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JORNAL
Edição Especial
BARREIROS, 19/07/2014
Edwiges
de Sá
Pereira e
Gonçalo
Cassimiro
Jacome de
Araújo
De cima para baixo:
Acadêmico
Ruy de Ayres Belo,
Manoel Vieira
Cavalcanti Filho e
Estácio Coimbra
Usina Central Barreiros,1960. Autor
Pátio Sta Terezinha com pequena praça ao centro.
Autor não identificado
e origem não identificados
Vista parcial da
rua Ayres Belo
nos anos 60.
Arquivo Gibson
Barbosa
Usina Central Barreiros,
1937. Arquivo Yvon
Andrade
Praça
Domingos
Tenorio, com
a população
nas ruas.
Arquivo
Edvaldo
Buarque
Rua Dom Luiz na
década de 1960.
Arquivo Gibson
Barbosa
Praça Domingos Tenorio em 1960
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Rua Conselheiro
Antonio Jorge
(Prainha) Arquivo
Ninho Lopes
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GRANDE LITORAL ESPECIAL
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Barreiros e sua história
Segundo a publicação Monografias Municipais, do IBGE, editada em 1960, a história de Barreiros teria começado no princípio do século
XVIII, quando índios de uma
aldeia localizada no Engenho Benfica (então morgado
do Cabo), foram de lá transferidos para as proximidades
do rio Una. A justificativa dos
proprietários de engenhos locais era que por aqui eles poderiam viver facilmente da caça e da pesca, deixando a salvo as plantações dos engenhos
próximos à aldeia.
Deslocaram-se então os
índios para as margens do Rio
Una, e situaram-se num ponto elevado, onde atualmente
se localiza o Hospital Colônia
Vicente Gomes de Mattos. Ali
foi levantada uma capela, que
hoje não mais existe, sob a invocação de São Miguel.
As escavações feitas por
porcos do mato deram nome
à localidade que nascia, pois
os índios começaram a denominá-la “barreiros”.
Próximo a estes barreiros
começou a crescer e a fixar-se
um núcleo populacional, que
anos depois viria a se tornar
sede do município. A antiga
aldeia dos índios ficou então
conhecida pelo nome de Bar-
AGRADECIMENTOS
Aos leitores
Rua antiga em Barreiros. Foto: Blog do Iba Mendes
reiros Velhos, enquanto o local da atual cidade ficou sendo
denominado apenas Barreiros.
Pela lei provincial de número 314, de 13 de maio de
1853, o governo de José Bento da Cunha e Figueiredo, a
localidade foi elevada a categoria de Vila, com território
desmembrado do município
do Rio Formoso e da Freguesia de Água Preta. A instalação
do município ocorreu alguns
anos depois, em 19 de julho de
1860, no Governo Provincial
de Ambrósio Leitão da Cunha.
Esta data passou a ser comemorada como o aniversário
de Barreiros, embora a posse
do primeiro prefeito só tenha
se dado em 1893. Antes disso,
em 1872, no governo de Manoel do Nascimento Machado
Portela, foi criada a Comarca
dos Barreiros, tendo como primeiro Juiz de Direito o Dr João
Francisco da Silva Braga, e como primeiro promotor o Dr.
Mendo de Sá Barreto Sampaio.
A elevação à categoria de
cidade veio em cumprimento à Lei Provincial número 38,
de 03 de junho de 1892, no governo de Alexandre José Barbosa Lima.
Em 23 de fevereiro de 1893,
assumiu o primeiro prefeito José Nicolau Pereira dos Santos,
tendo como sub-prefeito André Gonçalves Camboim. Foi
sucedido em 1895 pelo dr Estácio Coimbra, que recebeu o
cargo simultaneamente com o
de deputado estadual. Depois
vieram Samuel Hardmann, em
1903, Constantino Gomes Pereira, em 1906, e José Martins
Miranda, em 1908.
Esta edição especial sobre os 154 anos de Barreiros é
dedicada a você, leitor. Fruto de um trabalho de pesquisa destinado a deixar registrada um pouquinho da história de Barreiros e da sua gente. Esta edição não seria possível sem a colaboração de inúmeras pessoas, que nos forneceram fotos e dados
históricos, como Gibson Barbosa e outros.
Algumas fotos estão
sem autoria, pois foram “pescadas” na
Internet, onde nem
sempre é dado o crédito ao autor ou detentor dos originais.
Mas sobretudo,
queremos
agradecer a participação va- Yvon Andrade
liosíssima do pesquisador Yvon Andrade, cujo livro “Memórias Barreirenses” serviu de base a todo este trabalho,
acrescido de conversas esclarecedoras com este homem lúcido e indispensável para a história de Barreiros.
Assim sendo, quaisquer possíveis erros, enganos ou indefinições devem ser debitadas à equipe do jornal Grande Litoral.
Boa leitura, e que sirva de estímula para novos leitortes
e novos pesquisadores, aqui em Barreiros e noutros cantos
onde chegue esta edição.
Paulo Rocha, Misso Melo, Jacione Melo e Wilza Carla
No Centro de
Barreiros,
em cima da Padaria
Julieta. Fone
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GRANDE LITORAL ESPECIAL
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Barreiros, seus rios e Pontes
A história de Barreiros sempre esteve ligada ao rio Una. Seja pela utilidade que teve até a
década de 1950 (quando, navegável, por ele chegavam mercadorias e por ele saía grande parte da produção local, até o porto de Gravatá e de lá para Recife) seja pelo perigo de suas enchentes, frequentes e sucessivas, que várias vezes destruiu
grande parte da cidade.
O Una – Com um percurso aproximado de 255 quilômetros, nasce no município de Capoeiras, banhando as cidades
de São Bento do Una, Cachoeirinha, Altinho, Agrestina, Palmares, Água Preta e Barreiros,
desembocando no Atlântico,
no distrito de Várzea do Una,
em São José da Coroa Grande.
Em Barreiros, são seus afluentes o Rio Carimã e o riacho Itaperibu.
O Carimã – Nasce no
Engenho Santa Cruz, em terras berreirenses, e deságua no
Una, no centro da cidade. São
seus afluentes os riachos Tibiri e João Mulato.
Antigamente o Una e o Ca-
rimã tocavamse-se no Engenho Tibiri, mas seguindo cada qual seu caminho, o Carimã acompanhando algumas
artérias centrais da cidade, reencontrando-se os dois rios na
Praça Barão de Gindaqí, próximo ao Mercado Público. O
trajeto percorrido pelos dois
firmava uma ilha, daí o centro de Barreiros ser denominado antigamente de Ilha Jardim.
Em 1930, foi aterrada esta
primeira junção dos dois rios,
no Engenho Tibiri, para que
passassem as locomotivas da
Usina Central Barreiros com
suas cargas de cana.
A área passou a ser conhecida como Barragem e a Avenida Felisbino de Vasconcelos,
de Rua da Barragem.
Ponte Othon
Bezerra de Mello
Construída em 1964, pela
Usina Central Barreiros, levava o nome do empresário então proprietário da usina.
Foi rebatizada com o nome de Maria Amália, esposa de
Othon Bezerra de Mello.
Destruída pela enchente de
2010, foi reconstruída pelo governo do estado na gestão do
governador Eduardo Campos
e reinaugurada na gestão do
prefeito Carlos Avelar, agora
com o nome de Prefeito Djalma Sanguinetti.
Acima, Ponte Maria Amália,
derrubada pela enchente de 2010.
Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
Ponte de Baeté
Antiga ponte metálica Estácio Coimbra. Foi construída em
1908 sobre o Rio Una, no governo provincial de Herculano Bandeira de Melo. Foi substituída em 1941, durante o governo de
Agamenon Magalhães e destruída parcialmente na enchente de
2010. Foi reformada e inaugurada em 19 de agosto de 2013 na
gestão de Eduardo Campos, e rebatizada como ponte Miguel Arraes de Alencar.
OUTRAS PONTES
José Canuto – Antiga Ponte do Jambeiro, sobre o Rio Carimã, liga a praça Barão de Gindaí à rua Olímpio Tenório. Foi ampliada e reformada no governio de José Canuto (1944/1946).
Ponte da Cigana – Liga a Ayres Belo à Álvaro Conrado. Construída no terceiro governo
de José Canuto (1947/1951) exclusivamente para pedestres. Foi reformada na administração
de Djalma Sanguinetti e novamente na gestão de João Marcolino Gomes Júnior – João Baleia
(19997/2001).
Ponte do Matadouro – De nome Ponte Dr. Osmério Omena de Oliveira, foi ampliada e reformada no primeiro governo de Lívio Tenório (1969/1973). Liga a rua Luiz Rego à Av. Presidente Kennedy.
Ponte Lívio Tenório – Liga a Praça Barão de Gindaí à rua Vigário Soares. Não se tem informação exata de sua construção. Foi reformada no governo de Inaldo Ferreira dos Santos.
Ponte de Tibiri – Construída sobre o leito seco após o rompimento da “barragem”, Na enchente de 2000, no segundo mandato de João Baleia.
Ponte dos Lotes – Sobre o Rio Carimã, serve de elo entre o Largo Santa Terezinha e o bairro
Othon Bezerra de Melo. Foi construída com piso de tábuas no governo de Clóvis Tenório, e depois reformada e ampliada no primeiro governo de Inaldo Ferreira dos Santos.
Ponte da Prainha – Liga as ruas Conselheiro Antônio Jorge e Conselheiro Manoel dos Anjos ao Barro Vermelho, passando sobre o Rio Carimã. Antes era apenas um pontilhão da Usina
Central Barreiros; foi reformada e ampliada no governo de Inaldo Ferreira dos Santos e reconstruída no governo de Carlos Avelar, em 2013, sendo rebatizada com o nome de Adeildo Hermenegildo dos Santos, ex-vereador de Barreiros.
Ponte da PE 60 – Construída no governo estadual de Nilo Coelho (1967/1971).
Outras – registra-se ainda a Ponte do Damião, ligando a rua Leônidas Lemos ao bairro dos
Lotes. Construída pelo Sr Damião Justo Lucas. Também a passarela João Gonzaga Filho, sobre
o riacho Itaperibu, ligando os bairros Santa Gorete a Santa Marta, foi inaugurada em 1991. Feita
por voluntários coordenados por Gilberto Pedreiro com material fornecido pelo então candidato a vereador Aurino Cavalcanti da Silva.
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Barreiros e suas usinas
A história do município de
Barreiros não poderia ser contada sem citar a Usina Central
Barreiros, sob a influência da
qual desenvolveu-se economicamente. A UCB se constituiu,
durante mais de seis décadas,
no maior polo gerador de empregos para a região e de impostos para a municipalidade,
mantendo cerca de 3.500 empregos diretos, que incentivaram a criação de microempresas e tornaram Barreiros um
grande centro comercial do
Litoral Sul e Mata Sul de Pernambuco. Além disso, foi geradora de grandes intervenções urbanas, como pontes,
ramais férreos e edificações diversas, bem como incentivou
a criação de associações de diversos matizes, sendo fundamental para a vida social dos
barreirenses.
Foi considerada, em seus
tempos áureos, uma das mais
modernas do parque sucroalcooleiro nordestino, com capacidade de produção anual
de até um milhão de sacas de
açúcar e doze milhões de litros
de álcool.
A Usina Central Barreiros originou-se da antiga Usina Carassu (esta fundada, segundo a Fundação Joaquim
Nabuco, entre 1885 e 1890,
por João Carlos de Mendonça
Vasconcelos e João Paulo Moreira Temporal) e foi instalada
em 1930, tendo como proprietário Estácio de Albuquerque
Coimbra, governador do estado de Pernambuco de 1926
a 1930. Em seu primeiro ano
de atividades produziu 300 mil
sacas de açúcar e 800 mil litros
de álcool anidro em sua destilaria.
Até 1933 teve como superintendente Armando de
Queiroz Monteiro, pai de Armando Queiroz Monteiro Filho, o “Armandinho”, que veio
a ser grande político e que
fez seus estudos no Ginásio
Oswaldo Cruz.
Armando de Queiroz Monteiro,
primeiro superintende da UCB
chegou a ser Ministro da Agricultura entre 1961 e 1962, vindo
a ser pai do candidato a governador de Pernambuco, Armando
Monteiro.
Com a morte de Estácio
Coimbra, a UCB passa a ser
dirigida pelos filhos, Jayme
Coimbra e João Coimbra Neto, este último tendo sido prefeito de Barreiros entre 1937
a 1942, quando foi vendida,
já com sérios problemas econômicos, ao grupo Carlos de
Britto & Cia, da fábrica Peixe, de Pesqueira. A superintendência passa a ser exerci-
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Safra recorde vira manchete nos jornais da época
Ruínas da Central Barreiros e bairro do seu entorno. Foto: Misso Melo
da por Álvaro de Oliveira Azevedo, que imprimiu um cunho
social em sua administração,
com construção de moradias,
equipamentos esportivos para
funcionários, a capela de Nossa senhora do Rosário, atendimento médico, abono natalino
e outros benefícios.
Quase 20 anos depois,
em 1961, a Central Barreiros
passaria novamente a outras
mãos. Desta vez, foi adquirida pelo mega grupo do pernambucano Othon Bezerra de
Mello, grande industrial do ramo têxtil brasileiro e à poca sinônimo de solidez econômica,
que já era então proprietário
da Usina Rio Una.
A direção da UCB ficou
com Renato Bezerra de Melo
e posteriormente com seu irmão Roberto Brito Bezerra de
Melo. Até o fechamento definitivo da usina, em 1997, muitos
outros administradores passaram pela UCB.
Na safra 1963/1964 atingiu
seu ápice de produção, com 1
milhão e 300 mil sacas de açúcar e 12 milhões de litros de
álcool, um recorde no estado,
cia da Feira Livre da cidade e
do Mercado Público.
A Usina Rio Una – Situada às margens do Rio Una, foi
fundada por Leopoldo Lins,
no engenho Una, em 1914. Em
1929 passou a pertencer à firma A.F. Souyza & Cia, sendo
posteriormente adquirida por
Joaquim de Arreuda Falcão.
produto de aperfeiçoamento
de técnicas e de equipamentos,
além de avançado laboratório
de pesquisas.
Em 1994, com o advento
do Plano Real, que reduziu de
um momento para o outrro os
altíssimos índices de inflação,
a UCB sentiu a queda de um
esquema financeiro baseado
nos lucros das aplicações diárias, caindo numa espiral que
culminou em 1997, com a decretação da “Massa Falida”.
Volatizaram-se 3.500 empregos sem nenhuma ação
concreta dos poderes públicos
e sem esboço de protestos da
sociedade em geral.
Da área e do patrimônio
da Usina Barreiros, parete ainda administrada pela “Massa Falida”, boa parte foi distribuída a ex-funcionários como
compensação trabalhista; outra área virou uma comunidade e o as edificações principais
mais o “largo” foraqm adquiridas recentemente pela Prefeitura de Barreiros, que pretende utilizar o local como Centro Administrativo, reservando uma área para a transferên-
Naquela época, a sua produção anual girava em torno de
160 mil sacas de açúcar e 100
mil litros de álcool.
Em 1945, já então dirigida por Corinto de Arruda Falcão, foi adquirida por Othon
Bezerra de Mello, que também
adquuiriu a Usina Santo André, em Rio Formoso, unifi-
cando as duas.
Em 1963, a Usina Rio Una
foi fechada e incorporada à
UCB, ficando boa parte dos
funcionários sem emprego.
As ruínas da Usina Rio Una
são parte da paisagem de Barreiros, em especial seu imenso “bueiro”, visível de toda a
cidade.
Ruínas da antiga Usina Rio Una. Foto: Misso Melo
A estrada de ferro em Barreiros
Antiga locomotiva da UCB: restaurada, está em exposição
no Museu do Una, em São José da Coroa Grande
A Estrada de Ferro Tamandaré partia da estação
de Ribeirão, na linha Sul da
Rede Ferroviária Nacional
desde 1908. Foi adquirida
pela Great Western em 1912
e se tornou o ramal de Barreiros, com pouco mais de
55 km de extensão. Este seguiu operando até a primeira metade dos anos 1970,
quando foi desativado.
A estação de Barreiros
foi oficialmente aberta em
1912; porém, já devia existir, pois esta data é a data de
Estação Barreiros. Foto: Bertrand Bernardino
compra da Estrada de Ferro do
Tamandaré, então pertencente à Companhia Geral de Melhoramentos de Pernambuco. Também há referências a
ela como Estrada de Ferro Tamandaré a Barra de Jangada,
cujo principal acionista seria
o Coronel Joaquim Veríssimo
do Rego*.
A E. F. de Tamandaré existia desde 1908 (o que faz presumir que a estação de Barreiros já existisse desde então).
Teria esta a função de ligar a
linha Sul à Usina Central de
Barreiros. Esta, por sua vez, tinha a maior ferrovia de usina
do país, com 125 km de linhas
e cerca de 41 locomotivas.
Na praia do Gravatá, até
meados do século XX, havia
um arruado com casas e armazéns, porto marítimo e um
terminal da estrada de ferro da
usina. “Com a desativação do
porto e terminal açucareiro, as
estruturas e habitações foram
desmontadas, não deixando
na área lembranças dos áureos tempos”**.
Uma das locomotivas da
Esplanada da Usina Central Barreiros, anos 1950. Foto da Enciclopédia
dos Municípios Brasileiros, IBGE, volume IV, 1958
usina está hoje preservada em
Campinas, SP, e funcionando. Ainda há registros de trens
correndo pelo ramal em 1972,
mas já não mais no início de
1976. Em 1987, a ferrovia da
usina ainda estava em funcionamento, segundo Bertrando
Bernardino, diretor do Museu
do Una, em São José da Coroa
Grande, município desmembrado de Barreiros em 1964 e
onde boa parte da usina estava localizada. Na usina, o pré-
dio da estação ainda existe,
em péssimo estado de conservação.
A estação de Barreiros,
embora tivesse no dístico o
nome da cidade, era conhecida como Estação do Baeté. Nesta estação não somente chegavam os trens
da Great Western e depois
da RFN e RFFSA como
também partiam e chegavam composições da ferrovia da usina Barreiros.
Fonte: http://www.estacoesferroviarias.com.br/pernambuco/barreiros.htm
*www.bndes.gov.br/conhecimento/revista/rev1707.pdf **www.museudouna.com.br
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Barreiros e suas crenças
Igreja Católica
OUTRAS IGREJAS E CAPELAS
Foto: joaquimqueirozblogspot.com.br
Assembleia de Deus
Os barreirenses sempre
conviveram harmoniosamente
com as diversas crenças e práticas religiosas existentes em
Pernambuco. Sobressaem, no
município, as religiões católica
e evangélicas.
A Assembleia de Deus,
fundada em Belém do Pará,
em 1911, pelos suecos Daniel
Berg e Gunnar Vingrenestabeleceu-se em Barreiros em
1923, tendo como pastor Diomedes Ferreira. Sob sua direção foi criado o Coral Louvor
dos Remidos, em 1941.
O templo central, cuja
construção iniciou-se em 10
de março de 2004, situa-se na
rua Ayres Bello (destaca-se pela imponência e pela capacidade de abrigar até 2 mil pessoas em único culto), mas existem outros na periferia de Barreiros e em locais do interior.
Por cerca de 20 anos, o pastor José Basílio esteve à frente da Assembleia de Deus em
Barreiros, vindo a falecer em
13 de maio de 2014, aos 86
Igreja Matriz de São Miguel
Pastor José Basílio
Pastor Otávio Alves de Moura. Foto:
Moab Teles
anos, deixando a cidade consternada.
A AD Barreiros é dirigida
hoje pelo pastor Otávio Moura.
Primeira Igreja Batista
Originária dos Estados
Unidos, instalou-se em Barreiros em 22 de setembro de
1926, tendo como primeiro
pastor José Tito Fortunato. Localiza-se na rua Oliveira Lima.
Seu atual pastor é Eliseu
Andrade.
Tudo começou em 1624,
quando o Senhor de Engenho Diogo Paes Barreto doou área na margem esquerda do Rio Una para a
construção da Matriz de São
Gonçalo do Una. A área foi
doada à Cúria Eclesiástica, representada pelo bispo
Dom Marcos Teixeira, criador da Freguesia do Una, em
1923. A inauguração da matriz foi em 1629.
Em 1786 foi criada a Paróquia de Barreiros, instalada no ano seguinte, tendo
como primeiro padre Inácio
Xavier da Costa. A construção da Matriz de São Miguel foi iniciada em 1849 e
concluída presumivelmente
em 1855. Foi reformada em
1913. Tem hoje como pároco o padre José Gusmão Calado.
De grande importância
para católicos em geral e para os devotos da Virgem Maria é a Capela de Nossa Senhora do Rosário, construída pela Usina Central Barreiros e inaugurada em 27 de
outubro de 1944, no antigo
campo de futebol da usina e
hoje agradável praça onde se
reúnem os barreirenses no
dia a dia e em eventos.
Foto: Pablo Gusmão Lins
Igreja de São Gonçalo do Una – Um marco histórico,
de 1629, infelizmente em ruínas. Fica no Engenho Herval.
Capela de Santo Antônio – Construída em 1914, fica
próxima à antiga Usina Rio Una.
Capela São José – Construída em 1933, fica no Engenho
Baeté. Outra capela com o mesmo nome está na área urbana de Barreiros.
Capela de Nossa Senhora da Conceição – Fundada pelo Padre Luciano Bianchi, foi inaugurada em 1986, no bairro Othon Bezerra de Melo.
Padre Gusmão
Outras instituições
Igreja de Cristo Pentecostal do Brasil – No Brasil desde 1937, foi instalada em Barreiros
em 1947, tendo no primeiro culto o pastor Eloy Pinto de Oliveira.
Igreja Pentecostal Deus é Amor – Fundada em São Paulo em 1962, chegou a Barreiros
em 1996, tendo José Pedro da Silva como primeiro pastor.
Igreja Cristã Maranata – Oriunda do estado do Espírito Santyo, foi instalada em Barreiros em 2003, tendo Laércio Telles como primeiro pastor.
Igreja Presbiteriana do Brasil – Fundada em 1859, no Rio de Janeiro, instalou-se em
1949. Moisés Araújo dos Santos foi seu primeiro pastor.
Igreja Universal de Reino de Deus – A igreja fundada em 1977 por Edir Macedo tem seu
templo na rua Dr Vicente Gomes de Mattos.
Igreja Comunidade da Graça – Fundada em São paulo, foi instalada em Barreiros no
ano de 2000, no bairro da Prainha, tendo como pastor Júlio da Silva Ramos.
Reino das Testemunhas de Jeová – Introduzida no Brasil em 1923, oriunda dos Estados
Unidos, tem seu endfereço em Barreiros a rua Alceu Telles.
Núcleo Espírita Caminhando Para a Luz – Fundamentado na doutrina kardecista, foi
fundado em 1995, por Paulo da Rocha Viana e Adilma Freire, no bairro da Prainha.
Casa Matriz de Candomblé de Barreiros – Fundada em janeiro de 1965, tendo como
primeiro sacerdote Geraldo Sales Dias.
Extintas – Até meados do século XX, excistiam terreiros de umbanda em Barreiros, vinculados aos culto afros. O mais famoso era o Xangô de Amara Roque. Na doutrina espírita,
havia um núcleo do Círculo Esotérico da Comuinhão do Pensamento, fundado por Benedito
Machado Pereira e José Pedro do Nascimento (Zé Flor).
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Barreirenses ilustres
Estácio Coimbra
Manoel Vieira
Cavalcanti Filho
Nasceu em Barreiros (PE),
no dia 21 de março de 1869.
Fez seus estudos em Recife, onde se formou pela Faculdade de Direito em 17 de outubro de 1891.
Iniciou sua carreira como
Promotor Público no Estado
de Pernambuco; em 1894 foi
nomeado Delegado de Polícia
na cidade de Recife.
No Paraná, ingressou na
magistratura em 1895, quando assumiu o cargo de Juiz de
Direito da Comarca de Cerro
Azul, indo, depois, para a Comarca de São José dos Pinhais.
Em 1900 atuava em Curitiba e
foi designado para exercer as
funções de Procurador-Geral de Justiça até 1908. Foi nomeado Desembargador em 3
de agosto de 1910. Exerceu a
Chefia da Polícia em 1912.
Ainda em 1912 assumiu a
Cátedra de Direito Comercial
da Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais da recém-criada Universidade do Paraná,
tendo sido também Diretor da
mesma. Foi também Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça por duas gestões, de 1921 a
1922, e de 1925 a 1927.
Fundou, em janeiro de
1925, a revista Paraná Judiciário, periódico de longa duração e de grande significado para a cultura e letras jurídicas
nacionais.
Aposentou-se em 4 de
agosto de 1931, contando com
38 anos de serviço público.
Era casado com Ormuzd
Reis Vieira Cavalcanti. Faleceu
em 31 de outubro de 1936.
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Estácio de Albuquerque Coimbra nasceu em 22 de outubro de 1872, no engenho Tentugal, na época município de
Barreiros, filho de João Coimbra e de Francisca de Albuquerque Belo Coimbra. Formouse em direito em 1892, exercendo a advocacia em Barreiros, Rio Formoso e Água
Preta. Casou bem com Joana de Castelo Branco Coimbra, cuja família é proprietária do engenho Morim, local que se transformaria na
Usina Central Barreiros.
Em 1894, após ter colaborado para a organização
do Partido Republicano de
Barreiros, Estácio Coimbra
se elege prefeito. Poucos meses depois (em 10 de janeiro
de 1895), é eleito deputado estadual. Em 1899, elege-se como
o mais jovem deputado federal da época.
Em 1907, acumula as funções de deputado estadual e federal. Nestas funções, ele conseguiu melhorias para a região
de Barreiros: a instalação de uma linha férrea para o Recife,
e a construção de uma ponte metálica sobre o rio Una. Em
1911, Estácio Coimbra, então Presidente da Assembléia, assume provisoriamente o governo do Estado de Pernambuco.
É eleito novamente deputado federal em 1915, renovando seu mandato por mais dois períodos, até 1922. Exerceu,
ainda, os cargos de Ministro da Agricultura, na gestão de
Epitácio Pessoa, e Vice-Presidente da República, no governo
de Artur Bernardes (1922-1926), e assumiu também a presidência do Senado e do Congresso Nacional. Ainda em 1926
é eleito governador de Pernambuco. No cargo, é acusado de
favorecer os rebeldes de Princesa, na Paraíba, cargo que ocupa até 1930, quando é derrubado do governo pela chamada
“Revolução de 30”. Vai para o exílio em Portugal juntamente
com o amigo Gilberto Freyre, donde retorna em 1934, recolhendo-se ao engenho Morim, em Barreiros afastado da política até a data do seu falecimento: 9 de novembro de 1937.
Dentre suas realizações mais importantes na vida política
constam: a fundação da Escola de Agronomia, em Barreiros;
o estímulo à agricultura, o cadastramento rural e o início do
zoneamento econômico do Estado.
Fonte: Semira Adler Vainsencher – Fundação Joaquim Nabuco.
Edwiges
de Sá Pereira
Nascida em 1884, a
barreirense Edwieges tronou-se a primeira mulher
a ocupar uma cadeira na
Acadedmia Pernambucana de Letras, em 1920.
Educadora, Jornalista e
Poetisa, fundou a revista literária “O Lírio”, trabalhou nos jornais A Província, Jornal do Commercio e Jornal Pequeno,
sendo também a primeira mulher a fazer parte da
Associação de Imprensa
de Pernambuco.
Foi uma das pioneiras
do movimento feminista
no Brasil, participando de
Congressos Internacionais sobre o tema.
Suas obras no campo literário foram: Horas
inúteis; Campesinas; Um
passado que não morre;
Eva militante; e Jóia turca. Edwiges de Sá Pereira
morreu no dia 14 de agosto de 1958.
Acadêmico
Ruy de Ayres Belo
Foto: A. Ducasble
Arquivo Fundação Joaquim Nabuco
Gonçalo Cassimiro Jacome de Araújo
Nasceu em Barreiros em
27 de fevereiro de 1874. Funcionário dos Correios do Rio
de Janeiro, participou do
movimento simbolista, integrando o grupo Rosa Cruz.
Escritor, participou da “Revista Souza Cruz e “Inanis
Labor”. Suas obras mais conhecidas são “Rua do Ouvidor” e “Feliz Culpa”.
Faleceu em 10 de novembro de 1943.
Ayres de Albuquerque Belo
Júlio Celso de Albuquerque Bello
Pai do eminente professor Ruy de Ayres Bello, nasceu no Engenho Tentugal em 1867. Advogado, foi deputado constituinte de
Pernambuco 1891 e, posteriormente, deputado federal.
Faleceu precocemente, em 1912, com apenas 45 anos de
idade.
Nasceu no Engenho Queimadas, então distrito de São José da
Coroa Grande, em 1873. Foi autor do best-seller “Memórias de
um Senhor de Engenho”, muito elogiado pela crítica quando lançado, em 1935. Na vida pública, foi governador interino de Pernambuco por duas vezes. Faleceu em 1951.
Filho de Ayres de Albuquerque Bello e Aurora Nunes Acioli, Ruy de Ayres Bello nasceu em
5 de julho de 1904, no sitio Riacho dos Bois, no Engenho Queimadas, município de Barreiros.
Nos tempos de criança morou
também no centro de Barreiros
e em São José da Coroa Grande.
Com 16 anos dava aulas na
escola paroquial do padre Júlio de Siqueira; Aos 20 anos, foi
nomeado inspetor no Patronato Agrícola João Coimbra, em
Tamandaré. Pouco mais tarde,
ensinava noutro patronato – o
Barão de Lucena, em Socorro,
município de Jaboatão.
Era primo de Estácio Coimbra e sobrinho de Júlio Bello, exgovernadores de Pernambuco.
Seu pai foi Deputado à Câmara Federal em 1891. Foi eleito
deputado na legenda Pelo Cristianismo Social, em 1934, como
Deputado.
Foi Diretor da Escola Normal Pinto Junior. Lecionou na
Faculdade de Filosofia Direito do Recife e na Universidade Católica e na Federal de Pernambuco. Membro da Academia Pernambucana de Letras
desde 1964 e do Conselho Estadual de Educação de Pernambuco.
Era católico fervoroso, e a
ele coube a saudação feita ao
primeiro padre de São José da
Coroa Grande.
Escreveu mais de vinte livros, entre eles “Barreiros, história de uma cidade”, “Breve História do município de
Barreiros” e “Memórias de um
professor”. Faleceu em 1997.
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Severino Bezerra de
Andrade
Nasceu em São José do
Egito, em 11 de julho de 1896.
Na juventude foi mascate e fotógrafo “lambe-lambe”, tendo
nesta época ido viver em Camocim de São Felix, onde conheceu Tercila Paixão de Andrade, de tradicional família
local, com quem casou em janeiro de 1922. Em 12 de outubro de 1931 chegou em Barreiros, vindo trabalhar na Usina
Central barreiros, na função
de balanceiro, até 1942, quando passou a exercer o cargo de
caixa. Em 1945 assumiu a gerência do Armazém Central
Barreiros. Participou das elei-
ções municipais de 1947 como candidato a prefeito pela UDN, não logrando êxito.
Em agosto de 1948 desligou-se
da UCB e estabeleceu-se como
comerciante na rua Ayres Belo, até 1951.
Mesmo com apenas instrução primária, participava
dos eventos culturais da cidade, e colaborava com os jornais “A Terra”, e “ O Caiador”,
além de organizar e representar peças teatrais. Poeta, escreveu sonetos no estilo do romantismo. (veja abaixo o poe-
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ma “Crepúsculo”, no qual previa a sua morte próxima).
Foi presidente fundador
da Associação Esportiva Central Barreiros, em 12 de setembro de 1939, e também um dos
fundadores do Clube Carnavalesco Invasores da Folia.
De dois casamentos (com
Tercila e Maria), teve os filhos Ivone, Paulo Yvon, Sílvia,
Humberto, Fernando e Maria
dos Prazeres.
Mudou-se para Recife nos
anos 60, vindo a falecer em 26
de agosto de 1974.
Crepúsculo
Severino Bezerra de Andrade
Quando à tardinha o sol vai decrescendo,
Invadem-me as lembranças do passado
E neste triste viver amargurado,
Sinto meu coração também morrendo.
Vejo em mim a própria vida perecendo.
Nada me resta já desenganado,
Na solidão da vida mergulhado,
Vou lentamente desaparecendo.
Tudo na vida é continuidade.
Já bem perto diviso a eternidade,
Ingrata vida de árduos empecilhos.
Hei de morrer contrito com meu Deus,
Muitas saudades levarei dos meus,
Nunca esquecidos e queridos filhos.
FOTOS QUE SÃO HISTÓRIA
Antigo Mercado Público de Barreiros. Construído em 1871, no
governo provincial de José Bento da Cunha e Figueiredo. Reformado na
administração de Djalma Sanguinetti (1963/1969) e ampliado na gestão de
João Marcolino Gomes Junior – João Baleia (1997/2005).
Cruzeiro da Praça de Nossa Senhora do Rosário. Construído pela Usina Central Barreiros e por alemães.
Caiu (ou foi derrubado) em 09 de
novembro de 1989. Foto: Arquivo
Yvon Andrade
Usina Central Barreiros na década de 1960. Nesta foto ainda se vêem os trilhos. Foto: Arquivo Yvon Andrade
Grupo de
barreirenses, todos
trabalhadores da
Usina Central
Barreiros, na
década de 1960.
Da esquerda para
direita: Zé Teixeira
da Silva, Hilton
Buarque da Costa,
Vicente Medeiros
Raposo, Ivon
Buarque da Costa,
Alonso, Fernando
e Josafá Medeiros
Raposo, Otávio,
Everson Buarque
Cavalcanti, Ladislau
Albuquerque Farias
e João Duarte da
Silva. Foto: Arquivo
Yvon Andrade
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Barreiros e seus prefeitos
O primeiro prefeito de Barreiros assumiu seu posto em
23 de fevereiro de 1893. Foi ele
José Nicolau Pereira dos Santos, tendo com sub-prefeito
André Gonçalves Camboim.
Algumas curiosidades na
história administrativa de Barreiros. Por exemplo, no ano de
1936, nada menos que três prefeitos passaram pelo executivo.
O fato se repetiria em 1947.
Outros tantos ficaram menos
de um ano no cargo, por diversos motivos. Edson Regis
de Carvalho, interventor em
1946/1947 acabou sendo morto no famoso atentado do aeroporto do Recife, em 25 de julho de 1966. Na história recente, tivemos a cassação de Cleto
Gilberto Siqueira Antônio Vicente Souza de Albuquerque, o
Toinho da Coca, em 2006, que
acaba ganhando a eleição subsequente, em 2008.
Em seu livro “Memórias
Barreirenses”, Yvon Andrade
ressalta o trabalho de alguns
desses prefeitos, começando
por Jader de Alemão Cysneiros, nomeado pelo interventor Agamenon Magalhães. Jader mudou, segundo o autor, a
face urbana do município.
Miguel Mendonça de Melo (1955/1959) é elogiado pelo seu projeto de abastecimento de água no município.
Djalma
Sanguinetti (1963/1969), por ter sido o
prefeito das “100 realizações”
e de honestidade à toda prova.
Estácio Coimbra (1895) pelo muito que fez por Barreiros quando governador do estado, como o ramal ferroviário ligando Barreiros a Ribeirão, uma escola de Agronomia, o Hospital Santa Francisca e a estrada ligando Barrei-
OUTRAS PONTES
Paço Municipal em 1925. Foto blog do Iba Mendes
Prefeito Djalma Sanguinetti inaugura
novo prédio da Câmara Municipal. Arquivo Gibson Barbosa
ros à capital. Além, é claro da
Usina Central Barreiros.
Inaldo Ferreira dos Santos
por sua origem humilde, pelos dois mandatos conquistados e pelo seu fim trágico, pela
via do suicídio, após os resultados desfavoráveis das eleições
de 2000, quando foi novamente candidato.
João Baleia (1977/2005),
pela presença empresarial e pelo enfrentamento, em 2000, da
maior cheia que se abateu sobre
o município até aquela data.
José Canuto, pelas quatro vezes que esteve a frente
do executivo em 30 anos, mas
também pela criação da Cooperativa Agropecuária de Barreiros, o Abrigo de Menores
Santo Antônio e o Ginásio Municipal que hoje leva seu nome.
José Lívio (1969/1973 e
1977/1980) pelo estímulo e
participação em eventos, mas
também por sua morte trágica, em 1994, um ano após assumir a prefeitura de São José
da Coroa Grande.
1893
1895
1903
1906
1908
1930/1933
1933/1935
1935/1936
1936
1936/1937
1937/1942
1942/1944
1944/1946
1946/1947
1947
1947/1951
1951/1955
1955/1959
1959/1963
1963/1969
1969/1973
1973/1977
1977/1980
1980/1983
1983/1989
1989/1993
1993/1997
1997/2005
2005/2006
2006/2008
2008/2012
2012
José Nicolau Pereira dos Santos
Estácio Coimbra
Samuel Hardeman
Constantino Gomes Ferreira
José Martins Miranda
Domingos Jacintho Tenório
Adolfo Aloísio da Rocha
José Cavalcante Lopes
Paulo Cavalcanti de Moraes
Domingos Jacintho Tenório
João Coimbra Neto
Jader de Alemão Cysneiros
José Canuto Santiago Ramos
Edson Régis de Carvalho
Teotônio Ribeiro de Barros
José Canuto Santiago Ramos
Jayme Sampaio de Vasconcelos
Miguel Mendonça de Melo
Clóvis Camboim Tenório
Djalma Sanguinetti
José Lívio de Oliveira Tenório
Hilton Buarque da Costa
José Lívio de Oliveira Tenório
Luciano Costa Vasconcelos
Inaldo Ferreira dos Santos
Amaro Francisco dos Santos
Inaldo Ferreira dos Santos
João Marcolino Gomes Júnior
Antônio Vicente Souza de Albuquerque
Cleto Gilberto Siqueira
Antônio Vicente Souza de Albuquerque
Carlos Arthur Avelar
Rua Ayres Belo, 199
Centro
Fone 3675.3326
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A imprensa de Barreiros
A história da imprensa
em Barreiros é antiga e com
muitos representantes na imprensa escrita.
Segundo o historiador
e pesquisador Yvon Andrade, o primeiro jornal a circular em Barreiros foi “O Futuro”, quinzenário, fundado pelo poeta romancista Manoel
Caetano de Almeida Andrade, com apenas duas edições,
em outubro de 1896.
Em 1927, o comerciante Francisco Leocádio Nogueira fundou “O Imparcial”;
em 1928, o “Barreiros Jornal”, que circulou até 1932;
em 1929, “O Itaperibu”, criado por Osmário Telles, teve o
nome inspirado num riacho
que corre no município; em
1934, Alfredo Belo fundou
“O Repórter”, de conotação
ideológica fundamentada no
integralismo (doutrina política criada em 1932 por Plínio Salgado); Em 1939, circulou o jornal “A Terra”, até
fins de 1942; Em 1947, circulou a “Folha da Cidade”, fundada pelo então prefeito interventor Édson Régis e pelo agente de estatística Ivavel Ferreira; Em 22 de outubro de 1949, Noly Valença
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de Carvalho, Décio França,
Antonino de Macedo e Alípio Filho, lançaram “A Imprensa”, cuja circulação resumiu-se apenas ao primeiro exemplar; Em 1977, Jailton Messias e Yvon Andrade fundaram “O Canavieiro”, mensário, com duas edições; Em outubro de 1985, ‘A
Folha de Barreiros”, fundada
pela aducadora Sineide Pereira, que durou até setembro de 1986; Em 1988, – de
junho a outubro, circulou o
tabloide semanal, mimeografado, “O Jornal de Barreiros”,
iniciativa dos irmãos Walter
Antonio e Valdemir Moreira Lins; Em agosto de 1995,
o mensário regional “Expresso Carimã”, sob a responsabilidade de Josenildo Muniz da
Cruz, Cecília de Souza Leão
e Antonio Moura, circulando
até agosto de 1996; Em novembro de 1997 surge “A Folha da Mata” (com o slogan
“Jornal Barreirense a Serviço
dos Municípios da Mata Sul
e do Litoral”), fundado pela jornalista Germana Telles;
O tabloide “Jornal dos Barreiros”, semanário, apareceu
em 1999 – circulando de 13
de fevereiro a 05 de março,
dirigido por Márcio Valença; Em março de 2001, surge “O Jornal da Cidade”, iniciativa da jornalista Luciana
Chacon, o qual, não obstante a persistência da fundadora, teve curta duração e a segunda e última edição saiu
em setembro do mesmo ano;
Ainda em 2001 surgiu ‘O Regional”, mensário, sob a direção de Misso Melo; Em maio
de 2008, circulou a primeira edição do mensário “Jornal do Bairro”, dirigido por
Jailson Nascimento, cujo nome foi posteriormente mudado para “Jornal da Cidade”,
sendo o periódico com mais
tempo de circulação em nossa comunidade e região: cinco
anos e sete meses; Em março
de 2013, surge a revista “Gazeta de Barreiros”, a cargo de
Henrique Bezerra e Misso
Melo; Também em 2013, começa a circular este “Grande
Litoral”, com cobertura regional, tendo Paulo Rocha como
editor e o perseverante Misso Melo como administrador. Ainda em 2013, a “Folha
de Barreiros”, com edições até
outubro do mesmo ano, dirigido por Dênis Araújo, Suênia Ramos e equipe.
A RADIOCOMUNICAÇÃO
Até 1963, a radiocomunicação de Barreiros era
feita por alto-falantes, cuja
iniciativa remonta a 1942,
quando Zendar Bezerra
instalou um sistema, tendo como locutor José Ceciliano Calado, seguindose a ele as iniciativas de João
Acioli Lins, em 1943, João
Antônio de Miranda Filho,
no mesmo ano, Rádio Amplificadora, que funcionou
durante dois anos a partir
de 1944 e o Serviço de AltoFalantes Record, de Djalma
Sanguinetti, em 1948, que
durou até 1956.
Em 1958, Everite Fonseca de Oliveira fundou a Rádio Carimã, contando inclusive com programa de
auditório, funcionando até
o ano de 1962.
Em 1988 começaram
as transmissões da Rádio
Litoral FM, de propriedade de Jailton Messias de Albuquerque, hoje uma das
maiores do Litoral e Mata
Sul de Pernambuco.
A Paróquia de São Miguel conta com a Rádio
Jailton Messias de Albuquerque, um grande nome na imprensa de Barreiros
Cultura (antes Rádio Comunitária São Miguel), fundada
em 1996; Consta ainda do livro Memórias Barreirenses, de
Yvon Andrade, a fundação
da Rádio Liberdade FM,
em 1997, dee propriedade
de Pedro Ivo Vanderley.
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Colégio Agrícola de Barreiros
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FOTOS QUE SÃO HISTÓRIA
Pela importância que teve o Colégio Agrícola e que tem o IFPE hoje para a cidade e para a região, decidimos republicar este texto de Yvon Andrade nesta edição especial.
A história do Colégio
Agrícola de Barreiros inicia em 1923, quando o então presidente Artur Bernardes criou, o Patronato Agrícola Dr. João Antônio Coimbra,
na Vila Tamandaré (hoje município), em Rio Formoso. A
inauguração foi em 05 de novembro do ano seguinte.
Dez anos após, passou a se
chamar Aprendizado Agrícola João Coimbra, oferecendo
o curso de Iniciação Agrícola, que conferia ao estudante a
formação de capataz rural. Em
1941, o Aprendizado Agrícola
foi transferido para a Fazenda
Sapé, em Barreiros.
Em 1947, a instituição passou a se chamar Escola Agrícola João Coimbra. Além do curso de Iniciação Agrícola, passou a ofertar também Mestria
Agrícola. Três anos mais tarde,
uma nova mudança: a instituição passa a se chamar Escola Agrotécnica João Coimbra,
somando aos cursos já oferecidos o de Técnico Agrícola. Os
estudantes eram formados nas
modalidades de agricultura,
horticultura, zootecnia, práticas veterinárias, indústrias
agrícolas, laticínios e mecânica agrícola.
Mais um Decreto, o nº
53.558, de 13/02/1964, modificou pela quinta vez o nome do
local. Passava a se chamar Colégio Agrícola João Coimbra,
com os cursos Ginasial Agrí-
Seleção de voleibol de
Barreiros participando
de torneio na cidade de
Garanhuns, em 1952.
Foto: Facebook Barreiros
Esta é a Cidade
Foto: Divulgação
cola e Técnico Agrícola. Só em
1967 os formados na instituição passaram a ser denominados de técnicos agrícolas e a
partir de 1968, as instituições
de ensino agrícola passam a
ser subordinadas ao Ministério da Educação.
A denominação Escola
Agrotécnica Federal de Barreiros (EAFB) foi estabelecida pelo Decreto nº 83.935, de
04/09/1979. A instituição foi
transformada em autarquia
federal em 1993, ficando vinculada à então Secretaria do
Ensino Médio e Tecnológico
(SEMTEC) – que, por sua vez,
vinha para substituir a extinta Coordenação Nacional de
Ensino Agropecuário (COAGRI). Mais tarde, a SEMTEC
passou a se chamar Secretaria de Educação Profissional e
Tecnológica (SETEC).
Em dezembro de 2008, 31
centros federais de educação
tecnológica (Cefets), 75 unidades descentralizadas de ensino (Uneds), 7 escolas técnicas federais e 8 escolas vinculadas a universidades, além de
39 escolas agrotécnicas (entre
as quais a antiga EAFB) deixaram de existir para formar os
Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Espalhados por todo o país, atendem a demanda por educação
profissional e tecnológica. Passava a existir o IFPE campus
Barreiros.
Além de Barreiros, o IFPE
tem outros oito campi espalhados por Pernambuco: Afogados da Ingazeira, Belo Jardim,
Caruaru, Vitória de Santo Antão, Ipojuca, Recife, Pesqueira,
Garanhuns e sendo implantado em Jaboatão, Olinda, Cabo
de Santo Agostinho e Abreu e
Lima.
Clube Náutico
Carimã, na
década de 1970.
Foto: Arquivo
Yvon Andrade
América Futebol
Clube, fundado por
Yvon Andrade em 08
de agosto de1954.
Arquivo Yvon Andrade
Rua João Batista
de Vasconcelos, 11 B
Fone: 3675.1858
Rua Ayres Belo, 196 e 314.
Fone: 3675.1412
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Barreiros e as enchentes
As enchentes sempre existiram na Mata Sul de Pernambuco, pel0o número de rios
que por aqui passam. O hiostoriador amador Germano Júnior, de Água Preta, fez um levantamento da questão e postou em seu blog “História da
Água Preta”, do qual reproduzimos alguns parágrafos:
Existem registros de cheias
em Pernambuco a partir do
ano de 1632, a qual é considerada a 1ª enchente que se tem
notícia, ocorrida a 28 de janeiro do mesmo ano, com o
transbordamento do Rio Capibaribe. Nesta época a mata
sul de Pernambuco sofria com
a mesma intensidade a desgraça das cheias, porém, não existiam grandes povoados mas
bastantes matas fechadas.
Foram registradas cheias
na Mata Sul em vários anos,
sendo as seguintes de pouca
proporção, comparadas com
as grandes cheias da virada do
século XX para o XXI, sendo
registradas duas no século XVI
(1632 e 1638), oito no século
XIX (1824, 1842, 1854, 1862,
1869, 1870, 1884, 1894 e 1899).
A cheia de 1854 teve efeitos demolidores no Recife. A
chuva durou 72 horas, atingindo todos os bairros da capital.
Derrubou a muralha que guarnecia a Rua da Aurora e parte do cais da Casa de Detenção veio abaixo; a cidade ficou
sem comunicações com o interior; no Porto do Recife, os navios foram atirados uns contra
os outros. A de 1869 destruiu
as pontes da Torre, Remédios e
Barbalho, e rompeu os aterros
da via férrea do Recife.
No século XX, a primeira
foi registrada em 1914, seguindo-se as de 1920, 1924, 1960,
1961 e 1965, todas consideradas “leves”.
Em 1966 registra-se a primeira considerada catastrófica. Na capital e no interior,
mais de 10 mil casas (a maioria mocambos) foram destruídas e outras 30 mil sofreram
danos. Morreram 175 pessoas
e mais de 10 mil ficaram desabrigadas. O Presidente da República, Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco,
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Vista geral da cheia de 2010. Foto: Misso Melo
veio ao Recife verificar os danos causados.
1969 - Essa enchente não
trouxe muitos danos. Porém
houve muita movimentação
no recolhimento dos moveis
por precaução caso acontecesse um inundamento mais grave com a subida constante da
água. As vitimas tiveram suas
casas alagadas em pouca proporção, mas o suficiente para que Água Preta e outras cidades da mata sul ficassem em
estado de emergência.
1970 – Ocorreram duas enchentes em Pernambuco. Em
julho, as águas atingem a Zona
da Mata e o Agreste do Estado,
por conta do transbordamento
dos rios Una, Ipojuca, Formoso, Tapacurá, Perapama, Gur-
Ponte Baeté. Foto Agência Brasil
jaú, Amaraji e outros. Na Capital e interior mais de 500 mil
casas foram atingidas e 150 pessoas morreram; 1.266 casas foram destruídas em 28 cidades.
1974 – Outra enchente
atinge toda região da Mata Sul
de Pernambuco deixando muitas famílias desabrigadas por
conta da destruição parcial ou
completa de suas casas.
1975 – Considerada a
maior calamidade do século,
ocorreu entre os dias 17 e 18 de
junho. Em Água Preta um novo bairro foi erigido em uma
região alta da cidade para abrigar seus moradores.
Cheia de 2000 – Entre os
dias 30 de julho e 01 de agosto, fortes chuvas castigaram o
Estado, inclusive a região me-
tropolitana do Recife, deixando um total de 22 mortos, 100
feridos e mais de 60 mil pessoas desabrigadas.
Cidades foram destruídas
parcialmente tendo as águas
que transbordaram levando
pontes e casas. As chuvas foram anunciadas com 40 dias
de antecedência pelos serviços
de meteorologia, mas as autoridades governamentais deram pouca importância à previsão. As chuvas atingiram 300
milímetros em apenas três dias
e só na RMR aconteceram 102
deslizamentos de barreiras.
Dos 33 municípios seriamente
atingidos, em 16 foi decretado
estado de emergência e em 17
estado de calamidade pública.
O centro de Palmares ficou
complemente debaixo de água
e em Barreiros a água atingiu
o teto do hospital da cidade.
Dos 33 municípios seriamente
atingidos, em 16 foi decretado
estado de emergência e em 17
estado de calamidade pública, entre os quais Rio Formoso, Gameleira, Belém de Maria, Goiana, Cupira e São José
da Coroa Grande.
O presidente da Repúbli-
Resgate e solidariedade. Foto: Misso Melo
Igreja Matriz transforma-se num centro de operações. Foto: Misso Melo
ca, Fernando Henrique Cardoso, veio a Pernambuco observar de perto os efeitos da
calamidade e, dias depois, autorizou a liberação de apenas
30% dos R$ 129 milhões que,
segundo levantamenteo do governo do Estado, seriam os recursos emergenciais necessários para recuperação das áreas atingidas.
2004 – Entre 08 de janeiro e 02 de fevereiro, fortes chuvas castigaram todas as regiões
do Estado deixando 36 mortos
e cerca de 20 mil desabrigadas.
13 cidades ficaram em estado
de calamidade pública e 76 em
estado de emergência.
2005 – Entre os dias 30 de
maio e 02 junho, fortes chuvas
provocaram enchentes em 25
cidades do Agreste, Zona da
Mata e Litoral de Pernambucano, deixando 36 mortos e mais
de 30 mil desabrigadas. Cerca
de 7 mil casas foram parcialmente ou totalmente destruídas; 40 pontes foram danificadas; 11 rodovias estaduais foram atingidas, sendo que sete delas ficaram interditadas;
a água inundou ruas centrais,
hospitais, escolas e casas comerciais de várias cidade, provocando enormes prejuízos
materiais.
2010 – Uma das maiores
cheias registrada em Pernambuco e Alagoas. As chuvas que
caíram sobre os dois estados
deixaram um cenário semelhante a de um tsunami, devastador e cruel. Inúmeras cidades do interior de Pernambuco e região metropolitana
do Recife sofreram com o aumento do volume das águas
dos rios, deixando um saldo de
17 mortos, 17.719 pessoas desabrigadas e outras 24.331 desalojadas, muitas pontes danificadas e quilômetros de estradas comprometidas. O rio Una
subiu cerca de 5 metros em
Água Preta, destruindo quase
que completamente os Bairros
do Jiquiá, Barra da Lama e do
Areado. Dos 35 mil habitantes
da cidade, 3,4 mil ficaram desabrigados. A maioria das casas desabaram e cerca de 300
famílias ficarão sem ter onde
morar.
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GRANDE LITORAL ESPECIAL
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Barreiros e suas praias
Embora seja considerada
por muitos como um município da Mata Sul, Barreiros está
localizado na rota turística litorânea e, a exemplo de Porto
de Galinhas em Ipojuca, tem
uma das mais belas praias de
Pernambuco, a Praia do Porto,
fato ignorado por grande parte dos que passam pela PE60.
O litoral de Barreiros faz
parte da APA Guadalupe,
(Área de Proteção Ambiental de Guadalupe) e a Praia do
Porto, juntamente com a praia
de Mamucabinha constituemse talvez na última reserva litorânea praticamente desabitada de Pernambuco, o que propicia um turismo singular do
agrado de um grande grupo,
mas ainda inexplorado.
A Praia do Porto é composta por uma ilha rochosa bastante singular e curiosa, que contém apenas um coqueiro sobre si, popularmente
conhecida como “ilha do coqueiro solitário”. A praia localiza-se a 11 km do centro da cidade, e ao longo do trajeto por
estrada encontram-se resquícios de Mata Atlântica, oportuno para trilhas e observação
de pássaros; a costa tem uma
extensão de 4,5 km, que se divide entre as praias de Mamucabinha, ao norte, Praia do
OUTRAS ATRAÇÕES TURÍSTICAS
São consideradas atrações turísticas de Barreiros
as festas populares do município,
que além de um
grande Carnaval e
um animado São
João, tem sempre
aos finais de semana atrações musicais para variados Carnaval com dezenas de blocos. Foto: Misso Melo
gostos, bem como
trilhas com motociclistas de toda a
região e cavalgadas. Destacam-se
as seguintes datas
comemorativas:
Acima, vista aérea
das praias do Porto e
Mucumbinhas. Foto:
Pablo Gusmao Lins
Ao lado, a Ilha do
Coqueiro Solitário,
cartão postal da cidade
Porto no centro e Vau do Una,
ao sul, que também podem ser
acessadas pelo Rio Una, numa
viagem inesquecível que dura
cerca de uma hora.
A Praia do Porto foi cená-
rio para a gravação da novela
“A Indomada” da Rede Globo
de Televisão, exibida em 1997.
02 de fevereiro:
Festa de Nossa Senhora da Saúde
Junho: São João
Forró Pé-de-serra no São João. Foto: PMB
19 de julho: Aniversário da cidade
25 de julho: Festa
de São Cristóvão
29 de setembro:
Festa do Padroeiro São Miguel
Outubro: Festa
(e terços) de Nossa Senhora do Rosário
Procissão de São Miguel
Av. Maria Amália, 507 B Itaperibu Fone: 3675.1034 –
MATERIAL DE
CONSTRUÇÃO, ELÉTRICO,
HIDRÁULICO, FERRAGENS,
TINTAS E MADEIRAS
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JORNAL - Gazeta Nossa