Dos quarks às estrelas compactas... César Vasconcellos Estrelas de Nêutrons e Pulsares Das estrelas compactas aos quarks... “Cinzas” de estrelas luminosas... 1.Novos Estados da Matéria no Universo. 2.Formação e Evolução Estelar. 3.Propriedades. 4.Estrelas de Nêutrons. 5.Pulsares, Estrelas de Nêutrons em Rotação. 6.Composição. 7.Modelos Relativísticos Nucleares. 8.Matéria Hadrônica Densa. Matéria Nuclear Infinita. 9.Plasma Quark-Glúon Desdobramento, Iberê Camargo César Vasconcellos 1. Novos Estados da Matéria no Universo César Vasconcellos BBC SPACE César Vasconcellos CNN César Vasconcellos César Vasconcellos 2. Formação e Evolução Estelar •Estrelas auto-gravitantes de gás ionizado. •Fonte de energia: reações nucleares de fusão. Transmutam hidrogênio em hélio e estes em elementos mais pesados. Estrelas formam-se a partir de uma gigantesca nuvem, composta basicamente por hidrogênio molecular. Devido à atração gravitacional, as moléculas de hidrogênio colapsam em direção ao centro da nuvem formando uma protoestrela. •Massas: [0,08,100] Msol. Massa do Sol: 1,9891 1030 Kg •Temperaturas: [2500, 30000K]. César Vasconcellos Cresce a energia gravitacional da Proto-Estrela. Cresce agitação molecular. Inicia a fusão termonuclear. César Vasconcellos A energia nuclear liberada no processo de fusão do hidrogênio é capaz de impedir que a estrela recém formada colapse totalmente. Isto ocorre devido ao balanço entre a energia gravitacional, que produz a contração da estrela, e a energia nuclear interna, que liberada produz uma pressão de radiação. O processo de fusão do hidrogênio não dura eternamente, e quando chega ao fim a estrela volta a contrair, podendo colapsar. A contração gera energia suficiente para o início de novos processos de fusão termonucleares, transformando gradativamente o hélio em carbono, nitrogênio e oxigênio (ciclo CNO (carbono, nitrogênio, oxigênio)). Estes processos não se repetem indefinidamente: reações de fusão nuclear, para certas composições, deixam de ser exotérmicas (liberam energia). César Vasconcellos Isto ocorre durante a formação do elemento ferro; neste caso as reações passam a ser endotérmicas (necessitam de energia externa para ocorrer). Nesta fase, a estrela atinge o estágio final de sua evolução, com uma região mais interior, formada por ferro e regiões exteriores, formadas por elementos mais leves. Na superfície da estrela encontram-se moléculas de hidrogênio que não foram queimadas nestas fases do processo de evolução. Quando o processo de fusão tem seu final definitivo, ao formar núcleos de ferro, a contração da estrela faz com que as camadas mais externas da estrela “caiam” sobre as camadas mais internas. Elétrons relativísticos. Processos beta inversos:: neutronização. Ondas de choque. Instabilidade. Formação de região de acresção. Transporte de energia (neutrinos) à região de acresção. Ejeção de envelope de supernova. César Vasconcellos É assim que pode ocorrer a explosão de supernova. Seqüência Principal H He Gigante Vermelha Supergigante Vermelha He Nebulosa Anã Branca C 0,8 < M < 10 MSol Nuvem em Contração Gigante Vermelha Proto Estrela - Supergigante Vermelha Seqüência Principal H He Supernova He Estrela Nêutrons C 10 < M < 25 MSol 25 < M < 100 MSol Estrela Wolf-Rayer Seqüência Principal H César Vasconcellos He Supernova Fe Buraco Negro 3. Propriedades - Estrelas de Nêutrons e Pulsares Energia Térmica: ~ 1 MeV Temperatura: ~ 1010 K (Baixa do ponto de vista da física do núcleo.) Estrelas Frias E = kB T ; kB = 8,61 10-11 MeV / K César Vasconcellos Número Crítico de Bárions: A ~ 1057. Massa Máxima: ~ [1 - 3] M. Densidade Média: ~ 4 1015 g/cm3 ~ 1015 Raio Máximo: ~ 10 km ~ 10-5 R Estrelas Compactas R sol = 6,9599 1010 cm. M sol = 1,989 1033 gramas. César Vasconcellos Massa e Raio: estrelas de nêutrons poderiam abrigar uma vez e meia a massa do Sol em uma esfera de apenas 10 Km de raio. Densidade: isto faz com que estes objetos sejam extremamente densos: 1.000.000.000.000.000 vezes a densidade da Terra. “Uma colher de chá de uma estrela de nêutrons equivaleria em termos de força peso a de todos os carros e caminhões da Terra.” Digressão - Fator de Forma Elétrico Nuclear Fator de forma elétrico nuclear: leva em conta, na seção de choque, os efeitos de extensão da distribuição de carga nuclear: F(q2) = (1/Ze) (r) ei q.r dV Efeito da carga nuclear extendida: Medição Puntual d/d d/d = | F(q2) |2 Mott Função de Estrutura: informação sobre a estrutura nuclear. d/d = | F(q2) |2 d/d Mott Este fator reduz a seção de choque diferencial no espalhamento elástico e-A. César Vasconcellos Estudo das dimensões nucleares através do espalhamento e-A. Fator de forma elétrico (r) (e fm-3) Densidade de carga nuclear 0,10 0,08 R=r0 A1/3 0,06 Seção de choque 0,04 0,02 0 César Vasconcellos 1 2 3 4 r (fm) 5 6 César Vasconcellos Massa Máxima e A Crítico: (Estrela Newtoniana/ Gás de Fermi) Compressão Gravitacional Pressão cinética de Fermi Partícula em equilíbrio: GMm ( hKF)2 R 2m César Vasconcellos Massa Máxima e A Crítico: (Estrela Newtoniana/ Gás de Fermi) Partícula em equilíbrio: GMm ( hKF)2 R 2m M = Am R = r0A1/3 Acrítico 0,868.1056 Mcrítica 1057 mc2 César Vasconcellos Massa Máxima e A Crítico: (Estrela Newtoniana/ Gás de Fermi) M = Am R = r0A1/3 Acrítico 0,868.1056 César Vasconcellos I) A2/3 (G/r0) (mc2/c2)2 = A2/3 (11,9x1031 fm2 g-1 s-2) (1671,4)2 x1054 g2 = 3,3x10-16 fm2 g s-2 A2/3 II) (hc)2 KF2 / (2mc2) = (197 MeV fm)2 (1.4 fm-1)2 / (2x939MeV) = 40,5 MeV = 40,5 x 1,78 x 10-27 g c2 =72,1 x 10-27 g x (2,998)2 x 1046 fm2 s-2 = 64,8 x 1020 fm2 g s-2 A2/3=19,6.1036 A=86,8.1054 Mcrítica 1057 mc2 Densidade nuclear = M/V=Amc2/(4 /3)A r03 = mc2/(4 /3) r03 2,5 1014g/cm3 r0 > 1 fm ( 1,17fm) Matéria Nuclear = 4 1014 g/cm3 r0 César Vasconcellos rN 1 fm Densidade de Matéria/Energia em Estrelas de Nêutrons M = 1,991030 kg = 1,116 1060 MeV m = 939 MeV massa do nêutron Acrítico = 2,6 1057 Suposição: empacotamento gravitacional limitado ao “caroço-rígido” nuclear r0 0,56 10-13cm REN r0A1/3 = 0,5610-13 2,61/310(57/3)=19cm 7,7 km MEN A m = 2,6 1057 939 MeV = 2,44 1060 MeV 2,18M Estrela de Nêutrons: núcleo gigante. César Vasconcellos REN r0 A1/3 7,7 km MEN A m 2,18 M(M gramas) =1,989 1033 Densidade de Energia/Matéria Estrela de Nêutrons: núcleo gigante. MN = MEN/V = MEN/(4 /3) REN3 MN 2,181,9891033 gramas (4 /3)4561015 centímetros3 A m c2 A (4 /3) r03 39391,7810-27g 40,56310-39cm3 MN 2,27 1015 g/cm3 César Vasconcellos Densidade nuclear r0 > 1 fm ( 1,17fm) = m c2 (4 /3) r03 2,5 1014 g/cm3 Equações de Tolman, Oppenheimer e Volkoff 1 3p(r) Μ(r) dm(r) p(r) 4 πr 2 Μ(r) 1 1 1 4 πr 2 dp(r) ε(r) Μ(r) r r2 r Μ(r) 4 π ε(r) r 2 dr 0 Modelos 2M ( R) 8 R 9 1 1 1 2M ( R) 8 9 8 1 1 9! R 9 9 Estrelas de nêutrons são objetos relativísticos! César Vasconcellos Massa M=1 a 2 M Densidade ~ 1015 g/cm3 Raio R=10 km Densidade de Energia 10 MN Período P>1,58 ms (630 Hz) Campo Magnético B=[108 - 1018] G Estrelas de Nêutrons em Rotação. César Vasconcellos Pulsares perdem energia rotacional: 1 2 I 4 2 2 I 2 dE d 2 I 2 4 I 2 dP E I 2 2 2 3 2 2 P P dt dt P P dt 2 2 2 I MR 2 1030 108 5 5 I 0.8 1038 Kg m2 Pulsar Crab: M = 1 massa solar; P=0.033s ; R = 104 m; 1 dP ~ 10 11 s 1 P dt dE 4 0.8 3.142 1038 1 dP 46 1 dP 2.9 10 2 dt 0.033 P dt P dt dE 3 10 35 watts 1.8 10 48 MeV / s dt César Vasconcellos BdS Fluxo Magnético Raio colapsa de 1 R para Modificação na Superfície BBNS ns B BSun Sol Bsól ~ 0.01 Tesla :: BNS ~ 5 x 107 Tesla 10-5 R 7 10 104 8 constante C 2 9 5 10 = 5 x 1011 Gauss Observações mais recentes: BNS ~ 1018 Gauss!!!! César Vasconcellos Freqüencia de Kepler: valor limite absoluto para a freqüência de rotação de uma estrela. (K/)-1 a (K/)-1 K/ (K/)2 K/ 0,2 César Vasconcellos 0,5 1 /K Pulsares - Estrelas de Nêutrons em Rotação. Consideramos até aqui o caso não-trivial mais simples de estrelas estáticas e esfericamente simétricas: “elemento de linha” (métrica) d2=gdxdx Forma de Schwarzschild (somente elementos diagonais). Estrela em rotação “elemento de linha” d2=gdxdx Forma de Schwarzschild. César Vasconcellos Expressão geral para o elemento de linha em um espaço-tempo com simetria axial: d2=e2(r,)dt2-e2(r,)dr2-e2(r,)[r2d2+r2sin2(d-L(r,)dt)2] Estrela de Nêutrons em Rotação Uniforme com Simetria Axial: estática :: embora rotando, sua rotação é uniforme :: configuração que minimiza a massa-energia total para um valor específico de número bariônico e momentum angular. César Vasconcellos d2=e2(r,)dt2-e2(r,)dr2-e2(r,)[r2d2+r2sin2(d-L(r,)dt)2] •: ângulo polar :: planeamento centrífugo e rotação dos referenciais inerciais; •Referencial local de Lorenz: g(p)= ; g,(p)= 0; (p)= 0 (affine connection); •Referencial inercial: equação da geodésia se reduz à de movimento uniforme em linha reta: du/d = 0. •G = c =1, métrica tem dimensões d2 = t2 ; forma ditada por invariânças frente à translação temporal e rotação axial; •L: velocidade angular dos referenciais locais inerciais :: se a estrela não está rotando, partícula solta na periferia “cai” para o centro da estrela :: se a estrela está rotando, o caminho de queda livre da partícula não está mais dirigido para o centro da estrela :: a partícula sofre um arrasto (“dragagem”) na direção de rotação da estrela. Gravidade tidal: desvio do campo gravitacional da uniformidade para pontos vizinhos. César Vasconcellos (,P()): tensor densidade de energia e momentum. Momento de inércia de estrelas com simetria azimutal, rotação uniforme,com velocidade angular , constante para todo o fluido,relativísticas, em equilíbrio, com deformação rotacional e arrasto dos referenciais inerciais: I(R,) = -1 dr dd 0 -g 3 -g(r,) = e(r,) e(r,) e(r,) e(r,) dr dd I(R,) = -1 = 4 César Vasconcellos /2 0 d 0 R() 0 -g 3 = - ( + P) uu + P Suposição: toda matéria rotando com a mesma velocidade angular constante . A(r, ) = [e2(r,) -2 (r,) - (r,)] Modelos dr -g(r,) [+P()](r,) A(r, ) dr dd I(R,) = -1 = 4 /2 0 d R() 0 0 -g 3 A(r, ) = [e2(r,) -2 (r,) - (r,)] Modelos dr -g(r,) [+P()](r,) A(r, ) u = (u0,0,0,u3) :: quadri-velocidade do fluido. Rotação uniforme: u3 = u0. w(r,): velocidade angular do fluido em referencial localmente inercial. = -w: velocidade angular resultante de elemento do fluido. Efeito dragagem reduz força centrífuga (momento de inércia diminui). César Vasconcellos de 6.Composição: Novas Formas da Matéria no Universo César Vasconcellos Estrelas de Nêutrons: neutralidade de carga elétrica. Carga “net”=0 (densidade de carga 0). Razão: estrela ligada pela força gravitacional de longo-alcance. Carga “net” produziria instabilidade e disruptura. Equilíbrio Químico: assegura que o sistema não “ganha” energia através de processos de decaimento (direto e inverso). César Vasconcellos Convencionalmente: estado fundamental da matéria hadrônica :: quarks confinados em hadrons individuais. Este estado não seria apenas um estado de vida longa? Portanto, não seria então um estado absolutamente estável! Hipótese da matéria estranha:: o “verdadeiro” e absolutamente estável estado da matéria no Universo. Somente em escalas de tempo longas, aquelas da evolução estelar, seria possível o estado confinado transformar-se em matéria estranha. Estrangeletes - Strange Quark Matter Matéria de quarks estranhos (SQM): matéria contendo quantidades aproximadamente iguais de quarks up (u), down (d) e estranhos (s). Estados de muitos quarks contendo apenas quarks u e d, na forma de um plasma quark-glúon, têm densidades consideravelmente maiores do que os núcleos conhecidos. Estrangeletes: gotículas de SQM que contém aproximadamente igual quantidade de quarks u, d e s podem também ser mais densos do que os núcleos. Dimensões dos estrangeletes: Número de quarks contidos em um estrangelete: ~25-100. César Vasconcellos Estrangeletes - Strange Quark Matter Estes estados podem existir como estados exóticos isoméricos de vida longa da matéria nuclear no interior de estrelas de nêutrons. Especulações sobre a estabilidade de estrangeletes são baseadas nas seguintes observações: •O decaimento fraco de um quark s em um quark d poderia ser suprimido ou até mesmo proibido devido à ocupação dos estados mais baixos de partícula única (bloqueio de Pauli). •A massa do quark s pode ser menor do que a energia de Fermi do quark u ou d em tal gotícula altamente densa. SQM: estado neutro de carga (Qu+Qd+Qs=0). César Vasconcellos César Vasconcellos 7.Modelos Relativísticos Nucleares •Princípio da Ação. •Modelos Nucleares.Formulação Relativística da Teoria de Campos. •Campos: Bárions, Léptons, Mésons, Quarks, Glúons. •Equações de Movimento dos Campos. •Quantização dos Campos dos Bárions e dos Quarks. •Matéria Nuclear. Limite Contínuo. •Equação de Estado da Matéria Nuclear: p = p([kF]). •Equações TOV. César Vasconcellos 7.Modelos Relativísticos Nucleares Auto-interação entre mésons Bárions Densidade Lagrangiana (QHD): _ £ = BB[i- (MB-gB) - gB]B _ _ 1 1 £ n bM ( g ) 3 c( g ) 4 3 4 Léptons Mésons - BB[½gB. ]B + [i-m] + ½(-m22) - ¼ + ½m2 Mésons - ¼ . + ½ m2 . César Vasconcellos Mésons Quarks e Glúons £f =fa[i - MB - gg (i/2)abGi]fb 1 1 1 1 2 2 2 bM ( g ) 3 c( g ) 4 m 2 m 0 3 4 2 2 1 1 2 m 03 2 2 B 1 2 p k 2 M *2 B k 2 dk 0 p=p() k F , k 2 m *2 2 k dk 0 1 1 1 1 2 2 2 bM ( g ) 3 c( g ) 4 m 2 m 0 3 4 2 2 1 1 2 m 03 2 3 1 3 k F ,B César Vasconcellos 1 2 k F , 0 B 1 2 k F ,B k 4 dk k 2 M* 0 B EOS Exemplo típico k 4 dk k 2 m* 2 2 Equações de movimento hadrônicas. Exemplo típico: i m B B g B B f g B B F B 4m B f B g B . .G B 4m B f B 5 ( . ) B m m g B B B 2 B f B F m g B B B ( B B ) B B 2m B César Vasconcellos 2 Equações de Movimento da QCD: i mf f a i g forte 2 F i g fortef ijk G i F César Vasconcellos k f bG i ab i a b g forte f f 2 ab Determinamos assim: Massa da Estrela. Densidade de Energia.Compressibilidade. Pressão Cinética e Dinâmica.Populações Bariônicas e Leptônicas. E muito mais... César Vasconcellos 8. Matéria Hadrônica Densa (MHD) Investigação da MHD: tópico fundamental na Física Nuclear e de Partículas. Através da Investigação da MHD: propriedade de confinamento da QCD poderá ser estudado em detalhes? César Vasconcellos Matéria Hadrônica Densa (MHD) QCD - propriedade de confinamento: QCD é uma teoria de calibre não-Abeliana e de campos quânticos. Investigação da MHD: esperamos verificar uma importante predição da QCD, a transição de fase da MH para um Plasma de Quark e Gluons livres. César Vasconcellos Matéria Nuclear Infinita (MNI) Na decada de 1950, um sistema hipotético foi inventado: Matéria Nuclear Infinita. MNI: semelhança próxima - no centro de núcleos pesados, em estrelas de nêutrons, de quarks, estranhas e híbridas. César Vasconcellos César Vasconcellos César Vasconcellos César Vasconcellos 9. Plasma Quark-Glúon (PQG) Formação do PQG em Estrelas de Nêutrons César Vasconcellos Formação do PQG em Reações de Íons Pesados César Vasconcellos Clique aquí e veja uma animação RHIC César Vasconcellos Estrela compacta, RX J1856.5-3754, a cerca de 400 anos-luz da Terra, na constelação Corona Australis. César Vasconcellos Formação gasosa remanescente de supernova 3C58, contendo no seu centro um pulsar situado a cerca de 10.000 anos-luz da Terra, na constelação Cassiopéia. Modelos: sacolas de quarks (SQ) e hadrodinâmica quântica (HDQ) SQ HDQ Predições dos modelos são inconfundíveis! César Vasconcellos Problema Parâmetros da EoS da MNI não são suficientemente bem conhecidos: 1. densidade de saturação nuclear; 2. energia de saturação nuclear (energia de ligação por núcleon); 3. compressibilidade da matéria nuclear; 4. coeficiente de assimetria. César Vasconcellos Conseqüência Conseqüência: incerteza expressiva predições em modelos de estrelas. nas Uma Possível Solução Solução: introduzir novos vínculos às teorias Naturalidade: coeficientes de expansão, em termos de escalas da QCD, em teorias de campos efetivas, C1. César Vasconcellos Teorias de Campos Efetivas Restringimos o sistema a determinadas escalas: 1. Escalas correspondentes a alcances mais longos da interação: graus de liberdade de troca mais leves. 2. Escalas correspondentes à alcances mais curtos da interação: graus de liberdade de troca mais pesados. São estes aqueles levados em conta, IMPLICITAMENTE, nos coeficientes de expansão de uma teoria! NATURALIDADE: é uma forma de garantir a eliminação desta física implícita! César Vasconcellos Modelo QHD com mésons delta: Naturalidade em uma Teoria Relativística de Campo Médio para Estrelas de Nêutrons: efeitos de acoplamentos não-lineares com méson σ,δ César Vasconcellos César Vasconcellos O Som dos Pulsares César Vasconcellos Massa M=1 a 2 M Densidade ~ 1015 g/cm3 Raio R=10 km Densidade de Energia 10 MN Período P>1,58 ms (630 Hz) Campo Magnético B=[108 - 1018] G Pulsares são estrelas de nêutrons ou de quarks em rotação. César Vasconcellos César Vasconcellos Pulsares mais conhecidos, Vela e Crab. Nebulosa Crab César Vasconcellos Pulsar Vela Imagem de raios-X (Chandra) da remanescente de supernova G292.0+1.8 e pulsos de radio do pulsar PSR J1124-5916. O pulsar está assinalado com uma seta. César Vasconcellos Estrelas de quarks indicam novos estados da matéria no universo. RX J1856.5-3754: suas dimensões e sua temperatura indicam que esta não é uma estrela nêutrons e sim uma estrela de quarks. César Vasconcellos PSR B0329+54 PSR B0833-45, Pulsar Vela Este pulsar é considerado um típico pulsar normal com período de rotação de 0.714519 segundos, i.e. , cerca de 1.40 rotações/segundo. Este pulsar está situado perto do centro da remanescente de supernova Vela, formada a cerca de 10.000 anos atrás. O pulsar é o caroço colapsado desta estrela, rotando com um período de 89 milisegundos ou cerca de 11 vezes por segundo. César Vasconcellos PSR B0531+21, Pulsar Crab PSR J0437-4715 Este é o mais jovem pulsar conhecido, situado no centro da nebulosa caranguejo, a remanescente de supernova de sua explosão primordial. O pulsar rota cerca de 30 vezes por segundo. Este pulsar foi recentemente descoberto. Situado na região de períodos de milisegundos, sua aceleração ocorreu através de um processo de acresção de matéria de uma companheiro binária, durante o processo de expansão em sua fase de gigante vermelha. Como resultado do processo de acresção de matéria, momentum angular orbital da estrela companheira é convertido em momentum angular rotacional da estrela de nêutrons que rota agora a cerca de 174 vezes por segundo. César Vasconcellos PSR B1937+21 Pulsar mais rápido conhecido, rotando com um período de 0.00155780644887275 segundos, ou cerca de 642 vezes por segundo. A superfície da estrela rota com velocidade tangencial de cerca de 1/7 da velocidade da luz. Como as dimensões da estrela são da ordem da cidade de Porto Alegre, isto ilustra a imensidão da força gravitacional que deve atuar na estrela de modo a impedir sua decomposição devido às imensas forças centrífugas que sobre ela atuam no processo de rotação. César Vasconcellos “The Sounds of Pulsars”: Jodrell Bank http://www.jb.man.ac.uk/~pulsar/Education/Sounds/sounds.html Conclusão Estrelas de Nêutrons e Pulsares: Laboratórios para o Estudo de Novos Estados da Matéria no Universo. TEMAS ATUAIS NESTE CAMPO Condensação de Píons, Kaons, Híperons. Materia Estranha. Estrangeletes. Estrelas Híbridas. Estrelas de Quarks. Plasma Quark-Glúon. Confinamento de Quarks nos Primeiros Instantes do Unive Origem do Universo. César Vasconcellos