Boletim da
A
rtilharia
ntiaérea
× Órgão de informação e divulgação do Regimento de Artilharia Antiaérea N.º 1×
A ARTILHARIA ANTIAÉREA
nos países da NATO
× N.º 6 × II Série × Julho 2006 ×
Sumário
Boletim da Artilharia Antiaérea
N.º 6 – II Série – Julho 2006
Propriedade
Regimento de Artilharia Antiaérea N.º 1
Director
Comandante do RAAA1
Coronel de Artilharia
António José Pacheco Dias Coimbra
Coordenador
Director de Instrução do RAAA1
Tenente-Coronel de Artilharia
José Carlos Levy Varela Benrós
Redacção e Administração
Regimento de Artilharia Antiaérea N.º 1
Largo do Palácio 2745-191 QUELUZ
Tel.: 214 343 480 • Fax: 214 343 483
E-mail: [email protected]
Homepages: www.exercito.pt • www.raaa1.pt
Grafismo e Paginação
Good Dog Design – Comunicação e Publicidade
E-mail: [email protected]
Impressão
Security Print
Horta de Bacelos, Lt B – Cave
2690-390 SANTA IRIA DE AZÓIA
Depósito Legal
169236/01
ISSN
1646-0235
Tiragem
500 exemplares
Periodicidade
Anual
Os artigos da presente publicação exprimem a opinião
dos seus autores e não necessariamente o ponto de
vista oficial do Regimento de Artilharia Antiaérea e do
Estado-Maior do Exército.
Editorial
Perspectiva
Sistemas de Armas SHORAD
ADATS
AVENGER
CHAPARRAL
CROTALE NG
GEPARD
JAVELIN
LB-PHALANX
LEFLASYS
LINEBACKER
MISTRAL
PZA LOARA
RAPIER
RBS-70
ROLAND NDV
SA-7 GRAIL
SA-8 GECKO
SA-9 GASKIN
SA-13 GOPHER
SA-14 GREMLIN
SA-15 GAUNTLET
SKYGUARD
STARSTREAK
STINGER
ZU-23-2
ZSU-23-4
Tabelas comparativas
Sistemas HIMAD
ARROW 2
HAWK
MEADS
NASAMS
PATRIOT
THAAD
Tabela Comparativa
Radares SHORAD
AN/MPQ-64 SENTINEL
CROTALE
ERICSSON GIRAFFE AMB
GERFAUT
HARD 3D
PSTAR
TRMS 3-D LUR
Tabela Comparativa
A Artilharia Antiaérea na NATO
ALEMANHA
BÉLGICA
CANADÁ
ESPANHA
ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA
FRANÇA
HOLANDA
HUNGRIA
ITÁLIA
POLÓNIA
PORTUGAL
REINO UNIDO
REPÚBLICA CHECA
ROMÉNIA
Outros Países
A Artilharia Antiaérea em Portugal
- Perspectivas
Notícias da Antiaérea
3
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97
Editorial
Editorial
N
este mundo cada vez mais global, as ameaças, embora intermitentes, menos claras e imprevisíveis
são mais assustadoras e perigosas, implicando respostas coordenadas, interligadas e preparadas
por alargado número de actores internacionais.
O RAAA1, neste ano que passou, na continuação do que vinha fazendo do
antecedente, contribuiu para a participação nacional no esforço de segurança
colectiva mundial, enviando um efectivo de Pelotão para a missão da KFOR no
Kosovo, ganhando experiência e prontidão para futuras missões.
A escolha do tema central deste Boletim “A Artilharia Antiaérea nos Países da
NATO” vem na sequência da preparação, realizada nos últimos tempos, da Artilharia
Antiaérea portuguesa para cumprir as suas missões de Defesa do País. A informação
nele incluído resulta de um esforço de pesquisa, análise e discussão que foi feito,
neste último ano, pelo Regimento, para apoiar a decisão sobre a estruturação da
Artilharia Antiaérea e na selecção dos sistemas que a irão equipar, adquiridos
através da LPM, considerando que as opções têm que ser enquadradas com o que
fazem os nossos aliados, não só porque as soluções devem ser compatíveis e
integradas mas também porque o “Benchmarking” é uma atitude inteligente e
obrigatória para quem tem escassos recursos.
Se no Boletim anterior concentrámos a nossa atenção na definição da ameaça e da missão, neste
procuramos perspectivar os meios necessários. O efeito do terrorismo usando aviões comerciais, associado
ao emprego de outros vectores aéreos, de que se destacam os mísseis e os UAV’s, por forças desestabilizadoras é uma realidade nos nossos dias que tenderá a agravar-se e que obriga a ter um dissuasor mínimo
credível na Defesa do País. O mundo Ocidental, e mais especificamente a Europa, está a tomar medidas
para fazer face a estas agressões, ressaltando na Defesa Aérea e particularmente na Antiaérea, o investimento na aquisição de sistemas antimíssil, sistemas de vigilância e de comando e controlo, e na sua
aplicação no terreno, quando se justifica a protecção a áreas e pontos sensíveis, criando segurança e não
permitindo o potencial ataque por meios aéreos.
No âmbito do processo de transformação do Exército o RAAA1 incluiu nas suas propostas a necessidade
de ser levantado um pelotão HIMAD (High to Medium Air Defence), na Bateria de Artilharia Antiaérea das
Forças de Apoio Geral, a adquirir através de um programa conjunto na LPM, como forma de garantir
capacidade mínima de resposta, o conhecimento e o comando e controlo nacional, evitando perdas de
soberania no caso da necessidade de reforço destes meios por países estrangeiros.
Integrado neste processo, o Regimento levantou no ano transacto os respectivos Encargos Operacionais,
a Bateria de Artilharia Antiaérea das Forças de Apoio Geral, a Bateria de Artilharia Antiaérea da Brigada
de Intervenção e o Pelotão de Artilharia Antiaérea da Brigada de Reacção Rápida, definiu as NTEP (Normas
Tácticas de Execução Permanente), elaborou os Planos Operacionais, iniciou uma adequada instrução
colectiva integrada no planeamento das Brigadas e participou nos seus exercícios, incluindo os da Brigada Mecanizada, estando previstas em LPM as aquisições do novo material para estes encargos em 2010
e 2011.
A criação do campo de treinos com o respectivo acesso, nos terrenos adjacentes ao aquartelamento, com
uma pista para o sistema míssil ligeiro CHAPARRAL, permitiu realizar exercícios semanais a nível de Pelotão
e Bateria, a construção da rampa para este sistema e para viaturas pesadas, facilitou a melhor manutenção
dos materiais, a elaboração dos referenciais de curso, permitiu a materialização do conceito de formação
em função para Praças no âmbito da Artilharia Antiaérea, a revitalização da instrução de quadros e a
implementação de um sistema de instrução colectiva com um plano semestral e horários semanais, garantiram as condições para atingir o nível de prontidão exigido para os Encargos Operacionais.
Julho 2006
3
A remodelação das casernas, aumentando as suas condições de arrumação nas arrecadações, permitindo
uma maior funcionalidade para equipar o Encargo no caso de alerta, e beneficiando a habitabilidade
também não foram esquecidas sempre tendo em mente obter melhores condições para atingir mais
operacionalidade.
A elaboração de múltiplos estudos e pareceres, de natureza técnica, de propostas no quadro da
modernização da Artilharia Antiaérea, em apoio ao Estado-Maior Coordenador, a reflexão sobre questões
doutrinárias, a elaboração dos manuais do radar PSTAR, do míssil portátil STINGER e do sistema míssil
ligeiro CHAPARRAL foram outras actividades que desenvolvemos neste último ano e que, no futuro, podem
estar comprometidas pela perca da valência da estrutura de apoio aos estudos e à instrução, com a definição
do novo quadro orgânico do Regimento.
Nestes dois últimos anos vencemos vários desafios, através de labor intenso, em que nos superámos e
concretizámos os desígnios propostos.
O processo de transformação do Exército foi encarado pelo Regimento como uma oportunidade para
melhorar os processos, reduzindo o empenhamento de recursos nos serviços de apoio, e centrando toda
a actividade do Regimento na componente operacional.
Para fazer face à redução de efectivos provocada pela extinção do SEN, remodelámos o sistema de
messes, concentrámos as arrecadações de material de guerra e angariámos voluntários através de acções
de intervenção em locais de alto potencial de recrutamento, contribuindo com a respectiva Direcção no
sentido de completar os efectivos do Encargo Operacional.
Na melhoria das condições de vida da Unidade, recuperámos as instalações, nomeadamente os alojamentos
das praças e o ginásio, requalificámos os espaços verdes, fizemos a separação e tratamento dos resíduos,
montámos a Sala de Troféus e reorganizámos o Museu de Artilharia Antiaérea do Regimento.
No âmbito da informatização do RAAA1, implementámos o SIG e concluímos a informatização do RHW,
das cargas, dos depósitos e do tratamento da correspondência, simplificando processos.
Finalizo exortando todos os militares e civis que comando a que continuem a enfrentar os desafios futuros
com generosidade e espirito vencedor, e a dedicar todo o seu esforço e aptidões nas tarefas que permitem
atingir os objectivos superiormente definidos, para que continuemos a cumprir a Missão do Regimento
de Artilharia Antiaérea Nº1.
14 de Julho de 2006
O COMANDANTE
ANTÓNIO JOSÉ PACHECO DIAS COIMBRA
CORONEL DE ARTILHARIA
Boletim da Artilharia Antiaérea
Perspectiva
Perspectiva
A
o aproximar-se o final de mais um ciclo da minha já longa carreira, cumpre-me efectuar agora uma
retrospectiva do que foram estes dois últimos anos no desempenho da função de Adjunto do
Comandante do RAAA1.
Antes, não quero deixar passar a oportunidade sem aqui deixar expresso o orgulho
que sinto por ter sido designado para tão dignificante função e por poder tê-la desempenhado onde praticamente me iniciei na carreira militar – A Artilharia
Antiaérea.
Não foram fáceis os primeiros tempos desta minha missão. Vindo de um Órgão do
Exército, com outro tipo de vivência militar, encontrei aqui um Regimento tipo,
estruturado como uma grande Unidade e a funcionar como tal. Passei por um
período de adaptação ao serviço e ao pessoal, e foi graças à colaboração deste que,
aquilo que ao início se me afigurava espinhoso, se foi tornando fácil.
Colocado nesta Unidade num período que coincidiu com uma das mais significativas
reestruturações do Exército, senão a mais importante, que foi a extinção do SEN,
assisti a uma reorganização interna de serviços protagonizada pelo Comando do
Regimento e motivada pelo esvaziamento de pessoal e pela necessidade de rentabilizar os meios humanos e materiais disponíveis, estas medidas levaram a que
o bem-estar geral da unidade tivesse sido de alguma forma afectado. Foi aqui, que mais uma vez, numa
demonstração de grande profissionalismo os Sargentos do RAAA1, souberam compreender as transformações em curso e, com as suas propostas e voluntarismo, contribuíram para que se encontrassem as
melhores soluções para a resolução dos problemas então equacionados.
Seguiu-se a Transformação do Exército com vista ao redimensionamento das suas forças, operacionalidade
e rapidez de intervenção e com ela novas adaptações internas que levaram à criação de novas Baterias
– BAAA/BI e BAAA (A/G) e à extinção da 1ª BAAA. Houve que proceder ao levantamento das novas subunidades dotando-as de quadros e meios materiais capazes de num curto espaço de tempo se adaptarem às
novas realidades para a prossecução dos objectivos superiormente determinados. Uma tarefa de que os
Sargentos se devem sentir orgulhos do contributo que deram para que tal missão obtivesse sucesso. Em
suma, temos sido uma Categoria dinâmica e interventiva, que soube acompanhar os tempos de mudança.
Como Adjunto do Comandante do RAAA1 é meu dever afirmar que pode o Regimento contar, sempre, com
uma classe de Sargentos activa, disciplinada e motivada na procura de fazer sempre mais e melhor. Muito
já foi feito, mas muito há ainda para fazer.
5
A título de despedida exortar-vos para que continuem com uma postura exigente e profissional pois, só
assim, darão credibilidade à categoria a que pertencemos – SARGENTOS.
14 de Julho de 2006
ANTÓNIO MANUEL AMARAL DA CRUZ
SARGENTO-MOR DE ARTILHARIA
Julho 2006
SISTEMAS DE ARMAS
SHORAD
Os sistemas SHORAD (sistemas de curto alcance e de baixa e muito baixa altitude), são normalmente
empregues na protecção antiaérea das unidades de manobra e dos seus órgãos críticos. Com a evolução da
ameaça, os sistemas de armas SHORAD devem ter capacidade de detecção e empenhamento contra UAV
(emprego de armas fora do alcance da Antiaérea), CM (mísseis cruzeiro), RAM (granadas de Artilharia e de
morteiros e foguetes) e vectores aéreos que utilizem tecnologia stealth (furtivo), capacidade de empenhamento
fora do alcance visual e capacidade para destruir aeronaves que empreguem técnicas de ataque Standoff.
Estes sistemas dividem-se em sistemas canhão, sistemas míssil portátil (MANPAD) e sistemas míssil ligeiro,
podendo também existir sistemas que combinem canhão com míssil na mesma plataforma, bem como outras
capaciaddes, nomeadamente vigilância e detecção.
PESQUISA E TEXTOS
Capitão de Artilharia Salvador
ADATS
DADOS TÉCNICOS
Designação
País de Origem
Construtor
Ano
Air Defence Anti-tank
System (ADATS)
Suíça/Canadá
Oerlikon Aerospace
1992
ARMAMENTO
8
Este sistema, desenvolvido por uma sucursal da
empresa suíça Oerlikon estabelecida no Canadá, encontra-se montado sobre uma plataforma M113, que
lhe garante a protecção da guarnição e uma grande
mobilidade.
É capaz de operar sob quaisquer condições de visibilidade e climatéricas. Possui grande capacidade de
protecção uma vez que é possível a utilização do sistema tanto para alvos aéreos como terrestres, o que
a torna uma arma bastante versátil.
Os mísseis ADATS conseguem adquirir qualquer
tipo de aeronave, incluindo helicópteros com elevados
alcances stand-off a altitudes muito baixas. O guiamento
através de um feixe codificado confere-lhe alto grau de
resistência a contra medidas electrónicas e a flares.
O míssil é capaz de atingir velocidades superiores a
3 mach e tem uma manobrabilidade de 60g. Está equipado com uma espoleta que permite seleccionar entre
o modo de detonação por impacto ou por aproximação,
e a sua carga explosiva é capaz de perfurar mais de
900 mm de blindagem homogénea.
Desde a detecção até ao lançamento do míssil, são
necessários apenas 5 segundos, sendo que o seguimento inicia-se logo que o alvo é detectado, usando o radar,
o sistema de TV e FLIR para alvos aéreos, e apenas o
sistema de TV e FLIR para os alvos terrestres. Usando o
sistema de TV e FLIR para guiamento do míssil, é emitido
um feixe LASER que segue e ilumina o alvo.
Foi anunciado em 2005, um sucessor denominado
Míssil
Velocidade
Alcance Eficaz
Alcance Min
Guiamento
Secção Explosiva
Espoleta
Comprimento
Diâmetro
Peso
ADATS
Mach 3+
10 km
nd (não determinado)
Autoguiamento indirecto
por feixe (beam riding)
12,5 Kg carga HE de
fragmentação/perfurante
Impacto e Aproximação
2,08 m
152 mm
51 kg
VIATURA
Chassis
Guarnição
Peso
Velocidade Máx
Autonomia
M-113A2
3
15 800 kg
58 km/h
400 km
EQUIPAMENTO
Radar de Detecção Incorporado
25 km
Alcance
Aparelho de Pontaria Optrónico, IV, Feixe LASER
PAÍSES NATO QUE EQUIPA
Canadá
de Multi-Mission Effects Vehicles (MMEV), que
integra armas anti-carro na plataforma e combina
a possibilidade de adquirir veículos, bem como
aeronaves de asa fixa, helicópteros, UAVs e
mísseis cruzeiro.
Boletim da Artilharia Antiaérea
SISTEMAS DE ARMAS
SHORAD
AVENGER
DADOS TÉCNICOS
Designação
País de Origem
Construtor
Ano
Avenger
EUA
Boeing Aerospace
1987
ARMAMENTO
Míssil
Velocidade
Alcance Eficaz
Alcance Min
Guiamento
O sistema míssil ligeiro Avenger é um sistema
terrestre de defesa aérea de baixa altitude, todo-otempo, composto por uma torre de defesa aérea,
montada num veículo HMMWV (High-Mobility, Multipurpose Wheeled Vehicle).
O Avenger integra 8 mísseis Stinger em duas
rampas numa torre gyro-estabilizada que possibilita
o tiro em movimento, FLIR (Forward Looking Infrared
Receiver) que permite adquirir alvos aéreos com linha
de sítio, fora do alcance visual do apontador,
telémetro LASER (LASER Range Finder), para determinar o alcance ideal para empenhamento e elementos
de tiro para a metralhadora pesada, IFF (Identification
Friend or Foe) e uma metralhadora 12,7mm montada
na torre e operada pelo apontador, para tiro terrestre
e antiaéreo VSHORAD (Very Short Range Air Defense).
A torre pode ser operada por controlo remoto a
uma distância até 50 metros e tem capacidade “slueto-cue” ligado ao Radar Sentinel. Esta potencialidade
consiste na capacidade da torre rodar automaticamente para um alvo detectado pelo radar, sem intervenção do apontador, melhorando e aumentando
desta forma, e com as possibilidades do FLIR, a precisão, alcance e probabilidade de impacto contra a
ameaça aérea.
O Avenger, empregando mísseis Stinger do tipo
Block I, tem capacidade de empenhamento contra
UAVs (Unmanned Aerial Vehicle) e CM (Cruise Missiles)
para além da ameaça aérea convencional (aeronaves
de asa fixa e helicópteros).
O Sistema Avenger é operado no mínimo por uma
guarnição de 2 elementos (1 Condutor e 1 Apontador).
O Avenger tem capacidade de ser aerotransportado em C-130 e helitransportado por helicóteros do
tipo UH60 e CH47 ou similar.
Secção Explosiva
Espoleta
Comprimento
Diâmetro
Peso
8 mísseis Stinger RMP FIM92D ou Block I FIM-92E
Mach 2,2
8 Km
3,8 Km
Autoguiamento directo
passivo (por IV)
3 Kg de carga HE
Impacto
4,88 m
0,07 m
3,76 kg
VIATURA
Chassis
Guarnição
Peso
Velocidade Máx
Autonomia
4X4 HMMWV
2
nd
80 Km/h
nd
EQUIPAMENTO
Não Incorporado
(Radar SENTINEL)
75 Km
Alcance
Aparelho de Pontaria Optrónico, IV
Radar de Detecção
PAÍSES NATO QUE EQUIPA
EUA
Julho 2006
COMPONENTES DO AVENGER
1. Antena de rádio
2. Rampa de mísseis
3. Cobertura
4. Telémetro laser
5. FLIR
6. Antena do IFF
7. Viatura HMMWV
8. Alojamento da bateria
9. Contentor de munições
10. Alimentador
11. Metralhadora pesada
12. Ar condicionado
13. Motor da torre
9
CHAPARRAL
DADOS TÉCNICOS
Designação
País de Origem
Construtor
Ano
MIM 72-E/M48 Chaparral
EUA
Lockheed Martin
1963
ARMAMENTO
Míssil
O Sistema Míssil Ligeiro Chaparral M48A2E1
confere protecção a pontos ou áreas sensíveis (PCs,
pontes e áreas de apoio de serviços), contra aeronaves
voando nas faixas de baixa e muito baixa altitude.
O sistema míssil ligeiro Chaparral M48A2E1, é
um sistema de curto alcance, SHORAD, autopropulsado, tem a possibilidade de actuar em ambientes
NBQ, de operar em missões anfíbias e ser helitransportado. O Sistema Chaparral M48A2E1 é o resultado
de um processo evolutivo desde o inicial M48, com
introdução de novos componentes, permitindo assim
um aumento de eficácia do sistema. Do inicial M48
surgiram: M48A1 – lntrodução do sistema IFF; M48A2
– introdução do sistema FLIR para visão nocturna,
que permite a aquisição de objectivos e o seguimento
automático de alvos; M48A2E1 – Introdução do sistema de protecção NBQ (Nuclear Biológico e Químico).
Está particularmente adaptado para o apoio de
unidades mecanizadas. As capacidades técnicas do
Rampas de Lançamento
10
FLIR
Torre
Velocidade
Alcance Eficaz
Alcance Min
Guiamento
Secção Explosiva
Espoleta
Comprimento
Diâmetro
Peso
Mísseis MIM 72-E
(4 por lançador)
Mach 2,5
5 Km
160 m
Autoguiamento directo
passivo (por IV)
12,7 kg M250 HE
Aproximação
2,9 m
0,12 m
86,2 Kg
VIATURA
Chassis
Guarnição
Peso
Velocidade Máx
Autonomia
Viatura de lagartas M730 A1
4
6 664 Kg
61,16 Km/h
480 Km a 40 Km/h
EQUIPAMENTO
Aparelho de Pontaria Óptico, IV
PAÍSES NATO QUE EQUIPA
Portugal
sistema conferem-lhe um conjunto de possibilidades tácticas que lhe permitem cumprir a sua
missão com um elevado grau de eficácia. Compreende ainda as seguintes possibilidades: empenhamento sobre alvos lentos ou rápidos com
elevada eficácia devido a utilização do sistema
FLIR; empenhamento sobre mais do que um alvo
aéreo simultaneamente em quaisquer condições
de visibilidade e de tempo, dentro das possibilidades de aquisição do sistema, devido à utilização
do sistema FLIR e de mísseis do tipo “fire and
forget” (dispara e esquece); deslocamentos e ocupação rápida de novas posições tácticas num
reduzido espaço de tempo, sendo um minuto
(teoricamente) o tempo que medeia entre a passagem de deslocamento para empenhamento e
actuação em áreas contaminadas devido à protecção NBQ.
Boletim da Artilharia Antiaérea
SISTEMAS DE ARMAS
SHORAD
CROTALE NG
DADOS TÉCNICOS
Designação
País de Origem
Construtor
Ano
Outras Versões
Crotale New Generation
França
Thomson CFS – Matra BAe
1990
CROTALE
ARMAMENTO
Míssil
Velocidade
Alcance Eficaz
Alcance Min
Guiamento
Secção Explosiva
Espoleta
O sistema míssil CROTALE NG, teve a sua génese
em 1950, quando em França foi desenvolvido um
sistema antiaéreo para a África do Sul sob o nome de
“Cactus”, que mais tarde viria a ficar conhecido por
CROTALE no seu país de origem.
Destina-se a conferir protecção AA a unidades de
manobra, pontos fixos e defesa de áreas contra aeronaves de asa fixa e helicópteros, mísseis de cruzeiro
e tácticos e ataques de saturação com armas standoff lançadas por plataformas aéreas.
A plataforma de lançamento tem capacidade para
8 mísseis e os sistemas associados providenciam informações sobre a situação aérea e sobre os vários
tipos de ameaça; possui um sistema IFF e executa a
detecção simultânea e automática de alvos. Está
equipado com sensores electro-ópticos passivos,
radar, ECCM e protecção NBQ. A sua câmara térmica
garante o visionamento dos alvos até 19Km de
distância e o sistema TV até aos 15Km.
Pode ser montado em viaturas blindadas de rodas,
de lagartas, ou em shelters, para posições fixas, aerotransportados em aeronaves do tipo C-130.
O sistema de guiamento apoia-se no radar e em
sensores electro-ópticos, o que permite o seu empenhamento em ambiente de Guerra Electrónica. O
míssil está armado com uma secção explosiva de
fragmentação, que é activada por aproximação
provocando danos letais num raio de 8 metros. O
tempo médio de intercepção desde que o míssil é disparado até à destruição do alvo a uma distância de
8km é de 10,3 segundos.
O sistema CROTALE NG dispõe de 2 radares; um
de vigilância e outro de seguimento. O primeiro tem
um alcance máximo de 20Km e altitude de 5Km, com
Comprimento
Diâmetro
Peso
VT1
3,5 Mach
11 Km
500 m
Autoguiamento indirecto
por feixe (radar)
13 Kg de HE de
fragmentação
Aproximação activada por
rádio frequência e Impacto
2,89 m
0,15 m
84 kg
VIATURA
Chassis
Guarnição
Peso
Velocidade Máx
Autonomia
XA-180
2
13 500 Kg
100 Km/h – Estrada
10 Km/h – Anfíbio
900 km
EQUIPAMENTO
Thomson-CSF J-band
monopulse radar
Vigilância – 20 Km
Alcance
Seguimento – 30 Km
Aparelho de Pontaria Optrónico, IV, Radar de Perseguição e Conduta de Tiro
Radar de Detecção
PAÍSES NATO QUE EQUIPA
França
antena IFF incorporada. O segundo segue alvos
até uma distância de 30Km.
O CROTALE NG está dotado dos meios necessários à sua integração no esquema global de
defesa AA. Operado em modo de coordenação,
permite a troca de dados automática entre computadores activos no mesmo sistema e de acordo
com a avaliação da ameaça e a posição relativa
das armas AA permite a atribuição do alvo à
unidade de tiro melhor posicionada.
Julho 2006
11
GEPARD
DADOS TÉCNICOS
Designação
País de Origem
Construtor
Ano
Flugabwehrkanonenpanzer
Gepard
Alemanha
Krauss-Maffei Wegmann
1988
ARMAMENTO
Canhão
Alcance Eficaz
Cadência de Tiro
2 Oerlikon KDA de 35 mm
3,5 km
550 tpm por tubo
VIATURA
12
É um sistema canhão Antiaéreo Auto-propulsado,
de fabrico alemão, montado na plataforma blindada
do Leopard 1, capaz de operar nos 360º.
É usado na NATO para proteger pontos sensíveis,
unidades de combate e de manobra. A sua plataforma
permite-lhe acompanhar as forças mecanizadas ao
mesmo tempo que a sua blindagem lhe garante
protecção contra ataques terrestres
A unidade de tiro está ligado a um sistema de
controlo de tiro, capaz de operar sob quaisquer
condições atmosféricas.
O Gepard foi recentemente melhorado para operar
integrado com os sistemas C3I, aumentando a sua
capacidade de detecção e aquisição o que lhe permite
efectuar um empenhamento mais cedo sobre o alvo.
A viatura consegue transportar para cada tubo
320 munições para defesa aérea e 20 para tiro terrestre e tem uma autonomia de 550 km. Usa normalmente munições explosivas ou perfurantes. Tem uma
cadência máxima de 550 tiros por minuto, mas opera
em condições normais
com rajadas de 20 a
2 Canhões de 35 mm
40 munições.
Está a ser desenvolvido um sistema
míssil para o Gepard
que compreende rampas de lançamento
Stinger, montados ao
lado dos dois tubos.
Está equipado ainda
com dois radares, um de
aquisição e outro de
seguimento, ambos com
alcances de 15 km.
Possui um sistema auxiliar de energia equipado com
um gerador Daimler Benz OM 314 de 88
CV a diesel, capaz de produzir 3x200/115V a 380 Hz.
Chassis
Guarnição
Peso
Velocidade Máx
Autonomia
Leopard 1
3
47 300 kg
65 km/h
550 km
EQUIPAMENTO
Radar de Detecção DISI - SBand
15 km
Alcance
Aparelho de Pontaria Telémetro LASER, Radar
de Perseguição e Conduta
de Tiro (10 Kg)
PAÍSES NATO QUE EQUIPA
Alemanha, Holanda, Roménia
Boletim da Artilharia Antiaérea
Radar DISI
Leopard 1
SISTEMAS DE ARMAS
SHORAD
JAVELIN
DADOS TÉCNICOS
Designação
País de Origem
Construtor
Ano
Javelin
Reino Unido
Thales Air Defence
1989
ARMAMENTO
Míssil
Velocidade
Alcance Eficaz
Alcance Min
Guiamento
É um sistema míssil portátil (MANPAD), utilizado
na protecção antiaérea, contra ameaças de aeronaves
voando a baixa e muito baixa altitude.
Foi usado no Golfo Pérsico em 1990, em navios da
Marinha Canadiana, para complementar o sistema
canhão Phalanx/CIWS.
Este sistema pode também ser montado numa
plataforma de lançamento denominada
Lightweight Multiple Launcher – LML, que
suporta três canisters, e pode ser montada
no terreno ou em viatura. Este suporte, facilita
a aquisição e o seguimento das aeronaves,
pois liberta o operador do peso exercido sobre
o seu ombro da versão MANPAD. Mesmo
sendo portátil, o suporte LML devido ao seu
peso, dificulta a mobilidade da secção e tornase pouco viável o seu transporte para grandes
distâncias.
O Javelin, surge da evolução do sistema
Blowpipe, que com uma aparência ainda
muito semelhante, apresenta-se agora mais
compacto e sofreu melhoramentos ao nível
da aquisição e do alcance. O operador dispõe
de uma mira óptica com uma ampliação de
6x, e de uma câmara de TV de longo alcance
para localizar o alvo. Apesar do sistema depender das condições atmosféricas para
obter o seu máximo rendimento, o sistema
de teleguiamento directo semi-automático,
torna-o teoricamente invulnerável aos flares
das aeronaves.
Pode ser montado em viaturas do tipo
M113 ou 6x6 Grizzly, ou ser montado no
suporte LML.
Secção Explosiva
Espoleta
Comprimento
Diâmetro
Peso
Mach 1,7
4,5 km
1 km
Teleguiamento directo
semi-automático
3 kg HE
Aproximação e Impacto
1,40 m
0,76 m
11,1 kg
EQUIPAMENTO
Aparelho de Pontaria Optrónico
PAÍSES NATO QUE EQUIPA
Canadá , Reino Unido
Julho 2006
13
LAND BASED PHALANX WEAPON SYSTEM
DADOS TÉCNICOS
Designação
País de Origem
Construtor
Ano
Land Based Phalanx
Weapon System
EUA
General Dynamics
2005
ARMAMENTO
Canhão
Alcance Eficaz
Cadência de Tiro
M-61A1 Gatling 20mm
1,6 km
3000 tpm
Último modelo 4.500 t.p.m.
EQUIPAMENTO
Radar de Detecção Phalanx
Aparelhos de Pontaria Radar de Perseguição
e Conduta de Tiro
PAÍSES NATO QUE EQUIPA
EUA
14
Em Julho de 2005 foi apresentado ao exército do
EUA, o Land Based Phalanx Weapon System. Este sistema tem como principal missão a defesa contra
ataques de Rockets, Granadas de Artilharia e Morteiros
(RAM). Tem por base o canhão MK-15 PHALANX, utilizado na protecção antiaérea de diversos navios de
guerra.
O MK-15 Phalanx é um sistema de reacção rápida,
com uma arma de tiro rápido de 20mm, para defesa
de curto alcance contra aviões ou mísseis.
A arma é capaz de disparar mais de 3000 munições por minuto. Estas munições são feitas de urânio,
empobrecido, com elevada dureza. Inicialmente o radar era designado por MK-90, mas com o tempo foi
evoluindo, sendo actualmente apenas designado por
radar Phalanx e consiste em 2 ecrãs que traçam a trajectória do míssil e também dos próprios projecteis.
Cada arma consiste em 3 partes principais: o radar
de seguimento (o qual se encontra debaixo da cobertura branca vista na imagem), a arma e o carregador
(que se encontra posicionado por baixo da arma).
A arma possui 6 canos montados em circulo, para
poderem executar um movimento rotativo ao efectuar o tiro, facilitando o arrefecimento e permitindo
atingir elevadas cadências de tiro (4500 tpm).
A versão mais básica do radar MK-15 apresentava
alguns problemas de corrosão que foram resolvidos,
dando origem à versão MK-15 Mod.1, equipada com
abrigos estanques. A versão actual Block 1 aumentou
a capacidade do carregador e melhorou o equipamento radar.
Boletim da Artilharia Antiaérea
SISTEMAS DE ARMAS
SHORAD
LEFLASYS
DADOS TÉCNICOS
Designação
País de Origem
Construtor
Ano
LeFlaSys
Alemanha
Rheinmetall Defence
Electronics
2001
ARMAMENTO
O LeFlaSys é um sistema ligeiro e mecanizado desenvolvido na Alemanha por uma empresa denominada
Rheinmetall Defence Electronics. A versão que é exportada
deste sistema entitula-se por ASRAD (Atlas Short Range Air
Defence System) e assenta numa plataforma terrestre que
o transporta do tipo Wiesel 2.
Um pelotão deve estar equipado com um posto de
comando do sistema LeFlaSys (que incorpora um radar do
tipo Ericsson HARD 3-D) e por 5 a 8 plataformas Ozelot
(Unidades de tiro). É esperado que este sistema responda
às necessidades do exército alemão no que concerne à sua
defesa a baixa e muito baixa altitude. Uma produção de
50 plataformas equipadas e 10 viaturas de postos de
comando iniciou-se no ano de 2000. Os alemães receberam
assim o seu primeiro pelotão LeFlaSys em Junho de 2001,
tendo sido este processo completado no final de 2004.
O exército grego encomendou 54 sistemas ASRAD
armados com mísseis Stinger em Outubro de 2000.
Contudo, a primeira unidade foi entregue em Outubro de
2004 e prevê-se que as entregas sejam efectuadas até ao
final do corrente ano. Este sistema está a ser aplicado em
viaturas do tipo HMMWV modificadas na Grécia.
A plataforma Ozelot é aplicada em viaturas blindadas
de lagartas Wiesel 2, compreende 4 mísseis Stinger TerraAr mas também pode ser armada com mísseis do tipo Igla,
Mistral ou RBS 70. Esta plataforma pode ser helitransportada por helicópteros do tipo CH-53. O radar HARD 3D tem um alcance de 20 km e permite o processamento
de dados em tempo real, estando ligado às plataformas
Ozelot. No que concerne ao seguimento dos alvos, estas
plataformas estão equipadas com o sistema FLIR.
O posto de comando de pelotão integra toda a informação proveniente das 5 a 8 plataformas num raio de
20 km. Os dados referentes ao alvo são assim enviados por
este via ligação rádio com as Unidades de Tiro. A análise
da ameaça bem como a identificação IFF é da responsabilidade do posto de comando. O posto de comando também assenta numa viatura do tipo Wiesel 2 modificada.
Esta compreende monitores para controlo do radar e
rádios para transmissão de dados e voz.
Míssil
Velocidade
Alcance Eficaz
Alcance Min
Guiamento
Secção Explosiva
Espoleta
Comprimento
Diâmetro
Peso
Stinger Block I FIM-92E
Mach 2,2
8 km
80 m
Autoguiamento directo
passivo (por IV)
3Kg HE
Impacto
4,88 m
0,07 m
3,76 Kg
VIATURA
Chassis
Guarnição
Peso
Velocidade Máx
Autonomia
Wiesel 2, Ozelot, Panhard,
M113, Unimog 5000,
HMMWV
2
4000 kg
80 Km/h
730 Km
EQUIPAMENTO
Não Incorporado
(HARD 3-D)
20 km
Alcance
Aparelho de Pontaria Optrónico, IV
Radar
PAÍSES NATO QUE EQUIPA
Alemanha, Grécia
Julho 2006
15
LINEBACKER
DADOS TÉCNICOS
Designação
País de Origem
Construtor
Ano
Linebacker
EUA
Boeing Aerospace
1997
ARMAMENTO
Míssil
Velocidade
Alcance Eficaz
Alcance Min
Guiamento
16
O sistema de defesa AA LINEBACKER resultou de
um contrato entre o Governo dos EUA e a BOEING no
sentido de dotar a viatura de lagartas BRADLEY com
o sistema de lançamento de mísseis STINGER de forma a proporcionar defesa AA de curto alcance
(SHORAD). Ao contrário do Bradley padrão, o LINEBACKER substitui o sistema externo de lançamento
do míssil anticarro TOW, por um lançador com
capacidade para 4 mísseis Stinger prontos para serem
disparados. Tem a capacidade de se empenhar sobre
aeronaves de asa fixa, helicópteros, UAVs e CM.
Tem a possibilidade de executar tiro em movimento, terrestre e AA.
O sistema de sensores do Linebacker inclui uma
câmara óptica de TV e um sistema de infra vermelhos.
O veículo integra-se no sistema FAADC2I através da
rede de combate por dados. A transmissão de dados
é providenciada autonomamente através do sistema
de EPLRS (Enhanced Position Location Reporting
System).
A torre Linebacker transporta no seu lançador 4
mísseis Raytheon STINGER da versão RMP FIM-92D ou
Block I FIM-92E mais seis no compartimento de carga.
O radar que
transmite informação de alvos ao sistema LINEBACKER é
o AN/MPQ-64 SENTINEL produzido pela
Hughes Aircraft. Detecta alvos num raio
de 360º até um alcance máximo de
75km e altitude de
4km transmitindo os
dados necessários
aos lançadores e sistema de C2 via data
link.
Secção Explosiva
Espoleta
Comprimento
Diâmetro
Peso
Stinger Block I FIM-92E
Mach 2,2
8 km
80 m
Autoguiamento directo
passivo (por IV)
3Kg HE
Impacto
4,88 m
0,07 m
3,76 Kg
VIATURA
Chassis
Guarnição
Peso
Velocidade Máx
Autonomia
Viatura de lagartas M2A2
Bradley
5
29 900 Kg
60 Km/h – Estrada
6,5 Km/h – Água
400 Km
EQUIPAMENTO
Não Incorporado
(Radar SENTINEL)
75 Km
Alcance
Aparelho de Pontaria Optrónico, IV
Radar Vigilância
PAÍSES NATO QUE EQUIPA
EUA
Boletim da Artilharia Antiaérea
SISTEMAS DE ARMAS
SHORAD
MISTRAL
DADOS TÉCNICOS
Designação
País de Origem
Construtor
Ano
Mistral
França
MBDA (Matra)
1990
ARMAMENTO
Míssil
Velocidade
Alcance Eficaz
Alcance Min
Guiamento
O mistral é um míssil SHORAD, operando num
pedestal do tipo “fire-and-forget” que começou a ser
produzido em 1989, pela Matra em França (hoje parte
da MBDA), e é actualmente usado por diversos países.
O Mistral usa como sistema de guiamento um
sensor de infravermelho, com capacidade all-aspect
(pode adquirir alvos vindos de qualquer quadrante),
está equipado com dois motores de combustível só-
Secção Explosiva
Espoleta
Comprimento
Diâmetro
Peso
Mistral
Mach 2,5
5 km
600 m
Autoguiamento directo
passivo (por IV)
3 Kg carga HE
Aproximação
1.98 m
90 mm
19 kg
PAÍSES NATO QUE EQUIPA
Bélgica, Espanha, França, Hungria
lido e tem uma secção explosiva com 3 kg de HE
carregado com esferas de tungsténio, conseguindo obter uma taxa de sucesso de 92% usado
sob condições favoráveis.
O Mistral existe actualmente em múltiplas
formas, que incluem lançadores montados em
viaturas terrestres (tipo Panhard, HMMWV e
Wiesel 2), helicópteros e lançadores navais múltiplos (até seis mísseis).
O sistema é transportado por duas pessoas, em
que uma transporta o míssil e a outra o pedestal e
a unidade de pontaria. O tempo de entrada em
posição é de 60
segundos. O míssil
é disparado quando o apontador vê
uma luz de confirmação acesa
que confirma que
o sensor de infravermelhos está
fixo no alvo.
O míssil atinge uma velocidade de 2,5 Mach
e tem um alcance
máximo de 5km,
que atinge em 9
segundos.
Julho 2006
17
PZA LOARA
DADOS TÉCNICOS
Designação
País de Origem
Construtor
Ano
PZA LOARA (Przeciwlotniczy Zestaw Artyleryjski)
Polónia
Indústria de armamento
da Polónia
1990
ARMAMENTO
Canhão
Alcance Eficaz
Cadência de Tiro
O PZA LOARA é um sistema canhão auto-propulsado, de fabrico polaco, montado na plataforma
blindada do PT-91 “Twardy”, capaz de operar nos
360º. Tem acoplada uma torre com dois canhões
Oerlikon KDA 35 mm ligados a um sistema de
controlo de tiro.
Este sistema tem a possibilidade de se empenhar
contra alvos aéreos e terrestres, é uma unidade de tiro
autónoma que pode actuar de forma independente ou
integrar-se de forma perfeita num sistema de defesa
aérea. O sistema integra um radar de perseguição e
conduta de tiro e um radar de vigilância 3D. O radar
de vigilância tem um alcance de 26Km e é capaz de
acompanhar 64 alvos ao mesmo tempo. Este radar
pode ser operado mesmo com a viatura em movimento, sendo a sua actualização de informação de 1seg.
O Sistema incorpora ainda um telémetro LASER,
uma câmara TV e um FLIR, o que lhe confere a capacidade de operação em “todo-o-tempo” de dia ou de
noite, bem como, a possibilidade de continuar a
operar num ambiente de GE intensa. O sistema tem
2 Oerlikon KDA de 35 mm
3,5 km
550 tpm por tubo
VIATURA
Chassis
Guarnição
Peso
Velocidade Máx
Autonomia
PT-91 “Twardy”
4
nd
nd
nd
EQUIPAMENTO
Radar de Detecção 3D
26 km
Alcance
Aparelho de Pontaria FLIR, TV, PRF, Radar
de Perseguição e Conduta
de Tiro
PAÍSES NATO QUE EQUIPA
Polónia
um tempo de reacção de cerca de 10 segundos.
O PZA LOARA, pode empenhar-se contra aeronaves de asa fixa e helicópteros, voando desde as
baixas altitudes até aos 3000 metros de altitude,
com uma velocidade até aos 500 m/s.
18
Boletim da Artilharia Antiaérea
SISTEMAS DE ARMAS
SHORAD
RAPIER FSC
DADOS TÉCNICOS
Designação
País de Origem
Construtor
Ano
RAPIER FSC
Reino Unido
MBDA
1996
ARMAMENTO
O RAPIER é um sistema Britânico que apareceu em
meados dos anos 80, desenvolvido durante a guerra
das Falklands, onde demonstrou uma precisão surpreendente. Em 1992, pela MBDA, começou a ser desenvolvido o sistema RAPIER FSC, que entrou ao
serviço das FA do Reino Unido em 1996. Este sistema,
tem uma versão de exportação denominada JERNAS
que equipa as FA de Oman, Singapura, Suiça, Turquia,
Austrália e Malásia.
É um sistema móvel, para baixas altitudes, contra
UAVs, mísseis cruzeiro, aeronaves de asa fixa e helicópteros, com capacidade para actuar todo-o-tempo
mesmo nas condições mais adversas.
O sistema é transportado por uma viatura 4x4,
num atrelado com uma torre dotada de 8 mísseis
prontos a serem empenhados.
O míssil utiliza dois motores de combustível
sólido, que permitem atingir velocidades na ordem
dos Mach 3,5. Inicialmente o míssil era guiado por
meios ópticos, mas recentes alterações, eliminaram
esta limitação, permitindo o empenhamento em
quaisquer condições atmosféricas, através do radar
de guiamento “Blindfire”, combinado pelo radar de
vigilância Dagger.
Míssil
Velocidade
Alcance Eficaz
Alcance Min
Guiamento
Secção Explosiva
Espoleta
Comprimento
Diâmetro
Peso
RAPIER MK II
Mach 3,5+
10 km
1,5 km
Teleguiamento indirecto
por feixe (Radar)
HE – 0,5kg
Aproximação (por LASER)
e Impacto
2,24 m
133 mm
42 kg
EQUIPAMENTO
Radar de Detecção Dagger
15 km
Alcance
Aparelho de Pontaria Optico, Radar Perseguição
e Conduta de Tiro
PAÍSES NATO QUE EQUIPA
Reino Unido, Turquia
Com este último radar, o operador pode detectar de
forma mais eficaz a ameaça aérea e proceder ao lançamento do míssil para se empenhar sobre a mesma, de
forma manual ou totalmente automática.
O míssil possui uma secção explosiva ligada a
uma espoleta de aproximação, de funcionamento
por LASER.
19
Julho 2006
RBS-70
DADOS TÉCNICOS
Designação
País de Origem
Construtor
Ano
Robot System 70
Suécia
SAAB Bofors Dinamics
1977
ARMAMENTO
Míssil
Velocidade
Alcance Eficaz
Alcance Min
Guiamento
Secção Explosiva
Este é um dos sistemas de defesa aérea mais conhecidos da Bofors e está ao serviço em 13 países.
É utilizado na protecção das forças terrestres, das
bases aéreas e dos navios de guerra.
O RBS-70 é um sistema de curto alcance, portátil,
guiado por LASER.
Espoleta
Comprimento
Diâmetro
Peso
MK 1
Mach 1,6
7 km
1 km
Autoguiamento indirecto
por feixe (beam riding)
HE de fragmentação/
perfurante
Impacto e Aproximação
1,34 m
0,11 m
26,5 kg
EQUIPAMENTO
Radar de Detecção
Ericsson PS-70R
PAÍSES NATO QUE EQUIPA
Noruega, Suécia
20
O RBS-70 tem sido permanentemente desenvolvido de forma a dar resposta às ameaças que
têm vindo a surgir, recorrendo à última tecnologia
disponível.
O RBS-70 na sua configuração básica é constituído por um tripé, aparelho de pontaria e míssil. Na sua vertente mais completa pode também
estar ligado a um radar.
O RBS-70 foi inicialmente desenvolvido para as
Forças Armadas Suecas que tinham como requisitos:
• Longo alcance de intercepção
• Grande precisão
• Imune à guerra electrónica
Para aumentar a letalidade o míssil está equipado com uma espoleta de aproximação por
LASER com raio de acção de 3,3 metros.
Esta espoleta pode ser desactivada antes do
lançamento, se for necessário, para se empenhar
contra helicópteros que estejam a coberto do
terreno ou vegetação.
Este sistema foi desenvolvido de forma a
poder ser instalado em viaturas de rodas ou lagartas para aumentar a sua eficiência.
Boletim da Artilharia Antiaérea
SISTEMAS DE ARMAS
SHORAD
ROLAND NDV
DADOS TÉCNICOS
Designação
País de Origem
Construtor
Versões anteriores
Ano
Roland NDV
França
MBDA
Roland I , Roland II,
Roland III
1977
ARMAMENTO
O sistema míssil ROLAND é produzido pela MBDA
e resultou de uma parceria franco-germânica entre as
empresas Matra e Daimler-Chrysler. A versão Roland
I entrou ao serviço do exército francês em 1977. Mais
tarde veio a sofrer melhoramentos, primeiro em 1981
(Roland II) depois em 1988 (Roland III). Em 2005 entrou em produção a mais recente versão, o Roland
NDV. Este sistema equipa os exércitos da França, Alemanha, Argentina, Brasil, Nigéria, Qatar, Espanha e
Venezuela. Até à data foram produzidos 650 sistemas
e mais de 25000 mísseis.
A plataforma de lançamento possui uma torre
com capacidade para 2 mísseis mais 8 prontos no
sistema de carregamento. Este carregamento é efectuado em 6 segundos.
O sistema pode ser montado em duas configurações: assente em viatura (AMX-30), ou instalado num
shelter (aerotransportável em C-130) para ser empregue em posições permanentes.
Este sistema utiliza os mísseis Roland II, Roland
III e o mais recente VT1 de hipervelocidade. A versão
2 permite um alcance de 6,3Km enquanto que a versão 3 alcança os 8Km. Ambos utilizam a espoleta de
aproximação ou impacto. A versão VT1 garante 11Km
de alcance e 6Km de altitude com uma velocidade de
1250m/s e utiliza uma espoleta de aproximação activada
por rádio frequência. Este
sistema integra um radar 3D
com alcance máximo de 25Km
e altitude máxima de 9km.
A última versão do sistema
ROLAND está equipada com
um sistema de comando e
controlo constituído por três
unidades multi-função, um
computador de guiamento e
um computador dedicado à
coordenação.
Míssil
Velocidade
Alcance Eficaz
Alcance Min
Guiamento
Secção Explosiva
Espoleta
Comprimento
Diâmetro
Peso
VT1
Mach 3,7
11 km
500m
Teleguiamento directo
semiautomático ou
automático
13 kg HE / Fragmentação
Aproximação e Impacto
2,4 m
160 mm
75 kg
VIATURA
Chassis
Guarnição
Peso
Velocidade Máx
Autonomia
AMX-30
2
8300 Kg
80Km/h
nd
EQUIPAMENTO
Radar de Detecção 3D X-Band
25 km
Alcance
Aparelho de Pontaria Óptrónico, IV, LASER,
Radar de Perseguição
e Conduta de Tiro
PAÍSES NATO QUE EQUIPA
Alemanha, Espanha, EUA e França
Julho 2006
21
SA-7 GRAIL
DADOS TÉCNICOS
Designação
País de Origem
Construtor
O SA-7 GRAIL é um sistema míssil portátil SHORAD,
disparado ao ombro, de origem Russa. É provavelmente
o sistema de armas de defesa antiaérea mais difundido
em todo o mundo, tendo já sido, por diversas vezes,
utilizado por terroristas. Estima-se que foram fabricadas
cerca de 50000 armas. Entrando no activo em 1968, é
provavelmente uma cópia do sistema Americano
Redeye, embora com consideráveis melhoramentos,
ZUR 9M32
SA-7a
Grail Mod 0
PZRK Strela 2
Ano
SA-7 Grail
(9K32 “Strela-2”)
Rússia
Indústria de Armamento
da Ex-URSS
1968
ARMAMENTO
Míssil
Velocidade
Alcance Eficaz
Alcance Min
Guiamento
Secção Explosiva
Espoleta
Comprimento
Diâmetro
Peso
9K32 “Strela-2”
Mach 1,7
5,5 km
500 m
Autoguiamento directo
passivo (por IV)
1,15 Kg carga HE
Impacto
1,47 m
70 mm
4,71 kg
PAÍSES NATO QUE EQUIPA
SA-7b
Grail Mod 1
22
PZRK Strela 2M
Bulgária, Eslováquia, Letónia, Polónia, República
Checa e Roménia
nomeadamente no manuseamento. O
apontador, ao avistar o alvo, apenas tem de
colocar a arma ao ombro e disparar accionando o gatilho. Possui dois motores: um
de lançamento (actuando durante os primeiros 0,5 seg) e um motor cruzeiro (que
actua por mais 2 seg). Após os disparo, a
arma pode ser carregada até 5 vezes. Possui uma cabeça de guerra HE e um sistema
passivo de guiamento por IV.
O SA-7 foi o primeiro da geração de
mísseis portáteis antiaéreos Soviéticos. Do
tipo “fire and forget”, o SA-7 possui um
filtro que reduz a eficácia do uso de “flares”
por parte das aeronaves. Nos 15 seg. após
o lançamento, o míssil autodestrói-se.
O sistema é composto por um míssil,
uma bateria térmica e por um sistema IFF.
Embora sendo muito eficaz, apresenta
como limitações o seu limitado alcance e
velocidade.
O SA-7 continua a ter um bom desempenho, quando empenhado sobre alvos
que se desloquem com velocidades até aos
400m/s e a altitudes compreendidas entre
os 10 e 3500 metros.
Boletim da Artilharia Antiaérea
SISTEMAS DE ARMAS
SHORAD
SA-8 GECKO
DADOS TÉCNICOS
Designação
País de Origem
Construtor
Ano
SA-8 Gecko (9K33 “Osa”)
Rússia
Indústria de Armamento
da Ex-URSS
1980
ARMAMENTO
De origem Soviética, o SA-8 GECKO é um sistema
míssil antiaéreo a combustível sólido, todo-o-tempo,
assente numa viatura (6x6 BAZ-5937) do tipo TELAR
(all-in-one), equipada com um radar de aquisição e
outro de vigilância. Dispõe de 6 mísseis prontos a
serem lançados, três de cada lado. O carregamento
dos mísseis é feito de forma automática, através de
uma viatura de transporte e carregamento própria,
que coloca nas rampas de lançamento paletes de
três mísseis. O carregamento demora cerca de cinco
minutos.
Existem duas versões do míssil, a 9M33M2 e a
9M33M3. A primeira tem um alcance eficaz de 10km,
uma secção explosiva de 19kg HE, e pesa 126kg, a
segunda tem um alcance de 15km, uma secção explosiva de 40kg HE e peso de 170 kg.
O sistema permite o lançamento de dois mísseis
em simultâneo. O tempo de reacção (desde a detecção
até ao abate) é de cerca de 26 segundos. A probabilidade de abate, situa-se entre os 55 e os 85%, dependendo do tipo de alvo. Este sistema tem elevada
eficácia quando empenhado contra helicópteros.
O radar de vigilância associado ao sistema possui
uma unidade acoplada de IFF.
A viatura anfíbia tem protecção NBQ e está equipada com um sistema de Visão Nocturna para o condutor e chefe de viatura. O sistema pode ser aerotransportado.
Radar de Perseguição Rampas de Lançamento
e Conduta de Tiro
Míssil
Velocidade
Alcance Eficaz
Alcance Min
Guiamento
Secção Explosiva
Espoleta
Comprimento
Diâmetro
Peso
9M33M2, 9M33M3
Mach 3
10 km, 15km
2 km
Autoguiado indirecto por
feixe (beam riding)
19 Kg, 340 kg carga HE
Aproximação e Impacto
3,158 m
209,6 mm
126kg, 170 kg
VIATURA
Chassis
Guarnição
Peso
Velocidade Máx
Autonomia
BAZ-5937
3
9 000 kg
80 km/h
500 km
EQUIPAMENTO
Radar de Detecção Incorporado
25 km
Alcance
Aparelho de Pontaria Óptico, Radar de Perseguição e Conduta de Tiro
PAÍSES NATO QUE EQUIPA
Grécia, Polónia, Roménia
Radar de
Detecção
Julho 2006
23
SA-9 GASKIN
DADOS TÉCNICOS
Designação
País de Origem
Construtor
Ano
SA-9 Gaskin (9K31)
Rússia
Indústria de Armamento
da Ex-URSS
1980
ARMAMENTO
24
O SA-9 GASKIN é um sistema míssil ligeiro de origem soviética, montado sobre uma viatura do tipo
BRDM-2. Transporta quatro rampas de lançamento.
Os mísseis são disparados aos pares para cada alvo,
com um intervalo entre disparos de 5seg, aumentando a probabilidade de abate. O carregamento é feito
manualmente e demora cerca de 5 minutos.
Em cada bateria (uma bateria é constituída por 4
unidades SA-9) existe um radar passivo de detecção,
FLAT BOX, que executa vigilância a 360°.
O sistema possui melhoramentos em relação às
versões antecedentes, nomeadamente na aquisição
e seguimento, conferindo uma maior sensibilidade às
fontes de calor.
O míssil de 30 kg, possui um secção explosiva
HE, com um raio letal de 5 metros.
Quando empregue de frente para o alvo, vê o seu
alcance consideravelmente reduzido. Quando empenhado com o alvo em afastamento o seu alcance aumenta consideravelmente, podendo chegar aos 11000
metros.
A altitude máxima do míssil é de 3,500 km e pode abater aeronaves a uma altitude mínima de 30m.
O sistema possui uma probabilidade de abate entre os 50 e os 85%.
Míssil
Velocidade
Alcance Eficaz
Alcance Min
Guiamento
Secção Explosiva
Espoleta
Comprimento
Diâmetro
Peso
9M31,9M31M
Mach 1,8+
4,2 km, 8 km
800 m, 560 m
Autoguiamento directo
passivo (por IV)
16 Kg carga HE
Aproximação e Impacto
1,803 m
120 mm
32 kg
VIATURA
Chassis
Guarnição
Peso
Velocidade Máx
Autonomia
BRDM-2
3
7 000 kg
100 km/h
750 km
EQUIPAMENTO
Radar de Detecção FLAT BOX
Aparelho de Pontaria Óptico
PAÍSES NATO QUE EQUIPA
Polónia
BAZ-5937
Boletim da Artilharia Antiaérea
SISTEMAS DE ARMAS
SHORAD
SA-13 GOPHER
DADOS TÉCNICOS
Designação
País de Origem
Construtor
Ano
SA-13 GOPHER (ZRK-BD
9K35 “Strela-10”)
Rússia
Indústria de Armamento
da Ex-URSS
1970
ARMAMENTO
O SA-13 GOPHER é um sistema antiaéreo de origem Soviética. O SA-13 foi projectado de forma a defender as forças em 1º escalão, contra aeronaves de
asa fixa, helicópteros, mísseis cruzeiro de precisão e
UAVs, que se desloquem em altitudes compreendidas
entre os 800 e os 5000 metros.
O guiamento do SA-13 é feito por detector de IV,
arrefecido por criogéneo, ou por meios ópticos,
através de um contraste de imagens de TV. O modo
óptico permite um alcance entre os 2000 e os 8000
metros, enquanto que no modo de IV o alcance varia
entre os 2300 e os 5300 metros.
O míssil pode atingir uma altitude máxima de
3500 m, podendo abater aeronaves a uma altitude mínima de 600 m.
A sua espoleta pode funcionar por impacto ou
por aproximação. A sua secção explosiva, tem um raio
eficaz de 4 metros.
O sistema SA-13 tem duas versões: TELAR-1 e
TELAR-2. A TELAR-1 dispõe de 4 mísseis prontos a serem empenhados e transporta mais 8 mísseis. Possui
ainda um radar de detecção FLAT BOX B (diversos
painéis em redor da viatura). A TELAR-2 difere da
TELAR-1 no radar que a equipa que neste caso é o radar HAT BOX (uma antena Oval).
O peso total do sistema é de 12 toneladas.
Míssil
Velocidade
Alcance Eficaz
Alcance Min
Guiamento
Secção Explosiva
Espoleta
Comprimento
Diâmetro
Peso
9M35
Mach 2+
5 km
600 m
Autoguiado indirecto por
feixe (radar)
5 Kg carga HE
Aproximação e Impacto
2,2 m
120 mm
42 kg
VIATURA
Chassis
Guarnição
Peso
Velocidade Máx
Autonomia
MT-LB
3
12000 kg
60 km/h
500 km
EQUIPAMENTO
FLAT BOX B / HAT BOX
(passivo)
Aparelho de Pontaria Optronicos, IV, Radar
de Perseguição e Conduta
de Tiro
Radar de Detecção
PAÍSES NATO QUE EQUIPA
Eslováquia
Julho 2006
25
SA-14 GREMLIN
DADOS TÉCNICOS
Designação
País de Origem
Construtor
Ano
SA-14 Gremlin (9K36)
Rússia
Indústria de Armamento
da Ex-URSS
1978
ARMAMENTO
Míssil
Velocidade
Alcance Eficaz
Alcance Min
Guiamento
O SA-14 GREMLIN, originário da Rússia, é um
sistema míssil portátil, sucessor do SA-7. O SA-14
apresenta inúmeras semelhanças ao SA-7. Produzido
desde 1978, as diferenças mais significativas, residem
num novo sistema de aquisição e num novo sistema
de arrefecimento térmico da cabeça do míssil para
melhor captar as fontes de calor.
Secção Explosiva
Espoleta
Comprimento
Diâmetro
Peso
9M36-1
Mach 1,8
6 km
600 m
Autoguiamento directo
passivo (por IV)
1 Kg carga HE
Impacto
1,40 m
75 mm
10,3 kg
PAÍSES NATO QUE EQUIPA
Hungria
O novo SA-14 permite o
empenhamento com eficácia
contra alvos que mudem
subitamente de trajectória
e é muito resistente a contra
medidas como a utilização
de “flares”.
O peso dos seus sistemas
electrónicos foi significativamente reduzido, permitindo o
aumento da massa da secção
explosiva e o emprego de um
novo combustível sólido. Estas alterações melhoraram o
seu desempenho aerodinâmico, aumentando o alcance.
O míssil pode abater aeronaves a uma altitude máxima de 6000 metros, e a
uma altitude mínima de 50
metros.
Possui dois motores (o primeiro de lançamento e o
segundo de cruzeiro), utilizando combustível sólido.
Possui também um sistema IFF acoplado.
Junta de Freguesia de Massamá
SISTEMAS DE ARMAS
SHORAD
SA-15 GAUNTLET
DADOS TÉCNICOS
Designação
País de Origem
Construtor
Ano
SA-15 Gauntlet
(3K95 “Tor”)
Rússia
Indústria de Armamento
da Ex-URSS
1990
ARMAMENTO
O SA-15 GAUNTLET é um sistema antiaéreo capaz
não só de se empenhar sobre aeronaves e helicópteros, mas também sobre UAVs, CM e munições inteligentes.
Com um único veículo consegue-se um sistema
com capacidades de vigilância, comando e controlo
e direcção do tiro.
A viatura do sistema, TLAR, transporta oito mísseis prontos a serem empenhados. O sistema tem a
capacidade de se empenhar e seguir dois alvos automaticamente, a uma velocidade na ordem dos
700 km/h, e destruí-los em simultâneo, em quaisquer
condições atmosféricas ou de visibilidade. O radar 3D
de vigilância, fornece distância, azimute e altitude, de
mais de 48 alvos para o processamento automático
do computador de tiro. Tem um alcance de 20000
metros. Os alvos são priorizados para facilitar a decisão. O operador apenas confirma o grau de prioridade
do alvo para o empenhamento. O sistema possui
também ECCM.
Todo o sistema possui protecção NBQ e pode ser
aerotransportado.
Míssil
Velocidade
Alcance Eficaz
Alcance Min
Guiamento
Secção Explosiva
Espoleta
Comprimento
Diâmetro
Peso
3K330, 3K331
Mach 2,5
12 km
2 km, 1,5 km
Teleguiamento directo
automático
15 Kg carga HE
Aproximação e Impacto
2,9 m
235 mm
167 kg
VIATURA
Chassis
Guarnição
Peso
Velocidade Máx
Autonomia
GM-355
3
5100 kg
65 km/h
500 km
EQUIPAMENTO
Radar de Detecção Dog Ear
25 km
Alcance
Aparelho de Pontaria Radar de Perseguição
e Conduta de Tiro
“Scrum Half”
PAÍSES NATO QUE EQUIPA
Grécia
Radar Scrum Half
27
Radar Dog Ear
Julho 2006
SKYGUARD/ASPIDE
DADOS TÉCNICOS
Designação
País de Origem
Construtor
Ano
SKYGUARD/ASPIDE
Itália
OERLIKON Contraves
1980
ARMAMENTO
Míssil
Velocidade
Alcance Eficaz
Alcance Min
Guiamento
28
O míssil Aspide foi desenvolvido em Itália e destina-se ao combate Ar – Ar e Terra – Ar. Este míssil, é
assim disparado a partir de plataformas navais, terrestres e aéreas.
Inicialmente, o Aspide era usado a partir de plataformas aéreas. Foi a partir deste míssil que a China
desenvolveu o seu PL-11. Mais tarde e com a ajuda
dos EUA este míssil foi desenvolvido para actuar a
partir de plataformas terrestres ou navais. No caso da
plataforma terrestre, esta intitula-se Skyguard.
Desde os anos 80, o míssil ASPIDE tem registado
uma série de sucessos ao longo de vários testes.
A maioria dos testes têm sido realizados em diferentes condições pelos
clientes/utilizadores durante os lançamentos de treino.
Têm sido utilizados
vários tipos de alvos, muito versáteis que empregam
manobras evasivas
e voo a baixa altitude (sea-skimming).
O ASPIDE 2000
(o mais actual) é a
versão aperfeiçoada do míssil ASPIDE. Este míssil tem
um índice de sucesso superior a 92%,
obtidos em mais de
40 lançamentos ressaltadas.
Secção Explosiva
Espoleta
Comprimento
Diâmetro
Peso
ASPIDE, ASPIDE 2000
Mach 2
10 km
750 m
Autoguiamento directo
semi-activo
35 kg HE / Fragmentação
Aproximação e Impacto
3,69 m
0,20 m
241 kg
VIATURA
Chassis
Guarnição
Peso
Velocidade Máx
Autonomia
M-113A2
3
15 800 kg
58 km/h
400 km
EQUIPAMENTO
Aparelho de Pontaria Radar de Perseguição
e Conduta de Tiro
PAÍSES NATO QUE EQUIPA
Espanha, Itália
Boletim da Artilharia Antiaérea
SISTEMAS DE ARMAS
SHORAD
STARSTREAK
DADOS TÉCNICOS
Designação
País de Origem
Construtor
Ano
Starstreak High Velocity
Missile (HVM)
Reino Unido
Thales Air Defence
1997
ARMAMENTO
Míssil
Velocidade
Alcance Eficaz
Alcance Min
Guiamento
O Starstreak High Velocity Missile, surge como uma
evolução dos mísseis Blowpipe e Javelin. Pode ser
montado num pedestal para ser operado no terreno
ou em viaturas ligeiras ou de lagartas.
Podemos encontrar três versões deste sistema: autopropulsado, lightweight e com pedestal terrestre. Na
primeira versão, o equipamento consta de oito mísseis
prontos a disparar e de doze na posição de transporte,
sendo que a segunda, lightweight, permite ser montada
em veículos ligeiros e tem um sistema com apenas três
canisters de mísseis acoplados com a possibilidade de empenhamento sobre três alvos com rapidez, sem necessidade de recarregamento. Na versão para pedestal
terrestre, usa um contentor de cada vez, e permite entrar
em posição em poucos segundos, onde é necessário
apenas acoplar um equipamento para o nivelamento da
arma e da mira óptica, na base de lançamento. Possui
uma mira óptica panorâmica e uma mira térmica.
O sistema possui um dispositivo passivo de aquisição, que faz a pesquisa e seguimento de infravermelhos na largura de banda entre 8 e 14 micron,
capaz de se empenhar contra aeronaves lentas ou rápidas e helicópteros de ultima geração.
Secção Explosiva
Espoleta
Comprimento
Diâmetro
Peso
8 mísseis Starstreak
Mach 3,5
7 km
nd
1ª Fase – Autoguiamento
indirecto por feixe (beam
riding)
2ª Fase – Autoguiamento
directo activo (LASER)
3 submunições HE
Impacto
1,40 m
130 mm
20 kg
VIATURA
Chassis
Guarnição
Peso
Velocidade Máx
Autonomia
FV432
2
15 300 Kg
52 Km/h
580 Km
EQUIPAMENTO
Radar de Detecção Não Incorporado
25 km
Alcance
Aparelho de Pontaria Óptico, câmara de IV,
feixe LASER
PAÍSES NATO QUE EQUIPA
Reino Unido
O míssil, possui 2 motores de propulsão de
combustível sólido e está equipado com 3
submunições de secção explosiva, que lhe
aumenta a probabilidade de acertar no alvo.
O sistema de lançamento ilumina o alvo com
um feixe LASER que é seguido pelo míssil até
extinguir o segundo foguete, altura em que são
ejectadas as três submunições, cada uma delas com
controlo e guiamento incorporado, uma bateria
térmica e uma cabeça de guerra perfurante de alta
densidade com uma espoleta de impacto directo.
Cada submunição é guiada independentemente por
dois feixes LASER, o feixe do sistema e o feixe que a
própria munição emite.
Julho 2006
29
STINGER
DADOS TÉCNICOS
Designação
País de Origem
Construtor
Ano
FIM-92 Stinger
EUA
General Dynamics/
Raytheon
1987
ARMAMENTO
Míssil
Velocidade
Alcance Eficaz
Alcance Min
Guiamento
O Míssil STINGER é um sistema de defesa antiaérea portátil (MANPADS – Man Portable Air Defense
System), compacto, disparado ao ombro, para defesa
aérea próxima.
O STINGER tem como missão a protecção contra
ataques aéreos hostis, efectuados a baixa e muito
baixa altitude sobre Unidades de manobra e de apoio
de combate.
É uma arma de guiamento passivo por pesquisa
de infravermelhos ou ultravioletas negativos, arma
do tipo “fire and forget”, possibilitando assim ao
operador empenhar-se sobre outro alvo ou tomar
acções evasivas logo após o disparo.
O sistema é compacto porque inclui a sua própria
fonte de energia eléctrica, arrefecimento e subsistema
IFF. O Stinger “Basic” tem limitadas capacidades de
contramedidas, o Stinger versão “Post” tem capacidades de contramedidas melhoradas e o Stinger versão
30
Secção Explosiva
Espoleta
Comprimento
Diâmetro
Peso
1 Míssil Stinger
Mach 2,2
4 km
80 m
Autoguiamento directo
passivo (por IV)
3 Kg - HE
Impacto
1,52 m
0,07 m
5,68 Kg
EQUIPAMENTO
Aparelho de Pontaria Óptico
PAÍSES NATO QUE EQUIPA
Alemanha, Dinamarca, EUA, Grécia, Holanda,
Itália, Portugal, Turquia
“RMP” (Reprogramable Micro Processor) tem
características e capacidades de contramedidas
bastante avançadas.
O STINGER versão “RMP” pode ser actualizado
para fazer face às evoluções da ameaça aérea,
através da sua capacidade de reprogramação,
sem se recorrer a qualquer alteração ou substituição do equipamento estrutural.
A sua última versão é o Block I, que para além
das características do RMP, possuí ainda a capacidade de se empenhar contra mísseis cruzeiros.
Tem como possibilidades uma extrema mobilidade, alta eficiência, capacidade IFF, reacção
rápida, baixa vulnerabilidade e alta prontidão.
A viatura que permite o armazenamento e o
fácil acesso aos mísseis STINGER utilizada pelo
Exército americano é o M998 HMMWV equipado
com uma estrutura metálica MANPAD que contem dois mísseis STINGER numa posição pronta
para empenhamento; estes mísseis estão montados nas faces laterais da estrutura e são rapidamente retirados, bastando para isso levantar as
duas alavancas de abertura rápida das correias
que abraçam os contentores de transporte e
armazenamento.
Boletim da Artilharia Antiaérea
SISTEMAS DE ARMAS
SHORAD
ZSU-23-4
DADOS TÉCNICOS
Designação
País de Origem
Construtor
Ano
ZSU-23-4 Shilka
Russia
Indústria de Armamento
da Ex-URSS
1965
ARMAMENTO
Canhão
Alcance Eficaz
Cadência de tiro
4 AZP85 23mm
3 km
800-1000 tpm por tubo
VIATURA
O ZSU-23-4 (Zenitnaya Samokhodnaya Ustanovka
que quer dizer Sistema Antiaéreo Autopropulsado) é um
sistema canhão autopropulsado, que incorpora um
sistema de armas guiado por radar. Este sistema tem
como cognome “Shilka” que advém de um rio com o
mesmo nome existente na Rússia. Este sistema está
montado numa viatura PT-76 e tem a capacidade de
localizar, efectuar o seguimento e empenhar-se sobre
aeronaves voando a baixa e muito baixa altitude. O seu
armamento consiste em 4 canhões de 23 mm com um
alcance eficaz de 3.000 metros.
A tripulação é composta por 4 elementos: o comandante de Secção, o atirador, o operador de radar
e o condutor.
Este sistema não tem capacidade anfíbia, podendo
apenas atravessar vaus com 1 metro de profundidade.
Uma das suas grandes potencialidades é poder disparar em movimento devido ao seu sistema radar, RPK2 “Gun Dish”, e ao sistema de estabilização da torre.
O radar emite um sinal muito forte o que possibilita
uma excelente detecção das aeronaves, contudo tem
um alcance limitado, o que é compensado ligando
este radar com outros de maior alcance. O sistema
4 canhões de 23 mm
Radar RPK-2
“Gun Dish”
Chassis
Peso
Velocidade Máx
Autonomia
PT-76/ASU-85
20 500 kg
50 km/h
450 km
EQUIPAMENTO
Radar de Detecção RPK-2 “Gun Dish”
20 km
Alcance
Aparelho de Pontaria Óptico, Radar de
Perseguição e Conduta
de Tiro RPK-2
PAÍSES NATO QUE EQUIPA
Bulgária, Estónia, Grécia, Polónia
ZSU-23-4 pode também ser utilizado contra
veículos terrestres de blindagem ligeira.
As quatro armas são arrefecidas por um
sistema de água e tem uma cadência de tiro na
ordem dos 800 a 1000 tiros por minuto, contudo,
as armas normalmente disparam rajadas de 2
ou 3 tiros de forma a evitar o desperdício de
munições e sobreaquecimento dos tubos. Cada
ZSU-23-4 transporta 2000 munições a bordo e
possui uma viatura de reabastecimento que
garante mais 3000 munições. A aquisição do alvo
é efectuada automaticamente e o computador
determina a elevação e direcção das armas, embora o sistema possua sistemas ópticos de pontaria.
O radar RPK-2 “Gun Dish”, está acoplado na
parte de trás da torre, e pode ser descido para
se efectuarem os deslocamentos.
O ZSU-23-4 pode ser aerotransportado pelo AN-22 ou II-76. A sua
tripulação está protegida pela
blindagem da viatura. A viatura
possui um sistema de detecção de
contaminação radiológica e um sistema de pressão para filtrar o ar.
Julho 2006
31
ZU-23-2
DADOS TÉCNICOS
Designação
País de Origem
Construtor
Ano
ZU-23-2
Russia
Indústria de Armamento
da Ex-URSS
1960
ARMAMENTO
Canhão
Alcance Eficaz
Cadência de tiro
2 Canhões 2A14 Afanasyev-Yakushev de 23mm
2,5 km
400 tpm por tubo
EQUIPAMENTO
O ZU-23-2 (Zenitnaya Ustanovka que quer dizer
Sistema Antiaéreo) é um sistema canhão montado
num atrelado com dois tubos 2A14 de 23mm, que entrou ao serviço em 1960.
Este sistema leva cerca de 30 seg para entrar em
posição pronto para disparar. É apontado e disparado
manualmente, com o apoio de um mecanismo óptico
de pontaria (ZAP-23), que utiliza um valor estimado,
pré-introduzido acerca da velocidade da ameaça para
o calculo da posição futura do alvo. Tem também um
telescópio para apontar a alvos terrestres.
Este sistema serviu de base à construção do Sistema Canhão ZSU-23-4, para além disso, o ZU-23-2
Aparelho de Pontaria Óptico
PAÍSES NATO QUE EQUIPA
Polónia
aparece frequentemente montado em BTR-D.
Sendo um sistema simples, barato e razoavelmente eficaz, o sistema canhão ZU-23-2 é usado
no Exército da Rússia e por mais de 20 países,
entre os quais a Polónia.
A Polónia desenvolveu a partir deste sistema um
outro ao qual deu o nome de ZUR-23-2S JOD, com melhoramentos ao nível do aparelho de pontaria, e com
a instalação do sistema míssil portátil SA-7 Grail.
32
Boletim da Artilharia Antiaérea
SISTEMAS DE ARMAS
SHORAD
Quadro resumo das características
dos Sistemas Míssil
Sistema Míssil
Mísseis prontos
a disparar
Velocidade
do míssil
Alcances
Min-Eficaz
Sistema de Guiamento
Fabricante
Ano
fabrico
ADATS
8 mísseis
Mach 3+
10 km
Autoguiamento indirecto
por feixe (beam riding)
Oerlikon Aerospace
1986
AVENGER
8 mísseis
Mach 2,2
3,8 – 8 km
Autoguiamaneto directo
Boeing Aerospace (EUA)
passivo (por IV)
1987
CHAPARRAL
4 mísseis
Mach 2,5
0,16 – 5km
Autoguiamaneto directo
passivo (por IV)
1963
CROTALE NG
8 mísseis
Mach 3,5
0,5 – 11km
Autoguiado indirecto por
Thomson CFS-Matra BAe 1990
feixe (radar)
JAVELIN
1 míssil
Mach 1,7
1 – 4,5 km
Teleguiamento directo
semi-automático
Thales AD
nd
LEFLASYS
4 mísseis
Mach 2,2
8 km
Autoguiamaneto directo
passivo (por IV)
Rheinmetall
2001
LINEBACKER
4 mísseis
Mach 2,2
8 km
Autoguiamaneto directo
passivo (por IV)
Boeing Aerospace
1997
MISTRAL
1 míssil
Mach 2,5
600m – 5 km
Autoguiamaneto directo
passivo (por IV)
MBDA(Matra)
1990
RAPIER FSC
8 mísseis
Mach 2,5+
1– 7,25 km
Autoguiado indirecto por
feixe (radar)
MBDA
1992
RBS-70
1 míssil
Mach 1,6
1 – 7 km
Autoguiamento indirecto
por feixe (beam riding)
Saab Bofors Dinamics
1977
ROLAND NDV
2+8 mísseis
Mach 3,7
0,5 – 11 km
Teleguiamento directo
automático
MBDA
1977
SA-7
1 míssil
Mach 1,7
0,5 – 5,5 km
Autoguiamaneto directo
passivo (por IV)
Indústria de Armamento
da Ex-URSS
1972
SA-8
6 mísseis
Mach 3
0,2 – 15 km
Autoguiamento directo
semi-automático
Indústria de Armamento
da Ex-URSS
1980
SA-9
4 mísseis
Mach 1,8+
0,8 – 4,2 km
Autoguiamaneto directo
passivo (por IV)
Indústria de Armamento
da Ex-URSS
1980
US Army MCOM
33
Autoguiado indirecto por Indústria de Armamento
feixe (radar)
da Ex-URSS
SA-13
4 mísseis
Mach 2+
0,6 – 5 km
SA-14
1 míssil
Mach 1,8
0,6 – 6 km
Autoguiamento directo
passivo (por IV)
Indústria de Armamento
da Ex-URSS
1978
SA-15
8 mísseis
Mach 2,5
0,1 – 12 km
Teleguiamento directo
automático
Indústria de Armamento
da Ex-URSS
1990
SKYGUARD /
ASPIDE
12 mísseis
Mach 2
0,75 – 10 km
Autoguiamento directo
semi-activo
Oerlikon Contraves
1987
STARSTREAK
8 mísseis
Mach 4+
7 km
Autoguiamento indirecto
por feixe (beam riding)
Thales AD
1997
STINGER
1 míssil
Mach 2,2
80m – 4 km
Autoguiamaneto directo
passivo (por IV)
General Dynamics
1987
Julho 2006
1970
Quadro resumo das características
dos Sistemas Canhão
Sistema
Canhão
Nº de tubos
Calibre
Alcance
Eficaz
Cadência
de tiro
Sistema de Pontaria
Fabricante
Fabrico
Krauss-maffei
Wegmann
1988
General
Dynamics
2005
GEPARD
2
35 mm
3,5 km
550 tpm
Telémetro LASER,
Radar de Perseguição
e Conduta de Tiro
(10 Kg)
Land Based
Phalanx
Weapon
System
6
20 mm
1,6 km
3000 tpm
Radar de Perseguição e
Conduta de Tiro
PZA LOARA
2
35 mm
3,5 Km
550 tpm
FLIR, TV, PRF, Radar de
Indústria de
Perseguição e Conduta armamento da
de Tiro
Polónia
1990
ZSU-23-4
4
23 mm
3 km
Óptico, Radar de
Indústria de
800-1000 tpm Perseguição e Conduta Armamento da
de Tiro RPK-2
Ex-URSS
1965
ZU-23-2
2
23 mm
2,5 km
Indústria de
Armamento da
Ex-URSS
1965
400 tpm
Óptico
Glossário
ACRÓNIMO
FLIR
IFF
HMMWV
ECCM
CM
FAAD C2I
ARM
IV
nd
DESIGNAÇÃO
Forward Looking Infrared Receiver
Identification Friend or Foe
Hight Mobility Multipurpose Wheeled Vehicle
Electronics Counter Counter Measures
Cruise Missile
Forward Area Air Defense Command Control Intelligence
Anti Radiation Missile
Infra-Vermelhos
Não Disponível
34
Boletim da Artilharia Antiaérea
SISTEMAS
HIMAD
Fruto das acções terroristas realizadas pelo grupo extremista Al Qaeda, em 11 de Setembro de 2001 nos Estados
Unidos da América, a comunidade internacional passou a utilizar com maior frequência no seu vocabulário o
conceito de “Conflito Assimétrico”, onde os Estados, por mais poderosos que sejam, são vulneráveis a acções
violentas organizadas por entidades não estatais, difíceis de identificar e localizar. Uma das formas de
manifestação violenta dessa ameaça assimétrica é, sem dúvida, através do vector aéreo.
A tradicional ameaça aérea, baseada nas aeronaves de asa fixa e helicópteros, continua a ser altamente eficaz,
com sistemas de armas extremamente versáteis e precisos, tendo, contudo, como grande inconveniente o
elevado custo da tecnologia que lhe está inerente, bem como do treino, manutenção e sustentação das tripulações.
Estes factores ocasionaram uma tendência de proliferação das ameaças aéreas não tripuladas: míssil balístico
táctico (Tactical Ballistic Missile, TBM), míssil cruzeiro (Cruise Missile, CM), míssil ar-terra (Air-to-Surface Missile,
ASM), veículo aéreo não tripulado (Unmanned Aerial Vehicle, UAV), foguetes de grande calibre (Large-Caliber
Rocket, LCR) e foguetes de lançamento múltiplo (Multiple Launch Rockets, MLR). Os UAV são uma alternativa
custo-efeito às aeronaves, já que um significativo número de veículos aéreos não tripulados de reconhecimento
ou combate, tácticos ou estratégicos, poderão ser adquiridos pelo preço de uma ou duas aeronaves sofisticadas
sem os custos de manutenção, formação das tripulações e disponibilização de infra-estruturas. Outra vantagem
dos sistemas não tripulados, para além do seu baixo custo económico, é o poder letal inerente, nomeadamente os TBM e os mísseis cruzeiro que podem ser usados como armas de
destruição maciça contra forças, infra-estruturas logísticas, recursos ou centros populacionais.
Assim, o TBM, o UAV e o míssil cruzeiro serão provavelmente os sistemas de armas com maior
proliferação dada a sua capacidade de sobrevivência, alcance, poder de penetração e, no caso
dos mísseis, ogivas multifacetadas.
Para fazer face a esta panóplia de ameaças cada vez mais sofisticadas, com maior alcance,
precisão, velocidade e letalidade, surge a necessidade imperiosa de se desenvolverem sistemas que consigam o empenhamento a altitudes e alcances cada vez maiores de forma a
que os efeitos, mesmo após a destruição da ameaça, não se façam sentir sobre forças
militares ou população civil, como seria o caso de um míssil que transportasse uma ogiva
nuclear. A resposta passa pelos sistemas HIMAD. São sistemas tecnologicamente bastante
avançados, constituídos por órgãos de detecção com alcances que podem chegar aos 1000
Km, e mísseis interceptores com capacidade para se empenharem a altitudes que poderão
ir aos 150 Km e alcances na ordem dos 200 Km. Os programas de desenvolvimento mais
recentes estabelecem como requisitos a capacidade de empenhamento sobre todo o espectro
de ameaças da actual e próximas gerações, integração com sistemas de C2I externos,
recorrendo a sensores externos (satélites militares), com capacidade para iniciar o seguimento
da ameaça ainda na fase inicial da sua trajectória, permitindo que a ordem de empenhamento
seja dada no momento em que a sua destruição ocorra num local que não provoque danos
colaterais a tropas ou populações.
PESQUISA E TEXTOS
Capitão de Artilharia Salvado
ARROW 2
38
O Sistema de Defesa Míssil Balístico ARROW foi
desenvolvido pelas Indústrias Aeronáuticas de Israel
(IAI) estando, actualmente, ao serviço das Forças Armadas Israelitas, que dispõem de duas Baterias,
uma perto de Telavive, operacional desde 2000, e
outra a sul de Haifa, desde 2002. O Sistema foi desenvolvido para fazer face a vários tipos de ameaças: mísseis tácticos balísticos (TBM), mísseis de
cruzeiro e aeronaves. O desenvolvimento deste
sistema resulta de uma cooperação entre os Estados
Unidos da América e Israel, iniciada em 1988.
Actualmente, a produção de componentes para o
míssil ARROW 2, é feita pela empresa americana
Boeing (responsável pelo fabrico de, aproximadamente, 50% dos componentes), cabendo às IAI a
integração de todos os componentes e acondicionamento final do míssil.
O programa de desenvolvimento deste sistema,
passou por três fases fundamentais: uma primeira
fase em que foi desenvolvido o protótipo do míssil
interceptor ARROW, com o objectivo de conceber o
míssil e aperfeiçoar as suas capacidades de empenhamento; a segunda fase teve como objectivo o
desenvolvimento da espoleta do míssil ARROW 1,
de forma a aumentar a sua letalidade; e a terceira
fase, com início em 1996, passou pela integração de
todo o ARROW Weapon System.
A fase de testes deste sistema teve início em
1988, quando o Departamento de Defesa dos EUA
assinou um contrato com as IAI para construir e
testar o sistema antimíssil ARROW 1 contra mísseis
balísticos tácticos. Após terminar com sucesso esta
fase, o próximo passo foi o desenvolvimento e a
produção das primeiras unidades.
Em 1995, foi feito o primeiro lançamento
experimental com o novo míssil Arrow 2, com um
peso de 1300 Kg (a 1ª versão tinha um peso de
2000 Kg). O míssil completou com sucesso 14 testes
de intercepção, tendo sido nove deles realizados
com todo o sistema. Em Julho de 2004, realizou-se
o primeiro teste contra um míssil balístico táctico
(míssil balístico de curto alcance SCUD B), na Califórnia. O SCUD B foi interceptado com sucesso e
destruído a uma altitude de 40 Km.
O sistema Arrow tem a seguinte composição:
Míssil Interceptor, Pelotão Lançador, Radar Green
Pine e Centro de Controlo de Tiro.
MÍSSIL INTERCEPTOR ARROW 2
O míssil está equipado com um motor de combustível sólido e rockets para sustentação em vôo.
Dispõe de um primeiro motor, que na fase inicial do
lançamento faz com que o míssil apenas saia na vertical do canister e, um segundo motor para o sustentar na sua trajectória até ao alvo. Durante a ignição
do motor de sustentação, na segunda fase do lançamento, todo o mecanismo de ignição da primeira
fase se separa.
O míssil ARROW 2 é lançado antes da trajectória
do alvo, estando o ponto de intercepção previamente
calculado. Quanto mais informação acerca da trajectória do alvo está disponível, mais preciso é o ponto
óptimo de intercepção, para o qual o míssil é orientado através do radar de guiamento. O míssil tem um
seeker dual mode, isto é, um seeker por infra-vermelhos
passivo que detecta e segue TBM, e um radar activo
utilizado para seguir outro tipo de ameaças a baixa
altitude, como sejam aeronaves ou UAV.
A ogiva tem um explosivo de efeito dirigido com
a capacidade de destruir o alvo num raio de 50m.
Boletim da Artilharia Antiaérea
SISTEMAS
PELOTÃO LANÇADOR
HIMAD
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
Uma Bateria ARROW está equipada com 4 a 8
atrelados lançadores, cada um deles com 6 canisters
de lançamento carregados com mísseis ARROW 2.
Todo o Pelotão é autopropulsionado e, após disparar os mísseis interceptores, os lançadores podem
ser recarregados numa hora. Dispõe de comunicações rádio (fonia e dados) para o Centro de Controlo
de Tiro, podendo estar posicionado até 300 Km da
posição Radar, de forma a aumentar a sua sobrevivência.
RADAR DE CONTROLO DE TIRO
E AVISO PRÉVIO GREEN PINE
Inclui o radar, EL/M-2090 montado num atrelado,
antena, gerador, sistema de refrigeração e o centro
de controlo. Opera simultaneamente nos modos
de busca, detecção, seguimento e guiamento do
míssil (o radar ilumina o alvo e guia o míssil até 4
metros deste).
Designação
País de Origem
Fabricante
Armamento
Guarnição
Ano
MÍSSIL ARROW 2
Alcance
Altitude
Velocidade
Comprimento
Diâmetro
Peso
Guiamento
Propulsão
Canisters por lançador
Ano de fabrico
Montado num atrelado, recebe os dados provenientes do radar e monitoriza a intercepção, contra
uma ou várias ameaças, de modo totalmente automático. Quando é detectado um lançamento, o operador fica a conhecer a posição de lançamento, a
posição actual do míssil hostil, a sua trajectória e
qual a predição do ponto de impacto.
Estão a ser desenvolvidas comunicações através
de Link 16 que permitam a interoperabilidade com
as unidades de tiro do sistema Patriot. Esta ligação
permitirá que os alvos adquiridos pelo radar do
sistema ARROW sejam “entregues” ao radar de
controlo de tiro do Patriot.
Apesar da cooperação entre os EUA e Israel,
apenas este último está equipado com o sistema de
90 Km
8 Km até 50 Km
Mach 9 (aprox. 2,5 Km/s)
7 metros
0,8 metros
1 300 Kg
Semi-activo por radar
Motor combustível sólido
6
1995
RADAR DE CONTROLO DE TIRO E AVISO
PRÉVIO GREEN PINE
Frequência
Alcance
Seguimento
CENTRO DE CONTROLO
DE TIRO CITRON TREE
ARROW 2
Israel
IAI (Israel), Boeing
(míssil), Elta Electronics
Industries (radar)
Míssil ARROW 2
nd
2000
Guiamento
Fabricante
Banda L
500 Km
Alvos com velocidades
até 3 000 m/s
Até 4 m do alvo
Elta Electronics Industries
LANÇADOR
Capacidade
Remuniciamento
6 mísseis Arrow 2
1 hora
defesa ARROW. Contudo, dois radares Elta Green
Pine foram entregues à Índia (em 2001), integrando
o sistema de defesa aérea contra mísseis balísticos
deste país.
Até à data, não se registou qualquer empenhamento do Sistema ARROW em nenhum tipo de
conflito.
Julho 2006
39
HAWK
40
Desde 1960 o sistema míssil, superfície-ar
HAWK, garante a defesa aérea aos Marines norte-americanos na faixa das médias altitudes contra
ameaças aéreas. Tem capacidade de operar em
quaisquer condições meteorológicas, sendo bastante eficiente face à guerra electrónica. A sua nomenclatura, inicialmente, teve origem na ave predadora,
o falcão, embora actualmente tenha o acrónimo de
“Homing All the Way Killer”.
Este sistema tem vindo a ser sucessivamente
melhorado. Em 1970 o upgrade de uma série de
componentes deu origem ao Improved HAWK. Em
1990 deu-se o último aperfeiçoamento no sistema,
o HAWK phase III configuration.
Apesar do HAWK ter sido empregue pelo Exército norte americano durante o conflito do Vietname
e na Guerra do Golfo, as tropas americanas nunca
dispararam esta arma em combate. A primeira utilização do HAWK deu-se em 1967 quando as forças
israelitas lançaram com sucesso vários mísseis
durante a guerra dos seis dias com o Egipto.
O míssil HAWK é maciçamente utilizado em
combate, em 02 de Agosto de 1990, pelas Unidades
de defesa aérea do Kuwait, durante a invasão pelo
Iraque, abatendo 22 aviões e um helicóptero.
A eficácia deste sistema levou a que ao longo dos
anos viesse a ser adoptado por cerca de 20 nações.
Na NATO, é utilizado por 10 países: os Estados
Unidos, a Dinamarca, a Holanda, a Espanha, a
Bélgica, a Alemanha, a França, a Itália, a Grécia e a
Noruega.
As unidades HAWK são constituídas por um
Radar de Aquisição, um Centro de Operações Táctico, um Radar de Seguimento, um sistema de identificação IFF e três a quatro lançadores com três
mísseis cada um. De acordo com as suas funções, o
sistema pode ser dividido em três subsistemas:
Aquisição, Comando e Controlo e Lançamento.
A detecção do alvo é enviada para a Secção de Comando e Controlo, através dos radares de impulsos
e onda contínua, para que o seguimento seja monitorizado. A partir do momento em que o alvo é
adquirido um, ou vários mísseis, podem manual ou
automaticamente, serem lançados sendo a ordem
de tiro enviada pela Secção de Comando e Controlo.
CENTRO DE OPERAÇÕES TÁCTICO
Executa o controlo táctico das unidades subordinadas numa rede centralizada de defesa aérea,
que apresenta uma Recognized Air Picture (RAP) e que
Boletim da Artilharia Antiaérea
SISTEMAS
permite monitorizar a situação da defesa aérea,
atribui a ameaça à arma e executa o controlo do tiro.
PULSE ACQUISITION RADAR (PAR)
Faz a aquisição do alvo às médias e altas altitudes,
fornecendo direcção e distância. Está equipado com
CCME para operar num ambiente de CME hostil.
CONTINUOUS WAVE ACQUISITION RADAR
(CWAR)
Radar para aquisição a baixas e muito baixas altitudes. A onda contínua permite a aquisição de alvos
onde os radares de impulsos não são tão eficientes.
HIGH POWER ILLUMINATION RADAR (HPIR)
Faz o seguimento automático e iluminação do
alvo, enviando os sinais para guiamento do míssil
e para apontar os lançadores.
HIMAD
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
Designação
HAWK (Homing All
the Way Killer)
EUA
Raytheon
Míssil Hawk
1960
País de Origem
Fabricante
Armamento
Ano
MÍSSIL HAWK
Alcance
Altitude
Tempo de Vôo
Velocidade
Comprimento
Diâmetro
Peso
Guiamento
Propulsão
Ogiva
Ano de fabrico
43 Km
19 Km
nd
Mach 2,4
5,03 metros
0,38 metros
635 Kg
Semi-activo por radar
Motor combustível sólido
136,2 Kg
1990 (HAWK phase III)
PULSE ACQUISITION RADAR
120 Km
Alcance
CONTINUOUS WAVE ACQUISITION RADAR (CWAR)
Alcance
LANÇADORES
70 Km
HIGH POWER ILLUMINATION RADAR (HPIR)
Transportam, apontam e disparam até 3 mísseis.
Executam o seguimento do alvo bem como a transmissão de dados para o computador do míssil.
Alcance
80 Km
LANÇADORES
3 mísseis Hawk
10 minutos
1 míssil em cada 3 seg
Capacidade
Remuniciamento
Cadência de disparo
MÍSSIL
A versão 3 do míssil sofreu melhoramentos, ao
nível da espoleta e ogiva, que potenciam a sua
eficácia no empenhamento, além de ter a capacidade de operar em ambientes de elevadas medidas de
guerra electrónica.
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MEADS (MEDIUM
42
EXTENDED AIR DEFENSE SYSTEM)
O Sistema MEADS resulta de uma parceria entre
os Estados Unidos da América (EUA), Alemanha e
Itália. A percentagem de capital investido por cada
país é de 55%, 28% e 17% respectivamente. O programa comporta quatro fases: Projecto, Redução
do Risco, Desenvolvimento e Produção. Desde Julho
de 2004 que o programa MEADS se encontra na
terceira fase de desenvolvimento, prolongando-se
esta até 2014, data a partir da qual está previsto o
início da produção.
O MEADS está planeado para substituir os sistemas HAWK e PATRIOT, tornando-se desta forma
o principal meio responsável pela defesa às médias
altitudes das Forças Terrestres expedicionárias e
infraestruturas fixas, contra um largo espectro de
ameaças: TBM actuais e da próxima geração, mísseis
cruzeiro de baixa e alta altitude, UAV, aeronaves de
asa fixa e helicópteros. A concepção deste Sistema
de Defesa Aérea assenta em cinco requisitos operacionais fundamentais:
se deslocar rapidamente para a área de operações e
assegurar a defesa aérea das forças de manobra. Outra da suas características é a versatilidade, articulando-se de acordo com a missão a desempenhar.
Adoptando uma configuração operacional,
constituído por um Radar de Controlo de Tiro, um
Centro de Operações Táctico (TOC) e um Lançador
(com 12 mísseis Patriot Advanced Capability 3) o
MEADS pode ser projectado através da saída de
uma única aeronave de transporte C-5, ou apenas
cinco saídas com uma aeronave C-130. Esta configuração é considerada como sendo a capacidade mínima de empenhamento do sistema.
EMPENHAMENTO SOBRE QUALQUER
AMEAÇA
Tem capacidade de empenhamento sobre um
largo espectro de ameaças, garantindo um cobertura de 360º, bem como a sua própria sobrevivência.
TRANSPORTABILIDADE
O Sistema é transpotável por C-130 e A400M,
podendo ser rapidamente projectado para o Teatro de
Operações numa aeronave com os mísseis carregados
no lançador. Uma vez no Teatro, tem a capacidade de
INTEROPERABILIDADE
O MEADS está projectado para ser empregue com
outros sistemas, como parte de um Sistema de Defesa
Boletim da Artilharia Antiaérea
SISTEMAS
Aérea integrado ou, pelo contrário, individualmente
em qualquer Teatro de Operações. Esta interoperabilidade é garantida com os Sistemas de Defesa Aérea
dos EUA e da NATO existentes, bem como dos programas em desenvolvimento (THAADS).
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
Designação
País de Origem
Fabricante
ARQUITECTURA EM REDE E DISPERSA
Os órgãos de C4I, radares e lançadores são dispostos dispersos no terreno de forma a aumentar a capacidade de sobrevivência. Não obstante, os elementos
de C4I estão interligados em rede, minimizando as
possibilidades de erro, garantem a redundância no
seguimento dos alvos, além de tornar o sistema
bastante robusto contra acções de guerra electrónica.
SUSTENTAÇÃO LOGÍSTICA
Este sistema tem um maior poder de fogo, requer menos efectivos e tem um menor peso logístico
que os seus antecessores. A título de exemplo, e
tomando o sistema Patriot como comparação, para
projectar uma Bateria MEADS são necessárias 3
aeronaves C-5, enquanto que para uma Bateria Patriot
a quantidade de aeronaves sobe para 14. Se
considerarmos ambos os sistemas apenas com uma
configuração operacional (Radar de Controlo de Tiro,
um Centro de Operações Táctico e um Lançador),
para projectar o MEADS é necessária 1 aeronave C-5,
ao passo que para o Patriot são necessárias 3.
O sistema MEADS é composto pelos seguintes
subsistemas:
HIMAD
Armamento
Ano
Medium Extended Air
Defense System
EUA, Alemanha e Itália
Lockeed Martin (EUA),
European Aeronautic
Defense and Space
Company (Alemanha) e
MBDA (Itália)
Míssil PAC-3
Em desenvolvimento
MÍSSIL PAC 3
Alcance
Altitude
Tempo de Vôo
Comprimento
Diâmetro
Guiamento
Propulsão
Ano de fabrico
70 Km
24 Km
min 9 segundos
máx 3,5 minutos
5,2 metros
0,4 metros
Track-via-missile
Motor combustível sólido
Final de 1999
RADAR DE VIGILÂNCIA
E RADAR DE CONTROLO DE TIRO
Alcance
Seguimento
Guiamento
nd
nd
nd
LANÇADOR
Capacidade
Remuniciamento
12 mísseis PAC-3
nd
RADAR DE CONTROLO DE TIRO
Existem dois por unidade de tiro. Opera na
banda X, cobre os 360º e é transportável em C-130.
CENTRO DE OPERAÇÕES TÁCTICO (TOC)
43
É interoperável com todos os sistemas de defesa
aérea dos EUA e Aliados. Existem dois por cada
sistema MEADS, o que aliado à operação em rede e
dispersão no terreno, faz com que o seguimento dos
alvos seja contínuo e redundante. Consiste num
shelter montado numa viatura de rodas HMMWV
(High Mobility Multiporpose Wheeled Vehicle), podendo
o seu interior ser configurado de acordo com a missão.
RADAR DE VIGILÂNCIA
LANÇADOR
Montado numa viatura de rodas de 5 TON, é
transportável por C-130, tem como principal característica o rápido recarregamento dos canisters, a
entrada e saída de posição. Cada lançador transporta 12 mísseis.
MÍSSIL PAC-3
Cobre os 360º, integra um sensor IFF e pode ser
transportado por C-130. Existe um por unidade de tiro.
É o mesmo interceptor que equipa o sistema
Patriot (PAC-3).
Julho 2006
NASAMS
44
O NASAMS (Norwegian Advanced Surface to Air
Missile System) é um sistema de Defesa Aérea de
médio alcance, com a finalidade de proteger órgãos
ou forças contra aeronaves, mísseis cruzeiro e UAV.
O sistema resulta de uma cooperação entre a
empresa Kongsberg Defence & Aerospace (KDA) e a
Raytheon para a Força Aérea norueguesa, tendo
sido considerado completamente operacional em
1998. Integra o radar 3D TPQ-36A, de fabrico americano, e os mísseis AIM-120 AMRAAM (Advanced
Medium Range Air-to-Air Missile) com um sistema
BMC4I (Battle Management and Command, Control,
Computers, Coordination and Intelligence) designado
por Centro de Controlo de Tiro. Este último ligado
ao radar TPQ-36A formam o “Sistema de Controlo
e Aquisição”.
O sistema NASAMS foi o primeiro programa a
lançar o míssil AMRAAM a partir de uma plataforma
terrestre, bem como o primeiro sistema míssil
superfície – ar com um sistema de guiamento
activo.
O míssil AMRAAM tem capacidade todo-o-tempo
e possui um sistema de guiamento de dois tipos:
numa primeira fase da trajectória, por navegação
inercial, em que recebe as correcções de voo, a partir
do radar, via data link; e na fase final da trajectória o
guiamento do míssil é activo dispondo este de um
radar que detecta e segue o míssil, aumentando
consideravelmente as probabilidades de impacto.
Uma Bateria NASAMS é constituída por três ou
quatro Centros de Controlo de Tiro, três ou quatro
radares de vigilância, aquisição e seguimento AN/TPQ36A, nove lançadores montados numa viatura pesada
(cada um com seis mísseis) e três ou quatro viaturas
montadas com câmaras de infravermelhos passivos
para identificação visual dos alvos. Com esta configuração, o NASAMS é capaz de se empenhar contra
54 alvos diferentes, disparando 54 mísseis em apenas
alguns segundos. Através de rede rádio, os lançadores
podem estar localizados a cerca de 25 Km do Centro
de Controlo de Tiro, aumentando-se desta forma a
área a defender. É um sistema completamente móvel,
tendo capacidade de se empenhar 15 minutos após
entrar numa nova posição.
A concepção deste sistema de Defesa Aérea
assenta em sete requisitos operacionais:
ARQUITECTURA EM REDE
Os radares, lançadores e centros de controlo de
tiro estão ligados em rede, minimizando as
possibilidades de erro, potenciando a
interoperabilidade com outros sistemas e reduzindo
os tempos de resposta entre a detecção e
empenhamento.
MODULARIDADE
A configuração e dimensão da unidade são
Boletim da Artilharia Antiaérea
SISTEMAS
modulados de acordo com o cenário e ameaça a
enfrentar.
COMPONENTES LIGEIROS E MÓVEIS
Facilita a projecção da unidade, a dispersão e a
mobilidade, permitindo uma maior cobertura.
HIMAD
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
Designação
País de Origem
Fabricante
Armamento
Ano
NASAMS
Noruega
Kongsberg Defence &
Aerospace (KDA) e
Raytheon
Míssil AMRAAM
1995
MÍSSIL AMRAAM
GUARNIÇÕES REDUZIDAS
Permite manter altos graus de prontidão por
longos períodos. Um exemplo que atesta este
requisito é a viatura lançadora que não é operada
manualmente.
GRANDE PODER DE FOGO
Cada lançador tem seis mísseis, podendo ser
recarregados, cada um deles, em 6 minutos.
Alcance
Altitude
Velocidade
Comprimento
Diâmetro
Peso
Probabilidade
de Impacto
Guiamento
Propulsão
Ano de fabrico
75 Km
15 Km
nd
3,66 metros
0,18 metros
152 Kg
90 %
Directo activo
Motor combustível sólido
1991
VIATURA LANÇADORA
CURTO TEMPO DE REACÇÃO
Espaço de tempo muito curto entre a detecção
e o lançamento do míssil.
Capacidade
Nº p/ Bateria
Comprimento
Largura
Peso bruto
Recarregamento
6 mísseis
3 ou 4 lançadores
nd
nd
nd
6 min/míssil
PROBABILIDADE DE IMPACTO
As ameaças actuais e de próxima geração,
nomeadamente os desenvolvimentos previsíveis das
aeronaves tripuladas e não tripuladas, estão dentro
das especificações e capacidades técnicas do míssil.
A Kongsberg está actualmente a melhorar o
sistema NASAMS, designado por NASAMS II, através
da substituição do radar AN/TPQ-36A pelo radar
AN/MPQ-64 Sentinel, inserção de tecnologia mais
recente no software do Centro de Controlo de Tiro,
integração de um novo rádio multifunções e a
integração com o Norwegian Ground Based Air
Defense Operations Center. Prevê-se a integração no
NASAMS II da capacidade Link 16, de modo a permitir maior interoperabilidade e mobilidade e potenciar as capacidades do sistema para operar em
rede, com os restantes países da NATO.
Este sistema equipa países como a Espanha
(2005), Grécia, Turquia e Estados Unidos da América,
com o intuito de proteger instalações fixas.
Julho 2006
45
PATRIOT
46
O Patriot é um sistema de defesa antiaérea de
longo alcance, para médias e altas altitudes e com
capacidade para ser empenhado sob quaiquer condições atmosféricas, contra mísseis balísticos tácticos, mísseis de cruzeiro e aeronaves.
O Sistema Patriot foi colocado no terreno pela
primeira vez em 1984, após 20 anos de desenvolvimento. Tem sido alvo de constantes melhorias, encontrando-se actualmente na versão PAC-3 (Patriot
Advanced Capability 3). Esta última resulta de uma
cooperação entre a Raytheon, que melhorou o
equipamento ao nível do radar, comunicações e
software utilizado, e a Lookheed Martin que introduziu melhoramentos ao nível do míssil, da estação
de lançamento e do computador de tiro.
É composto por quatro subsistemas: o Míssil, a Estação de Lançamento M901, a Estação de Controlo de
Empenhamento (AN/MSQ-104) e o Radar (AN/MPQ-53).
O MÍSSIL
O Sistema Patriot está equipado com um míssil
PAC-3. Relativamente à versão anterior PAC-2, esta
última aumenta efectivamente a capacidade de intercepção contra mísseis cruzeiro e balísticos tácticos, através do uso da tecnologia hit-to-kill (não dispondo de espoleta de aproximação, mas sim de
grande precisão na fase final da trajectória, para
aproveitar a força do impacto directo no alvo, para
o desintegrar), além de possuir uma nova espoleta
e um oscilador de baixo ruído, que permitiu aumentar a sensibilidade contra alvos com uma pequena
assinatura radar.
O míssil é guiado e comandando pelo radar até um
ponto imediatamente antes da intercepção. Nesse
ponto, o sistema de guiamento track-via-missile (TVM)
do PAC-3 inicia o seguimento do alvo, ou seja, o Radar
ilumina o alvo, o sistema TVM detecta a energia
reflectida, adquirindo desta forma o alvo. Os dados
para correcção da trajectória são transmitidos ao
sistema de guiamento pela Estação de Controlo de
Empenhamento. O sistema de aquisição do míssil
adquire o alvo na fase final da trajectória, e transmite
os dados para a Estação de Controlo de Empenhamento que efectua os cálculos finais de correcção da
trajectória. O alvo é destruído através da energia
cinética libertada quando colide com o alvo.
No lançador, podem ser carregados 16 mísseis,
comparados com os 4 da anterior versão PAC-2.
O PAC-3 entrou em produção no final de 1999,
tendo sido utilizado pela primeira vez durante a
operação “Iraqi Freedom” em Março/Abril de 2003.
ESTAÇÃO DE LANÇAMENTO M901
Transporta, aponta e lança o míssil PATRIOT.
Cada lançador tem 16 mísseis. É operado à distância
por VHF ou fibra óptica através da Estação de Controlo de Empenhamento, que envia os dados de
pré-lançamento e a ordem de abertura de fogo.
Boletim da Artilharia Antiaérea
SISTEMAS
ESTAÇÃO DE CONTROLO DE EMPENHAMENTO
(AN/MSQ-104)
É a única estação operável numa unidade de
tiro Patriot. Comunica com o lançador M-901, com
outras Baterias PATRIOT e com o escalão superior.
É operada por 3 militares, com duas consolas e uma
estação de comunicações com três terminais rádio.
RADAR (AN/MPQ-53)
Tem funções de vigilância, detecção, seguimento,
identificação, guiamento e contra contra-medidas
electrónicas (CCME). Está montado num atrelado e
é automaticamente controlado pelo computador
de tiro, na Estação de Controlo de Empenhamento,
através de ligação por cabo. Tem um alcance de
100 Km, capacidade de seguir mais de 100 alvos e
pode enviar dados para guiamento até nove mísseis.
Além dos EUA, o sistema Patriot está ao serviço
na Alemanha, Grécia, Espanha, Israel, Japão, Koweit,
Holanda, Arábia Saudita e Taiwan. Foi recentemente
assinado um acordo tendo em vista a aquisição
pelo Egipto.
O sistema foi empregue pelas forças dos EUA
durante a Operação “Iraqi Freedom”, posicionado no
Koweit e destruiu com sucesso vários mísseis superfície
– superfície (SCUD-B), recorrendo à versão PAC-3.
HIMAD
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
Designação
País de Origem
Fabricante
Armamento
Ano
MÍSSIL PAC-3
Alcance
Altitude
Tempo de Vôo
PATRIOT
EUA
Raytheon e Lockeed Martin
Míssil PAC-3
2003 (versão PAC-3)
70 Km
24 Km
mín 9 segundos
máx 3,5 minutos
Mach 5
5,2 metros
0,4 metros
Track-via-missile
Motor combustível sólido
Final de 1999
Velocidade
Comprimento
Diâmetro
Guiamento
Propulsão
Ano de fabrico
RADAR (AN/MPQ-53)
100 Km
Alcance
Até 100 alvos
Seguimento
em simultâneo
Até 9 mísseis
Guiamento
em simultâneo
Raytheon
Fabricante
ESTAÇÃO DE LANÇAMENTO M901
Capacidade
Remuniciamento
4 mísseis PAC-3
nd
47
Julho 2006
THAAD
O Sistema Míssil THAAD (Theatre High Altitude
Area Defense System) é o sistema de armas defensivo
tecnologicamente mais desenvolvido, e que garante
a protecção contra mísseis balísticos (tácticos ou intercontinentais) com alcances na ordem dos 200 Km
e altitudes de 150 Km. É facilmente transportável
e proporciona a mais eficiente protecção de pontos
de elevado valor estratégico ou táctico, como sejam
os aeroportos ou centros populacionais.
É um sistema que combina a capacidade de longo alcance com a letalidade da tecnologia hit-to-kill,
já que o míssil THAAD intercepta ameaças exo-atmosféricas e endo-atmosfércas. A protecção às médias
e baixas altitudes é garantida por sistemas como o
PATRIOT e o MEADS, que interceptam mísseis hostis
a altitudes 20 a 100 vezes mais baixas.
O sistema começou a ser desenvolvido em 1992
pela Lockeed Martin Missiles and Space. O programa
THAAD entrou na fase de desenvolvimento, produção e concepção em 2000. Foram produzidos 16
mísseis para testes em 2004, prolongando-se esta
fase até 2009. Em 2007 está prevista a produção em
SISTEMAS
baixa escala, para apoiar os primeiros testes com
todo o sistema.
Uma Bateria THAAD típica, será constituída por
nove veículos lançadores (cada um transportando
oito mísseis), dois Centros de Operações Tácticas e
um Radar.
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
Designação
País de Origem
Fabricante
Armamento
Ano
O MÍSSIL
HIMAD
THAAD
EUA
Lockeed Martin Missiles
and Space; Raytheon
(radar)
Míssil THAAD
Em Desenvolvimento
MÍSSIL THAAD
Os dados acerca do alvo e a predição do ponto
de intercepção são transmitidos para o míssil antes
de este ser lançado. Os dados actualizados do alvo
e o ponto de intercepção são também transmitidos
ao míssil durante o vôo. Um motor está instalado
na parte posterior da secção propulsora, provocando a separação do Kinetic Kill Vehicle, sendo este
último que proporciona o guiamento terminal na
fase final da trajectória e destrói a ameaça por
impacto, aproveitando a energia cinética resultante
da velocidade de que vem animado.
Alcance
Altitude
Velocidade
Comprimento
Diâmetro
Peso
Probabilidade
de Impacto
Guiamento
Propulsão
Ano de fabrico
200 Km
150 Km
2 800 m/s
6,17 metros
0,34 metros
900 Kg
90 %
Track-via-missile
Motor combustível sólido
2004
RADAR
VIATURA LANÇADORA M 1075
Existem nove lançadores numa Bateria THAAD.
Transporta 10 contentores de mísseis, que após serem disparados, demoram cerca de 30 minutos a
serem recarregados.
RADAR
As orientações para o sistema THAAD são fornecidas pelo Radar, que tem características de
vigilância, classificação e identificação da ameaça. O
sistema pode também receber informações através de
satélites de vigilância militares como o Brilliant Eyes.
Estas unidades de radar podem ser transportadas
por C-130. O primeiro radar produzido foi testado na
Satelite Sands Missile Range, no Novo México. Em
Setembro de 2004, o radar seguiu um míssil balístico
táctico, monitorizando uma intercepção com êxito por
um míssil PATRIOT PAC-3.
CENTRO DE OPERAÇÕES TÁCTICAS
(TOC – TACTICAL OPERATIONAL CENTER)
Cada Bateria THAAD tem 2 TOC. Foi desenvolvido
pela Northrop Grumman, acomoda duas estações de
operação e está equipada com 3 processadores HP-735.
Frequência
Alcance
Área da Antena
Fabricante
Banda J e I
1 000 Km
9,2 m2
Raytheon
VIATURA LANÇADORA M 1075
Capacidade
N.º p/ Bateria
Comprimento
Largura
Peso bruto
Recarregamento
10 contentores de mísseis
9 lançadores
12 metros
3,25 metros
40 000 Kg
30 minutos
UNIDADES MÓVEIS BMC3I
O Sistema THAAD pode atribuir alvos a outros
sistemas de defesa (MEADS e PATRIOT), ligar-se a
outras redes de defesa aérea dos EUA, Aliados e a
centros BMC3I (Battle Management and Command,
Control, Computers and Intelligence). Estas unidades
estão instaladas em shelters blindados montados em
viaturas HMMWV (High Mobility MultipurposeWheeled Vehicles).
O Exército Norte Americano espera adquirir 80
a 99 lançadores, 18 Radares e um total de 1422
mísseis, estando planeados dois Grupos THAAD,
cada um deles com quatro Baterias.
Julho 2006
49
RADAR
MÍSSIL
Quadro Resumo dos Sistemas Míssil HIMAD
ARROW 2
HAWK
MEADS
NASAMS
PATRIOT
THAAD
Mísseis prontos a
disparar
6 mísseis
ARROW 2
3 mísseis HAWK
12 mísseis
PAC – 3
6 mísseis
AMRAAM
4 mísseis PAC-3
10 mísseis
THAAD
Velocidade
Mach 9
Mach 2.4
Mach 5
nd
Mach 5
Mach 9
Alcance
90 Km
43 km
70 km
75 Km
70 Km
200 Km
Altitude
8 Km – 50 Km
19 Km
24 Km
15 Km
24 Km
150 Km
Alcance
500 Km
120 Km
nd
nd
100 Km
1000 Km
Seguimento
Alvos até
3000 m/s
nd
nd
nd
Até 100 alvos
em simultâneo
nd
Guiamento
Até 4 metros
do alvo
nd
nd
nd
Até 9 mísseis
em simultâneo
nd
Fabricante
IAI (Israel),
Boeing
Aerospace
(míssil),
Elta Electronics
Industries (radar)
Raytheon
Ano fabrico
2000
1960
Lockeed Martin
(EUA), European
Kongsberg
Lockeed Martin
Aeronautic
Raytheon
Defence &
Missiles and
Defense and
e
Aerospace (KDA)
Space;
Space Company
Lockeed Martin
e Raytheon
Raytheon (radar)
(Alemanha)
e MBDA (Itália)
Em
desenvolvimento
1995
50
Boletim da Artilharia Antiaérea
2003
Em
(versão PAC-3) desenvolvimento
RADARES
SHORAD
RADAR, acrónimo do inglês Radio Detection And Ranging, é um dispositivo que permite detectar e localizar
objectos, determinar direcções ou auxiliar a navegação.
O seu princípio de funcionamento consiste na transmissão e reflexão de ondas electromagnéticas de altafrequência. A detecção das ondas reflectidas permite determinar algumas características do objecto, dependendo
das capacidades do radar. No caso dos radares de Artilharia Antiaérea as mais importantes são: direcção,
distância, altura, velocidade e tipologia da aeronave.
O primeiro Radar foi construído em 1904, por C. Hülsmeyer na Alemanha. Naquela época não houve utilidade prática
para o dispositivo, de baixa precisão, de construção difícil e com um sistema de detecção do eco ineficiente.
Em 1934, Pierre David, revendo a teoria electromagnética, encontrou o estudo realizado pelo alemão e iniciou
experiências para o desenvolvimento de um sistema de detecção por ondas de rádio em alta-frequência, eficiente
para a localização de aviões. Simultaneamente, Henri Gutton e Maurice Ponte, conseguiram criar um dispositivo
de detecção que funcionou com grande precisão.
Em 1935, foi instalado o primeiro sistema radar no navio Normandie com o objectivo de localizar e prevenir a
aproximação de obstáculos.
No início da Segunda Guerra Mundial, Watson Watt melhorou e desenvolveu novas tecnologias, utilizando os
sistemas de emissão fixos e giratórios.
O primeiro êxito militar dos radares ocorreu na previsão dos ataques à Inglaterra na Segunda
Guerra Mundial. Os ingleses sabiam com precisão a distância, velocidade e direcção do ataque,
tendo tempo de dar o alarme, diminuindo as baixas civis apesar do bombardeamento
constante efectuado pelos alemães.
Desde então, os radares antiaéreos têm vindo a tentar acompanhar a evolução tecnológica
das aeronaves. De momento não conseguem detectar aeronaves com tecnologia stealth.
Existem três tipos principais de radares antiaéreos. Os radares de aviso local têm a área de
cobertura mais reduzida, normalmente vinte ou trinta quilómetros. Os radares de vigilância
destinam-se a vigiar uma área mais alargada, podendo o seu alcance variar de acordo com
o equipamento, entre os quarenta e os cem quilómetros. Os radares de seguimento ou
conduta de tiro destinam-se a guiar os projécteis ou mísseis disparados pelas unidades de
tiro até aos alvos, através dos radares de aviso local ou vigilância, tendo a capacidade de os
seguir automaticamente.
Um radar com a capacidade de detectar a direcção e distância de uma aeronave é designado
por radar bidimensional (2D). Se um radar conseguir também detectar a altura a que sobrevoa
a aeronave é designado por tridimensional (3D). Existem já vários tipos de radares que, além
destas características das aeronaves conseguem também distinguir a tipologia da aeronave
(asa fixa, helicópteros, UAVs, mísseis, projécteis) e a velocidade a que a aeronave se desloca.
A contra-medida electrónica presente na maioria dos radares contra os empastelamentos do
seu sinal é a capacidade de alterar a frequência de emissão. A alteração da frequência pode
ser feita de duas formas, nos radares mais antigos, manualmente, nos mais modernos,
automaticamente. Quando a alteração é feita automaticamente, o radar, ao verificar que
existe outro equipamento a emitir um sinal na mesma frequência, automaticamente altera a
frequência de emissão para uma frequência que não esteja a ser utilizada.
A grande vantagem dos radares modernos é a capacidade de transmissão automática de
dados. Com esta capacidade, quer o operador do radar, quer as unidades de tiro, quer o
comandante da força, visualizam em simultâneo e em tempo real a aproximação de aeronaves.
Em alguns sistemas de transmissão automática de dados, o processo de selecção e
empenhamento da unidade de tiro é automático, enquanto noutros o comandante da força
ao visualizar o campo de batalha decide qual a unidade de tiro a empenhar. Com esta
capacidade, é melhorado o processo de empenhamento de uma unidade de tiro.
O espectro electromagnético é dividido em diversas gamas de frequência para melhor referência.
Os radares utilizam uma gama de frequência da ordem dos giga hertz, de acordo com a
respectiva gama de frequências que o radar emite. Normalmente variam entre a banda L
(1,2GHz) e a banda Ku (13GHz).
52
PESQUISA E TEXTOS
Tenente de Artilharia Pisco
Boletim da Artilharia Antiaérea
RADARES
SHORAD
AN/MPQ-64 SENTINEL
O Radar SENTINEL é fabricado nos Estados Unidos da América pela Thales Raytheon Systems.
Tem como missão detectar, seguir, identificar, classificar e transmitir os elementos
de alerta às unidades de tiro SHORAD, em
tempo real, sobre a existência de qualquer
ameaça aérea, incluindo helicópteros, aeronaves de ataque supersónicas, mísseis
cruzeiro e UAVs, evitar fratricídio e fornecer informação sobre a situação aérea geral aos centros de comando e controlo.
Detecta, executa o seguimento, classifica, identifica em três dimensões, e transmite os elementos dos alvos aos sistemas
de armas, possibilitando um empenhamento antecipado sobre a ameaça aérea
antes de estes se empenharem sobre as
forças a proteger.
O SENTINEL equipa as unidades de artilharia antiaérea em diversos Teatros de
Operações, de que se destacam o Kosovo,
a Bósnia, o Afeganistão e o Iraque. Em todos eles, revelou-se um poderoso sistema
de aquisição de objectivos no espaço aéreo.
É o principal radar utilizado pelas unidades
antiaéreas do Exército dos Estados Unidos
da América.
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
Origem
Tipo de cobertura
Gama de Frequência
Tipo de Radar
Alcance (radar primário)
Altitude (radar primário)
Radar Secundário
Tipo Radar (radar secundário)
Alcance (radar secundário)
IFF
Última Versão
Contra medidas
electrónicas
Guarnição
Peso
Tempo de entrada
em posição
Tempo de saída
de posição
Países que equipa
Tempo de renovação
da informação
Rotação da antena
Extras
Julho 2006
EUA
3D
Banda X (7,25 a 8,4 GHz)
Vigilância
75 Km
3Km
nd
nd
nd
Integrado na antena IFF AN/TPX-56
nd
Alteração automática
de frequência
2 ou 3 militares
1707 Kg
15 minutos
10 minutos
EUA
2 segundos
30 rpm
Transmissão automática de dados
53
CROTALE
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
54
O Radar CROTALE Multi-mission air
defence missile system é fabricado em França
pela Thompson-CSF Airsys.
Tem como missão garantir a cobertura
radar de uma Brigada contra ameaças aéreas, como aeronaves de asa fixa, helicópteros de ataque, mísseis cruzeiro, mísseis
tácticos, ataques em massa e com armas
com capacidade stand-off.
Possui um sistema IFF e capacidade de
detecção e transmissão simultânea e automática de vários tipos de alvos.
O radar tem a capacidade de integração
com diversos sistemas de defesa antiaérea,
como o sistema de armas Crotale. Opera
normalmente num pelotão com 4 radares
que trocam informação entre si através de
transferência automática de dados.
Dependendo da ameaça e da posição
relativa das unidades de tiro, o empenhamento é automaticamente transmitido
para a que estiver em melhor posição de
conseguir a destruição do alvo.
Todas as acções de detecção e seguimento estão automatizadas, sendo o tempo de reacção médio de 6 segundos entre
a primeira detecção e o lançamento do
míssil.
Origem
Tipo de cobertura
Gama de Frequência
Tipo de Radar
Alcance (radar primário)
Altitude (radar primário)
Radar Secundário
Tipo Radar (radar secundário)
Alcance (radar secundário)
IFF
Última Versão
Contra medidas
electrónicas
Guarnição
Peso
Tempo de entrada
em posição
Tempo de saída
de posição
Países que equipa
Tempo de renovação
da informação
Rotação da antena
Extras
Boletim da Artilharia Antiaérea
França
2D
Banda S (2,7 a 3,5 GHz)
Aviso Local
20 Km
5Km
Impulso simples
Banda Ku (10,95 a 11,7 GHz)
Seguimento e conduta de tiro
30 Km
Integrado na antena
nd
Alteração de frequência
nd
nd
5 minutos
nd
França, Finlândia,
Arábia Saudita, Oman
1 segundo
60 rpm
Câmara IV (15Km);
Câmara Térmica (19Km);
Transmissão automática de dados
RADARES
SHORAD
ERICSSON GIRAFFE AMB
O Radar GIRAFFE é fabricado na Suécia
pela Ericsson Microwave Systems.
Inclui um sistema C3 integrado que lhe
permite actuar como um centro de comando e controlo num sistema de defesa aérea
e simultaneamente pode ser integrado
num sistema com outros radares Giraffe
ligados entre si, providenciando uma invulgar capacidade de cooperação.
Ao contrário dos radares 3D tradicionais
que se baseiam numa tecnologia de scan
em elevação, o Giraffe AMB cobre uma
grande área em altitude usando simultaneamente um impulso alargado para a
transmissão e múltiplos impulsos digitais
para a recepção.
Esta concepção da antena providencia
não só uma cobertura superior das altitudes mas também uma actualização da informação sobre os alvos, mantendo a mesma elevada cadência de um radar 2D.
Todos os alvos dentro do mesmo nível
de altitude são determinados usando mono impulsos técnicos que garantem qualidade na informação 3D adquirida. A densidade de impulsos assegura uma imagem
fiel mesmo em condições atmosféricas
adversas.
CARACTERÍSTICAS
CARACTERÍSTICAS
TÉCNICAS
TÉCNICAS
Origem
Tipo de cobertura
Gama de Frequência
Tipo de Radar
Alcance (radar primário)
Altitude (radar primário)
Radar Secundário
Tipo Radar (radar secundário)
Alcance (radar secundário)
IFF
Última Versão
Contra medidas
electrónicas
Guarnição
Peso
Tempo de entrada
em posição
Tempo de saída
de posição
Países que equipa
Tempo de renovação
da informação
Rotação da antena
Extras
Julho 2006
Suécia
3D
Banda G/H (5,4 a 5,9 GHz)
Vigilância
100 Km
6,1 Km
nd
nd
nd
Integrado na antena
nd
Alteração automática de frequência
nd
nd
10 minutos
3 minutos
Suécia e França
nd
nd
Transmissão automática de dados
55
GERFAUT
56
O Radar GERFAUT Short Range Battlefield
Surveillance Radar Family é fabricado numa
parceria entre a França e os EUA, pela
Thales Raytheon Systems.
Tem como missão detectar, identificar,
classificar e transmitir os elementos de alerta
em tempo real às unidades de tiro SHORAD
e VSHORAD sobre a existência de qualquer
ameaça aérea, incluindo helicópteros.
Destina-se à protecção de posições fixas
predefinidas, protecção a forças de manobra ou pontos sensíveis de extrema importância.
Normalmente é montado em veículos
de lagartas empregues na frente de combate dando apoio às unidades de manobra,
obtendo a detecção de aeronaves o mais
longe possível.
A sua unidade modular é composta por
3 tipos de receptores, 3 tipos de antenas, 2
tipos de processadores e por um computador de registo e envio de dados. Este último é responsável por todas as funções de
operação do próprio radar, desde a preparação, radiação, tratamento da informação
recebida e envio para as unidades de tiro
por meios de transmissão automáticos de
mensagens.
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
Origem
Tipo de cobertura
Gama de Frequência
Tipo de Radar
Alcance (radar primário)
Altitude (radar primário)
Radar Secundário
Tipo Radar (radar secundário)
Alcance (radar secundário)
IFF
Última Versão
Contra medidas
electrónicas
Guarnição
Peso
Tempo de entrada
em posição
Tempo de saída
de posição
Países que equipa
Tempo de renovação
da informação
Rotação da antena
Extras
Boletim da Artilharia Antiaérea
França / EUA
2D
Banda S (2,7 a 3,5 GHz)
Aviso Local
30 Km
5 Km
nd
nd
nd
Integrado na antena
nd
Alteração automática
de frequência
nd
nd
nd
nd
França e Coreia do Sul
1,5 segundos
40 rpm
Transmissão automática de dados
RADARES
SHORAD
HARD 3D
O Radar HARD 3D Search and Acquisition
Radar é fabricado na Suécia pela Ericsson
Microwave Systems.
O HARD é um radar 3D de busca e aquisição, concebido para uma utilização com sistemas de mísseis antiaéreos de curto alcance.
O radar HARD funciona com um complexo sistema de busca com múltiplos feixes de localização na direcção do alvo.
A sua pequena dimensão e baixo peso
facilitam a sua integração em veículos de
todo o tipo.
Podemos encontrar uma integração
típica do HARD no sistema míssil ligeiro
alemão LeFlaSys.
A antena com controlo de fase tem 16
elementos, cada um alimentado por um
módulo em estado sólido constituído por um
transmissor, receptor e alternador de fase
(phase shifter). Estes módulos são alimentados
por um gerador de frequência de rádio de
rápida alternância de frequência (fast frequency-shifting radio frequency generator) e
por um dispositivo amplificador que permite
a alteração automática da frequência de
emissão em caso de empastelamento
Possui um indicador de alvo em movimento, MTI (moving target indicator).
CARACTERÍSTICAS
CARACTERÍSTICAS
TÉCNICAS
TÉCNICAS
Origem
Tipo de cobertura
Gama de Frequência
Tipo de Radar
Alcance (radar primário)
Altitude (radar primário)
Radar Secundário
Tipo Radar (radar secundário)
Alcance (radar secundário)
IFF
Última Versão
Contra medidas
electrónicas
Guarnição
Peso
Tempo de entrada
em posição
Tempo de saída
de posição
Países que equipa
Tempo de renovação
da informação
Rotação da antena
Extras
Julho 2006
Suécia
3D
Banda X (7,25 a 8,4 GHz)
Aviso Local
20 Km
nd
nd
nd
nd
Integrado na antena
nd
Alteração automática
de frequência
nd
nd
nd
nd
Finlândia e Alemanha
nd
nd
Transmissão automática de dados
57
PSTAR
58
O Radar PSTAR (Portable Search and Target
Acquisition Radar) é fabricado nos Estados
Unidos da América pela Lockheed Martin.
Tem como missão detectar e transmitir os
elementos de alerta às unidades de tiro SHORAD, em tempo oportuno, sobre a existência
de aeronaves, mísseis cruzeiro e UAVs, evitar
fratricídio e fornecer informação sobre situação aérea aos centros de comando e controlo
e às Unidades de Tiro.
Foi concebido essencialmente para protecção a forças terrestres, defesa de bases aéreas,
protecção de pontos críticos ou vigilância de
fronteiras.
Trata-se de um radar de grande mobilidade, flexível e versátil, com um tamanho reduzido, podendo ser transportado por avião,
em viatura ou mesmo manualmente por duas
pessoas nos seus contentores de transporte.
Tem a capacidade de detectar aeronaves
de asa fixa até aos 20 Km e aeronaves de rotor basculante, até aos 14 Km.
O seu sistema de contra medidas electrónicas permite-lhe operar em ambiente de
guerra electrónica e diminuir o ruído electromagnético da posição envolvente.
Quando operado em zonas urbanas não
interfere com as frequências rádio, televisão,
telefones móveis ou radares de aeroportos.
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
Origem
Tipo de cobertura
Gama de Frequência
Tipo de Radar
Alcance (radar primário)
Altitude (radar primário)
Radar Secundário
Tipo Radar (radar secundário)
Alcance (radar secundário)
IFF
Última Versão
Contra medidas
electrónicas
Guarnição
Peso
Tempo de entrada
em posição
Tempo de saída
de posição
Países que equipa
Tempo de renovação
da informação
Rotação da antena
Extras
Boletim da Artilharia Antiaérea
EUA
2D
Banda L (1220 a 1400Mhz)
Aviso Local
20 Km
3Km
nd
nd
nd
Integrado na antena
Modo 1, 2, 3 e 4
PSTAR - Extended Range (30Km)
Alteração automática
de frequência
2 ou 3 militares
179 Kg
10 minutos (2 Homens)
2 minutos
Portugal, Suiça, Austrália,
Singapura e Tailândia
6 ou 3 segundos
10 ou 20 rpm
Transmissão automática de dados
RADARES
SHORAD
TRMS 3-D LÜR
CARACTERÍSTICAS
CARACTERÍSTICAS
TÉCNICAS
TÉCNICAS
Origem
Tipo de cobertura
Gama de Frequência
Tipo de Radar
Alcance (radar primário)
Altitude (radar primário)
Radar Secundário
Tipo Radar (radar secundário)
Alcance (radar secundário)
IFF
O Radar TRMS (Telefunken Radar Mobile
Search) 3D LÜR é fabricado na Alemanha
pela Telefunken AG.
É um Radar com capacidade de detecção das três dimensões do campo de batalha. Foi empregue pela primeira vez em
1978. Possui uma estrutura elevatória
hidráulica que possibilita a elevação e retracção da antena de forma automática.
Possui a capacidade de ligação ao sistema de defesa aéreo Roland e Gepard
Última Versão
Contra medidas
electrónicas
Guarnição
Peso
Tempo de entrada
em posição
Tempo de saída
de posição
Países que equipa
Tempo de renovação
da informação
Rotação da antena
Extras
Alemanha
3D
Banda G/H (4 a 6 GHz)
Vigilância
200 Km
10 Km
nd
nd
nd
Integrado na antena
(Possui modo 4)
LÜR
Alteração automática
de frequência
3 militares
nd
15 minutos
nd
nd
nd
nd
Contra medidas electrónicas
Quadro Resumo dos Radares SHORAD
P-STAR
SENTINEL
CROTALE
GERFAUT
HARD 3D
GIRAFFE
TRMS 3-D LÜR
Origem
EUA
EUA
França
França / EUA
Suécia
Suécia
Alemanha
Tipo de
cobertura
2D
3D
2D
2D
3D
3D
3D
Gama de
Frequência
Banda L (1220 Banda X (7,25 Banda S (2,7
a 1400Mhz)
a 8,4 GHz)
a 3,5 GHz)
Tipo de Radar
Aviso Local
Vigilância
Aviso Local
Aviso Local
Aviso Local
Vigilância
Vigilância
Alcance
(radar primário)
20 Km
75 Km
20 Km
30 Km
20 Km
100 Km
200 Km
Altitude
(radar primário)
3Km
3Km
5Km
5 Km
nd
6,1 Km
10 Km
nd
nd
nd
nd
Radar
Secundário
nd
nd
Impulso
simples Banda
Ku (10,95 a
11,7 GHz)
Tipo Radar
(radar secundário)
nd
nd
Seguimento e
conduta de tiro
nd
nd
nd
nd
Alcance
(radar secundário)
nd
nd
30 Km
nd
nd
nd
nd
Integrado na
antena
Integrado na
antena
Integrado na
antena
Integrado na
antena
Integrado na
antena
(Possui modo 4)
nd
nd
nd
nd
LÜR
Integrado na Integrado na
antena Modo 1, antena IFF
2, 3 e 4
AN/TPX-56
PSTAR Extended
Última Versão
nd
Range (30Km)
Alteração
Alteração
Contra medidas
automática de automática de
electrónicas
frequência
frequência
2 ou 3
2 ou 3
Guarnição
militares
militares
IFF
Peso
179 Kg
Tempo de entrada 10 minutos
em posição
(2 homens)
60
Banda S (2,7 Banda X (7,25 Banda G/H (5,4 Banda G/H
a 3,5 GHz)
a 8,4 GHz)
a 5,9 GHz)
(4 a 6 GHz)
Alteração de
frequência
Alteração
Alteração
Alteração
Alteração
automática de automática de automática de automática de
frequência
frequência
frequência
frequência
nd
nd
nd
nd
3 militares
1707 Kg
nd
nd
nd
nd
nd
15 minutos
5 minutos
nd
nd
10 minutos
15 minutos
10 minutos
nd
nd
nd
3 minutos
nd
Finlândia
e
Alemanha
Suécia
e
França
nd
Tempo de saída
de posição
2 minutos
Países
que equipa
Portugal, Suiça,
Austrália,
Singapura
e Tailândia
EUA
6 ou 3
segundos
2 segundos
1 segundo
1,5 segundos
nd
nd
nd
10 ou 20 rpm
30 rpm
60 rpm
40 rpm
nd
nd
nd
Tempo de
renovação da
informação
Rotação
da antena
Extras
França,
França
Finlândia,
e
Arábia Saudita,
Coreia do Sul
Oman
Câmara IV
(15Km);
Câmara
Transmissão Transmissão
Transmissão Transmissão Transmissão
Térmica
automática de automática de
automática de automática de automática de
(19Km);
dados
dados
dados
dados
dados
Transmissão
automática de
dados
Boletim da Artilharia Antiaérea
Contra
medidas
electrónicas
A ARTILHARIA ANTIAÉREA NA
NATO
Logo que os dirigíveis e aeroplanos surgiram nos campos de batalha, evoluindo sobre as frentes, reconhecendo
e descobrindo a situação das tropas, a localização das Baterias e a posição dos ninhos de metralhadoras, foi
primordial cuidar-se do fabrico de canhões com métodos e processos adequados de tiro, para o abate e o derrube
desses importantes e indiscretos novos observadores. À medida que a navegação aérea progredia, era
natural que a par desses estudos, se procurasse o melhor modo de destruir esta nova máquina de combate.
A Artilharia Antiaérea organizou-se e revelou-se como uma das armas em que os Países mais investiram.
PESQUISA
Capitão de Artilharia Vaz
Capitão de Artilharia Belo
Capitão de Artilharia Leitão
Capitão de Artilharia Amador
Capitão de Artilharia Heleno
Alferes de Artilharia Ladeiro
Alferes de Artilharia Cunha
Alferes de Artilharia Lopes
Países membros da NATO
Alemanha
Bélgica
62
(8)
(1)
Hungria
(10)
Membros da NATO
Islândia
(11)
Membros da NATO
desde 2004
Bulgária
(2)
Itália
Canadá
(3)
Letónia
(12)
(13)
Dinamarca
(5)
Lituânia
Eslováquia
(21)
Luxemburgo
Eslovénia
Espanha
Estónia
EUA
(22)
(23)
(6)
(14)
Noruega
Polónia
(15)
(17)
(18)
Portugal
(19)
Reino Unido (25)
(26)
França
(7)
República Checa
Grécia
(9)
Roménia
Holanda
(16)
Turquia
(20)
(24)
Boletim da Artilharia Antiaérea
(4)
A ARTILHARIA ANTIAÉREA NA
NATO
ALEMANHA
O exército alemão distingue 11 diferentes tipos
de tropas, a que atribui o nome de Corpos. Cada
Corpo corresponde a uma área funcional e engloba
as respectivas unidades, escolas e centros de treino.
A Artilharia Antiaérea
é denominada por Corpo
de Defesa Aérea, não fazendo parte do Corpo de
Artilharia, que corresponde
à Artilharia de Campanha.
O Corpo de Defesa Aérea é
comandado por um MajorGeneral, que acumula com
as funções de Comandante
da Escola de Defesa Aérea do Exército.
A Força Aérea é responsável pela defesa aérea do
Território Nacional Alemão e integra o NATINADS.
A Artilharia Antiaérea colabora com os seus meios no
sistema de defesa aérea.
A Força Aérea assume um papel fundamental no
GERMAN GROUND BASE AIR DEFENSE utilizando o
Sistema PATRIOT.
Com a transformação do Exército que ocorreu
após a Guerra-fria, foram criadas 5 Unidades de Defesa Aérea, inseridas em diferentes unidades do
Exército:
• Três Baterias de Defesa Aérea Ligeiras, inseridas respectivamente, na 1ª Divisão Blindada,
na Divisão de Operações Especiais e nas Tropas
da Brigada do Exército;
• Um Regimento de Defesa Aérea Misto, da 1ª
Divisão Blindada;
• Um Batalhão de Defesa Aérea que pertence
ao Comando das Tropas do Exército.
A Escola do Corpo de Defesa Aérea
localiza-se na cidade de Rendsburg, a
norte de Hamburgo, junto da fronteira com a Dinamarca. Na costa do
Mar Báltico e nas suas imediações, na
região de Tondendorf, estão instalados
campos de tiro antiaéreos. O Corpo de
Defesa Aérea Alemão forneceu a protecção
AA dos acampamentos de refugiados no início dos
conflitos na Macedónia (1999) e no apoio e à entrada
das forças Alemãs no inicio
dos conflitos no Kosovo.
As Baterias de Defesa
Aérea Ligeiras estão equipadas desde 2001 com o
Sistema de Armas Alemão
LeFlaSys (Light Air Defense
System). Os Sistemas Ro- Exercício de Fogos Reais
land e Gepard equipam o de AAA em Todendort
Regimento Misto de Defe- com o sistema de
armas Gepard.
sa Aérea e o Batalhão de
Defesa Aérea é equipado
com o Sistema de Armas Gepard.
O Sistema Radar que apoia as diferentes unidades
de AAA é o Radar LÜR, um radar 3D, com capacidade
de detecção até aos 200Km.
LEFLASYS, numa demonstração durante a visita
do Comandante do Corpo de Defesa Aérea a uma
Bateria de Defesa Aérea Ligeira em 2006.
O futuro da AAA Alemã passa essencialmente por
uma redução drástica dos meios humanos, pela
substituição ou melhoramentos dos Sistemas de Armas Gepard e Roland, bem como pela criação de uma
grande unidade, a funcionar por mobilização, para
poder dar resposta a todos os compromissos internacionais. Passa também pela participação em missões
internacionais, com unidades puras de Artilharia
Antiaérea.
63
BÉLGICA
O 14 Régiment Luchtdoelartillerie localiza-se em
Lombardsijde, junto ao Mar
do Norte e representa a única
unidade de Artilharia Antiaérea do exército belga. Possui duas baterias de artilharia
antiaérea, a 35.ª e a 43.ª, a
três pelotões, constituída
cada bateria por cerca de 75 militares. Cada pelotão
comporta 6 equipas de 2 militares. No total existem
36 equipas equipadas com o sistema míssil Mistral,
prevendo-se que num futuro próximo este seja
substituído por um sistema de armas com sistema de
C2I em tempo real. O Regimento tem como missão
treinar o seu próprio pessoal, funcionando como
Escola de Artilharia Antiaérea, assegurar a defesa
antiaérea do território nacional, executar missões
fora do território nacional sob a alçada da ONU, EU
ou NATO, prestar auxílio à população, se necessário,
Sistema Míssil MISTRAL
e explorar a carreira de tiro, maximizando o treino da
defesa antiaérea.
CANADÁ
64
A Missão da Artilharia Antiaérea consiste em garantir protecção antiaérea às forças de manobra e a
pontos e áreas sensíveis e instalações estratégicas.
As Unidades de Artilharia Antiaérea no Canadá, são:
• Escola de Artilharia, onde se inclui a formação
em Artilharia Antiaérea;
• Regimento de Defesa Aérea nº 18;
• Regimento de Defesa Aérea nº 4 (O “4th Air Defence Regiment”, que faz parte da Força da base
militar canadiana localizada em Gagetown, é
constituída por um Quartel-general, pela Bateria
de Defesa Aérea 119 em Detachment Moncton,
pela Bateria de Defesa Aérea 128 e pela
Workshop de Defesa Aérea 210 em Gagetown).
• Bateria de Defesa Aérea Nº 58.
A Escola de Artilharia garante os Cursos de
especialização em Artilharia e é constituída por cinco Baterias:
• Bateria de Comando
• Bateria de Armamento (Gunnery),
• Bateria de Doutrina e Táctica,
• Bateria de Manutenção
• Bateria de apoio (Bateria de apoio às várias
actividades da Escola).
Actualmente o Canadá participa em Missões de
Apoio à Paz na Jugoslávia, na Bósnia e no Afeganistão.
As Forças Armadas canadianas empregam o Sistema Anticarro de Defesa Aérea (ADATS), o Sistema Canhão Oerlikon 35mm, o Sistema Míssil Javelin e o
Sistema Radar Skyguard.
Boletim da Artilharia Antiaérea
A ARTILHARIA ANTIAÉREA NA
NATO
ESPANHA
A Artillería Antiaéria Espanhola, foi fundada em 1931
quando se criou um Grupo de
Artilharia Antiaérea, o primeiro
na história de Espanha, com localização em Carabanchel (Madrid). Este grupo estava dotado
de canhões antiaéreos 76,5/40
Mod. 1919. Depois de várias
transformações deu lugar ao Regimento de Artilharia
Antiaérea N.º 71, unidade na dependência do Comando de Artilharia Antiaérea, sedeado em Madrid.
A Artilharia Antiaérea Espanhola é um ramo
diferenciado da Artilharia de Campanha.
A missão genérica da Artilharia Antiaérea espa-
nhola é garantir protecção a baixa e muito baixa
altitude das unidades de manobra, defesa a baixa e
muito baixa altitude de pontos vitais determinados
pelo comando, reforço de Artilharia Antiaérea das
unidades em apoio das unidades de manobra e
colaborar com outros comandos;
Na dependência da Força Terrestre de Espanha,
encontra-se o Comando de Artilharia Antiaérea, que
integra quatro regimentos de Artilharia Antiaérea.
Para apoio às grandes unidades operacionais e outras missões existem quatro regimentos e um grupo.
O Comando de Artilharia Antiaérea, foi criado em
1 de Maio de 1988, tem na sua dependência quatro
unidades de Artilharia Antiaérea e encontra-se
sedeado em Madrid.
RAAA 71
Criado em 1965, é constituído por três grupos de sistema canhão, que são organizados para
o combate para conferir protecção antiaérea a forças terrestres.
Actualmente encontra-se sedeado em Madrid e é a unidade que dá apoio ao Comando de
Artilharia Antiaérea. É constituído por um Grupo de Sistema Canhão 35/90 e um Grupo Sistema Míssil Mistral a duas Baterias.
RAAA 72
Sedeado em Saragoça, o RAAA72, tem como missão fundamental aprontar as suas subunidades,
de maneira que possam dar cumprimento à sua missão. Eventualmente constituir ou integrar
um agrupamento de Artilharia Antiaérea, formando uma ou várias unidades de defesa de
Artilharia Antiaérea (UDAAA) para garantir protecção contra ataques aéreos a baixa e muito
baixa altitude a unidades e instalações no território nacional.
Tem na sua constituição um Grupo de Artilharia Antiaérea Ligeiro, o GAAAL II/72, equipado com material 35/90,
com Direcção de Tiro Skyguard, a duas baterias com seis unidades de tiro cada.
Possui uma Bateria equipada com materiais do sistema canhão Bofors calibre 40/70 já desactivados.
65
RAAA 73
Localizado em Cartagena, este Regimento é descendente de diversas Unidades de Artilharia de
Costa que passaram por este aquartelamento.
É constituída por um Grupo de Sistema Míssil Áspide a duas baterias e um Grupo do Sistema
NASAMS – Norwegian Advanced Surface to Air Missile System.
RAAA 74
Criado em 1939 e sedeado em Sevilha, este Regimento possui dois grupos. O primeiro
grupo, localizado junto do comando do Regimento, equipado com Sistema Míssil Hawk
a 6 baterias. O segundo grupo Hawk, igualmente composto por seis baterias, encontrase localizado em Algeciras. Junto deste segundo grupo encontra-se uma bateria do
sistema míssil Patriot.
Julho 2006
RAAA 81
Formado em 26 de Julho de 1995 e sedeado em Valência, o Regimento de Artilharia Antiaérea
N.º 81 tem como principal missão o apoio às forças de manobra executando a defesa contra
ataques aéreos a baixa e muito baixa altitude, bem como a defesa de pontos e áreas sensíveis
determinados pelo comando que apoia.
Para tal este regimento tem como principais subunidades o 1º Grupo equipado com Sistema
Míssil Roland, o segundo com sistema canhão Oerlikon 35/90 com Direcção de Tiro Skyguard
e uma Bateria de sistema míssil Mistral.
RAAA 82
Criado em 1996, em Logroño, o Regimento de Artilharia Antiaérea n.º 82, é outra das unidades
destinadas ao apoio às forças de manobra. Este regimento tem por base um grupo de Sistema
Míssil Mistral a três baterias.
RAMIX 91
Apronta Grupo de Artilharia Antiaérea com o sistema canhão antiaéreo ligeiro Bofors 40/70, com
direcção de tiro Superfledermaus, cuja função é detectar incursões aéreas e proporcionar elementos
de tiro ao sistema canhão e uma secção de sistema míssil Mistral, o Regimento de Artilharia Misto
N.º 91, situado na ilha de Maiorca, detém as componentes de Antiaérea e de Campanha.
Num futuro próximo prevê-se a substituição das peças 40/70 pelo sistema 35/90.
RAMIX 93
Para efectuar a defesa do Comando das Canárias, encontra-se situado em La Laguna, na ilha de Tenerife,
o Regimento de Artilharia Misto N.º 93.
Este Regimento tem como missão apoiar com fogos as unidades de manobra do Comando das Canárias
e proteger as unidades e Comando da Zona Militar das Canárias e dos pontos vitais aí localizados contribuindo para a defesa imediata da zona militar como um todo.
Os principais materiais que equipam o RAMIX 93, são um grupo de sistema canhão 35/90, uma bateria
de sistema Mistral e um Grupo NASAMS a uma bateria.
GAAAL VI
66
O Grupo de Artilharia Antiaérea Ligeira N.º VI, está situado em Ceuta, na parte mais Oriental da
península. Devido à sua situação geográfica domina uma das maiores altitudes de Ceuta, o
Monte Hacho, com uma altitude de 200 metros acima do nível do mar.
A missão do GAAAL VI é de garantir a segurança do espaço aéreo do estreito próximo de Ceuta,
assim como a segurança do espaço aéreo interno.
O GAAAL VI é equipado com duas baterias de sistema canhão 35/90 com três secções a duas peças
cada, Direcção de Tiro e Radar de Aquisição LPD-20.
ACADEMIA DE ARTILHARIA
O Colégio de Artillería é fundado nas instalações de Alcázar de Segóvia, pelo Conde de Gazola,
em resposta a uma iniciativa do Rey Carlos III. Em 6 de Março de 1682, aquela que se considerava
uma moderna Academia de Artilharia, sofreu um grave incêndio, tendo sido posteriormente
transferida para o Convento de São Francisco, onde se encontra actualmente.
Hoje em dia todas as matérias doutrinárias de Artilharia são leccionadas nessas instalações.
No âmbito da Artilharia Antiaérea são ministrados diversos cursos:
Sistemas de Direcção de Tiro; Detecção e localização de objectivos; Comando Táctico e Operador de Sistema Hawk;
Comando e Controlo de AAA; Comando Táctico de Sistemas Roland, Aspide e Mistral.
Boletim da Artilharia Antiaérea
A ARTILHARIA ANTIAÉREA NA
Localização do Comando de Artilharia Antiaérea e dos seus Regimentos
NATO
ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA
68
O Exército norte-americano é um dos três ramos
que reportam ao departamento de defesa, é composto
por duas componentes, a “Active component” e a
“Reserve” sendo esta constituída pela “Army reserve”
e a “National Guard”.
Comandado pelo Chefe de Estado-Maior, General
Peter J. Schoomaker, o Exército tem um efectivo de
cerca de 700.000 Soldados, pertencendo 70% ao activo
e 30% à reserva.
O Exército participa activamente nas seguintes
operações: Operação Joint Guardian no Kosovo, Operação Iraqi Freedom, Operação Enduring Freedom e outras
missões de observação e em forças multinacionais.
A Air Defense Artillery estabeleceu-se como um ramo diferenciado em 20 de Junho de 1968,
comemora o seu dia em 17 de
Novembro, data da fundação
do primeiro Regimento de Artilharia comandado por Henry
Knox, em 1775. Apesar da Artilharia
Antiaérea e da Artilharia de Campanha serem Armas
diferentes, ambas herdaram as tradições da Artilharia, onde partilham entre outras a padroeira da Arma – Saint Barbara.
No ínicio da II G.M. a Artilharia Antiaérea fazia parte da Artilharia de Costa, organizada em Regimentos
a três Batalhões equipados com materiais obsoletos
(Metr. 20mm). Em 1940-41 uma reavaliação da AAA
decorreu da Blitzkrieg na Europa, com uma expansão
da arma que passou a contar com um efectivo de
619000 homens.
Em 1943 os Regimentos de Artilharia Antiaérea foram transformados em batalhões e reequipados com
novos materiais, entre os quais, a famosa M1 40mm
Bofors.
As insígnias da Arma são representadas por um
míssil montado sobre dois canhões cruzados e estão
em uso desde 1934 e a cor da arma é o escarlate.
A missão da Artilharia Antiaérea, descrita no FM
44-100, consiste em proteger a força e instalações
geopolíticas, de ataques aéreos e mísseis, e vigilância,
no entanto ela varia com o tipo de material utilizado.
Apesar da doutrina, sistemas de armas e da organização se terem modificado, as missões históricas da
Artilharia Antiaérea mantêm-se:
• Protecção das forças de manobra;
• Protecção de pontos e áreas sensíveis e
instalações estratégicas;
• Defesa do Território Nacional.
A presente estrutura da Artilharia Antiaérea
consiste em 10 Batalhões Short-range air defense
(SHORAD) e 10 Batalhões High-to medium-altitude air
defense (HIMAD) PATRIOT.
Os Batalhões SHORAD, guarnecidos com AVENGERS, Bradley Linebackers e Bradley Stingers Fighting
Vehicles, são orgânicos das diferentes divisões enquanto que os Batalhões PATRIOT estão nos escalões
acima de corpo.
A Artilharia Antiaérea está também presente em
diversos países, como Alemanha, Itália, Coreia e ainda
nos territórios do Alaska e Hawai.
A ESCOLA DE ARTILHARIA ANTIAÉREA (U.S. Army Air Defense
Artillery School – USAADASCH)
está localizada em Ft Bliss,
Texas, sendo a mais antiga do
Exército, a funcionar desde 1968.
A sua missão é o desenvolvimento de programas de treino para
pessoal da ADA (Air Defense Artillery)e países aliados
que produzam líderes que sejam tecnica e tacticamente proficientes. A escola apoiada pela 6th Brigade,
ministra todo o tipo de cursos, ligados à Antiaérea
destacando-se o Air Defense Artillery Captains Career,
o Officer Basic e todos os cursos ligados ao material,
SHORAD e PATRIOT.
As Carreiras de Tiro usadas pela Artilharia Antiaérea nos seus exercícios de fogos reais são a White
Sands Missile Range, Red Rio Bombing Range, Oscura
Range e McGregor Range esta última localizada em
Otero County, New México com uma extensão de
678,108 acres é uma das principais carreiras de tiro
para equipamentos SHORAD, na proximidade de Fort
Bliss. Esta carreira de tiro acolhe anualmente o principal FIREX, o exercício conjunto ROVING SANDS.
Fogos Reais de Sistema PATRIOT
Boletim da Artilharia Antiaérea
A ARTILHARIA ANTIAÉREA NA
Na I Guerra Mundial, sem doutrina ou armamento
específico, a Artilharia Antiaérea Norte Americana
participou na força expedicionária aliada.
Na II Guerra Mundial as unidades de Antiaérea,
comprovaram o que hoje é o seu lema, “First To Fire”,
pois foram as primeiras forças a entrar em combate
contra as aeronaves Japonesas em Pearl Harbor. As
Unidades de Artilharia Antiaérea abateram nos 4 meses seguintes 82 aeronaves inimigas.
Soldados de AAA na II Guerra Mundial
Na Europa foram integradas nas primeiras forças
a desembarcar no Dia – D onde para além de cobertura antiaérea nas praias ao longo da Normandia auxiliaram na destruição de bunkers inimigos, unidades
de Antiaérea defenderam também a Ponte de Remagen no que viria a ser uma das defesas mais famosas
da história.
Durante a Guerra da Coreia unidades estacionadas
na base Suwon foram as primeiras a entrar em combate quando da invasão das forças Norte-Coreanas,
durante este conflito a Antiaérea foi determinante no
desfecho de batalhas como as de “Heartbreak Ridge”
e “Porkchop Hill”.
A força de AAA cresceu durante a Guerra Fria a par
do desenvolvimento de armas nucleares na URSS e
capacidade de bombardeamento em território Americano e da tecnologia de foguete capturada aos Alemães, centenas de baterias míssil foram colocadas em
volta dos Estados Unidos.
No Vietnam a supremacia aérea era total, no entanto as forças de AAA provaram mais uma vez a sua
eficácia em fornecer apoio de fogos às forças de
manobra, tendo sido reconhecidas com mais de 450
medalhas de Valor e mais de 1000 “Purple Hearts”
Na operação “Urgent Fury”, em 1983, as equipas
Stinger integraram as forças de assalto da 82d
Airborne Division.
Na operação “Juste Cause” no Panamá, em 1988,
10% das baixas do inimigo foram causadas por um
pelotão VULCAN da 7th ID.
O Dia D para a AAA, na Operação “Desert Storm”,
não foi em 24 de Fevereiro de 91, quando a campanha
NATO
terrestre começou, mas sim Agosto de 90, quando a
bateria B/2-7 PATRIOT se tornou operacional na base
de Dhahran.
Durante a Desert Storm a ADA esteve envolvida em
toda a parte, desde da protecção das divisões até à defesa de pontos sensíveis na Arábia Saudita, Israel e
Turquia.
A 10th ADA Brigade integrou baterias PATRIOT
americanas, alemãs e israelitas na defesa de Tel Aviv
e Haifa.
A 4-5 ADA/1st Cavalry Division destacou a primeira
bateria AVENGER na operação Desert Storm/Shield e foi
uma das primeiras unidades a ter baixas quando as
suas sub-unidades apoiaram um reconhecimento em
força anterior ao início da ofensiva terrestre.
Em 2004 o General Michael Vane, então chefe da
Air Defense Artillery, propôs a criação de cinco Batalhões compostos, constituídos por quatro baterias
PATRIOT e uma bateria AVENGER.
Em 2009 as baterias AVENGER serão substituídas
e vão converter-se gradualmente em Surface-Launched
Advanced Medium Range Air-to-Air Missile (SLAMRAAM).
O 1st Battalion, 44th Air Defense Artillery, inicialmente orgânico da 4th Infantary Division, aquartelado
em Fort Hood, Texas, vai ser recolocado em Ft Bliss e
juntamente com o 1st Battalion, 43th Air Defense
Artillery, estacionado na Coreia, formarão o 1st
Composite AMD (Air and Missile Defense) Battalion.
Prevê-se que a escola de Artilharia Antiaérea seja
recolocada em Fort Sill, Oklahoma.
O sistema SHORAD está em fase de transição do
seu papel fundamental de protecção da força, para um
novo conceito, o – EAADS- (Enhanced Area Air Defense
System) que irá aumentar em grande escala a capacidade de defesa contra mísseis cruzeiro, UAVs (Unmanned Aerial Vehicles), aeronaves de asa fixa e helicópteros em relação aos sistemas SHORAD existentes.
As capacidades iniciais do EAADS serão maximizadas com a integração de sistemas SLAMRAAM (Surface
Launched Advanced Medium Range Air-to-Air Missile), do
sistema radar SENTINEL, do JLENS (Joint Land Attack
Cruise Missile Defense Elevated Netted Sensors System),
complementado por outros sensores, e de sistemas de
comando e controlo BMC4 I.
O MTHEL (Mobile Tactical High Energy Laser),
integrado no sistema EAADS surge como a sua peça
basilar que transforma e confere novas capacidades
à defesa antiaérea.
Como único sistema de defesa antiaéreo na zona
avançada, surge o sistema MANPAD Stinger.
Um degrau acima, na arquitectura de defesa aérea,
actua o sistema MEADS (Medium Extended Air Defense
System) que confere protecção aérea integrada, contra
Julho 2006
69
ataques de mísseis às forças terrestres e outros
elementos críticos durante todas as fases das
operações.
O JTAGS (Joint Tactical Ground Station) é um dos
programas ainda em desenvolvimento que permitirá
ao comandante ter actualizado um sistema de processamento de informação para um plano de contingência ou em tempo de guerra.
O JLENS (Joint Land Attack cruise missile Defense
Elevated Netted Sensors System) é um sensor de baixo
custo que permite a detecção acima da linha do
horizonte de mísseis cruzeiro.
O Exército Americano, em Janeiro de 2003, validou
os requisitos de protecção da força para as suas forças
no Iraque. Estas forças foram submetidas a fogos
indirectos, na sua área de responsabilidade, que afectaram a capacidade da força fornecer segurança adequada a aeródromos e bases avançadas.
Estes e outros ataques inopinados, aumentaram
consideravelmente a necessidade de detectar e identificar movimentos que se tornem ameaça a uma dis-
tância suficiente, para uma tomada de decisão táctica.
O JLENS colmatou a baixo custo esta necessidade
operacional tendo os primeiros sistemas entrado em
funcionamento pleno em Março de 2003.
O sistema é agora conhecido como RAID (Rapid
Aerostat Initial Deployment) e a sua missão é fornecer
protecção à força e segurança às forças da coligação.
À medida que a criação dos batalhões compostos
redefine a arquitectura da ADA altera também a
cultura que destingue os soldados HIMAD e SHORAD.
Dependendo dos fundos disponíveis e da evolução da ameaça aérea a estrutura pode evoluir para
a formação de 16 AMD (Air and Missile Defense) batalhões compostos. Estes batalhões terão baterias,
mistas, de PATRIOT/Medium Extended Range Air
Defense Systems (MEADS), SLAMRAAM, Joint LandBased Cruise Missile Defense Elevated Netted Sensors
(JLENS) e Enhanced Area Air Defense Systems (EAADS).
Assim está definido para as Forças de AAA emergentes oito Batalhões puros PATRIOT, cinco Batalhões
Compostos AMD e um Batalhão Puro SLAMRAAM.
FRANÇA
70
As Forças Armadas Francesas encontram-se divididas em 4 Ramos, o
Exército (Armée de Terre), a Marinha
(Marine Nationale), a Força Aérea
(Armée de l'Air) e a Guarda Nacional
(Gendarmerie Nationale), policia militar
que na maioria das vezes actua como uma policia geral e rural. Com um efectivo de cerca de 134 mil militares o Exército encontra-se dividido em cinco regiões (Distritos Territoriais): Norte, Nordeste, Centro,
Sudeste e Sudoeste. Em termos organizacionais também dispõe de duas Cadeias de Comando: Cadeia
Funcional (Estado Maior, QG das Regiões, Direcções de
Formação, Doutrina Gestão de Pessoal e Central) e Cadeia Operacional (4EM, oito Brigadas de Manobra,
uma Brigada Aeromóvel, duas Brigadas Logísticas,
uma Brigada Franco-Alemã e cinco Brigadas de Apoio,
entre elas uma Brigada de Artilharia)
Presmedenta
O Comando Operacional das Forças Terrestres
(CTAF) detém o controlo de todas as unidades, entre
elas: qautro Divisões cada uma com quatro Brigadas.
O CTAF é também responsável pelo comando de
outras unidades tais como as Forças Especiais Terrestres e o Comando Logístico.
Actualmente os Sistemas Terrestres de Defesa
Aérea são da responsabilidade da AAA Francesa, a
qual detém responsabilidades a médias, baixas e
muito baixas altitudes, em coordenação com a Força
Aérea, sendo esta última responsável pela Defesa
Aérea do Território Nacional.
Assim a AAA Francesa tem por missão contribuir
para a defesa aérea do território nacional, em coordenação com a Força Aérea, e garantir a protecção antiaérea às unidades de manobra, a médias, baixas e
muito baixas altitudes.
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A ARTILHARIA ANTIAÉREA NA
NATO
As unidades de Artilharia Antiaérea são as seguintes:
54º Regimento de AAA em Hyeres equipado com ROLAND e MISTRAL
Criado a 01Mar1910 em Lyon, o 54º Regimento de Artilharia encontra-se equipado com sistemas de armas
terra-ar Roland e Mistral e respectivos simuladores de tiro, o que lhe confere um dos mais altos padrões de
operacionalidade dentro de Exército Francês.
Situado em Hyeres, perto do mar e a somente 15 Km de Toulon, este Regimento tem por missão assegurar
a defesa aérea a baixas e muito baixas altitudes das unidade de manobra, bem como participar na defesa aérea
do território nacional, nomeadamente na faixa mediterrânea.
Em tempo de paz, o Regimento assegura a defesa aérea de Kourou (Guiana) e das Forças estacionadas em
Djibouti. Este Regimento é composto por:
• 1 Bateria de Comando e Serviços
• 2 Baterias de Tiro Roland
• 3 Baterias de Tiro Mistral
• 1 Bateria de Apoio
• 1 Bateria de Operações
• 1 Bateria de Reserva
57º Regimento de AAA em Bitche equipado com ROLAND e MISTRAL
Sendo a única formação do Exército equipada com o Sistema Míssil ROLAND montado sobre um chassis
AMX30 e uma Bateria Mistral Paraquedista, este Regimento tem por missão assegurar a protecção das
forças de manobra empenhadas e pontos sensíveis.
Criado em 1909 em Toulose e actualmente sedeado em Bitche o 57º RAAA é composto por:
• 5 Baterias de Tiro (4 Baterias AMX30 Roland a duas Secções e 1 Bateria Mistral Paraquedista a 4 Secções).
• 1 Bateria de Operações equipada com o Sistema de C2I MARTHA
• 1 Bateria de Comando e Serviços
• 1 Bateria de Apoio e 1 Unidade de Reserva
Comporta um total de 74 Oficiais, 390 Sargentos, 700 Praças, 120 civis e 110 reservistas.
402º Regimento de AAA em Chalons em Champagne equipado com HAWK
Como parte integrante da Brigada de Artilharia que compõe o Exército Francês, este Regimento tem a
particularidade de ser equipado somente com sistema míssil de médio alcance HAWK desde 1964. Criado em 1923,
o Regimento é herdeiro de uma longa tradição de valores intimamente relacionados com a defesa aérea tais como
o espírito de equipa e a excelência técnica. Instalado na região de Champagne-Ardenne, em Châlons-en-Champagne,
tem por missão assegurar a defesa aérea a média altitudes às forças de manobra bem como a pontos sensíveis.
Como missões específicas garante a defesa do espaço aéreo de Kourou (Guiana), missões de soberania em
Martinica (Guiana), missões de presença em Africa e missões no âmbito da ONU, NATO e da UE na ex-Jugoslávia
e Macedónia. Articulado sob o seu Estado-Maior o Regimento é constituído por:
• 4 Baterias de Tiro;
• 1 Bateria de Instrução;
• 1 Bateria de Comando e Serviços;
• 1 Bateria de Operações;
17 Grupo de AAA em Landes equipado com MISTRAL
Criado a 16 Março de 1854, o 17º GAAA pertence a um dos Regimentos mais antigos de França, sendo
actualmente o centro de instrução de AAA. Encontra-se instalado em Landes, a 80 Km de Bordéus, junto ao
atlântico a 2 horas dos Pirinéus.
Participa activamente no processo de implementação de novos materiais, detém a responsabilidade pela
instrução e treino das secções Drone de Reconhecimento CL 289 e garante a segurança do centro de testes
de Landes e ao centro nacional de avaliação da formação. Encontra-se equipado com SATCP
MISTRAL/SAMANTHA e canhões de 20 mm.
Julho 2006
71
Criada em Châlons-sur-Marne,
a primeira Escola de Artilharia foi
fundada em 1871 em Fontainebleau. Durante a II GG passou por
Nîmes, em 1940 a 1942, depois
em Cherchell, Algéria de 1942 a
1945. Neste mesmo ano foi criado
em Nîmes o Centro de Forças
Terrestres Antiaéreas, que derivou
em Escola de Especialização de Artilharia Antiaérea
e mais tarde Escola de Aplicação de Artilharia TerraAr. Em finais de 1952 a Escola voltou às suas Instalações em Châlons-sur-Marne. Em 1983 foi instalada
em Draguignan, juntamente com a componente de
Campanha formando a Escola de Aplicação de
Artilharia.
A Escola tem por missão a formação de todos os
jovens Cadetes e Sargentos de Artilharia, subordinada
ao Comando dos Organismos de Formação do Exército
Francês mas com responsabilidades na defesa da área
militar de Marselha. A Escola assegura a formação de
Artilharia de Campanha e Antiaérea (formação inicial
e de aperfeiçoamento) bem como estudos e avaliações
nos domínios técnicos e tácticos. A Escola dispõe de
uma panóplia de materiais que vão desde Obuses
155mm (AUF1 e TRF1), a par de Radares como o RATAC-
S, bem como Sistemas de Armas terra-ar como o
ROLAND, HAWK, MISTRAL e os radares, SAMANTHA,
HIPC e CWAR a par dos sistemas de transmissão
automática de dados ATLAS, ATILA e MESIRE.
O Exército dispõe de carreiras de tiro antiaéreas
(voltadas para o mar, junto ao mediterrâneo) em Lille
onde o 54º Regimento efectua tiro de CAROL e
MISTRAL.
O Exército Francês tem vindo a participar em quase
todos os conflitos armados mais recentes, não só em
missões de presença em África, na ex-Jugoslávia e Macedónia, todas elas com unidades de AAA, mas também
na Guerra do Golfo, com uma participação de cerca de
18 mil militares, bem como no Afeganistão.
HOLANDA
72
A Defesa Aérea holandesa surgiu durante a I
Guerra Mundial e durante as invasões germânicas
na II Guerra Mundial, onde se tornou famosa ao
abater 450 aviões alemães em 5 dias. A Defesa
Aérea lutou mais tarde contra o Japão (1940-1945),
Indonésia (naquele tempo uma colónia holandesa
1946-1949) e Nova Guiné (1962). Durante os anos 50
a Defesa Aérea Holandesa chegou a atingir um
efectivo de dez mil militares.
Tanto o Exército como a Força Aérea têm Unidades
Terrestres de Defesa Aérea, quase
todas as Unidades estão situadas
em De Peel, na parte Sul da
Holanda, excepto a Artilharia
Antiaérea Aerotransportada, que
está situada em Schaarsbergen.
O Centro de Defesa Aérea
Conjunta da Holanda (JADC), em
De Peel foi oficialmente aberto
pela Força Armada Real da
Brasão da JADC
Holanda em Janeiro de 2005, e
todas as forças de Defesa Aérea da Força Aérea Real
da Holanda (RNLAF) e do Exército estão sob o Comando do JADC.
A criação do JADC faz parte de um programa
iniciado em 2004 destinado a ser concluído em 2012
e é conhecido por “Future Ground Based Air Defense
System”. O Objectivo principal do programa é defender as Forças Armadas e pontos críticos do país e defender as Forças em missão no exterior contra ameaças aéreas modernas: mísseis tácticos balísticos,
mísseis cruzeiro, UAVs, Munições Inteligentes, helicópteros e outras aeronaves.
Na Defesa Aérea Holandesa estão a ocorrer grandes mudanças, todas as Unidades (excepto as Aerotransportadas) estão a ser transferidas para De Peel.
Nesse mesmo local também se encontra a Dutch Joint
Air Defence Center (JADC), Centro de Defesa Aérea
Conjunta holandesa, o Comando de Defesa Aérea
(Exército) e o “Groep Geleid Wapens” (nome holandês
para as Unidades Patriot). O JADC treina e apronta to-
Boletim da Artilharia Antiaérea
A ARTILHARIA ANTIAÉREA NA
NATO
Esquadrão de Segurança e ainda um outro de Apoio
de Manutenção e Logístico.
Para exercícios de fogos reais as Unidades
deslocam-se para carreiras de tiro antiaéreas localizadas em Creta (a maior ilha das treze periféricas da
Grécia), Dinamarca e Alemanha.
A Artilharia Antiaérea Holandesa esteve presente
em Operações de Estabelecimento e Imposição de
Paz, na Bósnia e no Chipre.
Os sistemas terrestres de defesa aérea da Força
Aérea eram inicialmente o NIKE-AJAX, NIKE-HERCULES e HAWK e agora são o PATRIOT e o STINGER.
Existe ainda um projecto para adquirir um Sistema
para os alcances médios, provavelmente o Sistema
Norueguês NASAM.
O Exército usa Stingers e CHEETAHs Blindados
(Sistema Canhão Mecanizado) para a Defesa Aérea. O
CHEETAH vai ser substituído por plataformas móveis
Stinger em FENNEKS Blindados e MERCEDES BENZ no
próximo ano.
das as Unidades de Defesa Aérea Holandesa.
Incluídas no projecto do “Future Ground Based Air
Defense System” estão as três Btr localizadas em Ede:
a 11ª Btr que faz parte da 41ªBrigMec, a 12ª Btr que
faz parte da 43ª BrigMec e a 13ª Btr que faz parte da
13ª BrigMec. A 41ª BrigMec será extinta em 2007 e a
11ª Btr que até então fazia parte desta, fica intacta
mas não será atribuída a qualquer Brigada. Existe
também a 11ªCompanhia de Defesa Aérea na 11ª
Brig de Manobra Aérea, que é correntemente equipada com o sistema MANPAD STINGER.
A Força Aérea Holandesa tem um Grupo situado
em De Peel, constituído por sete Esquadrões; dos
quais quatro estão equipados com os Sistemas Míssil
Patriot e Stinger, um Esquadrão de Operações, um
73
HUNGRIA
A Hungria tem uma população de cerca de 10
milhões de habitantes e uma área geográfica de
93 918 Km2.
A Hungria tornou-se membro da NATO em 1999,
e só em 2004 entrou na União Europeia. Desde que
faz parte da aliança tem sofrido reestruturações, para
se adaptar às novas missões e compromissos.
A Hungria apresenta nas Forças Armadas um
efectivo de, aproximadamente, 27 000 homens, com
cerca de 11 400 no Exército e 6 600 na Força Aérea,
o efectivo restante, de cerca de 9 000 homens, estão
distribuídos pelas forças logisticas, de apoio, pela
componente médica e pelo comando de treino e
mobilização.
A Hungria também possui meios terrestres de
defesa aérea tanto no Exército como na Força Aérea.
Até 2004 a estrutura das Forças Terrestres era a
que se indica na Figura 1. A partir de 2004 a transformação destas forças deram origem à estrutura
que se apresenta na Figura 2, onde se verifica que
Julho 2006
Figura 1 – Estrutura do Exército em 2004
74
Figura 2 – Estrututa do Exército em 2006
a AAA sofreu reduções.
A AAA das Forças Terrestres da Hungria têm por
missão a protecção antiaérea (AA) das unidades de
manobra onde estão integradas.
Os equipamentos da AAA do Exército, são:
• Sistema MISTRAL
• SA-14 GREMLIN
• SA-16 GIMLET
A Força Aérea também possui sistemas terrestres
de defesa aérea, constituídas, para contribuir para a
Defesa Aérea do território.
A Força Aérea também sofreu alterações a nível
orgânico, pois em 2004, tinha uma Brigada e um Regimento de defesa aérea. Actualmente a Força Aérea
da Hungria apenas possui uma Brigada de AAA SAM.
Os equipamentos da AAA da Força Aérea, que
Boletim da Artilharia Antiaérea
A ARTILHARIA ANTIAÉREA NA
NATO
Figura 3 – Localização das Unidades AAA e da Unidade Terrestre de Defesa Aérea
equipam a 12ª Brigada de AAA, são sistemas míssil de
baixa e média altitude, SA-6 GAINFUL e MISTRAL.
A Hungria tem previsto a aquisição de novos equi-
pamentos de AAA de média altitude, a partir de 2008,
nomeadamente o Sistema NASAMS (Norwegian Advanced Surface to Air Missile) e o Sistema SLAMRAAM.
ITÁLIA
A Artigliera Controaerei foi
criada durante a campanha da
Líbia em 1911–12, quando
surge a primeira ameaça
aérea. Em 1915 é constituída
a primeira unidade de defesa
aérea em Nettuno (Roma). Mais
tarde, em 1951, 5 Regimentos de
Defesa Aérea Ligeiros são convertidos em Artilharia
Pesada, equipados com peças 90/50 de fabrico
americano e peças 90/53 de fabrico italiano. Nos
anos 60 os materiais pesados são substituídos pelas
peças 40/70 com controlo automático de tiro e pelo
sistema míssil Hawk, integrado no sistema de defesa
aérea da NATO. O Quartel-general da Artilharia
Antiaérea é criado em Brescia em
1 de Outubro de 1962, tendo sido
deslocado para Pádova em 30 de
Junho de 1972. No fim dos anos 80
a capacidade de defesa é aumentada com a distribuição de sistemas de armas adicionais integrados no sistema de defesa aérea.
Posteriormente são adoptados novos sistemas de armas como o Stinger, o SIDAM
e o Skyguard-Aspide.
De acordo com o novo sistema de defesa, a Artilharia Antiaérea é reestruturada e reduzida em 1996
e 1997 e a sua capacidade operacional é modificada,
por forma a fazer face aos novos e diferentes requisitos da ameaça aérea.
Depois das remodelações sofridas, resultado dos
conflitos em que o país participou, a Artilharia passou
a articular-se, a partir de 1999, em duas especialidades
distintas: a Artilharia de Campanha e a Artilharia
Antiaérea.
A Artilharia Antiaérea tem como principal missão
garantir a defesa contra ataques de aeronaves a áreas
e pontos sensíveis, bem como de unidades de manobra.
A unidade “base” da Artilharia é a Brigata di Artiglieria Contraerea. Esta Brigada, com sede em Pádova,
é inserida na cadeia de defesa da NATO, no NATINADS.
A sua organização é quaternária tendo como
unidades subordinadas quatro regimentos.
A Brigada de Artilharia Antiaérea é composta por
diversas unidades:
• 4º Reggimento Artiglieria Controaerei “Peschiera”
• 5º Reggimento Artiglieria Controaerei “Pescara”
• 17º Reggimento Artiglieria Controaerei “Sforzesca”
• 121º Reggimento Artiglieria Controaerei “Ravenna”
• Reparto Rifornimenti Riparazioni
• Banda Brigata Artiglieria Controaerei
O 4º Reggimento Artiglieria Controaerei “Peschiera”,
sedeado em Mantova, assumiu
esta designação a partir de 1 de
Junho de 1930. As suas baterias
montaram segurança e defesa da
Sicília e de outras zonas de Itália
durante a Campanha de África
Oriental. Participou igualmente
na II Guerra Mundial. Em 1941
76
Boletim da Artilharia Antiaérea
A ARTILHARIA ANTIAÉREA NA
combateu com um grupo sul contra greco-albaneses
e em 1942-43 todo o seu efectivo esteve sedeado na
Rússia. Foi decomposto depois do armistício de 8 de
Setembro de 1943, voltando a ser reconstituído a
partir de 1947.
Tem na sua actual constituição o Comando do Regimento, uma bateria de apoio logístico, uma bateria
de comando e um grupo de artilharia antiaérea.
Possui como principais equipamentos 30 Sistemas
Míssil Hawk, Sistema de Comando e Controlo AN/TSQ73 e Posto de Comando para Unidades de Tiro Hawk
O 5º Reggimento Artiglieria Controarei “Pescara” é
composto pelo Comando, uma
bateria de supporto logistico, uma
bateria de comando e um Gruppo
Controaerei.
Descende do 9º Centro Controaerei constituído em 1926. A 1
de Janeiro de 1934 recebe a denominação de 5º Reggimento Controaerei e é mobilizado em 6 de
Setembro de 1935 para a campanha na África Oriental. Sucessivamente os seus grupos tiveram parte na
II Guerra Mundial nas frentes africana, russa e
balcânica. Regressa a Pádova em 1943.
É reconstituído em Março de 1947 com o nome de
Reggimento Artiglieria Controaerei Leggera. Em 1 de Fevereiro de 1951 é reestruturado e passa a chamar-se
Reggimento Artiglieria Controaerei Pesante.
Com a aquisição do sistema Míssil Hawk em 1964,
passa a ter a designação actual.
Este Regimento possui actualmente 30 sistemas
míssil Hawk, com os respectivos órgãos de comando
e controlo que já foram mencionados e a sua sede é
em Pádova.
O 17º Reggimento Artiglieria Controaerei “Sforzesca”
é composto por um comando do regimento, uma
bateria de apoio logístico, uma bateria de comando,
e dois gruppi controaerei, a sua sede é em Sabaudia.
Possui como principais materiais 16 Sistemas
Skyguard “Áspide”, 104 Sistemas SIDAM e 56 Sistemas
Míssil Portátil Stinger
NATO
Depois de um breve ciclo de treino e preparação é
transferido para Roma.
Após ter participado em diversos conflitos, é reconstituído em Março de 1951, em Reggio Emília,
equipado com materiais 105/22. Em 3 de Novembro
do mesmo ano estabelece-se na cidade de Modena.
Em 15 de Junho de 1953, toma o nome de 121º
Reggimento Artiglieria Controaerei Pesante, sendo
transferido para Bolonha. Em Outubro de 1963 passa
a depender do Comando Artiglieria dell’Esercito. Em
Março de 1970 com material 40/70, assume a denominação de 121º Reggimento Artiglieria Controaerei Leggera.
Em 1988 é guarnecido com o Sistema Míssil Portátil Stinger e, em 1991 depois de efectuados os testes
ao material, recebe o sistema Canhão Auto-propulsado SIDAM cal. 25mm. Actualmente está equipado
com 16 Sistemas Skyguard “Áspide”, 104 Sistema
SIDAM e 56 Sistemas Stinger.
A Scuola di Artiglieria é a Escola de Artilharia onde
são ministrados todos os cursos de
Artilharia. As suas origens remontam ao dia 1 de Julho de 1888 em
Nettuno, onde foi constituída a
“Scuola Centrale di Tiro di Artiglieria”.
A 9 de Agosto de 1910, subdividiu-se em duas escolas: a Scuola Centrale di
Artiglieria da Campagna, que mantém a
sede em Nettuno, e a Scuola di Artiglieria da Fortezza,
com sede em Bracciano, onde já em 1894 existia um
polígono de tiro. Em 1920 as duas escolas fundem-se
na Scuola Centrale di Artiglieria na sede de Bracciano.
Depois das suas instalações terem passado para
Civitavecchia em 1925, 20 anos depois retorna definitivamente a Bracciano, unificada num único instituto que receberia o nome de Reggimento di Addestramento di Artiglieria.
Com o passar dos anos esta escola sofreria várias
modificações, fruto da evolução do exército italiano e das
lições aprendidas na participação em conflitos de vulto.
Sabe-se que a partir de 1997 foi colocado sob a dependência da Escola o Centro Addestramento e Sperimentazione per l’Artiglieria Controaerei, onde são ministrados cursos e especialidades de Artilharia Antiaérea.
O 121º Reggimento Artiglieria Controaerei “Ravenna”
é composto por um comando do
regimento, uma bateria de apoio
logístico, uma bateria de comando e um grupo de Artilharia Antiaérea.
Constituído em 1 de Maio de
1941 em Piacenza, com três grupos do material 75/18 mod. 35.
Julho 2006
77
POLÓNIA
A Polónia é um país com uma dimensão superior
a Portugal, aproximadamente 3,4 vezes, e tem uma
população de cerca de 3,6 vezes a de Portugal. Tornouse membro da NATO, em 1999 e entrou recentemente
na União Europeia, em 2004. É um país ainda com
algumas referências dos paises do antigo Bloco de
Leste, (os seus equipamentos de Artilharia Antiaérea
(AAA) assim o demonstram) e que tem vindo a reorganizar-se desde que se tornou membro da NATO.
As Forças Armadas têm um efectivo de aproximadamente 150 000 militares, com cerca de 89 000 nas Forças
Terrestres, 31 000 na Força Aérea e
12 000 na Marinha.
É também de salientar, que existem meios terrestres de defesa aérea
tanto no Exército como na Força Aérea, necessariamente com missões distintas.
O Exército consiste de um modo genérico em unidades de componente operacional e componente territorial, organizados em dois distritos militares, o
Pomeranian (a Norte) e o Silesian (a Sul).
O Exército é constituído pelas seguintes forças:
• Forças Mecanizadas e Blindadas;
• Forças Aerotransportadas;
• Forças de Artilharia e Mísseis;
• Forças de Defesa Aérea;
• Forças de Engenharia;
• Forças de Defesa Biológica e Quimica;
• Forças de Transmissões;
• Forças de Reconhecimento e GE;
• Forças de Operações Especiais e Psicológicas;
• Forças de Logística.
78
As Forças de Defesa Aérea são a componente mais
recente das Forças Terrestres, criadas devido à sua
especificidade e também pela sofisticação dos novos
materiais de AAA, que obrigam a um conhecimento
mais técnico da pelos operadores.
Em 1920 foi criada a primeira unidade de AAA das
Forças Armadas da Polónia, a “Zenith Artillery Training
Squadron”. Esta Unidade foi criada pelo decreto do
Ministro da Defesa Nº 166 de 29 de Julho de 1920.
Esta unidade foi formada quando o Exército Vermelho, se estava a aproximar de Varsóvia. Este esquadrão era composto por três Baterias e uma
Unidade de Detecção por Luzes.
Depois da Guerra entre a Polónia e a Russia, foi
alterada a designação do esquadrão para “Zenith
Artillery Squadron”, e dois anos mais tarde foi formado
o 1º Regimento de Artilharia Antiaérea em Varsóvia.
O Regimento era constituido por três baterias de
canhões antiaéreos, um pelotão de transmissões, um
pelotão de detecção por luzes e um pelotão de
transmissão por telégrafo.
A Artilharia Antiaérea é parte integrante do
Sistema de Defesa Aérea Nacional e garante a protecção antiaérea das forças terrestres contra aeronaves
ou outros meios aéreos hostis.
A Polónia tem actualmente dois Regimentos de
Artilharia Antiaérea SAM, o 4º e o 8º Regimento que
dependem directamente do Cmdt das Forças Terrestres.
As forças terrestres para além de outras unidades
são compostas por 3 Divisões Mecanizadas e 1 Divisão
Blindada. Estas Divisões têm cada uma um Regimento
de AAA, dependentes directamente do Cmdt da
Divisão. Estas divisões são constituidas por Brigadas
Mecanizadas e Brigadas Blindadas, que também têm
Baterias ou Pelotõas de Artilharia Antiaérea orgânicas.
Os equipamentos da AAA do Exército são
fundamentalmente de origem Soviética, mas também
já possui equipamentos produzidos na Polónia.
Os equipamentos são os seguintes:
Sistemas Missíl (Msl) :
• SA-6 GAINFUL
• SA-8 GECKO
• SA-9 GASKIN
• SA-7 GRAIL
• GROM
Sistemas Canhão:
• SP ZSU 23-4 SZYLKA
• ZU 23-2
• ZU 23-2 TG
• PZA Loara
Boletim da Artilharia Antiaérea
A ARTILHARIA ANTIAÉREA NA
NATO
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Localização das Unidades Terrestres de Defesa Aérea pertencentes à Força Aérea
A Força Aérea tem por missão genérica a defesa do
espaço aéreo da Polónia.
A estrutura da Força Aérea consiste fundamentalmente, em unidades Aéreas e unidades terrestres de
defesa aérea, com sistemas de média e altas altitudes
e Radares. Actualmente estas unidades terrestres são
três Brigadas de defesa aérea e um Regimento de
defesa aérea, nomeadamente a 1ª, a 3ª e a 61ª Brigada
e o 78º Regimento, que contribuem para a Defesa
Aérea do seu espaço aéreo.
Os sistemas terrestres de defesa aérea da Força
Aérea, são os seguintes:
• SA-3 GOA
• SA-4 GANEF
• SA-5 GAMMON
80
SA-3 GOA – S125
Origem: URSS
Serviço: 1961 (URSS); S125 NEVA-M: Ultima Versão
Polonia 2001 Upgrade S125 NEVA-SC
Missão: Bater Aeronaves, Helis e Msl Cruzeiro
Baixa e Média Altitude
Máx Altitude: 25Km
Máx Distância: 25Km
Vel Msl: Mach 3
Guiamento: IR Terminal homing
Cabeça de Guerra: 60 Kg HE
Radar: SNR-125
Alcançe: N/A
Guiamento: 2 Msl simultâneo
TV Camera: 25Km
SA-4 GANEF – 2K11 Krug
Origem: URSS (1967)
Fabrico: Russia + 9 Paises
Serviço: 1999 (Polónia)
Missão: Bater aeronaves e Msl Cruzeiro
Médias e Altas Altitudes
4 Versões do Msl: 9M8, 9M8M
9M8M1 – 1967
9M8M2 - 1973
Vel Msl: Mach 4
Max Alcance: 50/55 Km
Máx Altitude: 27 Km
Cabeça de Guerra: 175Kg HE
Guiamento: Por radar, semiactive homing
Alcance Radar: 175Km
Guarnição: 5
SA-5 GAMMON - S200 (Estático)
Origem: URSS(1967)
Serviço: N/A Versão S200VE
Missão: Bater Aeronaves estratégicas e Msl Cruzeiro
Média e Alta altitude
Máx Altitude: 40.8 Km
Distância: 17- 255Km
Vel Msl: Mach 4
Vel Alvos: 1200m/s
Cabeça de Guerra: 215kg HE
Guiamento: MSL Directo Semi Active Homing
Radar Guiamento: SQUARE PAIR H-band
Alcance Radar: 270 Km
Boletim da Artilharia Antiaérea
A ARTILHARIA ANTIAÉREA NA
NATO
PORTUGAL
Em Dezembro de 1932, o nosso Exército adquiriu
a sua primeira Bateria de Artilharia Antiaérea proveniente de Inglaterra, dotada do mais recente modelo
da casa "VICKERS-ARMSTRONG", a peça semi-automática de 75 mm provida de um altitelémetro estereoscópio e de um preditor que já determinava a posição
futura do alvo aéreo. Este material serviu até aos anos
40, data em que foi substituído pela peça 9,4 cm m/940.
Com a publicação do Decreto-Lei de 17Jun35, foi
criada a nossa primeira unidade de Artilharia Antiaérea, em Cascais, o Grupo de Artilharia Contra Aeronaves (GACA) e adstrito a ele passou a funcionar o
Centro de Instrução de Artilharia Contra Aeronaves
(CIACA) como Centro de Instrução e Núcleo de Mobilização de Baterias de Artilharia Contra Aeronaves, de
Companhias de Projectores e Secções de Escuta.
Anos depois, a unidade passou a designar-se por
Grupo de Artilharia Contra Aeronaves Nº1 (GACA1),
como determinado pelo Decreto-Lei Nº29.957 de
10Set39.
Em 1943 é criado o GACA 2 para a Defesa AA do
Entroncamento e o GACA 3 para a Defesa AA do
Porto, bem como o Comando da Defesa Antiaérea de
Lisboa (DAAL), instituído a 01Out de 1943, composto
por 23 Baterias, entre Grupos Ligeiros, Mistos e
subunidades de referenciação, com a finalidade de
garantir a protecção antiaérea
da capital face à pressão da
ameaça – II Guerra Mundial.
Em 1946 dá-se a criação do
RAAF (Regimento de Artilharia
Antiaérea Fixa) equipado com
Peças AA 4 cm m/940 e Peças
AA 9,4 cm m/940
Em 1977, dá-se a extinção dos GACA 2 e 3 e do RAAF.
Em 1980 tem início um PROJECTO DE ACÇÃO, o
qual contemplava várias medidas destinadas à modernização da Artilharia Antiaérea Nacional o que resultou no mesmo ano na aquisição da Peça AA 4cm
Fléche-Hâute m/80.
Em 1981 dá-se a recepção das primeiras 12 unidades do sistema canhão Bitubo AA 20mm. Em 1 de Maio
e 1983, e na continuação do plano iniciado em 1980,
é criada a 2ª Bateria AAA para se inserir no Grupo AAA.
A 14 de Março de 1983 a 2ª Bateria AAA é equipada
com os mísseis portáteis "Blowpipe". Estes e os
canhões Bitubo 20mm são, à data, o armamento de
defesa antiaérea mais actual existente em Portugal. Em
1984 é adquirido o radar Alemão da fábrica da Siemens
AG, MPDR 45/E, o qual viria ser substituído em 1989
pelo Radar BCP DR 641, prevê-se ainda a fixação do
Grupo AAA em Queluz. Em 1990, é recebido o Sistema
Míssil Ligeiro Chaparral M48 A2 E1, e a versão A3, em
1999. Em 1991 foi adquirido o Radar FAAR AN/MPQ49 B, o qual equipa actualmente a Btr AAA (A/G) e a
Btr AAA/BrigMec. Em 1994 é adquirido o Sistema
Míssil Portátil Stinger, versão RMP e em 2003 o Radar
AAA PSTAR, que equipa actualmente o segundo
Pelotão Míssil Portátil da BAAA (A/G) que garante a
protecção antiaérea da BrigRR.
Doutrinariamente a AAA tem por missão apoiar
a função principal do Exército de conduzir e manter
oportunas e eficazes operações de guerra, fornecendo
a defesa antiaérea necessária ao cumprimento da
missão. Fornecer as forças necessárias à defesa antiaérea dos pontos e áreas sensíveis à sua responsabilidade. Em condições especiais, executar fogos terrestres com as unidades de AAA equipadas com
material adequado.
As Unidades de AAA em Portugal são:
81
Regimento de Artilharia Antiaérea Nº 1
O Regimento de Artilharia Antiaérea N.º 1 (RAAA1) foi criado em 22 de Julho de 1988, por DL n.º 256/88 com
a missão primária de aprontar e manter forças de Artilharia Antiaérea para a protecção aérea de unidades
terrestres, aprontar e manter forças de Artilharia Antiaérea para colaborarem na defesa integrada do espaço aéreo
de interesse nacional. Em 1993 o CIAAC é extinto, dá-se a criação do CIAAA como destacamento do RAAA1,
passando este último a deter a responsabilidade de formação, afirmando-se como Centro de Instrução Nacional
para a Artilharia Antiaérea razão pela qual ostenta nas suas Armas a Lucerna.
Por despacho do GenCEME em 30Set93 é fixado o QOP que atribui ao Regimento as seguintes missões:
• Ministrar cursos de formação, de especialização ou qualificação e de actualização aos militares dos
quadros permanentes;
• Apoiar o Comando da Instrução de acordo com as directivas específicas;
• Elaborar estudos e pareceres sobre tradições e história geral de artilharia (no âmbito do Artilharia
Antiaérea);
Julho 2006
• Desempenhar tarefas de natureza técnica em apoio ao estado-maior coordenador, emitindo pereceres
e propostas relativas à organização, doutrina, material e emprego das unidades de Artilharia Antiaérea;
• Ministrar cursos de formação de Oficiais, Sargentos e Praças do regime de voluntariado e contrato;
• Organizar, treinar e manter as forças operacionais que lhe forem fixadas;
• Preparar e executar a convocação e mobilização militar de cidadãos na situação de disponibilidade,
para satisfazer as necessidades do sistema de forças terrestre, conforme lhe for determinado;
• Participar na defesa terrestre do território nacional, de acordo com as missões que lhe forem cometidas
em planos operacionais;
• Cumprir outras missões ou realizar outras tarefas que lhe forem cometidas superiormente, de acordo
com a legislação em vigor.
Decorrente da transformação do Exército em curso tem ainda por missão aprontar e manter as forças de
Artilharia Antiaérea da Brigada de Reacção Rápida, da Brigada de Intervenção e da Força de Apoio Geral por esta
ordem de prioridades; como Centro Nacional de Instrução de Artilharia Antiaérea, formar os efectivos que lhe
forem cometidos e colaborar com o Estado-Maior do Exército e Comandos Funcionais em tarefas de natureza técnica.
BAAA BrigInt
82
Criada a 01Ago05, tem por missão conferir protecção antiaérea à Brigada, contra ataques aéreos de
aeronaves hostis, voando a baixa e muito baixa altitude. Tem por possibilidades colaborar com o Sistema de
Defesa Aérea Nacional, difundir avisos de ataques aéreos e coordenar os fogos antiaéreos da Brigada,
colaborar na coordenação e controlo da utilização do espaço aéreo da Brigada, montar e garantir o funcionamento permanente de um Centro
de Operações da Bateria, adquirir identificar aeronaves voando a baixas e muito
baixas altitudes e
estabelecer ligação
aos sistemas de aviso
vizinhos ou de escalão superior.
Boletim da Artilharia Antiaérea
A ARTILHARIA ANTIAÉREA NA
NATO
BAAA (A/G)
Criada a 01Ago05, tem por missão assegurar a defesa antiaérea de áreas e pontos sensíveis contra
aeronaves hostis voando a baixa e muito baixa altitude. Tem como possibilidades colaborar com o Sistema
de Defesa Aérea Nacional, colaborar na coordenação e controlo da utilização do espaço aéreo, estabelecer ligação
aos sistemas de aviso vizinhos ou de escalão superior, destacar módulos de defesa antiaérea a Forças Destacadas, quando necessário e enquadrar, aprontar e treinar o Pelotão de Artilharia Antiaérea da Brigada de Reacção
Rápida. A BAAA (A/G)
tem na sua composição orgânica, dois Pelotões de Sistema Míssil
Portátil Stinger a duas
Secções Stinger, sendo
que um destes Pelotões
tem também duas Secções de Radar PSTAR e
destina-se à Brigada de
Reacção Rápida.
BAAA BrigMec
Criada em 24 de Maio de 1989, esta Bateria tem por missão conferir protecção antiaérea aos pontos sensíveis
e unidades de manobra, de apoio de combate e de apoio de serviços da Brigada, contra ataques aéreos de
aeronaves hostis, voando a baixa e muito baixa altitude.
83
BAAA ADTM
Conferir protecção antiaérea aos pontos sensíveis e unidades de manobra, de apoio de combate e de apoio
de serviços do ADTM, contra ataques aéreos de aeronaves hostis, voando a baixa e muito baixa altitude.
Julho 2006
BAAA ADTA
Conferir protecção antiaérea aos pontos sensíveis e unidades de manobra, de apoio de combate e de apoio
de serviços do ADTA, contra ataques aéreos de aeronaves hostis, voando a baixa e muito baixa altitude.
As unidades de AAA do Exército Português utilizam como Carreira de Tiro Antiaéreo, uma zona costeira, localizada na Fonte dos Morangos, em São
Pedro de Moel – Vieira de Leiria, onde se realizam
fogos reais de Sistema Canhão Bitubo, em exercícios
da Série Adamastor e, fogos reais de Sistema Míssil
Portátil Stinger e Chaparral, nomeadamente nos
exercícios da Série Relâmpago.
84
Como Encargo Operacional, as unidades de AAA
prestam apoio às Brigadas Independentes que compõe o nosso Exército da seguinte forma:
Devido aos condicionamentos tácticos as Baterias,
dos Agrupamentos de Defesa Territorial ou das Brigadas, têm na sua composição diferentes tipos de equipamentos, que se dividem em dois grupos fundamentais. Os sistemas de aquisição (radares), nomeadamente
Radar AN/MPQ-49 B FAAR, Radar BCP DR641e Radar PStar, e os sistemas de tiro, subdivididos em sistema
canhão e sistema míssil, Sistema Canhão Bitubo AA 20
mm M/81, Sistema Míssil Ligeiro Chaparral M48 A2 E1
e Sistema Míssil Portátil Stinger.
No âmbito da Transformação do Exército, em curso,
na Artilharia Antiaérea, a Componente Operacional
do Sistema de Forças Nacional – 2004, definida em
Forças Operacionais Permanentes do Exército
Grande Unidade
UnAAA
Unidade/ Infra-estrutura
Localização
Forcas da ZMA
BAAA
RG2
Ponta Delgada
Forças da ZMM
BAAA
RG3
Funchal
Brigada Mecanizada (BrigMec)
BAAA
CMSM
Santa Margarida
Brigada de Intervenção (BrigInt)
BAAA
RAAA1
Queluz
Brigada de Reacção Rápida (BrigRR)
PelAAA
RAAA1
Queluz
Forças de Apoio Geral (FAG)
BAAA
RAAA1
Queluz
Boletim da Artilharia Antiaérea
A ARTILHARIA ANTIAÉREA NA
Conselho Superior de Defesa Nacional, prevê na
componente terrestre, a tarefa de protecção da força,
nas capacidades de intervenção e mecanizada, e
participação na defesa imediata dos arquipélagos.
Prevê ainda, em termos de apoio geral, com uma Bateria de Artilharia Antiaérea, a capacidade de reforçar,
se necessário, a Brigada de Reacção Rápida com meios
de Artilharia Antiaérea e de colaborar na defesa de
áreas e pontos sensíveis do território nacional. De
forma a garantir uma cobertura eficaz, será necessário
dispor de meios SHORAD, para defesa aérea de baixa
altitude e curto alcance e como complemento destes
e também dos meios da Força Aérea serão necessários
mísseis HIMAD com capacidade de empenhamento
da ordem dos 40 Km. Assim no que aos sistemas míssil
diz respeito, os estudos que decorrem no EME apon-
NATO
tam no sentido de que os Pelotões de Míssil Portátil que
equipam as unidades de Artilharia Antiaérea sejam do
tipo Stinger (Man Portable Air Defense – MANPAD) e que
os Pelotões de Míssil Ligeiro das BAAAs da Brigada de
Intervenção e das Forças de Apoio Geral sejam do tipo
Avenger, enquanto que actualmente estas Unidades
são equipadas com o Sistema Míssil Ligeiro Chaparral,
situação que em planeamento se manterá até ao inicio
do reequipamento da AAA, prevista para 2010. Em
termos de sistemas de aviso e alerta, encontra-se
prevista a aquisição de sistemas radar tipo Sentinel
os quais farão parte do Encargo Operacional das
BAAAs da Brigada de Intervenção e das Forças de
Apoio Geral e para o Comando e Controlo um sistema
tipo FAAD C2I (Foward Area Air Defense Comand, Control and Intelligence).
REINO UNIDO
O Exército do Reino Unido
é composto pelo Exército
Regular em que a prestação
do serviço é feita a tempo
inteiro, e pelo Exército Territorial em que a prestação
do serviço é feita por mobilização. A sua Organização
assenta principalmente em Corpos que consistem
em Grupos Administrativos de função comum e
componente operacional constituída por Divisões e
Brigadas. O Regimento é a unidade mais importante
do Exército Britânico visto ser considerado a unidade
básica e a que a nível organizacional mais se adequa
ao cumprimento da missão.
A componente antiaérea da Royal Artillery teve a
sua origem na II Grande Guerra, onde foi empregue
tanto no território nacional, bem como no Japão, no
Sudoeste Asiático. Assim o governo britânico criou
unidades de Artilharia Antiaérea (AAA), na Índia, a
partir de 1939.
Os sistemas de armas utilizados na altura foram
a Peça AA 9,4 cm Bofors, de fabrico sueco, e que
equipou os Exércitos Francês e Norte-Americano e a
Peça 7,5 cm Vickers-Armstrong.
Com o desenrolar da Guerra e com o vector aéreo
a assumir um papel cada vez mais preponderante na
consecução dos objectivos estratégicos, a AAA
assumiu-se como prioridade de desenvolvimento
técnico e táctico.
85
Organização Tipo de uma Brigada Britânica
Julho 2006
Em 1944 existiam, só nas colónias, 33 unidades de
AAA, contudo, logo após o término da II GG, um
grande número destas unidades foi desactivada.
Actualmente os Sistemas Terrestres de Defesa
Aérea são da responsabilidade da AAA do Reino
Unido, que os empregam em coordenação com a
Royal Air Force (RAF), encontrando-se esta última
equipada com o míssil Bloodhound MK2, para defesa das Bases Aéreas.
As unidades de AAA garantem a protecção
antiaérea da Divisão, bem como os pontos sensíveis,
definidos pelo respectivo comando.
No Exército Regular a sua constituição contempla
três Regimentos de AAA a quatro Baterias cada e um
Regimento vocacionado para a vigilância do campo
de batalha.
O 12th Regiment of the Royal Artillery (Air Defence
Artillery), encontra-se sedeado em Sennelager, Alemanha, e encontra-se totalmente equipado com o
Sistema Míssil High Velocity Missile.
•
•
•
•
T/HQ Battery (Shah Sujah's Troop)
9 (Plassey) Battery
12 (Minden) Battery
58 (Eyre's) Battery
O 16th Regiment of the Royal Artillery 'The London
and Kent Gunners' (Air Defence Artillery) encontra-se
sedeada em Woolwich a sudoeste de Londres desde
1716. Encontra-se equipado com Sistema Míssil
Rapier.
•
•
•
•
86
11 (Sphinx) HQ Battery
14 (Cole's Kop) Battery
30 Battery (Rogers's Company)
32 (Minden) Battery
O 32nd Regiment of the Royal Artillery (Surveillance
and Target Acquisition – Unmanned Air Vehicles)
•
•
•
•
•
18 (Quebec 1759) Battery
22 (Gibraltar 1779–1783) Battery
42 (Alem Hamza) Battery
46 (Talavera) HQ Battery
57 (Bhurtpore) Battery
O 47th Regiment of the Royal Artillery 'The
Hampshire and Sussex Gunners' (Air Defence Artillery)
• 10 (Assaye) Battery
• 21 (Gibraltar 1779–1783) Battery
• 25/170 (Imjin) Battery
• 31 HQ Battery
• 43 (Lloyd's Company) Battery
No Exército Territorial existem três Regimentos:
O 104th Regiment of the Royal Artillery (Volunteers)
(Air Defence Artillery)
• 210 (Stafforshire) Battery (Wolverhampton)
• 211 (South Wales) Battery (Newport/Cardiff/
Abertillery)
• 214 (Worcestershire) Battery (Worcester)
• 217 (City of Newport) HQ Battery (Newport)
O 105th Regiment of the Royal Artillery (Volunteers)
'The Scottish & Ulster Gunners' (Air Defence Artillery)
• 206 (Ulster) Battery (Newtownards/Coleraine)
• 207 (City of Glasgow) Battery (Glasgow/
Motherwell)
• 212 (Highland) Battery (Arbroath/Kirkcaldy)
• 218 (City of Edinburgh) HQ Battery (Edinburgh)
O 106th Regiment of the Royal Artillery (Volunteers)
(Yeomanry) (Air Defence Artillery). Encontra-se equipado a duas Baterias Rapier e duas HVM.
• 202 (Suffolk and Norfolk Yeomanry) Battery
(Bury St Edmunds)
• 265 (Home Counties) HQ Battery (Grove Park)
• 269 (West Riding) Battery (Leeds)
• 457 (Hampshire Yeomanry) Battery (Southampton)
No século XIV, Henrique VII criou a Royal
Artilllery e em 1741 foi constituída a primeira unidade de formação em Woolwich juntamente com a
Engenharia. Em meados do século passado, por
necessidades de um local que correspondesse às
necessidades de formação, inerentes a esta Arma,
mudou de instalações para Essex e em 1920 para
Larkhill, Salisbury, onde se encontra até hoje,
ocupando uma área total de 38 000 hectares, cerca
de 20 x 40 Km, uma das maiores áreas de instrução
da Europa. A Royal Artillery School assegura a formação de Artilharia de Campanha e de Antiaérea,
e ainda assegura a formação em UAVs.
O Reino Unido dispõe de 2 carreiras de tiro (ambas
voltadas para o mar) em Outer Hebrides na Escócia
e no País de Gales.
As unidades de AAA têm vindo a participar, de
forma contínua, em vários conflitos, sendo os mais
recentes a guerra das Falkland e ambas as Guerras
do Golfo.
Boletim da Artilharia Antiaérea
A ARTILHARIA ANTIAÉREA NA
NATO
REPÚBLICA CHECA
A República Checa é um
país que se tornou membro da NATO em 1999, e
membro da união europeia
em 2004.
Tem uma população de
cerca de 10 milhões de habitantes e cerca de 78 866Km2
ligeiramente mais pequeno que Portugal.
O efectivo total das Forças Armadas é de cerca
de 35 000 militares, que engloba uma componente
de Forças Conjuntas, que têm na Componente
Terrestre um efectivo de 6 500 militares, na Compo-
nente Aérea 5 000 e nas Unidades de Apoio cerca de
7000 militares.
A Componente Terrestre é constituída por uma
Brigada Mecanizada, uma Brigada de Reacção Rápida, ambas com Artilharia Antiaérea orgânica,
uma Brigada de Artilharia e um Batalhão de Reconhecimento.
A componente aérea dispõe da 25ª Brigada de
AAA, para contribuir para a Defesa Aérea do espaço
aéreo do território, composta por sistemas míssil de
baixa e média altitude, SA-6 GAINFUL, SA-7 GRAIL,
SA-8 GECKO, SA-13 GOPHER e RBS 70 Bofors e ainda
Sistema Canhão de 30mm Twin Cannon.
Localização da 25ª Brigada de AAA da Força Aérea
ROMÉNIA
87
A Roménia é um país que se tornou membro da
NATO em 2004, e não pertence à União Europeia.
Tem uma população de cerca de 22 milhões de
habitantes e um território com 230340 Km2.
As Forças Armadas apresentam um efectivo de
cerca de 82 000 homens, com cerca de 49 000 homens
no Exército, 12 500 na Força Aérea e de 7 200 homens
na Marinha.
Os quadros de Artilharia tanto podem servir nas
Unidades de Artilharia de Campanha como de Artilharia Antiaérea.
Na Força Aérea o curso dos sistemas terrestres de
defesa aérea orienta os militares exclusivamente para
o serviço neste tipo de unidades.
A Artilharia Antiaérea tem por missão a detecção
e destruição de alvos aéreos inimigos, garantindo
protecção AA das Forças Terrestres.
O 1º Corpo de Exército (CE) tem a 6ª Brigada de
AAA SAM, que depende directamente do Cmdt do
Corpo, o que não se passa no 4 CE. As brigadas que
constituem os CE, dispõem de Baterias de AAA
orgânicas.
Os equipamentos de AAA do Exército são de
origem Soviética, Alemã e também de produção
Julho 2006
Romena, e são os seguintes:
Sistemas Missil:
• SA-6 Gainful SP
• CA-94 (SA-7 Grail) MANPAD
• SA-8 Gecko SP
• CA-95
SA-2 GUIDELINE – S75 M3 Volhov
Sistema Canhão:
• GEPARD 35mm
A Força Aérea Romena possui uma Brigada de
defesa aérea SAM para protecção antiaérea do território nacional.
Esta 1ª Brigada de defesa aérea SAM é equipada
com sistemas míssil SA-2 Guideline, tem o Comando
sedeado em Bucareste e é constituída por dois
Regimentos.
Origem: URSS (1960)
Várias Versões Msl (upgrades) S73M3 (1961)
Serviço: 1999 ? (Roménia)
Missão: Bater Aeronaves e Msl Balísticos a Média
e Alta Altitude
Máx Altitude: 30Km
Máx Distância: 64Km
Vel Msl: Mach 4
Guiamento: Radio Command
Secção explosiva: 200Kg HE
Radar Associado: P-18/PRV-13 Radar
Radar: P-15 Flat Face(URSS):
Alcançe: 200-250Km
Guiamento: 3 Msl simultâneo
TV Camera: 25Km
6ª Brig AAA do 1ºCE, equipada com Sistemas Míssil SA-6 Gainful e SA-8 Gecko
88
Localização das Unidades de AAA e das Unidades Terrestres de Defesa Aérea
Boletim da Artilharia Antiaérea
A ARTILHARIA ANTIAÉREA NA
NATO
OUTROS PAÍSES
BULGÁRIA
As Forças Armadas da Bulgária têm um efectivo de
51000. A Bulgária possui sistemas terrestres de defesa
aérea na Artilharia Antiaérea pertencente ao Exército
e na Força Aérea. No Exército possuí um Regimento
de Artilharia Antiaérea por cada Divisão e um Grupo
por cada Regimento, equipados com sistema míssil
SA-13 Goa, SA-4 Ganef, SA-6 Gainful, Sistema míssil
Portátil SA-7 Grail, Sistemas Canhão ZSU 23-4 (23mm),
ZU 23-4 (23mm), S-60 (57mm) e o KS-19 (100mm).
A Força Aérea possui 3 Brigadas de defesa aérea na
sua estrutura, equipadas com sistemas míssil SA-10
Grumble, SA-2 Guideline, SA-3 Goa e SA-5 Gammon.
DINAMARCA
As Forças Armadas da Dinamarca têm um
efectivo total de 21 180 elementos. Na Dinamarca
os meios de Artilharia Antiaérea existem no Exército e numa componente conjunta, que dispõe de
um Grupo de Controlo e Defesa Aérea, estruturado
em dois batalhões SAM equipados com o míssil
portátil FIM 92A Stinger e com o sistema míssil
médio HAWK.
No Exército a Artilharia Antiaérea está integrada
numa única unidade regimental, “Danske
Artilleriregiment”, situado em Varde. Este regimento
é constituído por quatro batalhões, um Batalhão de
Artilharia de Campanha, um Batalhão de Instrução,
um Batalhão de Comando e Aquisição de Objectivos,
e um Batalhão de Artilharia Antiaérea, equipado
com o sistema míssil portátil Stinger.
ESLOVÁQUIA
As Forças Armadas da Eslováquia têm um efectivo de 20125 elementos. A responsabilidade pela
defesa aérea é partilhada pelo Exército e Força Aérea. No Exército, a Artilharia Antiaérea está integrada nas unidades operacionais e é equipada com os
seguintes materiais: Sistemas míssil SA-13 Gopher,
Sistema míssil Portátil SA-16 Gimlet e SA-7 Grail,
Sistema Canhão M53, SP 30mm, S-60 (57mm). Na
Força Aérea existe um Brigada de defesa aérea,
equipada com os seguintes materiais: Sistema míssil
S-125 Neva, SA-10B Grumble, SA-6 Gainful, Sistemas
míssil Portátil SA-7 Grail.
ESLOVÉNIA
As Forças Armadas da Eslovénia são constituídas
pelo Exército, por uma componente Marítima e um
Elemento Aéreo perfazendo um total de 6.550
elementos. Na Eslovénia a Artilharia Antiaérea
pertence ao Elemento Aéreo e consiste num Regi-
mento de Artilharia Antiaérea. Os materiais de AA
que equipam esse regimento são o Sistema míssil
Roland II, o Sistema portátil SA-16 Gimlet, o SA-18
Grouse, o sistema Canhão M-55 (12,7mm), e o sistema Canhão BOV-3 SPAAG (20 mm).
Julho 2006
89
ESTÓNIA
O Exército é o elemento principal das Forças
Armadas da Estónia, com um efectivo de 3.429
elementos. A componente operacional consiste
numa Brigada de Infantaria e uma estrutura de
Defesa Territorial. As forças de AA da Estónia estão
materializadas num Batalhão de Defesa Aérea,
equipado com sistema Canhão AA de 23mm e ZU23-2.
GRÉCIA
As Forças Armadas gregas são constituídas pelo
Exército, Marinha, Força Aérea e Guarda Costeira.
O Exército Helénico possui nas suas fileiras cerca
de 116 mil militares em serviço activo, podendo chegar aos 357 mil militares através de mobilização.
É composto por uma estrutura de Comando e por unidades de Combate e Apoio. Possui organicamente
quatro corpos de exército.
A Artilharia Helénica é constituída pela Artilharia
de Campanha, Artilharia Antiaérea, Escola de Artilharia e Centro de Treino de Artilharia. A Escola de Artilharia constitui um centro de formação para as duas
vertentes da Artilharia Helénica.
Os equipamentos de defesa Aérea em uso são o
Artemis 30, Stinger, Hawk, Patriot, SA-8 Gecko, SA-10
Gumble, ASRAD, Crotale NG, TOR-M1.
ISLÂNDIA
As Forças de defesa da Islândia são constituidas
pelas Iceland Defense Forces, pela Guarda costeira e por
unidade de resposta a crises.
As Iceland Defense Forces (IDF) estão subordinadas
ao United States Joint Forces Command e foram criadas
em 1951. A responsabilidade da defesa do território da
90
Islândia é do ARICE (U.S. Army Iceland).
A unidade de resposta a crises tem operado em
operações de apoio à paz no Kosovo, Afeganistão e Sri
Lanka.
Não se conhecem equipamentos de defesa antiaérea próprios.
LETÓNIA
As Forças Armadas da Letónia são constituídas por
uma Brigada com a capacidade de projecção de um Batalhão ao nível do Exército e pela Força Aérea e Marinha
vocacionadas essencialmente para a vigilância, busca e
salvamento, com um efectivo total de cerca 5 300
elementos. Na Letónia apenas o Exército possui Forças
de Artilharia Antiaérea. O material que as equipa é o
míssil portátil Strela (SA-7) Grail e diversos sistemas
Canhão: ZPU 2 (14,5mm), ZPU 4 (14,5mm), FK-20 (20mm),
GSH-23 (23mm), AK-230 (30mm) e L/70 (40 mm).
A ARTILHARIA ANTIAÉREA NA
NATO
LITUÂNIA
As Forças Armadas da Lituânia são constituídas pelo Exército, Marinha, Força Aérea e Guarda Nacional,
com um efectivo de 13 510 elementos.
O Exército tem como Força principal uma Brigada
de Reacção Rápida. Na Lituânia apenas existe um
Grupo de AA na Força Aérea que está equipado com
sistema Canhão 40mm L/70.
LUXEMBURGO
O Luxemburgo não tem Marinha nem Força Aérea.
O seu Exército com um efectivo de 900 elementos, é
composto exclusivamente por voluntários e está integrado numa Força Multinacional sob comando Belga.
NORUEGA
As Forças Armadas Norueguesas estão organizadas segundo quatro grandes forças, o Exército, Marinha, Força Aérea e Guarda Nacional. O seu efectivo
é de 30800 militares em tempo de paz.
A organização da Defesa caracteriza-se da seguinte
forma: Sob o comando do Chefe da Defesa, estão dois
grandes comandos, “Commander Armed Forces South
Norway” sediado em Trondheim e “Commander Armed
Forces North Norway” sediado em Bodø. Sob cada um
destes dois grandes comandos estão os comandos das
três componentes (terrestre, naval e aérea).
Os sistemas terrestres de defesa aérea Norueguesa
estão organizadas em seis Baterias NASAMS, dez
Baterias RB 70, dez Baterias FCS 2000 L70, estas ultimas
organizadas em cinco Grupos de AAA.
As bases aéreas de Bardufoss, Andøya Bodø, Ørland
e Rygge são as únicas que possuem organicamente Baterias dos três sistemas de armas acima referidos.
Os sistemas terrestres de defesa aérea da Noruega
estão distribuídos da seguinte forma: na Força Aérea
o sistema míssil NASAMS, RB 70 e o sistema canhão FCS
2000 L70. Na Marinha: o Sea Sparrow, Mistral e RH 202
(20mm) bem como sistemas canhão de vários calibres,
(12,7mm; 20mm; 40mm). No Exército o RB 70.
91
TURQUIA
As Forças Armadas Turcas, têm um efectivo de
679 734 elementos sendo o exército a maior
componente com cerca de 400 000 elementos.
O Exército colabora na Defesa Aérea do território
Nacional, sendo a responsabilidade primária da Força
Aérea. A Artilharia Antiaérea está equipada com os
seguintes sistemas:
•
•
•
•
ATILGAN KMS (1X8 FIM-92B/C Stinger)
ZIPKIN KMS (1X4 FIM-92 Stinger)
FIM 92B/C Stinger Post/RPM
FIM 43A Redeye
•
•
•
•
•
•
•
•
•
9M39 Igla (SA-18 Grouse)
M42(2X40mm)
L 70 & L 70T Bofors (40mm)
L 60 & M1A1 (40mm)
GDF 003 Oerlikon (2X35mm)
GDF 001 Oerlikon (2X35mm)
GAI D01 Oerlikon (2X20mm
Mk 20 Rh202 (2X20mm)
M55 (4X12.7mm)
A Força Aérea está equipada com o Rapier o MIM23 HAWK e o Nike Hercules
Julho 2006
A Artilharia Antiaérea
em Portugal
Perspectivas
José Carlos L. V. Benrós
Tenente-Coronel de Artilharia
s ameaças aéreas que actualmente trazem especial preocupação à NATO, pela sua tendência
de proliferação, são:
• Mísseis balísticos tácticos, com capacidade de
disporem de ogivas de destruição maciça e
cuja proliferação estende-se do Médio Oriente
aos países do Norte de África, deixando o sul
da Europa e também o nosso território dentro
dos seus alcances;
• Veículos aéreos não tripulados e mísseis cruzeiro, cada vez mais versáteis e muito acessíveis a facções terroristas;
• Aviões comerciais utilizados em ataques terroristas dirigidos a centros populacionais e a
eventos de elevada visibilidade mediática,
denominadas RENEGADAS, já amplamente
divulgadas, desde o 11 de Setembro de 2001.
A
As missões da Artilharia Antiaérea, em qualquer
país da NATO, enfrentando aquelas ameaças emergentes bem como a ameaça aérea clássica (aeronaves de asa fixa e helicópteros), consistem em garan-
92
tir protecção da força e colaborar na defesa aérea
do território nacional, sendo que neste último caso,
existindo uma componente aérea, a responsabilidade primária, por regra, pertence a esta componente que emprega como armas de ataque fundamentalmente, caças interceptores.
Nalguns casos as Forças Aéreas dispõem de sistemas terrestres de defesa aérea, fundamentais para
complementarem a acção dos meios aéreos, normalmente países do leste europeu pertencentes ao extinto Pacto de Varsóvia. Estes meios são essencialmente
mísseis médios (HIMAD – High to Medium Air Defence)
ficando a cargo da Artilharia Antiaérea (Exército) operar os sistemas SHORAD (Short Range Air Defence),
também essenciais para se garantir profundidade
defensiva e protecção a baixa altitude.
A maior parte dos países reconhece contudo, que
esta não é a vocação da componente aérea deixando
a cargo do Exército operar os sistemas terrestres de
defesa aérea para todas as faixas de altitude, nomeadamente os países da Europa ocidental e Estados
Unidos da América (ver quadro).
Exército
Força Aérea
Conjunto
(Exército e Força Aérea)
Não tem
Espanha
Alemanha
Dinamarca
Bélgica
Estados Unidos da América
Bulgária
Holanda
Canadá*
França
Eslováquia
Eslovénia
Grécia
Hungria
Estónia
Itália
Noruega
Islândia
Reino Unido
Polónia
Letónia
República Checa
Lituânia
Roménia
Luxemburgo
Turquia
Portugal
* Beneficia do sistema de defesa aérea conjunto entre Canadá e EUA, o NORAD – North American Aerospace Defence, com sensores, centros
de operações de defesa aérea e de tráfego aéreo, caças interceptores e SAM (surface to air missile) neste caso apenas existentes nos EUA
Ramo que opera os sistemas HIMAD, nos países da NATO
Boletim da Artilharia Antiaérea
A Artilharia Antiaérea em Portugal – Perspectivas
Em Portugal o Conceito Estratégico Militar
(CEM), aprovado em 15 de Janeiro de 2004, refere
que as forças terrestres deverão ter capacidade
para apoiar com os meios orgânicos, as forças aéreas, na defesa antiaérea de áreas e de pontos sensíveis no território nacional.
No âmbito da Artilharia Antiaérea, a Componente
Operacional do Sistema de Forças Nacional – 2004,
definida em Conselho Superior de Defesa Nacional,
prevê na componente terrestre, a tarefa de protecção
da força e participação na defesa imediata dos arquipélagos.
Prevê ainda, uma Bateria de Artilharia Antiaérea
nas Forças de Apoio Geral com a capacidade de reforçar, se necessário, a Brigada de Reacção Rápida com
meios de Artilharia Antiaérea e de colaborar na defesa
de áreas e pontos sensíveis no território nacional.
Assim, também em Portugal estão previstas as
duas missões típicas para a Artilharia Antiaérea de
protecção da força e participação na defesa aérea do
território nacional, com sistemas terrestres adequados.
Relativamente aos meios necessários para garantir
protecção da força, as Unidades de Artilharia Antiaérea estabelecidas na Força Operacional Permanente
do Exército (FOPE) parecem ser suficientes e adequadas ou seja uma Bateria de Artilharia Antiaérea para
cada um dos Agrupamentos de Defesa Territorial,
dos Açores e da Madeira, uma Bateria de Artilharia
Antiaérea para cada uma das Brigadas com excepção
da Brigada de Reacção Rápida, que apenas dispõe de
um Pelotão de Artilharia Antiaérea mas opção que
pode-se justificar com a missão cometida à Bateria de
Artilharia Antiaérea das Forças de Apoio Geral de reforçar esta Brigada com meios de apoio de combate.
Os equipamentos das Unidades de Artilharia
Antiaérea da FOPE devem obedecer a requisitos
exigentes, face às ameaças e às necessidades de interoperabilidade e integração, sob pena desta não
conseguir garantir o fim a que se destina. A lei de programação militar entretanto aprovada parece garantir
as condições para que se proceda ao necessário reequipamento da Artilharia Antiaérea para a tarefa de
protecção da força, dotando as Baterias de Artilharia
Antiaérea, com sistemas SHORAD.
Estes sistemas – armas, sensores e sistemas C2I
(comando, controlo e informações) – devem ter capacidade de detecção e empenhamento contra UAV,
mísseis cruzeiro, granadas de artilharia de morteiros
e foguetes (para além de aeronaves de asa fixa e helicópteros) e vectores aéreos que utilizem tecnologia
stealth (furtiva), capacidade de empenhamento fora do
alcance visual (BVRE – Beyond Visual Range Engagement), capacidade para poderem destruir aeronaves
que empreguem técnicas de ataque Standoff (emprego
das armas fora do alcance da Antiaérea) com munições inteligentes, capacidade de empenhamento autónomo e por controlo remoto, para economia de recursos humanos e protecção da força, modularidade,
para melhor se adaptarem a desenvolvimentos futuros de componentes e subsistemas, transportabilidade, tripulações reduzidas, capacidade de controlo
de tiro através de centros de direcção de tiro, integração numa só plataforma de múltiplas valências
(defesa aérea canhão e míssil, armas anti-carro, armas
ligeiras, lança granadas, etc...), capacidade de operar
em todo-o-tempo e com reduzida ou nula visibilidade,
capacidade de operar em ambiente biológico e
químico (BQ), capacidade de comando e controlo em
tempo real, incluindo capacidade para identificação
de alvos não cooperantes e para contribuir para a
produção da RAP (Recognize Air Picture), capacidade de
interoperar com o CAOC (Combined Air Operations
Centre) nacional e com sistemas aliados, capacidade
para múltiplos empenhamentos e resistência a ambiente de guerra electrónica. Os radares deverão ainda ter capacidade de dar informação da localização de
alvos em direcção, alcance e altitude (3D – três dimensões), capacidade de controlo de tiro em operações de
contingência, substituindo-se aos centros de operações de defesa aérea (CODA)1.
Os equipamentos a adquirir devem ser aqueles que
melhor servem estes requisitos, pois existem diversos
sistemas no âmbito da NATO, com provas dadas e que
são extremamente eficientes, conforme descrito nos
respectivos capítulos deste número do Boletim. Também
e essencialmente ao nível de sistemas de comando e
controlo, poderão ser exploradas as capacidades
nacionais de desenvolvimento de sistemas adequados,
embora neste caso seja de ponderar a morosidade em
todo o processo desde a investigação e desenvolvimento
até à produção dos equipamentos.
De referir que quase todos os sistemas de armas,
radares e sistemas C2I disponíveis, podem ser instalados em qualquer tipo de veículo, pelo que poderá
ser economicamente e ao nível da manutenção, mais
vantajoso, a aquisição de viaturas blindadas de rodas
8x8 Pandur II, da Steyr-Daimler-Puch, que equiparão
a breve prazo as Forças Armadas, na quantidade necessária para as subunidades de Artilharia Antiaérea
da FOPE e equipá-las com os sistemas de Artilharia
Antiaérea a adquirir.
Para a protecção antiaérea de pontos ou áreas sensíveis no território nacional, a Unidade que deverá ter
condições para o fazer é a Bateria de Artilharia Antiaérea das Forças de Apoio Geral, conforme previsto na
1 Artigo do autor publicado no último número do Boletim “A Artilharia
Antiaérea na Transformação do Exército”
Julho 2006
93
HIMAD em Portugal é uma série limitação nas
capacidades de protecção antiaérea do território
nacional. Não deixa contudo, de ser curioso que entre
1985 e 1991 o Exército tivesse estado em vias de
adquirir o sistema míssil médio HAWK, para defesa
antiaérea dos Açores e acabou por não o fazer porque
na altura, a 1ª Guerra do Golfo deixou em evidência
que um sistema desta natureza teria que ter capacidade anti-míssil e o HAWK não tinha essa capacidade.
O elevado custo destes sistemas e as prioridades
estabelecidas parecem ser as únicas explicações para
esta lacuna, contudo este problema poderá ser resolvido através do estabelecimento de um programa
de aquisição, conjunto entre os Ramos, atendendo à
natureza abrangente e global da defesa aérea, e à semelhança do que acontece com o programa de aquisição de helicópteros, previsto na recente lei de programação militar aprovada.
Regra geral, também nos países da NATO, a localização das unidades de Artilharia Antiaérea privilegia
a concentração em unidades tipo Regimento, tirando
partido de sinergias que se podem alcançar com esta
modalidade. No nosso Exército esta situação também
acontece com a localização da Bateria de Artilharia
Antiaérea da Brigada de Intervenção (BAAA/BrigInt),
da Bateria de Artilharia Antiaérea das Forças de Apoio
Geral (BAAA (A/G)) e do Pelotão de Artilharia Antiaérea
da Brigada de Reacção Rápida (PelAAA/BrigRR), no
Regimento de Artilharia Antiaérea N.º 1 (RAAA1), facilitando o aprontamento e treino, a preparação de
documentos operacionais e tácticos, a apresentação
de pareceres e estudos, a utilização de infra-estruturas
e equipamentos comuns de simulação, de manutenção e didácticas de que é exemplo a sala de reconhecimento de aeronaves, a realização de
exercícios conjuntos
de fogos reais com
sistemas canhão e
míssil com o emprego
de alvos aéreos balísticos e rádio-guiados,
entre outras tarefas.
Esta situação cria
condições favoráveis
para a criação de um
Comando de Grupo
de Artilharia Antiaérea (GAAA), no RAAA1
(ver figura ), capaz de
gerar um Centro de
Operações das Forças
GAAA (BAAA (A/G), BAAA/BrigInt e PelAAA/BrigRR) no RAAA1,
Terrestres de Defesa
durante a visita de S. Ex.a o GenCEME, em 22Set2005
Aérea, que seja capaz
Componente Operacional do Sistema de Forças
Nacional, no entanto a sua composição orgânica
aprovada, não prevê sistemas HIMAD para o fazer, sabendo-se que só uma defesa combinada com sistemas
SHORAD e HIMAD garante uma protecção adequada,
permitindo que reciprocamente as limitações de um
sistema sejam colmatadas pelas possibilidades do
outro sistema, quer ao nível dos sistemas de vigilância
(radares) quer ao nível dos sistemas de armas.
Sabe-se ainda que na NATO os sistemas SHORAD,
só por si, não têm conseguido garantir capacidade de
integração e interoperabilidade com as Forças Aéreas,
apesar deste requisito ser essencial para garantir a
produção, distribuição e processamento de uma
imagem aérea comum (RAP) e o comando e controlo
centralizado com execução descentralizada, sob controlo operacional da Autoridade de Controlo do Espaço Aéreo (ACA – Airspace Control Authority) e com
transmissão de dados em tempo real, com base em
procedimentos e linguagem comuns. Os esforços desenvolvidos no seio da Aliança têm sido essencialmente no sentido de garantir, numa primeira fase, interoperabilidade entre os sistemas terrestres de defesa
aérea de baixa altitude entre nações. A interoperabilidade com a componente aérea nos países da NATO
tem sido conseguida utilizando os sistemas HIMAD
para fazer a ponte entre esta componente e os sistemas SHORAD. Nos sistemas HIMAD o empenhamento é executado no Posto de Comando da Bateria
ou Pelotão (conforme os sistemas) o que permite
maior capacidade de integração com a componente
aérea, melhor capacidade para evitar o fratricídio e
consequentemente melhor comando e controlo.
Assim conclui-se que a inexistência de sistemas
Boletim da Artilharia Antiaérea
A Artilharia Antiaérea em Portugal – Perspectivas
de empregar agrupadas as duas Baterias, nas
situações que seja necessário, em operações de defesa
aérea conjuntas, no território nacional e com
capacidade de incorporar ainda, outras Baterias
(nomeadamente da Brigada Mecanizada) e uma
Unidade HIMAD que possa vir a ser criada numa
perspectiva conjunta e Inter-Ramos, simplificando o
comando e controlo em tempo real e acelerando a
decisão, requisitos indispensáveis face à elevada
fugacidade das ameaças aéreas.
A existência de um sistema coerente e integrado,
que preveja meios SHORAD e HIMAD, equipamentos
de C2I seguros e funcionais, capacidade de interoperar
com outros Ramos e em forças multinacionais é absolutamente essencial para que a Artilharia Antiaérea
possa garantir plenamente a sua missão de protecção
da força e defesa aérea do território nacional.
NAAG: PFP(NAAG-LG5)D(2004)0004 – GBAD Interoperability, 28Out2004.
Lopes, Vítor (TCor PilAv), Euro 2004: A Defesa Aérea
em eventos de elevada visibilidade, Revista Mais Alto,
Força Aérea Portuguesa, Set/Out2004.
NATO Army Armaments Group: AC/225-D/1476 – Draft
NATO Staff Requirement for Very Short Range and Short
Range Air Defense System(s) for the Year 2015 and Beyond
(Joint Project Group 28/30), 25Abr2000.
NATO Army Armaments Group: PFP(NAAG)D(99)1 –
Land Operations in the Year 2020 (LO2020), 01Out1999.
NATO Air Defense Committee: (NADC)D(2004)0015 –
Functional Integration of Land Component Air Defense
Capabilities into NATINADS, 04Out2004.
Bibliografia
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Antiaérea na Transformação do Exército, Boletim da
Artilharia Antiaérea, Nº 5, II Série, Outubro 2005.
Land Group 5 (Low Level ground Based Air Defense) /
NATO Air Defence Committee: NADC-D(2004)0018FINAL – NATO Air Defence Policy, 26Out2004.
NATO Industrial Advisory Group (Sub Group 37): NIAGD(99)5 – Theatre Missile Defense in The 21st Century,
Jan2000.
Junta de Freguesia de Monte Abraão
NOTÍCIAS
DA
ANTIAÉREA
Julho 2006
EM DESTAQUE
Visita de trabalho de S. Ex.ª o General
CEME ao RAAA1
pág II
Cerimónia comemorativa do
aniversário do RAAA1
pág IV
Jornadas do Dia da Defesa Nacional
no RAAA1
pág VII
Visita ao RAAA1 de Dom Januário
Torgal Mendes Ferreira
pág VIII
DVD – A Artilharia Antiaérea na Revista
de Artilharia, editado pelo RAAA1
pág X
Julho 2006
97
NOTÍCIAS
DA
ANTIAÉREA
O REGIMENTO DE ARTILHARIA ANTIAÉREA Nº1 HOMENAGEIA OS
MILITARES DO RAAF, MORTOS NO GRANDE INCÊNDIO DA SERRA DE
SINTRA, EM 1966
Em 7 de Setembro de 2005,
completaram-se trinta e nove
anos sobre a trágica morte de
vinte e cinco militares do Regi-
mento de Artilharia Antiaérea
Fixa (RAAF), ocorrida durante
um combate a um incêndio, na
Serra de Sintra.
Herdeiro
das
Tradições Militares
do RAAF, o Regimento de Artilharia
Antiaérea Nº1 realizou no Pico do Monge, em Sintra, uma
cerimónia de homenagem aos Militares
Falecidos, presidida
pelo Ex.mo Tenente-General Almeida
Martins, Governador Militar de Lisboa e que contou
com as presenças
do Presidente da
Câmara Municipal
de Sintra, do Tenente-General Ferreira
do Amaral, Presidente da Autoridade Nacional para os Fogos
Florestais e do Ex.mo Sr. Presidente do Serviço Nacional de
Bombeiros e Protecção Civil,
estiveram presentes como sempre as representações da Liga
dos Bombeiros Portugueses,
dos Corpos de Bombeiros Voluntários da Região de Lisboa,
do Parque Natural Sintra Cascais, da Direcção Geral de Florestas e os Presidentes das Juntas de Freguesia de Colares e
Monte Abraão.
Foram executadas honras
militares, procedeu-se à deposição de coroas de flores e foi
celebrada uma oração campal,
após o que se seguiu uma romagem ao local onde se deu o trágico acidente, assinalado por 25
ciprestes, que representam os
militares falecidos.
VISITA DE TRABALHO DE S. EX.ª O GENERAL CEME AO RAAA1
II
O Regimento de Artilharia
Antiaérea Nº1, recebeu a visita
de S. Ex.a. o Chefe do EstadoMaior do Exército, General Luís
Vasco Valença Pinto, em 22 de
Setembro de 2005.
S. Ex.a. o General CEME foi
recebido pelo Ex.mo Governador
Militar de Lisboa, Tenente-General Almeida Martins e pelo Comandante do Regimento, Coronel de Artilharia Dias Coimbra.
Nesta visita S. Ex.ª o Gen
CEME verificou as condições de
operacionalidade e outras actividades que o Regimento tem desenvolvido como unidade de
aprontamento de Baterias de
Artilharia Antiaérea das FOPE.
Do programa da visita destaca-se o briefing proferido pelo
Comandante do RAAA1 sobre
as actividades desenvolvidas pela
unidade no âmbito da transfor-
Boletim da Artilharia Antiaérea
mação do Exército e a demonstração de capacidades do Encargo Operacional do Regimento.
NOTÍCIAS
DA
ANTIAÉREA
CERIMÓNIA DE ENCERRAMENTO DO
CAMPEONATO DE VOLEIBOL, FASE GML
Em 23 de Setembro de 2005,
teve lugar no Regimento de Artilharia Antiaérea N.º 1, a cerimónia de encerramento do Campeonato de Voleibol do Governo
Militar de Lisboa, que contou com
a presença do Ex.mo 2º Comandante do GML e dos Cmdt/Dir/Ch
ou seus representantes, das
U/E/O participantes.
O RAAA1 teve a seu cargo o
planeamento e a organização
deste evento, que contou com a
participação de 26 equipas, num
total de 280 atletas (masculinos
e femininos), que se realizou no
período de 12Set05 a 23Set05,
nas instalações desportivas da
Academia Militar e da Escola
Militar de Electromecânica e que
contou com a colaboração da
Associação de Voleibol de Lisboa.
O 2º Comandante do Governo Militar de Lisboa, Ex.mo Major-General Cabaça Ruaz, proferiu uma breve alocução, na qual
se congratulou com os objectivos
atingidos, reconhecendo a entusiástica participação de todas as
equipas e realçando o grande
sentido ético e desportivo demonstrado. Felicitou, de igual
forma, “a excelente organização
do Campeonato levado a cabo
pelo RAAA1, que se prestou a
um incansável esforço no cumprimento das diversas tarefas a
executar.”
Pela excelente prestação e
resultados alcançados, foram
atribuídas, à equipa do Regimento de Artilharia Antiaérea
Nº1, as Taças de vencedor absoluto do Escalão Masculino e
Feminino, tendo os primeiros
lugares, sido alcançados pelas
seguintes equipas:
ESCALÃO FEMININO – RAAA1
I ESC MASCULINO – EPC
II ESC MASCULINO – RAAA1
EXERCÍCIO BOLD AXIS 05
Em 28Set05 decorreu o Exercício
BOLD AXIS 05 no
Combined Air Operations Center 10
(CAOC 10) em Monsanto, com a participação de um Oficial
do Regimento de
Artilharia Antiaérea
N.º1 na função de Oficial de Ligação dos Sistemas
terrestres de Defesa Aérea (Ground Based Air Defense Systems –
GBAD).
Planeado e conduzido pelo
CAOC 10, com os objectivos de
exercitar a estrutura de Comando e Controlo (C2) do CAOC 10,
do Control and Report Center
(CRC) Monsanto, Bases Aéreas
n.º 5 (Monte Real), n.º 11 (Beja),
Aeródromo de Manobras n.º 1
(Ovar) e as células de resposta
dos GBAD e da Marinha.
Foi criado um cenário de ten-
são entre os países da Europa
Ocidental membros da NATO e
um país fictício a noroeste de
Portugal designado como Rwania, do qual se esperavam ameaças do tipo RENEGADE (aeronaves comerciais e ultraleves,
utilizadas para fins terroristas).
Com base neste cenário, foram injectados incidentes decorrentes do agravamento da
tensão, com uma crescente complexidade de resolução dos mesmos, que foram desde a vigilância, patrulhamento e intercepção
de violações do espaço aéreo e
marítimo nacionais, passando
por missões de Busca e Salvamento, culminando num cenário
de conflito declarado com acções
de combate por parte dos sistemas de armas de defesa aérea
da Marinha, Exército e Força Aérea. Todas as decisões e acções
tiveram em consideração as Regras de Empenhamento (ROE)
Julho 2006
definidas para a situação.
Aos sistemas GBAD
foram cometidas as
seguintes Tarefas/Responsabilidades:
• Manter actualizado
o Grau de Prontidão das Armas;
• Responder às ordens tácticas reportando as alterações do Grau
de Prontidão das Armas;
• Efectuar o empenhamento
das armas quando solicitado;
• Relatar os resultados dos
empenhamentos ao CAOC
10.
Deste exercício foram tiradas
conclusões importantes quanto
ao tipo de resposta dada e as
suas implicações perante uma
situação real, nomeadamente
quanto aos recursos disponíveis,
decisões a tomar e responsabilidades de cada sistema.
III
NOTÍCIAS
DA
ANTIAÉREA
CERIMÓNIA COMEMORATIVA DO ANIVERSÁRIO DO REGIMENTO
DE ARTILHARIA ANTIAÉREA N.º1
IV
O Regimento de Artilharia
Antiaérea Nº1 comemorou em 30
de Setembro de 2005, o seu
aniversário. A cerimónia foi presidida pelo Ex.mo Governador
Militar de Lisboa Tenente-General Almeida Martins.
Esta data tem como referência
o estabelecimento do Comando
de Defesa Antiaérea de Lisboa,
em 1943, e a criação do Regimento de Artilharia Antiaérea Fixa
em 1947, do qual o RAAA1 é herdeiro das tradições e património.
A efeméride contou com a
presença de Ex–Comandantes
do Regimento e dos Presidentes
das Juntas de Freguesia locais,
entre diversas Entidades militares, civis e das Forças de Segurança.
Na parada TGen Themudo
Barata, perante a Formatura do
Regimento, decorreu uma cerimónia de homenagem aos mortos em defesa da Pátria, tendo
sido deposta uma coroa de flores.
O Comandante do Regimento, proferiu uma alocução onde
enunciou as principais acções
realizadas, traçou as linhas orientadoras das actividades futuras e
enfatizou algumas das expectativas que o Regimento gostaria
de ver concretizadas. Foi lida
uma mensagem do Excelentíssimo Tenente-General, Director
Honorário da Arma de Artilharia,
alusiva à efeméride, de que se
transcreve: “Saúdo todos os Oficiais, Sargento, Praças e Pessoal
Civil que prestam serviço no Regimento de Artilharia Antiaérea
N.º 1, no dia do aniversário da
Sua Unidade e manifesto o meu
maior apreço e reconhecimento
pelo que tem sido feito em prol do
prestígio e dignificação da Artilharia e da Artilharia Antiaérea
em particular.
O Regimento de Artilharia
Antiaérea N.º1 é, por imperativo
legal e justo mérito, a Unidade
mãe da Instrução e da Doutrina
Boletim da Artilharia Antiaérea
deste ramo da Artilharia, como o
comprovam e constituem expressão visível, a formação de
quadros e de tropas e o treino
operacional, materializado nos
exercícios tácticos e nas sessões
de Fogos Reais com Mísseis e
com Bitubo.
Saliento, no domínio do estudo, quer relativamente ao equipamento, quer à organização,
todo o trabalho desenvolvido nas
áreas técnicas específicas, cujo
Seminário Internacional sobre
a Antiaérea constitui significativo acontecimento, assim como
toda a documentação e propostas sobre estas áreas, já oportunamente entregues ao Comando
do Exército.
Uma palavra de apreço e de
incentivo pelo empenho no levantamento dos encargos operacionais, quer da bateria destinada à Brigada de Intervenção,
quer da Bateria destinada ao
Apoio Geral, assim como o Pelotão atribuído à Brigada de Reacção Rápida. Saúdo em particular todo o pessoal de Artilharia
do Pelotão deste Regimento, que
actuou no Teatro de Operações
do Kosovo como reserva táctica
da KFOR. A realidade operacional da Artilharia Antiaérea é
NOTÍCIAS
incontornável no Exército e nas
Forças Armadas.
Não quero deixar de lembrar
e congratular-me pelo trabalho
desenvolvido pelo Comando da
Unidade, relativamente à preservação do espírito e memória da
Artilharia de Costa, tanto no aspecto documental, como no levantamento do futuro Museu.
Por último, desejo realçar o
espírito de corpo, dedicação,
competência e profissionalismo
de todos quantos servem na Unidade, manifestando o meu profundo reconhecimento pela acção
desenvolvida, pela contínua
afirmação do espírito artilheiro
que, em síntese, se traduz numa
cultura do dever, rigor, exigência,
disponibilidade, dedicação, sentido de serviço e sentimento de
pertença e camaradagem.
O Director Honorário da Arma de Artilharia encara com confiança o futuro da Arma, pois tem
a certeza que será este espírito
que guiará os Artilheiros, perante
os desafios que se avizinham e que
assim continuarão a proceder, em
todas as missões que forem chamados a cumprir, para bem da
Artilharia e do Exército, que devotadamente servimos e a que nos
orgulhamos de pertencer.”
Foi lida ainda, uma mensagem do Excelentíssimo TenenteGeneral Governador Militar de
Lisboa, alusiva à efeméride.
Após a imposição de conde-
Sala de Troféus
corações aos militares do Regimento, as forças em parada desfilaram com o seu Estandarte
Nacional, ostentando as Condecorações da Ordem Militar da
Torre e Espada, do Valor Lealdade e Mérito, da Cruz de Guerra de
1ª Classe e serviços distintos grau
ouro, acompanhado dos Estandartes à guarda do Regimento de
Artilharia Antiaérea N.º1, dos extintos Regimento de Artilharia
Antiaérea Fixa, Centro de Instrução de Artilharia Antiaérea de
Cascais e Regimento de Artilharia
de Costa. A escolta foi formada
pelos alunos do 33º Curso de Formação de Sargentos de Artilharia
e por um Pelotão da Bateria de
Artilharia Antiaérea da Brigada
de Intervenção.
Os convidados tiveram oportunidade de visitar uma exposição de diversos modelos de UAVs
Nacionais desenvolvidos por Universidades e pelos três ramos das
Forças Armadas.
Foi inaugurada pelo Ex.mo
Governador Militar de Lisboa a
Sala de troféus do Regimento,
obra que reúne um imenso espólio das unidades de que o Regimento é herdeiro.
A Banda do Exército participou neste ambiente festivo com
dois quartetos de metais colocados ao longo do percurso dos convidados.
As comemorações continuaram com uma demonstração do
Encargo Operacional do Regimento visando a luta contra as novas ameaças, seguindo-se um desfile
mecanizado.
A cerimónia culminou
com a distribuição a todos
os convidados do Boletim
da Artilharia Antiaérea
que focou o papel da AAA
na luta contra as novas
ameaças e de um suplemento sobre o museu da
Artilharia de Costa.
Julho 2006
DA
ANTIAÉREA
EXERCÍCIO
“DRAGÃO 05”
No período de 06 a 10Nov05,
decorreu na Região da Serra da
Padrela o Exercício “Dragão 05”,
planeado e conduzido pela Brigada de Intervenção, que contou
com a presença de todas as suas
subunidades.
O tema táctico do Exercício
consistiu numa Defesa Avançada, no âmbito das operações
convencionais. A Bateria de Artilharia Antiaérea da BrigInt,
encargo operacional do RAAA1,
participou no exercício com 41
militares (3 Oficiais, 12 Sargentos
e 26 Praças) e 11 viaturas, constituindo desta forma o Comando,
Secção de Ligação, Equipa de
Manutenção Auto, Equipa de
Reabastecimentos, uma Secção
Radar PSTAR e um Pelotão Míssil Portátil Stinger.
O Exercício permitiu desenvolver e cimentar os princípios
técnicos e tácticos, nomeadamente o Comando e Controlo
do Espaço Aéreo, procedimentos
nas unidades de tiro, deslocamentos tácticos, entre outros.
O último dia de Exercício
ficou marcado pelo almoço convívio na área do PCTáct da BrigInt que contou com a presença
de todos os militares participantes no exercício, que possibilitou
aos militares trocaram experiências e fortalecerem o espírito de
corpo. Seguidamente deu-se a
desconcentração, regressando a
quartéis as Subunidades da Brigada.
V
NOTÍCIAS
DA
ANTIAÉREA
CURSO DE COMANDO E CONTROLO DO ESPAÇO AÉREO
NA ZONA DE COMBATE – 2005
Realizou-se, no RAAA 1, o
Curso de Comando e Controlo
do Espaço Aéreo na Zona de
Combate, destinado a Oficiais
Superiores e Capitães de Infantaria, Cavalaria e Artilharia, prove-
nientes de diversas
Unidades do Exército.
O curso habilitou
os seus participantes
a desempenhar funções de comando e
controlo do espaço
aéreo, nos diversos
escalões tácticos da
componente terrestre de uma força conjunta.
Esta acção de formação que
teve lugar no período de 07 a 25
de Novembro de 2005, culminou
com a realização de um exercício
CPX, permitindo aos Oficiais
trabalharem um tema baseado
numa operação ofensiva de uma
força conjunta e combinada, com
incidência no comando e controlo do espaço aéreo exercido
na componente terrestre, no
âmbito do processo de decisão
para aquele escalão.
Participaram nele Oficiais
instrutores do Centro de Instrução de Táctica Naval (CITAN),
do Instituto de Altos Estudos da
Força Aérea, do Combined Air
Operations Center 10 (CAOC 10)
e da Base Aérea Nº 1.
COMEMORAÇÃO DO DIA DO REGIMENTO
DE ARTILHARIA DE COSTA NO RAAA1
VI
O Regimento de Artilharia
Antiaérea Nº 1 comemorou em
29 de Novembro de 2005 mais
um aniversário do Regimento de
Artilharia de Costa.
Cúmplice num passado que
remonta à criação do Centro de
Instrução de Artilharia Antiaérea e Costa (CIAAC), que durante 17 anos se responsabilizou
pela formação destas duas componentes da Artilharia, o Regimento de Artilharia Antiaérea
Nº1 persiste em manter vivo o
espírito da Artilharia de Costa,
apoiando e preservando a sua
história e património secular.
A comunicação, onde foram
estabelecidos os objectivos a
concretizar e a alcançar, esteve a
cargo do Presidente da Comissão
Instaladora do Museu de Artilharia de Costa, Sr Coronel de
Artilharia (Ref.) Moura Soares.
Presidiu a este evento o
Exmo. Major-General Formeiro
Monteiro e estiveram presentes
outros ilustres convidados que
dedicadamente serviram na
Artilharia de Costa.
O DIA DA ARTILHARIA
No âmbito das comemorações do dia da Arma de Artilharia, decorreram na Escola
Prática de Artilharia as cerimónias e eventos que marcaram tão
importante data para todos os
artilheiros. A concentração das
forças representantes das unidades da arma, iniciaram-se no
dia 1 de Dezembro, participando
o RAAA1 com um Pelotão da
BAAA/BrigInt e com a sua
Boletim da Artilharia Antiaérea
Fanfarra.
As comemorações realizaramse no dia 5 de Dezembro, com a
parada militar e, posteriormente,
com uma demonstração técnico/
táctica das várias Unidades, na
qual o RAAA 1 participou com
uma secção radar PSTAR e duas
esquadras Stinger.
Após a demonstração teve lugar o almoço convívio com todos
os participantes.
NOTÍCIAS
DA
ANTIAÉREA
JORNADAS DO DIA DA DEFESA NACIONAL NO RAAA1
As Jornadas do Dia da Defesa
Nacional destinam-se à sensibilização dos Jovens para as questões da Defesa Nacional e o papel
desempenhado pelas Forças
Armadas na sociedade. Neste
âmbito, o Regimento de Artilharia Antiaérea n.º1 desenvolveu,
nas suas instalações, entre 12 e
28 de Outubro de 2005 e entre 9
de Janeiro e 1 de Fevereiro de
2006 as actividades do Dia da
Defesa Nacional.
Estas jornadas têm horário
compreendido entre as 09h30 e
as 17h00 e englobaram várias
acções de que se destacam o içar
e arrear da Bandeira Nacional;
apresentações multimédia sobre
a Defesa Nacional e o papel das
Forças Armadas e
sobre a prestação
de Serviço Militar.
O RAAA1 montou uma exposição
permanente de diversos materiais e
equipamentos de
Artilharia Antiaérea, criando, para
o efeito, 4 estações
que permitiram a
consciencialização
e aproximação dos
jovens às tarefas e missões
desempenhadas pelos militares
do Regimento.
TIROCÍNIO PARA OFICIAL DE ARTILHARIA 2006 CURSO DE RADAR
nente-General Luís Nelson FerDe 06Fev a 28Abr06 decorreu
DE AAA PSTAR
no RAAA1, a parte Antiaérea
do Tirocínio para Oficial de Artilharia frequentada por onze Aspirantes Tirocinantes. A formação incidiu sobre técnica,
táctica, sistemas de armas e
radares de Artilharia Antiaérea,
bem como reconhecimento de
aeronaves, comunicações e tiro
de Artilharia Antiaérea, englobando diversos exercícios tácticos de reconhecimento e CPX
e uma visita ao CAOC 10, em
Monsanto.
A cerimónia de encerramento foi presidida pelo Ex.mo Te-
reira dos Santos, Comandante
da Academia Militar, que procedeu à entrega dos diplomas
de curso aos alunos bem como
um prémio ao 1º classificado
nesta parte Antiaérea do tirocínio, atribuído ao Aspirante Filipe Oliveira. Assistiu-se ainda,
nesta cerimónia, à apresentação
das conclusões dos trabalhos
efectuados pelo curso, subordinados ao tema geral “Sistemas
de Armas e Radares de Artilharia
Antiaérea” apresentadas pelo
Aspirante Tirocinante Filipe
Oliveira.
Julho 2006
Decorreu de 6 a 24 de Fevereiro
de 2006, no Regimento de Artilharia Antiaérea Nº 1, o Curso de Radares de Artilharia Antiaérea (PSTAR) 2006, frequentado por 2
Oficiais e 3 Sargentos de Artilharia.
O objectivo do curso consiste
em possibilitar os alunos ao desempenho das funções de Comandante de Pelotão e Secção Radar.
O Curso decorreu no Regimento e englobou as matérias
de Táctica AA, Táctica Radar,
Topografia, Treino Físico e Material, perfazendo um total de 90
horas.
De salientar que este foi o
primeiro curso ministrado pelo
Regimento de Artilharia Antiaérea Nº1, após a formação inicial
no ano transacto, sob a responsabilidade de técnicos dos EUA.
VII
NOTÍCIAS
DA
ANTIAÉREA
VISITA DE CADETES DA ACADEMIA DE WEST POINT AO RAAA1
Decorreu em 13 de Março de
2006 a visita de cadetes da Academia Militar de West Point ao
Regimento de Artilharia Antiaérea Nº1, no âmbito do intercâmbio Inter-Academias.
O programa englobou uma
breve apresentação sobre a História do Regimento, missões, organização e uma exposição de Ma-
teriais de AAA, nomeadamente do
Sistema Radar P-STAR, Alvos Aéreos (Snipe MK 15), Sistema Canhão 20 mm Bitubo, Sistema Míssil Portátil Stinger e Sistema Míssil
Ligeiro Chaparral.
A visita permitiu também troca de experiências, conhecimentos e expectativas profissionais,
com os tirocinantes de Artilharia,
que se encontravam a frequentar,
no Regimento, a parte Antiaérea
do curso.
VISITA AO RAAA1 DE SUA EX.ª REVERENDÍSSIMA, O BISPO DAS FORÇAS
ARMADAS E DE SEGURANÇA, DOM JANUÁRIO TORGAL MENDES FERREIRA
No dia 14 de Março de 2006, Sua Ex.a Reverendíssima, o Bispo das Forças Armadas e de Segurança, deslocou-se ao Regimento de Artilharia Antiaérea Nº1, onde proferiu uma comunicação, subordinada ao tema “Os militares e a Família”.
Dom Januário Torgal Mendes Ferreira exaltou os valores
essenciais da família e do militar, da sua vivência em
comunidade e dos comportamentos que devem orientar essa
vivência por forma a garantir o equilíbrio profissional e familiar
dos seus membros.
SALVAS DE OBÚS 88 MM
Em 2 de Maio de 2006, frente ao Forte do
Bom Sucesso, realizou-se mais uma missão de
retribuição de salvas, desta vez à passagem do
Navio da Armada Russa Kaliningrad.
Essa missão foi levada a cabo por um pelotão
pertencente à Bateria de Artilharia Antiaérea
de Apoio Geral.
NOTÍCIAS
DA
ANTIAÉREA
A ANTIAÉREA NO “EFICÁCIA 06”
O Treino Operacional do
Exército engloba diversas actividades, das quais se destacam
os exercícios, que se constituem
como a actividade de excelência
do Treino Operacional.
Neste âmbito realizou-se na
região de Santa Margarida, entre
02Mai06 e 05Mai06 o exercício
“Eficácia 06”.
O Regimento participou com
uma Equipa de Defesa Aérea da
Bateria de Artilharia Antiaérea
da Brigada de Intervenção e uma
Secção Radar PSTAR do Pelotão
de Míssil Portátil da Brigada de
Reacção Rápida, perfazendo um
total de um Oficial, dois Sargen-
tos e cinco Praças.
O exercício teve por objectivo
criar as condições necessárias
para o treino táctico das unidades operacionais, envolvendo
deslocamentos, reconhecimento,
escolha, ocupação, organização e
segurança das posições, treino
de técnicas de tiro e comando e
controlo do espaço aéreo, contribuindo assim para o reforço
da coesão, espírito de missão e
de camaradagem dos militares
envolvidos.
REAL IRMANDADE DA NOSSA SENHORA DA SAÚDE E DE S. SEBASTIÃO
EM LOUVOR DA NOSSA SENHORA DA SAÚDE – 2006
Ocorreram na semana de
02MAI06 a 07MAI06, as solenidades em louvor de Nossa Senhora
da Saúde e S. Sebastião.
As cerimónias tiveram lugar na
Igreja de Nossa Senhora da Saúde,
no Largo do Martim Moniz. As
actividades de maior relevo verificaram-se nos dias 06Mai06 e
07Mai06, e consistiram na procis-
são das velas e na procissão em
homenagem à Nossa Senhora da
Saúde, em que o Regimento de
Artilharia Antiaérea Nº1 teve a
honra de participar com o efectivo
de um pelotão da Bateria de
Comando e Serviços e um pelotão
da Bateria de Artilharia Antiaérea
das Forças de Apoio Geral (BAAA
(A/G)), tendo a Fanfarra do Regi-
mento participado na missa campal e na Procissão. No último dia,
a BAAA/AG participou ainda com
20 militares para o transporte dos
andores da Nossa Senhora da
Saúde e de S. Sebastião.
A Banda do Exército, sediada
no Regimento, participou também de forma activa, nas comemorações do dia 07Mai06.
ALMOÇO DE CONVÍVIO DO BATALHÃO AA 386
O Regimento de Artilharia
Antiaérea Nº1 no dia 06 de Maio
de 2006, organizou um almoço
convívio do Batalhão AA 386.
Este almoço contou com a
presença do Ex.mo General Loureiro dos Santos bem como de
um grande número de antigos
militares que serviram neste Batalhão e suas famílias.
O programa teve início pelas
12h00 com uma visita à unidade,
nomeadamente ao Salão Nobre,
Sala de Troféus e museus exteriores. Durante a visita, o grupo
dirigiu-se à Parada Tenente-General Themudo Barata, onde participaram na cerimónia de homenagem aos mortos, com o apoio
da Fanfarra do Regimento. Cerca
das 13h15 seguiu-se um almoço
convívio no refeitório geral do Regimento onde o Ex.mo General
Loureiro dos Santos proferiu algumas palavras aos antigos militares bem como às suas famílias.
IX
Julho 2006
NOTÍCIAS
DA
ANTIAÉREA
REUNIÃO DA REVISTA DE ARTILHARIA NO RAAA1
Realizou-se em 11 de Maio de
2006, no Regimento de Artilharia
Antiaérea Nº1, uma reunião de
trabalho da Comissão Executiva
da Revista de Artilharia.
A reunião foi presidida pelo
Ex.mo TGen José Luís Pinto Ramalho, Presidente da Comissão
Executiva e contou com a presença dos restantes elementos
da Comissão, tendo como ordem
de trabalhos a preparação do
próximo número da Revista de
Artilharia para o segundo trimes-
tre de 2006 e também
a apresentação de um
DVD editado pelo Regimento de Artilharia
Antiaérea Nº1, sobre
a Artilharia Antiaérea
na Revista de Artilharia.
De seguida decorreu na Messe de Oficiais do Regimento
um pequeno lanche
em que estiveram presentes
todos os oficiais do Regimento,
culminado com troca de lembranças.
DVD – A ARTILHARIA ANTIAÉREA NA REVISTA DE ARTILHARIA,
EDITADO PELO REGIMENTO DE ARTILHARIA ANTIAÉREA N.º 1
X
A Revista de Artilharia, com
mais de um século de existência é
uma preciosa fonte de informação
e conhecimento sobre a história
da Arma, bem como da sua evolução ao nível dos equipamentos,
das técnicas, da táctica e da doutrina. Este facto é especialmente
relevante para a Artilharia Antiaérea, porque, tendo sido a Revista de Artilharia, fundada em
1904, muito antes da 1ª Unidade
de Artilharia Antiaérea Nacional
– o Grupo de Artilharia Contra
Aeronaves, criado em 1935, em
Cascais – consegue abranger todo
o período de existência desta vertente da Arma. Exemplo disto é o
facto do 1º artigo sobre Artilharia
Antiaérea publicado na Revista
remontar ao ano de 1912, intitulado “O Emprego da Artilharia na
Lucta Aérea”, uma tradução de
um artigo do Coronel Bethell e só
em 1916 um autor Português, O
Capitão de Artilharia Eduardo
Avelino Ramos da Costa, ter
escrito um tema sobre antiaérea
“Peças para Bater Aeronaves”.
Este facto faz com que a Revista de Artilharia seja uma publicação de consulta obrigatória nos
diversos trabalhos a realizar no
âmbito da Artilharia Antiaérea,
nos cursos da Academia Militar,
da Escola Prática de Artilharia e
no Instituto de Estudos Superiores Militares, bem como na realização da investigação com vista à
emissão de pareceres, memorandos e informações a emitir pelo
RAAA1, no âmbito das suas atribuições.
Assim o RAAA1 decidiu elaborar uma base de dados em suporte digital (DVD), com todos os
artigos com interesse para a Artilharia Antiaérea, publicados pela Revista de Artilharia, desde a
data da sua fundação em 1904 até
2005. Os artigos versam técnica,
táctica, equipamentos, doutrina,
ameaça aérea, comando e controlo do espaço aéreo, exercícios, tiro
Boletim da Artilharia Antiaérea
e segurança no tiro, opiniões,
história, noticias, entre outros.
O software para aceder à base
de dados nas modalidades de
consulta por título, número da
revista, ano de publicação, autor
e palavra chave é o Autorun Pro
Enterprise, que não requer instalação, os requisitos do sistema
são: dispor de leitor de DVD, sistema operativo Win95, Win98,
WinME, WinNT4, Win2000 ou
WinXP, qualquer versão do Adobe
Reader e as definições mínimas
do monitor são 800X600 pixels.
No DVD estão disponibilizados 264 artigos, de 228 números
da Revista de Artilharia, de 1912
a Dezembro de 2005, num total
de 3983 páginas em tamanho A
5, correspondendo a 911 megabits
de informação em ficheiros Adobe
Reader. São 179 os autores, dos
quais 95 são individuais, 64 são
grupos de trabalho e Unidades e
20 são autores desconhecidos.
O DVD está disponível para
consulta no Regimento de Artilharia Antiaérea N.º1 e na
Sede da Revista de Artilharia,
podendo também no futuro, vir
a ser disponibilizado on-line
em www.revista-artilharia.pt e
www.raaa1.pt.
NOTÍCIAS
DA
ANTIAÉREA
EXERCÍCIO ROSA BRAVA 061
Decorreu de 14 e 18Mai06 no
Campo Militar de Santa Margarida,
o Exercício ROSA BRAVA 061,
planeado e conduzido pela Brigada
Mecanizada (BrigMec). O exercício
teve como finalidade praticar o
planeamento, o comando, o controlo e conduta de uma Operação
Defensiva do tipo Defesa Móvel de
escalão Brigada, no quadro de uma
intervenção “out of area” de uma
Força Multinacional/ OTAN, de modo a implementar uma resolução
internacional. No exercício participaram as subunidades da BrigMec,
com excepção do 1º BIMec, sendo
de realçar a participação de uma
Célula de resposta de escalão Batalhão/Agrupamento da XI Brigada
do Exército de Espanha (TBC).
A Bateria de Artilharia Anti-
aérea (BAAA) da
BrigInt reforçou
a BAAA/BrigMec com um
Pelotão de Míssil Portátil Stinger, constituído
por 18 militares
(um Oficial, cinco Sargentos e
12 Praças) e seis
viaturas, tendo
como missão táctica o Apoio
Directo (A/D) ao Agr 21, garantindo
desta forma a protecção antiaérea
do mesmo.
Foi uma participação muito
enriquecedora e motivante, já que
a integração na estrutura da
BAAA/BrigMec permitiu uma troca
de conhecimentos e experiências
CONFERÊNCIAS DE
ACTUALIZAÇÃO DE
CONHECIMENTOS
SESSÕES INFORMATIVAS DE ÂMBITO
TÉCNICO/TÁCTICO DA AAA
Realizaram-se no primeiro
semestre de 2006 um conjunto de
apresentações subordinadas ao
tema genérico “A Artilharia Antiaérea nos Países da NATO – Equipamentos e Organização”.
As palestras foram efectuadas
pelos Capitães e Oficiais Subalternos do Regimento, que apresentaram em diversas sessões, “Os
Sistemas de Armas SHORAD”,
“Os Sistemas HIMAD”, “A organização, equipamentos e perspectivas da Artilharia Antiaérea em
Espanha, Itália, Inglaterra, França, Bélgica, Holanda, Noruega,
Alemanha, Turquia, EUA e nos
Países do Leste Europeu”.
Estas palestras tiveram como objectivo principal, a actualização de conhecimentos dos
quadros do Regimento e a posterior publicação desta edição
do Boletim da Artilharia Antiaérea.
Durante o primeiro semestre
de 2006 realizaram-se no Regimento de Artilharia Antiaérea Nº1,
um conjunto de sessões informativas de âmbito Técnico/ Táctico
de Artilharia Antiaérea, a cargo
de ambas as partes, além de validar a instrução colectiva e o treino
operacional realizado pela
BAAA/BrigInt.
Participaram no exercício 2592
militares, tendo este culminado
com uma demonstração da capacidade operacional da BrigMec,
durante o DV-Day.
dos 1.os Sargentos de Artilharia,
com o intuito de actualizar os conhecimentos de todos os Oficiais e
Sargentos que servem neste Regimento. As sessões tiveram o seguinte Programa:
1 Sar Art Pinto Sistema Míssil Ligeiro Chaparral.
04Jan06
1 Sar Art Reis
Organização e conduta da autodefesa antiaérea.
25Jan06
1 Sar Art
Rodeia
A constituição e funcionamento do Sistema de Alerta de
uma BAAA e a sua integração no sistema de alerta do
escalão superior. Mensagens tipo originadas nos radares
e/ou PO.
01Fev06
1 Sar Art
Jerónimo
Procedimentos a adoptar pelas Secções AAA em cada um
dos Graus de Prontidão. Regras de Empenhamento e
08Fev06
Regras de Selecção de Alvos.
1 Sar Art
Sampaio
Quadro de Combate.
1 Sar Art
Figueiras
Princípios gerais de localização de uma unidade de tiro de
22Mar06
AAA. Sequência da ocupação de uma posição.
1 Sar Art Torres
Organização para o combate da AAA, Missões Tácticas e
12Abr06
responsabilidades inerentes.
1 Sar Art R.
Gonçalves
Constituição, organização e funções dos Centros de
Direcção de Tiro de AAA.
1 Sar Art Lanita Sistema Míssil Portátil Stinger.
Julho 2006
XI
15Mar06
19Mai06
26Mai06
NOTÍCIAS
DA
ANTIAÉREA
CURSO DE PROMOÇÃO A CAPITÃO 2006 – PARTE DE ANTIAÉREA
XII
No período de 29 de Maio a 28
de Junho de 2006, decorreu no
RAAA1 a Parte de Antiaérea do
Curso de Promoção a Capitão de
Artilharia, composto por 11 tenentes e dois capitães dos quais um da
República Popular de Angola.
A Parte de Antiaérea do
Curso tem como objectivo final
habilitar os alunos a desempenhar as funções de Comandante
de Bateria de Artilharia Antiaérea, Chefe de Equipa de Coordenação Aérea, Oficial de Ligação de Artilharia Antiaérea e de
Oficial de Informações de um
Grupo de Artilharia Antiaérea.
A formação de 21 dias úteis,
incidiu em várias áreas da formação técnica e táctica, das quais se
destacam a Táctica de Artilharia
ALMOÇO DE CONVÍVIO
DA COMPANHIA DE
ARTILHARIA
ANTIAÉREA 120
CONCENTRAÇÃO DA BATERIA DE ARTILHARIA
ANTIAÉREA 3434 – OS AVEZINHAS-
O Regimento de Artilharia
Antiaérea Nº1 acolheu, no dia 03
de Junho de 2006, um almoço de
convívio da CAA 120.
Este almoço contou com a
presença dos antigos militares
que serviram o CAA 120 e suas
famílias.
O programa teve início pelas
12h15, com a entrada no Regimento dos antigos militares,
recebidos pelo 2º Comandante do
Regimento TCor Art Vítor Borlinhas. De seguida deu-se início a
uma visita ao interior do Regimento, percorrendo o Salão Nobre, Sala dos Troféus e os Museus
Exteriores. Cerca das 13h00 seguiu-se para um almoço convívio
no refeitório geral do Regimento.
O convívio teve o seu fim cerca
das 17h00.
O Regimento de Artilharia
Antiaérea Nº 1 acolheu, no dia
03 de Junho de 2006, uma concentração de antigos militares
da Btr AAA 3434 que embarcaram para as campanhas na
Guiné, nos anos de 1971 a 1973.
O programa teve início pelas
11h00, com a entrada no Regimento dos antigos militares,
recebidos pelo 2º Comandante do
Regimento, TCor Art Vítor Borlinhas. De seguida, numa simples e
Boletim da Artilharia Antiaérea
Antiaérea, Táctica de Radar, Tiro
de Artilharia Antiaérea, um exercício de Postos de Comando e ainda uma visita ao CAOC 10 em
Monsanto.
A cerimónia de encerramento
foi presidida pelo Ex.mo TenenteGeneral Cunha Lopes, Comandante da Instrução do Exército,
que procedeu à entrega dos diplomas do curso aos alunos, bem
como um prémio ao 1.º classificado
nesta parte Antiaérea do CPC de
Artilharia, atríbuido ao Tenente
de Artilharia José Maldonado.
humilde cerimónia, plena de significado, foi descerrada a placa comemorativa dos 35 anos, placa
esta exposta no Pátio D. Pedro
III. Para finalizar os antigos militares puderam visitar o interior
do Regimento, percorrendo o
Salão Nobre, Sala dos Troféus e
os Museus Exteriores.
O convívio terminou cerca
das 12h30, com a despedida do
Exmo. 2º Cmdt do Regimento
aos antigos militares.
ISSN: 1646-0235
REGIMENTO DE ARTILHARIA ANTIAÉREA N.º 1
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A ARTILHARIA ANTIAÉREA