:A REGIONP
rn 1s RELAÇÓES LUSO-ALEMAS
Gisela Medina Guevara
ANTES DA PRIMEIRA
GUERRA MUNDIAL
Questão da Concessão dos Sanató 'a
da Ilha da Madeira
I
AS RELAÇÕES LUSO-ALEMÃS ANTES
DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
A QUESTÃO DA CONCESSÃO
DOS SANAT~RIOSDA ILHA DA MADEIRA
Coiecção: ESTUDOS DE HIST~RIAREGIONAL
Direcção: Prof. Doutor Pedro Gomes Barbosa
Livros publicados:
1 -Primeiras Jornadas de História Local e Re~ional
d ( ~Facrrldade de I,etras da Unii ersida(1e (1; Lisboa
CoordcnnqBo dc Alvaro de Matos c Raúl Rasga
2 - O Fora1 da Ericeira no Arquivo-Museu
Coordenaçao de Margarida Gnrcez
3 -Castelo de Vide
Alguns Niínxeros sobre umn Época de Girerra (1800-1812)
Rui Rosado Vieira
4 - O Concelho de Cuba nas Menuirias Paroquiais de 1758
Emíiia Salvado Borges
5 -Lisboa - O Tejo, a Terra e o Mar
Pedro Gomes Barbosa
6 - Viana do Castelo
A consolidação de unia cidade (1855-1926)
Mário Gonçalves Fernandes
7 - O Combate de Flor da Rosa (Cotijlito Luso-Espanhol de 1801)
António Ventura
8 -Crises de Mortalidade no Alentejo Interior - Cuba (1586.1799) .
Emíiia Salvado Borges
9 -José Frederico Laranjo (1846-1910)
António Ventura
10 -Figueira - Comenda da Ordem de Avis (Publicaçüo de Fontes)
Maria Teresn Saraiva
1 1 - Litiha Estreita de Liberdade - A Casa dos Estudantes do Itlipério
António Faria
12 -Elites Sociais Aletitejanas
Maria Antónia Figueiredo Pires de Almeidn
13 -As Relações Luso-Aleiiiüs arires da Primeira Guerra Minidial:
A Qiiestão da Concessüo dos Sanatórios da Ilha da Madeira
Gisela Medina Guevarn
Edições Colibri
Faculdade de Letras de Lisboa
Alameda da Universidade
1699 LISBOA CODEX
Gisela Medina Guevara
AS RELAÇÕES LUSO-ALEMÃS ANTES
DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
A QUESTÃO DA CONCESSÃO
DOS SANAT~RIOSDA ILHA DA MADEIRA
Edições Colibri
Biblioteca Nacional - Catalogação na Publicação
Guevara, Gisela Medina, 1965As relações luso-alemãs antes da Primeira Guerra Mundial : a questão da
concessão dos sanatórios da Ilha da Madeira. -(Estudos de história
regional ; 13)
ISBN 972-8288-70-0
CDU 327(430+469) "190311905"
316.3(=1.430) (469.8) "190311905"
Título: As Relaçdes Luso-Alemãs Antes da Primeira Guerra Mundial:
a Questão da Concessão dos Sanatórios da Ilha da Madeira
Autor: Gisela Medina Guevara
Editor: Fernando Mão de Feno
Capa: Ricardo Moita
Foto da capa: O Rei D. Carlos e a Rainha D."Amélia passando o "arco
triunfal" do cais quando desembarcaram no Funchal, 22
de Junho de 1901, cal. antiga n." 103-A. Photographia Museu Vicentes, Colecção Vicentes Photographos
Depósito legal: 112 987197
ISBN 972-8288-70-0
Tiragem: 1.000 exemplares
Edições Colibri, Lisboa, Dezembro de 1997
Patrocínios
Secretaria Regional dos Assuntos Culturais
Direcção Regional do Turismo e Cultura
da Região Autónoma da Madeira
e
Embaixada Alemã
AGRADECIMENTOS.......................................................................7
ABREVIATURAS ............................................................... 9
I.
Arquivos
9
I1 .
Colectâneas de Documentos impressos .................................. 9
INTRODUÇÃO ...................................... ....... . . . . ...... . . . . . . . 11
1. Portugal e a nova relação de forças no Atlântico ...................... 17
1.1. Um plano estratégico-naval conjunto:
Portugal e Marrocos? ......................................................... 17
1.2. O interesse alemão no Atlântico português ....................... 29
1.3. O plano naval conjunto Portugal-Marrocos
e o "perigo espanhol" ......................................................... 41
2 . A questão dos sanatórios da Madeira até à primeira
crise de Marrocos ..................................................................... 53
2 1. A questão "inocente" da uma concessão. em 1903. do
Governo português a um sindicato alemão na Ilha da
Madeira ............................................................................ 53
2.2. 1903: A rivalidade naval anglo-alemã intensifica-se ........ 57
2.3. O significado da ilha da Madeira no contexto da rivalidade naval anglo-alemã a respeito das ilhas atlâiiticas e
de Marrocos
60
2.4. O piano conjunto Portugal - Marrocos e o "perigo
espanhol" na balanqa dos poderes europeus ...................... 71
2.5. A crise de Marrocos e a concessão da Madeira: até
Dezembro de 1905
76
3. A questão da concessão da Madeira após a crise
de Marrocos ...............................................................................
83
3.1. A Conferênciade Algeciras e o novo equilíbrio europeu ...... 83
3.2. A questão da concessão da Madeira no contexto do
novo equilíbrio europeu ..................................................... 89
3.3. A concessão da Madeira e o tratado de comércio
.
100
luso-alemão ..........
BIBLIOGRAFIA
1 15
INDICEANALITICO .............................................................123
AGRADECIMENTOS
Este estudo deve muito aos conselhos e incentivos do Professor Doutor Gunter Kahle, da Universidade de Colónia, sempre disposto a apoiar-me e ao Doutor António Telo, da
Faculdade de Letras de Lisboa, cujas indicações me permitiram
seguir importantes pistas de investigação. Aos meus pais, uma
palavra muito especial de reconhecimento pelo seu apoio constante e estímulo moral. Ao meu marido, pela sua dedicação sem
limites. Um agradecimento à Fundação Gulbenkian, que me tem
permitido efectuar em boas condições o meu trabalho de investigação em arquivos e bibliotecas alemãs. Agradeço ainda à Doutora Ana Isabel Spranger o material fotográfico madeirense cedido, e a Nelson Veríssimo, director da revista Islenhn. Estou
muito grata à Direcção Regional dos Assuntos Culturais da
Madeira e à Embaixada Alemã em Lisboa pelo patrocínio da
publicação desta obra, deixando ainda aqui um agradecimento
especial ao adido cultural alemão, o Doutor Matthias Fischer.
ABREVIATURAS
I - Arquivos
AMNEP- Arquivo do Ministério dos Negócios Estrangeiros Português
BMAF -Bundesarchiv, Militararchiv Freiburg: Arquivo Militar
Federal de Freiburg
PAAA -Politisches Archiv auswartiges Amt: Arquivo Político do
Ministério dos Negócios Estrangeiros alemães
I1 - Colectâneas de Documentos impressos
GP
DDF
BD
-Die Grosse Politik der Europaischen Kabinette, 1871 -1914.
Sammlung der diplomatischen Akten des answartigetl
Amtes, editado por Lepsius, Mendelsohn-Bartholdy e
Thimme, Berlim, 1927
-Documents Diplomatiques Français,l871-1914, Ministério
dos Negócios Estrangeiros, Paris, 1929-1958
-British Documents on the Origins of the War,1898-1914,
editado por George P. Gooch, H. Temperley, Londres1927
Todos os sublinhados das citações no texto são nossos.
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ABDUL ASIZ, sultão de Marrocos,
97
AFONSO XIII, rei de Espanha, 72;
77; 92; 100
ALMODOVAR, duque de, 45
AYERBE, marquês, político espa-
CASTRO, Luciano de, governante
português, 80; 91
CHAMBERLAIN, Joseph, ministro
britânico, 12; 17; 26; 28; 38; 39;
40; 53; 64; 103; 1 15
CRISPI, ministro italiano, 63
nhol, 44
BARACHO, Dantas, general, 91
BEIRAO, Francisco da Veiga,
ministro dos N.E., 24; 25; 32; 44;
66
BERNSTORFF, conde de, encarregado de negócios alemão em
Londres, 59
BETHMANN-HOLLWEG,
Theohald, Chanceler alemão, 109; 112
BISMARCK, Otto von, Chanceler
alemão, 14; 17; 18; 59; 71; 102
BRAUDEL, Fernand, historiador, 42
BRODRICK, St. John, ministro britânico, 79
BULOW, príncipe de, Chanceler
alemão, 22; 23; 24; 25; 26; 27;
28; 37; 38; 48; 49; 50; 51; 59;
61; 64; 70; 71; 73; 74; 75; 76;
77; 80; 81; 83; 84; 86; 88; 89;
91; 92; 93; 96; 101; 102; 103;
108; 115
D. AMÉLIA, rainha portuguesa, 35
D. CARLOS, rei de Portugal, 35;
95; 104
D. MANUEL 11, rei de Portugal, 95
DELCASSÉ, Théophile, ministro
dos N.E. francês, 62; 63; 70; 76;
77; 78; 83
DUROSELLE, Jean Baptiste, historiador, 70; 116
ECKARDSTEIN, barão de, secre-
tirio da embaixada alemã em
Londres, 37; 38; 57; 64; 65; 66;
67; 116
EDUARDO VII, rei da Grá-Bretanha, 21; 63; 67; 69; 77; 87; 88;
92; 97; 99
FALLON, barão de. ministro pleni-
potenciirio belga, 109
FISHER, lord, almirante inglês, 61 ;
78; 86
FORSTER, Arnold, ministro britâ-
CAPRIVI, Chanceler alemão, 43; 51
CARTWRIGHT, sir, ministro inglês
em Lisboa, 55
nico, 79
FRANCISCO JOSÉ, imperador da
Austria, 13
120
Gisela Medina Guevara
FRANCO, João, governante português, 54; 55; 62; 63; 76; 90; 91;
92; 95; 104; 105; 107; 108
GARCIA, conde de Penha, político
português, 55; 117
GOMES, Henrique de Barros,
ministro dos N.E., 2; 47
GONÇALVES, Manuel, represen-
tante do príncipe de HohenloheOehringen, 2; 106
GRABHAM, Doutor, 96
GREY, sir Edward, ministro dos
N.E. britânico, 58; 84; 87; 88;
92; 94; 95; 96
GUILHERME 11, imperador alemão,
13; 17; 23; 41; 56; 60; 73; 77;
97; 98
HANOTAUX, Gabriel, ministro
dos N.E. francês, 62; 75
HARDINGE, sir Charles, secretdrio
do Foreign Ofice, 97; 98
HATZFELDT, conde, embaixador
alemão em Londres, 54
HOFMANN, Ernest, director do
sindicato alemão dos sanatórios -,
18; 19; 21; 22; 23; 24; 25; 26;
32: 37; 51
HOHENLOHE-OEHRINGEN, prfncipe de, 54; 56; 80; 93; 95; 104;
106; 107; 109; 110
HOHENLOHE-SCHILLINGSFURST,
príncipe, chanceler alemão, 51; 52
HOHENWART, conde de, ministro
plenipotenciário austríaco em
Marrocos, 27; 93
HOLSTEIN, barão de, conselheiro
do A.A. alemão, 59; 75; 117
JORGE V, rei da Grã-Bretanha, 100
JUNQUEIRO, poeta, 90
KEMNITZ, encarregado de negócios alemão em Lisboa, 80; 81;
91; 92; 103; 104
KENNEDY, Paul, historiador, 34;
57; 58; 61; 72; 78; 116
LANSDOWNE, lord, político britânico, 36; 37; 56; 64; 65; 78; 79
LASCELLES, sir Frank, embaixador britânico em Berlim, 97; 98
LEZCANO, Morales, historiador,
31; 76; 79; 117
LIMA, Wenceslau de, ministro dos
N.E., 95; 103; 104; 109; 110;
115
LISTER. Secretário da Embaixada
inglesa em Paris, 94
LLOYD GEORG, ministro britânico, 87
LOUBET, presidente francês, 64; 70
MACDONELL, ministro plenipo-
tenciário britânico em Lisboa,
32; 33; 36
MAOALHAES, Luís de, ministro
dos N.E., 42; 46; 93
MARIA CRISTINA, rainha regente
da Espanha, 71; 72
MEINECKE, Friedrich, historiador,
13; 41; 42; 116
METTERNICH, conde de, embaixador alemão em Londres, 87;
88; 89; 98
MIRANDA, Sacuntala de, historiadora, 30; 40; 100; 108; 110; 117
MULA1 HAFID, sultão de Marrocos, 86; 99
MUNSTER, príncipe de, embaixador alemão em Paris, 27; 61; 75
As Relaçóes Luso-Alemãs Antes da Primeira Guerra Mundial
PAIS, Sidónio, ministro Portugues
em Berlim, 101
RADOLIN, príncipe, embaixador
alemão em Paris -, 64; 67
RADOWITZ, Joseph von, embaixador alemão em Madrid, 44; 45;
72; 73
RATIBOR, diplomata alemão, 110;
112
RAYNAUD, Robert, jornalista francês, 99
RIBEIRO, Hintze, político português, 74; 80; 81; 91; 104
RICHTHOFEN, barão, secretário
dos Negócios Estrangeiros alemães -, 63
ROOSEVELT, Theodore, presidente dos E.U.A., 84
SCHROTER, Driesel, ministro da
Fazenda no Governo de João
Franco, 104; 105
SINGELMANN, Carl, negociante
alemão, 101
SOVERAL, marquês de, político e
diplomata português, 21; 23; 31;
32; 33; 55; 65; 66; 67; 68; 69;
104; 115
121
TAILLANDIER, Saint René, ministro plenipotenciário francês em
Lisboa, 93
TATENBACH, conde de, ministro
plenipotencidrio alemão em Lisboa, 20; 43; 44; 46; 47; 72; 74;
91; 92; 93; 102; 103; 104; 105;
108; 109; 110; 111
TEICHMAN, diplomata alemão,
109
TIRPITZ, Alfred von, almirante
alemão, 12; 23; 38; 39; 50; 58;
59; 85; 88; 117
TREITSCHKE, Heinrich, historiador
alemão, 23
VILLIERS, sir Francis, diplomata
britânico, 93; 94; 95; 96
WILLIAMS, Edwin, escritor britânico, 38; 103
WILLIAMS, John, 106
WOERMANN, Adolf, armador
alemão, 71
Acordo secreto Anglo-Alemão
sobre as Colónias Portuguesas, 38
Acordo secreto Franco-Italiano, 63
Açores (ilhas), 15; 17; 24; 26; 31;
32; 33; 34; 42; 55; 68; 70; 85;
94; 97; 98; 111; 113; 117
Agadir, 51
Aliança anglo-americana,41; 42
Aliança luso-britânica, 91
Angola, 17; 24; 29; 107; 108
Argel, 27; 61; 62
Ascensão, 34
Baía de DelagoaIDelagoabay, 28; 29
Baía dos Tigres, 24; 25; 29
Baleares, 31; 78; 79; 85; 90; 122
Bósnia-Herzegovina, 13; 87
Cabo, 17; 22; 23; 24; 34; 36
Cabo Verde, 17; 23; 34
Cádiz, 31
Camarões, 71
Camina, 34
Caminho de ferro de Lourenço
Marques, 28
Canárias (ilhas), 15; 17; 23; 27;
31; 32; 42; 45; 62; 68; 70; 71;
78; 79; 85; 90; 93; 94; 96; 97;
98;99; 111; 113
Caraíbas, 3 1
Carolinas (ilhas), 42
Channel Fleet, 36
Cart-Wright, 55
Conferência de Algeciras, 6; 21;
45; 59; 72; 83; 86; 89
Convenção Anglo-Rusa, 85
Convénio de Cartagena, 90; 92
Costa do Ouro, 34
Cuba, 2; 42; 43
Declaração de Windsor, 29; 33; 36
Desarmamento naval, 87; 97; 99
Dinamarca, 87
Direcção de Assistência aos
Tuberculoses, 58
Direito de preferência, 22
Dívida portuguesa, 22; 29; 33
Dreadnoughts, 84; 86
Dualidade peninsular, 29; 45; 65; 89
Eixo bilateral transatlântico, 41
Encontro de Vigo, 73; 74; 75
Escócia, 59
Espanha, 18; 19; 21; 31; 41; 42;
43; 44; 45; 46; 47; 48; 49; 50;
51; 54; 61; 62; 65; 68; 71; 72;
74; 75; 76; 78; 83; 84; 85; 87;
90; 92; 93; 95; 113
Fachoda, 22; 62
Fernando Pó (ilha), 17; 23; 42; 45;
54; 71; 73; 74; 78
Filipinas, 24; 42; 43
FunchaL 14; 34; 35; 54; 106; 112
Gambia, 34
Gibraltar, 30; 36; 43; 48; 61; 63;
64; 65; 68; 73; 78; 79; 90; 93;
97; 99; 122
Guerra dos Boers, 12; 14; 28; 30;
48; 53; 66
Guerra Hispano-Americana, 22
Guerra Russo-Japonesa. 68
Imprensa espanhola, 43; 45
Imprensa portuguesa, 32; 44; 101
Intervenção (militar) espanhola,
32; 44; 74
Giseln Medina Guevara
Larache, 97
Lei Méline, 102
Liga Pangermânica, 40
Mar BBltico, 87
Mar do Norte, 14; 17; 53; 61; 64;
Sérvia, 87
Sociedade Colonial GermânicalAlemã, 40
Splendid isolation, 12; 14; 53; 57
Sta. Helena, 34
Suécia, 87
65; 70; 72; 87; 97; 98
Mar Negro, 58
Moçambique, 28; 66; 107
O Isolierung do Reich, 57
Oran, 27; 61; 62
Tânger, 18; 26; 27; 56; 61; 63; 64;
71; 77; 84; 97; 99
Telegrafia sem fios, 34; 96
Togo, 23; 34
Transvaal, 22; 28; 46; 47
Tratado de Comércio Luso-Alemão, 80; 100; 102; 105: 107;
108; 110; 111; 112; 113
Perigo espanhol, 15; 41; 46; 49;
66; 71; 74; 89; 93; 94; 113; 122
Preferência imperial, 39; 40
Princípio da Porta Aberta, 77
Tratado de Madrid de 1880,77
Tripla Alicança, 13
Tripolitânia, 63
Ultimatum, 21; 22; 30; 36; 40; 43;
Questão de Cuanhama, 107; 109
Questão vinícola, 100
75; 102; 113
União Ibérica, 43; 45; 48; 74; 75;
116
República, 44; 95; 100; 101
Risiko Gedanke, 58
Samoa (ilhas), 18; 22; 24; 37
São Vicente, 34
Scramble for Africa, 28; 40
Serra Leoa, 34
Venezuela, 57; 58; 84
Walfischbay, 24; 29
Weltpolitik, 11; 18; 23; 81; 84;
115; 116
Zollverein, 39
Gisela Medina Guevara
licenciou-se em História pela
Universidade Nova de Lisboa,
Faculdade de Ciencias Sociaise
Humanas em 1989. Foi professora do ensino secundário. Em
1993 iniciou a investigação
sobre o tema das relações luso-alemãs em arquivos e bibliotecas de Freiburgo, Bana e Colónia. Apresentou a sua tese de
mestrado, em História daPenínsulaIbéricae AméricaLatina na
Universidade de Colónia. Realiza uma tese de doutoramento na
mesma Universidade. É bolseira da Gulbenkian.
*
Este estudo analisa as relações luso-alemãs de uma nova
perspectiva, com base em documentos inéditos. Em finais do
século XIX,o Império alemão desempenha um papel importante nos destinos do País e da sua política externa. A questão "inocente" dos sanatórios da Madeira servirá de pretexto
para permitir aos Alemães tentar lograr o domínio do Atlântico, decisivo para a corrida naval germano-britânica. Esta
questão incluir-se-ia num vasto projecto germânico de dominio da costa atlântica portuguesa, que já vinha desde 1898, e
que incluina também o importante eixo das Canárias, costa
mamoquina, Gibraltar e Baleares. O Tratado de Comércio
Luso-Alemão, a questão dos sanatórios da Madeira e a questão das colónias portuguesas revelam ser, nesta nova análise
histórica, facetas de um mesmo projecto alemão a ter em
conta nas negociações com os Portugueses. Estes, por sua
vez, pretendiam, no contexto da aproximação anglo-hispânica, utilizar a rivalidade anglo-alemã. Os políticos portugueses tentaram, por vezes com sucesso, jogar com esse factor
para poderem fortalecer as posições do País e protegk-10 do
"perigo espanhol". A aproximação luso-alemã deveu também
muito determinação dos Portugueses de se libertarem da
tutela inglesa.
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l\s relaç6ee luso-alemãs antes da
primeira guerra mundial
'.
Embaixada Alem8
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