Capítulo 14
Capital de giro e
administração do
Ativo Circulante
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Objetivos de
aprendizagem
1. Compreender a administração financeira de curto
prazo, o capital de giro líquido e a relação entre
rentabilidade e risco.
2. Descrever o ciclo de conversão de caixa, suas
necessidades de financiamento e as principais
estratégias para geri-lo.
3. Discutir a administração de estoques: diferentes
enfoques, técnicas comuns e considerações
internacionais.
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4. Explicar o processo de seleção de crédito e o
procedimento quantitativo de avaliação de mudança
dos padrões de concessão de crédito.
5. Rever os procedimentos de avaliação quantitativa
das alterações em descontos financeiros e outros
aspectos dos termos de crédito e do monitoramento
de crédito.
6. Compreender a administração de recebimentos e
pagamentos, incluindo float, aceleração de
cobrança, retardamento de pagamentos,
concentração de caixa, contas com saldo nulo e
aplicação em títulos de liquidez imediata.
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Ativos & passivos
de curto & longo prazo
Ativos circulantes:
Caixa
Títulos negociáveis
Pré-pagamentos
Contas a receber
Estoques
Ativos fixos:
Investimento
Instalações & máquinas
Terreno e prédio
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Passivos circulantes:
Contas a pagar a fornecedores
Despesas
Dívida de curto prazo
Impostos a pagar
Financiamento de longo
prazo:
Capital de terceiros
Capital próprio
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Capital de giro líquido
• O capital de giro inclui os ativos circulantes de uma
empresa, que se compõem de caixa e títulos
negociáveis, além de contas a receber e estoques.
• Também consiste de passivos circulantes, incluindo
contas a pagar, empréstimos bancários e despesas a
pagar.
• O capital de giro líquido é definido como o total de
ativos circulantes menos o total de passivos
circulantes.
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Compensação entre
rentabilidade e risco
• Capital de giro líquido positivo (baixo retorno e baixo risco)
baixo
retorno
Ativos circulantes
Capital de giro
líquido > 0
Passivos
circulantes
baixo
custo
alto
custo
Dívida de
longo prazo
alto
retorno
Ativos
fixos
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Capital próprio
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custo
mais alto
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• Capital de giro líquido negativo (alto retorno e alto risco)
baixo
retorno
Ativos
circulantes
alto
retorno
Ativos
fixos
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Passivos
circulantes
Capital de giro
líquido < 0
baixo
custo
Dívida de
longo prazo
alto
custo
Capital próprio
custo
mais alto
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Tabela 14.1 Efeitos da variação do quociente sobre o
lucro e o risco
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Ciclo de conversão
de caixa
• A administração financeira de curto prazo –
administrar ativos e passivos circulantes – é uma das
atividades mais importantes e demoradas do
administrador financeiro.
• O objetivo da administração financeira de curto prazo
é administrar cada um dos ativos e passivos
circulantes de uma empresa, para atingir o equilíbrio
entre rentabilidade e risco que contribui de modo
positivo para o valor geral do negócio.
• Entender o ciclo de conversão de caixa de uma
empresa é essencial à administração financeira de
curto prazo.
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Cálculo do ciclo de
conversão de caixa
O ciclo operacional (CO) de uma empresa é o período
de tempo que vai do começo do processo de produção
até o recebimento de caixa resultante da venda do
produto acabado.
O ciclo de conversão de caixa (CCC) representa o ciclo
operacional menos o prazo médio de pagamento.
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• Tanto o CO quanto o CCC podem ser calculados
conforme demonstrado a seguir:
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A MAX Company, fabricante de pratos descartáveis, tem vendas
anuais de $ 10 milhões, custo das mercadorias vendidas de 75%
das vendas e compras que correspondem a 65% do custo das
mercadorias vendidas. A idade média dos estoques (IME) é de 60
dias, o prazo médio de recebimento (PMR) de 40 dias e o prazo
médio de pagamento (PMP) de 35 dias.
Logo, o ciclo de conversão de caixa da MAX é de 65 dias (60 +
40 – 35). A Figura 14.1 apresenta o ciclo de conversão de caixa
da MAX Company em uma linha de tempo.
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Figura 14.1 Linha de tempo do ciclo de
Conversão de caixa da MAX Company
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Os recursos investidos pela MAX nesse ciclo de
conversão de caixa (supondo-se um ano de 365 dias) são:
Evidentemente, reduzir o IME ou o PMR ou prolongar o PMP
diminuirá o ciclo de conversão de caixa, com isso diminuindo a
quantidade de recursos a serem comprometidos pela empresa para
sustentar as operações.
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Necessidades de
financiamento
resultantes do CCC
• Necessidades de financiamento permanente versus
financiamento sazonal.
– Se as vendas de uma empresa forem constantes, seu
investimento em ativos operacionais também deverá ser
constante e ela terá apenas necessidade de financiamento
permanente.
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– Se as vendas forem cíclicas, o investimento em ativos
operacionais variará ao longo do tempo conforme os
ciclos de vendas e a empresa terá necessidade de
financiamento sazonal, além do financimanto permanente
necessário para um investimento mínimo em ativos
operacionais.
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• Necessidades de financiamento permanente versus
financiamento sazonal.
A Nicholson Company mantém, em média, $ 50.000 em caixa e
títulos negociáveis, $ 1.250.000 em estoques e $ 750.000 em contas
a receber. O negócio é muito estável ao longo do tempo, de modo
que seus ativos operacionais podem ser considerados permanentes.
Além disso, as contas a pagar a fornecedores de $ 425.000 são
estáveis ao longo do tempo. Logo, a empresa tem um investimento
permanente em ativos operacionais de $ 1.625.000 ($ 50.000 + $
1.250.000 + $ 750.000 – $ 425.000). Esse valor também
corresponde à sua necessidade de financiamento permanente.
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Por outro lado, a Semper Pump Company, fabricante de bombas
para pneu de bicicleta, tem necessidades de financiamento
sazonal. As vendas são sazonais, atingindo seu pico durante o
verão. A Semper mantém, no mínimo, $ 25.000 em caixa e
títulos negociáveis, $ 100.000 em estoques e $ 60.000 em contas
a receber. Em momentos de pico, os estoques aumentam para $
750.000 e as contas a receber para $ 400.000. Para obter
eficiência de produção, o ritmo de produção é mantido constante
durante o ano. Por isso, as contas a pagar a fornecedores
permanecem em $ 50.000 o ano todo.
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Nesses termos, a Semper tem necessidade de financiamento
permanente para sustentar seu nível mínimo de ativos
operacionais de $ 135.000 ($ 25.000 + $ 100.000 + $ 60.000 –
$ 50.000) e necessidade de financiamento para os picos
sazonais (além da permanente) de $ 990.000 [($ 25.000 +
$ 750.000 + $ 400.000 – $ 50.000) – $ 135.000]. A
necessidade total de financiamento dos ativos operacionais da
empresa varia entre um mínimo de $ 135.000 (permanente) e
um pico sazonal de $ 1.125.000 ($ 135.000 + $ 990.000),
como indica a Figura 14.2.
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Figura 14.2 Necessidade total de financiamento
da Semper Pump Company
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• Estratégias agressiva versus
conservadora de financiamento sazonal.
A Semper Pump Company tem necessidade de financiamento permanente de
$ 135.000 em ativos operacionais e de financiamento sazonal que varia entre
$ 0 e $ 990.000, com média de $ 101.250 (calculada a partir de dados não
apresentados). Se a empresa puder tomar fundos de curto prazo a 6,25% e de
longo prazo a 8% e puder ganhar 5% sobre o investimento de qualquer saldo
excedente, o custo anual de uma estratégia agressiva de financiamento
sazonal será:
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Alternativamente, a Semper pode optar por uma estratégia conservadora,
segundo a qual os saldos excedentes de caixa serão integralmente
investidos (na Figura 14.2, esses saldos serão a diferença entre a
necessidade máxima de $ 1.125.000 e a total, que varia entre $ 135.000
e $ 1.125.000 ao longo do ano).
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Evidentemente, a alta dependência da estratégia agressiva de
financiamento de curto prazo torna-a mais arriscada do que a
opção conservadora, devido às oscilações das taxas de juros e
de possíveis dificuldades de obtenção rápida do financiamento
de curto prazo necessário quando ocorrerem os picos sazonais.
A estratégia conservadora evita esses riscos com o
‘congelamento’ da taxa de juros e o financiamento de longo
prazo, mas é mais dispendiosa. A decisão final caberá, portanto,
à administração.
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Estratégias de gestão
do CCC
1. Girar o estoque o mais rapidamente possível, sem
faltas que resultem em vendas perdidas.
2. Cobrar as contas a receber o mais rapidamente
possível sem perder vendas por conta de técnicas de
cobrança muito agressivas.
3. Gerir os prazos de postagem, processamento e
compensação para reduzi-los ao cobrar dos clientes
e prolongá-los ao pagar fornecedores.
4. Quitar as contas a pagar a fornecedores o mais
lentamente possível, sem prejudicar o rating de
crédito da empresa.
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Administração de
estoques: fundamentos
• Classificação de estoques.
– Matérias-primas: itens comprados para uso na
manufatura de um produto acabado.
– Work-in-progress: todos os itens que estão em
produção.
– Bens acabados: itens que foram produzidos, mas ainda
não foram vendidos.
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Administração de estoques:
diferentes pontos de vista
quanto aos níveis de estoque
• Os diversos departamentos de uma empresa (finanças, produção,
marketing etc.) costumam ter pontos de vista divergentes quanto
aos níveis ‘apropriados’ de estoques.
• A inclinação geral do administrador financeiro ante o nível de
estoque é mantê-lo baixo para garantir que o dinheiro da empresa
seja investido com sabedoria.
• O responsável pelo marketing prefere contar com grande estoque
de produtos acabados para garantir atendimento rápido a todos os
pedidos.
• A principal responsabilidade do administrador de produção é
implementar o plano de produção de tal maneira que resulte na
quantidade desejada de produtos acabados, com qualidade
aceitável, disponíveis no prazo e a baixo custo.
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Técnicas comuns de
administração de
estoques
• Sistema ABC.
– As empresas que usam o sistema ABC de estoques
classificam seu estoque em três grupos de ordem decrescente
de importância com base no valor monetário investido em
cada um.
– Um sistema característico contém um grupo A que
compreende 20% dos itens mantidos em estoque, mas requer
80% do investimento; o grupo B inclui os itens que
respondem pelo segundo maior investimento desse gênero, e
assim por diante.
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– Aqueles pertencentes ao grupo A costumam ser monitorados
com maior intensidade devido ao elevado investimento
monetário.
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• Modelo do lote econômico (EOQ, do inglês, economic order
quantity).
Suponhamos que a RLB, Inc., um fabricante de equipamentos
eletrônicos de teste, utiliza 1.600 unidades de um item ao ano. Seu
custo de pedido é de $ 50 por pedido, e o custo de carregamento é de
$ 1 por unidade, por ano. Substituindo na equação anterior, temos:
EOQ = 2(1,600)($ 50) = 400
$1
O EOQ pode ser usado par avaliar o custo total de estoque, como
indicam os slides seguintes.
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• Modelo do lote econômico
(EOQ, do inglês, economic order quantity).
Custos de pedido = Custo/pedido × No de pedidos/ano
Custos de pedido = $ 50  4 = $ 200
Custos de carregamento =
Custos de carregamento/ano × Tamanho do pedido
2
Custos de carregamento = ($ 1  400)/2 = $ 200
Custos totais = Custos de pedido + Custos de carregamento
Custos totais = $ 200 + $ 200 = $ 400
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• Ponto de emissão de novo pedido.
– Uma vez que a empresa tenha determinado seu lote
econômico, precisa determinar quando emitir um pedido.
– Mais especificamente, o ponto de emissão de novo pedido
reflete o número de dias necessários para emitir e receber um
pedido.
– Supondo-se que o estoque seja usado a um ritmo constante no
decorrer do ano (sem sazonalidade), a fórmula do ponto de
emissão de novo pedido é:
Ponto de emissão de novo pedido = dias de prazo × utilização
diária
Utilização diária = Utilização anual/360
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• Ponto de emissão de novo pedido.
Usando o exemplo anterior da RLB, se a empresa sabe que são necessários
10 dias para emitir e receber um pedido, e que a utilização anual é de 1.600
unidades por ano, o ponto de emissão de novo pedido pode ser determinado
da seguinte maneira:
Utilização diária = 1.600/360 = 4,44 unidades/dia
Ponto de emissão de novo pedido = 10 x 4,44 = 44,44 ou 45
unidades
Portanto, quando o nível de estoque da RLB atinge 45 unidades, ela deve
emitir um pedido de 400 unidades. Entretanto, se a empresa deseja manter
um estoque de segurança para se proteger de faltas, deve emitir o pedido
antes que o estoque chegue a 45 unidades.
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• Sistema just-in-time (JIT).
– O sistema just-in-time (JIT) é usado para minimizar o
investimento em estoques; a ideia é que os materiais cheguem
exatamente no momento em que são necessários para a
produção.
– Para que um sistema JIT funcione, deve haver uma ampla
coordenação entre a equipe da empresa, seus fornecedores e
as transportadoras, para garantir que os insumos cheguem a
tempo.
– Além disso, a qualidade e a consistência dos insumos devem
estar próximas da perfeição, dada a ausência de estoque de
segurança.
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• Sistemas computadorizados de controle de recursos.
– O sistema de planejamento de necessidades de materiais
(MRP) é usado para determinar quais materiais pedir,
quando emitir o pedido e quais prioridades atribuir aos
materiais pedidos.
– O MRP aplica os conceitos de EOQ para determinar a
quantidade a ser pedida por computador.
– Ele simula a lista de materiais, a situação dos estoques e o
processo produtivo de cada item.
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• Sistemas computadorizados de controle de recursos.
– Assim como o simples EOQ, o objetivo dos sistemas MRP
é reduzir o investimento em estoques sem prejudicar a
produção.
– Uma extensão bastante popular do MRP é o planejamento
de recursos de produção II (MRP II), que usa um
sistema computacional sofisticado para integrar dados de
diversas áreas, como finanças, contabilidade, marketing,
engenharia e produção.
– Esse sistema gera planos de produção, além de diversos
relatórios financeiros e administrativos.
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• Sistemas computadorizados de controle de recursos.
– Enquanto o MRP e o MRP II tendem a focar as operações
internas, os sistemas de enterprise resource planning
(ERP) ampliam o foco para o ambiente externo,
incluindo informações sobre fornecedores e clientes.
– O ERP integra eletronicamente todos os departamentos
de uma empresa, de modo que, por exemplo, a produção
possa levantar informações de vendas e saber
imediatamente o quanto produzir para atender aos
pedidos de clientes.
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Administração de estoques:
administração de estoque
em âmbito internacional
• A administração internacional de estoque costuma
ser muito mais complicada para exportadores e
multinacionais.
• As economias de escala em produção e fabricação que
seriam de se esperar da venda global de produtos
podem ser difíceis de obter, se os produtos precisarem
ser adaptados a cada mercado local.
• O transporte por longas distâncias geralmente acarreta
atrasos, confusão, danos, furtos e outras dificuldades.
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Administração de
contas a receber
• O segundo componente do ciclo de conversão de
caixa é o prazo médio de recebimento — o período
de tempo médio entre uma venda a prazo e a
conversão do pagamento em fundos que a empresa
possa usar.
• O prazo médio de recebimento divide-se em duas
partes:
– o intervalo entre a venda e o momento em que o cliente
remete o pagamento e
– o intervalo entre a remessa do pagamento e a entrada de
fundos na conta bancária da empresa.
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Administração de contas
a receber: cinco Cs
do crédito
• Caráter: o histórico de cumprimento de obrigações
pelo solicitante.
• Capacidade: a capacidade do solicitante de honrar o
crédito pedido.
• Capital: a relação entre a dívida do solicitante e seu
patrimônio líquido.
• Colateral: o valor dos ativos que o solicitante dispõe
para dar em garantia do crédito.
• Condições: as condições econômicas gerais e
setoriais e quaisquer condições especiais vinculadas a
uma transação específica.
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Administração de contas a
receber:scoring de crédito
• O scoring de crédito é um procedimento que resulta
em uma pontuação (score) que mede a qualidade
geral do crédito do solicitante, aplicando-se pesos
estatisticamente derivados a diversas características
financeiras e de crédito.
• O procedimento resulta em uma pontuação (score)
que mede a qualidade geral do crédito do solicitante,
sendo essa pontuação usada para tomar a decisão de
aceitação ou rejeição do crédito.
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• Seu objetivo é que se tome uma decisão de crédito
relativamente bem informada, de maneira rápida e
barata.
• Para uma demonstração do scoring de crédito,
incluindo o uso de planilha, veja o site de apoio do
livro www.prenhall.com/gitman_br.
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Administração de contas
a receber: mudança dos
padrões de crédito
• Pode ocorrer que uma empresa avalie a possibilidade de
alterar seus padrões de crédito, para tentar melhorar os
retornos e criar maior valor para os proprietários.
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Exemplo de mudança
dos padrões de crédito
A Dodd Tool, uma empresa fabricante de ferramentas de moldagem, está
vendendo seu produto a $ 10 por unidade. As vendas (todas a prazo) do
ano passado foram de 60.000 unidades. O custo variável por unidade é
$ 6, e o custo fixo total do negócio é $ 120.000.
A empresa está avaliando um relaxamento dos padrões de crédito que
espera resultar no seguinte: aumento de 5% das vendas unitárias, para
63.000 unidades; aumento do prazo médio de recebimento de 30 dias (o
nível atual) para 45 dias; aumento das perdas com créditos incobráveis de
1% das vendas (nível atual) para 2%. O custo de oportunidade dos fundos
empatados nas contas a receber, é 15%.
Com base nessa informação, a Dodd deve relaxar seus padrões de crédito?
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• Contribuição das vendas adicionais ao lucro.
Análise do relaxamento dos padrões de crédito
Contribuição das vendas adicionais ao lucro
Nível de vendas antigas — 60.000
Preço/Unidade — $ 10,00
Nível de vendas novas — 63.000
Custo variável/Unidade — $ 6,00
Aumento de vendas — 3.000
Margem de contribuição/Unidade — $ 4,00
Contribuição das vendas adicionais aos lucro (vendas incr  margem cont) — $ 12.000
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Custo do investimento marginal em A/R:
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Custo do investimento marginal em A/R:
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Perdas marginais com créditos incobráveis:
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Custo do investimento marginal em A/R:
Tabela 14.2
Efeitos do
relaxamento
dos padrões de
crédito na Dodd
Tool
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Mudança dos termos
de crédito
• Os termos de crédito especificam as condições de venda
a clientes aos quais a empresa tenha concedido crédito.
• Os termos de crédio compõem-se de três partes:
– descontos financeiros;
– prazo do desconto financeiro;
– período de crédito.
• Por exemplo, condições de 2/10, líquido 30 significam
que o cliente pode abater 2% do valor da fatura, se efetuar
o pagamento dentro de 10 dias a contar do início do
período de crédito ou, alternativamente, pagar o valor
integral da fatura dentro de 30 dias.
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Exemplos de mudança
dos termos de crédito
A MAX Company tem prazo médio de recebimento de 40 dias
(giro = 365/40 = 9,1). Segundo seus termos de crédito de líquido
30, esse período divide-se em 32 dias até que os clientes
remetam os pagamentos (nem todos pagam em 30 dias) e oito
dias para receber, processar e transformar em caixa os
pagamentos uma vez enviados.
A empresa está pensando em implantar um desconto financeiro,
alterando seus termos de crédito de líquido 30 para 2/10, líquido
30. Com essa mudança, espera-se reduzir o prazo para remessa
do pagamento, levando a um prazo médio de recebimento de 25
dias (giro = 365/25 = 14,6).
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Tabela 14.3 Análise do oferecimento
de um desconto financeiro pela MAX Company
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Monitoramento
do crédito
• O monitoramento de crédito é uma revisão constante
das contas a receber da empresa para determinar se os
clientes estão pagando de acordo com os termos de
crédito pactuados.
• Pagamentos atrasados geram custos porque alongam
o prazo médio de recebimento e, com isso, aumentam
o investimento da empresa em contas a receber.
• Duas técnicas frequentemente usadas para monitorar
o crédito são o prazo médio de recebimento e a idade
das contas a receber.
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Monitoramento do crédito:
prazo médio de
recebimento
• O prazo médio de recebimento é o número médio de dias
durante o qual as vendas a crédito ficam em aberto. Esse prazo
médio tem dois componentes:
– o período entre a venda e a remessa do pagamento pelo cliente e
– o prazo necessário para receber, processar e transformar em caixa
o pagamento efetuado pelo cliente.
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Monitoramento do
crédito: idade das
contas a receber
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Monitoramento do crédito:
política de recebimento
• A política de recebimento de uma empresa
representa os procedimentos que ela adota para
arrecadar suas contas a receber quando vencem.
• A eficácia dessa política pode ser parcialmente
avaliada pela avaliação no nível das despesas
vencidas.
• Como já vimos em exemplos anteriores, esse nível
depende não só da política de recebimento, mas
também da política de crédito de uma empresa.
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Política de cobrança
Tabela 14.4 Técnicas comuns de cobrança
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Administração de
recebimentos e
pagamentos: float
• Float de recebimento é a defasagem entre o
momento em que um pagante deduz um pagamento
de sua conta bancária e o momento em que os fundos
ficam efetivamente disponíveis ao recebedor.
• Float de pagamento é a defasagem entre o momento
em que um pagante deduz um pagamento de sua
conta bancária e o momento em que os fundos são
efetivamente sacados da conta.
• Tanto o float de recebimento quanto o de pagamento
possuem três componentes distintos:
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• Float de postagem é o intervalo entre a postagem do
pagamento e seu recebimento pelo destinatário.
• Float de processamento é o intervalo entre o
recebimento do pagamento e seu depósito em conta
da empresa.
• Float de compensação é o intervalo entre o depósito
do pagamento e o momento em que os fundos
tornam-se disponíveis para a empresa. Este
componente é atribuído ao prazo necessário para que
um cheque seja compensado pelo sistema bancário.
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Administração de
recebimentos e
pagamentos: aceleração da cobrança
• Sistema de caixa postal.
– Um sistema de caixa postal é aquele em que, em vez de
remeter os pagamentos à empresa, os clientes fazem a
remessa a uma caixa postal. O banco da empresa esvazia
regularmente a caixa.
– É diferente e superior ao banco de concentração, no sentido
de que o banco da empresa efetivamente mantém a caixa
postal, o que reduz o float de processamento.
– Um sistema de caixa postal reduz o float de recebimento ao
encurtar o float de processamento bem como os floats de
postagem e compensação.
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Administração de
recebimentos e pagamentos:
retardarmento de pagamentos
• Controle de pagamentos
– O controle de pagamentos envolve o uso estratégico de
pontos de postagem e contas bancárias para alongar,
respectivamente, o float de postagem e o de compensação.
– Todavia, deve-se ter cautela ao usar essa abordagem, uma
vez que prazos de pagamento mais longos podem
desgastar a relação com os fornecedores.
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Administração de
recebimentos e pagamentos:
concentração de caixa
• Remessas diretas e outras técnicas
– Transferências a cabo são uma comunicação eletrônica
que, por meio de lançamentos contábeis, retira fundos do
banco da fonte pagadora e deposita-os no banco do
recebedor — com isso, reduzindo o float de recebimento.
– Transferência de CA (compensação automatizada) é
uma retirada eletrônica previamente autorizada contra a
conta da fonte pagadora.
– As ACHs são compensadas em um só dia, o que reduz os
floats de postagem, processamento e compensação.
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Administração de
recebimentos e
pagamentos: contas de saldo nulo
• As contas de saldo nulo (ZBAs, do inglês, zerobalance account) são contas de desembolso que sempre
têm saldo zero ao final do dia.
• Seu objetivo é eliminar saldos de caixa não
remunerados das contas-correntes da empresa.
• Uma ZBA funciona bem como conta para pagamentos
dentro de um sistema de concentração de caixa.
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Aplicações em títulos
negociáveis
(continua)
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(continuação)
(continua)
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(continuação)
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Capítulo 15
Administração
do passivo
circulante
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Objetivos de
aprendizagem
1. Estudar as contas a pagar, os principais
componentes dos termos de crédito e os
procedimentos de análise desses termos.
2. Compreender os efeitos do alongamento do prazo
de pagamento de contas sobre seu custo, bem como
o uso de despesas a pagar.
3. Descrever as taxas de juros e os principais tipos de
empréstimo bancário de curto prazo sem garantia.
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4. Discutir as características básicas dos commercial
papers e os principais aspectos dos empréstimos
internacionais de curto prazo.
5. Explicar as características dos empréstimos de curto
prazo com garantia e o uso de contas a receber
como garantia desses empréstimos.
6. Descrever as diversas maneiras pelas quais os
estoques podem ser usados como garantia em
empréstimos de curto prazo.
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Passivos espontâneos
• Os passivos espontâneos originam-se das atividades
rotineiras da empresa.
• As duas principais fontes espontâneas de
financiamento de curto prazo são contas a pagar a
fornecedores e as despesas a pagar.
• O aumento das vendas de uma empresa provoca o
crescimento de suas contas a pagar, em reação ao
maior volume de compras, salários e impostos.
• Normalmente essas formas de passivo circulante não
apresentam um custo explícito.
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Passivos espontâneos:
administração de
contas a pagar
• As contas a pagar são a principal fonte de
financiamento de curto prazo sem garantia.
• O prazo médio de pagamento divide-se em duas partes:
– O tempo decorrido entre a compra de matérias-primas e a
remessa do pagamento pela empresa.
– A duração do float (o tempo decorrido entre a remessa do
pagamento pela empresa e a retirada, pelo fornecedor, dos
fundos da conta da empresa).
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• A meta da empresa é estender o prazo de pagamento ao
máximo, sem prejudicar seu rating de crédito.
Na demonstração do ciclo de conversão de caixa feita no
Capítulo 14, a MAX Company tinha um prazo médio de
pagamento de 35 dias, resultando em contas a pagar médias de
$ 467.466. Assim, as contas a pagar geradas diariamente pela
MAX atingiam $ 13.356. Se ela enviasse seus pagamentos em
35 dias em vez de 30 dias, suas contas a pagar aumentariam em
$ 66.780. É evidente que isso beneficiaria a MAX, desde que
não prejudicasse seu rating de crédito.
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Passivos espontâneos:
análise dos termos de crédito
• Os termos de crédito que os fornecedores oferecem a
uma empresa permitem a ela postergar o pagamento das
compras realizadas.
• Contudo o fornecedor provavelmente já embute no preço
de venda o custo de oferecer esses termos.
• Portanto, a empresa deve analisar detidamente os termos
de crédito para determinar a melhor estratégia de crédito
mercantil.
• Se forem oferecidos termos de crédito que incluam um
desconto financeiro, a empresa terá duas opções —
aproveitar ou rejeitar o desconto financeiro.
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• Aproveitamento do desconto financeiro.
– Se a empresa pretende aproveitar o desconto financeiro,
deve pagar no último dia do prazo de validade do desconto.
– Não há custo associado ao aproveitamento de um desconto
financeiro.
A Lawrence Industries, operadora de uma pequena rede de
videolocadoras, comprou $ 1.000 em mercadorias em 27 de
fevereiro de um fornecedor que oferecia termos de 2/10
líquido 30 dias a contar do final do mês (FDM). Se a empresa
aproveitar o desconto financeiro, deverá pagar $ 980 [$ 1.000
– (0,02 × $ 1.000)] em 10 de março, economizando $ 20.
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• Não aproveitamento do desconto financeiro.
– Se a empresa optar por rejeitar o desconto financeiro,
deverá pagar no último dia do período de crédito.
– O custo de renúncia a um desconto financeiro é a taxa de
juros implícita paga para postergar o pagamento de uma
conta por mais alguns dias.
Se a Lawrence renunciar ao desconto financeiro, poderá pagar
em 30 de março. Para ficar com seu dinheiro por mais 20 dias,
a empresa deve abrir mão da oportunidade de pagar $ 980 por
sua compra no valor de $ 1.000. Em outras palavras, adiar o
pagamento por 20 dias custará $ 20.
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Figura 15.1 Opções de pagamento
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Custo = ____2%___
100% – 2%
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
_ 365___ = 37,24%
30 – 10
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O exemplo anterior sugere que a empresa deve aproveitar o
desconto financeiro desde que possa tomar empréstimo de
outras fontes por menos de 37,24%. Como quase todas as
empresas conseguem empréstimo por menos do que isso (até
usando cartões de crédito!), elas devem sempre aceitar termos
de 2/10 líquido 30 dias.
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• Uso do custo de renúncia ao desconto financeiro.
A Mason Products, que atua no ramo de materiais de construção, tem
quatro fornecedores possíveis, cada um com termos de crédito
diferentes. A Tabela 15.1 a seguir apresenta os termos de crédito
oferecidos pelos fornecedores e o custo de renúncia aos descontos
financeiros por transação.
Se a empresa precisar de fundos de curto prazo, os quais poderia
tomar de seu banco à taxa de juros de 13%, e se cada fornecedor for
analisado separadamente, qual dos descontos financeiros ela rejeitará,
se é que rejeitará algum?
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Tabela 15.1 Descontos financeiros e custos
correspondentes para a Mason Products
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Passivos espontâneos:
efeitos de alongar o prazo
de pagamento de contas
• Alongar o prazo de pagamento de contas envolve simplesmente
pagar as contas o mais tarde possível, sem prejudicar seu rating de
crédito.
• Isso pode reduzir o custo de não aproveitamento de um desconto
financeiro.
Foram oferecidos à Lawrence Industries termos de crédito de 2/10
líquido 30 dias do final do mês (FDM). O custo de renúncia a esse
desconto financeiro era de aproximadamente 36,5%. Se a empresa
pudesse esticar o pagamento dessa conta em até 70 dias sem
comprometer seu rating de crédito, o custo de renúncia ao desconto
financeiro seria de apenas 12,2% [2% × (365 ÷ 60)].
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Passivos espontâneos:
despesas a pagar
• Despesas a pagar são passivos gerados por serviços
recebidos, mas ainda não pagos.
• Os itens mais comuns nessa categoria são salários e
impostos.
• Se, por um lado, os impostos a serem pagos ao
governo não podem ser manipulados, aqueles
efetuados aos funcionários, até certo ponto, podem.
• Isso se faz pelo adiamento do pagamento de salário
do funcionário, o qual será pago algum tempo depois
da prestação do serviço.
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Fontes de empréstimos
de curto prazo sem
garantias: empréstimos bancários
• O principal tipo de empréstimo concedido pelos bancos às
empresas é o empréstimo autoliquidável de curto prazo,
que tem por objetivo simplesmente ajudá-las a superar picos
sazonais de necessidade de financiamento.
• De modo geral, esses empréstimos são obtidos para que as
empresas possam aumentar estoques e recebíveis.
• Quando os estoques e os recebíveis são convertidos em caixa,
esses empréstimos são liquidados.
• Os bancos emprestam fundos de curto prazo sem garantia de
três maneiras principais: notas promissórias de pagamento
único, linhas de crédito e contratos de crédito rotativo.
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• Taxas de juros de empréstimos.
– A maioria dos empréstimos bancários baseia-se na taxa
básica de juros (prime rate), que é a menor taxa de
juros cobrada pelos principais bancos em créditos
comerciais concedidos aos melhores clientes do
segmento de pessoa jurídica.
– Os bancos geralmente determinam a taxa a ser cobrada
de seus diversos clientes, acrescentando um prêmio à
taxa básica para ajustá-la ao ‘risco’ do tomador.
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• Empréstimos com taxas fixas e taxas flutuantes.
– Em empréstimos com taxa fixa, a taxa de juros é
determinada na forma de um dado acréscimo à taxa
básica vigente na data do empréstimo e permanece nesse
nível até a data de vencimento.
– Em empréstimos com taxa flutuante, o acréscimo à
taxa básica é estabelecido no início e permite-se que a
taxa flutue, ou varie, com a taxa básica até a data de
vencimento.
– De modo geral, o acréscimo à taxa básica será menor em
empréstimos com taxa flutuante do que naqueles com
taxa fixa.
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• Método de cálculo dos juros.
– Uma vez estipulada a taxa nominal (ou taxa declarada),
determina-se o método de cálculo dos juros.
– Os juros podem ser pagos no vencimento do empréstimo
ou antecipadamente.
– Se forem pagos no vencimento, a taxa efetiva — a taxa de
juros efetivamente paga — em um período de um ano será
igual a:
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– Quando, porém, pagos antecipadamente, os juros são
deduzidos do valor do empréstimo, de tal maneira que o
tomador na verdade recebe menos dinheiro do que
solicitou.
– Empréstimos desse tipo são chamados de empréstimos
com desconto. A taxa efetiva anual de um empréstimo
com desconto, supondo-se o prazo de um ano, é calculada
pela fórmula:
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A Wooster Company, fabricante de vestuário esportivo,
deseja tomar um empréstimo de $ 10.000 a uma taxa de
juros nominal anual de 10%, por um ano. Se os juros
sobre o empréstimo forem pagos no vencimento, a taxa
de juros efetiva pode ser calculada da seguinte maneira:
(10%  $ 10.000) = 10,0%
$10.000
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A Wooster Company, fabricante de vestuário esportivo,
deseja tomar um empréstimo de $ 10.000 a uma taxa de
juros nominal anual de 10%, por um ano. Se os juros sobre
o empréstimo forem pagos no vencimento, a taxa de juros
efetiva pode ser calculada da seguinte maneira:
Se esse for um empréstimo com desconto, a taxa de juros
efetiva seria:
(10%  $ 10.000) = 11,1%
$ 10.000 – $ 1.000
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• Notas promissórias para pagamento único.
– As notas promissórias para pagamento único são um
empréstimo singular concedido a um tomador que precisa
de fundos para uma finalidade específica e por um prazo
curto.
– A ‘nota’especifica os termos do empréstimo, inclusive o
prazo e a taxa de juros aplicável.
– Esse tipo de empréstimo de curto prazo normalmente tem
vencimento entre 30 dias e nove meses.
– Os juros normalmente ficam atrelados de alguma maneira à
taxa básica de juros e podem ser fixos ou flutuantes.
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A Gordon Manufacturing recentemente tomou $ 100.000 de cada um de
seus dois bancos — A e B. O empréstimo A era uma promissória com
taxa fixa, enquanto o B, flutuante. Cada um envolvia uma promissória
com vencimento em 90 dias e pagamento dos juros no vencimento. A
taxa de juros foi fixada em 1,5% acima da prime rate no caso da
promissória de taxa fixa do banco A e em 1,0% acima da prime para o B,
quando a taxa básica de juros era de 6%.
Com base nessa informação, o custo total dos juros sobre o empréstimo A
é de $ 1.849 [$ 100.000 × (7,5% × 90/365)]. O custo efetivo é de 1,85%
para 90 dias. A taxa efetiva anual pode ser calculada como:
TEA = (1 + taxa periódica)m – 1 = (1 + 0,0185)4,06 – 1 = 7,73%
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Durante os 90 dias em que o empréstimo B ficou em aberto, a prime
rate foi de 6% para os primeiros 30 dias, 6,5% para os 30 dias
seguintes e 6,25% para os últimos 30 dias. Com isso, a taxa
periódica foi de 0,575% [7%  (30/365)] para os primeiros 30 dias,
0,616% para os 30 dias seguintes e 0,596% para os 30 dias finais.
Portanto, o custo total dos juros foi $1,787 [$100,000  (0,575% +
0,616% + 0,596%)].
Em suma, o custo efetivo foi de 1,787% para 90 dias. A taxa efetiva
anual pode ser calculada como:
TEA = (1 + taxa periódica)m – 1 = (1 + 0,01787)4,06 – 1 = 7,46%
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• Linhas de crédito.
– Uma linha de crédito é um contrato firmado entre um
banco comercial e uma empresa, especificando o valor de
crédito de curto prazo sem garantia que o banco o colocará
à disposição da empresa, por um dado período.
– Costumam ter vigência de um ano e frequentemente
impõem algumas restrições ao devedor.
– Embora não se trate de um empréstimo garantido, o valor
da linha de crédito é o valor máximo que a empresa pode
dever ao banco em um momento qualquer.
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– Ao solicitar uma linha de crédito, o tomador pode precisar
apresentar documentos como orçamento de caixa,
demonstrações de resultados pró-forma, balancetes e
demonstrações financeiras recentes.
– A taxa de juros sobre uma linha de crédito costuma ser
estipulada como flutuante e atrelada à prime.
– Além disso, os bancos podem impor restrições a
mudanças operacionais, que lhes dão o direito de revogar
a linha, em caso de mudanças significativas das condições
financeiras ou das operações do devedor.
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– Um saldo mínimo equivale a uma determinada
porcentagem do valor tomado em empréstimo
(frequentemente de 10 a 20%).
– Tanto as linhas de crédito quanto os contratos de crédito
rotativo geralmente exigem que os devedores mantenham
um saldo mínimo em conta-corrente.
– Com efeito, essa exigência eleva o custo dos juros para o
tomador do crédito.
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A Estrada Graphics tomou um empréstimo de $ 1 milhão com base em
um contrato de linha de crédito. A taxa de juros nominal é de 10%, e a
empresa precisa manter em conta-corrente um saldo mínimo igual a 20%
do valor tomado, ou $ 200.000. Na verdade, portanto, tem o direito de
usar apenas $ 800.000 e deve pagar $ 100.000 em juros. O saldo mínimo
eleva a taxa efetiva anual sobre os fundos em 12,5% ($ 100.000 ÷
$ 800.000), que corresponde a 2,5% a mais do que a taxa nominal.
Se a empresa normalmente mantiver um saldo de $ 200.000 ou mais em
sua conta-corrente, a taxa efetiva anual será igual à taxa nominal anual.
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• Contratos de crédito rotativo
– Um contrato de crédito rotativo nada mais é do que uma
linha de crédito garantida.
– Como o banco garante a disponibilidade de fundos, os
contratos de crédito rotativo normalmente exigem o
pagamento de uma taxa de compromisso aplicável à
parcela não utilizada da linha de crédito do cliente.
– Essa taxa costuma ser de cerca de 0,5% da parcela média
ociosa da linha.
– Embora mais cara do que a linha de crédito, o crédito
rotativo é menos arriscado do ponto de vista dos
tomadores.
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• A REH Company firmou com seu banco um contrato de crédito
rotativo de $ 2 milhões. A utilização média do contrato no ano
anterior foi de $ 1,5 milhão. O banco cobra uma taxa de
compromisso de 0,5% sobre o saldo médio não utilizado. Como
a parcela ociosa média dos fundos comprometidos foi de
$ 500.000 ($ 2 milhões – $ 1,5 milhão), a taxa de compromisso
pelo ano foi de $ 2.500 (0,005 × $ 500.000). Além disso, a REH
também precisou pagar juros sobre o $ 1,5 milhão efetivamente
tomado nos termos do contrato. Supondo-se que tenham sido
pagos $ 112.500 em juros pelo $ 1,5 milhão emprestado, o custo
efetivo do contrato foi de 7,67% [($ 112.500 + $ 2.500)/
$ 1.500.000].
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Fontes de empréstimos de
curto prazo sem garantias:
notas promissórias comerciais
(commercial papers)
• As notas promissórias comerciais, ou commercial papers,
são uma forma de financiamento de curto prazo sem garantia
emitidas por empresas de elevada qualidade de crédito.
• De modo geral, somente empresas de grande porte e solidez
financeira comprovada conseguem emitir esses títulos.
• A maioria das emissões de commercial papers tem vencimento
entre 3 e 270 dias, costuma ser emitida em múltiplos de
$ 100.000 ou mais e é vendida com deságio em relação ao seu
valor de face.
• Os commercial papers são negociados no mercado monetário
e costumam ser mantidos como títulos negociáveis.
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A Bertram Corporation acabou de emitir $ 1 milhão em
commercial papers com vencimento em 90 dias e vendidos
a $ 990.000. Ao final dos 90 dias, o comprador do título
receberá $ 1 milhão por seu investimento. A taxa efetiva de 90
dias sobre a nota promissória é de 1,01% ($ 10.000 ÷
$ 990.000). A taxa efetiva anual de juros pode ser calculada da
seguinte forma:
TEA = (1 + taxa periódica)m – 1 = (1 + 0,0101)4,06 – 1 = 8,41%
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Fontes de empréstimos de
curto prazo sem garantias:
empréstimos internacionais
• A principal diferença entre as transações nacionais e as
internacionais é que os pagamentos por estas são
frequentemente feitos ou recebidos em alguma moeda
estrangeira.
• Uma empresa norte-americana precisa não só arcar com
o custo de negociar no mercado de câmbio, mas
também se expõe ao risco de taxa de câmbio.
• Da mesma forma, o risco para uma importadora norte-americana com contas a pagar denominadas em moeda
estrangeira é de depreciação do dólar.
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Fontes de empréstimos de
curto prazo com garantia:
características
• Embora possa reduzir as perdas, se o devedor tornar-se inadimplente, a existência de garantia não afeta o
risco de inadimplência.
• Os credores de fundos de curto prazo com garantias
preferem que elas tenham duração correspondente ao
prazo do empréstimo.
• Por isso, para empréstimos de curto prazo, os
credores preferem usar contas a receber e estoques
como fonte de garantia.
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• Dependendo da liquidez da garantia, o empréstimo
em si costuma ficar entre 30 e 100 por cento do valor
contábil da garantia.
• O mais surpreendente é que a taxa de juros cobrada
sobre empréstimos de curto prazo com garantia
costuma ser maior do que a daqueles sem garantias.
• Além disso, os credores costumam exigir uma
remuneração adicional sob a forma de uma tarifa por
serviços, uma taxa de juros mais elevada, ou ambos.
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Fontes de empréstimos de
curto prazo com garantia
• Uso de contas a receber como garantia.
– O desconto de contas a receber é frequentemente usado para
garantir empréstimos de curto prazo.
– O credor primeiro avalia essas contas para determinar se são
aceitáveis como garantia, e os bancos geralmente emprestam
entre 50% e 90% do valor de face das contas a receber
aceitáveis.
– Além disso, para resguardar seu direito sobre a garantia, o
credor registra um gravame sobre a garantia e isso ocorre
sem notificação (o cliente cuja conta tenha sido dada em
garantia não é informado).
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– O factoring envolve a venda, pura e simples, das contas
a receber, com deságio, a uma instituição financeira.
– O factor é uma instituição financeira especializada na
compra de contas a receber de empresas e pode ser o
departamento de um banco ou empresas especializadas
nessa atividade.
– O factoring normalmente ocorre com notificação e o
factor recebe o pagamento da conta diretamente do cliente.
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• Uso de estoques como garantia.
– A principal característica dos estoques para sua avaliação
como garantia de empréstimos é sua facilidade de venda.
– Itens perecíveis, como frutas ou verduras, podem ser
altamente negociáveis, entretanto, se o custo de
manipulação e armazenagem for relativamente elevado,
eles poderão não ser interessantes como garantia.
– Itens especializados com limitado interesse de compra,
também não são desejáveis como garantia.
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– Um credor pode se dispor a conceder um empréstimo com
gravame flutuante sobre estoques, isto é, um direito
sobre os estoques em geral.
– Esse tipo de arranjo é especialmente atraente quando a
empresa tem um nível estável de estoques compostos de
um grupo diversificado de mercadorias relativamente
baratas.
– Por ser difícil para o credor verificar a existência dos
estoques, ele costuma oferecer adiantamentos inferiores a
50% do valor contábil do estoque médio. Os juros sobre o
gravame flutuante costumam ser de 3% a 5% acima da taxa
básica.
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– Um empréstimo com alienação de estoques é um contrato
pelo qual o tomador fica com os estoques e o credor pode
adiantar-lhe de 80% a 100% de seu custo em troca do
compromisso de quitação do empréstimo quando da venda de
cada item.
– Os juros cobrados do devedor são normalmente de 2% ou
mais acima da taxa básica e são frequentemente concedidos
pelas financeiras ligadas a fabricantes, conhecidas como
financeiras cativas, aos clientes desses fabricantes.
– Podemos citar como exemplos a GE Capital e a GMAC.
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– Um empréstimo garantido por recibo de depósito é um
contrato que outorga ao credor o controle dos estoques
oferecidos em garantia, que ficam armazenados por um
agente em nome do credor.
– O estoque pode ser armazenado em um armazém central
(terminal de armazenagem) ou na propriedade do devedor
(armazém de campo).
– Independentemente do tipo de instalação, a empresa
armazenadora mantém guarda sobre os estoques e só pode
liberar qualquer parte deles com autorização escrita do
credor.
– Os custos variam entre 3% a 5% acima da taxa básica.
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Tabela 15.2 Resumo das principais
características de fontes comuns de
financiamento de curto prazo
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Capítulo 11
Custo de
capital
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Objetivos de
aprendizagem
1. Compreender as premissas fundamentais subjacentes
ao custo de capital, seu conceito básico e as fontes
específicas de capital.
2. Determinar o custo do capital de terceiros de longo
prazo e o custo das ações preferenciais.
3. Calcular o custo do capital próprio e convertê-lo no
custo dos lucros retidos e no de novas emissões de
ações ordinárias.
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•
•
•
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Calcular o custo médio ponderado de capital (CMPC,
ou WACC na sigla em inglês) e discutir bases de
ponderação alternativas.
Descrever os procedimentos usados para determinar
os pontos de ruptura e o custo marginal ponderado de
capital (CMgPC, ou WMCC na sigla em inglês).
Explicar o custo marginal ponderado de capital
(CMgPC) e seu uso conjunto com a escala de
oportunidades de investimento (EOI), para tomar
decisões de financiamento e/ou de investimento.
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Visão geral do custo
de capital
• O custo de capital funciona como um vínculo entre as
decisões de investimento de longo prazo de uma
empresa e a riqueza dos proprietários, determinada
pelos investidores no mercado.
• Trata-se do ‘número mágico’ usado para decidir se um
investimento proposto poderá aumentar ou diminuir o
preço da ação da empresa.
• Formalmente, o custo de capital é a taxa de retorno
que uma empresa precisa obter nos projetos em que
investe, para manter o valor de mercado de sua ação.
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Estrutura de capital
da empresa
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Algumas premissas
fundamentais
• Risco econômico — o risco de que a empresa seja incapaz
de fazer face aos custos operacionais — presume-se que
seja constante. Essa premissa implica que a aceitação de um
determinado projeto não afeta a capacidade da empresa de
arcar com o custo operacional.
• Risco financeiro — o risco de que a empresa seja incapaz
de fazer face às obrigações financeiras — presume-se que
seja constante. Essa premissa implica que os projetos serão
financiados de tal maneira que a capacidade da empresa de
honrar seus custos de financiamento seja constante.
• Os custos relevantes são aqueles apurados após o imposto
de renda — o custo de capital é medido depois do imposto
de renda.
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Conceito básico
• Por que é necessário determinar o ‘custo
médio ponderado de capital’ geral de uma empresa?
Suponhamos que a empresa ABC possui a seguinte
oportunidade de investimento:
- Investimento inicial = $ 100.000
- Vida útil = 20 anos
- TIR = 7%
- Custo da fonte de financiamento de menor custo
disponível, Capital de terceiros = 6%
Com base nas informações acima fornecidas, o gerente
financeiro da empresa tenderia a aceitar e realizar o
investimento.
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• Por que é necessário determinar o ‘custo médio ponderado de
capital’ geral de uma empresa?
Imagine que uma semana depois surja uma nova oportunidade
de investimento:
- Investimento inicial = $ 100,000
- Vida útil = 20 anos
- TIR = 12%
- Custo da fonte de financiamento de menor custo disponível,
Capital próprio = 14%
Com base nas informações acima fornecidas, a empresa
rejeitaria essa segunda oportunidade de investimento, embora
ela seja claramente mais desejável.
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• Por que é necessário determinar o ‘custo médio ponderado
de capital’ geral de uma empresa?
• Como o exemplo anterior claramente ilustra, usar essa
abordagem fragmentada de avaliação de oportunidades de
investimento não atende aos interesses dos acionistas de uma
empresa.
• No longo prazo, uma empresa deve realizar investimentos que
maximizem seu valor.
• Isso só poderá ocorrer, se ela empreender projetos que gerem
retornos excedentes do custo médio ponderado geral de
financiamento da empresa (ou CMPC).
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Fontes específicas de
capital: custo da dívida
de longo prazo
• O custo do capital de terceiros antes do imposto de renda
equivale ao rendimento até o vencimento do capital de
terceiros de uma empresa ajustado aos custos de lançamento.
• Lembre-se de que o rendimento até o vencimento (YTM, na
sigla em inglês) de uma obrigação depende de uma série de
fatores, tais como seu cupom, prazo de vencimento, valor
nominal, condições de mercado e preço de venda.
• Após obter o rendimento da obrigação, um ajuste simples
deve ser feito por conta do fato de que os juros são uma
despesa dedutível de imposto.
• Isso terá o efeito de redução do custo do capital de terceiros.
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Recebimentos
líquidos
A Duchess Corporation, uma grande fabricante de ferramentas,
está estudando a possibilidade de vender $ 10 milhões em
obrigações com prazo de 20 anos, cupom de 9%, cada uma com
valor de face de $ 1.000. Como obrigações com risco
semelhante rendem mais do que 9%, a empresa deve vender
suas obrigações a $ 980. Os custos de lançamento são de 2% do
valor de face da obrigação, ou $ 20. Os recebimentos líquidos
pela empresa com a venda de cada obrigação serão, portanto, de
$ 960 ($ 980 – $ 20).
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• Custo do capital de terceiros antes do imposto de
renda.
• O custo do capital de terceiros antes do imposto de
renda de uma obrigação pode ser obtido de três
maneiras:
– Uso de cotações.
– Cálculo do custo.
– Aproximação do custo.
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• Custo do capital de terceiros antes do imposto de
renda.
– Uso de cotações.
– Quando os recebimentos líquidos com a venda de uma
obrigação equivalem a seu valor de face, o custo antes do
imposto de renda é simplesmente igual à taxa de cupom.
– Uma segunda cotação às vezes usada é o rendimento até
o vencimento (YTM, na sigla em inglês) de uma
obrigação de risco semelhante.
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• Custo do capital de terceiros antes do imposto de
renda.
– Cálculo do custo.
– Esta abordagem identifica o custo do capital de terceiros
antes do imposto de renda por meio do cálculo da taxa
interna de retorno (TIR).
– Como já vimos, o YTM pode ser calculado usando: (1)
tentativa e erro, (b) uma calculadora financeira ou (c)
uma planilha.
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• Custo do capital de terceiros antes do imposto de renda.
• Cálculo do custo.
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• Custo do capital de terceiros antes do imposto de renda.
– Cálculo do custo.
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• Custo do capital de terceiros antes do imposto de renda.
• Aproximação do custo.
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Encontre o custo do capital de terceiros após o
imposto de renda da Duchess, admitindo uma alíquota
de 40%:
ri = 9,4% (1 – 0,40) = 5,6%
Isso sugere que o custo após o imposto de renda de
levantamento de capital de terceiros da Duchess é de
5,6%.
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Fontes específicas de
capital: custo das ações
preferenciais
A Duchess Corporation está examinando a possibilidade de emitir
ações preferenciais a 10%, que espera vender ao valor de face de
$ 87 por ação. O custo de emissão e venda deve ser de $ 5 por
ação. O dividendo é de $ 8,70 (0,10 × $ 87). Os recebimentos
líquidos correspondem ao preço de $ 82 ($ 87 – $ 5).
rP = DP/Np = $ 8,70/$ 82 = 10,6%
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Fontes específicas de
capital: custo das
ações ordinárias
• Há duas formas de financiamento com ações ordinárias:
lucros retidos e novas emissões de ações ordinárias.
• Além disso, duas técnicas são usadas para medir o
custo das ações ordinárias. Uma emprega o modelo de
avaliação com crescimento constante e a outra o
modelo de formação de preços de ativos (CAPM).
• Os modelos de avaliação de dividendos baseiam-se na
premissa de que o valor de uma ação é igual ao valor
presente de todos os seus dividendos futuros.
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Usando o modelo de crescimento constante, temos:
• Também podemos estimar o custo das ações
ordinárias, usando o CAPM:
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• A técnica do CAPM difere do modelo de avaliação com
crescimento constante por considerar diretamente o
risco da empresa, sob a forma do beta.
• Por outro lado, o modelo de crescimento constante não
trata explicitamente do risco.
• O modelo de crescimento constante usa o preço de
mercado (P0) para refletir as preferências dos
investidores em relação ao risco e retorno esperados no
mercado.
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• Embora sejam técnicas teoricamente equivalentes, a
avaliação pelo modelo com crescimento constante é
muitas vezes a preferida por serem os dados necessários
mais facilmente encontrados.
• Outra diferença está no fato de que, quando usamos o
modelo de avaliação com crescimento constante para
encontrar o custo do capital próprio, ele pode ser
facilmente ajustado aos custos de lançamento para se
chegar ao custo de novas ações ordinárias.
• Isso será demonstrado nos exemplos a seguir.
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• Custo dos lucros retidos (rr).
– Modelo de crescimento constante do dividendo.
Por exemplo, suponhamos que uma empresa acabou de
pagar um dividendo de $ 2,50 por ação, espera que os
dividendos cresçam a 10% indefinidamente e o preço de
venda corrente seja de $ 50,00 por ação.
Primeiro, D1 = $ 2,50(1 + 0,10) = $ 2,75 e
rS = ($ 2,75/$ 50,00) + 0,10 = 15,5%.
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• Custo dos lucros retidos (rr).
– Enfoque da reta do mercado de títulos.
rs = rF + b(rM – rF).
Por exemplo, se a taxa corrente da T-bill de três meses for de
5,0%, o prêmio pelo risco de mercado for de 9% e o beta da
empresa for de 1,20, o custo dos lucros retidos da empresa
será:
rs = 5,0% + 1,2 (9,0%) = 15,8%.
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• Custo dos lucros retidos (rr)
O exemplo anterior indica que nossa estimativa do custo de
lucros retidos está entre 15,5% e 15,8%. Nesse ponto,
podemos escolher uma ou outra estimativa, ou uma média das
duas.
Usando um enfoque gerencial e preferindo errar a maior,
usaremos 15,8% como nossa estimativa final do custo de
lucros retidos.
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• Custo de novas emissões de ações ordinárias (rn).
– Modelo de crescimento constante do dividendo.
Prosseguindo com o exemplo anterior, quanto custaria à
empresa emitir novas ações, se os custos de lançamento
chegassem a $ 4,00 por ação?
rn = [$ 2,75/($ 50,00 – $ 4,00)] + 0,10 = 15,97% ou 16%.
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Custo médio ponderado
de capital
CMPC = ra = wiri + wprp + wsrr or n
• Bases de ponderação.
Os pesos nessa equação representam uma combinação específica
de financiamento (onde wi = participação do capital de terceiros,
wp = participação das ações preferenciais e ws = participação do
capital próprio). Especificamente, esses pesos são as metas
percentuais de capital de terceiros e de capital próprio que
minimizarão o custo geral de levantamento de fundos da empresa.
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CMPC = ra = wiri + wprp + wsrr or n
• Bases de ponderação.
Um método utiliza os pesos baseados em valores contábeis extraídos
do balanço da empresa. Por exemplo, para medir o peso do capital de
terceiros, basta dividir o valor contábil da dívida de longo prazo da
empresa pelo valor contábil de seus ativos totais.
Para estimar o peso do capital próprio, basta dividir o valor contábil
total do capital próprio pelo valor contábil dos ativos totais.
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CMPC = ra = wiri + wprp + wsrr or n
• Bases de ponderação.
Um segundo método usa os valores de mercado do capital de
terceiros e do capital próprio da empresa. Para determinar a
proporção de valor de mercado da dívida, basta multiplicar o preço
das obrigações da empresa pelo número em circulação. Isso
equivale ao valor de mercado total da dívida da empresa.
A seguir, executa-se o mesmo cálculo para o capital próprio da
empresa, multiplicando-se o preço por ação pelo número total de
ações em circulação.
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CMPC = ra = wiri + wprp + wsrr or n
• Bases de ponderação.
Finalmente, soma-se o valor de mercado total do capital próprio da
empresa ao valor de mercado total de seu capital de terceiros. Isso
resulta no valor de mercado total dos ativos da empresa.
Para estimar os pesos do valor de mercado, basta dividir o valor de
mercado do capital de terceiros ou do capital próprio pelo valor de
mercado dos ativos da empresa.
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CMPC = ra = wiri + wprp + wsrr or n
• Bases de ponderação.
Por exemplo, vamos supor que o valor de mercado da dívida da empresa
seja $ 40 milhões, o valor de mercado de suas ações preferenciais seja
$ 10 milhões e o valor de mercado do capital próprio seja $ 50 milhões.
Dividindo-se cada componente pelo total de $ 100 milhões, tem-se os
pesos do valor de mercado de 40% de capital de terceiros, 10% de ações
preferenciais e 50% de ações ordinárias.
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CMPC = ra = wiri + wprp + wsrr or n
• Bases de ponderação.
Usando os custos já calculados com os pesos do valor de mercado,
podemos calcular o custo médio ponderado do custo de capital da
seguinte forma:
CMPC = 0,40(5,67%) + 0,10(9,62%) + 0,50(15,8%)
= 11,13%
Isso presume que a empresa possui lucros retidos suficientes para
financiar quaisquer projetos de investimento previstos.
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Custo marginal e
decisões de investimento
• Custo marginal ponderado de capital (CMgPC, ou
WMCC na sigla em inglês).
– O CMgPC costuma aumentar à medida que o volume de
financiamento levantado durante um dado período
aumenta.
– Isso é verdadeiro porque as empresas necessitam aumentar
o retorno aos investidores para atraí-los a investir e
compensá- -los pelo maior risco introduzido por maiores
volumes de capital levantado.
– Além disso, o custo acabará aumentando quando a empresa
esgotar o capital próprio retido, mais barato, e for forçada a
levantar novo capital próprio, mais caro.
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• Custo marginal ponderado de
capital (CMgPC).
– Determinação dos pontos de ruptura.
Determinar os pontos de ruptura na escala de CMgPC permitirá
que determinemos em que nível de novo financiamento o CMPC
aumentará devido aos fatores relacionados anteriormente.
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Suponhamos que no exemplo que temos analisado a empresa tenha
$ 2 milhões de lucros retidos disponíveis. Quando se esgotarem, ela
deverá emitir novo capital próprio (mais caro). Além disso, a
empresa acredita que possa levantar $ 1 milhão de dívida barata,
após o qual custará 7% (após impostos) para levantar capital de
terceiros adicional.
Com base nessa informação, a empresa poderá determinar seus
pontos de ruptura da seguinte maneira:
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PRcapital próprio
= $ 2.000.000/0,50 = $ 4.000.000
PRcapital de terceiros = $ 1.000.000/0,40 = $ 2.500.000
Isso implica que a empresa pode financiar até $ 4 milhões de novos
investimentos antes de ser obrigada a emitir novo capital próprio e $ 2,5
milhões de novos investimentos antes de ser obrigada a levantar capital
de terceiros, mais caro.
Com base nessa informação, podemos calcular o CMgPC da seguinte
maneira:
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Custo médio ponderado de capital para faixas de novo
financiamento total
Faixa de novo
financiamento total
ponderado
$ 0 a $ 2,5 milhões
Fonte de capital
Peso
Custo
Capital de terceiros
Ações preferenciais
Ações ordinárias
$ 2,5 milhões a $ 4 milhões
mais de $ 4 milhões
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WMCC
11,76%
11,75%
11,66%
11,50%
11,25%
11,13%
$2.5
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$4.0
Financiamento total
(milhões)
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• Escala de oportunidades de investimento (EOI)
• Suponhamos que a empresa tenha as seguintes
oportunidades de investimento disponíveis:
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Initial
Cumulative
Ivestment
Investment
Project
IRR
A
13.0%
$ 1,000,000 $
1,000,000
B
12.0%
$ 1,000,000 $
2,000,000
C
11.5%
$ 1,000,000 $
3,000,000
D
11.0%
$ 1,000,000 $
4,000,000
E
10.0%
$ 1,000,000 $
5,000,000
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13,0%
12,0%
A
WMCC
B
11,66%
Isso indica que
a empresa pode aceitar
somente os
projetos A & B.
11,5%
C
11,13%
11,0%
D
$ 1,0 $ 2,0$ 2,5$ 3,0$ 4,0
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Financiamento total
(milhões)
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Tabela 11.4 Resumo das principais
definições e fórmulas de custo de capital
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Tabela 11.1 Cálculo do custo médio ponderado de
capital da Duchess Corporation
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Tabela 11.2 Custo médio ponderado de capital para faixas
de novo financiamento total da Duchess Corporation
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Figura 11.1 Escala de CMgPC
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Tabela 11.3 Escala de oportunidades de
investimento (EOI) da Duchess Corporation
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Figura 11.2 Escalas de EOI e CMgPC
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Capítulo 12
Alavancagem
e estrutura de
capital
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Objetivos de
aprendizagem
1. Discutir alavancagem, estrutura de capital, análise
do ponto de equilíbrio, ponto de equilíbrio
operacional e o efeito da variação dos custos sobre
ele.
2. Compreender os conceitos de alavancagem
operacional, financeira e total e as relações entre
eles.
3. Descrever os tipos de capital, a avaliação externa da
estrutura de capital, a estrutura de capital de
empresas não norte-americanas e a teoria da
estrutura de capital.
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4. Explicar a estrutura de capital ótima usando uma
representação gráfica das funções do custo de
capital da empresa e um modelo de avaliação com
crescimento nulo.
5. Discutir o enfoque LAJIR-LPA em relação à
estrutura de capital.
6. Rever o retorno e o risco de estruturas de capital
alternativas, sua vinculação com o valor de
mercado e outras considerações importantes.
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Alavancagem
• A alavancagem resulta do uso de ativos ou fundos a
custo fixo para multiplicar os retornos aos
proprietários da empresa.
• De modo geral, aumentá-la resulta em maior retorno
e risco, ao passo que reduzi-la, diminui ambos.
• O volume de alavancagem na estrutura de capital da
empresa — o mix de dívida de longo prazo e capital
próprio que ela mantém — pode afetar seu valor de
maneira significativa ao afetar o retorno e o risco.
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Tabela 12.1 Demonstração de resultado genérica e
tipos de alavancagem
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Análise do ponto de
equilíbrio
• As empresas usam a análise do ponto de equilíbrio
(breakeven analysis), também conhecida como análise
custo-volume-lucro para:
– Determinar o nível de operações necessário para cobrir a
totalidade dos custos.
– Avaliar a lucratividade associada a diferentes níveis de
vendas.
• O ponto de equilíbrio operacional é o nível de vendas
necessário para cobrir todos os custos operacionais.
• Nesse ponto, o lucro antes de juros e imposto de renda
(LAJIR) é igual a $ 0.
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• Para identificar o ponto de equilíbrio operacional, o custo
das mercadorias vendidas e as despesas operacionais
devem ser classificados como fixos ou variáveis.
• Os custos variáveis variam diretamente com as vendas e
em função do volume, não do tempo.
• Os custos de mão de obra direta e transporte são exemplos
de custos variáveis.
• Os custos fixos são função do tempo, e não do volume de
vendas.
• O aluguel é um exemplo de custo fixo.
slide 167
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Análise do ponto de
equilíbrio: enfoque algébrico
Usando as variáveis a seguir, podemos converter a parte
operacional da demonstração de resultado da empresa da
seguinte maneira:
P = preço unitário de venda
Q = quantidade de unidades vendidas
CF = custo operacional fixo por período
CV = custo operacional variável por unidade
• Admitindo LAJIR = 0 e solucionando Q, temos:
LAJIR = (P  Q) – CF – (CV  Q)
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P = preço unitário de venda
Q = quantidade de unidades
vendidas
CF = custo operacional fixo por
período
CV = custo operacional variável
LAJIR = (P  Q) – CF – por
(CVunidade
 Q)
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Tabela 12.2 Alavancagem operacional, custos e análise
do ponto de equilíbrio
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Exemplo: a Cheryl’s Posters, um pequeno revendedor de
pôster, tem custos operacionais fixos de $ 2.500, seu preço
unitário de venda (por pôster) é de $ 10 e seu custo
operacional variável unitário, de $ 5. Determine o ponto de
equilíbrio operacional.
Q =
$ 2.500 = 500 unidades
$ 10 – $ 5
• Isso implica que, se a Cheryl vender exatamente 500
unidades, sua renda será igual a seus custos (LAJIR = $ 0).
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• Isso pode ser confirmado pelas seguintes substituições:
LAJIR = (P  Q) – CF – (CV  Q)
LAJIR = ($ 10  500) – $ 2.500 – ($ 5  500)
LAJIR = $ 5.000 – $ 2.500 – $ 2.500 = $ 0
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Análise do ponto de
equilíbrio: enfoque gráfico
Figura 12.1 Análise do ponto de equilíbrio
slide 173
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Análise do ponto de
equilíbrio: variação de
custos e ponto de equilíbrio operacional
Vamos supor que a Cheryl’s Posters deseje avaliar o impacto
de diversas opções: (1) aumentar os custos operacionais fixos
para $ 3.000, (2) aumentar o preço unitário de venda para
$
12,50, (3) aumentar o custo operacional variável unitário para
$ 7,50 e (4) implementar simultaneamente as três mudanças
anteriores.
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(1) Ponto de equilíbrio operacional = $ 3.000/($ 10 – $ 5) = 600
unidades
(1) (2) Ponto de equilíbrio operacional = $ 2.500/($ 12,50 – $ 5) =
333 unidades
(1) (3) Ponto de equilíbrio operacional = $ 2.500/($ 10 – $ 7,50) =
1.000 unidades
(1) (4) Ponto de equilíbrio operacional = $ 3.000/($ 12,50 – $ 7,50) =
600 unidades
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Tabela 12.3 Sensibilidade do ponto de equilíbrio
operacional a aumentos das variáveis fundamentais
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Alavancagem
operacional
Figura 12.2 Alavancagem operacional
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Tabela 12.4 LAJIR em diversos níveis de vendas
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Alavancagem operacional:
mensuração do grau de
alavancagem operacional
• O grau de alavancagem operacional (GAO) mede a
sensibilidade a variações no LAJIR em relação a
variações em vendas.
• O GAO de uma empresa pode ser calculado de duas
maneiras: um cálculo fornecerá uma estimativa
pontual, enquanto o outro, uma estimativa de
intervalo.
• Somente as empresas que usam custos fixos no
processo de produção terão alavancagem operacional.
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GAO = Variação percentual do LAJIR
Variação percentual das vendas
• Aplicando essa equação aos casos 1 e 2 da Tabela
12.4, temos:
Caso 1: GAO = (+100% ÷ +50%) = 2,0
Caso 2: GAO = (– 100% ÷ –50%) = 2,0
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• Uma fórmula mais direta para calcular o GAO no nível
de vendas de referência, Q, é demonstrada a seguir.
Substituindo Q = 1.000, P = $ 10, CV = $ 5 e CF = $ 2.500 temos o
seguinte resultado:
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Alavancagem operacional:
custos fixos e alavancagem
operacional
Suponha que a Cheryl’s Posters substitua parte de seus custos
operacionais variáveis por custos operacionais fixos, eliminando
as comissões de vendas e aumentando os salários dos vendedores.
Essa mudança resulta em uma redução do custo operacional
variável por unidade de $ 5 para $ 4,50 e um aumento dos custos
operacionais fixos de $ 2.500 para $ 3.000.
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Tabela 12.5 Alavancagem operacional e
aumento dos custos fixos
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Alavancagem
financeira
• A alavancagem financeira resulta da presença de custos
financeiros fixos na estrutura de resultados da empresa.
• Podemos definir alavancagem financeira como o uso
potencial de custos financeiros fixos para ampliar os
efeitos de variações no lucro antes de juros e imposto
de renda sobre o lucro por ação.
• Os dois custos financeiros fixos que podem ser
encontrados na demonstração do resultado são (1) os
juros de dívida e (2) os dividendos preferenciais.
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A Chen Foods, uma pequena empresa de comida oriental, espera
obter um LAJIR de $ 10.000 no ano em curso. Tem uma
obrigação de $ 20.000 com cupom (anual) de 10% e 600 ações
preferenciais de $ 4 (dividendo anual por ação) em circulação.
Também possui 1.000 ações ordinárias em circulação.
O juro anual sobre a emissão de obrigações é de $ 2.000
(0,10 × $ 20.000), e os dividendos anuais para as ações
preferenciais, de $ 2.400 ($ 4,00/ação × 600 ações).
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Tabela 12.6 LPA para diversos níveis de LAJIRa
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Alavancagem financeira:
mensuração do grau de
alavancagem financeira
• O grau de alavancagem financeira (GAF) mede a
sensibilidade a variações no LPA em relação a
variações no LAJIR.
• Como o GAO, o GAF pode ser calculado de duas
maneiras: um cálculo fornecerá uma estimativa
pontual, enquanto o outro, uma estimativa de
intervalo.
• Somente as empresas que usam capital de terceiros ou
outras formas de financiamento a custo fixo (como
ações preferenciais) terão alavancagem financeira.
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• Aplicando essa equação aos casos 1 e 2 da Tabela 12.6,
temos:
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• Uma fórmula mais direta para calcular o grau de alavancagem
financeira no nível de referência de LAJIR é demonstrada a
seguir.
Substituindo LAJIR = $ 10.000, I = $ 2.000, DP = $ 2.400 e a
alíquota do imposto de renda (T = 0,40) temos o seguinte resultado:
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Alavancagem total
• A alavancagem total resulta do efeito combinado de
uso de custos fixos, tanto operacionais quanto
financeiros, para ampliar os efeitos de variações nas
vendas sobre o lucro por ação da empresa.
• A alavancagem total pode, portanto, ser vista como o
impacto total dos custos fixos presentes na estrutura
operacional e financeira da empresa.
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A Cables Inc., uma fabricante de cabos para computadores,
espera vender 20.000 unidades a $ 5 cada no próximo ano e
precisa cobrir as seguintes obrigações: custos operacionais
variáveis de $ 2 por unidade, custos operacionais fixos de
$
10.000, despesa financeira de $ 20.000 e dividendos
preferenciais de $ 12.000. A empresa está na faixa de 40% da
alíquota do imposto de renda e tem 5.000 ações ordinárias em
circulação. A Tabela 12.7 a seguir resume esses números.
slide 191
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Alavancagem total:
mensuração do grau
de alavancagem total
• Aplicando essa equação aos dados da Tabela 12.7,
temos:
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• Uma fórmula mais direta para calcular o GAT no nível de
referência de vendas, Q, é demonstrada a seguir.
Substituindo Q = 20.000, P = $ 5, CV = $ 2, CF = $ 10.000,
J = $ 20.000, DP = $ 12.000 e a alíquota do imposto de renda
(T = 0,40), temos o seguinte resultado:
slide 193
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Alavancagem total: relação
entre alavancagem
operacional, financeira e total
A relação entre o grau de alavancagem total (GAT) e os
graus de alavancagem operacional (GAO) e financeira
(GAF) é dada pela equação a seguir:
GAT = GAO  GAF
Aplicando isso a nosso exemplo anterior, temos:
GAT = 1,2  5,0 = 6,0
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Tabela 12.7 Efeito da alavancagem
total
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Estrutura de capital
da empresa
• A estrutura de capital é uma das áreas mais complexas da
tomada de decisões financeiras por causa de sua interação
com outras variáveis de decisão em finanças.
• Decisões equivocadas de estrutura de capital podem resultar
em um custo de capital elevado, reduzindo, assim, o VPL
dos projetos e fazendo com que um número maior deles seja
inaceitável.
• Decisões eficazes quanto à estrutura de capital podem
reduzir o custo de capital, resultando em VPLs maiores e
mais projetos aceitáveis, e, com isso, aumentar o valor de
uma empresa.
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Tipos de capital
slide 197
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Avaliação externa da
estrutura de capital
Tabela 12.8 Índices de endividamento para alguns setores
e ramos de atividade selecionados (anos fiscais encerrados
entre 1o de abril
de 2005 e 31 de
março de 2006)
slide 198
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Estrutura de capital
de empresas não
norte-americanas
• Nos últimos anos, os pesquisadores têm concentrado a
atenção nas estruturas de capital não somente das empresas
norte-americanas, mas também das estrangeiras.
• De modo geral, empresas não norte-americanas apresentam
graus de endividamento mais elevados do que seus pares
norte-americanos.
• Na maioria dos países da Europa e do Pacífico Asiático,
grandes bancos comerciais estão mais ativamente
envolvidos no financiamento da atividade empresarial do
que se verifica nos Estados Unidos.
slide 199
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• Ademais, em muitos desses países, é permitido aos bancos
fazer grandes investimentos de capital próprio em empresas
não financeiras — uma prática proibida nos Estados
Unidos.
• Por outro lado, há semelhanças entre as empresas norte-americanas e as de outros países.
• Por exemplo, os mesmos padrões setoriais de estrutura de
capital podem ser encontrados em todo o mundo.
• Além disso, as estruturas de capital das maiores
multinacionais com sede nos Estados Unidos tendem a
assemelhar-se às de multinacionais de outros países.
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Teoria da estrutura
de capital
• De acordo com a teoria financeira, as empresas
possuem uma meta de estrutura de capital que
minimizará seu custo de capital.
• Infelizmente, ainda não é possível fornecer aos
administradores financeiros uma metodologia
específica que possa ser usada na determinação da
estrutura de capital ótima de uma empresa.
• Todavia, em tese, a estrutura de capital ótima de uma
empresa vai equilibrar os benefícios e os custos do
financiamento com capital de terceiros.
slide 201
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• O principal benefício do financiamento com capital de
terceiros é o benefício fiscal oferecido pelo governo
federal em relação ao pagamento de juros.
• O custo do financiamento com capital de terceiros
resulta:
– da maior probabilidade de falência causada por obrigações de
dívida,
– da restrição da liberdade de ação da empresa pelos custos de
agency do credor e
– dos custos associados ao fato de que os administradores têm
mais informações sobre as perspectivas da empresa do que
seus investidores (informação assimétrica).
slide 202
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Teoria da estrutura de
capital: benefícios fiscais
• Permitir que as empresas deduzam os pagamentos de
juros de seu lucro tributável reduz a parcela de seus
lucros paga ao imposto de renda.
• Por conseguinte, isso aumenta os fluxos de caixa da
empresa e deixa maior valor disponível aos
investidores.
• Em essência, o governo está subsidiando o custo do
financiamento com capital de terceiros em relação ao
financiamento com capital próprio.
slide 203
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Teoria da estrutura de
capital: probabilidade
de falência
• A chance de uma empresa quebrar por se ver incapaz
de honrar pontualmente suas obrigações depende muito
de seu nível de risco econômico e risco financeiro.
• O risco econômico é o risco de uma empresa não ser
capaz de cobrir seus custos operacionais.
• De modo geral, quanto maior a sua alavancagem
operacional — o uso que faz de custos operacionais
fixos — maior o risco econômico.
• O risco econômico também é afetado pela estabilidade
da receita e de custo.
slide 204
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• A estrutura de capital de uma emrpesa – o mix entre
capital de terceiros e capital próprio – impacta de forma
direta a alavancagem financeira.
• A alavancagem financeira mede até que ponto uma
empresa emprega fontes de financiamento a custo fixo,
tais como dívida e ações preferenciais.
• Quanto maior a alavancagem financeira de uma
empresa, maior seu risco financeiro – o risco de ser
incapaz de honrar o pagamento de juros fixos e os
dividendos das ações preferenciais.
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• Risco econômico
A fabricante de refrigerantes Cooke Company está se
preparando para tomar uma decisão de estrutura de capital.
Ela obteve de sua equipe de projeções as estimativas de
vendas e os níveis de lucros antes de juros e imposto de
renda (LAJIR) como mostra a Tabela 12.9.
Tabela 12.9 Vendas e cálculo do LAJIR para a Cooke
Company (em $ mil)
slide 206
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• Risco econômico
Ao desenvolver a estrutura de capital da empresa, o
administrador financeiro deve aceitar esses níveis de
LAJIR e as probabilidades a eles associadas como
dados. Esses dados de LAJIR refletem um
determinado nível de risco econômico que capta a
alavancagem operacional, a variabilidade da receita
de vendas e a previsibilidade de custo da empresa.
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• Risco financeiro
Admitindo que (1) a empresa não tenha passivo circulante,
(2) sua estrutura de capital contenha atualmente apenas
ações ordinárias e (3) o montante total de capital
mantenha-se constante em $ 500.000, o mix de capital de
terceiros e próprio associado aos vários índices de
endividamento seria como consta da Tabela 12.10.
slide 208
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• Risco financeiro
Tabela 12.10 Estruturas de capital associadas a índices
alternativos de endividamento da Cooke Company
slide 209
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• Risco financeiro
Tabela 12.11 Nível de endividamento, taxa de juros e
valor monetário dos juros anuais associados às estruturas
de capital alternativas da Cooke Company
slide 210
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• Risco financeiro
Tabela 12.12 Cálculo do LPA (em $ mil) para alguns
índices de endividamento geral selecionados da
Cooke Company
slide 211
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slide 212
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slide 213
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• Risco financeiro
Tabela 12.13 LPA esperado, desvio padrão e coeficiente
de variação para estruturas de capital alternativas
da Cooke Company
slide 214
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• Risco financeiro
Figura 12.3 Distribuições de probabilidade
slide 215
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• Risco financeiro
Figura 12.4 LPA esperado e coeficiente de variação do
LPA
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Teoria da estrutura de
capital: custos de agency
impostos pelos credores
• Quando um credor fornece fundos a uma empresa, a
taxa de juros cobrada baseia-se em sua avaliação do
risco do negócio.
• Após obter um empréstimo a uma determinada taxa, a
empresa pode aumentar o seu risco ao investir em
projetos arriscados ou incorrer em mais dívidas.
• Se os investimentos arriscados derem certo, os
proprietários receberão todos os benefícios; se derem
errado, os credores compartilharão os custos.
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• Para evitar essa situação, os credores impõem
determinados custos de monitoramento aos
tomadores.
• Exemplos desses custos de monitoramento incluem:
– aumentar o custo de empréstimos futuros à empresa,
– negar solicitações posteriores de empréstimo e
– impor cláusulas restritivas nos contratos de empréstimo.
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Teoria da
estrutura de capital:
informação assimétrica
• A informação assimétrica surge quando os
administradores de uma empresa dispõem de mais
informações do que os investidores sobre as operações e as
perspectivas futuras.
• A informação assimétrica pode impactar a estrutura de
capital da empresa da seguinte maneira:
Suponhamos que a administração tenha identificado um
investimento valioso que exigirá financiamento adicional. Ela
acredita que as perspectivas sejam muito boas e que o
mercado, como indica o atual preço da ação da empresa, não
percebe inteiramente seu valor.
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• A informação assimétrica surge quando os
administradores de uma empresa dispõem de mais
informações do que os investidores sobre as operações e as
perspectivas futuras.
• A informação assimétrica pode impactar a estrutura de
capital da empresa da seguinte maneira:
Nesse caso, a administração levantará os fundos necessários
por meio de dívida, por acreditar/saber que as ações estão
subavaliadas. Nesse caso, usar dívida para levantar fundos é
tido como um sinal positivo aos investidores a respeito das
perspectivas da empresa.
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• A informação assimétrica surge quando os
administradores de uma empresa dispõem de mais
informações do que os investidores sobre as operações e as
perspectivas futuras.
• A informação assimétrica pode impactar a estrutura de
capital da empresa da seguinte maneira:
Se, contudo, o panorama futuro para a empresa for ruim, sua
administração poderá entender que a ação esteja
‘superavaliada’. Nesse caso, atenderia melhor aos interesses
dos acionistas emitir novas ações. Portanto, os investidores
muitas vezes interpretam o anúncio de uma emissão de ações
como um sinal ‘negativo’.
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Estrutura de
capital ótima
• Acredita-se, de modo geral, que o valor de uma empresa é
maximizado quando se minimiza o custo de capital (a taxa de
desconto da empresa).
• O valor da empresa pode ser definido algebricamente da
seguinte maneira:
slide 222
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Figura 12.5 Funções de
custo e valor
slide 223
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Enfoque LAJIR-LPA
para análise da
estrutura de capital
• O enfoque LAJIR-LPA na estrutura de capital envolve
selecionar a estrutura de capital que maximiza o LPA na
faixa esperada de lucro antes de juros e imposto de renda
(LAJIR).
• Usando esse enfoque, a ênfase está em maximizar o retorno
dos proprietários (LPA).
• Uma das limitações desse enfoque é o fato de que os lucros
constituem apenas um dos determinantes da maximização
de riqueza dos acionistas.
• Esse método não avalia de forma explícita o impacto do
risco.
slide 224
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Exemplo
As coordenadas de LAJIR-LPA podem ser encontradas
supondo valores específicos para LAJIR e calculando o LPA
a eles associado. A Tabela 12.12 mostra esses cálculos para
três estruturas de capital — índices de endividamento de 0%,
30% e 60% — da Cooke Company. Para valores de LAJIR de
$ 100.000 e $ 200.000, os valores de LPA correspondentes
encontram-se resumidos na tabela da Figura 12.6.
slide 225
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Figura 12.6 Enfoque
LAJIR -LPA
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Limitação básica da
análise LAJIR-LPA
• Embora a maximização do LPA seja geralmente boa
para os acionistas da empresa, a limitação básica desse
método é que ele não necessariamente maximiza a
riqueza dos proprietários porque ignora o risco.
• Se os investidores não exigissem prêmios pelo risco
(retornos adicionais) à medida que aumentasse a
proporção de capital de terceiros na estrutura de capital
da empresa, a estratégia que envolve a maximização do
LPA também maximizaria o preço da ação.
• Infelizmente, não é esse o caso.
slide 227
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Escolha da estrutura
de capital ótima
• A discussão a seguir tentará criar uma estrutura para tomada
de decisões sobre orçamento de capital que maximize a
riqueza dos proprietários — ou seja, que leve em conta tanto
o risco quanto o retorno.
• Provavelmente a melhor maneira de demonstrar isso seja por
meio do seguinte exemplo:
A Cooke Company, usando como medida de risco os
coeficientes de variação do LPA associados a cada uma
das sete estruturas de capital alternativas, estimou os
retornos requeridos a elas associados e mostrados na
Tabela 12.14.
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Tabela 12.14 Retornos requeridos para as estruturas
de capital alternativas da Cooke Company
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Substituindo na Equação 12.12 o nível esperado
de LPA e o retorno requerido a ele associado,
podemos estimar o valor por ação de uma
empresa, P0.
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Tabela 12.15 Cálculo de estimativas do valor da
ação associado às estruturas de capital alternativas
da Cooke Company
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Figura 12.7 Estimativa do valor
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Tabela 12.16 Fatores importantes
a serem considerados na tomada de
decisões sobre a estrutura de capital
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Capítulo 13
Política de
dividendos
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Objetivos de
aprendizagem
1. Entender os procedimentos de pagamento de
dividendos, o tratamento fiscal aplicável e o papel
dos planos de reinvestimento de dividendos.
2. Descrever a teoria residual dos dividendos e os
principais argumentos referentes à sua irrelevância
ou relevância.
3. Discutir os principais fatores envolvidos no
estabelecimento da política de dividendos.
slide 235
13-235
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4. Rever e avaliar os três tipos básicos de política de
dividendos.
5. Avaliar os dividendos pagos em ações, dos pontos
de vista contábil, do acionista e da empresa.
6. Explicar desdobramentos e recompras de ações,
bem como a motivação da empresa para realizá-los.
slide 236
13-236
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Fundamentos dos
dividendos
• Um dividendo é uma redistribuição de lucros.
• A maioria das empresas mantém uma política de
dividendos pela qual pagam dividendos periódicos em
bases trimestrais.
• Algumas empresas pagam um dividendo extra para
recompensar os acionistas, se tiveram um ano
excepcionalmente bom. A maioria das empresas paga
dividendos de acordo com uma payout ratio, que mede a
razão entre dividendos e lucros.
• Muitas empresas têm pagado dividendos periódicos por
mais de um século.
slide 237
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13-237
• O crescimento dos dividendos tende a ficar atrás do
crescimento dos lucros para a maioria das corporações (ver
próximo slide).
• Como a política de dividendos é um dos fatores que
direciona a decisão de um investidor quanto à compra de
uma ação, a maioria das empresas anuncia sua política de
dividendos e divulga ao público quaisquer variações
esperadas nessa política.
• Dessa forma, pode-se ver que muitas empresas usam sua
política de dividendos para fornecer informação que de
outra forma estaria indisponível aos investidores.
slide 238
13-238
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Fundamentos dos dividendos:
procedimentos de pagamento
de dividendos em dinheiro
(cash dividend)
• Data de registro: a data em que os investidores devem
possuir ações, para receber o pagamento do dividendo.
• Data ex dividendo: quatro dias antes da data de registro. O
dia em que uma ação é negociada sem direito a dividendo.
Imprensa financeira. As transações de ações na data
sem direito a dividendo são indicadas por um ‘x’
próximo ao volume de transações. Em geral, os preços
das ações caem na medida do dividendo trimestral na
data ex dividendo.
slide 239
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13-239
• Data de registro: a data em que os investidores devem
possuir ações, para receber o pagamento do dividendo.
• Data ex dividendo: quatro dias antes da data de
registro. O dia em que uma ação é negociada sem
direito a dividendo.
• Data de distribuição: o dia em que um dividendo é
pago (data de pagamento) aos acionistas. Normalmente
ocorre duas ou mais semanas antes que os titulares das
ações no dia de registro recebam seus dividendos.
slide 240
13-240
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Exemplo
Na assembleia trimestral de dividendos da Rudolf Company,
uma distribuidora de material para escritório, realizada em
10 de junho, o conselho de administração anunciou um
dividendo em dinheiro de $ 0,80 para os titulares
registrados até a sexta-feira, 2 de julho. A empresa tinha
100.000 ações ordinárias em circulação, e a data de
pagamento do dividendo era segunda-feira, 2 de agosto.
Antes da reunião, as principais contas da empresa eram:
Caixa $ 200.000
Dividendos a pagar
Lucros retidos
slide 241
$0
$ 1.000.000
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13-241
Quando o dividendo foi anunciado pelo conselho de
administração, $ 80.000 dos lucros retidos ($ 0,80 por ação ×
100.000 ações) foram transferidos para a conta de
dividendos a pagar. Com isso, as contas ficaram da seguinte
maneira:
Caixa $ 200.000
Dividendos a pagar $ 80.000
Lucros retidos
slide 242
$ 920.000
13-242
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As ações da Rudolf Company começaram a ser negociadas ex
dividendo dois dias úteis antes da data de registro, quarta-feira,
30 de junho. Essa data foi determinada subtraindo-se dois dias
da data de registro, 2 de julho. Quem comprasse ações da
empresa até a terça-feira, 29 de junho, faria jus aos dividendos;
quem as comprasse de 30 de junho em diante, não faria.
Admitindo-se estabilidade do mercado, o preço da ação da
Rudolf deveria cair aproximadamente $ 0,80 por ação quando
começasse a ser vendida ex dividendo em 30 de junho.
slide 243
13-243
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Em 2 de agosto a empresa remeteu os cheques de dividendos aos
titulares registrados em 2 de julho. Isso levou aos seguintes
saldos nas principais contas da empresa:
Caixa $ 120.000
Dividendos a pagar $ 0
Lucros retidos
$ 920.000
O efeito líquido do pagamento dos dividendos foi a redução do
ativo total da empresa (por meio de uma redução de caixa) e de
seu patrimônio líquido (por meio de uma redução de lucros
retidos) em $ 80.000.
slide 244
13-244
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Figura 13.1 Linha de tempo do pagamento de
dividendos
slide 245
13-245
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Fundamentos dos
dividendos: tratamento
fiscal dos dividendos
• O Jobs and Growth Tax Relief Reconciliation Act
de 2003 alterou significativamente o tratamento fiscal
dos dividendos reduzindo a alíquota àquela aplicável
aos ganhos de capital, que vai até 15%.
• Imediatamente após a aprovação da lei, muitas
empresas iniciaram ou aumentaram o pagamento de
dividendos aos acionistas, e espera-se que essa
redução no grau de bitributação de dividendos seja
mantida.
slide 246
13-246
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Planos de reinvestimento
de dividendos
• Os planos de reinvestimento de dividendos (PRDs)
permitem aos acionistas usar dividendos recebidos sobre as
ações de uma empresa para comprar mais ações — e até
mesmo frações delas — a um custo de transação baixo ou
nulo.
• Com os PRDs, os participantes de um plano podem,
normalmente, adquirir ações a um preço cerca de 5% menor
do que o vigente no mercado.
• Por outro lado, a empresa pode emitir novas ações aos
participantes de maneira mais econômica, evitando o
underpricing e os custos de lançamento em que incorreria
com uma venda pública de novas ações.
slide 247
13-247
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Relevância da política de
dividendos: teoria residual
dos dividendos
• A teoria residual dos dividendos sugere que o dividendo pago por
uma empresa deve ser encarado como um resíduo — o valor
remanescente após terem sido aproveitadas todas as oportunidades
aceitáveis de investimento.
• Com essa abordagem, a decisão quanto ao dividendo seria tratada
em três etapas, como segue:
Etapa 1: Determinar o nível ótimo de dispêndios de capital, que
seria o nível gerado pela interseção da escala de oportunidades de
investimento (EOI) e da escala de custo marginal ponderado do
capital — CMgPC.
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13-248
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Etapa 2: Usando as proporções da estrutura de capital ideal, estimar o
total de financiamento com capital próprio necessário para sustentar os
dispêndios gerados na Etapa 1.
Etapa 3: Como o custo dos lucros retidos é menor do que o das novas
ações ordinárias, usar esses lucros para fazer frente à necessidade de
capital próprio determinada na Etapa 2. Se os lucros retidos forem
insuficientes para isso, vender novas ações ordinárias. Se os lucros retidos
disponíveis superarem essa necessidade, distribuir o excedente — o
resíduo — como dividendos.
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• Em suma, essa abordagem sugere que não serão pagos
dividendos em dinheiro, desde que a necessidade de
capital próprio de uma empresa supere o valor dos
lucros retidos.
• Essa visão dos dividendos também sugere que o retorno
requerido dos investidores não é influenciado pela
política de dividendos da empresa — uma premissa
que, por sua vez, implica a irrelevância da política de
dividendos.
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A Overbrook Industries, uma fabricante de canoas e outras
pequenas embarcações, tem disponível para as operações do
exercício corrente $ 1,8 milhão, que pode ser retido ou distribuído
como dividendos. A estrutura de capital ideal da empresa encontra-se no endividamento geral de 30%, ou 30% de capital de terceiros
e 70% de capital próprio. A Figura 13.2 representa a escala de
custo marginal ponderado do capital (CMgPC) juntamente com
três escalas de oportunidades de investimento. Para cada EOI foi
indicado o nível de novo financiamento ou investimento total
determinado pelo ponto de interseção da EOI e do CMgPC.
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Figura 13.2 CMgPC e EOIs
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A Tabela 13.1 mostra que, se houver EOI1, a empresa pagará
$ 750.000 em dividendos, porque serão necessários apenas $
1.050.000 dos $ 1.800.000 em lucros disponíveis. A tabela
também mostra os pagamentos de dividendos associados a
EOI2 e EOI3. Dependendo da EOI, o dividendo de uma
empresa será efetivamente o resíduo, caso haja,
remanescente após o financiamento de todos os
investimentos aceitáveis.
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Tabela 13.1 Aplicação da teoria residual dos dividendos
à Overbrook Industries para cada uma das três EOIs
(conforme Figura 13.2)
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Relevância da política de
dividendos: argumentos
favoráveis à irrelevância
dos dividendos
• Merton H. Miller e Franco Modigliani (M e M) desenvolveram
uma teoria segundo a qual, em um mundo financeiro perfeito
(na ausência de incertezas, impostos, custos de transação e
outras imperfeições de mercado), o valor da empresa não é
afetado pela distribuição de dividendos.
• Eles argumentam que o valor de uma empresa é determinado
exclusivamente pelo retorno e risco de seus investimentos.
• Reter lucros ou pagar dividendos não afeta o valor da empresa.
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• Há estudos que demonstram que grandes variações dos
dividendos afetam, sim, o preço da ação.
• M e M replicam com o argumento de que esses efeitos
podem ser atribuídos não ao dividendo em si, mas ao
conteúdo informacional dos dividendos a respeito dos
lucros futuros.
• Ademais, M e M afirmam que existe um ‘efeito clientela’.
• Investidores que preferem dividendos manterão em
carteira ações com altos dividendos; aqueles que preferem
ganhos de capital manterão ações com baixos dividendos.
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• Em suma, esses autores e outros defensores da irrelevância dos
dividendos argumentam que, em igualdade das demais condições, o
retorno requerido de um investidor — e, portanto, o valor da empresa
— não é afetado pela política de dividendos por três motivos:
1. O valor da empresa é determinado exclusivamente pelo retorno e
risco de seus ativos (investimentos).
2. Se os dividendos afetam o valor, isso ocorre exclusivamente
devido a seu conteúdo informacional, que sinaliza as expectativas
da administração acerca dos lucros.
3. Há um efeito clientela, que leva os acionistas de uma empresa a
receber os dividendos que esperam.
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• Contrariando os defensores da irrelevância dos
dividendos, Gordon e Lintner sugerem que os acionistas
preferem dividendos correntes e que há uma relação
direta entre a política de dividendos de uma empresa e seu
valor de mercado.
• Um elemento central dessa proposta é o argumento do
“pássaro na mão”, segundo o qual os investidores
costumam evitar o risco e consideram os dividendos
correntes menos arriscados que os dividendos ou ganhos
de capital futuros.
• Como os dividendos correntes são menos arriscados, os
investidores reduzirão seu retorno requerido — e, com
isso, elevam o preço das ações.
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Fatores que afetam a
política de dividendos:
restrições legais
• A maioria dos Estados norte-americanos proíbe as
sociedades por ações de distribuir como dividendos em
dinheiro qualquer parcela de seu ‘capital social’, o qual é
normalmente medido pelo valor nominal das ações
ordinárias.
• As empresas às vezes impõem uma exigência em relação
aos lucros que limita o valor dos dividendos. Com isso, elas
evitam pagar mais dividendos do que a soma dos lucros
retidos dos exercícios.
• A maioria dos Estados proíbe o pagamento de dividendos,
se a empresa tiver obrigações em atraso ou encontrar-se
legalmente insolvente ou falida.
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• Até a Receita Federal dos Estados Unidos (IRS, do inglês,
Internal Revenue Service) estabeleceu regras na área da
política de dividendos.
• Especificamente, ela proíbe as empresas de acumular
lucros para reduzir o imposto de renda dos proprietários.
• Se a IRS conseguir provar que uma empresa acumulou
lucros em excesso para permitir que seus proprietários
adiem o pagamento de impostos sobre os rendimentos
representados pelos dividendos recebidos, pode aplicar um
imposto sobre a acumulação excessiva de lucros sobre
quaisquer lucros retidos acima de $ 250.000, na maioria dos
casos.
• Todavia, isso raramente ocorre.
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Fatores que afetam a
política de dividendos:
restrições contratuais
• Em muitos casos, a capacidade da empresa para pagar
dividendos é limitada por condições restritivas impostas
por contratos de empréstimo e escrituras de emissão.
• De modo geral, essas restrições proíbem o pagamento de
dividendos até que a empresa atinja um determinado nível
de lucros, ou podem limitar os dividendos a um
determinado valor ou porcentagem de lucros.
• Qualquer violação a essas restrições normalmente
acionam a demanda por pagamento imediato.
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Fatores que afetam a
política de dividendos:
restrições internas
• A capacidade da empresa para pagar dividendos é, de
modo geral, limitada pelo valor dos ativos líquidos
(caixa e títulos negociáveis) disponíveis, em vez do nível
de lucros retidos contra os quais cobrá-los.
• Embora seja possível a uma empresa tomar empréstimos
para pagar dividendos, os credores costumam relutar em
conceder tais créditos, pois não produzem benefícios
tangíveis ou operacionais que a ajudem a saldar
posteriormente a dívida.
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Fatores que afetam a
política de dividendos:
perspectivas de crescimento
• De modo geral, as empresas mais novas e em
crescimento acelerado pagam pouco ou nenhum
dividendo.
• Como essas empresas crescem rapidamente, elas devem
usar a maior parte dos fundos gerados internamente
para sustentar operações ou financiar a expansão.
• Por outro lado, empresas grandes e maduras costumam
pagar dividendos em dinheiro (cash dividend), visto
que têm facilidade de acesso a novo capital e podem ter
limitadas oportunidades de investimento.
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Fatores que afetam a
política de dividendos:
considerações relacionadas
aos proprietários
• A empresa deve estabelecer uma política que tenha efeito
favorável sobre a riqueza da maioria de seus proprietários.
• Se a empresa tiver elevada porcentagem de acionistas ricos,
pode optar por distribuir uma porcentagem menor de seus
lucros de modo a permitir que os proprietários adiem o
pagamento do imposto de renda até que vendam a ação.
• Como os dividendos em dinheiro são tributados à mesma
alíquota que os ganhos de capital, essa estratégia beneficia
os proprietários por meio do adiamento do pagamento de
impostos.
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• Também é necessário considerar as oportunidades de
investimento dos proprietários.
• Uma empresa não deve reter fundos para investir em
projetos que forneçam retornos menores do que os
proprietários poderiam obter com investimentos externos
de igual risco.
• Uma consideração final é a diluição potencial da
propriedade.
• Se uma empresa distribuir elevada porcentagem de lucros,
o novo capital próprio precisará ser levantado com ações
ordinárias
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Fatores que afetam a
política de dividendos:
considerações de mercado
• O aspecto mais importante da política de dividendos deve ser o
de que a empresa mantenha um nível de previsibilidade.
• Acredita-se que os acionistas que preferem ações que paguem
dividendos prefiram um nível fixo ou crescente de dividendos.
• Os acionistas frequentemente encaram o pagamento de
dividendo como um ‘sinal’ das perspectivas futuras da
empresa.
• Um dividendo estável e contínuo constitui um sinal ‘positivo’,
ao passo que o não pagamento de dividendos, devido a
prejuízos ou lucros muito baixos, como um sinal ‘negativo’.
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Tipos de política de
dividendos: política de
dividendos com taxa de
distribuição constante
• Uma política de dividendos com taxa de distribuição
constante determina que dada porcentagem dos lucros seja
paga aos proprietários a cada período.
• O problema dessa política é que, se os lucros da empresa
caírem ou forem voláteis, os dividendos também poderão
ser baixos, ou mesmo inexistentes.
• Como já vimos, os investidores consideram os dividendos
voláteis como negativos e arriscados — o que pode levar à
redução do preço das ações.
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A Peachtree Industries, uma empresa mineradora de potássio,
adota a política de distribuir 40% dos lucros como
dividendos. Nos exercícios em que ocorre prejuízo, a política
da empresa é não pagar dividendo algum.
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Tipos de política de
dividendos: política de
dividendos regulares
• A política de dividendos regulares baseia-se no
pagamento de um dividendo fixo em valor monetário a
cada período.
• Essa política fornece aos proprietários informações, de
modo geral, positivas, minimizando suas incertezas.
• É comum as empresas que adotam essa política
aumentarem o dividendo regular assim que ocorre um
aumento sustentado dos lucros.
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A política de dividendos da Woodward Laboratories,
fabricante de um popular adoçante artificial, é pagar
dividendos anuais de $ 1,00 por ação até que o lucro por ação
supere $ 4,00 por três anos consecutivos. Nesse ponto, o
dividendo anual eleva-se para $ 1,50 por ação e estabelece-se
um novo patamar de lucros. A empresa não prevê diminuir
seus dividendos, a menos que sua liquidez esteja em jogo. Os
dados de lucros, dividendos e preço médio da ação da
Woodward nos últimos 12 anos podem ser encontrados a
seguir.
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Tipos de política de
dividendos: política de
dividendos regulares baixos mais
dividendos extraordinários
• Algumas empresas estabelecem uma política de dividendos
regulares baixos, complementada por dividendos
extraordinários.
• Quando ocorrem lucros superiores ao normal, essas empresas
pagam um dividendo regular baixo ao qual é acrescido um
dividendo adicional, conhecido como dividendo
extraordinário, sem a obrigação de mantê-lo por períodos
subsequentes.
• Essa política é particularmente comum entre empresas que
passam por variações cíclicas de lucros.
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Outras modalidades de
dividendo: dividendos
em ações (stock dividends)
• Um dividendo em ações consiste no pagamento de um
dividendo sob a forma de ações, e não em dinheiro.
• Muitos investidores acreditam que os dividendos em ações
aumentam o valor de suas carteiras.
• Na verdade, do ponto de vista de valor de mercado, os
dividendos em ações funcionam como desdobramentos de
ações (stock splits). O investidor acaba possuindo mais
ações, mas o valor de cada ação é menor.
• Do ponto de vista contábil, o pagamento de dividendos em
ações representa apenas um remanejamento entre as contas
do patrimônio líquido, não uma saída de fundos.
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• Aspectos contábeis
O patrimônio líquido atual, constante do balanço da
Garrison Corporation, uma distribuidora de armários préfabricados, é o representado a seguir.
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• Aspectos contábeis
Se a Garrison anunciar um dividendo em ações de 10% e
o preço de mercado de suas ações for de $ 15 por ação,
$ 150.000 de lucros retidos (10% × 100.000 ações ×
$ 15 por ação) serão capitalizados.
Os $ 150.000 serão distribuídos entre a conta de ações
ordinárias e a de ágio na venda de ações. As contas
resultantes são mostradas a seguir.
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• Aspectos contábeis
Como são emitidas 10.000 novas ações (10% de 100.000)
ao preço vigente de mercado de $ 15 por ação, deslocamse $ 150.000 ($ 15 por ação × 10.000 ações) da conta de
lucros retidos para a de ações ordinárias e ágio na venda
de ações.
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• O ponto de vista do acionista
– Do ponto de vista do acionista, os dividendos em ações
resultam em uma diluição das ações mantidas.
– Por exemplo, suponhamos que um acionista tenha 100
ações a $ 20/por ação ($ 2.000 no total) antes de um
dividendo em ações.
– Se a empresa declarar um dividendo em ações de 10%, o
acionista terá 110 ações. Entretanto, o valor total de suas
ações continuará sendo $ 2.000.
– Dessa forma, o valor das ações deve cair para $ 18,18
($ 2.000/110).
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• O ponto de vista da empresa.
– Desvantagens dos dividendos em ações:
• Custo da emissão de novas ações.
• Impostos e taxas incidentes sobre as novas ações.
• Outros custos de registro.
– Vantagens dos dividendos em ações:
• As empresas preservam caixa.
• Sinalização aos acionistas de que a empresa está
reinvestindo o fluxo de caixa em oportunidades de
investimento lucrativas.
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Outras modalidades de
dividendo: desdobramentos
de ações (stock splits)
• Um desdobramento de ações é uma forma de recapitalização
que afeta o número de ações em circulação, o valor nominal,
os lucros por ação e o preço de mercado.
• O argumento a favor de um desdobramento de ações é que ele
reduz o preço da ação, o que a torna mais atrativa aos
investidores individuais.
A Delphi Company, um negócio de produtos florestais,
tinha em circulação 200.000 ações ordinárias com valor
nominal
de $ 2. O patrimônio líquido total, antes e depois do
desdobramento, pode ser visto na tabela a seguir.
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• Um desdobramento reverso reduz o número de ações em
circulação e aumenta o preço da ação — ou seja, o oposto
do desdobramento de ações.
• O argumento a favor de um desdobramento reverso é que
ele aumenta a respeitabilidade da ação e transmite a
mensagem de que não se trata de uma ‘junk stock’.
De modo geral, pesquisas sobre desdobramentos de
ações e dividendos em ações sustentam a teoria de
que não afetam o valor das ações. Contudo, são
frequentemente usados para enviar um sinal positivo
aos investidores sobre o que está por vir.
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Outras modalidades de
dividendo: recompras
de ações (stock repurchases)
• Uma recompra de ações é a compra e retirada de
circulação de ações pela corporação emitente.
• Uma recompra é uma liquidação parcial, visto que
diminui o número de ações em circulação.
• Também pode ser considerado como uma altenativa
aos dividendos pagos em dinheiro.
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• As motivações práticas para essas recompras de ações
incluem:
– Usar as ações para outra finalidade.
– Alterar a estrutura de capital da empresa.
– Aumentar o LPA e o ROE resultando em um preço de
mercado mais elevado.
– Reduzir a chance de uma aquisição hostil.
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Outras modalidades de
dividendo: Stock
recompras de ações vistas
como dividendo em dinheiro
• A recompra de ações resulta em um tipo de diluição
reversa.
• O efeito líquido de uma recompra assemelha-se ao
pagamento de um dividendo em dinheiro.
• Entretanto, se a empresa pagar o dividendo, o titular terá
de recolher imposto de renda.
• Por outro lado, o imposto sobre o ganho decorrente de
uma recompra será postergado até a venda da ação.
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Capítulo 14
Capital de giro
e administração
do ativo
circulante
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Objetivos de
aprendizagem
1. Compreender a administração financeira de curto
prazo, o capital de giro líquido e a relação entre
rentabilidade e risco.
2. Descrever o ciclo de conversão de caixa, suas
necessidades de financiamento e as principais
estratégias para geri-lo.
3. Discutir a administração de estoques: diferentes
enfoques, técnicas comuns e considerações
internacionais.
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4. Explicar o processo de seleção de crédito e o
procedimento quantitativo de avaliação de mudança
dos padrões de concessão de crédito.
5. Rever os procedimentos de avaliação quantitativa
das alterações em descontos financeiros e outros
aspectos dos termos de crédito e do monitoramento
de crédito.
6. Compreender a administração de recebimentos e
pagamentos, incluindo float, aceleração de
cobrança, retardamento de pagamentos,
concentração de caixa, contas com saldo nulo e
aplicação em títulos de liquidez imediata.
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Ativos & passivos
de curto & longo prazo
Ativos circulantes:
Caixa
Títulos negociáveis
Pré-pagamentos
Contas a receber
Estoques
Ativos fixos:
Investimento
Instalações & máquinas
Terreno e prédio
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Passivos circulantes:
Contas a pagar a fornecedores
Despesas
Dívida de curto prazo
Impostos a pagar
Financiamento de longo
prazo:
Capital de terceiros
Capital próprio
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Capital de giro líquido
• O capital de giro inclui os ativos circulantes de uma
empresa, que se compõem de caixa e títulos
negociáveis, além de contas a receber e estoques.
• Também consiste de passivos circulantes, incluindo
contas a pagar, empréstimos bancários e despesas a
pagar.
• O capital de giro líquido é definido como o total de
ativos circulantes menos o total de passivos
circulantes.
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Compensação entre
rentabilidade e risco
• Capital de giro líquido positivo (baixo retorno e baixo risco)
baixo
retorno
Ativos circulantes
Capital de giro
líquido > 0
Passivos
circulantes
Dívida de
longo prazo
baixo
custo
alto
custo
alto
retorno
Ativos
fixos
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Capital próprio
custo
mais alto
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• Capital de giro líquido negativo (alto retorno e alto risco)
baixo
retorno
Ativos
circulantes
alto
retorno
Ativos
fixos
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Passivos
circulantes
Capital de giro
líquido < 0
baixo
custo
Dívida de
longo prazo
alto
custo
Capital próprio
custo
mais alto
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Tabela 14.1 Efeitos da variação do quociente sobre o
lucro e o risco
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Ciclo de conversão
de caixa
• A administração financeira de curto prazo –
administrar ativos e passivos circulantes – é uma das
atividades mais importantes e demoradas do
administrador financeiro.
• O objetivo da administração financeira de curto prazo
é administrar cada um dos ativos e passivos
circulantes de uma empresa, para atingir o equilíbrio
entre rentabilidade e risco que contribui de modo
positivo para o valor geral do negócio.
• Entender o ciclo de conversão de caixa de uma
empresa é essencial à administração financeira de
curto prazo.
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Cálculo do ciclo de
conversão de caixa
O ciclo operacional (CO) de uma empresa é o período
de tempo que vai do começo do processo de produção
até o recebimento de caixa resultante da venda do
produto acabado.
O ciclo de conversão de caixa (CCC) representa o ciclo
operacional menos o prazo médio de pagamento.
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• Tanto o CO quanto o CCC podem ser calculados
conforme demonstrado a seguir:
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A MAX Company, fabricante de pratos descartáveis, tem vendas
anuais de $ 10 milhões, custo das mercadorias vendidas de 75%
das vendas e compras que correspondem a 65% do custo das
mercadorias vendidas. A idade média dos estoques (IME) é de 60
dias, o prazo médio de recebimento (PMR) de 40 dias e o prazo
médio de pagamento (PMP) de 35 dias.
Logo, o ciclo de conversão de caixa da MAX é de 65 dias (60 +
40 – 35). A Figura 14.1 apresenta o ciclo de conversão de caixa
da MAX Company em uma linha de tempo.
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Figura 14.1 Linha de tempo do ciclo de
Conversão de caixa da MAX Company
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Os recursos investidos pela MAX nesse ciclo de
conversão de caixa (supondo-se um ano de 365 dias) são:
Evidentemente, reduzir o IME ou o PMR ou prolongar o PMP
diminuirá o ciclo de conversão de caixa, com isso diminuindo a
quantidade de recursos a serem comprometidos pela empresa para
sustentar as operações.
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Necessidades de
financiamento
resultantes do CCC
• Necessidades de financiamento permanente versus
financiamento sazonal.
– Se as vendas de uma empresa forem constantes, seu
investimento em ativos operacionais também deverá ser
constante e ela terá apenas necessidade de financiamento
permanente.
– Se as vendas forem cíclicas, o investimento em ativos
operacionais variará ao longo do tempo conforme os
ciclos de vendas e a empresa terá necessidade de
financiamento sazonal, além do financimanto permanente
necessário para um investimento mínimo em ativos
operacionais.
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• Necessidades de financiamento permanente versus
financiamento sazonal.
A Nicholson Company mantém, em média, $ 50.000 em caixa e
títulos negociáveis, $ 1.250.000 em estoques e $ 750.000 em contas
a receber. O negócio é muito estável ao longo do tempo, de modo
que seus ativos operacionais podem ser considerados permanentes.
Além disso, as contas a pagar a fornecedores de $ 425.000 são
estáveis ao longo do tempo. Logo, a empresa tem um investimento
permanente em ativos operacionais de $ 1.625.000 ($ 50.000 + $
1.250.000 + $ 750.000 – $ 425.000). Esse valor também
corresponde à sua necessidade de financiamento permanente.
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Por outro lado, a Semper Pump Company, fabricante de bombas
para pneu de bicicleta, tem necessidades de financiamento
sazonal. As vendas são sazonais, atingindo seu pico durante o
verão. A Semper mantém, no mínimo, $ 25.000 em caixa e
títulos negociáveis, $ 100.000 em estoques e $ 60.000 em contas
a receber. Em momentos de pico, os estoques aumentam para $
750.000 e as contas a receber para $ 400.000. Para obter
eficiência de produção, o ritmo de produção é mantido constante
durante o ano. Por isso, as contas a pagar a fornecedores
permanecem em $ 50.000 o ano todo.
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Nesses termos, a Semper tem necessidade de financiamento
permanente para sustentar seu nível mínimo de ativos
operacionais de $ 135.000 ($ 25.000 + $ 100.000 + $ 60.000 –
$ 50.000) e necessidade de financiamento para os picos
sazonais (além da permanente) de $ 990.000 [($ 25.000 +
$ 750.000 + $ 400.000 – $ 50.000) – $ 135.000]. A
necessidade total de financiamento dos ativos operacionais da
empresa varia entre um mínimo de $ 135.000 (permanente) e
um pico sazonal de $ 1.125.000 ($ 135.000 + $ 990.000),
como indica a Figura 14.2.
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Figura 14.2 Necessidade total de financiamento
da Semper Pump Company
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• Estratégias agressiva versus
conservadora de financiamento sazonal.
A Semper Pump Company tem necessidade de financiamento permanente de
$ 135.000 em ativos operacionais e de financiamento sazonal que varia entre
$ 0 e $ 990.000, com média de $ 101.250 (calculada a partir de dados não
apresentados). Se a empresa puder tomar fundos de curto prazo a 6,25% e de
longo prazo a 8% e puder ganhar 5% sobre o investimento de qualquer saldo
excedente, o custo anual de uma estratégia agressiva de financiamento
sazonal será:
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Alternativamente, a Semper pode optar por uma estratégia conservadora,
segundo a qual os saldos excedentes de caixa serão integralmente
investidos (na Figura 14.2, esses saldos serão a diferença entre a
necessidade máxima de $ 1.125.000 e a total, que varia entre $ 135.000
e $ 1.125.000 ao longo do ano).
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Evidentemente, a alta dependência da estratégia agressiva de
financiamento de curto prazo torna-a mais arriscada do que a
opção conservadora, devido às oscilações das taxas de juros e
de possíveis dificuldades de obtenção rápida do financiamento
de curto prazo necessário quando ocorrerem os picos sazonais.
A estratégia conservadora evita esses riscos com o
‘congelamento’ da taxa de juros e o financiamento de longo
prazo, mas é mais dispendiosa. A decisão final caberá, portanto,
à administração.
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Estratégias de gestão
do CCC
1. Girar o estoque o mais rapidamente possível, sem
faltas que resultem em vendas perdidas.
2. Cobrar as contas a receber o mais rapidamente
possível sem perder vendas por conta de técnicas de
cobrança muito agressivas.
3. Gerir os prazos de postagem, processamento e
compensação para reduzi-los ao cobrar dos clientes
e prolongá-los ao pagar fornecedores.
4. Quitar as contas a pagar a fornecedores o mais
lentamente possível, sem prejudicar o rating de
crédito da empresa.
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Administração de
estoques: fundamentos
• Classificação de estoques.
– Matérias-primas: itens comprados para uso na
manufatura de um produto acabado.
– Work-in-progress: todos os itens que estão em
produção.
– Bens acabados: itens que foram produzidos, mas ainda
não foram vendidos.
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Administração de estoques:
diferentes pontos de vista
quanto aos níveis de estoque
• Os diversos departamentos de uma empresa (finanças, produção,
marketing etc.) costumam ter pontos de vista divergentes quanto
aos níveis ‘apropriados’ de estoques.
• A inclinação geral do administrador financeiro ante o nível de
estoque é mantê-lo baixo para garantir que o dinheiro da empresa
seja investido com sabedoria.
• O responsável pelo marketing prefere contar com grande estoque
de produtos acabados para garantir atendimento rápido a todos os
pedidos.
• A principal responsabilidade do administrador de produção é
implementar o plano de produção de tal maneira que resulte na
quantidade desejada de produtos acabados, com qualidade
aceitável, disponíveis no prazo e a baixo custo.
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Técnicas comuns de
administração de
estoques
• Sistema ABC.
– As empresas que usam o sistema ABC de estoques
classificam seu estoque em três grupos de ordem decrescente
de importância com base no valor monetário investido em
cada um.
– Um sistema característico contém um grupo A que
compreende 20% dos itens mantidos em estoque, mas requer
80% do investimento; o grupo B inclui os itens que
respondem pelo segundo maior investimento desse gênero, e
assim por diante.
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– Aqueles pertencentes ao grupo A costumam ser monitorados
com maior intensidade devido ao elevado investimento
monetário.
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• Modelo do lote econômico (EOQ, do inglês, economic order
quantity).
Suponhamos que a RLB, Inc., um fabricante de equipamentos
eletrônicos de teste, utiliza 1.600 unidades de um item ao ano. Seu
custo de pedido é de $ 50 por pedido, e o custo de carregamento é de
$ 1 por unidade, por ano. Substituindo na equação anterior, temos:
EOQ = 2(1,600)($ 50) = 400
$1
O EOQ pode ser usado par avaliar o custo total de estoque, como
indicam os slides seguintes.
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• Modelo do lote econômico
(EOQ, do inglês, economic order quantity).
Custos de pedido = Custo/pedido × No de pedidos/ano
Custos de pedido = $ 50  4 = $ 200
Custos de carregamento =
Custos de carregamento/ano × Tamanho do pedido
2
Custos de carregamento = ($ 1  400)/2 = $ 200
Custos totais = Custos de pedido + Custos de carregamento
Custos totais = $ 200 + $ 200 = $ 400
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• Ponto de emissão de novo pedido.
– Uma vez que a empresa tenha determinado seu lote
econômico, precisa determinar quando emitir um pedido.
– Mais especificamente, o ponto de emissão de novo pedido
reflete o número de dias necessários para emitir e receber um
pedido.
– Supondo-se que o estoque seja usado a um ritmo constante no
decorrer do ano (sem sazonalidade), a fórmula do ponto de
emissão de novo pedido é:
Ponto de emissão de novo pedido = dias de prazo × utilização
diária
Utilização diária = Utilização anual/360
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• Ponto de emissão de novo pedido.
Usando o exemplo anterior da RLB, se a empresa sabe que são necessários
10 dias para emitir e receber um pedido, e que a utilização anual é de 1.600
unidades por ano, o ponto de emissão de novo pedido pode ser determinado
da seguinte maneira:
Utilização diária = 1.600/360 = 4,44 unidades/dia
Ponto de emissão de novo pedido = 10 x 4,44 = 44,44 ou 45
unidades
Portanto, quando o nível de estoque da RLB atinge 45 unidades, ela deve
emitir um pedido de 400 unidades. Entretanto, se a empresa deseja manter
um estoque de segurança para se proteger de faltas, deve emitir o pedido
antes que o estoque chegue a 45 unidades.
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• Sistema just-in-time (JIT).
– O sistema just-in-time (JIT) é usado para minimizar o
investimento em estoques; a ideia é que os materiais cheguem
exatamente no momento em que são necessários para a
produção.
– Para que um sistema JIT funcione, deve haver uma ampla
coordenação entre a equipe da empresa, seus fornecedores e
as transportadoras, para garantir que os insumos cheguem a
tempo.
– Além disso, a qualidade e a consistência dos insumos devem
estar próximas da perfeição, dada a ausência de estoque de
segurança.
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• Sistemas computadorizados de controle de recursos.
– O sistema de planejamento de necessidades de materiais
(MRP) é usado para determinar quais materiais pedir,
quando emitir o pedido e quais prioridades atribuir aos
materiais pedidos.
– O MRP aplica os conceitos de EOQ para determinar a
quantidade a ser pedida por computador.
– Ele simula a lista de materiais, a situação dos estoques e o
processo produtivo de cada item.
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• Sistemas computadorizados de controle de recursos.
– Assim como o simples EOQ, o objetivo dos sistemas MRP
é reduzir o investimento em estoques sem prejudicar a
produção.
– Uma extensão bastante popular do MRP é o planejamento
de recursos de produção II (MRP II), que usa um sistema
computacional sofisticado para integrar dados de diversas
áreas, como finanças, contabilidade, marketing, engenharia
e produção.
– Esse sistema gera planos de produção, além de diversos
relatórios financeiros e administrativos.
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• Sistemas computadorizados de controle de recursos.
– Enquanto o MRP e o MRP II tendem a focar as operações
internas, os sistemas de enterprise resource planning
(ERP) ampliam o foco para o ambiente externo,
incluindo informações sobre fornecedores e clientes.
– O ERP integra eletronicamente todos os departamentos
de uma empresa, de modo que, por exemplo, a produção
possa levantar informações de vendas e saber
imediatamente o quanto produzir para atender aos
pedidos de clientes.
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Administração de estoques:
administração de estoque
em âmbito internacional
• A administração internacional de estoque costuma
ser muito mais complicada para exportadores e
multinacionais.
• As economias de escala em produção e fabricação que
seriam de se esperar da venda global de produtos
podem ser difíceis de obter, se os produtos precisarem
ser adaptados a cada mercado local.
• O transporte por longas distâncias geralmente acarreta
atrasos, confusão, danos, furtos e outras dificuldades.
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Administração de
contas a receber
• O segundo componente do ciclo de conversão de
caixa é o prazo médio de recebimento — o período
de tempo médio entre uma venda a prazo e a
conversão do pagamento em fundos que a empresa
possa usar.
• O prazo médio de recebimento divide-se em duas
partes:
– o intervalo entre a venda e o momento em que o cliente
remete o pagamento e
– o intervalo entre a remessa do pagamento e a entrada de
fundos na conta bancária da empresa.
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Administração de contas
a receber: cinco Cs
do crédito
• Caráter: o histórico de cumprimento de obrigações
pelo solicitante.
• Capacidade: a capacidade do solicitante de honrar o
crédito pedido.
• Capital: a relação entre a dívida do solicitante e seu
patrimônio líquido.
• Colateral: o valor dos ativos que o solicitante dispõe
para dar em garantia do crédito.
• Condições: as condições econômicas gerais e
setoriais e quaisquer condições especiais vinculadas a
uma transação específica.
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Administração de contas a
receber:scoring de crédito
• O scoring de crédito é um procedimento que resulta
em uma pontuação (score) que mede a qualidade
geral do crédito do solicitante, aplicando-se pesos
estatisticamente derivados a diversas características
financeiras e de crédito.
• O procedimento resulta em uma pontuação (score)
que mede a qualidade geral do crédito do solicitante,
sendo essa pontuação usada para tomar a decisão de
aceitação ou rejeição do crédito.
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• Seu objetivo é que se tome uma decisão de crédito
relativamente bem informada, de maneira rápida e
barata.
• Para uma demonstração do scoring de crédito,
incluindo o uso de planilha, veja o site de apoio do
livro www.prenhall.com/gitman_br.
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Administração de contas
a receber: mudança dos
padrões de crédito
• Pode ocorrer que uma empresa avalie a possibilidade de
alterar seus padrões de crédito, para tentar melhorar os
retornos e criar maior valor para os proprietários.
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Exemplo de mudança
dos padrões de crédito
A Dodd Tool, uma empresa fabricante de ferramentas de moldagem, está
vendendo seu produto a $ 10 por unidade. As vendas (todas a prazo) do
ano passado foram de 60.000 unidades. O custo variável por unidade é
$ 6, e o custo fixo total do negócio é $ 120.000.
A empresa está avaliando um relaxamento dos padrões de crédito que
espera resultar no seguinte: aumento de 5% das vendas unitárias, para
63.000 unidades; aumento do prazo médio de recebimento de 30 dias (o
nível atual) para 45 dias; aumento das perdas com créditos incobráveis de
1% das vendas (nível atual) para 2%. O custo de oportunidade dos fundos
empatados nas contas a receber, é 15%.
Com base nessa informação, a Dodd deve relaxar seus padrões de crédito?
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• Contribuição das vendas adicionais ao lucro.
Análise do relaxamento dos padrões de crédito
Contribuição das vendas adicionais ao lucro
Nível de vendas antigas — 60.000
Preço/Unidade — $ 10,00
Nível de vendas novas — 63.000
Custo variável/Unidade — $ 6,00
Aumento de vendas — 3.000
Margem de contribuição/Unidade — $ 4,00
Contribuição das vendas adicionais aos lucro (vendas incr  margem cont) — $ 12.000
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Custo do investimento marginal em A/R:
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Custo do investimento marginal em A/R:
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Perdas marginais com créditos incobráveis:
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Custo do investimento marginal em A/R:
Tabela 14.2
Efeitos do
relaxamento
dos padrões de
crédito na Dodd
Tool
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Mudança dos termos
de crédito
• Os termos de crédito especificam as condições de venda
a clientes aos quais a empresa tenha concedido crédito.
• Os termos de crédio compõem-se de três partes:
– descontos financeiros;
– prazo do desconto financeiro;
– período de crédito.
• Por exemplo, condições de 2/10, líquido 30 significam
que o cliente pode abater 2% do valor da fatura, se efetuar
o pagamento dentro de 10 dias a contar do início do
período de crédito ou, alternativamente, pagar o valor
integral da fatura dentro de 30 dias.
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Exemplos de mudança
dos termos de crédito
A MAX Company tem prazo médio de recebimento de 40 dias
(giro = 365/40 = 9,1). Segundo seus termos de crédito de líquido
30, esse período divide-se em 32 dias até que os clientes
remetam os pagamentos (nem todos pagam em 30 dias) e oito
dias para receber, processar e transformar em caixa os
pagamentos uma vez enviados.
A empresa está pensando em implantar um desconto financeiro,
alterando seus termos de crédito de líquido 30 para 2/10, líquido
30. Com essa mudança, espera-se reduzir o prazo para remessa
do pagamento, levando a um prazo médio de recebimento de 25
dias (giro = 365/25 = 14,6).
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Tabela 14.3 Análise do oferecimento
de um desconto financeiro pela MAX Company
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Monitoramento
do crédito
• O monitoramento de crédito é uma revisão constante
das contas a receber da empresa para determinar se os
clientes estão pagando de acordo com os termos de
crédito pactuados.
• Pagamentos atrasados geram custos porque alongam
o prazo médio de recebimento e, com isso, aumentam
o investimento da empresa em contas a receber.
• Duas técnicas frequentemente usadas para monitorar
o crédito são o prazo médio de recebimento e a idade
das contas a receber.
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Monitoramento do crédito:
prazo médio de
recebimento
• O prazo médio de recebimento é o número médio de dias
durante o qual as vendas a crédito ficam em aberto. Esse prazo
médio tem dois componentes:
– o período entre a venda e a remessa do pagamento pelo cliente e
– o prazo necessário para receber, processar e transformar em caixa
o pagamento efetuado pelo cliente.
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Monitoramento do
crédito: idade das
contas a receber
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Monitoramento do crédito:
política de recebimento
• A política de recebimento de uma empresa
representa os procedimentos que ela adota para
arrecadar suas contas a receber quando vencem.
• A eficácia dessa política pode ser parcialmente
avaliada pela avaliação no nível das despesas
vencidas.
• Como já vimos em exemplos anteriores, esse nível
depende não só da política de recebimento, mas
também da política de crédito de uma empresa.
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Política de cobrança
Tabela 14.4 Técnicas comuns de cobrança
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Administração de
recebimentos e
pagamentos: float
• Float de recebimento é a defasagem entre o
momento em que um pagante deduz um pagamento
de sua conta bancária e o momento em que os fundos
ficam efetivamente disponíveis ao recebedor.
• Float de pagamento é a defasagem entre o momento
em que um pagante deduz um pagamento de sua
conta bancária e o momento em que os fundos são
efetivamente sacados da conta.
• Tanto o float de recebimento quanto o de pagamento
possuem três componentes distintos:
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• Float de postagem é o intervalo entre a postagem do
pagamento e seu recebimento pelo destinatário.
• Float de processamento é o intervalo entre o
recebimento do pagamento e seu depósito em conta
da empresa.
• Float de compensação é o intervalo entre o depósito
do pagamento e o momento em que os fundos
tornam-se disponíveis para a empresa. Este
componente é atribuído ao prazo necessário para que
um cheque seja compensado pelo sistema bancário.
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Administração de
recebimentos e
pagamentos: aceleração da cobrança
• Sistema de caixa postal.
– Um sistema de caixa postal é aquele em que, em vez de
remeter os pagamentos à empresa, os clientes fazem a
remessa a uma caixa postal. O banco da empresa esvazia
regularmente a caixa.
– É diferente e superior ao banco de concentração, no sentido
de que o banco da empresa efetivamente mantém a caixa
postal, o que reduz o float de processamento.
– Um sistema de caixa postal reduz o float de recebimento ao
encurtar o float de processamento bem como os floats de
postagem e compensação.
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Administração de
recebimentos e pagamentos:
retardarmento de pagamentos
• Controle de pagamentos
– O controle de pagamentos envolve o uso estratégico de
pontos de postagem e contas bancárias para alongar,
respectivamente, o float de postagem e o de compensação.
– Todavia, deve-se ter cautela ao usar essa abordagem, uma
vez que prazos de pagamento mais longos podem
desgastar a relação com os fornecedores.
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Administração de
recebimentos e pagamentos:
concentração de caixa
• Remessas diretas e outras técnicas
– Transferências a cabo são uma comunicação eletrônica
que, por meio de lançamentos contábeis, retira fundos do
banco da fonte pagadora e deposita-os no banco do
recebedor — com isso, reduzindo o float de recebimento.
– Transferência de CA (compensação automatizada) é
uma retirada eletrônica previamente autorizada contra a
conta da fonte pagadora.
– As ACHs são compensadas em um só dia, o que reduz os
floats de postagem, processamento e compensação.
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Administração de
recebimentos e
pagamentos: contas de saldo nulo
• As contas de saldo nulo (ZBAs, do inglês, zerobalance account) são contas de desembolso que sempre
têm saldo zero ao final do dia.
• Seu objetivo é eliminar saldos de caixa não
remunerados das contas-correntes da empresa.
• Uma ZBA funciona bem como conta para pagamentos
dentro de um sistema de concentração de caixa.
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Aplicações em títulos
negociáveis
(continua)
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(continuação)
(continua)
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(continuação)
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