3 a IAS: encontro mundial reúne pesquisadores no Rio
Saber Viver
UMA REVISTA PARA QUEM VIVE COM O VÍRUS DA AIDS
ANO 5 Nº 33 – JUL/AGO/SET 2005 – DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
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Saúde
T/A
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isté
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GUERRA CONTRA A
LIPODISTROFIA
Ministério da Saúde inicia cirurgia
reparadora pelo SUS. Projeto Movimento
Saúde (foto) oferece academia de ginástica
gratuita para soropositivos
Conheça os diferentes tipos de adoçantes
Saber Viver anti-retrovirais
Muito além dos
Uma publicação trimestral gratuita
destinada a pessoas que vivem com
o vírus da aids
Correspondências à redação:
Caixa Postal 15.088 - Rio de Janeiro
(RJ) - Cep 20.031-971
[email protected]
Coordenação, edição e reportagem:
Adriana Gomez e Silvia Chalub
Secretária de redação: Alessandra Lírio
Reportagem: Adriano De Lavor e
Marina Pecoraro
Estagiária: Bel Levy
Consultoria lingüística: Leonor Werneck
Ilustrações: Ana Vine e Raul Mota
Foto: Alex Ferro, agência Pedra Viva
Conselho editorial deste número:
Estevão Portela (infectologista),
Márcio Serra (dermatologista),
Marlete P. da Silva (nutricionista)
Colaboraram nesta edição:
Bruno Caramelli (cardiologista)
Marcia Rachid (infectologista)
Editoração eletrônica:
A 4 Mãos Comunicação e Design
([email protected])
Impressão: Gráfica MCE
Tiragem: 90.000 exemplares
Agradecimentos especiais: A todas as
pessoas que colaboraram dando seus
depoimentos para as matérias
Lembrete: A reportagem da edição 32
foi feita por Flávio Guilherme e
Marina Pecoraro
PATROCÍNIO:
APOIO:
bem-estar de uma pessoa vivendo com HIV/aids
envolve vários fatores que vão além dos comprimidos de
anti-retrovirais que a maioria toma diariamente. A saúde
mental é um deles. É muito comum tanto pacientes quanto
profissionais de saúde confundirem sintomas de depressão
com tristeza e desânimo. Mas a depressão é uma doença séria
cujo tratamento pode significar uma reviravolta, para melhor,
na vida de qualquer um.
A lipodistrofia é outro fator que atordoa as pessoas vivendo
com HIV/aids. O Governo Federal promete para o final do
ano o início das cirurgias reparadoras desse efeito colateral
em hospitais públicos. Entre os procedimentos incluídos, está
o preenchimento facial com a substância polimetilmetacrilato.
Enquanto isso não ocorre, iniciativas interessantes acontecem
pelo Brasil, como o projeto Movimento Saúde (BH), para
auxiliar pessoas vivendo com HIV/aids a minimizar os efeitos
da lipodistrofia no corpo e na mente.
Em julho, o Rio de Janeiro foi palco da 3ª Conferência
Internacional sobre Patogênese e Tratamento da Aids (IAS),
um encontro que reuniu mais de 100 cientistas. Esta edição
da Saber Viver faz um breve balanço do evento.
O
Boa leitura.
Sumário:
Alimentação: a febre dos adoçantes
Notas
Depressão x Aids
Efavirenz, lamivudina e abacavir
Cobertura da IAS
Sua história
Lipodistrofia
Namoro ou amizade
Área Útil
3
4
5
6/7
8/9/10
11
12/13
14/15
16
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da Saber Viver
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O que é preciso saber sobre os adoçantes, produtos que até os anos 80 eram consumidos
apenas em casos de dietas com restrição de açúcar e hoje viraram uma febre nacional
s adoçantes já assumiram um lugar
de destaque nas refeições de todo o
mundo. Na busca pela forma física
ideal, várias pessoas utilizam esses produtos,
chamados de edulcorantes, que são responsáveis
pelo sabor doce com as calorias reduzidas. “As
pessoas soropositivas que fazem o tratamento
com os anti-retrovirais tendem a ter taxas altas
de triglicerídeos. Por isso, precisam controlar o
consumo de açúcar, assim como os diabéticos e
obesos. Nesses casos, o
uso dos adoçantes é recomendável,
mas
sem
exageros.
“O ideal
O
é não utilizar mais de dois saquinhos de
adoçantes nem jorrar gotas no suco ou no café.
A população, de uma maneira geral, está
utilizando esses adoçantes químicos indiscriminadamente. Eles devem ser consumidos apenas
em casos especiais”, alerta Marlete Pereira,
nutricionista do Hospital Universitário
Clementino Fraga Filho (HUCCF/UFRJ).
Segundo ela, alguns edulcorantes podem causar
câncer e mal de Alzaimer em quantidades altas.
“É muito difícil controlar a quantidade diária
desses produtos porque as pessoas não os consomem apenas no cafezinho ou suco. Eles estão
também nos sorvetes, nos doces e nos refrigerantes diet ou light. O ideal é optar pelo stévia
puro, único adoçante que, por ser natural, não
tem contra-indicação”, explica a nutricionista.
alimentação
O adoçante nosso de cada dia
Tipos de adoçantes
Calóricos
Frutose – Pode ser utilizada por diabéticos porque não interfere na produção de insulina, mas deve ser evitado por
quem quer perder peso ou tem os triglicerídeos altos
Sorbitol, Manitol e Xylitol – São utilizados pela indústria
para a produção de produtos dietéticos porque contêm
uma quantidade reduzida de calorias. Podem ser
usados por diabéticos. O uso deve ser inferior a 30 gr,
porque são laxantes
Não-Calóricos
Sacarina - O mais antigo e barato dos edulcorantes tem
um gosto amargo. Pode ser utilizado em cozimentos.
(Quantidade máxima por dia: crianças, de 25 a 30
colheres de chá por dia; adultos, de 50 a 75 colheres de
chá por dia)
Ciclamato – É um adoçante à base de sódio. Logo,
deve ser evitado por pessoas que têm hipertensão
arterial. (Quantidade máxima por dia: 40mg por quilo
de peso corporal)
Aspartame – O mais comum. É produzido através de
dois aminoácidos encontrados nos alimentos: metiléster-fenilalanina e ácido I-aspártico. Ele não deve ir
ao fogo, porque em altas temperaturas perde o sabor e
acarreta uma reação química no alimento. A vigilância
sanitária dos Estados Unidos (FDA) diminuiu a quantidade de uso diário do aspartame de 100 mg para 50mg
por peso corporal por dia: “Esta quantidade ainda é
muito grande para ingestão diária. É bom não
exagerar”, recomenda Marlete Pereira. A nutricionista
ano 5 n 33 set 2005 Saber Viver
conta que recentemente o uso do aspartame esteve
associado a casos de mal de Alzaimer e Lupus, além
de ter efeito cancerígeno. Pesquisas ainda estão em
andamento para comprovar essas suspeitas. A única
contra-indicação comprovada é para os portadores de
fenilcetonúria, uma doença rara que é diagnosticada
no nascimento através do teste do pezinho, que impede a metabolização da fenilalanina, aminoácido presente em carnes, leite, pão e outros alimentos. Isso
pode causar risco de dano cerebral, o que torna este
produto contra-indicado para grávidas. (Quantidade
máxima por dia: 50 mg por quilo de peso corporal)
Acesulfame K – Recém-lançado no Brasil, é um sal
de potássio sintético. Deve ser evitado por pessoas
com problema renal. (Quantidade máxima por dia:
uma pessoa com 70 kg, 70 colheres de chá).
Stévia Pura – Extraída da stévia, planta comum na
fronteira do Brasil com Paraguai, é o único adoçante
vegetal produzido em escala industrial.
3
encontro
Movimento contra a aids se reune no 13º Enong
aids”, explica o ativista.
A quebra de patentes dos antiretrovirais, o papel do ativismo, da
comunicação, a conjuntura internacional e nacional, a relação dos representantes do movimento com o Governo e
outras instâncias de participação e o
financiamento de projetos foram alguns
dos temas discutidos no evento.
cidade de Curitiba (PR) foi palco de
importante evento do movimento de
aids. Entre os dias 03 e 07 de setembro, cerca de 700 ativistas de todas as regiões
do Brasil estiveram reunidos na capital paranaense para participar do 13º Encontro Nacional
de ONG/aids (Enong), que teve como tema
“Ativismo: Enfrentando o Retrocesso”.
Segundo José Marcos, secretário nacional
da RNP+, o Enong é um espaço de articulação política do movimento de aids. Nesse encontro são escolhidos os representantes do
movimento nacional que vão atuar em diferentes comissões e grupos de trabalhos. “Essas
pessoas representam a voz da sociedade civil
organizada dentro de instâncias governamentais e são a garantia de um real controle
social das políticas públicas de combate à
A
“Temos aids, temos pressa,
meu remédio é o que
interessa”
Um dos pontos altos do encontro foi a
manifestação sobre a quebra de patentes dos
anti-retrovirais. Munidos de faixas, camisetas
e máscaras, todos os participantes foram às
ruas de Curitiba para chamar a atenção
popular, da mídia e do governo para a importância desse ato para a continuidade do acesso
universal aos anti-retrovirais.
Livro conta a história do Enong
O livro ENONG Encontro Nacional de
ONG/Aids: Construção de Sonhos e Lutas, de
autoria do jornalista e ativista Liandro Lindner,
foi lançado durante o evento. A publicação
conta a história dos encontros e da luta do
ativismo no país desde o inicio da epidemia
até os dias de hoje. SV
I Encontro da RNP+ Brasil reúne 400 soropositivos em Florianópolis
ntes nos escondíamos para morrer, hoje
nos mostramos para viver – este foi o
lema do I Encontro da Rede Nacional
de Pessoas Vivendo com HIV / Aids no Brasil
(RNP), realizado de 10 a 14 de agosto, em
Florianópolis. Segundo os organizadores,
nunca um evento nacional conseguiu reunir
400 pessoas soropositivas para discutir a
situação da saúde pública no Brasil sob a ótica
dos que vivem com HIV/aids.
O fortalecimento do controle social e a
integração e humanização da assistência
A
4
foram considerados pelos participantes os
desafios primordiais ao combate da epidemia.
Nesta linha, o diretor-adjunto do PNDST/AIDS, Ricardo Pio Marins, confirmou
posição favorável do Conselho Nacional de
Saúde em relação à quebra de patentes de
três medicamentos anti-retrovirais como
garantia do tratamento universal.
A RNP foi criada há 10 anos, com o
objetivo de incentivar a visibilidade e o
protagonismo das pessoas que vivem com
HIV/aids no Brasil. SV
Saber Viver ano 5 n 33 set 2005
DEPRESSÃO?
A depressão atinge 26% das
pessoas que vivem com HIV/aids,
alerta a psiquiatra da Casa da
Aids (SP). Mas como diferenciar
quem sente tristeza de quem sofre
de depressão?
egundo Valéria Mello, psiquiatra da
Casa da Aids (SP), a tristeza é um sentimento universal e natural, que não
compromete as outras funções mentais e físicas. A depressão, no entanto, é uma doença
clínica que acomete o indivíduo como um todo.
Valéria Mello explica que, quando a pessoa está
triste por conta de algum acontecimento, pode
sentir angústia, chorar e até apresentar desânimo e alteração do sono: “Isso é temporário e
em resposta a algum fator interno ou externo”.
Quando se trata de depressão, “a angústia
é mais intensa, a pessoa perde o prazer pelas
coisas em geral, tem alteração de sono, de
apetite, de libido, diminuição da concentração
e memória, fadiga e dores no corpo, além de
uma evidente diminuição da auto-estima e
uma avaliação bastante negativa de si mesmo,
do futuro e do mundo. Esses sintomas físicos
tão intensos e a avaliação negativa da
realidade são características da depressão, e
não da tristeza”, diz a psiquiatra.
S
tratamento
Tristeza ou
Valéria explica que a depressão não tem
causa única, sendo resultado de fatores genéticos, psicológicos e ambientais. Entre os portadores do HIV, ela é mais comum em alguns
momentos: quando se descobre o diagnóstico,
quando o indivíduo revela sua condição de
soropositivo a outras pessoas, no início do
tratamento, quando é vítima de preconceito,
ou no momento em que a aids começa a se
manifestar. Além disso, alguns anti-retrovirais
podem causar depressão como efeitos colaterais, “particularmente o Efavirenz”, atesta.
A psiquiatra defende a inclusão de um
profissional de saúde mental no tratamento de
soropositivos, dada a alta prevalência de depressão entre esse grupo e para ajudar a diminuir o
sofrimento psíquico ao qual essas pessoas estão
submetidas. “Obviamente se a pessoa leva uma
vida sem tantos fatores de estresse, a chance
de ter depressão é menor, mas isso é difícil entre
portadores do HIV”, resume. Valéria assegura
também que a depressão interfere na adesão
ao tratamento anti-retroviral, acelera a evolução
da doença, altera a imunidade do paciente –
causando queda no número de CD4 e aumento
da carga viral – e ainda dificulta muito a aceitação e a vivência com o diagnóstico. Para Valéria
Mello, muitas vezes, a família e o próprio paciente desconhecem ou não aceitam o quadro
depressivo. “A sociedade atual não aceita o sofrimento psíquico. Exige-se das pessoas que elas
estejam sempre felizes, com pensamento positivo. Apesar de todo conhecimento que a psiquiatria tem sobre a depressão e seu tratamento, ainda muitas pessoas acreditam que é uma
‘fraqueza de caráter’ ou ‘doença de rico’ e quem
vai a um psiquiatra é ‘louco’ ou ‘fraco”. SV
Você tem depressão?
A psiquiatra Valéria Mello listou alguns sintomas depressivos. Caso você se
identifique com alguns deles, procure a ajuda de um especialista
Tristeza, ansiedade, irritabilidade, medo e falta de prazer;
Insegurança, indecisão e idéias de culpa e inutilidade;
Fadiga, cansaço e concentração/atenção reduzidas;
Auto-estima e autoconfiança reduzidas, com visão desolada e pessimista do futuro;
Desejo de não estar vivo, de querer morrer ou de se matar (suicídio);
Sono e apetite alterados para mais ou para menos;
Queda do desejo e do desempenho sexual;
Queixas físicas variadas: dores de cabeça, diarréia, falta de ar.
ano 5 n 33 set 2005 Saber Viver
5
passo a passo
abacavir +
lamivudina + efavirenz
Opção para início de terapia:
fácil de tomar e com poucos efeitos colaterais
inda pouco utilizada no Brasil, a
combinação apresentada neste
número vem ganhando cada vez mais
adeptos. Isso porque ela apresenta algumas
vantagens em relação a outros esquemas
utilizados em início de terapia: os medicamentos podem ser tomados apenas uma vez
ao dia e causam poucos efeitos colaterais.
Apesar dessas conveniências, há uma questão
que deve ser acompanhada com muita atenção. O abacavir pode provocar um paraefeito
potencialmente bastante grave que ocorre
geralmente no primeiro mês, principalmente
entre o 7° e o 14° dia do tratamento.
A
Fácil acesso ao serviço de saúde é
fundamental
Segundo o infectologista Estevão Portela,
5% das pessoas que tomam abacavir podem
ter uma reação ao medicamento, cujos
principais sintomas são febre e dores
abdominais. “Antes de iniciar a terapia com o
abacavir
2 comprimidos 1 vez ao dia
lamivudina
2 comprimidos 1 vez ao dia
efavirenz
1 cápsula uma vez ao dia
Atenção: Os medicamentos devem
ser tomados sempre no mesmo
horário, todos os dias
6
abacavir, o paciente deve estar ciente desses
problemas e ter um fácil acesso ao serviço de
saúde, caso sinta algo”, diz o médico. A
indicação, nesses casos, é parar a medicação,
pois esses sintomas podem evoluir para um
quadro grave. Mas isso deve ser feito pelo
médico e não decidido pelo paciente, explica
Portela: “O maior risco é quando o paciente
interrompe por conta própria e depois volta a
tomar o remédio. Isso não deve ser feito em
nenhuma hipótese”, alerta.
Uma boa comunicação entre o paciente e
a equipe de saúde também é essencial por
causa de um possível efeito relacionado ao
efavirenz: a depressão. As pessoas que têm
tendência a se sentir deprimidas devem
conversar com o médico sobre isso e avaliar
com ele a possibilidade de utilizar essa
medicação. “É preciso diferenciar a tristeza
reativa (causada por algum fato, como a morte
de alguém querido ou uma separação) e a
tristeza depressiva”, diz Portela. Segundo ele,
as reações comumente causadas pelo
efavirenz, como perturbações no sono,
sonolência e mudanças de humor são
superadas após algumas semanas.
Vantagens dessa combinação
Os três medicamentos que compõem o
esquema deste número, em comparação a
outros esquemas, estão pouco associados à
toxicidade mitocondrial, que provoca a
lipodistrofia, acidose lática e neuropatia
periférica. Eles também não causam anemia,
diarréia ou problemas no fígado. As alterações
nas taxas de colesterol e triglicerídeos são
Saber Viver ano 5 n 33 set 2005
Um último alerta vai para as mulheres
em idade fértil: o efavirenz é contra-indicado
em caso de gravidez, pois pode afetar a
formação do feto.
11h da noite
Ricardo toma seus medicamentos, em casa, à noite: 2 comprimidos de abacavir,
2 comprimidos de lamivudina e 1 cápsula efavirenz
Principalmente no inicio da terapia, o efavirenz deve ser ingerido longe das
refeições e perto da hora de dormir para evitar problemas causados pelos efeitos
colaterais desse medicamento.
Visite a Saber Viver na Internet
www.saberviver.org.br
ano 5 n 33 set 2005 Saber Viver
passo a passo
baixas se comparadas com outros antiretrovirais. Além dessas vantagens, o fato de
poder ser tomado apenas uma vez ao dia
facilita a adesão ao tratamento.
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APROVEITE
7
evento
a
3
IAS:
novas pesquisas,
Cerca de 5.600 pessoas, de 128 países, reuniram-se de 24 a 27 de julho
no Rio de Janeiro para discutir os últimos avanços científicos e novas
políticas de prevenção e tratamento do HIV / aids. A 3ª Conferência
Internacional sobre Patogênese e Tratamento da Aids (IAS) apresentou
novidades nas áreas científica, clínica e preventiva e lançou a
profissionais de saúde e líderes comunitários do mundo todo o
desafio de trazer o conhecimento teórico à prática
ara atingir esse objetivo, duas metas foram traçadas: uma resposta global à
aids, tão ampla e dinâmica quanto a
epidemia, e a adaptação de pesquisas para
ações efetivas de prevenção e tratamento. Na
cerimônia de encerramento, Peter Piot, diretor
da Unaids, apontou cinco áreas de desafio:
acesso universal à prevenção e tratamento, ampliação de pesquisas, enfretamento do problema a longo prazo, manutenção da aids na agenda internacional e o entendimento da epidemia
em toda sua complexidade e excepcionalidade.
A IAS ocorre a cada dois anos, em locais
diferentes, e a escolha do Rio de Janeiro para
P
8
sede desta edição reflete a crescente projeção
do Brasil na área científica. O país – que
obteve o segundo lugar em número de trabalhos inscritos – ganhou papel de destaque
na conferência. Foi elogiado por seu programa pioneiro de acesso universal aos antiretrovirais, por promover a integração entre
tratamento e prevenção e pelas ações de
redução de danos entre usuários de drogas
injetáveis. Pedro Chequer, do Programa
Nacional de DST / Aids, aproveitou a oportunidade para ressaltar o maior obstáculo a
ser vencido: a dependência por importações
de anti-retrovirais.
Saber Viver ano 5 n 33 set 2005
evento
novos desafios
Ser infectado pelo HIV mais de uma vez
Isso é possível e preocupante
ema presente em diversas apresentações na
IAS, a múltipla infecção pelo HIV tem preocupado profissionais de saúde e soropositivos.
Em estudo apresentado durante a conferência, a
pesquisadora Francine McCutchan demonstrou
que a infecção repetida pelo HIV deflagra o
aumento da diversidade genética do HIV (quando
dois ou mais subtipos do HIV se combinam
geneticamente).
O assunto é complexo e ainda pouco estudado. Segundo a infectologista Márcia Rachid, o
que se pode afirmar é que, ao praticar sexo sem
proteção, a pessoa soropositiva se expõe à coinfecção pelo HIV (quando uma nova infecção
ocorre num período de até trinta dias após a
primeira infecção) e à superinfecção (quando
uma nova infecção ocorre quando a primeira já
está estabelecida). “Ainda há muitas dúvidas sobre a superinfecção”, diz a médica. “Não se sabe
se ela está relacionada a alterações imunológicas do indivíduo que favorecem a recontami-
T
ano 5 n 33 set 2005 Saber Viver
nação ou se acontece apenas quando o subtipo
do HIV da segunda infecção é diferente do
primeiro, entre outras questões”.
As conseqüências podem ser graves
As conseqüências de uma nova infecção pelo
HIV podem ser graves. De acordo com Márcia,
há o risco de contrair um vírus resistente aos
anti-retrovirais, o que diminui as alternativas de
tratamento. “A maior prevalência de transmissão de vírus resistentes aos anti-retrovirais está
bem documentada”, afirma. “E isso reduz consideravelmente as opções terapêuticas”. Diante
destes fatos, a infectologista conclui alertando
que “medidas preventivas a novas infecções pelo
HIV tornam-se agora ainda mais importantes”.
Nunca é demais lembrar que o uso da camisinha em todas as relações sexuais previne
uma nova infecção pelo HIV, além de reduzir o
risco de outras doenças sexualmente transmissíveis, como sífilis e gonorréia.
9
Vida saudável faz bem ao coração
O cardiologista Bruno Caramelli afirma
que tabagismo, alcoolismo e sedentarismo
são responsáveis por complicações
cardiovasculares entre soropositivos
s riscos de acidentes cardiovasculares
entre os portadores do HIV foram tema de
várias palestras realizadas na 3a IAS. De acordo
com o cardiologista Bruno Caramelli, diretor
da Unidade de Medicina Interdisciplinar em
Cardiologia do Instituto do Coração do Hospital
das Clínicas de São Paulo, os soropositivos
apresentam um risco de complicações cardiovasculares maior do que a população não
infectada pelo vírus da aids. Isso, segundo
Caramelli, está associado à infecção pelo HIV e
ao uso de anti-retrovirais. “A soropositividade
para o HIV provoca uma diminuição nas taxas
do HDL, o chamado colesterol bom, e um aumento nas taxas de triglicérides. Com a entrada dos anti-retrovirais, especialmente dos
inibidores de protease, esse quadro foi agravado, levando a um risco maior de complicações
cardiovasculares”, explica Caramelli.
O
Estande do Programa Nacional de DST/Aids na 3a IAS
A discussão afinou o tom político da conferência. A importação de medicamentos antiretrovirais representa 80% do orçamento de R$
1 bilhão do Ministério da Saúde.
Pesquisas em destaque
Ciência básica: Pesquisa sobre formas
recombinantes do HIV (combinação de dois
ou mais subtipos do vírus) sugere que a
reinfecção pode levar ao aumento da diversidade genética do vírus e alerta para a necessidade de ações para reduzir a incidência de
infecções entre portadores.
Área Clínica: Medicamentos já conhecidos ganham novas formulações, que podem
ser mais eficazes e menos tóxicas e oferecer,
por isso, maior conforto posológico aos pacientes. Uma nova classe de drogas, os inibidores
de CCR5 (receptor responsável pela entrada
do HIV na célula), também atraiu as atenções.
A expectativa é que em três anos esses medicamentos estejam disponíveis à população.
Prevenção: A ampliação do acesso ao tratamento anti-retroviral para a prevenção de novos casos de HIV foi considerada fundamental,
pois pode diminuir a carga viral de secreções
genitais e sanguíneas. Outro estudo revelou
uma significativa redução da incidência do HIV
entre homens circuncidados. SV
10
Tabagismo é mais alto entre portadores do HIV
O cardiologista chama a atenção para
outros fatores que podem aumentar as chances de acidentes cardiovasculares e infarto:
obesidade, sedentarismo e tabagismo. Uma
pesquisa realizada nos Estados Unidos revelou
que 56% dos portadores do HIV eram fumantes, sendo que a média de tabagismo nacional
entre a população é de 19%. No Brasil, a taxa
tabagismo entre os soropositivos também está
acima da média nacional. “O tabagismo é o
principal fator de risco entre os portadores de
HIV”, afirma Caramelli.
A receita para evitar acidentes cardiovasculares, segundo o cardiologista, é manter um estilo de vida saudável. Uma dieta equilibrada, com
baixo consumo de gordura e bebida alcoólica,
não fumar, praticar exercício físico regulamente
e controlar pressão arterial e glicose são
medidas importantes que devem ser adotadas
imediatamente. “O indivíduo não precisa entrar
em uma academia para fazer exercício. É só ele
caminhar 20 minutos todo dia e parar de fumar
já”, recomenda Caramelli.
Saber Viver ano 5 n 33 set 2005
doenças
gatos
,
e vitórias
HIV + Erisipela + Caendo a revista Saber
tapora + Toxoplasmose
Viver 26, na qual há
+ Tuberculose, os
uma nota falando do
quatro últimos adquiriperigo da toxoplasmose em
dos em menos de um
pessoas infectadas pelo HIV,
ano e meio.
lembrei da minha história,
A única saída que
que agora divido com vocês.
eu imaginava era o
Em 1994, ajudei uma
tratamento, que deve
amiga a retirar dois gatos de
ser seguido com muita
sua casa e levá-los a outro luperseverança. Pragmágar. Para isso, ela deu aos
tico, tomei todos os
animais sonífero e os coloantibióticos durante 12
cou em uma sacola. Resumeses sem perder uma
mo: acabei sendo mordido
dose sequer. Resultado:
por um deles e descobri,
“Acabei sendo
consegui recuperar sete
tempos depois, que adquiri
mordido
por um gato e
quilos, graças também
toxoplasmose. Nunca pendescobri, tempos depois,
à dedicação de minha
sei que isso daria tantos protia-mãe, que sempre
blemas no futuro. Com 35
que adquiri toxoplasmose.
acreditou na minha
anos, eu havia acabado de
recuperação.
me recuperar de uma catapora
Hoje moro em São Bernardo do Campo
e uma erisipela. Quando passei no clínico geral
descobri que tinha também tuberculose (SP), tomo os coquetéis regularmente e espero
ganglionar. Em 1995, mudei de cidade. Deixei que eles não faltem nunca. Graças ao bom
Caieiras (SP) e fui para Santo André. Quando Deus estou de volta à borda, do lado de fora
cheguei lá, cai de cama com sudorese intensa, do poço.
Aproveito para deixar o meu recado: gostaperda de peso e sem a mínima vontade de
comer, perdendo 7 quilos em 6 dias. Nossa, eu ria que todas as pessoas que estão lendo a mitinha tudo para achar que estava no fundo do nha história tomem-a como exemplo e reforpoço. Na verdade, eu estava no fundo do poço: cem o cuidado com a própria saúde, evitando
contato com animais desconhecidos, nunca
deixando de tomar os remédios regularmente e
O que é toxoplasmose?
garantindo a sua higiene pessoal. É muito
gostoso viver. Renascer da queda por si só é
doença é causada por um protozoário
chamado Toxoplasma Gondii, faciluma tremenda vitória. Eu sou um vitorioso.
mente encontrado na natureza, que inAproveito para agradecer à clínica espefecta animais e pássaros. A toxoplasmose
cializada do Município de São Bernardo (SP).
é transmitida a humanos através do conEles são muito bons!
tato com animais infectados. Geralmente,
Um forte abraço a todos os leitores da
os sintomas da doença aparecem em
Saber Viver
pessoas com o sistema imunológico
L
sua história
Sobre
A
baixo. Os mais freqüentes são ínguas, febre, dores no corpo e nas articulações.
Orlando – São Bernardo do Campo (SP)
ano 5 n 32 jun 2005 Saber Viver
11
Lipodistrofia
Guerra contra a
Ministério anuncia cirurgia
reparadora pelo SUS
Em Santos, primeiro paciente realiza procedimento cirúrgico para
preenchimento facial. Diretor do programa garante que cirurgias
serão feitas pelo SUS em todo o Brasil até final do ano.
Brasil é o primeiro país
a oferecer gratuitamente cirurgias reparadoras
para doentes de aids que sofrem
de lipodistrofia. Desde dezembro
de 2004, a portaria 2.582 do SUS
incluiu oito procedimentos de
pequeno e médio porte, que minimizam os efeitos da síndrome,
responsável pela diminuição da
qualidade de vida dos soropositivos em tratamento com antiretrovirais. Uma delas, assinada em 4 de julho
deste ano, regulamenta o preenchimento
facial com polimetilmetacrilato.
Segundo o médico infectologista Ricardo
Marins, diretor adjunto do Programa Nacional
de DST e Aids (PNDST/Aids), até o final do
O
As cirurgias incluídas
na Portaria 2.582
I Lipoaspiração
de giba (gordura acumulada na base do pescoço, que deixa os
pacientes corcundas);
I Lipoaspiração da parede abdominal;
I Redução mamária (retirada das glândulas e/ou tecido gorduroso acumulado
na região mamária;
I Tratamento de ginecomastia (aumento
das mamas);
I Lipoenxertia (aspiração de gordura de
uma área doadora do paciente e depois
transplantada para a região glútea);
I Reconstrução glútea (feita com a aspiração de gordura do próprio paciente ou
com o implante de próteses de silicone);
I Preenchimento facial com tecido gorduroso
I Preenchimento facial com polimetilmetacrilato (PMMA)
12
ano o tratamento estará disponível para a população, depois que estados e municípios – em
parceria com instituições de saúde – estiverem
cadastrados no sistema. Em Santos, o primeiro
paciente recebeu o preenchimento facial no
dia 6 de outubro.
Médicos e profissionais de saúde do país
continuam recebendo capacitação do dermatologista Márcio Serra, membro da Câmara
Técnica de Aids do Conselho Regional de
Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) e do
Grupo de Trabalho para abordagem da lipodistrofia do PNDST/Aids. A primeira capacitação aconteceu em São Paulo, envolvendo
33 profissionais. As próximas serão em Salvador (outubro), na região Sul (novembro) e no
Centro-Oeste (início de 2006). “A situação
de deformidade também traz dificuldades físicas. Corrigi-las é contribuir para o bem-estar
da pessoa”, destaca o diretor do PNDST/
Aids, cuja opinião é compartilhada por Márcio
Serra: “O paciente volta a se reconhecer e
supera um pouco o estigma da doença que a
lipodistrofia trouxe de volta”. Marins esclarece
que o tratamento estará disponível para
soropositivos que tenham indicação clínica,
como ocorre em procedimentos envolvendo
o SUS. Ou seja, aqueles que apresentarem
um grau de severidade de lipodistrofia.
O dermatologista Márcio Serra, um dos
pioneiros no uso do produto em pessoas soropositivas, esclarece que o processo cirúrgico
de preenchimento facial leva de 30 a 40 minutos, com anestesia tópica para diminuir a intensidade das injeções de colocação do produto.
Segundo ele, o produto é contra-indicado
somente para pacientes com doenças autoimunes, sob uso de quimioterápicos, com baixas plaquetas ou com colagenoses (Lupus).
Saber Viver ano 5 n 33 set 2005
Projeto Movimento Saúde (BH)
unanimidade entre os profissionais
que lidam com o problema: atividade
física é fundamental contra a lipodistrofia. Para o médico dermatologista Márcio
Serra, membro da Câmara Técnica de Aids
do Cremerj e integrante do Grupo de Trabalho para abordagem da Lipodistrofia do
PNDST/ Aids, o ideal é o paciente combinar
exercícios aeróbicos (corrida, caminhada
acelerada, natação, bicicleta, entre outros),
que aceleram a queima de gordura abdominal
e das costas – e os anaeróbicos (como a musculação), que aumentam a massa muscular
de braços, pernas e nádegas.
Em Belo Horizonte, o projeto Movimento
Saúde, uma parceria da ONG Salus Associação
para a Saúde com a Secretaria Estadual de
Saúde de Minas Gerais, oferece uma academia gratuita para soropositivos de baixa renda e
ainda fornece lanche e vale transporte. A academia conta com equipe multiprofissional, que
inclui educador físico, fisioterapeuta e nutricionista e já reúne 30 alunos, com lista de espera de 15 pessoas. Segundo João Paulo Amaral
dos Reis, coordenador do Movimento Saúde, o
aluno é avaliado, logo ao se inscrever, por um
fisioterapeuta, que determina objetivos e restrições do treinamento. Em seguida, o profissional de educação física alia os dados que recolhe
É
ano 5 n 33 set 2005 Saber Viver
com as avaliações antropométricas – realizadas
a cada dois meses. A partir daí, o aluno recebe
orientação direcionada às suas necessidades
físicas. Em paralelo, o nutricionista traça uma
dieta balanceada.
“O exercício físico combate a lipodistrofia,
aumenta a imunidade e contribui para a
conquista de um corpo bonito e saudável. Só
faz bem”, avalia Márcio Serra, que abriu recentemente, no Rio de Janeiro, a Clínica do
Exercício, uma academia particular de ginástica
especializada no atendimento a obesos e
soropositivos. “Muitos pacientes se sentem desconfortáveis em academias repletas de corpos
esculturais”, justifica, lembrando a importância
de um acompanhamento personalizado.
“Depois que passei a praticar exercícios
físicos, a minha qualidade de vida melhorou
100%. A glicose e os triglicérides voltaram ao
normal, o CD4 aumentou e a carga viral diminuiu. Passei a dormir mais e tive boa absorção
dos medicamentos”, diz Roberto*. “Eu agradeço
o esforço de todos em manter a academia e o
fato de não precisar ir ao médico quase todos os
dias”, desabafa Cláudio*. Ambos freqüentam
o projeto Movimento e Saúde. SV
Lista de projetos contra
a lipodistrofia na página 16
* nomes fictícios
Arquivo Movimento Saúde
Projeto incentiva o exercício físico em pessoas com HIV/aids
tratamento
Malhação a serviço da auto-estima
13
cartas
Namoro ou Amizade
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Gostaria de conhecer rapazes com a
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saiba o que é a realidade. Tel. (11)
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1.62m, libriana. Quero conhecer
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15
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INTERDISCIPLINAR DE AIDS (ABIA)
Rua da Candelária, 79, 10º andar –
(21) 2223-1040 – www.abiaaids.org.br
Realiza diversos projetos em prol do
bem-estar dos soropositivos e oferece
cursos profissionalizantes, oficinas e
palestras, entre outras atividades
gratuitas.
REDE NACIONAL DE PESSOAS
VIVENDO COM HIV / AIDS (RNP+)
http://www.rnpvha.org.br
Com núcleos espalhados pelo Brasil,
a organização promove a integração e a
troca de experiência entre soropositivos,
além de divulgar notícias relacionadas
ao HIV/aids
GRUPO PARCEIRAS DA VIDA
Hospital Universitário Pedro Ernesto
(UERJ), no anfiteatro da ginecologia
(5° andar). Serviço Social: (21) 25876506 / 2587-6417 – Núcleo de
Epidemiologia: 2587-6153 / 6157
Reúne mulheres soropositivas ou que
convivem com a aids. Os encontros
acontecem nas últimas quartas-feiras
do mês, a partir das 14h.
GRUPO ASSISTENCIAL SOS VIDA
Rua Frei Rogerio 127 - Centro Cep .25685 - 010 - Petrópolis - RJ
(24) 2245-0322 / 2244-9526 /
9224-0201 - www.grupososvida.org.br
Fundada por soropositivos em 1998,
a instituição presta assistência a
portadores do HIV / aids, dependentes
químicos e famílias de baixa renda.
REDE BUDDY
www.buddybrasil.net
A Rede Buddy é um projeto carioca que
desde 1997 realiza acompanhamento
domiciliar regular para pessoas
infectadas pelo vírus HIV ou diretamente
afetadas e com seqüelas da aids. A
Rede atua em doze municípios do país
– Boa Vista, Brasília, Porto Alegre,
Niterói, Aracaju, São Paulo, Porto Velho,
Campina Grande, Fortaleza, Goiânia,
Curitiba e Rio de Janeiro – e pretende
expandir ainda mais seus serviços.
PARCERIA FUNDAÇÃO RUBEM BERTA/
VARIG
(21) 2468-4818 / 2468-4820
Oferece medicamentos para doenças
crônicas não encontrados no Brasil. O
serviço atende a todos os Estados do
país e deixa a cargo do paciente
somente o custo do medicamento, sem
ônus de transporte ou outras taxas
adicionais.
CURSO DE INFORMÁTICA PARA
SOROPOSITIVOS
Grupo Pró-Vida – inscrições pelo
telefone (21) 2669-5736
Curso Básico de Informática (Windows,
Word e Internet), com auxílio
transporte, lanche, certificado e
encaminhamento ao mercado de
trabalho. É necessário ter Ensino
Fundamental completo.
DISQUE CIDADANIA JOANA D’ARC
Centro de Convivência Joana D’Arc R das Cravinas, 327 – Jd.Primavera,
Guarujá – SP – (13) 3383-2166 /
3386-2379 - www.ceconjoanadarc.org
[email protected]
Com o objetivo de promover a saúde,
é um canal de comunicação para
aconselhamento e encaminhamento
da população em casos de DSTs / aids,
violência e abuso.
GRUPO SOMOS
Rio Grande do Sul - (51) 3286-7136
Trabalha na defesa de direitos
humanos, prevenção à aids entre
homossexuais e realiza atividades de
capacitação de grupos em Porto Alegre
e do interior do Estado.
CENTRO DE ATENDIMENTO MÉDICO E
PSICOLÓGICO (CAMP)
Rua Manoel Rosa da Silva, 33
Mangabeira IV – João Pessoa – PB
Cep: 58057-370 – (83)239-3209
[email protected][email protected]
Oferece cursos, oficinas, atendimento
médico, psicológico e massoterápico a
portadores de HIV/aids e presta
assessoria e consultoria a movimentos
sociais, ONGs e órgãos públicos que
trabalham com saúde e educação.
AGÁ & VIDA
Rua Epaminondas Jácome, 3040,
Centro. Rio Branco /AC
CEP: 69.908-020 – Tel. (68) 223-1333
Trabalho de inclusão social com grupos
de risco, doentes, profissionais do sexo,
homossexuais e familiares.
GRUPO DE ADESÃO RENASCENDO A
ESPERANÇA
Rua Dias Cabral, 569, Sala 205,
Centro. Maceió /AL CEP: 57.020-250
E-mail: [email protected] /
[email protected].
Tel. (82) 315-5197
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Materno Infantil, com grupos de mães e
gestantes soropositivas. Prioriza a
adesão ao tratamento, através de
atividades educativas
GUERRA CONTRA A LIPODISTROFIA
PROJETOS:
CORPO E MENTE
Grupo de Apoio à Vida - GIV
(11) 40542858 / 50840255; ONG
Lutando pela Vida - Diadema: (11) 4043072; Ana (11) 4043-0721 / 7114-0355
As aulas acontecem às segundas e
quartas-feiras, das 14h às 18h30min, em
São Paulo (Av. Ceci, 2235), e em Diadema,
às terças e quintas, a partir das 15h.
VIDA+
Hospital Universitário Pedro Ernesto –
UERJ - Boulevard 28 de Setembro,
n. 77 – (21) 2587-6258 / 2587-6548
Na parceria entre o Hospital Universitário
Pedro Ernesto e o Laboratório de Saúde
da UERJ, os pacientes são atendidos por
profissionais de educação física na sala
de musculação da universidade. É
preciso ser paciente do Hospital
Universitário para participar.
PROJETO MOVIMENTO SAÚDE
Rua Além Paraíba, 189 - Lagoinha
Centro. Belo Horizonte (MG).
Tel.: (31) 3422-6907 ou 9766-6406.
Coordenador: João Paulo Amaral dos Reis.
ACADEMIA CLÍNICA DO EXERCÍCIO
Informações: (21) 2235-0862.
PARA UNIDADES DE SAÚDE E ONGS
Confirmem o recebimento da Saber Viver
Pedimos a todas as unidades de saúde e ONGs que confirmem o recebimento das edições da Saber Viver a cada entrega
efetuada. Essa informação é muito importante para buscarmos sempre o aperfeiçoamento de nosso trabalho.
Contamos com vocês.
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