Sumário Mineral da Bahia
Desempenho do Setor – Junho 2014
MINERAÇÃO
Os fundamentos macroeconômicos sinalizam para a manutenção da
acomodação dos principais indicadores que podem influenciar o desempenho
das commodities minerais. No seu relatório de inflação referente a junho/14 o
Banco Central do Brasil (Bacen) apresentou perspectivas de baixas taxas de
crescimento para as economias maduras e moderação na dinâmica dos
preços de commodities nos mercados internacionais. Seguindo esta
tendência, o Índice de Commodities do Bacen apresentou no mesmo mês
estabilidade, com variação positiva de 0,87% no mês, queda de (-6,1%) no
acumulado do ano e crescimento de 6,34% em 12 meses, para minerais
metálicos1. Assim, as cotações médias no mês de jun/14 das principais
commodities cotadas na LME (Bolsa de Londres) foram: cobre US$6.806,10;
zinco US$2.126,79; alumínio US$1.834,40; chumbo US$2.103,31; estanho
US$22.773,81; níquel US$ 18.573,57. A variação média das seis cotações
apresentou queda de -1,54%, quando comparado a mai/14, como reflexo do
cenário de acomodação e expansão de 9,41% comparando-se a junho/13,
carreada pelo bom desempenho do níquel em 2014. Entre os minerais
produzidos na Bahia, o níquel apresentou crescimento de 30,15% em suas
cotações e o cobre queda de -2,83% entre jun-14/jun-13.
LME/BCB – Cotações Médias Mensais
48% do total arrecadado, apresentando queda de 24% quando se compara ao
primeiro semestre de 2013. A arrecadação baiana de CFEM alcançou R$20,7
milhões no primeiro semestre de 2014 e também apresentou uma queda de
18,73% comparando-se ao primeiro semestre de 2013.
Outra importante notícia para a mineração brasileira em junho foi o
lançamento pelo Serviço Geológico Brasileiro (CPRM) de 25 novas mapas
geológicos de diversos estados, onde estão incluídas as folhas Rio das
Contas, Brumado, Santa Maria da Vitória, Condeúba e Tanhaçu na Bahia. Já
as folhas Pinhões, Uauá, Monte Santo e Andorinhas (BA) - componentes do
Projeto Uauá-Monte Santo - estão sendo executadas em duas etapas, sendo a
primeira já lançada com um mapa preliminar, em formato pdf, de conteúdo
factual e descritivo, e com enfoque litoestratigráfico, contendo todos os dados
de campo acrescidos de análises petrográficas. No próximo ano será
concluída a segunda etapa e serão disponibilizados produtos finais em formato
pdf.
Na Bahia, a mineradora Cabral Resources obteve junto ao DNPM 07 novos
Alvarás de Autorização de Pesquisa para minério de ferro em Ibicoara e
Mucugê e para calcário em Iramaia. A companhia possui protocolo de intenção
para investimentos em mineração de ferro de aproximadamente R$4 bilhões,
prevendo-se a produção de 15 milhões toneladas/ano e geração de 850
empregos. Além da Cabral, a Bahia Mineração (Bamin) obteve licença de
operação do órgão ambiental estadual para iniciar a lavra, britagem e seleção
de minério de ferro em Caetité.
Outra notícia relevante para o setor mineral baiano referiu-se a testes
realizados pela INB (Indústrias Nucleares do Brasil) na planta piloto de
produção de peróxido de urânio, localizada no município de Caetité. A INB
informou ainda que realizará uma duplicação dessa unidade a partir do
segundo semestre de 2017 para atender à expectativa de crescimento da
demanda doméstica a partir da conclusão da usina de Angra 3, que consumirá
800 t daquele produto, atualmente a INB Caetité produz 400t.
Protocolos de Intenções Assinados
Em junho não foram assinados Protocolos de Intenção para o setor mineral
Requerimentos Minerais Protocolizados/Direitos Minerais Concedidos
Fonte: BCB/LME
Contudo, há expectativas de reversão de tendências no segundo semestre do
ano de 2014. Relatórios de analistas do setor, como o Banco BNP Paribas e a
Consultoria Tendências, sinalizaram que a China tem apresentado queda nos
seus estoques de alumínio e cobre, o que poderá impactar nos preços dessas
commodities nos próximos meses. Além disso, permanecem as expectativas
sobre as eleições na Indonésia, sobretudo a respeito da manutenção pelo
novo governo das restrições às exportações do níquel, medida que resultou no
crescimento dos preços desse mineral nos últimos meses.
Importante notícia, quanto ao aspecto ambiental, foi a de que a empresa
BlueOak Resources construirá nos Estados Unidos a primeira refinaria de
mineração urbana, que possibilitará a recuperação de metais como ouro,
prata, cobre e paládio a partir de lixo eletrônico e deverá iniciar suas atividades
em 2015, com o processamento de 8 mil toneladas de sucata/ano, conforme
seu comunicado ao mercado através da imprensa americana.
Ainda sobre metais preciosos, o estudo intitulado “Strategies for Gold
Reserves Replacement” da consultoria americana SNL Metals & Minerals
(MEG) divulgado no mês de junho/14, informou o crescimento dos custos para
mineração de ouro na última década. O estudo apresentou a evolução dos
custos para implantação de uma mina entre 2004 (US$560/onça) e 2013
(US$2.300/onça) e estima um aumento em 2014 (US$2.400/onça). O custo
operacional das minas passou de US$250/onça (2004) para US$702/onça
(2013), enquanto o preço médio anual do ouro passou de US$409/onça (2004)
para US$1.669/onça (2012), fechando o ano de 2013 em queda
(US$1.411,71/onça).
No Brasil, segundo dados do DNPM2 houve queda de 29,4% na arrecadação
da CFEM3 no primeiro semestre do ano em curso, quando o total arrecadado
alcançou R$ 912,15 milhões, contra R$ 1,29 bilhão no primeiro semestre de
2013. No mês de junho de 2014, o total da arrecadação de CFEM foi
R$119,31 milhões, o que representou um crescimento de 1,2% em
comparação a jun/13, quando se compara a mai/14, quando o total situou-se
em R$167,7 milhões, houve queda de 28,5%. Minas Gerais respondeu por
Junho/2014
Requerimentos (Jun/14): 234 Requerimentos, sendo 221 para
Pesquisa, 11 para Licenciamento e 02 para Lavra garimpeira.
Portaria de Lavra: 02 Portarias, para areia.
Alvarás de Pesquisa: 346 em maior número para minerais da
construção civil.
Guias de Utilização: em junho/14 não foram emitidas Guias de
Utilização
Acumulado do ano (Jan-Jun/14):
Requerimentos de Pesquisa: 961 (2º lugar no ranking nacional).
Alvarás de Pesquisa: 1.088 (1º lugar no ranking nacional).
Guias de Utilização: 68 (em junho não foram emitidas novas
Guias de Utilização, permanecendo o nº acumulado de maio/14).
Portarias de Lavra: 05 Portarias de Lavra (vanádio, níquel, ouro e
areia).
Produção Mineral Baiana Comercializada (PMBC)
PMBC (Jun/14): R$ 193 milhões (queda de 1,18% em relação à mai/14,
sobretudo pela redução nas comercializações de níquel, cobre e ouro em
junho).
Acumulado no ano (Jan-Jun/14): R$ 1,14 bilhão (queda de 17,2% em
relação ao mesmo período do ano passado).
Bahia – PMBC (Jan – Jun/14)
Milhões R$
1.400,00
1.200,00
1.000,00
800,00
600,00
400,00
200,00
-
1
Composição: alumínio, minério de ferro, cobre, estanho, zinco, chumbo e níquel.
2 Departamento Nacional de Produção Mineral.
3
Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais.
PMBC
2013
2014
1.386.215.167,17
1.147.832.009,68
Fonte:DNPM
Elaboração: SICM/DIMIN
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Desempenho do Setor – Junho 2014
Comércio Exterior
PETRÓLEO E GÁS
Junho/2014
Corredor de comércio exterior de bens minerais: US$ 36,7
milhões (queda de 81% em relação à mai/14).
Balança Comercial Mineral : déficit de US$ 12,5 milhões.
Exportações: US$ 12,1 milhões (queda de 65,70% em relação a
mai/14, motivada especialmente pela ausência das exportações
de níquel).
Principais minerais exportados: ouro, magnesita, e outros
metais preciosos.
Importações: US$ 24,6 milhões (84,4% menor que em mai/14).
Principais minerais importados: cobre (78,12%), fosfatos
(13,7%) e enxofre (7,7%).
Acumulado do ano (Jan-Jun/14):
Corredor de comércio exterior de bens minerais: US$ 675,1
milhões (23,14% menor que igual período do ano passado).
Balança Comercial Mineral: déficit de US$ 343,2 milhões (queda
de 18% comparando-se ao mesmo período de 2013).
Exportações): US$ 165,9 milhões (queda de 27,75%
comparando-se ao mesmo período de 2013.).
Importações: US$ 509,1 milhões (menor 21,51% do que primeiro
semestre de 2013).
Produção de Petróleo e Gás
Produção de petróleo (Maio/14): 1,38 milhão de barris (3,9% maior que em
abr/14);
Produção de gás natural (Maio/14): 259,4 mil m³ (crescimento de 2,4%,
comparado a abr/14).
Comércio Exterior de Petróleo e Gás
Maio/2014
Corredor de Comércio Exterior de Petróleo e Gás: US$ 547
milhões.
Bahia – Comércio exterior de petróleo e gás
Balança Comercial de Petróleo e Gás (Mai/ 2013 - Mai/ 2014)
CFEM - Compensação Financeira pela Exploração de Recursos
Minerais
CFEM Jun/2014: R$ 3,46 milhões, queda de 2,92% em relação à mai/14.
CFEM Acumulado (Jan-Jun/2014): R$ 20,7 milhões, sendo 18,73% menor
em relação ao mesmo período de 2013.
Bahia – Arrecadação da CFEM
(Jun/13 x Jun/2014)
Fonte: DNPM – dados preliminares sujeitos à modificação
Elaboração: SICM
Principais municípios arrecadadores de CFEM (jun/2014): principais
Itagibá (níquel), Jaguarari (cobre), seguido por Curaçá (cobre), e Andorinha
(cromita).
ICMS
Fonte: MDIC/ALICE
Elaboração: SICM
Saldo Balança Comercial de petróleo e gás: Déficit de US$ 292
milhões.
Exportações: US$ 127,5 milhões (decréscimo de 15,23% em
relação a abr/14).
Importações: US$ 419,5 milhões (11 vezes maior em relação a
abr/14).
Acumulado do ano (Jan-Jun/14):
Corredor de Comércio Exterior de Petróleo e Gás:US$1,7
bilhão (variação positiva de 33,5% comparado ao mesmo período
de 2013).
Saldo Balança Comercial de petróleo e gás: superávit de US$
454,7 milhões.
Exportações: US$ 650,3 milhões (aumento de 27,6% em relação
a janeiro a maio de 2013).
Importações: US$ 1,04 bilhão (acréscimo de 37,5% em relação a
jan-mai/13).
Licenças Ambientais Concedidas para Petróleo e Gás
No mês de junho não houve registro licenças ambientais para petróleo e gás
na Bahia.
Junho/2014: R$ 9,2 milhões (queda de 5,96% em relação à mai/14).
Receitas da Destinação de Royalties para o Estado – Lei estadual
9.281/2004
Bahia – Receitas de Royalties
(Junho/2014)
Entidade
Royalty Junho/2014 (R$1,00) Acumulado 2014 (R$1,00)
Petróleo
21.181.539,36
136.287.235,75
Água
2.487.401,61
15.152.676,99
CFEM
796.897,58
4.759.739,35
24.465.838,55
156.199.652,09
Petróleo
20.851.573,82
129.917.312,29
Água
2.487.401,61
15.152.676,99
CFEM
2.252.101,87
13.451.437,26
Total
25.591.077,30
158.521.426,54
TOTAL ESTADO DA BAHIA
50.056.915,85
314.721.078,63
Governo do Estado
Total
Municípios
Fontes: ANP/ANEEL/DNPM
Elaboração: SICM
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Junho (2014) - Companhia Baiana de Pesquisa Mineral