JOHN DEWEY NO ENSINO DE FÍSICA – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA COM
ALUNOS DE UMA ESCOLA PÚBLICA
Rogério Lima Mota de Oliveira [[email protected]]
João Antônio Corrêa Filho [[email protected]]
Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ)
R ESUMO
Neste trabalho, relatamos uma experiência ocorrida com uma turma de alunos do ensino
médio de uma escola pública de São João del Rei/MG. Foi selecionado um grupo
voluntário de dez alunos de uma mesma sala do 2º ano para a realização de atividades
experimentais, abordando conceitos de termodinâmica. Este tema foi escolhido devido
ao fato de que seria o próximo assunto a ser trabalhado na escola pelo professor, na
época. No laboratório foram formadas duplas que realizavam suas práticas
independentemente umas das outras. As atividades foram fundamentadas na teoria
progressivista de John Dewey, através das quais o aluno desenvolvia sua prática,
observava e chegava a uma conclusão própria sobre o ocorrido. Logo depois, cada dupla
apresentava suas conclusões ao grupo e, através de debates mediados pelo professor,
chegavam a uma ou mais conclusões, elaborando teses e teorizando o fenômeno físico.
Ao longo de quatro encontros, pudemos observar que os alunos conseguiram discernir
conceitos físicos que antes eram, para eles, superficiais, confusos ou até mesmo
desconhecidos. Os debates propiciaram derrubar teorias formuladas pelo aluno que as
propunham ou por um outro membro do grupo, e eles adaptaram essas teorias,
encaixando-as de uma melhor forma ao fato observado. Ao final, os próprios alunos
depuseram que passaram a encarar a Física de uma forma diferente daquela que estavam
acostumados. Observamos que o modo de trabalhar com atividades experimentais
favorece o aprendizado e desenvolve a habilidade de se deparar e sobressair de
situações inesperadas e inusitadas, desenvolvendo assim a capacidade de argumentação,
principalmente quando essas atividades são fundamentadas em referenciais teóricos e
previamente planejadas.
P ALAVRAS-CHAVE: ensino de física; teoria progressivista; relato de experiência.
INTRODUÇÃO
A Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ), em seus 19 anos de existência, tem
buscado aprofundar seu compromisso social por meio das atividades de ensino, pesquisa e
extensão, fundamentada na vocação cultural e socioeconômica de sua região de abrangência.
Desde 1990, professores dos cursos de licenciatura da UFSJ vêm investindo na formação
continuada de professores da Educação Básica. Mais recentemente, a UFSJ esteve envolvida
em dois programas educativos de grande porte: o PRÓ-CIÊNCIAS, de formação continuada
de professores de Biologia, Física, Química e Matemática do Ensino Médio; e, o Programa
de formação continuada de professores da região do Campo das Vertentes, no âmbito do
PROEXT–SESu/MEC.
Para substanciar essas ações de forma conjunta e sistemática da UFSJ com a comunidade
escolar regional e procurando a articulação entre ensino, pesquisa e extensão, em 2004, foi
criado o Núcleo de Apoio à Educação Básica (NAEB), que atende a uma aspiração antiga dos
docentes da UFSJ, engajados em formação inicial e continuada de professores. Esse Núcleo
reúne, atualmente, professores de cinco departamentos da Instituição: Departamento das
Ciências da Educação, Departamento de Ciências Naturais, Departamento de Matemática,
Estatística e Ciências da Computação, Departamento das Filosofias e Métodos e
Departamento das Ciências Sociais.
Dessa forma, a partir de resultados obtidos pelo NAEB, como os de pesquisas efetuadas em
relatos de alunos que realizam estágios supervisionados e de depoimentos de professores da
Escola Básica da rede pública, constatou-se freqüentemente a menção sobre as políticas
educacionais que não valorizam o professor por aumentos salariais e por incentivos e
disponibilização de meios para a participação em cursos de formação continuada. Por esses
motivos, entre outros, os professores, principalmente os da rede pública, procuram
alternativas de complementação de renda como o aumento de carga horária ministrada em um
ou mais estabelecimento de ensino, comprometendo com isso a qualidade do ensino. Nesse
sentido, visando a melhoria do ensino de física na região do Campo das Vertentes do Estado
de Minas Gerais, foi elaborado um programa de extensão com diversas metas, entre as quais
as de estabelecer parcerias com escolas e desenvolver uma série de atividades com alunos
dessas escolas. Além disso, visa-se com o Programa estreitar as relações entre a Escola Básica
e a Universidade e a construção de espaços coletivos para professores, alunos e comunidade
em geral voltados para o ensino de Ciências.
Neste trabalho, relatamos uma experiência ocorrida dentro do Programa, envolvendo a
participação de alunos do ensino médio de uma escola pública do município de São João del
Rei, com uma atividade pedagógica planejada, tendo como referencial teórico idéias
progressivistas de John Dewey.
No que se segue desta parte introdutória, apresentamos Dewey (Wikipédia, 2006; Nova
Escola, 2004), suas principais idéias e tendências pedagógicas na educação brasileira, as quais
nortearam a atividade proposta.
John Dewey (1859-1952) e sua Filosofia Educacional
Nascido em Burlington (Vermont), cidade dos Estados Unidos, o filósofo, psicólogo e
educador John Dewey infuenciou a prática educacional por todo o mundo e, principalmente,
em seu país de origem, contribuindo expressivamente com o movimento pedagógico
progressivista, termo este último, usado por Anísio Teixeira para indicar a função da educação
numa sociedade em mudança decorrente do desenvolvimento científico (idéia equivalente a
“evolução” em biologia).
Dewey fundou também a escola filosófica de Pragmatismo, em que considera que os limites
da condição humana somente serão alterados quando houver a ação movida pela inteligência e
energia do homem. Sua filosofia educacional apoia-se numa relação entre indivíduo e
sociedade, na qual o indivíduo só possui significado se estiver imerso nessa sociedade que o
engloba e esta, também, só terá valor quando admitir a participação individual de cada um dos
seus membros, ou seja, que o indivíduo possui voz ativa e a sociedade o acolhe para promover
a construção da própria sociedade.
Outro ponto importante da filosofia educacional deweyana é que a aprendizagem não é algo
bem definido e acabado. Para Dewey, o aluno deveria usar todo o conhecimento trabalhado
em seu regime escolar para poder solucionar certas situações ocorrentes em seu dia-a-dia,
integrando os conceitos aprendidos em sala de aula na sua vida cotidiana.
O modo de educar de Dewey não consiste em passar os conteúdos escolares através de lições
que o aluno, em sua maior parte, memoriza por um determinado momento de sua vida, mas
sim em desenvolver a capacidade de raciocínio e obter um afloramento do seu espírito crítico,
tornando-o um cidadão pronto para se deparar com qualquer tipo de situação, assim
analisando-a e propondo soluções para resolvê- la ou diminuindo sua forma de impacto.
Para estudar e testar sua teoria, Dewey fundou uma escola em que os alunos ainda muito
novos aprendiam conceitos que consideramos elevados para alunos de pouca idade, como
conceitos de biologia e física. Para ele, não existe hora para aprender e qualquer lugar é lugar
para encotrarmos situações novas com vários elementos que dispertem o interesse do aluno
para o aprendizado e, assim, tirando proveito desses determinados momentos para aprender
algo novo. Ações simples como o preparo do lanche dentro da própria escola, o cair de um
objeto, a importância de lavar as mãos antes das refeições e assim por diante, são exemplos
desses elementos de ensino para relacionar fatos do cotidiano com teorias existentes.
Contudo, devido ao fato dos textos de Dewey serem difíceis de interpretação, acabaram
surgindo divergências sobre a teoria Deweyana e aplicações da mesma na educação. No
cenário da pedagogia moderna, Ghiraldelli (2006) expõe uma tendência de Prática Pedagógica
deweyana, constituída por cinco passos, que permitem aos alunos socializar suas concepções
prévias a cerca de um determinado assunto, debatê- las em grupo de forma crítica e obter
conclusões que condizem com a realidade do momento, conforme se seguem:
1o passo - Atividade e pesquisa
Este primeiro passo consiste em inicializar o processo de ensino-aprendizagem quando os
alunos, ao encontrarem barreiras, dúvidas ou problemas durante suas atividades, demonstram
interesses em resolvê- los, cabendo ao professor perceber esses interesses para utilizá- los
como elementos de partida para o ensino.
2o passo - Eleição de problemas
Aqui, a teoria deweyana propõe que, uma vez identificado os interesses dos alunos, o
professor deve provocar o aluno a formular perguntas ou apresentar problemas sobre o
assunto e selecionar alguns para dar continuidade ao trabalho pedagógico.
3o passo - Coleta de dados
A partir da seleção dos problemas, os alunos são instigados a apresentar hipóteses ou
alternativas próprias (heurísticas) de uma maneira plausível e coerente para solucioná- los.
Mas, para isso, dados deverão ser coletados para dar suporte às possíveis idéias que surgirão,
os quais podem ser obtidos a partir das diversas fontes de informação disponíveis, como a
Internet, livros, revistas e, inclusive e principalmente, os conhecimentos prévios de cada
aluno.
4o passo - Hipótese e/ou Heurística
De posse dos dados coletados no passo anterior, esses deverão ser analisados pelo grupo com
ajuda do professor, para obter argumentos suficientes para os alunos formularem hipóteses ou
mesmo heurísticas.
5o passo - Experimentação e/ou julgamento
Através dos processos empíricos e dos fatos observados, devemos, nesta última fase, escolher
as melhores hipóteses e/ou heurísticas propostas pelo grupo de alunos que se enquadrem
melhor com o acontecimento, através de debates, argumentações e contra-argumentações.
Assim, nos inspiramos nessa tendência pedagógica deweyana para desenvolver um trabalho
com alunos do ensino médio, conforme relataremos adiante.
M ETODOLOGIA
Para elaborar o trabalho, que consistiu em uma oficina com alunos do ensino médio,
inicialmente foi desenvolvido um estudo minucioso sobre a teoria progressivista deweyana
(Dewey, 1952 e 1978), seguido de uma apresentação de um seminário sobre o estudo para a
comunidade acadêmica da UFSJ. Logo em seguida, esse estudo foi levado para discussões em
sala de aula, na disciplina “Didática de Física”, do curso de Física, visando propor aos
estudantes um desenvolvimento, em seus estágios supervisionados, de práticas pedagógicas
deweyanas, o que foi bem aceito por eles.
Em paralelo a esses estudos, foram realizadas visitas à Escola Estadual Dr. Garcia de Lima,
de São João del Rei, a qual é parceira em projetos de ensino da UFSJ, para programar
atividades com seus alunos no Departamento de Ciências Naturais (DCNAT) da UFSJ. Para
esta programação, foi feita uma reunião envolvendo o professor de física e o vice-diretor da
escola, na qual foram apresentadas as linhas gerais do programa e, logo depois, a proposta de
realização de oficinas com um determinado grupo de alunos, o que foi bem aceito pela escola.
Em um segundo momento, para a seleção desse grupo de alunos, foi feita uma nova visita à
escola e apresentada, em sala de aula, a proposta de realização de oficinas para os alunos,
quando dez participantes voluntários manifestaram o interesse por elas.
Essas oficinas foram realizadas no período de 19 a 22 de junho de 2006, no laboratório 1.08
do DCNAT, em horário extracurricular. Cada oficina tinha um período de duas horas de
duração e desenvolvia atividades experimentais, onde o aluno se deparava com situações e
problemas físicos reais e eram instigados a levantar modelos e explicações teóricas para os
mesmos.
O tema geral abordado nas oficinas foi a “termodinâmica”, pois era um tema que estava sendo
abordado na escola, procurando-se, no entanto, abordar conceitos e conteúdos que ainda não
tinham sido passados pelo professor.
Nas oficinas, o grupo de dez alunos foi dividido em cinco duplas, onde cada dupla recebeu
um material para realizar as experiências, trabalhando de forma independente das outras
duplas.
As oficinas propostas ao longo de quatro encontros com os alunos foram:
A) Nossos sentidos nos enganam, uma atividade em que dois recipientes, um com água
gelada e o outro com água quente, são colocados diante dos alunos. Antes de tudo, eles
seguravam em um metal para saberem qual era a sensação térmica. Depois de fazer isso, eles
colocavam uma mão no recipiente de água gelada, deixavam suas mãos entrarem em
equilíbrio térmico com a água do recipiente e, logo em seguida, seguravam em um metal a
fim de experimentar e relatar a sensação térmica produzida. Depois, repetiam o mesmo
procedimento, só que desta vez com o recipiente de água quente. O objetivo desse
experimento foi discutir se os nossos sentidos sensoriais são perfeitamente confiáveis.
B) Gênio da Garrafa, que é uma prática experimental onde há duas garrafas, uma com água
quente que é misturada com tinta de caneta para obter certa coloração, e outra garrafa com
água fria (Netto, 2000). Após isso, essas duas garrafas são unidas pelo bico e colocadas na
direção vertical com a garrafa de água quente embaixo da outra. O objetivo desse
procedimento é permitir observar o fenômeno desejado, ou seja, a água fria descer e a água
quente, que está colorida, subir, produzindo um efeito visual de um gênio saindo da lâmpada
(o gênio e a lâmpada em questão referem-se a desenhos animados como “Aladdin”). Com
esse experimento, podem-se trabalhar os conceitos de volume, densidade, energia,
temperatura, formas de transferência de calor, entre outros relacionados. Consideramos tal
experimento como experimento–chave, pois permitiu emergir conceitos físicos que foram,
conseqüentemente, retomados ao longo dos demais encontros com os alunos nas oficinas.
C) Máquinas Térmicas, nesta última oficina trabalhada, foram utilizados somente balões e
sensores capazes de captar pequenas quantidades de calor, nossos lábios. Primeiramente,
encostávamos em nossos lábios o balão em temperatura ambiente para percebermos a
sensação térmica provocada pelo balão em equilíbrio térmico com o meio ambiente. Logo em
seguida, esticávamos o balão e, mantendo-o esticado, rapidamente o colocávamos em contato
com os nossos lábios. Depois de mantê- lo esticado por aproximadamente 30 segundos, para
entrar em equilíbrio térmico com o ambiente, o balão era solto para restituir seu tamanho
original e, rapidamente, colocado novamente em contato com os lábios, assim percebíamos
outra mudança totalmente diferente da anterior. Aí está todo o princípio de uma máquina
térmica. Para esta última oficina, era preciso um embasamento muito maior, que foi obtido a
partir dos conceitos trabalhados nas oficinas anteriores.
Todas as oficinas foram desenvolvidas usando materiais de baixo custo como garrafas PET’s,
balões de borracha e tinta de caneta.
RESULTADOS
Ao longo das oficinas, pudemos observar que os alunos conseguiram discernir conceitos
físicos que antes eram, para eles, superficiais, confusos ou até mesmo desconhecidos. Os
debates propiciaram derrubar teorias formuladas pelo aluno que as propuseram ou por um
outro membro do grupo ou adaptá- las, encaixando-as de uma melhor forma ao fato observado.
Na figura 1, apresentamos dois momentos dessas atividades.
Ao final das atividades, os próprios alunos relataram que passaram a encarar a Física de uma
forma diferente daquela que estavam acostumados, conforme os depoimentos apresentados a
seguir:
“Uma frase explica bem esse trabalho: A verdade é apenas uma mentira
aceitável. O que mudou no meu conceito foi o método de pedagogia, nem
sempre o professor deve lhe dar as repostas, mas lhe fazer as perguntas e você
achar sua verdade.”
“As aulas foram muito interessante porque houve uma quebra de idéias em
relações às teorias que eu sustentava. Que nem tudo que se v6e, toca ou sente é
real.Houve um interesse maior sobre a física, mudou o meu conceito em
relação a o que eu pensava sobre a física. As aulas foram muito interativas.”
“Esse curso foi muito legal pra mim, ajudou a despertar mais meu interesse em
relação à física. Não gostava, porque eu acabava que na física só trabalhava
com equações e números, aqui vi que é bem diferente. Muitas dúvidas que eu
tinha acabaram também demorou,digamos que eu tenha ficado doida durante
essa semana. Até sonhar eu sonhei com a física! Mas ajudou muito sim, isso
vai contribuir com meu rendimento na escola.”
Figura 1 - Dois momentos da atividade com alunos de ensino médio de uma escola pública. À
direita, durante a realização da prática “nossos sentidos nos enganam”. À esquerda, “máquinas
térmicas”.
Cerca de quatro meses após a realização das oficinas, procuramos saber dos alunos
participantes, os impactos que as atividades tiveram sobre eles, através da aplicação de um
questionário e de uma entrevista. Seguem-se algumas das respostas.
“Comecei a perceber a física em várias funções do dia-a-dia.”
“Meu comportamento nas aulas de física está melhor do que no início do ano,
minhas notas estão melhores também.”
“Mudou um pouco sim, antes física pra mim era só teoria, agora dá para agente
ver que também tem muita prática.”
“Foi muito bom, porque eu tive um olhar diferente a física, o modo de
perguntar e responder as perguntas e as experiências também.”
“Meu comportamento em física sempre foi bom, mas agora fico mais quieto
para entender tudo.Eu achei interessante por quebrar várias barreiras.Que em
tudo que nós fazemos rola uma física.Eu comecei a levantar hipóteses.”
“Faltou mais prática e incentivo, mais ainda uso esse tipo de metodologia no
meu dia-a-dia.”
“Depois do experimento, meu conceito sobre a física mudou. Aprendi gostar
um pouco mais, só que não gosto dela dentro da sala por causa das fórmulas e
contas, prefiro aulas práticas. Passei a ver de uma forma mais clara.”
Esses depoimentos demonstram que o ensino de física pode ser interessante e significativo
quando é sustentado por atividades que instigam a reflexão do aluno e que permitem a troca
de idéias através de debates. O que também pode ser confirmado pelo depoimento do
professor desses alunos sobre o impacto das atividades na Escola.
“Durante o período de realização das oficinas na universidade, os alunos que
participaram demonstraram um interesse atípico em sala de aula, tentaram
descobrir respostas para levar para as oficinas. Realmente houve um
aguçamento do interesse dos alunos em física, mas foi só no período das
oficinas. Por isso, eu acho que vocês deveriam continuar com esse trabalho
durante todo o ano. Gostei muito do resultado que foi proporcionado por
estas.”
CONCLUSÕES
A metodologia pedagógica, baseada nas idéias progressivistas de John Dewey, quando foi
aplicada numa série de atividades experimentais destinadas a alunos do ensino médio de uma
escola pública de São João del Rei/MG, revelou-se positiva, uma vez que percebemos um
envolvimento crescente dos alunos em torno dos temas abordados e na procura de um
aprofundamento cada vez maior sobre esses assuntos, repercutindo na Escola, como
mencionado pelo professor dos alunos.
Além disso, podemos concluir que esse tipo de atividade, quando bem planejada e tendo
apoio em referenciais teóricos, desenvolve a habilidade dos alunos de se depararem e
sobressaírem de situações inesperadas e inusitadas, desenvolvendo assim a capacidade de
argumentação e expressão de opiniões próprias, bem como de permitir resgatar o interesse do
aluno para o mundo das ciências e pelo trabalho em equipe.
Finalmente, essa mesma metodologia progressivista foi aplicada posteriormente para uma
outra turma de onze alunos de uma segunda escola pública, abordando outro tema, a saber,
“luz e cores”, cujos resultados foram também positivos. Assim, acreditamos que a
metodologia progressivista aqui apresentada possa ser aplicada para out ros temas da física e,
de modo geral, para áreas afins. Porém, para sua eficácia, o professor deve dispor de
condições mínimas para a sua aplicação como turmas pequenas de alunos e dispor uma carga
horária maior para tal.
AGRADECIMENTOS
Gostaríamos de agradecer às escolas estadua is Dr. Garcia de Lima e João dos Santos, de São
João del Rei/MG pela colaboração e à Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos
Comunitários/UFSJ, pelo apoio financeiro através de bolsa de extensão.
R EFERÊNCIAS
WIKIPÉDIA. John Dewey. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Dewey>
Acesso em: 03 abr. 2006.
DEWEY, John. Democracia e Educação. 2 ed. São Paulo: Nacional, 1952. 470 p.
___. Vida e Educação. 10 ed. São Paulo: Melhoramentos, 1978. 113 p.
NOVA ESCOLA. Grandes pensadores. São Paulo: Abril, 2004. 80p. Especial.
GHIRALDELLI Jr., Paulo. Entre modernidade e pós- modernidade. Revista Mente&Cérebro
– Perspectiva para o novo milênio. v. 5. São Paulo: Duetto, 2006. p.22-29.
NETTO,
Luiz
Ferraz.
Feira
de
Ciências.
Disponível
em:
<http://www.feiradeciencias.com.br/sala08/08_23.asp> Acesso em: 03 mai. 2006.
Download

Rogério Lima Mota de Oliveira [zangodo@yahoo - Física