PREVALÊNCIA DA CONSTIPAÇÃO INTESTINAL EM
ACADÊMICOS DO CURSO DE NUTRIÇÃO DA FAP
PARRA, A. M.
Resumo:A constipação intestinal devida a sua alta prevalência vem sendo
considerada um problema de saúde pública, pois esta pode atingir pessoas de
qualquer idade e sexo. Um grupo que também pode ser atingido por essa
patologia são os universitários, pois devido ao estilo de vida moderno acabam
optando por refeições rápidas, pobres em fibras. Por esse motivo este trabalho
pretende definir a prevalência da constipação intestinal em acadêmicos do curso
de nutrição da FAP – Faculdade de Apucarana.
Palavras-chave: Prisão de ventre, tratamento, fibras alimentares.
Abstract:Constipationdueto its high prevalencehas beenconsidered apublic health
problem, as it canaffect peopleof any age andsex.Agroupcan also behit bythis
diseaseare theuniversity, because dueto themodern lifestyleend upopting forfast
food, low in fiber. Thereforethis paper aimsto definethe prevalence ofconstipation
instudents ofnutritionFAP-Faculty ofApucarana.
Keywords: Constipation,treatment, food fibers.
Introdução:As mudanças no estilo de vida do homem moderno, assim como suas
responsabilidades atribuídas seja no campo profissional, familiar e/ou escolar são
fatores que têm influenciado a sua qualidade de vida, principalmente no que diz
respeito ao comportamento alimentar, que vem aumentando de forma
considerável o consumo de produtos industrializados, resultando em uma elevada
incidência de doenças que não eram tão frequentes no passado, como a
constipação intestinal.Mulheres, idosos, gestantes e crianças são os principais
afetados pela constipação intestinal. Contudo, outro grupo vulnerável a esta
patologia é o grupo de universitários, que devido ao estilo de vida moderno
juntamente com fatores característicos do meio acadêmico como ansiedade,
estresse e a ausência de horários para realizar suas refeições, acabam optando
por refeições rápidas como lanches pobres em fibras e inadequados
nutricionalmente.Este trabalho tem como objetivo definir a prevalência da
constipação intestinal em acadêmicos do curso de Nutrição da FAP - Faculdade
de Apucarana e aamostra utilizada para essa pesquisa foram 64 alunos de ambos
os sexos do primeiro ao último semestre de nutrição. Os dados foram coletados
através de um questionário autoaplicável e posteriormente os dados obtidos
foram tabulados em planilhas do programa Microsoft Office Excel 2010.
Referencial Teórico e Metodológico:Devido à sua elevada prevalência, a
constipação intestinal vem sendo considerada um problema de saúde pública por
se tratar de uma doença que atinge pessoas de qualquer idade ou sexo (JAIME et
al., 2009). Para Guyton e Hall (2010), a constipação intestinal se define pelo
movimento das fezes ao longo de todo intestino grosso, sendo a maioria delas
secas e endurecidas no cólon descendente e acabam se acumulando devido ao
tempo disponível para que os líquidos sejam absorvidos. A constipação pode ser
classificada como orgânica ou funcional, de origem orgânica é quando ocorre
secundariamente a alguma patologia, como hipotireoidismo e câncer de cólon, ou
por qualquer doença que seja capaz de evitar o movimento do conteúdo do
intestino, como aderências que provoquem úlceras e estreitamento do intestino
(GUYTON, 1997; AMBROGINI Jr e MISZPUTZEN, 2002). Entretanto, quando não
há a existência de nenhuma patologia que ocasione a constipação secundária no
paciente, esta então é classificada como funcional e é resultado de hábitos
alimentares inadequados, sedentarismo, inibição do reflexo de defecação e outras
práticas comportamentais e alimentares impróprias e comuns do homem moderno
(AMBROGINI
Jr
e
MISZPUTZEN,
2002).
Uma
maneira
mundialmente
padronizada para o diagnóstico da constipação intestinal foi baseada nos critérios
de Roma III, composto por seis sintomas ou critérios: menos de três evacuações
semanais, esforço ao evacuar, sensação de evacuação incompleta, presença de
fezes endurecidas ou fragmentadas, sensação de obstrução ou interrupção da
evacuação e manobras manuais para facilitar as evacuações. Para que ocorra o
diagnóstico, é necessário que dois ou mais desses sintomas sejam apresentados,
pelo menos em 25% das defecações, por no mínimo três meses. (FERNANDES;
BLASI, 2010; TRISOGLIO, 2010).De acordo com Fernandes et al. (2006),
algumas das causas da CI se relacionam ao padrão de vida moderno que leva as
pessoas a terem hábitos alimentares inadequados. Isto devido a evolução do
processo industrial de produção alimentícia, como também os modismos culturais
e a falta de tempo para realizar refeições balanceadas são as causas principais
para a diminuição da quantidade de fibras insolúveis nos alimentos. Segundo
Mahan e Escott-Stump (2010), o tratamento da CI se resume em três medidas
básicas: ingestão de fibras alimentares, prática de exercícios físicos e a não
inibição do reflexo de defecação. Esta é uma pesquisa transversal, pois serão
coletados dados em um único momento e quantitativa, pois irá gerar dados
numéricos com análise quantitativa por meio de técnicas estatísticas como
percentual.
Conclusão:Conforme os resultados obtidos nessa pesquisa 19% dos estudantes
do curso de nutrição da FAPforam classificados como constipados, sendo
predominante no sexo feminino.
Referências:
AMBROGINI-JÚNIOR, O.; MISZPUTEN, S. J. Constipação Intestinal Crônica.
Revista Brasileira de Medicina, São Paulo, v. 59, n. 12, p. 133-139, dez. 2002.
FERNANDES, M. I. M. et al. Constipação intestinal: um termo desconhecido e
distúrbio frequente não reconhecido. Rev. Paul Pediatria, Ribeirão Preto, 2006.
FERNANDES, Elenise Stuker; BLASI, Tereza Cristina. Constipação intestinal
relacionada com ingestão hídrica em mulheres. Série Ciências da Saúde, Santa
Maria, v.11, p. 53-60, 2010.
GUYTON, A.C. Tratado de Fisiologia Médica. 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 1997.
GUYTON, A. C.; HALL, John E. In:Tratado de Fisiologia Médica, 11ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2010.
JAIME, Raquel Peixoto; CAMPOS, Ronan de Castro; SANTOS, Thainara Salatiel
Teixeira; MARQUES, Marlice Silva. Prevalência de risco de constipação intestinal
em universitários de uma instituição particular em Goiânia, Go. Revista do
Instituto Ciência e Saúde, 27(4): 378 -83, 2009.
MAHAN, L. Kathleen; ESCOTT-STUMP, Sylvia. Krause, alimentos, nutrição e
dietoterapia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
TRISOGLIO, Caren et al . Prevalência de constipação intestinal entre estudantes
de medicina de uma instituição no Noroeste Paulista. Rev bras. colo-proctol.,
Rio de Janeiro, v. 30, n. 2, June 2010.
Download

PREVALÊNCIA DA CONSTIPAÇÃO INTESTINAL EM ACADÊMICOS DO CURSO DE