Arte Concreta
É a arte totalmente desprendida da
imitação da natureza. A origem da arte
concreta surge a partir de movimentos
modernos como as obras de Kandinsky, o
Construtivismo Russo, o neoplasticismo
de Mondrian.
O Construtivismo Russo foi um movimento estéticopolítico iniciado na Rússia a partir de 1919, como parte
do contexto dos movimentos de vanguarda no país, de
forte influência na arquitetura e na arte ocidental. Ele
negava uma "arte pura" e procurava abolir a ideia de
que a arte é um elemento especial da criação humana,
separada do mundo cotidiano. A arte, inspirada pelas
novas conquistas do novo Estado Operário, deveria se
inspirar nas novas perspectivas abertas pela máquina e
pela industrialização servindo a objetivos sociais e a
construção de um mundo socialista.
A arte concreta baseia-se numa
concepção matemática, nas formas
geométricas.
Max Bill (Suíça, 1908 - 1994) foi um
designer gráfico, designer de produto,
arquiteto, pintor, escultor, professor e
teórico do design, cuja obra o coloca entre
os mais importantes e influentes designers
do século XX.
UNIDADE TRIPARTIDA,
1948/49
AÇO INOXIDÁVEL, 114,0 x
88,3 x 98,2 DOAÇÃO MAMSP
Esta obra recebeu o primeiro
prêmio de escultura na
Primeira Bienal de São
Paulo, em 1951. A unidade
tripartida é produto das
experiências que iriam se
consolidar no trabalho de
Max Bill. Nela se vê
explorado o conceito
matemático de Moebius, isto
é, a famosa fita de Moebius
que em seu desdobrar
mostra a capacidade de
infinitude na finitude da fita.
Dessa fita, Bill propõe um
desenvolvimento geométrico
da forma no espaço.
Vieira, Mary (1927 - 2001)
Biografia
Mary Vieira (São Paulo SP 1927 - Basiléia, Suíça 2001).
Escultora, professora. Cursa desenho e pintura com
Guignard (1896 - 1962) na Escola de Belas Artes de
Belo Horizonte, em 1944. Estuda também escultura com
Franz Weissmann (1911 - 2005) e com Amilcar de
Castro (1920 - 2002). Realiza pesquisas sobre o
movimento e a dinâmica das formas e produz, em 1948,
suas primeiras esculturas eletromecânicas e um
conjunto de trabalhos em madeira intitulado
Multivolumes. A partir de 1949, produz os primeiros
Polivolumes. Muda-se, em 1951, para a Suíça, onde
realiza curso de aperfeiçoamento com Max Bill (1908 1994).
Vieira, Mary
Ponto de Encontro , 1969
polivolume de alumínio de configuração variável, 230 placas de alumínio móveis ao
redor do eixo central e blocos de mármore
160 x 100 x 28 cm
Ministério das Relações Exteriores (Brasília, DF)
Romulo Fialdini
Vieira, Mary
Polivolume: Côncavo e
Convexo , 1948 - 1967
Alumínio anodizado
200 x 36 cm
Museu de Arte Brasileira
(São Paulo, SP)
Almir Mavignier
Almir da Silva Mavignier
(Rio de Janeiro RJ 1925).
Pintor, artista gráfico.
Entre 1946 e 1951, funda
o Ateliê de Pintura e
Modelagem da Seção de
Terapêutica Ocupacional
do Hospital Psiquiátrico
do Engenho de Dentro
(atual Museu de Imagens
do Inconsciente).
Almir Mavignier, Memórias Concretas. Côncavo convexo,
óleo sobre tela, 1962.
Lygia Clark
Lygia Clark (Belo Horizonte 1920 Rio de Janeiro 1988) foi uma pintora e
escultora brasileira contemporânea. As
obras da série Bichos de Lygia Clark
utilizam o conceito de interatividade.
Nesta série de trabalhos, a artista utilizou
placas de metal e dobradiças para criar
esculturas articuladas que ela nomeou de
Bichos. As esculturas devem ser
manuseadas pelas pessoas para que
possam assumir formas diferentes, ou
seja, a obra ganha novas configurações a
cada interação.
Construir e
destruir
Sugerir e
alcançar, matar
as sedes
psíquicas mais
íntimas a partir
de símbolos
sensoriais, fazer
do corpo a casa,
e da casa o
corpo (...).
(Lygia Clark)
“Bichos “, alumínio.
Hélio Oiticica
Hélio defendia a
concepção de arte na
qual o espectador
também tem de
participar, entretanto
em seus ambientes,
experimentando. Sua
obra reflete uma
relação profunda com
sua cidade natal, o Rio
de Janeiro.
Parangolé (1964), Hélio Oiticica
B13 Bólide Caixa 10
1964
52 x 43,8x 55 cm
Tropicália PN2 "A pureza é um mito" e PN3 "Imagético“, 1967,
variável.
Lygia Pape -1982 | Foto: Paula Pape
ENTRE O OLHO E O ESPÍRITO
Fernando Cocchiarale, 1994
Lygia Pape e a renovação da arte brasileira
Da mesma geração artística e filiação estética que
Lygia Clark e Helio Oiticica, Lygia Pape pertenceu, como
eles, ao Grupo Frente (1953), núcleo do Concretismo no
Rio de Janeiro. Ao longo dos anos cinqüenta, junto aos
demais artistas deste grupo, amadureceu as divergências
poéticas com os concretistas de São Paulo, até chegarem
à dissidência Neoconcreta, formalizada em manifesto e
numa exposição, em 1959. Pape é pois uma das mais
importantes artistas brasileiras de todos os tempos. Com
Clark e Oiticica estava no epicentro da mais inventiva
vanguarda jamais surgida no Brasil. A ressonância de seu
trabalho não pode ser portanto aferida sem que
remetamos sua inquietação experimental a esse
momento fundador da arte brasileira contemporânea.
Lygia Pape -1982
Divisor, 1968, Pano de algodão, fendas, 20m x 20m.
Poemas Visuais | Caixa Brasil, 1968, Madeira, veludo, cabelos, texto,
30cm x 26cm x 5cm
http://www.lygiapape.org.br/pt/obra60.php?i=12
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Construtivismo Russo - Colégio Energia Barreiros