FILOSOFIA
FERNANDO
9º
11/08/2014
QUESTÃO 01
(Unesp 2014) Não somente os tipos das canções de sucesso, os astros, as novelas ressurgem ciclicamente como invariantes
fixos, mas o conteúdo específico do espetáculo só varia na aparência. O fracasso temporário do herói, que ele sabe suportar
como bom esportista que é; a boa palmada que a namorada recebe da mão forte do astro, são, como todos os detalhes, clichês
prontos para serem empregados arbitrariamente aqui e ali e completamente definidos pela finalidade que lhes cabe no esquema.
Desde o começo do filme já se sabe como ele termina, quem é recompensado, e, ao escutar a música ligeira, o ouvido treinado é
perfeitamente capaz, desde os primeiros compassos, de adivinhar o desenvolvimento do tema e sente-se feliz quando ele tem
lugar como previsto. O número médio de palavras é algo em que não se pode mexer. Sua produção é administrada por
especialistas, e sua pequena diversidade permite reparti-las facilmente no escritório.
(Theodor W. Adorno e Max Horkheimer. “A indústria cultural como mistificação das massas”. In: Dialética do esclarecimento, 1947. Adaptado.)
O tema abordado pelo texto refere-se
a) ao conteúdo intelectualmente complexo das produções culturais de massa.
b) à hegemonia da cultura americana nos meios de comunicação de massa.
c) ao monopólio da informação e da cultura por ministérios estatais.
d) ao aspecto positivo da democratização da cultura na sociedade de consumo.
e) aos procedimentos de transformação da cultura em meio de entretenimento.
QUESTÃO 02
(Interbits 2013) Leia:
Quinze minutos de fama
Mais um pros comerciais
Quinze minutos de fama
Depois descanse em paz
O gênio da última hora
É o idiota do ano seguinte
O último novo-rico
É o mais novo pedinte
Não importa contradição
O que importa é televisão
Dizem que não há nada que você não se acostume
Cala a boca e aumenta o volume então
A melhor banda de todos os tempos da última semana – Sérgio Britto/Branco Mello
(Titãs) (adaptado)
A música acima, interpretada pela banda Titãs, faz uma crítica a qual característica da televisão contemporânea?
a) Ao caráter elitista das transmissões televisivas.
b) À sua inserção comprometida com a transformação social e com as mudanças de paradigmas culturais.
c) À grande quantidade de comerciais existentes nos programas televisivos, que prejudicam a qualidade dos programas de
domingo.
d) Às contradições próprias de qualquer tipo de instrumento cultural urbano.
e) À forma como ela se apresenta como um produto da indústria cultural, servindo de instrumento de alienação.
QUESTÃO 03
(Interbits 2013) Leia.
Tive o prazer de ver o Nirvana desbancar Michael Jackson e seus súditos do topo das paradas de sucesso, abrindo espaço para
os alternativos remodelarem a música pop. A plebe havia tomado o poder, coisa impensável em outras épocas. Foi bom demais
para ser verdade.
E aí as grandes gravadoras lançaram-se numa busca desesperada pelo próximo fenômeno comercial e incentivaram os
copiadores de plantão a fazer mais do mesmo. Os originais deram espaço aos oportunistas sem imaginação. Banda boa passou a
ser banda que vendia bem. Critérios artísticos foram substituídos por critérios comerciais e deu no que deu. O resultado disso é
sentido neste início de século. Os artistas que dominam as paradas são totalmente descartáveis e os criativos voltaram para os
subterrâneos, seu habitat natural, onde reina a liberdade autoral.
Paralelamente, a MTV criou um monstro sem querer. Os vídeos veiculados por ela passaram a ser mais importantes do que a
música em si. Passamos a suportar música ruim porque o clipe é bom. Por isso entendo quando a nova MTV diz que videoclipes
quase não terão mais tanta importância na sua programação. Esse formato de VJ/videoclipe está mesmo esgotado, é hora de
inventar um outro modo para falar de música.
MOREIRA, Gastão. Gastão sobre MTV: "Passamos a suportar música ruim porque o clipe é bom". Uol Entretenimento. 30 set. 2013. Adaptado. Disponível online em:
<http://musica.uol.com.br/noticias/redacao/2013/09/30/...clipe-e-bom.htm> Acesso em 08 out. 2013.
O texto acima comenta sobre as mudanças no canal de televisão MTV Brasil. Do ponto de vista sociológico, esse tipo de análise
revela:
a) A falta de criatividade dos músicos brasileiros que, por não produzirem boa música, são obrigados a investir em clipes caros
para tornarem atrativas as suas produções.
b) A capacidade crítica dos criadores da MTV em redesenhar o canal de televisão. Ao invés de sucumbirem à crise, eles
reformularam os programas, tornando-os mais bem feitos.
c) A crise do mercado fonográfico brasileiro. Não é somente a MTV que teve que se reestruturar, mas todas as grandes empresas,
que hoje não mais conseguem garantir sua importância econômica.
d) A força da indústria cultural em criar produtos massificados e facilmente consumíveis pelo grande público. É isso que produz
artistas descartáveis e de pouco qualidade fonográfica.
e) A incapacidade monstruosa de os vídeos veiculados na internet serem produzidos por grandes produtoras comerciais.
QUESTÃO 04
(Interbits 2012)
Há, na tirinha acima, uma crítica à forma de cultura veiculada pela televisão. Tendo em vista a abordagem sociológica, assinale a
alternativa que corresponde ao tipo de cultura que está sendo criticada.
a) Cultura no seu sentido antropológico, relacionada à diversidade das práticas, dos símbolos e das formas de pensar, agir e
sentir.
b) Cultura política, relacionada às formas de estabelecimento de relações de poder.
c) Cultura erudita, relacionada às formas de produção estética da elite.
d) Cultura popular, própria das classes econômicas mais baixas.
e) Cultura de massa, produzida pela indústria cultural.
QUESTÃO 05
(Uenp 2010) “Ultrapassando de longe o teatro de ilusões, o filme não deixa mais à fantasia e ao pensamento dos espectadores
nenhuma dimensão na qual estes possam, sem perder o fio, passear e divagar no quadro da obra fílmica permanecendo, no
entanto, livres do controle de seus dados exatos, e é assim precisamente que o filme adestra o espectador entregue a ele para se
identificar imediatamente com a realidade. Atualmente, a atrofia da imaginação e da espontaneidade do consumidor cultural não
precisa ser reduzida a mecanismos psicológicos. Os próprios produtos [...] paralisam essas capacidade em virtude de sua própria
constituição objetiva.”
(HORKHEIMER, M., e ADORNO, T. W. Dialética do Esclarecimento: Fragmentos filosóficos. Trad. Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997, p.119.)
Assinale a alternativa incorreta:
a) A indústria cultural impede a formação de indivíduos autônomos, independentes, capazes de julgar e de decidir
conscientemente.
b) A indústria cultural, enquanto negócio tem que seus fins comerciais são realizados por meio de sistemática e programada
exploração de bens considerados culturais.
c) A indústria cultural não tem o condão de produzir necessidades no homem.
d) A indústria cultural degenera a arte que a antítese da sociedade selvagem produzida pelo desenvolvimento do capitalismo.
e) A indústria cultural tem como guia a racionalidade técnica esclarecida, o consumidor de cultura não precisa se dar ao trabalho
de pensar, é só escolher.
QUESTÃO 06
(Unicentro 2010) “A indústria cultural, com suas vantagens e desvantagens, pode ser caracterizada pela transformação da cultura
em mercadoria, com produção em série e de baixo custo, para que todos possam ter acesso. É uma indústria como qualquer
outra, que deseja o lucro e que trabalha para conquistar o seu cliente, vendendo imagens, seduzindo o seu público a ter
necessidades que antes não tinham”
(PARANÁ. Livro didático de Sociologia. Curitiba, 2006, p.156).
Assinale a alternativa correta.
a) A indústria Cultural não é uma característica da sociedade contemporânea ela é um produto natural em qualquer sociedade.
b) A indústria Cultural é responsável por criar no indivíduo necessidades que ele não tinha e transformar a cultura em mercadoria.
c) A Indústria Cultural não influência nas necessidades do indivíduo com a sua produção em série e de baixo custo.
d) A indústria cultural faz com que o indivíduo reflita sobre o que necessita, não desejando lucro.
e) A Indústria Cultural prioriza a heterogeneidade de cada cultura.
QUESTÃO 07
(Uel 2009) De acordo com a crítica à “indústria cultural”, na sociedade capitalista avançada, a produção e a reprodução da cultura
se realizam sob a égide da padronização e da racionalidade técnica.
No contexto dessa crítica, considerando o fast food como produto cultural, é correto afirmar:
a) A padronização dos hábitos e valores alimentares obedece aos ditames da lógica material da sociedade industrializada.
b) O consumo dos produtos da indústria do fast food e a satisfação dos novos hábitos alimentares contribuem com a emancipação
humana.
c) A homogeneização dos hábitos alimentares reflete a inserção crítica dos indivíduos na cultura de massa.
d) A racionalidade técnica e a padronização dos valores alimentares permitem ampliar as condições de liberdade e de autonomia
dos cidadãos.
e) A massificação dos produtos alimentares sob os ditames do mercado corresponde à efetiva democratização da sociedade.
QUESTÃO 08
(Uenp 2009) Leia atentamente o poema, intitulado Eu,
etiqueta, de autoria de Carlos Drummond de Andrade:
Meu blusão traz lembrete de bebida
que jamais pus na boca, nesta vida.
........................................
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
minha gravata e cinto e escova e pente,
meu copo, minha xícara,
minha toalha de banho e sabonete,
meu isso, meu aquilo,
desde a cabeça ao bico dos sapatos,
são mensagens,
letras falantes,
gritos visuais,
ordens de uso, abuso, reincidência,
costume, hábito, premência,
indispensabilidade,
e fazem de mim homem-anúncio itinerante,
escravo da matéria anunciada.
........................................
Não sou – vê lá – anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
para anunciar, para vender
em bares festas praias pérgulas piscinas,
e bem à vista exibo esta etiqueta
global no corpo que desiste
de ser veste e sandália de uma essência
tão viva independente,
que moda ou suborno algum a compromete.
........................................
Hoje sou costurado, sou tecido,
sou gravado de forma universal,
saio da estamparia, não de casa,
da vitrina me tiram, recolocam,
objeto pulsante mas objeto
que se oferece como signo de outros
objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
de ser não eu, mas artigo industrial.
Assinale a alternativa incorreta:
a) O poema faz referência direta ao conceito de cultura de massa, que segundo Adorno é uma forma de controle da consciência
pelo emprego de meios como o cinema, o rádio ou a imprensa.
b) De acordo com a Escola de Frankfurt o surgimento da cultura de massa, em meados do século passado, deveu-se em grande
parte ao desenvolvimento do projeto iluminista que desencadeou uma crise ética e epistemológica dando origem por fim a já
referida cultura de massa.
c) A Revolução Industrial não foi apenas um conjunto de inovações técnicas, mas uma forma de dominação e controle do tempo
do trabalhador, essa dominação se dá por meio da disciplina e da indústria cultural.
d) O produto da indústria cultura não pode ser considerado arte em sentido estrito, já que ela tende a padronização, a ausência de
conteúdo, e o apelo ao mercado.
e) A cultura de massa tem o papel de difundir por meio do mercado as culturas regionais, contribuindo para a emancipação do
homem.
QUESTÃO 09
(Uel 2008) Observe os quadrinhos:
Com base nos quadrinhos e nos conhecimentos sobre os meios de comunicação de massa (MCM), assinale a alternativa que
explicita algumas posições do debate teórico sobre esse tema.
a) As reflexões da personagem Mafalda sobre as propagandas levam-na a concluir que sua mãe precisa adquirir os produtos, que
as crianças podem assistir TV e brincar, dosando suas tarefas diárias, o que revela a pertinência das teorias que veem os MCM
como mecanismos de integração social.
b) A personagem Mafalda obedece às ordens de sua mãe, assiste à TV e encanta-se com as promessas das propagandas,
corroborando com as teorias pessimistas sobre o papel dos MCM e a passividade dos telespectadores.
c) A atitude da personagem Mafalda demonstra a crítica aos artifícios da propaganda que ressalta a magia da mercadoria,
prometendo mais do que ela realmente pode oferecer, e que os sujeitos nem sempre são passivos diante dos MCM.
d) Ao sair para brincar após assistir à TV, a personagem Mafalda sente-se mais livre e feliz, pois descobriu o quanto alguns
produtos anunciados pelas propagandas melhoram a vida doméstica de sua mãe, reproduzindo aspectos da cultura erudita e
do modo de vida sofisticado, como acreditam as teorias “otimistas” sobre os MCM.
e) A mãe da personagem Mafalda admira-se da inteligência da filha, que compreendeu muito bem os poderes dos objetos
anunciados nas propagandas de TV, reforçando as teorias sobre o papel educativo e de emancipação dos MCM.
QUESTÃO 10
(Uel 2013) Observe a tirinha a seguir.
a) Defina Indústria Cultural, de acordo com Adorno e Horkheimer.
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
b) Aponte dois elementos na tirinha que remetem à atuação dos meios de comunicação de massa.
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
QUESTÃO 11
(Interbits 2013) O entretenimento e os elementos da indústria cultural já existiam muito tempo antes dela. Agora, são tirados do
alto e nivelados à altura dos tempos atuais. A indústria cultural pode se ufanar de ter levado a cabo com energia e de ter erigido
em princípio a transferência muitas vezes desajeitada da arte para a esfera do consumo, de ter despido a diversão de suas
ingenuidades inoportunas e de ter aperfeiçoado o feitio das mercadorias.
ADORNO, T.; HORKHEIMER, M. Dialética do Esclarecimento. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1985, p. 111.
Com base no texto acima e de seus conhecimentos sobre o tema, explique a importância da indústria cultural para o capitalismo
contemporâneo.
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
QUESTÃO 12
(Ufu 2003) O texto a seguir coloca alguns dos argumentos mais importantes e críticos em torno da indústria cultural, da
propaganda e do consumismo.
“As atividades de lazer, a arte, a cultura de modo geral são filtradas pela indústria cultural: a recepção é ditada pelo valor de troca
à medida que os valores e propósitos mais elevados da cultura sucumbem à lógica do processo de produção e do mercado. As
formas tradicionais de associação na família e vida privada, bem como a promessa de felicidade e realização, o anseio por um
‘Outro totalmente diferente’, que os melhores produtos da alta-cultura buscavam, são oferecidos como objetos inofensivos a uma
massa atomizada, manipulada, que participa de uma cultura ersatz (substituível, de reposição fácil) produzida em massa e
reduzida ao menor denominador comum. (...) Assim, as mercadorias ficam livres para adquirir uma ampla variedade de
associações e ilusões culturais. A publicidade é especialmente capaz de explorar essas possibilidades, fixando imagens de
romance, exotismo, desejo, beleza, realização, comunalidade, progresso científico e a vida boa nos bens de consumo mundanos,
tais como sabões, máquinas de lavar, automóveis e bebidas alcoólicas”.
FEATHERSTONE, Mike. Cultura de Consumo e Pós- Modernismo. São Paulo: Studio Nobel, 1995, pp. 32-33.
Considere os argumentos do texto e disserte sobre os problemas da indústria cultural, da propaganda e do consumismo nas
sociedades capitalistas contemporâneas, usando exemplos apontados no texto e/ou de suas próprias experiências.
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
QUESTÃO 13
(Ufu) "Não faz muito tempo, houve no Rio de Janeiro, um congresso internacional de turismo e seus planejadores sentiram que os
visitantes não poderiam converter em espetáculo os setores excluídos da vida tecno-civilizada da cidade. Convocaram-se as
empresas de tabuletas (outdoors como manda o figurino) para tapar o que não se podia mostrar: os pardieiros, o lixo, as favelas.
Ficou evidente que, além de apregoar salsichas e alpargatas, os tapumes coloridos tinham a importante função social de
modernizar a paisagem, de reajustar uma imagem da terra às exigências estéticas das retinas. Veja-se bem: não se cogitou nem
uma vez sequer de reestruturação do espaço social, mas das atitudes prováveis diante desse espaço. É exatamente isto o que
chamamos de tele-visão do mundo."
(SODRÉ, Muniz, O monopólio da fala, função e linguagem da televisão no Brasil. Petrópolis, Vozes, 1977, p. 134)
Identifique e explique a visão que o autor tem a respeito da indústria cultural e dos meios de comunicação de massa hoje, no
Brasil.
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
QUESTÃO 14
(Enem 2013) Mesmo tendo a trajetória do movimento interrompida com a prisão de seus dois líderes, o tropicalismo não deixou de
cumprir seu papel de vanguarda na música popular brasileira. A partir da década de 70 do século passado, em lugar do produto
musical de exportação de nível internacional prometido pelos baianos com a “retomada da linha evolutória”, instituiu-se nos meios
de comunicação e na indústria do lazer uma nova era musical.
TINHORÃO, J. R. Pequena história da música popular: da modinha ao tropicalismo. São Paulo: Art, 1986 (adaptado).
A nova era musical mencionada no texto evidencia um gênero que incorporou a cultura de massa e se adequou à realidade
brasileira. Esse gênero está representado pela obra cujo trecho da letra é:
a) A estrela d’alva / No céu desponta / E a lua anda tonta / Com tamanho esplendor. (As pastorinhas, Noel Rosa e João de Barro)
b) Hoje / Eu quero a rosa mais linda que houver / Quero a primeira estrela que vier / Para enfeitar a noite do meu bem. (A noite do
meu bem, Dolores Duran)
c) No rancho fundo / Bem pra lá do fim do mundo / Onde a dor e a saudade / Contam coisas da cidade. (No rancho fundo, Ary
Barroso e Lamartine Babo)
d) Baby Baby / Não adianta chamar / Quando alguém está perdido / Procurando se encontrar. (Ovelha negra, Rita Lee)
e) Pois há menos peixinhos a nadar no mar / Do que os beijinhos que eu darei / Na sua boca. (Chega de saudade, Tom Jobim e
Vinicius de Moraes)
QUESTÃO 15
(Ufu) Quanto ao conceito de indústria cultural, é correto afirmar:
I. A indústria cultural produz bens culturais como mercadorias.
II. O objetivo da indústria cultural é estimular a capacidade crítica dos indivíduos.
III. A indústria cultural cria a ilusão de felicidade no presente e elimina a dimensão crítica.
IV. A indústria cultural ocupa o espaço de lazer do trabalhador sem lhe dar tempo para pensar sobre as condições de exploração
em que vive.
Assinale a alternativa correta.
a) II, III e IV estão corretas.
b) I, II e III estão corretas.
c) I, III e IV estão corretas.
d) I, II e IV estão corretas.
e) II e III estão corretas.
QUESTÃO 16
(Ufu) A indústria cultural tem sido objeto de intensos debates na sociedade e nas ciências sociais, marcados por duas posições
básicas e divergentes. Há os que a consideram uma das bases do totalitarismo moderno, promovendo a alienação do homem,
que se torna incapaz de analisar racionalmente seus produtos seriados, repetitivos e deteriorados, tais como os filmes de enredos
violentos, a música popular massiva, as notícias curtas e superficiais. De outro lado, há os que a defendem como sistema que
democratiza a cultura, por permitir a todos o acesso à informação e ao consumo de produtos simbólicos em geral, combatendo,
portanto, a mesma alienação.
(Cf. TEIXEIRA, Coelho. O que é indústria cultural. 13ª. Ed, São Paulo, Brasiliense, 1989.)
Tendo em vista essas divergências, considere as alternativas que as expressam, tendo como referência o atual gênero musical
popular funk no Brasil.
I. O funk é, dentre outras coisas próprias da indústria cultural, resultado de uma estratégia de marketing da indústria fonográfica,
que impõe o seu consumo sem nenhum senso crítico.
II. O funk tornou-se um aliado de grupos sociais marginalizados por facultar-lhes a presença na mídia.
III. O funk expressa cabalmente a identidade cultural da juventude em geral, não merecendo qualquer crítica dos que não o
apreciam.
IV. O funk, nascido espontaneamente nas periferias das grandes cidades, não necessitou do apoio da indústria cultural para
tornar-se um gênero musical de consumo massivo.
Assinale a alternativa correta.
a) O argumento da alternativa II critica a indústria cultural e o da alternativa III não tem sentido.
b) As alternativas I e II traduzem as posições teóricas divergentes sobre a indústria cultural.
c) Os argumentos das alternativas I e III defendem a indústria cultural.
d) Os argumentos das alternativas I e IV não são contraditórios.
Download

Feliz Ano-Novo