CIDADANIA, DEMOCRACIA, ÉTICA E MORAL O conceito de cidadania está fortemente ligado ao de democracia. É só lembrarmos que na antiguidade clássica, ser cidadão era ter participação política. A palavra cidadão servia para definir, na Grécia antiga, o indivíduo nascido na Pólis e que tinha direitos políticos. Como tempo o conceito de cidadania foi se ampliando para além dos direitos, hoje ela está associada aos direitos e deveres dos indivíduos. Quando falamos de direitos e deveres, devemos entender como cidadania a preocupação e o exercício de ações que garantam o desenvolvimento harmonioso da sociedade e a preservação dos direitos alheios. Ser cidadão, não é simplesmente cobrar seus direitos, mas lutar para defender os interesses dos nossos semelhantes. O pleno exercício da cidadania e da democracia estão associados a idéia de igualdade entre os indivíduos. Evolução da cidadania Na antiguidade – cidadão com participação política era a minoria da população, não se estendia as mulheres e escravos. Na Grécia e em Roma era necessário ter nascido na Pólis grega ou no Império Romano. Normalmente restrita aos proprietários. É justamente nesse contexto que surge o conceito de democracia, participação nas decisões do Estado, da Res Pública, da coisa pública, influenciando direta ou indiretamente os rumos da sociedade. Na Idade Média – a cidadania nesse período sofre um retrocesso, na sociedade estamental da Idade Média, concentrada nos Feudos com relações de dependências, marca a ausência desse debate sobre a cidadania. Na Idade Moderna – os privilégios sociais do período medieval passaram a sofrer fortes críticas. Tem‐se nesse contexto a formação dos Estados Nacionais e o regime absolutista, que também vai sofrer críticas. A ideia que passa a ser defendida por filósofos é que, o governante existe para garantir os direitos dos governados. A ideia de democracia em si, ainda não está forte, mas a cidadania começa a renascer. Na Idade Contemporânea – na atualidade o conceito de cidadania e democracia está mais unido do que nunca. Esses conceitos sofrem ampliação e passam a designar não só direitos e deveres políticos, mas também, sociais e econômicos. Democracia Etimologicamente vem do grego demos (muitos), cracia (governo). A origem nos dá uma ideia do que se pensava sobre democracia, ou seja, regime político no qual a maioria dos cidadãos teria participação política. Apesar da Grécia (Atenas) ser o berço da democracia, ela se difere da nossa no sentido que, a democracia ateniense era direta, todos os cidadãos podiam propor e votar as leis. A nossa democracia é representativa, elegemos representantes que votam e decidem por nós, somente quando há um plebiscito a nossa democracia é direta. Por outro lado, o conceito de cidadão grego era muito restrito, somente homens atenienses, maiores de 18 anos e livres. As mulheres, estrangeiros e escravos não eram considerados cidadãos. A nossa democracia é mais abrangente. Alguns autores querem dar uma nova dimensão ao conceito de democracia, para algumas pessoas a democracia não passa simplesmente pela participação política, ela pressupõe igualdade sócio‐econômica, oportunidades iguais para todos, a chamada democracia social. No Brasil existem algumas críticas ao sistema democrático. Algumas pessoas defendem que para que a democracia se concretize é necessário o voto facultativo, o financiamento público de campanha, a candidatura independente e a maior conscientização política entre outros pontos. Ética e Moral Ética é um conjunto de valores que orientam o comportamento do homem em relação aos outros homens, garantindo a relação harmoniosa e o bem‐estar na sociedade. Ela é construída a partir de valores históricos, culturais e filosóficos. Moral é o sistema de normas, princípios e valores que regula as relações entre os homens e entre eles e a comunidade na qual está inserido. Tais normas devem ser aceitas voluntariamente. Diferenças Moral: tem caráter prático imediato, restrito, histórico e relativo. Ética: é uma reflexão filosófica sobre a moral e procura justificá‐la, seu objeto é o que guia a ação e seu objetivo é levar modificações na moral. É hora de mudar as estruturas "viciadas" do esporte
no país, defende Raí
Ex-craque do São Paulo quer aproveitar megaeventos para mobilizar cidadãos e atletas por
transparência
e
democracia
nas
estruturas
e
políticas
públicas
do
esporte.
Ciro Barros E Giulia Afiune
‘As pessoas estão menos interessados no esporte como política', afirma Raí
Para quem não conhece a região, não é fácil chegar à Fundação Gol de Letra. As vias
tortuosas e as ladeiras da Vila Albertina, no bairro do Tremembé, extremo norte de
São Paulo, confundem quem está acostumado às ruas largas e sinalizadas do chamado
centro expandido da capital paulista. A organização fundada pelos ex-craques do São
Paulo, Raí e Leonardo, em 1998, fica no alto de um morro.
Vista de fora, parece uma escola infantil bem cuidada, contrastando com as casas
vizinhas, sem revestimento, e na companhia de Raí, vamos descobrindo a fundação.
Entramos nas salas, ele cumprimenta as pessoas, explica as atividades realizadas ali:
aulas de capoeira, futebol, teatro, música, informática. O objetivo é complementar a
formação das crianças da região.
Ele é o que se pode chamar de exemplo inspirador para a molecada. Tetracampeão
com a seleção brasileira em 1994, 5 vezes campeão paulista, 2 vezes campeão
brasileiro, campeão da Libertadores e campeão mundial pelo São Paulo, além de uma
passagem vitoriosa pelo PSG (Paris Saint Germain), da França, Raí aproveita os troféus
conquistados no futebol profissional para erguer outras bandeiras: "As pessoas estão
menos interessadas no esporte em si, enquanto direito das pessoas", diz.
Ele também é diretor da ONG Atletas Pela Cidadania, presidida por Ana Moser, uma
mobilização de atletas consagrados por políticas públicas para o esporte e, antes de
começar a entrevista, mostra no jornal a primeira vitória da organização: o governo
havia endossado a proposta dos atletas para emendar a Lei Pelé (MP 612), adotando
medidas como quatro anos de mandato para dirigentes das federações que recebem
recursos públicos, transparência na prestação de contas, participação dos atletas nas
eleições e remuneração dos dirigentes. "Saiu hoje, o governo endossou", repetiu,
orgulhoso. Leia aqui a entrevista do craque.
É hora de mudar as estruturas "viciadas" do esporte
no país, defende Raí
Ex-craque do São Paulo quer aproveitar megaeventos para mobilizar cidadãos e atletas por
transparência
e
democracia
nas
estruturas
e
políticas
públicas
do
esporte.
Para quem não conhece a região, não é fácil chegar à Fundação Gol de Letra. As vias
tortuosas e as ladeiras da Vila Albertina, no bairro do Tremembé, extremo norte de
São Paulo, confundem quem está acostumado às ruas largas e sinalizadas do chamado
centro expandido da capital paulista. A organização fundada pelos ex-craques do São
Paulo, Raí e Leonardo, em 1998, fica no alto de um morro.
Vista de fora, parece uma escola infantil bem cuidada, contrastando com as casas
vizinhas, sem revestimento, e na companhia de Raí, vamos descobrindo a fundação.
Entramos nas salas, ele cumprimenta as pessoas, explica as atividades realizadas ali:
aulas de capoeira, futebol, teatro, música, informática. O objetivo é complementar a
formação das crianças da região.
Ele é o que se pode chamar de exemplo inspirador para a molecada. Tetracampeão
com a seleção brasileira em 1994, 5 vezes campeão paulista, 2 vezes campeão
brasileiro, campeão da Libertadores e campeão mundial pelo São Paulo, além de uma
passagem vitoriosa pelo PSG (Paris Saint Germain), da França, Raí aproveita os troféus
conquistados no futebol profissional para erguer outras bandeiras: "As pessoas estão
menos interessadas no esporte em si, enquanto direito das pessoas", diz.
Ele também é diretor da ONG Atletas Pela Cidadania, presidida por Ana Moser, uma
mobilização de atletas consagrados por políticas públicas para o esporte e, antes de
começar a entrevista, mostra no jornal a primeira vitória da organização: o governo
havia endossado a proposta dos atletas para emendar a Lei Pelé (MP 612), adotando
medidas como quatro anos de mandato para dirigentes das federações que recebem
recursos públicos, transparência na prestação de contas, participação dos atletas nas
eleições e remuneração dos dirigentes. "Saiu hoje, o governo endossou", repetiu,
orgulhoso. Leia aqui a entrevista do craque.
http://www.controversia.com.br/index.php?act=textos&id=16507
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