NRE: Curitiba
Município: Curitiba
Nome da Professora: Denise Schirlo Duarte
e-mail: [email protected]
Disciplina: Língua Portuguesa
Série: Ensino Médio
Conteúdo Estruturante: Recursos de
linguagem
Título: A linguagem e os seus recursos:
dizer ou apenas sugerir...
Relação Interdisciplinar 1: História
Relação Interdisciplinar 2: Artes
Colaborador da disciplina da autora:
Colaborador 1: Lilian Yanke Leite
Colaborador 2: Cristiana
Cândido de Souza Castro
Gonzaga
Orientador: Altair Pivovar
IES: UFPR
Título: A linguagem e os seus recursos: dizer ou apenas sugerir...
Você já deve ter pronunciado a seguinte expressão: está na ponta da língua,
mas não consigo lembrar, eu tenho certeza de que já ouvi isso em algum lugar. O
que acontece depois? Você simplesmente lembra ou vai procurar saber através de
outras fontes? A história que você vai ler, tem alguma coisa a ver com essa
situação. Vamos à história.
GUILHERME AUGUSTO ARAÚJO FERNANDES1
Era uma vez um menino que morava ao lado de um asilo. Ele se chamava
Guilherme Augusto Araújo Fernandes. Gostava muito dos moradores do asilo: a Sra.
Silvano que tocava piano; o Sr. Cervantes de quem ouvia histórias arrepiantes; o Sr.
Valdemar que gostava de remar; a Sra. Mandala que andava de bengala; o Sr.
Possante que tinha voz de gigante; mas, principalmente, da Sra. Antônia Maria Diniz
Cordeiro, porque tinha quatro nomes como ele.
Certa feita, ouviu seus pais falarem com pena da Sra. Antônia, o que
despertou sua curiosidade. Diziam que ela estava perdendo a memória. Perguntou
1
Este texto é uma adaptação da obra intitulada: Guilherme Augusto Araújo Fernandes, escrita por
Mem Fox (São Paulo: Brinque-Book, 1984). Você encontra também a história original no site
http://www.educare.org.br. Por motivos autorais foi feito uma adaptação desta obra.
1
para o pai o que é memória e ele respondeu: “É algo que você se lembra.” Mas a
resposta não satisfez o menino. Perguntou para os seus amigos do asilo o que era
memória e ouviu uma série de respostas bem diferentes: “Algo quente, meu filho,
algo quente.” “Algo bem antigo, meu caro, algo bem antigo.” “Algo que o faz chorar,
meu menino, algo que o faz chorar.” “Algo que o faz rir, meu querido, algo que o faz
rir.” “Algo que vale ouro, meu jovem, algo que vale ouro.”
Ao invés de confundir o menino, todas essas afirmações diferentes lhe deram
uma brilhante idéia. Guilherme Augusto voltou para casa atrás de “memórias” para
dona Antônia. Pegou os seguintes objetos: conchas guardadas numa caixa de
sapato; uma marionete, que faz todo mundo rir; uma medalha que o avô lhe tinha
dado e que lhe dava tristeza; uma bola de futebol que para ele valia ouro; um ovo
fresquinho, ainda quente, debaixo da galinha. Aí colocou tudo numa cesta e o levou
para dona Antônia. Todo um conjunto de emoções assaltaram dona Antônia quando
ela viu os objetos: o ovo quentinho lembrou um ovinho azul, que ela havia
encontrado, um dia, na casa da tia; as conchas, que ela colocou junto aos ouvidos,
trouxeram a memória um dia quente em que foi de bonde à praia; a medalha lhe
trouxe à mente a tristeza, pois lembrou do irmão mais velho morto na guerra; a
marionete a fez lembrar das gargalhadas da irmãzinha com a boca cheia de mingau;
a bola evocou a cumplicidade e os segredos entre ela e Guilherme Augusto, desde o
dia em que haviam se encontrado pela primeira vez.
Assim, de maneira tocante, Guilherme Araújo conseguiu despertar a memória
de dona Antônia do seu silêncio – e ele era apenas um menino.
Atividades
1. Conforme evidencia o texto, há um conjunto de vozes que dão corpo à
narrativa, ou seja, que ordenam as ações e intenções necessárias para que o texto
atinja o seu objetivo. Quais são essas vozes e qual a importância de cada uma para
que o texto cumpra tal objetivo?
2. Procure você também em sua casa objetos para colocar na cesta.
Seguindo as instruções do texto abaixo, você poderá construir uma para então
colocar objetos.
2
CESTA FEITA COM JORNAL
Material necessário:
•
Jornal (ou revista)
•
Tesoura
•
Verniz
Etapas:
1)
Corte uma folha inteira de jornal em quatro partes, ao comprido. Enrole cada
uma das quatro partes a partir da ponta, na diagonal, para fazer os canudos
de jornal. Dica: deixe uma das pontas do canudo mais apertada que a outra.
2)
Separe sete canudos de jornal para começar a trançar. Coloque na mesa ou
bancada quatro canudos (canudo 1 a 4), um ao lado do outro, com uma
distância de aproximadamente 2 cm entre eles. Trançando:
−
Pegue o canudo 5 e comece a trançar perpendicularmente aos outros
quatro, na porção central. Passe por cima do canudo 1, por baixo do
canudo 2, por cima do canudo 3 e por baixo do canudo 4.
−
Pegue o canudo 6 e repita a operação, dessa vez começando por baixo do
canudo I, por cima do 2, por baixo do 3 e por cima do 4. – Trance o
canudo 7 da mesma maneira que fez com o canudo 5.
3) Pegue uma das pontas do canudo 1 e comece a trançar, passando por baixo
do canudo 2, por cima do 3, por baixo do 4, por cima do 5, por baixo do 6 e
assim sucessivamente.
4)
Quando o canudo estiver quase todo trançado, pegue um novo canudo e
emende nele para continuar a trançar. Dica: encaixe a ponta do canudo novo
3
por dentro ou por fora da ponta do canudo 1 (lembre-se que os canudos têm
uma ponta mais justa que a outra).
5)
Continue trançando até atingir o tamanho da cesta que você quer. Dica: para
fazer cestas mais altas você pode emendar novos canudos nos canudos da
base (2, 3, 4, 5, 6 e 7).
6) Quando alcançar o tamanho desejado, faça os arremates escondendo as
pontas que sobrarem. Dica: passe verniz na cesta para impermeabilizá-la. Se
preferir, use verniz incolor para depois poder dar um acabamento com tintas
coloridas.
Atividades
1. Seguindo as instruções do texto acima, construa a cesta para colocar os
objetos.
2. Mostre os objetos da sua cesta para os seus colegas e peça-lhes que
levantem hipóteses sobre eles: significados, sensações que o objeto
desperta, origem, época, aspectos estéticos, entre outras questões.
3. Após esse momento de socialização, contextualize os objetos para a turma,
confirmando ou complementando as hipóteses dos colegas.
4. Por que houve divergência de opiniões quanto à contextualização dos
objetos?
5. Que
conhecimentos
de
diferentes
áreas
apareceram
durante
essa
apresentação? Qual a importância de tais conhecimentos para a constituição
da memória?
6. “O que o objeto da cesta do outro diz?” Qual a importância do momento de
interlocução estabelecido na turma a partir desta questão para problematizar
questões sobre a memória, ou seja, o que foi possível dizer e o que não foi.
Por quê?
4
Leia agora um fragmento de uma poesia de Cora Coralina para perceber
como a memória, ao ser potencializada pela palavra, inscreve-se nas linhas e
entrelinhas deste texto.
An t i gü id a de s
Quando eu era menina
bem pequena,
em nossa casa,
certos dias da semana
se fazia um bolo,
assado na panela
com um testo de borralho em cima.
Era um bolo econômico,
como tudo, antigamente.
Pesado, grosso, pastoso.
(Por sinal que muito ruim.)
Eu era menina em crescimento.
Gulosa,
abria os olhos para aquele bolo
que me parecia tão bom
e tão gostoso.
(...)
Era só olhos e boca e desejo
daquele bolo inteiro.
Minha irmã mais velha
governava. Regrava.
Me dava uma fatia,
tão fina, tão delgada ...
E fatias iguais às outras manas.
E que ninguém pedisse mais!
(...)
Atividades
1. O primeiro texto deste Folhas, a narrativa sobre as memórias de D. Antônia
sofreu uma adaptação para resguardar os direitos autorais. Em grupo, você e
seus colegas deverão fazer o mesmo com a poesia narrativa de Cora
5
Coralina, uma vez que o texto ainda não faz parte do domínio público (por
isso, apresentou-se apenas um fragmento). A sua primeira tarefa é buscar o
texto integral, que faz parte da obra Poemas dos becos de Goiás e estórias
mais. 18.ed. São Paulo: Global, 1993.
2. Para realizar este trabalho com a linguagem, primeiramente, conversem
sobre o foco narrativo do texto, as vozes que o compõem, o espaço, o tempo,
o trabalho com a linguagem que o autor realiza para reconstruir o passado.
Após essa discussão, cada um dos grupos deverá transformar o texto em
verso num texto em prosa, alterando o foco narrativo, e sendo fiel ao modo
com a autora concebe e apresenta a sua infância.
3. Após essa reescrita, todos os grupos deverão apresentar os textos para
serem confrontados. Nesse momento, sob a mediação do(a) professor(a), a
turma avaliará cada um dos textos, observando se cada uma das produções
conseguiu retratar o que estava inicialmente na poesia. Uma sugestão é
compor um texto único a partir das diferentes narrativas, aproveitando o que
cada texto apresenta com mais precisão.
Na seqüência, leia também um fragmento da conhecida poesia “Meus oito
anos” de Casemiro de Abreu. Você poderá encontrar a poesia na íntegra na
biblioteca da sua escola, ou na internet. Há inclusive declamações dessa poesia, na
voz de Paulo Autran, no site: http://mataador.blogspot.com/2007/10/adeus-paulo-autran.html
Meus Oito Anos
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
(...)
Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo.
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!
(...)
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que
flores,
Naquelas tardes fagueiras
6
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã
A sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais!
(...)
O Autor Casimiro de Abreu
Atividades
1. Como Cora Coralina e Casemiro de Abreu reconstroem o passado a partir
das lembranças da infância, tendo em vista as relações e interações
estabelecidas com o espaço e com os elementos da família? O que os textos
sugerem sobre o olhar dos poetas para a infância? Os dois a vêem da mesma
forma? Justifique.
2. Como o trabalho com a linguagem contribui para a visão de infância expressa
em cada um dos poemas. Atente para escolha lexical, utilização de figuras de
linguagem, composição sintática dos versos. Faça um quadro comparativo
entre os dois poemas a partir de tais aspectos.
A memória e o lúdico
Rememorar o passado envolve também o lúdico, os jogos e as brincadeiras
que perduram ou que são esquecidas com o passar do tempo. Nesse sentido, os
autores Manoel de Barros e Pieter Bruegel, usam da memória para trazer
acontecimentos do passado. Você poderá perceber essa realidade, lendo o
fragmento do poeta contemporâneo sul-matogrossense, Manoel de Barros para
comparar com a pintura do holandês Pieter Bruegel.
“(...) a gente foi criada em lugar onde não tinha brinquedo fabricado. Isto porque a
gente havia que fabricar os nossos brinquedos: eram boizinhos de osso, bolas de
meia, automóveis de lata. Também a gente fazia de conta que sapo é boi de cela e
viajava de sapo. Outra era ouvir nas conchas as origens do mundo. Estranhei muito
quando mais tarde, precisei de morar na cidade. Na cidade, um dia, contei para
minha mãe que vira na Praça um homem montado no cavalo de pedra a mostrar
7
uma faca comprida para o alto. Minha mãe me corrigiu que não era uma faca, era
uma espada. E que o homem era um herói da nossa história. Claro que eu não tinha
educação de cidade para saber que herói era um homem sentado num cavalo de
pedra. Eles eram pessoas antigas da história que algum dia defenderam nossa
Pátria. Para mim, aqueles homens em cima de pedra eram sucata. Seriam sucata da
história.”
***
Atividades
1. Em grupos, discutam sobre brinquedos que já fizeram com sucatas. Escolham
um dentre os apresentados pelo grupo e escrevam um texto instrucional sobre
como fazer. O próximo passo é propor para um outro grupo que, a partir das
instruções dadas por vocês, construam o brinquedo solicitado.
2. Após os brinquedos construídos, os grupos deverão apresentá-los aos colegas,
avaliando as dificuldades encontradas para construí-lo, assim como o texto
instrucional feito pelos colegas do outro grupo.
3. Manuel de Barros, o autor utiliza uma metáfora para fazer crítica à história
tradicional, baseada nos grande heróis. Que metáfora é essa? Você concorda
com o autor? Defenda seu ponto de vista.
****
A tela de Pieter Bruegel, pintada em 1560, retrata, também, as brincadeiras
de crianças. Há nessa obra muitas brincadeiras. São nada menos de 84 brincadeiras
protagonizadas por cerca de 250 crianças.
8
Atividades
1.
Em grupos, observem atentamente a cena retratada no quadro e levantem
hipóteses sobre as características históricas da possível época retratada na
tela. Atentem para os seguintes detalhes da composição:
a. as cores utilizadas, os movimentos, as linhas, a perspectiva adotada,
etc;
b. o modo como as crianças estão vestidas;
c. a sua expressão (estão tristes ou alegres?);
d. o modo como brincam (estão envolvidos uns com os outros, ou agem
como autômatos?);
e. se são somente crianças que aparecem na tela;
f. se há diferenças entre as crianças do quadro e as de hoje.
2. Em grupos, identifiquem as brincadeiras que vocês reconhecem.
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3. Na opinião do grupo, por que algumas brincadeiras foram apagadas da
memória, outras são bem pouco conhecidas e outras atravessam séculos?
4.
Quais foram as dificuldades encontradas pelo grupo para responder as
questões anteriores? Como os conhecimentos das diferentes áreas
contribuiram para o levantamento de hipóteses? Que conhecimentos ainda
faltam ao grupo. Apresentem alguns encaminhamentos para resolver o
problema.
Leia, agora, “Omelete de Amoras”, uma parábola de Walter Benjamin, filósofo
e historiador alemão (1892-1940), em que também se entrelaçam realidades e
valores, lembranças e sensações. Saboreie mais este belíssimo texto, fazendo uma
leitura bem atenta.
Omelete de amoras
Era uma vez um rei que chamava de seus todo poder e todos os tesouros da Terra,
mas apesar disso não se sentia feliz, e a cada ano se tornava mais melancólico.
Então, um dia, mandou chamar seu cozinheiro predileto e lhe disse: "Por muito
tempo tens trabalhado para mim com fidelidade e me tens servido à mesa as mais
esplêndidas iguarias, de modo que te sou agradecido. Porém, desejo agora uma
última prova do teu talento. Deves me fazer uma omelete de amoras igual àquela
que saboreei há 50 anos, em minha mais tenra infância. Naquela época meu pai
travava guerra contra seu perverso inimigo a oriente. Este acabou vencendo, e
tivemos de fugir. E fugimos, pois, noite e dia, meu pai e eu, através de uma floresta
escura, onde afinal acabamos nos perdendo. Nela vagamos e estávamos quase a
morrer de fome e fadiga, quando, por fim, topamos com uma choupana. Aí morava
uma velhinha que amigavelmente nos convidou a descansar, tendo ela própria,
porém, ido se ocupar do fogão. Não muito tempo depois estava à nossa frente a
omelete de amoras! Mal tinha levado à boca o primeiro bocado, senti-me
maravilhosamente consolado, e uma nova esperança entrou em meu coração.
Naqueles dias eu era muito criança e por muito tempo não tornei a pensar no
benefício daquela comida deliciosa. Já era rei quando mais tarde mandei procurá-la.
Vasculhei todo o reino. Não se achou nem a velha nem qualquer outra pessoa que
soubesse preparar a omelete de amoras. Agora quero que atendas este meu último
1
desejo: faz-me aquela mesma omelete de amoras! Se o cumprires, farei de ti meu
genro e herdeiro de meu reino. Mas, se não me contentares, deverás morrer." Então
o cozinheiro disse: "Majestade, podeis chamar logo o carrasco. Conheço, é verdade,
o segredo da omelete de amoras e todos os seus ingredientes, desde o trivial agrião
até o nobre tomilho. Sei empregar todos os condimentos. Sem dúvida, há também o
verso mágico que se deve recitar ao bater os ovos, e sei que o batedor de madeira
de buxo deve ser sempre girado num só sentido. Contudo, ó rei, terei de morrer!
Minha omelete não vos agradará ao paladar. Jamais será igual àquela que vos veio
pelas mãos da velhinha. Pois como haveria eu de temperar a coisa com aquilo tudo
que nela desfrutastes e que vos deixou, senhor, a impressão inesquecível? Faltará o
perigo da batalha e o seu picante sabor, a proximidade do pai na floresta
desorientadora, a emoção e a vigilância do fugitivo perdido. Não será omelete
comida com o sentido alerta do perseguido. Não terá o descanso no abrigo estranho
e o calor do fogo amigo, a doçura da inesperada hospitalidade de uma velha. Não
terá o sabor do presente incomum e do futuro incerto." Assim falou o cozinheiro. O
rei, porém, calou-se um momento e não muito depois consta haver dispensado dos
serviços reais o cozinheiro, rico e carregado de presentes.
Atividades
1. Você fez até esse momento uma série de leituras que lhe possibilitaram
produzir diferentes sentidos e vivenciar diferentes sensações. A sua tarefa,
agora é recontar o texto de Walter Benjamin da forma mais objetiva
possível, não dando margem para esse aspecto sugestivo da linguagem.
Para isso, utilize uma linguagem, em que, na medida do possível, se
evidencie apenas o seu aspecto denotativo (real). O que você vai narrar é
apenas uma seqüência de fatos em terceira pessoa, cujo narrador, apenas
conta. Elimine todos os detalhes. Sua preocupação deve ser apenas
seqüenciar os fatos.
2. Os novos relatos possibilitaram registrar a experiência vivenciada pelo rei
e as sensações que ele diz ter experimentado? Por quê?
3. Discuta com seus colegas como se chega a essa experiência da memória
e qual a importância da linguagem para isso?
1
4. Para finalizar, que reflexões sobre a linguagem e a memória as leituras e
as atividades realizadas por você possibilitaram? Converse com o seu
grupo sobre isso e socializem para os demais colegas os conhecimentos
que apreenderam.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABREU, Casemiro. Primaveras. São Paulo, Martins Fontes, 1859.
BARROS, Manoel de. Memórias Inventadas: A infância. São Paulo: Planeta, 2003.
BENJAMIN, Walter. Omelete de Amoras. In: Obras escolhidas vol. II. Rua de mão
única. São Paulo: Editora Brasiliense, 1989.
CORALINA, Cora. Poemas dos becos de Goiás e estórias mais. 18.ed. São Paulo:
Global, 1993.
DELGADO, Neves Almeida de. História oral e narrativa: tempo, memória e
identidades. In: Revista da Associação Brasileira de História Oral, n.6, jun. 2003. –
São Paulo: Associação Brasileira de História Oral. V. 6
FOX, Mem. Guilherme Augusto Araújo Fernandes. São Paulo: Brinque-Book, 1984.
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