Universidade Federal do Rio de Janeiro COPPE/MBE Gestão de resíduos e reciclagem (aula 3) Élen Beatriz Pacheco, DSc IMA/UFRJ Elen Vasques Pacheco 1 Sumário Reciclagem de metal Reciclagem de vidro Compostagem Polímeros – algumas definições Reciclagem de papel Formas de reciclagem de plástico Reciclagem química de plástico e borracha Elen Vasques Pacheco 2 Preço do material reciclável (p=prensado, l=limpo;, www.cempre.org.br, 2006) Material Preço (R$/ton) Papelão 200, PL 0 0 , L Elen Vasques Pacheco 3 Metal Classificação: Ferrosos - ferro e aço não-ferrosos - alumínio, cobre, chumbo, níquel, zinco e ligas Tipos de lata: Folha-de-flandres Aço revestido com estanho - Ex.: latas de conservas alimentícias; Aço revestido com cromo (Cromadas). Ex.: latas de óleo; Aço não-revestido Ex.: latas de tinta; Elen Vasques Alumínio: Ex.: latas de cerveja. Pacheco 4 OBTENÇÃO DE METAL Processo primário: metal é obtido através da redução do minério ao estado metálico. Utiliza-se altas temperaturas e elevado consumo de energia; Processo secundário: metal é obtido da fusão do metal já usado (sucata). Consumo de energia é menor que a do primário. Metais secundários podem ser tão bons quanto os primários para a maioria das aplicações. Condutividade elétrica e resistência à corrosão são afetadas por diminutos teores de impurezas metálicas ou inclusões não-metálicas.Elen Vasques Pacheco 5 Comparação do consumo de energia para a obtenção de metais primários e secundários Metal Energiaempregadana obtençãodeumatonelada metal primário KW h/t metal secundário KW h/t Alumínio 17.600 Cobre Energiapoupadanareciclagem KW h/t % 750 16.850 95 2.426 310 2.116 87 Zinco 4.000 300 3.700 92 Estanho 2.377 360 2.027 85 Chumbo 3.954 450 3.504 88 Níquel 23.000 600 22.400 97 Magnésio 18.000 1.830 16.170 90 Elen Vasques Pacheco 6 Latas de alumínio Para cada tonelada de alumínio reciclado, aproximadamente 4 toneladas de minério bauxita deixam de ser consumidos. As latas de alumínio surgiram no mercado Norte Americano em 1963. Com os avanços tecnológicos com 1 kg de alumínio reciclado produzia-se Década de 70-80 - 49 latas de 350 ml Década 90 – 64 latas Hoje – 73 Elen latas Vasques Pacheco 7 Etapas no processo de reciclagem das latas de alumínio: 1. Coletadas 2. Amassadas recolhidas e armazenadas por rede de sucateiros outra parte: supermercados, escolas, empresas e entidades filantrópicas. 3. Enfardadas 4. Encaminhadas à Indústria de fundição nos fornos as latinhas são derretidas e transformadas em lingotes 5. Repasse a indústria de autopeças ou 5. Venda dos blocosElen aos Vasques fabricantes de lâminas. Pacheco 8 Reciclagem de alumínio O processo mais utilizado para a fusão de sucatas de alumínio envolve o uso de fornos rotativos que operam a temperaturas entre 700 a 800oC. Para se obter um rendimento metálico elevado, são usados fluxos salinos. Seu objetivo é criar uma barreira protetora contra a oxidação superficial do alumínio Geralmente são usados cloreto de potássio (KCl) (40%) e cloreto de sódio (NaCl) (60%) em quantidades que variam de 10 a 40% da carga de Elen Vasques sucata Pacheco 9 Reciclagem de alumínio Uma mesma carga de sal é usada para processar 2 a 3 corridas, e posteriormente é descartada O subproduto salt cake é formado principalmente por óxido de alumínio e sal que é facilmente lixiviado pela água Disposto aterros industriais Elen em Vasques Pacheco 10 Reciclagem de alumínio Novas tecnologias visando o não uso de sais incluem o aquecimento dos fornos recuperadores por: Plasma em atmosfera inerte Trabalho desenvolvido pelo IPT/ABAL/USP Fábrica a plasma – reciclagem de embalagens longa vida Investimento: R$ 12 milhões Elen Vasques Pacheco 11 Reciclagem de aço Aciaria elétrica – empresas que fundem as sucatas de aço 20% do aço utilizado é produzido em aciarias elétricas (fusão através de eletricidade) O material pode ser reciclado infinitas vezes semElen prejudicar Vasques a qualidade Pacheco 12 Reciclagem de aço No convertedor Entrada Gusa líquido: 100 t (1.250oC) Sucata: 25 t Saída Aço líquido: 115 t Escória: 10 t Elen Vasques Obs. Os eletrodos através de descarga elétrica fazem a Pacheco 13 fusão Vidro Material obtido pela fusão de compostos inorgânicos (areia de jazida, barrilha, calcário e feldspato) a alta temperatura; Seu principal componente é a sílica (SiO2) que apresenta alta temperatura de fusão; A indústria vidreira abastece o mercado com linhas de recipientes ligados a alimentos. para embalagens de alimentos: potes, garrafas, garrafões, copos para utensílios domésticos: recipientes brancos ou coloridos; utensílios para mesa; coloridos, brilhantes ou foscos; pyrex. Elen Vasques Pacheco 14 Vidro reciclado A reciclagem se dá sem perda de volume nem das propriedades. O recipiente reciclado apresenta as mesmas propriedades do material produzido a partir de matéria-prima virgem: Impermeável. Puro. inerte (não deixa sabor nem gosto no conteúdo). não sofre restrições de uso. pode ser acondicionado alimento, bebida e medicamento. Elen Vasques Pacheco 15 Podem ser reciclados Garrafas de refrigerantes e cerveja nãoretornáveis. Garrafas de sucos e águas. Frascos de molhos e condimentos. Garrafas de vinho e bebidas alcoólicas. Potes de produtos alimentícios. Frascos de remédios e perfumes. Elen Vasques Produtos dePacheco limpeza. 16 Apresentam problemas técnicos para reciclagem Espelhos (contém prata); Vidros de janela (vidro plano) e box de banheiro; Vidros de automóveis; Produtos de cerâmica e louças; Potes de barro; Cristal (contém chumbo); Lâmpadas; Formas e travessas de vidro temperado; Utensílios de mesa de vidro temperado; Tubos de televisão (contém lítio); Elen Vasques Ampolas de remédios. Pacheco 17 Ex. Processo de reciclagem Utiliza-se cerca de ¼ de matéria-prima reciclada na forma de cacos: 1. Cacos são reduzidos. 2. Lavados e totalmente livres de impurezas. 3. Adicionados à mistura de matérias-primas. - Os fornos operam de 800 oC (quando presente cacos) a 1800 oC 4. Transformados em garrafas, potes e frascos novos. Elen Vasques Pacheco 18 Reciclagem de vidro A reciclagem se dá sem perda de volume nem das propriedades 1 Kg de vidro pode ser transformado infinitas vezes em 1 kg de vidro O emprego de um terço de cacos na mistura resulta em 20% de economia de energia O caco necessita de menos calor do que os minerais in natura para fundir; Elen Vasques Pacheco 19 Compostagem Processo de estabilização biológica da matéria orgânica pela ação controlada de microorganismos transformando-a em composto e húmus. Técnica consagrada de tratamento de lixo urbano. A produção e utilização do composto permite reconstituir e manter o ciclo da matéria orgânica indispensável ecológico do solo. Elen Vasques Pacheco 20 Compostagem Material compostado: restos de alimentos, estercos, aparas de grama, folhas, galhos. Procedimento: A fração orgânica de lixo é disposta em um pátio em pilhas. São feitos revolvimentos periódicos para aeração necessária para o bom desenvolvimento do processo de decomposição biológica O processoElen dura de 4 a 6 meses Vasques Pacheco 21 Vantagens da compostagem Redução de cerca de 50% do lixo destinado ao aterro Aproveitamento agrícola da matéria orgânica Reciclagem de nutrientes para o solo Eliminação de patogênicos Elen Vasques Pacheco 22 Vantagens da compostagem Os compostos orgânicos (pobres em macronutrientes - N, P e K): fornecem às plantas diversos micronutrientes. O seu efeito mais estruturação do solo: reduz a erosão > a aeração notável é na bio- > a retenção de água > a penetração das raízes Elen Vasques Pacheco 23 > a vida dos microorganismos do solo Exigências para um bom processo de compostagem A pilha deve possuir resíduos orgânicos, umidade e oxigênio em proporções adequadas Principais fatores que afetam a velocidade de degradação da matéria orgânica: Umidade ( 50%) Oxigênio A relação C/N presente no material a ser degradado deve estar em torno de 25 a 30 partes de carbono para uma parte de nitrogênio Temperatura (40 a 50oC). Elen Vasques Pacheco 24 Relação C/N Materiais C/N Bagaçodelaranja 18/1 Cascadearroz 39/1 Cavacodemadeiraouserragem 100a600/1 Estercodegado 18/1 Estercodegalinha 10/1 Estercodeporco 5a7/1 Gramadejardim 36/1 Palhademilho 110/1 Papel Elen Vasques Pacheco Fonte: Cadernodereciclagem, 6, Cemp re, 1997 150a200/1 Restos deverduras 15/1 25 Processo de compostagem A temperatura no interior da pilha é 40 a 60oC quando a atividade dos microorganismos decompositores é máxima (fase termófila; quando ocorre eliminação de micróbios patogênicos). O composto está pronto para uso quando a temperatura no interior da pilha retorna a valores próximos ao da temperatura ambiente. Os microorganismos necessitam de uma mistura de matéria rica em carbono, ou seja, rica em energia (palhas e folhas) e um pouco de material rico em nitrogênio (estercos). Elen Vasques Pacheco 26 Compostagem Formas de obtenção do composto: uso de composteira (pequenos quintais) compostagem em pilhas (geração de grandes volumes) minhocário Elen Vasques Pacheco 27 Processo de reciclagem Composteira Composteiras abertas menor custo são caixas abertas Fechadas mais caras feitas de plástico, metal ou madeira Elen Vasques devem permitir circulação de ar Pacheco 28 Processo de reciclagem Em Pilhas Compostagem em pilhas é o processo encontrado nas Usinas de Triagem e Compostagem, que consistem de esteira de catação manual, peneira e/ou moinho e pátio de cura lenta. O revolvimento é feito semanalmente (mínimo) e a cura do composto se processa após cerca de 6 meses (processo natural). Processo acelerado - A aeração pode ser forçada por tubulações perfuradas, sobre as quais se colocam as pilhas de lixo. A aeração forçada pode ser usada em Elen Vasques reatores, dentro dos quais são colocados os resíduos Pacheco 29 Processo de reciclagem Minhocário Forma de produzir excelente fertilizante orgânico com auxílio de minhocas (vermelha da Califórnia - Eisenia foetida) através do processo chamado vermicompostagem. Elen Vasques Pacheco 30 Cuidados na compostagem Não deve ser adicionado ao material a ser compostado: Madeira tratada com pesticidas contra cupim ou envernizadas Vidro Metal Óleo Tinta Couro Plástico Papel Elen Vasques Pacheco 31 Resíduos domiciliares potencialmente perigosos Tipo Material parapintura Produtos Tintas, solventes, pigmentos, vernizes Produtos para jardinagem e Pesticidas, inseticidas, repelentes, herbicidas animais Produtos paramotores Óleos lubrificantes, transmissão, baterias Outros itens pilhas, frascos fluorescentes de fluídos aerossóis, Fonte: Manual deGerenciamentoIntegrado, Cempre, 1995 Elen Vasques Pacheco de 32 freio e lâmpadas Obtenção do papel Papel - composto basicamente por fibras celulósicas (madeira: Eucalipto e Pinus); As empresas produtoras de celulose possuem seus próprios reflorestamentos. O processo da extração da celulose consiste na separação da lignina da madeira. A seguir é feita a pasta celulósica, que pode ser de: Fibra curta Elen Vasques dependem do tipo de madeira usada Fibra longaPacheco 33 Obtenção do papel Tipo de fibra Árvore de Produção origem no Brasil Curta (1 a 2 mm) Folhosas: Eucalipto, Bétula, Faia, Álamo (árvores duras – mais celulose) 5 milhões de toneladas (1998) Coníferas: Pinheiros, Araucárias, Pinus (árvores moles – ricas em resina) 1,2 milhões de toneladas (1998) Longa (2 a 5 mm) Propriedades baixa resistência ao rasgo opacidade, maciez e suavidade grande resistência ao rasgo Longa/curta Elen Vasques Pacheco 34 Utilização papéis para imprimir, escrever e para fins sanitários Papéis kraft (cimento) Papéis de impressa (jornais); papelão ondulado Constituição das árvores substâncias extraíveis (oléos aromáticos e carboidratos) 20% celulose 50% lignina 30% Elen Vasques Pacheco 35 Papel Tipo Definição Gramatura (g/m2) Papel lâmina ou folha de fibras cruzadas, geralmentevegetais Cartolina cartãoleveoufino 120/150a 200/250 Papelão folha de papel de elevada gramatura eespessura apartir de 200/250 até120a130 Espessura() até150 folha flexível 150a300 folharígida mais de 300 Fonte: J. Envangelista, Tecnologia deAlimentos - Embalagens. Elen Vasques Pacheco Rigidez 36 folha rígida Classificação do papel de acordo com sua utilização (segundo Associação Brasileira de Celulose e Papel – Bracelpa) Imprensa Imprimir Escrever Embalagem Cartões e cartolinas Fins sanitários Fins especiais Elen Vasques Pacheco kraft ondulado outros 37 Reciclagem de papel Todos são recicláveis com exceção das categorias Fins sanitários Fins especiais representam 12% do consumo brasileiro de papel (1998) Papelão ondulado – material comum para a reciclagem Composição: Parte externa - fibras melhores; Parte interior - fibras de qualidade inferior; Elen Vasques Miolo - fibras de pior qualidade (corrugadeira) Pacheco 38 Mercado fornecedor de aparas Fonte geradora de resíduo Catador Sucateiro/ aparista Fábrica de papel Elen Vasques Pacheco 39 Papéis que não podem ser reciclados Vegetal ou glassine – são papéis cujas fibras são fundidas uma às outras. Portanto, não são desfibriladas facilmente Carbono – são feitos de papéis altamente refinados e impermeabilizantes, contendo revestimento de graxo-carbono, material resistente a dispersão, tornando-se uma fonte de manchas Celofane – papel de celulose regenerada Betuminado, parafinado ou com gordura – deve-se eliminar papéis gordurosos ou parafinados, pois não misturam na massa Papéis sanitários, guardanapos – aqueles contaminados com material orgânico Fotografias Elen Vasques Fitas e etiquetas adesivas Pacheco 40 Impurezas Materiais que devem ser removidos para a utilização das aparas Terra Clipes Adesivos Plásticos Pedras Arame Elen Vasques Cordas Pacheco 41 Etapas para reciclagem de papel Aparas Desagregação - Hidrapulper Limpeza e depuração da massa obtida Pasta celulósica de fibras secundárias Destintamento e alvejamento (opcional) Refinação da massa Adição ou não de fibras virgens Elen Vasques Pacheco Formação e secagem da folha de papel 42 Destino das aparas no Brasil Fibras recicladas - utilizadas nos segmentos de embalagem e sanitários, cujo custo de recuperação é mais baixo (exige somente as operações de desagregação e limpeza) Recicla-se até 3 vezes a apara até Vasques a perda da fibra Elen Pacheco 43 Destino das aparas no Brasil: Fins sanitários 18% Imprimir 2% Embalagem 80% Elen Vasques Pacheco 44 Taxa de recuperação de papéis por tipo de geração (1998) Fonte: Associação Brasileira de Celulose e Papel, Bracelpa * não inclui papéis para fins sanitários e papéis especiais Tipo de papel Consumo aparente (mil t)* Elen Vasques Pacheco 45 Taxa de recuperação e c (%) u p e r a ç ã o ( m i l t ) HDPE e LDPE HDPE - poli(etileno de alta densidade) (High Density polyethylene) LDPE - poli(etileno de baixa densidade) (Low Density polyehtylene) (CH2 - CH2)n Elen Vasques Pacheco 46 PP Polipropileno (polypropylene) (CH2 - CH)n CH3 Elen Vasques Pacheco 47 PET - Poli(tereftalato de etileno) (poly(ethylene terephthalate)) HO O O C C +HO OH OH Ác ido te re ftá lic o O O HO C C Etile no glic ol O O H + H2O n PET Elen Vasques Pacheco 48 PVC Poli(cloreto de vinila) poly(vinyl chloride) (CH2 - CH)n Cl Elen Vasques Pacheco 49 PS (CH2 - CH)n Elen Vasques Pacheco 50 Classificação dos polímeros Fusibilidade Termoplásticos – fundem por aquecimento e solidificam por resfriamento Termorrígidos – quando aquecidos, assumem estrutura tridimensional com ligações cruzadas; insolúveis e infusíveis Elen Vasques Pacheco 51 Recuperação de plástico e borracha Definição quanto ao processo Mecânica – envolvidos processos mecânicos Química - transforma os resíduos poliméricos em monômeros ou oligômeros Energética - incineração com recuperação de energia Elen Vasques Pacheco 52 Madeira plástica > quantidade de contaminantes na separação mais caro sua recuperação Etapas intermediárias mão de obra tempo energia produtos químicos Elenespeciais Vasques equipamentos Pacheco 53 Madeira plástica Recuperação de plásticos misturados Madeira plástica (substituição da madeira) Elen Vasques Pacheco 54 IMAWOOD Pode ser serrado, aparafusado, pregado e aplainado Resistente ao ataque de insetos Pode ser utilizado em: Tábuas, blocos Formas para concreto Moirões para cerca em estradas, áreas rurais Bancos de jardim Rodapés, portais, parapeitos de janela Deck marinho Elen Vasques Pacheco 55 Blocos para separação de trânsito, meios-fios Cronograma da Resolução Conama 258/99 e 301/03 Dispõe sobre a coleta e a destinação final de pneus inservíveis 01/01/2002 - para cada 4 pneus novos fabricados ou importados no País, as empresas deverão dar destinação final a 1 pneu inutilizável 2003 - proporção de 2 para 1 2004 - 1 para 1 Elen Vasques 2005 - 4 para 5. Pacheco 56 Destinos - no Brasil Reutilização - brinquedos, protetor de rodovias Reciclagem mecânica - pneu adicionado ao asfalto (carga) química recauchutagem (aumenta a vida do pneu em 40%) regeneração - quebra de ligações energética – combustível co-processamento em cimenteiras Elen Vasques Pacheco 57 Composição asfáltica Incorporação da borracha (em pedaços ou em pó) no asfalto empregado na pavimentação de rodovias. Principais características: maior custo pode dobrar a vida útil das estradas - confere ao pavimento maiores propriedades de elasticidade frente a mudanças de temperatura reduz o ruído veículos que passam por ele Elendos Vasques Pacheco 58 reduz o armazenamento de pneus velhos. Reciclagem química da borracha A borracha regenerada é utilizada em produtos com menor exigência técnica, como em tapetes e solados. Elen Vasques Pacheco 59 Reciclagem energética PoderCalorífico Material MJ/kg Pneu 40 Madeira 14 Elen Vasques Pacheco 60 Pilhas e batérias Pilha - transforma energia química em elétrica O teor de mercúrio nas pilhas de zinco-carvão e alcalinas - média de 0,01% A função do mercúrio nas pilhas – revestir o eletrodo de zinco e reduzir sua corrosão e aumentar sua performance Também pode ser encontrado nas pilhas: zinco, chumbo e cádmio para evitar a corrosão Elen Vasques Pacheco 61 P R I M Á R I A S SE CUN DÁ RIAS Tipos depilha zincocarvão alcalinademanganês lítio Código L C Usocomun propósitos gerais propósitos gerais relógios eequipamentos fotográficos óxidodemercúrio N,M óxidodeprata S,P zincoar níquel cádmio (recarregável; não fabricadanoBrasil) A,P - aparelhos auditivos e equipamentos fotográficos relógios eletrônicos e calculadoras aparelhos auditivos ferramentas eletroportáteis semfioe propósitos gerais chumbo-ácido (recarregável) - eletroportáteis, brinquedos, etc. Efeitos de metais pesados Cádmio: acumula principalmente nos rins, no fígado e nos ossos pode levar à disfunções renais e osteoporose Mercúrio: metal líquido a temperatura ambiente. É facilmente absorvido pelas vias respiratórias quando está sob a forma de vapor ou em poeira em suspensão, também é absorvido pela pele. Pode prejudicar o cérebro, o fígado,o desenvolvimento de fetos, causar tremores, Elen Vasques distorçõesPacheco da visão e da audição,63problemas de Resolução Conama 257 (30/06/99) Regulamenta a fabricação e o descarte de pilhas e baterias A fabricação, importação e comercialização de pilhas tipo zinco-manganês e alcalina devem atender a partir 01/01/2001 aos limites para: 0,010% em peso de Hg 0,015% em peso de cádmio 0,015% em peso de Cd 0,200% em peso de Pb Elen Vasques Pacheco 64 Reciclagem de pilhas e baterias Processos: Hidrometalúrgico – separação do metal por extração/solubilização/reação Pirometarlúrgico – separação do metal por calor Normalmente baterias Ni-Cd são recuperadas separadamente Dificuldade de separação de Cd do Hg e Ni do Fe Cd é destilado a T=850-900oC e usado para bateria Ni é recuperado por fusão (Ni e Fe para aço Elen Vasques inoxidável)Pacheco 65 Processos de reciclagem Tecnologia Atech País Elen Vasques Pacheco todas 66 Reciclagem de lâmpadas fluorescentes Cada lâmpada fluorescente contém cerca de 15 miligramas de mercúrio Recicladora – faz a descontaminação e recuperação do mercúrio contido nas lâmpadas, termômetros, resíduos de processos industriais É separado o soquete de alumínio, o vidro e o mercúrio (os vapores são aspirados) Óxido de níquel – para indústrias de cerâmica, vidro e metal duro Sulfato de níquel – para galvanoplastia Nitrato de níquel – tintas e indústria de fibra Carbonato de níquel – p/ indústria de tintas Outros componentes: vidro de chumbo usado para suporte dos EleneVasques eletrodos, eletrodos filamento de aço doce, revestimento de Pacheco 67 apatita enriquecida com fósforo. Reciclagem de outros Fibra de coco Materiais de entulho É feito uma trituração para obter agregado Materiais compostos de cimento, cal, areia e brita: concretos, argamassas, blocos de concreto Materiais cerâmicos: telhas, manilhas, tijolos e azulejos Aplicação: elementos não-estruturais: blocos de concreto de vedação, sub-base de vedação, guias e sarjetas, argamassa de revestimento, assentamento... Elen Vasques Pacheco 68 BIBLIOGRAFIA Manual de Gerenciamento Integrado, CEMPRE, 1995; E.B.Mano, Introdução a Polímeros, Editora Edgard Blucher Ltda; Cadernos de Reciclagem, Cempre; E.B.AV.Pacheco, Seminário de Mestrado: Reciclagem terciária de polímeros, IMA/|UFRJ (1991); J.Evangelista, Tecnologia de Alimentos - embalagens; A.AC.Cruz & J.AS.Tenório, Inovações no processo de fundição de sucata de alumínio, Seminário Nacional sobre Reciclagem de Resíduos Sólidos Domiciliares, São Paulo, SP (2000); AFPires, Aspectos Gerais da Atividade de Reciclagem de Papel no Brasil, Seminário Nacional sobre Reciclagem de Resíduos Sólidos Domiciliares, São Paulo, SP (2000); J.Giosa, Reciclagem de Alumínio, Recicle show, São Paulo, SP (1999); F.Miranda, Reciclagem de aço, Recicle Show, São Paulo, SP (1999); www.cempre.org.br www.abiquim.org.br www.uol.com.br/instaqua www.matrix.com.br/peixe www.institutodopvc.org.br www.latasa..com.br www.abal.org.br Disklata: 0800 785282 www.apliquim,com.br www.suzaquim.com.br Elen Vasques Pacheco 69