Cooperação entre
Mittal Steel e CBMM
Inovação
CBMM
Nº 03
Parceria resulta em aço de alta
resistência e baixa liga (ARBL),
ideal para aplicação no sistema
de direção de automóveis
setembro de 2005
Veículos como Camry
e Corolla, da Toyota,
já podem se beneficiar
do novo aço ARBL
Marcelo Spatafora / Editora Abril
Mais produção, com inovação
e sem investimentos
04
Empresa ganha destaque
na China e no Japão
Família de macacos Sauá:
raridade no Criadouro
Conservacionista da CBMM
06
Ética, o melhor investimento,
em artigo de Frei Betto
05
08
C A P A
Marcelo Spatafora / Editora Abril
Mittal Steel e CBMM
desenvolvem novo aço ARBL
perientes e de renome mundial,
com os quais a Mittal Steel trabalha no seu centro de pesquisas,
têm permitido o desenvolvimento de projetos aplicados e a inserção de novos resultados de maneira mais rápida, quando
comparada a programas que envolvem universidades. Graças ao
relacionamento entre a CBMM
e a Mittal Steel, o nióbio tem
participado de novos aços em
projetos de pesquisa.
Nesses programas de cooperação, a CBMM procura estudar os
efeitos benéficos do nióbio nos
aços avançados para aplicação
automobilística, pelo fato de alguns desses aços terem sido
projetados sem adição de nióbio.
Debanshu Bhattacharya informa que “a CBMM e a Mittal
Steel têm uma cooperação técnica de longa data. Foram realizados vários projetos técnicos
em conjunto, todos finalizados
com sucesso e com conseqüências benéficas para ambas as
companhias”. Segundo ele, en-
O produto foi desenvolvido
em projeto de cooperação
entre a Inland Steel
Research Laboratories,
da Mittal Steel,
e metalurgistas da
Reference Metals Company,
subsidiáriada CBMM
nos Estados Unidos.
tre esses projetos está o de desenvolvimento de aços avançados
de alta resistência microligados
ao nióbio: “Trata-se de um aço
TRIP (“Transformation-Induced
Plasticity”).
A indústria automobilística
vem aumentando seu interesse
Mittal Steel:
maior do mundo
Automóveis do futuro vão pedir aços mais avançados para as suas estruturas
As pesquisas com microligas de nióbio avançam
m novo aço microligado ao
nióbio para a indústria automobilística é o mais recente resultado da parceria da CBMM
com centros internacionais de
pesquisa em siderurgia. Trata-se
de um aço ARBL (Alta Resistência e Baixa Liga), de conformabilidade melhorada, para aplicação na estrutura do sistema de
direção do automóvel, e que pode ser utilizado em veículos como os fabricados pela Toyota nos
modelos Camry e Corolla.
O produto foi desenvolvido em
projeto de cooperação entre a Inland Steel Research Laboratories,
U
da Mittal Steel, e metalurgistas da
Reference Metals Company, subsidiáriada CBMM nos Estados
Unidos. Segundo os pesquisadores, a idéia principal é uma variante do conhecimento já estabelecido há vários anos, envolvendo a
produção de aço com resistência
mecânica e dutilidade em níveis
elevados e, ao mesmo tempo, com
baixo teor de elementos de liga.
No caso do desenvolvimento com
a Mittal Steel, essa combinação
foi possível com o uso do nióbio
em sua composição.
Pelo lado da Mittal Steel, os
trabalhos foram coordenados peInovação CBMM
02
lo gerente da Divisão de Desenvolvimento de Produtos da Inland Steel Research Laboratories, Debanshu Bhattacharya.
Equipamentos de pesquisa, tais
como o microscópio eletrônico
de varredura ali instalado, têm sido amplamente utilizados em
projetos de pesquisa de aços microligados, com a participação
dos metalurgistas da CBMM nos
Estados Unidos.
Parceria garante nióbio
em aços
O conjunto de equipamentos
e o quadro de pesquisadores ex-
pelos aços TRIP que apresentam
uma combinação de resistência
mecânica e dutilidade ainda melhor do que a dos aços microligados convencionais. Dessa forma,
o projeto CBMM/Mittal Steel
para esses aços envolve o estudo
do efeito do nióbio nas etapas de
seu processamento.
O programa já demonstrou
que a adição de nióbio a esses
aços promove o refino de sua estrutura, tanto durante as etapas
intermediárias quanto no produto final. O nióbio também pode
auxiliar na obtenção de melhores
propriedades para o revestimento
anticorrosão aplicado ao aço.
No momento, acrescentou o
pesquisador, “temos um projeto
em andamento para a aplicação
do nióbio em aços Dual Phase.
Esses aços avançados serão os
principais aços para aplicações
estruturais em automóveis no futuro”, explicou.
grupo Mittal Steel é o
maior produtor de aço
do mundo. Possui usinas siderúrgicas em 14 paises e, em
2004, produziu 58,9 milhões
de toneladas, seguido pelo
grupo Arcelor, com 46,9 milhões de toneladas, e a Nippon Steel, com 32,4 milhões
de toneladas. De origem indiana, o grupo Mittal Steel
(presidido por Lakshmi Mittal) cresceu com a sucessiva
aquisição de siderúrgicas a
partir de 1989, principalmen-
O
Ilustração da estrutura
do sistema de direção
composta por aço
microligado ao nióbio
Inovação CBMM
03
te com a incorporação de usinas na América do Norte, entre 2002 e 2004.
Sua liderança mundial consolidou-se com a união do
grupo Ispat e do International
Steel Group. A Mittal Steel
oferece uma linha de produtos completa, como chapas finas para a indústria automobilística, chapas grossas para
construção pesada – como uso
estrutural e construção de navios –, fio-máquina, placas,
barras, vergalhões e tubos.
Aumento de produção
com investimento zero
Premiação
Atuação premiada na China e no Japão
Renata Duarte Menezes e Lincoln César Piva capitaneiam os dois projetos em destaque
Lincoln César Piva
Renata Duarte Menezes
“Os ajustes foram feitos especialmente nos parâmetros elétricos do forno e no controle de matéria-prima”, segundo as
explicações de Lincoln. Mas, os
resultados – acrescenta – foram
influenciados de forma decisiva
pela iniciativa de levar aos operadores e encarregados da planta
“uma melhor informação técnica sobre o funcionamento do forno elétrico”.
Na usina de Óxidos, uma inovação técnica introduzida pela
equipe da engenheira química e
chefe da unidade Renata Duarte
Menezes consolidou o crescimento da produção de 250
toneladas/mês para 300 toneladas mensais.
No grupo multioperacional
formado para solucionar o caso,
com técnicos das áreas de Produção, Tecnologia e Instrumenta-
Inovação CBMM
4
ção, houve muitas sugestões.
Uma delas, feita por Renata Menezes, foi acolhida e resolveu o
problema, com eficiência, sem
necessidade de recorrer, de imediato, como se temia, a novos investimentos para a expansão da
planta, estimados em cerca de
US$ 5 milhões.
“O que fizemos foi aumentar a
concentração da alimentação do
evaporador, mediante a redução
da injeção de água”, conta a engenheira química, explicando
que “subindo a concentração,
houve um ganho de eficiência
do alimentador, sem a necessidade de novos equipamentos”. Segundo ela, a equipe técnica hesitou durante muito tempo em
adotar a medida temendo perdas
no processo: “Fizemos, sem perdas”, comemora.
Renata Duarte Menezes formou-se em agosto de 1999 pela
Universidade Federal de Uberlândia e, um mês depois, foi contratada pela CBMM, onde era
estagiária. Lincoln César Piva,
formado pela Universidade Federal de Ouro Preto em 1993,
trabalha na CBMM desde dezembro de 2004.
Os ganhos de produtividade
evidenciam o empenho dos operadores da CBMM em obter novos patamares de eficiência, de
qualidade e de redução de custos
de produção.
A
Fotos: arquivo CBMM
Fotos: arquivo CBMM
D
uas unidades industriais da
CBMM apresentaram ganhos expressivos de produtividade, sem a necessidade de novos e
vultosos investimentos, graças a
iniciativas inovadoras dos seus
operadores, as quais resultaram
em aperfeiçoamento de processos das plantas em Araxá.
A melhoria de result ados
ocorreu nas unidades de Desfosforação e de Óxidos, que, apesar
de estarem com os equipamentos operando no limite, obtiveram aumentos significativos
de produção.
Na planta de Desfosforação, os
ajustes feitos pela equipe do engenheiro metalurgista Lincoln
César Piva elevaram de 7,5 toneladas/hora para 9,5 toneladas/hora a produção de concentrado –
acima da capacidade projetada
para o forno de 8 toneladas/hora.
Este é um resultado que, a cada
dia, causa grande impacto à produção da CBMM.
distinguidos com o prêmio.
A Sumitomo Metal Industries, do Japão também destacou “o ótimo relacionamento
com a CBMM” em placa assinada por seu presidente Hiroshi Shimozuma e entregue
ao presidente da CBMM Ásia,
Solon Tagusagawa. “Esta pla-
Baosteel, a mais importante
siderúrgica da China, conferiu à CBMM o Certificado de
Fornecedor Classe A, no período
2003/04. Esta é uma homenagem de grande significado: apenas 10 empresas, entre os cerca
de 600 fornecedores do maior
produtor de aço chinês, foram
Inovação CBMM
5
ca é nosso sincero agradecimento por sua grande contribuição à Sumitomo Metal Industries através de sua política
de estabilidade de suprimentos e de preços. Desejamos
aprofundar nosso relacionamento com vocês”, diz o texto
da placa.
Os hábitos familiares de uma espécie rara e em extinção
é alvo de estudo inédito em Araxá
No Zoológico de Belo Horizonte, segundo Laura Fernandes, a taxa de mortalidade também foi brutal no período de
2000 a 2004. A partir de quatro
machos e de duas fêmeas originárias da natureza, nasceram seis
O novo estudo, que há
filhotes. Cinco morreram devido
um ano vem se
a problemas relacionados aos
desenvolvendo em Araxá,
cuidados dos pais e de doenças.
mostra novidades. Uma delas
O estudo parental do macaco
é que o macho tem papel
Sauá em cativeiro, explica a veterelevante na criação do filhote:
rinária da CBMM, foi iniciado lo“É ele quem carrega
go após o nascimento do filhote.
a cria na maior parte do
Seu objetivo principal é conhecer
tempo; a mãe só pega
o comportamento da família,
o filhote
acompanhar o desenvolvimento
para amamentar”.
da cria e obter dados que possam
contribuir para o manejo adequaduas vezes. Na primeira, em jul- do dos animais em cativeiro.
ho de 2003, o filhote não resistiu;
Já se sabia que os Sauás são
na segunda, em 4 de julho de monógamos por toda a vida. Sua
2004, nasceu o filhote que hoje reprodução, sem época definida,
acompanha o casal.
apresenta um período de gestaArquivo CBMM ção de 136 dias, com o
nascimento de apenas
um filhote, de aproximadamente 70 gramas. Vivem em casais ou em
bandos de até cinco indivíduos, compostos pelos
pais e os filhotes. A maturidade sexual ocorre entre 36 e 60 meses de idade e sua longevidade
chega a 13 anos.
O novo estudo, que há
um ano vem se desenvolvendo em Araxá, mostra
novidades. Uma delas é que o
macho tem papel relevante na
criação do filhote: “É ele quem
carrega a cria na maior parte do
tempo; a mãe só pega o filhote
para amamentar”, informa Laura
Fernandes.
Anteriormente, a equipe do
centro ambiental da CBMM co-
laborou no estudo que Danusa
Guedes fez sobre a vocalização
potente dos Sauás na mata, para
a conclusão do curso de Ciências
Biológicas da PUC Minas. O trabalho resultou na monografia
“Vocalização dos Fantasmas das
Florestas (Callicebus nigrifons):
as diferenças entre os casais”.
altas taxas de mortalidade (83,3
por cento), devido a estresse, informa Laura Fernandes. A reprodução no criadoro de Araxá, à
partir do mesmo casal, ocorreu
Inovação CBMM
06
Aécio Neves entrega viaturas
doadas pela CBMM
D
ez veículos novos Palio
Weekend, adquiridos e
doados pela CBMM, foram entregues pelo governador Aécio
Neves aos órgãos de segurança
pública de Araxá. Todos os carros já saíram da Fiat caracterizados e equipados com giroflex e
sirene, de acordo com as normas da Polícia Militar e Civil
de Minas Gerais. A entrega, realizada em Araxá no Cine Brasil,
contou com a presença do prefeito municipal Antônio Leonardo Lemos de Oliveira, do secretário de Estado da Defesa
Social, Antônio Augusto Junho
Anastásia, e do presidente da
Codemig, Oswaldo Borges da
Costa Filho.
Fotos: arquivo CBMM
m casal de macacos Sauá
(Callicebus personatus) e
seu filhote formam o mais novo
núcleo de interesse científico do
Criadouro Conservacionista da
CBMM, em Araxá. O comportamento familiar desses animais de
pequeno porte, com pelagem longa e macia, vem sendo estudado
há um ano pela equipe da médica veterinária Laura Teodoro de
Oliveira Fernandes. Ela destaca a
importância do trabalho salientando o fato de ser uma espécie
rara, ameaçada de extinção e com
poucos indivíduos em cativeiro.
A curiosidade sobre o macaco
Sauá, do gênero Callicebus - que
em latim significa “macaco lindo” -, é muito grande devido à falta de dados sobre a reprodução e
o comportamento dos pais, tanto
em liberdade quanto em cativeiro. O filhote, nascido na CBMM,
está sendo cuidado com
zelo pelos pais, originários da natureza.
No período de 1992
a 2004, entraram no
Criadouro Conservacionista de Araxá três
machos e nove fêmeas
da espécie, todos oriundos de apreensões da
Polícia Ambiental, do
IBAMA ou de doadores
particulares. Após a entrada no Criadouro, os
animais apresentaram
U
Arquivo CBMM
O desconhecido mundo
dos macacos Sauá
Governador Aécio Neves faz a entrega de dez viaturas
para policiamento de Araxá em solenidade
realizada no centro da cidade
Inovação CBMM
Solenidade no Cine Brasil
reuniu autoridades e personalidades
para entrega das viaturas
07
Arquivo CBMM
Ética,
o melhor investimento
Oscar Cabral/ Editora Abril
Por Frei Betto
Estado de Minas. 30/06/2005
uitas empresas brasileiras
devem o êxito de seus negócios ao fato de ter sido apadrinhadas pelo governo. O tráfico de
drogas parece irrisório diante do
tráfico de influências. Enquanto
na Suíça basta um dia para abrir
uma nova empresa, e sem sair de
casa, desde que se tenha acesso à
internet, no Brasil são precisos
meses, muita paciência com a
burocracia e, por vezes, algum dinheiro para as propinas… Fechar
a empresa é, então, muito mais
difícil do que abri-la.
M
O sistema funciona como a
história do pai que bateu no filho, que se vingou no cachorro,
que correu atrás do gato… Como a carga tributária é altíssima,
a sonegação se equipara, e essa
prática de lesar o contribuinte
aquece o caldo de cultura do lucro rápido e exorbitante. Leia-se:
baixos salários, fraude ao INSS,
direitos trabalhistas desrespeitados etc. Diz a lei que toda empresa com mais de 50 funcionários é obrigada a ter creche.
Quem cumpre?
A mentalidade arrivista de
muitos empresários brasileiros
facilita o sucateamento de nossa
mão-de-obra, o que é uma forma
indireta de favorecer a concorrência estrangeira e, a médio prazo, corroer a iniciativa nacional.
Quando os únicos valores para o
empresário resumem-se em inflar a Bolsa e o bolso, às custas de
“O piso atual é de R$ 1.450,00 e 80%
das famílias vinculadas à CBMM
já têm casa própria quitada.”
Inovação CBMM
08
sonegações e baixos salários, a
estabilidade e a credibilidade do
negócio ficam permanentemente ameaçadas.
Há, felizmente, exceções à regra. E uma delas é a Companhia
Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), com sede em
Araxá (MG), líder mundial na
exploração de nióbio, mineral
utilizado para dar resistência ao
aço. Fundada em 1955 e sem jamais depender de favores ou empréstimos governamentais, a empresa, que exporta 92% de sua
produção, faturou, em 2004, R$
908 milhões.
Tal êxito se deve à auto-estima
de seus funcionários, que ganham 13 salários e participação
nos resultados anuais. O piso
atual é de R$ 1.450,00 e 80% das
famílias vinculadas à CBMM já
têm casa própria quitada. Entre
os recursos de aprimoramento
cultural dos trabalhadores incluem-se palestras sobre temas
diversificados e um programa de
planejamento familiar que engloba médicos, religiosos, sindicato e Ministério Público.
Para agilizar suas ações de
responsabilidade social, a empresa mantém, há 30 anos, a
Fundação Djalma Guimarães
Fundada por iniciativa
de José Tadeu da Silva,
a Casa do Caminho atende
gratuitamente mais
de 200 pessoas carentes.
“Na bolsa dos
valores, a ética
é, sem dúvida,
o melhor
investimento.
A começar
pela valorização
dos recursos
humanos.”
(homenagem a um dos maiores
geólogos brasileiros), com recursos anuais de cerca de R$
4,5 milhões, investidos em programas sociais, combate à fome, tratamento de saúde de comunidades de baixa renda,
construção de creches e escolas, além de patrocinar estudos
e projetos de políticas públicas,
como o Fome Zero, voltados ao
aprimoramento da cidadania e
da democracia.
Entre os projetos financiados
pela CBMM destacam-se a Casa
do Caminho, centro geriátrico e
psiquiátrico que atende gratuitamente, em Araxá, 200 pacientes
pobres; as “fazendinhas”, unidades rurais de tratamento terapêutico para dependentes químicos;
a construção de casas populares;
hortas comunitárias etc.
Enquanto muitas empresas
vendem ou leiloam a sucata e
seus equipamentos obsoletos, a
CBMM doa a obras sociais. Nos
últimos oito anos, foram doados
cerca de 230 veículos, entre carros, caminhões e tratores, e 200
microcomputadores. Ao Fundo
da Criança e do Adolescente ela
destina, anualmente, R$ 750 mil.
Na bolsa dos valores, a ética é,
sem dúvida, o melhor investimento. A começar pela valorização dos recursos humanos. Responsabilidade social apenas da
Inovação CBMM
09
porta para fora é falso marketing.
Deve começar dentro da empresa, oferecendo excelência nas
condições de trabalho, de modo
a favorecer a auto-estima dos
funcionários. Qualidade de vida,
mais que um conceito, é uma
atitude que se traduz em acesso
a direitos básicos, como alimentação, saúde, educação, lazer e
casa própria, e na possibilidade
de se cultivarem os valores subjetivos, éticos, estéticos, afetivos
e espirituais.
A CBMM se tornou uma empresa brasileira líder mundial em
sua área de negócio graças à sua
filosofia de investir no melhor
capital: o humano.
Frei Betto é escritor,
autor do romance Hotel Brasil
(Ática), entre outros livros.
Previdência privada complementar
Estrategista de
relacionamentos
Secretaria da Previdência Privada admite regime de contribuição definida
para contratados a partir de agosto de 2000
José Alberto de Camargo despede-se
da diretoria, mas fica como assessor
de planejamento estratégico
A
ram criadas subsidiárias nos Estados Unidos e no Japão.
Inicialmente organizadas como escritórios técnicos,
as subsidiárias evoluíram até livrar a
empresa da intermediação na relação com os consumidores de nióbio.
Em busca de novas
fronteiras, o economista José Alberto
de Camargo realizou viagens
pioneiras à Rússia (1977) e à
China (1978).
Essa atuação rendeu a ele o título de membro da Academia de
Ciências Tecnológicas da Rússia, apesar de sua formação estranha à área, e homenagens oficiais do governo chinês, como o
International Science and Technology Prize of the People’s Republic of China e o The Friendship
Award – este último, em 1999,
por ocasião das comemorações
dos 50 anos da República Popular da China. Foi também condecorado pelo governo do Japão
Inovação CBMM
10
Arquivo CBMM
pós 31 anos na CBMM, o
ex-diretor José Alberto de
Camargo apresentou seu pedido
de aposentadoria ao diretor geral Fernando Moreira Salles, em
carta na qual agradece a confiança, o apoio à sua gestão e o
convite para fazer parte, doravante, de uma assessoria especial da empresa.
“Lá se vão 40 anos de trabalho
a seu lado, com os enormes problemas da Carbocloro, da Bodoquena e participando da construção desse projeto instigante
chamado CBMM, a que, por
seu convite, permanecerei ligado”, diz na carta.
Camargo passa agora a integrar um comitê de assessoramento e planejamento estratégico para aconselhamento ao
diretor geral.
A administração de Camargo
destaca-se pela abertura de mercados para os produtos da empresa, com a instalação de subsidiárias no Exterior, a primeira
delas na Alemanha, em 1975,
um ano depois de sua posse na
diretoria geral. Mais tarde, fo-
A
pós dois anos de espera, a Seguridade obteve autorização
da Secretaria de Previdência Privada, do governo federal, para
admitir dentro do regime de
“contribuição definida” 323 trabalhadores da CBMM, contratados a partir de agosto de 2002.
Anteriormente, vigorava exclusivamente o regime de “benefício
definido”.
Ficou acertado que o período
de contribuição entre a data de
admissão e o mês de agosto de
2005 será coberto por recursos
próprios da Seguridade, sem
qualquer ônus para os novos par-
ticipantes. Depois dessa data,
eles vão contribuir mensalmente
de acordo com o sistema vigente
para todos: 2,5 por cento do salário é a parte de cada empregado
e 5 por cento desse salário é a
contrapartida da CBMM. Seguridade é a entidade criada pela
CBMM para a complementação
salarial dos seus funcionários na
aposentadoria.
No sistema de “contribuição
definida”, as contribuições pagas pelo funcionário e pela empresa são depositadas em conta
individualizada e se convertem
em renda vitalícia para ele na
data de sua aposentadoria (55
anos de idade).
Também a partir de agosto
deste ano, os empregados admitidos antes de 2002, que tiveram as
suas contribuições suspensas por
vários anos, voltam a contribuir
normalmente, a cada mês. A parte deles vinha sendo coberta integralmente pela entidade que
em virtude de contribuições espontâneas da empresa, registrou
alguns anos de superávit.
Atualmente, 219 aposentados
recebem benefícios da previdência privada complementar da
empresa.
Camargo agora integra
assessoria especial da CBMM
com a Ordem do Sol Nascente.
Segundo ele, em resumo, sua
gestão foi voltada ao desenvolvimento de relações sólidas com
os clientes, os funcionários, a comunidade e os acionistas, com
ênfase para a gestão da conta de
participação mantida com o Governo de Minas. Em reconhecimento, a Assembléia Legislativa
mineira concedeu-lhe o título
de cidadão honorário de Minas
Gerais.
Mural
Chevron Texaco compra Unocal
A companhia chinesa China
National Offshore Oil Corporation (CNOOC) recuou e retirou a oferta, apresentada em
23 de junho último, para a
compra do controle da norteamericana Unocal Corporation – um grande produtor independente de petróleo e gás
natural, com sede em Los Angeles. Com 71 por cento de
seu capital em mãos de uma
estatal do governo chinês, a
CNOOC estava disposta a pagar US$ 18,5 bilhões pela
Unocal.
Após a desistência chinesa, o
controle da Unocal permanece norte-americano e passa para seu concorrente Chevron
Texaco. A transação envolve
ações, dinheiro e pagamento
de dívidas, num valor estimado
em US$ 18 bilhões. Segundo a
Chevron Texaco, as reservas
comprovadas da Unocal, ava-
Inovação CBMM
11
liadas em 1, 75 bilhão de barris
de petróleo, reforçam a posição
do grupo como principal provedor de energia global.
A Unocal, através de sua
subsidiária Molycorp, é parceira histórica do grupo Moreira
Salles na CBMM. Na atual
composição acionária, o grupo
brasileiro detém 65 por cento
do capital da CBMM, cabendo à Molycorp os 35 por cento
restantes.
Mural
Fotos: arquivo CBMM
Homenagem ao secretário Brumer
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico de
Minas Gerais, Wilson Brumer,
foi homenageado pela CBMM
com o plantio de uma palmeira
na área industrial de Araxá. Ele
e sua comitiva foram recepcionados pelo José Alberto de Camargo. A cerimônia, realizada
em 5 de agosto, contou com a
presença de presidentes de empresas e órgãos que integram a
Secretaria, como Oswaldo Borges da Costa Filho, (Codemig),
Djalma Bastos Morais, (Cemig),
Romeu Scarioli (BDMG). Mar-
cos Tito (Junt a Comercial
MG), e os subsecretários Carlos
Eduardo Orsini Nunes de Lima
(Indústria, Comércio e Serviço) e Fernando Lage de Melo
(Desenvolvimento Minero-Metalúrgico e Política Energética). Também participaram do
plantio, o vice-presidente Arlindo Porto e o diretor Marcelo
Nassif, da Codemig, o superintendente regional de distribuição Oeste da Cemig, Helvécio
Turola Roque, e o diretor do
INDI, Maurício de Oliveira
Cecílio.
Pietà, de Milton
O cantor e compositor Milton
Nascimento levou mais de quatro
mil pessoas ao Palácio das Artes,
em Belo Horizonte, para assistir ao
show Pietà nos dias 31 de junho a
2 de julho. No espetáculo, patrocinado pela CBMM, por meio da
Lei Rouanet, Milton apresentou
aos mineiros a cantora Marina
Machado e um grupo de dez candombeiras da Serra do Cipó, que
cantaram e dançaram com ele.
Inovação CBMM é uma publicação da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração – www.cbmm.com.br. Editor: J.D. Vital – Jornalista responsável.
Coordenação, projeto gráfico e editoração eletrônica: Conteúdo Expresso.
Este material foi produzido com papel off-set brasileiro 100% reciclado. Parte das aparas pós-consumo, utilizada em sua produção, é adquirida diretamente
de uma cooperativa de catadores de papel, onde a coleta seletiva é um meio de geração de renda e reinserção social.
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