O ENSINO DA GRAMÁTICA E O DICIONÁRIO TERMINOLÓGICO – FUNDAMENTOS
LINGUÍSTICOS E OPERACIONALIZAÇÃO
REGISTO DE CERTIFICAÇÃO: CCPFC/ACC-69314/12
MODALIDADE: E-Lea rning
ECTS / HORAS: 2 ECTS / 52 Horas – 2 .1 CRÉDI TOS
SEMESTRE / ANO LECTIVO: 2 º Semestre - Ano Lec ti vo 2011 -2 012
DOCENTES: GLÓRIA BASTOS E LUÍS SALEMA
INÍCIO: 26 MARÇO 2012
CANDIDATURAS: 27 FEVEREIRO A 12 MARÇO 2012
CUSTO: 80 €
SINOPSE:
No ensino do português, o conhecimento explícito/funcionamento da língua assume-se como um eixo transversal e
estruturante. As competências adquiridas neste âmbito são suscetíveis de serem (re)investidas nas atividades de
produção escrita, de expressão/compreensão oral e de leitura.
Com a implementação da Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário (TLEBS) e a sua didatização,
consubstanciada no Dicionário Terminológico (DT), tornam-se necessárias intervenções fundamentadas e
programadas, no que se refere ao ensino da gramática. Se este ensino for desenvolvido pela descoberta, exigindo
dos alunos treino de observação, classificação de dados e formulação de generalizações, ele constituirá uma
excelente forma de desenvolver o conhecimento explícito da língua.
Essa ação de formação visa explorar os diferentes domínios do Dicionário Terminológico, fomentando a reflexão
linguística e metalinguística, para que as opções tomadas, no ensino da gramática, assentem num sólido
conhecimento dos diferentes níveis de análise.
COMPETÊNCIAS:
- Refletir sobre os princípios conceptuais e metodológicos subjacentes ao ensino da gramática;
- Conhecer as alterações introduzidas pelo Dicionário Terminológico (DT), relativamente à TLEBS;
Conhecer a base de dados do Dicionário Terminológico em linha;
- Operacionalizar termos, definições e a sua hierarquização, de acordo com o Dicionário Terminológico;
- Conceber atividades de língua que partam, sempre que possível, do conhecimento implícito dos alunos com vista
à explicitação das regras do funcionamento da língua;
- Didatizar os conteúdos de conhecimento explícito/funcionamento da língua, de forma linguisticamente
fundamentada;
- Ter uma atitude crítica alicerçada face à nova nomenclatura e à sua utilização.
CONTEÚDOS:
Na ação de formação, serão trabalhadas as seguintes temáticas:
(I) Perspetivas sobre o ensino da gramática
I.i – Análise de diferentes conceções em torno do ensino da gramática
I.ii - Apresentação da base de dados do Dicionário Terminológico (DT) em linha
I.iii – Os domínios do DT e os níveis de análise linguística
(II) Língua, comunidade linguística, variação e mudança – exploração das entradas do DT
(III) Linguística descritiva – exploração das entradas do DT
III.i – Fonética e fonologia (fonemas, prosódia e processos fonológicos)
III.ii – Morfologia (palavra e constituintes da palavra, morfologia flexional, processos
morfológicos de formação de palavras e classes de palavras)
III.iii – Sintaxe (frase e constituintes da frase, funções sintáticas, articulação entre constituintes e entre frases)
III.iv Lexicologia
III.v – Semântica
(IV) Análise do discurso, retórica, pragmática e linguística textual – exploração das entradas do DT
(V) Lexicografia – exploração das entradas do DT
(VI) Representação gráfica – exploração das entradas do DT
DESTINATÁRIOS:
Professores dos grupos 200, 210, 220 E 300.
METODOLOGIA DE TRABALHO:
A metodologia a adotar assenta em dois vetores fundamentais: estudo individual e trabalho colaborativo, através
da participação em fóruns de discussão.
O estudo individual pressupõe que o formando leia os materiais que são disponibilizados, tomando nota dos aspetos
que se lhe afiguram menos conhecidos, procurando colocá-los em confronto com os seus conhecimentos anteriores,
distinguindo aspetos essenciais de aspetos acessórios, numa perspetiva de apreciação crítica e construtiva de
conhecimentos, organizando e elaborando sínteses/reflexões pessoais.
Cada temática desenvolve-se, assim, em torno de propostas de atividades que partem da leitura orientada de
determinados textos, esperando-se que haja uma participação ativa nos fóruns associados a essas atividades. Para
cada tema, serão indicados os materiais de leitura obrigatória. Será, ainda, disponibilizado um conjunto de
materiais de consulta/leitura opcional, sempre que se considere necessário.
O trabalho individual deverá fornecer a base para o trabalho colaborativo, nomeadamente a participação nos
fóruns de discussão, de natureza assíncrona, que têm como objetivo a partilha de conhecimentos com os colegas
e a clarificação de dúvidas com os docentes responsáveis pela formação.
Todas as atividades de ensino e aprendizagem relativas a esta ação serão, pois, realizadas em regime online
(e-learning, com recurso a uma plataforma) valorizando-se formas de comunicação assíncronas. A metodologia
a adotar baseia-se no modelo pedagógico em vigor na Universidade Aberta.
AVALIAÇÃO:
Avaliação será feita de acordo com o modelo pedagógico da Universidade Aberta contemplando a realização de um
trabalho final individual.
Irá ser usada uma classificação qualitativa e quantitativa, de acordo com a nova redacção dada ao nº 3 do artigo
13º do RJFCP, obtida pelo formando, segundo a seguinte escala de classificações de 1 a 10 valores, devidamente
ponderada:
- EXCELENTE: de 9 a 10 valores
- MUITO BOM: de 8 a 8,9 valores
- BOM: de 6,5 a 7,9 valores
- REGULAR: de 5 a 6,4 valores
- INSUFICIENTE: de 1 a 4,9 valores
Aos formandos Aprovados com a classificação mínima de 5 valores (REGULAR) será atribuído o número de créditos
previsto para a acção de formação frequentada.
BIBLIOGRAFIA:
AA.VV. Dicionário terminológico. Em http://dt.dgidc.min-edu.pt/
AA.VV. (2011). Da teoria à prática – Ensino do português. Lisboa: Lisboa Editora.
CAMPOS, Maria Henriqueta & XAVIER, Maria Francisca (1991). Sintaxe e semântica do português. Lisboa:
Universidade Aberta.
CASTELEIRO, João Malaca (2009). Vocabulário ortográfico da língua portuguesa. Porto: Porto Editora.
CASTRO, Ivo (1991). Curso de história da língua portuguesa. Lisboa: Universidade Aberta.
CUNHA, Celso & CINTRA, Lindley (1994). Nova gramática do português contemporâneo. Lisboa: Edições Sá da
Costa.
DUARTE, Inês (2000). Língua portuguesa. Instrumentos de análise. Lisboa: Universidade Aberta.
DUARTE, Inês (2008). O conhecimento da língua: desenvolver a consciência linguística. Lisboa: Direção Geral de
Inovação e Desenvolvimento Curricular.
FARIA, Isabel Hub et al. (1996). Introdução à linguística geral e portuguesa. Lisboa: Caminho.
MATEUS, Maria Helena Mira et al. (2005). Fonética e fonologia do português. Lisboa:
Universidade Aberta.
MATEUS, Maria Helena Mira et al. (2003). Gramática da Língua Portuguesa. Lisboa: Editorial Caminho. 5.ª Edição.
MATEUS, Maria Helena Mira et al. (1990). Fonética, fonologia e morfologia do português. Lisboa: Universidade
Aberta.
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