofre e nitrogênio Alta instabilidade química Não pode ser incorporado integralmente ao “Poll” de diesel da refinaria, caso não seja hidrotratado – Utilizado para acerto de viscosidade de OCs PRODUTOS • Óleo Pesado de Reciclo (HCO) – Semelhante ao OC de baixa viscosidade – Rico em anéis aromáticos polinucleados (3 a 5) – Hoje é usado apenas como refluxo circulante PRODUTOS • Óleo Decantado (Clarificado) – Riquíssimo em aromáticos polinucleados – Alta relação carbono/hidrogênio – Utilizado como diluente do resíduo de vácuo – Matéria-Prima para Negro de Fumo (carga para borracha) – Matéria-Prima para Coque de Petróleo – Pode conter teores razoáveis de catalisador PRODUTOS • Coque (não é um produto comercial) – Cadeias polímeras de altos pesos moleculares – Polianéis aromáticos condensados – Altíssimo teor de carbono (>90%) – Totalmente queimado no regenerador HIDROCRAQUEAMENTO CATALÍTICO OBJETIVO: CARGA: Quebrar catalíticamente com hidrogênio moléculas de gasóleos e resíduos para obtenção de frações mais leves Gasóleo de Vácuo e Resíduos TIPO DE PROCESSO: Conversão Química PRODUTOS: Gás Comubstível, GLP, Nafta Hidrocraqueada, Querosene e Óleo Diesel RENDIMENTOS TÍPICOS: INVESTIMENTO: Variável US$ 350 – 450 milhões HIDROCRAQUEAMENTO CATALÍTICO Gás Combustível HIDROCRAQUEAMENTO CARGA CATALÍTICO Gás Liquefeito Nafta PTQ (HCC) Óleo Diesel HIDROGÊNIO e Querosene HIDROCRAQUEAMENTO CATALÍTICO COMPRESSOR DE H2 H2 GLP e Nafta REATOR PRIMÁRIO FORNO Nafta Pesada TAMBOR DE ALTA CARGA Querosene PRESSÃO Gás Combustível Diesel TAMBOR DE BAIXA PRESSÃO FRACIONADORA REATOR SECUNDÁRIO H2 TAMBOR DE ALTA PRESSÃO COMPRESSOR DE H2 PROCESSOS TÉRMICOS São Processos de Conversão Frações pesadas do petróleo são convertidas em produtos mais leves, por ação conjugada de T e P Exemplos: • Craqueamento Térmico • Viscorredução • Coqueamento Retardado NOÇÕES • A velocidade de reação corresponde à freqüência com que se sucedem os choques, ao número de coques e à energia necessária para que a reação ocorra. • A freqüência de colisão depende de: – proximidade das moléculas: concentração e pressão; – tamanho das moléculas; – como se movimentam: peso e temperatura. • Outros fatores: – geometria da molécula; – energia fornecida ao meio reacional; – a orientação dos choques. CRAQUEAMENTO TÉRMICO CÂMARA DE EXPANSÃO Gases Gasolina T~550ºC VA FORNO Óleo Leve Carga RAT Gasóleos CÂMARA DE REAÇÃO Óleo Combustível Residual VISCORREDUÇÃO Gases Gasolina VA Gasóleo p/FCC T~480ºC (quench) FORNO Resíduo de Viscorredução COQUEAMENTO RETARDADO OBJETIVO: CARGA: Craquear termicamente RV para a obtenção de frações mais leves e coque RV, RASF, OD TIPO DE PROCESSO: Conversão Química PRODUTOS: Gás Comubstível, GLP, Nafta de Coque, GOL de Coque, GOP de Coque e Coque de Petróleo RENDIMENTOS TÍPICOS: INVESTIMENTO: GC: 6% GLP: 4% Nafta: 10% GOLK: 30% GOPK: 17%, Coque: 33% US$ 100 – 200 milhões COQUEAMENTO RETARDADO Gás Ácido Gás Combustível GLP CARGA COQUEAMENTO RETARDADO Nafta K Diesel K Gasóleo K Coque Verde CARGAS E PRODUTOS GC Destilação a Vácuo GLP Nafta Leve Coqueamento Retardado Nafta Pesada RV GOL Óleo Decantado Desasfaltação a Propano RASF FCC GOM GOP Coque Fonte: II Congresso Brasileiro de P&D em Petróleo e Gás IMPORTÂNCIA DO PROCESSO • Aumento da conversão dos petróleos pesados brasileiros. Marlim gera 60% de RAT; • Consome o resíduo que geraria OC, cuja demanda tem decaído; • Aumento da margem de refino – elevadíssima rentabilidade • Aumento da produção de diesel • Menor investimento inicial comparado a outros processos concorrentes • Tecnologia consolidada UNIDADE DE COQUEAMENTO T~438-466ºC Tempo: 1,2 a 3s T~490ºC FORNO DE COQUEAMENTO • Fornece a energia necessária para promover as reações de craqueamento térmico (endotérmicas); • É um forno-reator com parte das reações ocorrendo em seu interior: – conversão na saída do forno de ~25-30% – efluente do forno parcialmente vaporizado • Acima de 400 ºC a taxa de craqueamento dobra para cada aumento de 10 ºC. • Acima de 427 ºC o tempo de residência deve ser de no máximo 1s, para minimizar a o coqueamento do forno TAMBORES DE COQUEAMENTO As condições operacionais de P e T variam: • Temperatura no topo do tambor é resultante: → da temperatura de saída do forno → do calor consumido pelas reações de craqueamento térmico → do isolamento térmico da linha de transferência e do tambor • Pressão no topo do tambor é resultante: → da pressão no vaso de topo da fracionadora → da perda de carga na fracionadora e no seu circuito de topo → da perda de carga na linha de transferência tambor-fracionadora TAMBORES DE COQUEAMENTO Características importantes: Presença de 3 fases no interior do tambor: → líquida: precursora do coque → vapor: produtos do craqueamento → espuma: resultante da aeração da fase líquida Necessidade de adição de antiespumante para minimizar o arraste de finos de coque. Medição do nível de coque no tambor por sensores radioativos (Co 60 – emissor de raios gama) CICLO DO TAMBOR DE COQUE Em função da formação de um produto sólido (coque), surge a necessidade de tirar de operação o tambor que está recebendo a carga: • os tambores de coque operam em batelada; • são necessárias diversas etapas para a remoção do coque de dentro do tambor; • o tempo requerido para o seu enchimento é usualmente denominado “ciclo do tambor de coque”. TAMBOR DE COQUE Efluente 80% do TamborVapor Após Resfriamento Altura Livre L.T. L.T. Vapor Espuma Vapor Coque Coque Vapor Espuma L.T. Carga Coque Carga Fonte: Petrobras – VII Encontro Técnico de Coqueamento Retardado 2005. DESCOQUEIFICAÇÃO Fonte: Petrobras – VII Encontro Técnico de Coqueamento Retardado 2005. TIPOS DE COQUE VERDE • Classificados pela natureza química das cargas de origem: – Shot coke: cargas ricas em asfaltenos (>13%m/m). Formadas por RV ou RASF que apresentam altos teores de enxofre e metais. A olho nu, o material apresenta forma esférica de várias dimensões. – Coque esponja: formado por RV que ainda contém resinas e médios teores de enxofre, asfaltenos e metais. A olho nu, o material apresenta pequenos poros e paredes espessas. – Coque esponja grau anodo: formado a partir de RV que apresente menor grau de impurezas do asfaltenos, enxofre, resinas e heteroátomos. Camadas mais alinhadas e poros em forma de elipse. – Coque agulha: produzido a partir de cargas formadas por óleos decantados ricos em HCs aromáticos. Baixa presença de asfaltenos, resinas e metais. UTILIZAÇÃO DO COQUE VERDE TIPO DE COQUE USOS MAIS REPRESENTATICOS Combustível Shot Coke Combustível e Produção de TiO2 Esponja Combustível Produção de anodos para a indústria de Al Esponja Grau 2Al2O3 + C + energia = 4Al + 3CO2 + calor Anodo Consumo = 450 kg /t coque Al Agulha Eletrodos para a produção de Aços Especiais e Aços Ligas COQUE Coque calcinado Anodos de coque Coque verde Coque siderúrgico COQUES ESPECIAIS • Seleção de Carga – – – – cargas com caráter fortemente aromático baixo teor de enxofre e metais baixo teor de asfaltenos baixa viscosidade • Condições operacionais – alta razão de reciclo (60% a 100%) – alta pressão (3,4 a 6 atm) e temperatura – alto tempo de residência e longos ciclos Por que, então, não produzimos somente coques especiais? • Projeto – – – – – tambor de maior espessura forno para condições severas coque mais duro, requer sistema de descoqueamento mais potente tambor de menor diâmetro (<24 ft) manuseio elaborado e cuidadoso para minimizar o finos REFORMA CATALÍTICA OBJETIVO: CARGA: Aromatizar cataliticamente moléculas de naftas parafínicas, visando melhorar o seu IO (gasolina) ou a produção de aromáticos puros Nafta DD ou Nafta K hidrotratada TIPO DE PROCESSO: Conversão Química PRODUTOS: Hidrogênio, GC, GLP e Nafta aromática (reformado) RENDIMENTOS TÍPICOS: INVESTIMENTO: H2: 4% GC: 5% GLP: 9% Nafta: 82% US$ 30 – 180 milhões REFORMA CATALÍTICA Hidrogênio Gás Ácido CARGA REFORMAÇÃO Gás Combustível CATALÍTICA Gás Liquefeito Nafta Reformada DIAGRAMA DE BLOCOS H2 CARGA Pré-aquecimento da carga Forno de Pré-aquecimento Reator de HDT Flash em baixa T e alta P Retificação Gás Ácido H2 1º Forno 1º Reator de Reforma 2º Forno 2º Reator de Reforma 3º Forno 3º Reator de Reforma 4º Forno 4º Reator de Reforma Resfriamento Flash em baixa T e alta P GC Debutanizadora GLP Compressor de Reciclo Nafta Reformada CARACTERÍSTICAS DA CARGA • Faixa de destilação para produção de um reformado para gasolina com alto IO – 60ºC a 200ºC • Faixa de destilação para produção de um reformado para a obtenção de aromáticos – Benzeno 65ºC a 88ºC – Benzeno + Tolueno 65ºC a 110ºC – Benzeno + Tolueno + Xilenos 65ºC a 150ºC SEÇÃO PRÉ-TRATAMENTO FORNO Gás rico em H2 Gás Ácido Água TORRE DE REATOR DE RETIFICAÇÃO PRÉ-TRATAMENTO Nafta pré-tratada para a Gás rico NAFTA em H2 seção de reformação SEÇÃO PRÉ-TRATAMENTO • Proteger o catalisador de reforma de impurezas presentes na carga tais como enxofre, nitrogênio, oxigênio, metais e olefinas. • O catalisador de pré-tratamento (óxidos de cobalto e molibdênio em suporte de alumina) é mais barato. • O hidrogênio necessário para o hidrotratamento é obtido da reação de reforma • Temperatura = 260ºC a 340ºC • Pressão = 2000 kPa a 3500 kPa REAÇÕES - EXOTÉRMICAS • com compostos sulfurados (mercaptans) R-SH + H2 R-H + H2S • com compostos nitrogenados R-NH2 + H2 RH + NH3 • com compostos oxigenados R-OH + H2 RH + H2O • com halogenados R-Cl + H2 RH + HCl SEÇÃO DE REFORMA FORNO 1 FORNO 3 FORNO 2 REATOR 2 REATOR 1 FORNO 4 REATOR 3 REATOR 4 H2 para o Pré-Tratamento TAMBOR Nafta Pré-Tratada DE FLASH COMPRESSOR DE HIDROGÊNIO Reformado para Estabilização REAÇÕES DA REFORMA • As reações de desidrogenação são altamente endotérmicas • Reações viabilizadas por: – catalisador (platina+metal nobre: Rênio/Germânio) – temperatura (470ºC a 530ºC) – pressão (10-40 kgf/cm2) • Função do catalisador – reduzir a energia de ativação – direcionar as reações REAÇÕES DA REFORMA • Desidrogenação ciclohexano benzeno + H2 • Isomerização nC7 iC7 metil ciclopentano ciclohexano • Ciclização iC7 metil ciclohexano + H2 REAÇÕES DA REFORMA • Desalquilação Tolueno Benzeno + CH4 iC7 nC7 • Hidrocraqueamento nC8 + H2 nC5 + nC3 • Reações de coqueamento − Favorecidas pela presença de olefinas, diolefinas e policíclicos e pela diminuição da pressão parcial de H2. REAÇÕES DA REFORMA NAFTÊNICOS AROMÁTICOS PARAFÍNICOS PARAFÍNICOS LEVES ISOPARAFÍNICOS PARAFÍNICOS LEVES AROMÁTICOS LEVES PERFIS DE TEMPERATURA 510 ºC REATOR Nº 4 REATOR Nº 3 REATOR Nº 2 REATOR Nº 1 460 ºC TOPO (entrada) MEIO FUNDO (saída) CARACTERÍSTICAS DA SEÇÃO • A presença de fornos intercalando-se entre os reatores prende-se à necessidade de repor-se os níveis de temperaturas indispensáveis à reação e, conseqüentemente, à obtenção da conversão desejada. • As reações passam a altas pressões parciais de hidrogênio para se evitar a formação de coque, que se deposita no catalisador desativando-o. • Conforme a carga vai passando pelos reatores, as taxas das reações decrescem, os reatores tornam-se mais largos e a carga térmica fornecida no reaquecimento é menor. SEÇÃO DE ESTABILIZAÇÃO Gás Combustível GLP ESTABILIZADORA Reformado não estabilizado Efluente dos Readores + Gasolina C5 Reformado + Aromáticos C6 TIPOS DE PROCESSO • Semi-Regenerativo: O processo é realizado em leito fixo a altas pressões parciais de H2. A relação H2/carga gira em torno de 3. A regeneração do catalisador é realizada de 6 a 24 meses, por meio de queima do coque com ar quente. Processo existente na REDUC e RPBC. • Contínuo: Remoção e regeneração do catalisador durante a operação normal. Opera-se em baixa pressão parcial de H2. • Cíclico: Tambores operando em paralelo. Enquanto um está operando, o outro está sendo regenerado. EXTRAÇÃO DE AROMÁTICOS OBJETIVO: CARGA: Extrair de naftas reformadas, por meio de um solvente (TEG, MEG etc), aromáticos leves (BTX) e fracioná-los Nafta de Reforma TIPO DE PROCESSO: Separação física (extração) PRODUTOS: Benzeno, Tolueno, Xilenos, Aromáticos pesados e Rafinado não aromático RENDIMENTOS TÍPICOS: INVESTIMENTO: Rafinado: 35% Benzeno: 11% Tolueno: 25% Xilenos: 13% Aromáticos pesados: 16% US$ 20 – 35 milhões EXTRAÇÃO DE AROMÁTICOS Rafinado não aromático Nafta de Reforma UNIDADE DE Benzeno RECUPERAÇÃO Tolueno DE AROMÁTICOS Xilenos Aromáticos Pesados ALQUILAÇÃO CATALÍTICA OBJETIVO: CARGA: TIPO DE PROCESSO: PRODUTOS: RENDIMENTOS TÍPICOS: INVESTIMENTO: Transformar moléculas de GLP em moléculas parafínicas ramiFicadas de nafta (alto IO) Isobutano (GLP DD) e GLP de craqueamento Conversão Química Propano, n-Butano, Nafta Alquilada C3: 5% C4: 8% Alquilado Leve: 82% Alquilado Pesado: 5% US$ 30 – 60 milhões ALQUILAÇÃO CATALÍTICA Propano Isobutano ALQUILAÇÃO CATALÍTICA Butano Alquilado Leve GLP craq Alquilado Pesado ALQUILAÇÃO CATALÍTICA Água Desidratadores HCs Olefinas Tambor de Decantação Isobutano REATOR Condensado Vapor DEISOBU TANIZADORA iC4 DEPROPA NIZADORA TORRE DE RETIFICAÇÃO DO ÁCIDO Óleos Ácidos Propano (GLP) Gasolina de Alquilação VARIÁVEIS OPERACIONAIS • Relação isobutano/olefinas – de 5 a 25 • Temperatura de reação HF: 27ºC – 38ºC H2SO4: 5ºC – 10ºC • Tempo de reação • Pressão de trabalho HF: 14 kg/cm2 H2SO4: 1 a 3 kg/cm2 TRATAMENTO DE DERIVADOS • Objetivo: eliminar os efeitos indesejáveis dos contaminantes presentes nos derivados. • Classes: – Processos de adoçamento: transformam compostos agressivos de enxofre e outros menos prejudiciais; – Processos de dessulfurização: os compostos de enxofre são removidos dos produtos. TRATAMENTO DE DERIVADOS • Processos Convencionais: – Tratamento Bender – Lavagem Cáustica – Tratamento Merox – Tratamento com DEA • Hidrotratamento BENDER - adoçamento • Reações na superfície do catalisador: PbS – 2 RSH + ½ O2 RSSR + H2O PbS – 2 RSH + S + NaOH RSSR + Na2S + H2O Produto Tratado Carga T T Soda Soda Fresca Água Lavagem Ar Cáustica Soda Gasta Torre Absorvedora de Enxofre Lavagem Aquosa Reator Bender LAVAGEM CÁUSTICA dessulfurização • Reações: – 2 NaOH + H2S Na2S + 2 H2O – NaOH + RSH NaSR + H2O – NaOH + RCOOH RCOONa + H2O Produto Tratado Carga Água Soda Fresca Soda Gasta MEROX – Adoçamento e dessulfurização GLP Tratado Para GLP: Ar e Gases Torre de Lavagem Cáustica Tambor Decantador de Soda GLP Torre Oxidadora Regeneradora Ar Torre de Extração Soda Regenerada Para Nafta de Craqueamento: Vapor Ar Ar Nafta Tratada Nafta p/ tratamento (estocagem) Misturador Bomba de Circulação de Soda Dissulfetos Vaso de Decantação MEROX – Adoçamento e dessufurização • Reações na torre de lavagem cáustica 2 NaOH + H2S Na2S + 2 H2O NaOH + RSH NaSR + H2O NaOH + RCOOH RCOONa + H2O • Reação na torre de extração NaOH + RSH RSNa + H2O • Reação na torre de extração (Regeneradora) 4RSNa + 2H2O + 2O2 4NaOH + 2RSSR TRATAMENTO COM DEA dessulfurização GLP para Merox GC Tratado Torre Absorvedora Gás Ácido Torre Regeneradora GLP Ácido Gás Combustível Torre Extratora Vapor TRATAMENTO COM DEA dessulfurização • Reação do H2S com a DEA nas torres de extração e absorção. NH(C2H5)2 + H2S [NH2(C2H5)2]+ + HS- • Reação do complexo DEA/H2S na torre regeneradora. NH(C2H5)2 + H2S [NH2(C2H5)2]+ + HS- HIDROTRATAMENTO OBJETIVO: CARGA: Tratar catalíticamente com o hidrogênio frações leves, médias e pesadas, visando melhorar as respectivas qualidades Naftas, Querosenes, Diesel, Gasóleo e Lubrificantes TIPO DE PROCESSO: Conversão Química PRODUTOS: O produto visado hidrotratado e frações mais leves que ele RENDIMENTOS TÍPICOS: INVESTIMENTO: Variável de acordo com a severidade US$ 50 – 300 milhões HIDROTRATAMENTO Gás Ácido DIESEL ATM Gás Combustível DIESEL FCC HIDROTRATAMENTO Gás Liquefeito Nafta Leve DIESEL K Diesel Tratado (coque) H2 HIDROTRATAMENTO • Aspectos ambientais: – Necessidade de reduzir-se, cada vez mais, os teores de enxofre dos derivados • Aspectos econômicos: – Novas tecnologias permitiram a produção de hidrogênio a preços razoavelmente baixos REAÇÕES • Dessulfirização RSH + Mercaptans RSR Sulfetos Dissulfetos Compostos Cíclicos RSSR HC + + H2 RH + 2 H2 2 RH + 3 H2 H2 S H2S 2 RH + 2 H2S CH + 4 H2 HC CH S C4H10 + H2S REAÇÕES • Denitrificação HC CH HC CH Compostos Cíclicos + 4 H2 C4H10 + NH3 + 5 H2 C5H12 + NH3 N H CH Piridina e Derivados HC CH HC CH N REAÇÕES • Desoxigenação CH CH Fenol e Derivados HC CH HC CH + H2 HC CH HC CH CH C OH Dehalogenação RCl + H2 RH + HCl + H2O Hidrotratamento de Diesel Compressor H2 + H2S Águas Ácidas Reator DEA (pobre em H2S) DEA (rica em H2S) Carga (Diesel) RETIFICADORA U-DEA Águas Ácidas FRACIONADORA GC GC Vapor ABSORVEDORA H2 Nafta Instabilizada Diesel Tratado Produção de lubrificantes • Óleos lubrificantes são frações compreendidas na faixa do gasóleo em condições rigorosas de refinação e sujeitas a tratamento específico de modo a melhorar a qualidade do produto final; • Devido a infinidade de lubrificantes acabados e a impossibilidade das refinarias em fabricar cada tipo específico, óleos lubrificantes básicos, que combinados e aditivados, atendem ampla gama de aplicações; • Conforme o cru refinado os óleos básicos podem apresentar características parafínicas ou naftênicas. Lubrificantes de origem naftênica • Óleos lubrificantes de origem naftênica possuem como principais características: Baixo ponto de fluidez; Baixos índices de viscosidade; Elevado poder de solvência. • Aplicação Formulação de óleos de lavágem (flushing); Óleos para compressores frigoríficos; Óleos para lubrificação em baixas temperaturas. Lubrificantes de origem parafínica • Óleos lubrificantes de origem parafínica possuem como principais características: Alto ponto de fluidez; Alto índice de viscosidade; Baixo poder de solvência. • Aplicação (condições severas de temperatura e pressão) Formulação de óleos para motores a combustão; Sistemas hidráulicos; Engrenagens, etc. Produção de lubrificantes • Devido ao grande consumo de óleos lubrificantes pela indústria automotiva a estrutura de refino brasileira está basicamente voltada a produção de básicos parafínicos. • Conforme o cru refinado os óleos básicos podem apresentar características parafínicas ou naftênicas. Produção de lubrificantes • Os processos envolvidos na produção são: Destilação atmosfêrica; Destilação a vácuo; Desasfaltação; Desaromatização; Desparafinação; Hidroacabamento. Produção de lubrificantes (Destilação atmosférica) • Principais diferenças combustíveis da produção de A carga de cru utilizada deve ser mais constante, de modo que se atenda sempre a mesma qualidade para os óleos básicos produzidos. Normalmente opera-se a planta com apenas um tipo de cru. DESTILAÇÃO ATMOSFÉRICA Nafta Leve, CG e GLP 110 ºC CG 30 ºC 60 ºC CG Água Ácida Água Ácida GLP Nafta Pesada Querosene 200 ºC Nafta Leve Petróleo 400 ºC Diesel RETIFICADORES Vapor D’Água Resíduo Atmosférico (RAT) Produção de lubrificantes (Destilação a vácuo) • Principais diferenças combustíveis da produção de A unidade trabalha com duas tores de destilação em pressões mais baixas; Fraciona-se o resíduo atmosférico em quatro cortes destilados e um produto de fundo. Produção de lubrificantes (Destilação a vácuo) • A seção de vácuo é dividida em duas partes: Primária – De onde se obtém gasóleo leve (diesel) e os éleos Spindle, Neutro Leve, Neutro Médio e parte do Neutro Pesado; Secundária – Para onde é encaminhado o resíduo de fundo da torre primária e de onde se obtém o restante do Neutro Pesado e o resíduo de fundo secundário. Produção de lubrificantes (Destilação a vácuo) • Os cortes produzidos nas duas torres devem estar dentro das faixas de viscosidade abaixo. PRODUTO FAIXA DE VISCOSIDADE A 210 °F (99 °C) Spindle 30 a 45 SSU Neutro Leve 37 a 52 SSU Neutro Médio 48 a 64 SSU Neutro Pesado 64 a 85 SSU SSU - Segundos Saybolt Universal Produção de lubrificantes (Desasfaltação a propano) • Neste processo são recuperadas as frações de lubrificantes mais pesadas e viscosas (BrightStock e Cylinder-Stock. RECUPERAÇÃO DE SOLVENTE DO EXTRATO RETIFICAÇÃO DO EXTRATO ODES Vapor RV TORRE EXTRATORA Propano PURIFICAÇÃO DO SOLVENTE Água Vapor RECUPERAÇÃO DE SOLVENTE DO RAFINADO RETIFICAÇÃO DO RAFINADO ASFALTO Produção de lubrificantes (Desasfaltação a propano) Influência das Variáveis no Rendimento do Extrato 4:1 Rendimento Rendimento 6:1 8:1 8:1 6:1 4:1 Temperatura T.C.T – Temperatura Crítica de Tratamento X:Y – Relação Propano:óleo T.C.T Temp. Fonte: ABADIE, E. 2007 Produção de lubrificantes (Desasfaltação a propano) Torre de Flash (alta pressão) Vapor Torre de Flash (baixa pressão) Forno de Extrato Vapor Resíduo de Vácuo Torres Extratoras Vapor Vapor Torre de Retificação Torre de Flash (média pressão) ODES Tambor de Alta Pressão Torre de Flash (média pressão) Forno de Rafinado Compressor de Propano Tambor de Média Pressão Água Torre de Retificação Vapor Asfalto Produção de lubrificantes (Desasfaltação a propano) • Os extratos produzidos devem estar dentro das faixas de viscosidade abaixo. °API DA CARGA PRODUTO FAIXA DE VISCOSIDADE A 210 °F (99 °C) 9,0 a 11,0 Bright-Stock 151 a 182 SSU 6,0 a 8,0 Cylinder-Stock 300 a 330 SSU SSU - Segundos Saybolt Universal • Vale lembrar que para a produção destes óleos o Slop Cut não deve ser retirado na torre de destilação a vácuo. Produção de lubrificantes (Desaromatização a furfural) • Tem por objetivo a extração de aromáticos nos óleos básicos a fim de aumentar o índice de viscosidade; • O índice de viscosidade traduz o quão a viscosidade do óleo se mantém estável à variações de temperatura; • Compostos aromáticos possuem baixo índice de viscosidade. Produção de lubrificantes (Desaromatização a furfural) P.F. = 41 °C P.E. = 162 °C d = 1,159 Furfural Produção de lubrificantes (Desaromatização a furfural) Produção de lubrificantes (Desaromatização a furfural) • A temperatura de extração é função do tipo de óleo que está sendo tratado. Quanto mais denso o óleo mais alta a temperatura ideal de extração Temperatura de extração: 50 a 150 °C • Relação solvente/óleo: 1,6 para Spindle a 4,6 para Cylinder-Stock. • Rendimento de óleo desaromatizado: Normalmente de 80% a 60% conforme a carga. Produção de lubrificantes (Desaromatização a furfural) • O furfural forma uma mistura azeotrópica com a água e necessita de um tratamento especial para sua recuperação. Produção de lubrificantes (Desparafinação a Mek-tolueno) • Tem por objetivo a extração das n-parafinas pois estas acarretam dificuldade no escoamento dos lubrificantes a baixas temperaturas. • As n-parafinas tem alto índice de viscosidade. • O solvente ideal deve diluir todo o óleo, ao mesmo tempo que precipitaria toda a parafina. Produção de lubrificantes (Desparafinação a Mek-tolueno) • O benzeno e o tolueno dissolvem bem o óleo, no entanto também dissolve boa parte das parafinas o que tornaria inconveniente o seu uso (“solvente”). • As acetonas e cetonas superiores provocam bastante precipitação de tolueno, no entanto, não diluem o óleo muito bem (“anti-solvente”). • Uma mistura balanceada do solvente com o anti-solvente pode proporcionar o resultado desejado. Produção de lubrificantes (Desparafinação a Mek-tolueno) • A Meti-Etil-Cetona e o tolueno são os dois compostos que melhor se adaptam ao processo sendo os solventes consagrados para este uso atualmente. Produção de lubrificantes (Hidroacabamento) • Tem por objetivo a remoção de compostos que atribuam ao lubrificante instabilidade química e física. • A presença de compostos de nitrogênio, enxofre e oxigênio, bem como duplas ligações, causa uma rápida deterioração do óleo, com conseqüente alteração de suas propriedades. Além disto, compostos de enxofre tornam o óleo corrosivo. Produção de lubrificantes (Hidroacabamento) Qualidade dos derivados e sua relação com a produção • O fim de todo o processo de refino é a produção de derivados, os quais devem atender a especificações que visão suas aplicações. • Uma especificação compreende um conjunto de características que determina a qualidade do derivado, afim de atender a um determinado nível de desempenho ou performance, em conformidade com a aplicação desejada. Qualidade dos derivados e sua relação com a produção • Cada um dos processo aos quais as correntes de hidrocarbonetos são submetidas ao longo da refinaria determina as características do derivado produzido. • As características dos combustíveis são determinadas por métodos de ensaio publicados por organismos normalizadores tais como: ABNT, ISO, ASTM, etc. Qualidade dos derivados e sua relação com a produção Combustíveis Não combustíveis • • • • • • • Lubrificantes óleos básicos • Lubrificantes rerefinados • Asfaltos CAP GLP Gasolina Gasolina de aviação Diesel Querosene de aviação Óleo combustível