VERA LÚCIA ARRUDA
DIAGNÓSTICO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
DO HOSPITAL REGIONAL DE ARARANGUÁ
Criciúma,
2004
VERA LÚCIA ARRUDA
DIAGNÓSTICO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
DO HOSPITAL REGIONAL DE ARARANGUÁ
Monografia apresentada à Diretoria
de Pós-Graduação da Universidade
do
Extremo
Sul
Catarinense
–
UNESC, para obtenção do título de
especialista em Saúde Pública e
Ação Comunitária.
Orientador: Prof. Eduardo de Oliveira Nosse
Criciúma,
2004
“Os momentos mais esplêndidos da vida não são
chamados dias de êxito, mas sim, aqueles dias
em que, saindo do desânimo e do desespero,
sentimos ergue-se dentro de nós um desafio: a
vida e a promessa de futuras realizações”.
(Gustave Flaubert)
AGRADECIMENTOS
Em todos os momentos da elaboração deste trabalho muitas
foram
às
pessoas
colaborações
e
que
estiveram
contribuindo
presentes,
positivamente
para
trazendo
suas
realização
desta
monografia. No desejo de demonstrar minha sincera gratidão a todos,
registro aqui meus agradecimentos.
A Deus por me acompanhar em todos os momentos difíceis
dando-me forças, perseverança e capacidade de crescer dia a dia.
A Claudia Peluso companheira de jornada pela paciência,
carinho e compreensão.
Aos meus amigos Adriana e Rimenez pelo incentivo que
souberam dar.
A meus filhos Regina e Marcelo pela tolerância que tiveram
comigo em alguns momentos.
Para meu companheiro João por sua compreensão de sempre.
Aos funcionários do Hospital Regional de Araranguá, em
especial aos setores de Farmácia e Higienização o meu muito obrigada
pela colaboração, dedicação e apoio nos momentos de minha ausência.
Ao
professor
e
amigo
Eduardo
de
Oliveira
Nosse
pela
disponibilidade, dedicação e trocas de experiências.
Para o professor Mário Ricardo Guadagnin pela sua atenção
dispensada.
À direção do Hospital Regional de Araranguá por possibilitar
o desenvolvimento das atividades, fazendo com que o projeto se
tornasse realidade.
Finalmente o meu muito obrigada a todas as pessoas que de
forma direta ou indiretamente contribuíram para realização desta
monografia.
RESUMO
O objetivo do presente trabalho é fornecer dados para um diagnóstico
dos Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde (RSSS) do Hospital
Regional de Araranguá (HRA), tornando como instrumento de pesquisa
as fontes geradoras das diferentes unidades do referido hospital. No
momento em que são instituídos mecanismos de segregação nas fontes
geradoras de resíduos, haverá redução da contaminação da massa
total dos mesmos. Entretanto, antes de afirmar que os RSSS
constituem fatores de riscos a saúde e ao meio ambiente é necessário
conhecer suas características e os processos de geração. O estudo de
caracterização referente à problemática dos resíduos gerados no HRA,
suas situações de riscos em relação ao manejo incorreto, aponta a
necessidade de uma tomada de decisão, para união de esforços em
conjunto a ações estratégicas em relação à escolha de um modelo de
gerenciamento que possibilite mudanças comportamentais e que sejam
capazes, através dos conhecimentos técnico-científicos efetivar
propostas inovadoras e reorganizar todo sistema de manejo de
resíduos do HRA. Contribuindo assim, para o despertar da consciência
ecológica e atendimento as legislações vigentes.
SUMÁRIO
LISTA DE QUADROS .................................................................. 14
LISTA DE TABELA ..................................................................... 15
INTRODUÇÃO ............................................................................ 18
1. CONSIDERAÇÕES SOBRE A INSTITUIÇÃO HOSPITAL REGIONAL
DE ARARANGUÁ ........................................................................ 21
1.1
Histórico
do
Hospital
Regional
de
Araranguá
estrutura
administrativa, características e atividades desenvolvidas ........ 21
1.2 Distribuição dos leitos ......................................................... 23
1.3 Recursos humanos – RH ...................................................... 23
1.4 Assistência médica .............................................................. 25
1.5 Diagnóstico e terapia ........................................................... 26
1.6 Apoio técnico....................................................................... 26
1.7 Processamento e abastecimento .......................................... 27
1.8 Apoio administrativo ............................................................ 27
2. REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................ 28
2.1 Os Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde- RSSS ................ 28
2.1.2 Gerenciamento dos Resíduos de Serviço de Saúde ................ 32
2.1.3 Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Serviço de
Saúde (PGRSSS) ........................................................................ 34
2.1.4 Contribuições e vantagens de um PGRSS ............................. 35
2.1.5 Potencial de Risco dos Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde 36
2.1.6 Classificação dos RSSS ...................................................... 38
2.1.7 Tratamento de RSSS ........................................................... 47
2.1.8 Caracterização dos RSSS .................................................... 50
2.1.9 Caracterização Analítica ...................................................... 51
2.2 Caracterização em Função da Origem ................................... 52
3. METODOLOGIA ...................................................................... 54
3.1 Preparação das Amostras..................................................... 55
4. DIAGNÓSTICO........................................................................ 59
4.1.1 Diagnóstico dos Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde do
Hospital Regional de Araranguá ................................................... 59
4.1.2 Pronto Socorro ................................................................... 60
4.1.3 Centro Obstétrico................................................................ 62
4.1.4 Berçário ............................................................................. 63
4.1.5 Bloco Cirúrgico ................................................................... 63
4.1.6 Clínica Médica .................................................................... 64
4.1.7 Clínica Cirúrgica ................................................................. 66
4.1.8 Clínica de Pediatria............................................................. 68
4.1.9 Clínica Particular e Maternidade ........................................... 69
4.2 Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ....................................... 71
4.2.1 Serviços de diagnóstico e terapia-hemoterapia ...................... 73
4.2.3 Serviço de Radiologia ......................................................... 74
4.2.4 Laboratório de Análises Clínicas .......................................... 75
4.2.5 Clínica de Nefrologia – Hemodiálise ..................................... 76
4.2.6 Farmácia ............................................................................ 77
4.2.7 Farmácia Satélite ................................................................ 79
4.2.8 Setor de Nutrição e Dietética ............................................... 79
4.2.9 Serviço de Enfermagem ....................................................... 81
4.3 Serviço de Arquivo Médico e Estatística – SAME .................. 82
4.3.1 Comissão de Controle de Infecção Hospitalar – CCIH ............. 82
4.3.2 Serviço Social .................................................................... 83
4.3.3 Fisioterapia ........................................................................ 83
4.3.4 Lavanderia ......................................................................... 84
4.3.5 Central de Esterilização ...................................................... 84
4.3.6 Recepção e Internação ........................................................ 85
4.3.7 Administração Hospitalar ..................................................... 85
4.3.8 Departamento Pessoal e Faturamento ................................... 86
4.4 Setor de Compras e Almoxarifado ........................................ 86
4.4.1 Serviço de Manutenção Geral .............................................. 87
4.4.2 Higienização e limpeza ........................................................ 87
4.4.3 Ambulatório e cosultórios médicos ........................................ 88
4.4.4 Lanchonete do Hospital Regional de Araranguá ..................... 89
4.4.5 Quarto dos médicos ............................................................ 90
4.4.6 Lixeiras externas ................................................................ 90
5. CARACTERIZAÇÃO ................................................................ 91
5.1. Caracterização dos resíduos sólidos de serviços de saúde do
Hospital Regional de Araranguá ................................................. 91
5.1.2 Análise e discussão dos resultados ...................................... 92
5.1.3 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de
serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do
período de sete dias .................................................................... 92
5.1.4 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de
serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do
período de sete dias .................................................................... 95
5.1.5 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de
serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do
período de sete dias .................................................................... 97
5.1.6 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de
serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do
período de sete dias .................................................................... 100
5.1.7 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de
serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do
período de sete dias .................................................................... 102
5.1.8 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de
serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do
período de sete dias .................................................................... 104
5.1.9 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de
serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do
período de sete dias .................................................................... 106
5.2 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias ............................................................. 109
5.2.1 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de
serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do
período de sete dias .................................................................... 111
5.2.2 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de
serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do
período de sete dias .................................................................... 113
5.2.3 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de
serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do
período de sete dias .................................................................... 116
5.2.4 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de
serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do
período de sete dias .................................................................... 119
5.2.5 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de
serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do
período de sete dias .................................................................... 120
5.2.6 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de
serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do
período de sete dias .................................................................... 121
5.2.7 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de
serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do
período de sete dias .................................................................... 122
5.2.8 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de
serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do
período de sete dias .................................................................... 123
5.2.9 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de
serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do
período de sete dias .................................................................... 124
5.3 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias ............................................................. 125
5.3.1 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de
serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do
período de sete dias .................................................................... 126
5.3.2 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de
serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do
período de sete dias .................................................................... 127
5.3.3 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de
serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do
período de sete dias .................................................................... 128
5.3.4 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de
serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do
período de sete dias .................................................................... 129
5.3.5 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de
serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do
período de sete dias .................................................................... 132
5.3.6 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de
serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do
período de sete dias .................................................................... 133
5.3.7 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de
serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do
período de sete dias .................................................................... 134
5.3.8 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de
serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do
período de sete dias .................................................................... 135
5.3.9 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de
serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do
período de sete dias .................................................................... 137
5.4 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias ............................................................. 138
5.4.1 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de
serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do
período de sete dias .................................................................... 140
5.4.2 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de
serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do
período de sete dias .................................................................... 141
5.4.3 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de
serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do
período de sete dias .................................................................... 143
5.4.4 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de
serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do
período de sete dias .................................................................... 145
6. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ............................................. 152
6.1 Diagnóstico ......................................................................... 152
6.2 Taxa de geração de RSSS do Hospital Regional de Araranguá
................................................................................................. 156
7 SUGESTÕES ........................................................................... 160
CONSIRAÇÕES FINAIS ............................................................... 162
REFERÊNCIAS ........................................................................... 165
ANEXOS .................................................................................... 169
LISTA DE QUADROS
Quadro 01 Processo de Tratamento de Resíduos Sólidos de Serviço de
Saúde (RSSS) ............................................................................ 49
Quadro 02- Considerações do atual gerenciamento dos Resíduos de
Serviços de Saúde encontrados no Hospital Regional de Araranguá em
relação ao que estabelece a RDC nº 33 25/02/2003 ....................... 157
LISTA DE TABELA
Tabela 01 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no
Bloco Cirúrgico do Hospital Regional de Araranguá por um período de
sete dias (out/2003) .................................................................... 94
Tabela 02 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no
Pronto Socorro do Hospital Regional de Araranguápor um período de
sete dias (set/2003) .................................................................... 97
Tabela 03 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na
Pediatria do Hospital Regional de Araranguá num período de sete dias
(set/2003) .................................................................................. 99
Tabela 04 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no
Centro Obstétrico do Hospital Regional de Araranguá por um período
de sete dias (out/2003) ................................................................ 101
Tabela 05 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na
Clínica Particular e Maternidade do Hospital Regional de Araranguá por
um período de sete dias (set/2003) ............................................... 104
Tabela 06 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no
Berçário do Hospital regional de Araranguá por um período de sete dias
(out/2003) .................................................................................. 106
Tabela 07 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na
Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Regional de Araranguá por
um período de sete dias (set/2003) ............................................... 108
Tabela 08 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na
Hemodiálise do |Hospital Regional de Araranguá por um período de
sete dias (set/2003) .................................................................... 111
Tabela 09 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no
Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Regional de Araranguá por
um período de sete dias (set/2003) ............................................... 112
Tabela 10 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na
Central de Esterilização do Hospital Regional de Araranguá por um
período de sete dias (set/2003) .................................................... 114
Tabela 11 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na
Fisioterapia do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete
dias (set/2003)............................................................................ 116
Tabela 12 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na
Farmácia do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete
dias (ago/2003) ........................................................................... 118
Tabela 13 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no
Necrotério do Hospital regional de Ararangua por um período de sete
dias (set/2003)............................................................................ 119
Tabela 14 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no
Raio-X do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias
(set/2003) .................................................................................. 120
Tabela 15 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na
Farmácia Satélite do Hospital regional de Araranguá por um período de
sete dias (set/2003) .................................................................... 122
Tabela 16 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados
Administração do Hospital Regional de Araranguá por um período de
sete dias (ago/2003).................................................................... 123
Tabela 17 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na
Hemoterapia do Hospital Regional de Araranguá por um período de
sete dias (set/2003) .................................................................... 124
Tabela 18 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no
Faturamento e Setor Pessoal do Hospital Regional de Araranguá por
um período de sete dias (set/2003) ............................................... 125
Tabela 19 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no
Setor de Compras e Almoxarifado do Hospital Regional de Araranguá
por período de sete dias (set/2003) .............................................. 126
Tabela 20 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na
Internação do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete
dias (set-out/2003) ...................................................................... 127
Tabela 21 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no
Quarto dos Médicos do Hospital Regional de Araranguá por um período
de sete dias (set/2003) ................................................................ 128
Tabela 22 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na
Sala de Enfermagem do Hospital Regional de Araranguá por um
período de sete dias (set/2003) .................................................... 129
Tabela 23 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na
Lavanderia do Hospital regional de Araranguá por um período de sete
dias (ago/2003) ........................................................................... 131
Tabela 24 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na
Central Telefônica do Hospital Regional de Araranguá por um período
de sete dias (set/2003) ................................................................ 132
Tabela 25 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no
Ambulatório de Ortopedia do |Hospital Regional de Araranguá por um
período de sete dias (out/2003) .................................................... 134
Tabela 26 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados nos
Banheiros do Hospital regional de Araranguá por um período de sete
dias (set-out/2003) ...................................................................... 135
Tabela 27 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no
Corredor III do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete
dias (out/2003) ........................................................................... 136
Tabela 28 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na
Lanchonete do hospital Regional de Araranguá por um período de sete
dias (out/2003) ........................................................................... 138
Tabela 29 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados nas
Lixeiras Externas do Hospital Regional de Araranguá por um período de
sete dias (out/2003) .................................................................... 139
Tabela 30 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na
Manutenção do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete
dias (out/2003) ........................................................................... 141
Tabela 31 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no
Setor de Nutrição e Dietética do Hospital Regional de Araranguá por
um período de sete dias (set/2003 ................................................ 142
Tabela 32 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na
Clinica Cirúrgica do Hospital Regional de Araranguá por um período de
sete dias (set/2003) .................................................................... 144
Tabela 33 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na
Clínica Médica do Hospital Regional de Araranguá por um período de
sete dias (ago-set/2003) .............................................................. 147
Tabela 34 – Descrição quali-quantitativa dos residuos encontrados no
hospital regional de ararangua por um periodo de dois meses (ago/out
2003) ......................................................................................... 148
INTRODUÇÃO
A problemática dos resíduos sólidos sejam eles derivados dos
setores urbanos domésticos ou da prestação de serviços de saúde tem
causado muitas discussões nos diversos segmentos da sociedade.
O aumento da geração de resíduos deve-se à concentração
demográfica nas grandes cidades, ao consumo elevado de bens,
causando aumento significativo de resíduos tanto nas residências como
nos setores públicos, naqueles originados dos processos industriais e
também daqueles que resultam das prestações dos serviços de saúde.
O destino final dos Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde (RSSS) é
motivo de preocupação, pois a falta de um manejo correto afetará ao
meio ambiente e será depósito de microorganismos patogênicos que
constituirão um problema de saúde pública.
No Brasil há mais de trinta mil unidades de saúde produzindo
os resíduos, e na maioria das cidades a questão do manuseio e da
disposição final não está resolvida, sendo que algumas unidades de
saúde desconhecem as quantidades e a composição dos resíduos que
produzem. (FERREIRA, 1995).
A situação dos RSSS é, portanto preocupante, pois de acordo
com dados do IBGE (1991), 90% dos municípios despejam seus
resíduos a céu aberto, 45% dos municípios recolhem os mesmos
juntamente com seus resíduos domésticos, sendo que estes terão o
mesmo destino, lixões, e nos demais municípios em que existe coleta
diferenciada, apenas 6,4% possuem tratamento adequado.
Muitos trabalhos científicos alertam para os riscos associados
aos resíduos infectantes, pois muitos fatores contribuem para a
sobrevivência de agentes dotados de elevada resistência às condições
ambientais.
Os resíduos sólidos produzidos em hospitais constituem um
sério problema para seus administradores, embora representem uma
pequena parcela em relação a todos os outros gerados por uma
comunidade. Constitui-se, por outro lado, de extrema importância, pois
os processos de manejo, acondicionamento e disposição final, quando
realizados incorretamente, estarão contribuindo para a disseminação
de doenças infecto-contagiosas, uma vez que são agentes causadores
de poluição do meio ambiente.
É notório que a maioria dos hospitais desconhecem os
aspectos legais relacionados à geração de resíduos, não existindo
nenhum programa efetivo que viabilize a minimização dos resíduos e
prevenção da saúde do trabalhador envolvido nos processos de
manejo.
Segundo
SENA
(2001),
a
unidade
hospitalar
é
serviço
essencial à comunidade em geral e deve receber a atenção primária de
toda a sociedade, para que o atendimento em saúde realizado por ela
seja eficiente e atenda as necessidades da população. Esta instituição
avançou muito nos últimos tempos, seja no campo das pesquisas
médicas, no treinamento do pessoal desta área, na nutrição, dentre
outras áreas. Porém, essas indústrias recebem severas críticas por
deficiência, já que se diferencia de outros processos produtivos
(serviços) por trabalhar com vidas humanas. O fato é que esse serviço
é muito sensível a variações, sendo marcada por uma falta de
estratégia de seus processos administrativos.
Dentro
desses
contextos
administrativos
está
inclusa
a
problemática dos RSSS, pois a falta de uma política fundamentada sob
os aspectos legais e de planejamentos estruturados faz com que as
questões de saúde pública ligadas às ambientais, sejam colocadas
sempre em segundo plano, o que torna os processos ineficientes e
abandonados,
sem
que
relacionadas à temática.
sejam
tomadas
as
providências
legais
1. CONSIDERAÇÕES SOBRE A INSTITUIÇÃO HOSPITAL REGIONAL
DE ARARANGUÁ
1.1
Histórico
do
Hospital
Regional
de
Araranguá
estrutura
administrativa, características e atividades desenvolvidas.
O Hospital Regional de Araranguá pertence à Fundação
Hospitalar de Santa Catarina e foi construído pelo Governo do Estado.
A obra foi iniciada em 1979 e concluída em 1983, compreendendo uma
área de 48.124m 2 , sendo que a área construída compreende 14.000m 2 ,
vale ressaltar que o mesmo foi equipado em 1986.
Inaugurado em 17 de janeiro de 1986, pelo Governador do
Estado Esperidião Amim Hellou Filho e aberto ao público em julho do
mesmo ano após estar devidamente equipado.
Sua
primeira
Administração
foi
realizada
pela
Sociedade
Beneficente São Camilo, entidade Filantrópica, sediada em São Paulo,
que permaneceu à frente do Hospital Regional de Araranguá até 31 de
dezembro de 1990.
Após a saída desta instituição o hospital foi administrado
pelas seguintes entidades:
9
Fundação
Hospitalar
de
Araranguá
–
entidade
filantrópica iniciando as atividades em 1º de janeiro de 1991 a 13 de
fevereiro de 1991;
9
Fundação Hospitalar de Santa Catarina – entidade
pertencente ao Governo do estado. Administrou o mesmo de 14 de
fevereiro de 1991 a 25 de março de 1991;
9
Prefeitura Municipal de Araranguá – administrou de
10 de abril de 1992 a 27 de novembro de 1992;
9
Associação Beneficente Deputado Afonso Ghizzo –
entidade filantrópica: administrou de 28 de novembro de 1992 a 23 de
fevereiro de 1995. A partir desta data o hospital é entregue ao Governo
do Estado, sendo posteriormente fechado.
O hospital foi reaberto à comunidade em 4 de abril de 1995
através da Fundação Educacional de Criciúma – FUCRI – com uma
administração terceirizada através do Convênio com a Secretaria de
Saúde do Estado de Santa Catarina que está à frente da Administração
até os dias atuais.
O Hospital Regional de Araranguá está localizado na Sede da
Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense composto por
quinze municípios. Tem como característica principal atender todos os
pacientes da região, prestando assistência médica de qualidade,
oferecendo recursos de apoio a diagnóstico e terapia.
Possui capacidade para 151 leitos, sendo que 135 estão
disponíveis para pacientes de toda a comunidade dos municípios do
Extremo Sul Catarinense. Os serviços de saúde são prestados pelo
convênio SUS, particulares e planos de saúde.
O hospital é classificado como hospital geral sendo referência
regional por prestar atendimento médico em várias especialidades
como:
cirurgia
geral,
infectologia,
ortopedia
e
traumatologia,
anestesiologia, ginecologia e obstetrícia, pediatria, otorrinolaringologia,
unidade de terapia intensiva (UTI), cirurgia plástica e oftalmologia.
1.2 Distribuição dos leitos
O hospital conta com 135 leitos ativos para internação,
atendendo aos usuários da região da AMESC.
Clínicas
Clínica Médica Masculina e Feminina
Clínica Cirúrgica
Clínica Particular
Maternidade
Pediatria
UTI
Nº de leitos
38
35
10
16
26
10
1.3 Recursos humanos – RH
O hospital Regional de Araranguá possui um quadro funcional
de 266 funcionários, assim distribuídos:
Administração:
Profissionais da saúde:
Controles Ambientais: Comissão Melhoramentos Internos:
Manutenção e Serviços Gerais:
Outros: autônomos:
Total:
21
149
04
63
33
266
Segundo CASTELAR (1995), o hospital é um estabelecimento,
cuja finalidade básica é o atendimento assistencial em regime de
internação, sem que isso exclua o atendimento ambulatorial. As
atividades
que
lhe
são
pertencentes
incluem
as
de
prevenção,
terapêutica, reabilitação, ensino e pesquisa. Quanto à prestação de
cuidados,
são
classificados
como
gerais,
especializados
e
não
especializados.
Portanto, para o desempenho destas atividades com sucesso,
devemos
obedecer
a
uma
hierarquia
proposta
para
facilitar
os
processos e produtividade de forma integrada que irão resultar no
conjunto de atividades realizadas pelo hospital.
Esta hierarquização representa cada serviço ou atividade
realizada dentro das ações conjuntas do hospital, resultando a seguinte
identificação.
1.4 Assistência médica
Relaciona-se aos serviços destinados ao atendimento direto
aos
pacientes,
ficam
assim
estipulados:
Anestesiologia,
Bloco
Cirúrgico,
Pronto
Centro
Socorro
Obstétrico,
UTI,
(emergência
e
urgência) Clínica Médica, Cirúrgica, Maternidade, Pediatria,Clínica
Particular e Berçário.
1.5 Diagnóstico e terapia
As prestações de serviços para pacientes internos e externos
resultam em ações que apóiam, confirmam diagnósticos e estabelecem
rotinas para resultados positivos da terapia escolhida. Incluem serviços
de
radiologia,
hemoterapia,
endoscopia,
análises
clínicas,
eletrocardiograma e ultra-sonografia.
1.6 Apoio técnico
O desenvolvimento de atividades hospitalares exige uma
equipe multi-profissional que exiba conhecimento do processo gerencial
e que possua habilidade e respaldo técnico para gestão hospitalar,
conduzindo
os
diferentes
segmentos
da
organização
técnico-
administrativa da instituição hospitalar. O apoio técnico é constituído
pelos serviços de Farmácia, Nutrição e Dietética, Enfermagem, Serviço
de Arquivo Médico e Estatística, Comissão de Controle de Infecções
Hospitalares, Serviço Social e Fisioterapia.
1.7 Processamento e abastecimento
Este setor é responsável pelo processamento de roupas e
Lavanderia, Central de Materiais e Esterilização, Geração de Vapor
(caldeira).
1.8 Apoio administrativo
Estão incluídos neste setor a Direção Geral, Administração,
Manutenção
Departamento
Geral,
Departamento
Pessoal,
Gerência
Limpeza e Higiene Hospitalar.
de
de
Compras,
Faturamento,
Enfermagem,
Almoxarifado,
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Os Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde- RSSS
Existem correntes contraditórias quando o assunto norteia a
questão dos resíduos sólidos de serviço de saúde, surgindo diferentes
conceitos básicos quanto às definições e termos empregados.
SHNEIDER (2001), relata que a denominação atribuída aos
resíduos de estabelecimentos de saúde é controversa. Muitos termos
são usados como sinônimos: resíduo hospitalar, resíduo biomédico,
resíduo infeccioso ou infectante.
A USEPA (U.S Environment Protection Agency) considera
resíduo
perigoso,
patógenos
e
o
resíduo
virulência
sólido
que
suficientes
são
devido
a
quantidade
capazes
de
de
contribuir
significativamente para ocasionar uma doença infecciosa, aumentando
a mortalidade ou incapacitacão temporária, representando um risco real
ou
potencial
à
saúde
humana
ou
ao
meio
ambiente
quando
inadequadamente tratado, armazenado, transportado e disposto de
forma geral.
RISSO
(1993),
considera
a
denominação
Serviços de Saúde "como um termo mais apropriado e
Resíduos
de
abrangente,
pois estão incluídos os resíduos dos mais diversos estabelecimentos de
assistência a saúde, além dos hospitais".
A Associação Brasileira de Normas Técnicas através da norma
técnica 12807 que tem por objetivo definir termos empregados em
relação aos resíduos de serviço de saúde define:
-
Resíduo
material:
desprovido
de
utilidade
para
o
estabelecimento gerador.
- Resíduo comum: resíduo de serviço de saúde que não
apresenta risco adicional à saúde pública.
- Resíduo especial: resíduo de serviço de saúde do tipo
farmacêutico, químico perigoso e radioativo.
- Resíduo farmacêutico: produto medicamentoso com prazo de
validade vencido, contaminado, interditado ou não utilizado.
- Resíduo infectante: resíduo do serviço de saúde que, por
suas características de maior virulência, infectividade e concentração
de patógenos, apresenta risco potencial à saúde pública.
- Resíduo químico perigoso: resíduo que de acordo com a
NBR 10004, possa provocar danos à saúde ou ao meio ambiente.
-
Resíduo
de
serviço
de
saúde:
resíduo
resultante
de
atividades exercidas pelo estabelecimento gerador, de acordo com a
classificação adotada pela NBR 12808.
A resolução CONAMA nº 5/1993 estende-se ainda
aos resíduos gerados em portos e aeroportos e terminais rodoviários e
ferrovias.
Risso diz ainda que:
O r isco do manus e io d e s ubstâ ncias in fec tan tes nã o es tá
a pen as re lac io nad a ao pesso al d e ser viços d e saú de , c omo
ta mb ém sã o d e ten to res de riscos ocup aciona is p ara os
c o le t or es o u c a tad or es d e l i xo e p es s oas qu e op er am e m
loca is o nde esses res íduos sã o d ispos tos . (R ISSO , p . 50 ,
1 993 )
A
NBR
12807
considera
que
os
RSSS
são
substâncias
contaminadas por um número significativo de patógenos, sendo assim,
os hospitais são geradores de materiais que apresentam um certo grau
de toxicidade, sendo, portanto geradores de resíduos infectantes.
BIDONE et all. (2001), considera que um perfeito trabalho de
segregação se inviabiliza, pois na maioria dos hospitais não há sistema
de treinamento pessoal e como conseqüência haverá um aumento na
quantidade de resíduos infectantes.
LEONEL (2002), relata que no Brasil a problemática dos
resíduos não é assumida como uma questão a ser discutida, sendo
vista apenas de maneira emergencial. Não existe integração entre
órgãos públicos e privados, dos quais alguns serviços de saúde não
encontram respaldo e apoio técnico devido à inexistência de uma
política e gestão ambiental capaz de modificar a situação e de
estimular mudanças de comportamento dos geradores de resíduos.
TAKAYANAGUI (1993), ressalta que a organização do sistema
de
gerenciamento
interno
dos
resíduos
deve
ser
uma
atividade
programada dentro do processo administrativo do serviço de saúde,
devido a sua importância em relação ao fator de risco na cadeia de
infecção hospitalar.
A prestação de serviço de saúde é uma atividade complexa
afetada por uma série de fatores internos e externos (MEZOMO, 2001).
BURMESTER & RICHARD (1995) apud LEONEL ressaltam que
o hospital é, por excelência, um estabelecimento de cuidados de saúde.
Portanto é responsável pela estruturação e gerenciamento de seus
resíduos.
Para RISSO (1993), o gerenciamento dos RSSS é visto como
um instrumento capaz de minimizar ou até impedir os efeitos adversos
do ponto de vista sanitário, ambiental e ocupacional.
Para
operacionais
que
frente
ocorram
á
as
mudanças
problemática
dos
organizacionais
RSSS
é
necessário
e
o
envolvimento de toda a instituição hospitalar, fazendo com que todos
os
setores
se
preocupem
para
efetivação
de
um
sistema
de
gerenciamento de RSSS eficiente, evitando que a responsabilidade e
consciência sanitária da administração pública, tenham como base
apenas a legislação para evitar penalidades (LEONEL & SHNEIDER,
2001).
2.1.2 Gerenciamento dos Resíduos de Serviço de Saúde
É de responsabilidade dos estabelecimentos prestadores do
serviço de saúde promoverem programas de educação específicas para
os profissionais inseridos nos processos da geração dos resíduos ao
correto manejo, dando ênfase à responsabilidade participativa quanto
aos processos corretos de descarte.
De
acordo
com
AURÉLIO
BUARQUE
DE
HOLANDA,
gerenciamento tem como significado o ato ou o efeito de gerenciar,
dirigir com qualidade de gerente, exercer função de gerente.
Para MANDELI (1991), o gerenciamento refere-se ao conjunto
articulado
de
ações
normativas,
operacionais,
financeiras
e
de
planejamento, baseadas em critérios sanitários, ambientais, sociais,
políticos, técnicos educacionais, culturais, estéticos e econômicos para
geração, manejo, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos.
A palavra gerenciamento quase sempre dá idéia de um
planejamento, programa que está diretamente ligado ao objetivo de
cumprir ação de um empreendimento (RISSO, 1993).
O objetivo de um programa de gerenciamento de resíduos
infectantes é promover e proteger a saúde, reduzindo os impactos
ambientais oriundos dos riscos apresentados por esses resíduos.
Para a ORGANIZAÇÃO PAN AMERICANA (1997), o correto
gerenciamento dos resíduos sólidos significa não só controlar e
diminuir os riscos, mas também alcançar a minimização dos resíduos
do ponto de origem, bem como a segurança para quem trabalha,
evitando os riscos para a saúde do trabalhador.
Segundo ANVISA, RDC nº 33 25/02/2003, o gerenciamento
dos resíduos de serviços de saúde constitui-se de um conjunto de
procedimentos de gestão planejada a partir de bases cientÍficas e
técnicas, normativas e legais com o objetivo de minimizar a produção
de resíduos e proporcionar um encaminhamento seguro de forma
eficiente, visando a proteção dos trabalhadores, a preservação da
saúde pública, dos recursos naturais e meio ambiente.
Para o sucesso de um plano de gerenciamento é necessário
que
haja,
além
dos
requisitos
legais,
o
empenho
dos
recursos
humanos, sendo que estes deverão ter conhecimento do sistema
adotado para o gerenciamento, como também saber os procedimentos
preconizados para o manuseio, coleta e transporte. Devem estar
cientes da importância da utilização dos equipamentos de proteção
individual, visando não só sua própria segurança como de todos os
usuários do serviço de assistência médica.
Para FORMAGGIA (1995), quando se trata de hospitais o
gerenciamento deve ser avaliado e acompanhado pela CCIH (Comissão
de Controle de Infecção Hospitalar), particularmente no que se refere à
programação de treinamentos para profissionais do setor de higiene e
limpeza.
Cabe
salientar
que
os
estabelecimentos
prestadores
de
serviços de saúde têm dificuldades para viabilizar programas de ação,
pois é visível a falta de recursos financeiros, somados ao descaso das
legislações específicas e a carência de conhecimentos técnicos científicos. Porém, nos últimos anos, há uma conscientização maior dos
profissionais ligados a setores de assistência à saúde, fazendo com
que
surjam
ações
regulamentadoras,
conjuntas
surgindo
e
a
então,
observância
processos
das
de
normas
mudanças
comportamentais nos diversos seguimentos da sociedade, através das
ações educativas que somadas resultam em qualidade de saúde e
proteção ambiental.
2.1.3 Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Serviço de
Saúde (PGRSSS)
A questão dos RSSS é contemplada por um emaranhado de
dispositivos legais das esferas federal, estadual e municipal no que se
refere às responsabilidades e competências (Revista Meio Ambiente –
edição 29 nº 28 – jan e fev. 2001).
A nível federal vigora a Resolução CONAMA nº 5/ 283, onde
PGRSSS
é
documento
integrante
do
processo
de
licenciamento
ambiental, baseado nos princípios de geração de resíduos e na sua
minimização. Aponta e descreve as ações relativas ao seu manuseio no
âmbito dos estabelecimentos, contemplando os aspectos referentes à
geração,
segregação,
acondicionamento,
coleta,
armazenamento,
transporte, tratamento e disposição final, bem como a proteção à saúde
pública. Segundo a ANVISA RDC nº 33/2003 o PGRSSS deve ser
elaborado pelo gerador de resíduos e estar de acordo com os critérios
estabelecidos pelos órgãos de vigilância sanitária e do meio ambiente,
federais, estaduais e municipais.
Aos estados as normatizações são vistas através das ações
da vigilância sanitária que competem os procedimentos relacionados à
saúde e aspectos de saúde ocupacional. Através de órgãos ligados à
instituição do meio ambiente e licenciamento, e controle de emissão de
fontes poluidoras, onde se incluem as instalações de tratamento e
destinação
final
de
constitucionalmente
resíduos.
sobre
Aos
questões
municípios
de
interesse
compete
local,
legislar
ofertando
serviços públicos essenciais, nos quais se enquadram os de limpeza
urbana (coleta, tratamento e destinação final).
2.1.4 Contribuições e vantagens de um PGRSS
O PGRSS contribui positivamente para o gerador de resíduos,
porque diminui os acidentes ocupacionais, reduzindo os índices de
infecção e posterior ausência de doenças ocupacionais. Promove
redução do volume de resíduos por meio de métodos de segregação
adequada, induzindo a reciclagem e a compostagem e estimulando a
programação de cursos técnicos para a formação e capacitação de
recursos humanos.
O programa de RSSS estimula o desenvolvimento de novas
tecnologias e de equipamentos voltados para as questões de RSSS,
preservando a saúde pública e os recursos naturais, aumentando a vida
útil dos aterros sanitários, e otimizando a sua utilização.
2.1.5 Potencial de Risco dos Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde
De acordo com a resolução CONAMA nº 05/93, tratar resíduos
significa descaracterizá-los em seu potencial de risco.
BRILHANTE & CALDAS, apud SHNEIDER (2001), sintetizam a
classificação de risco segundo a organização das Nações Unidas para
Proteção Ambiental (United Nations Environment Protection – UNEP),
como:
Risco direto: probabilidade de que um determinado evento
ocorra, multiplicado pelos danos causados por seus efeitos;
Risco de acidente de grande porte: caso especial de risco
direto em que a probabilidade de ocorrência do evento é baixa, sendo
suas conseqüências bastante prejudiciais;
Risco percebido pelo público: a percepção social do risco
depende em grande parte de quem é a decisão sobre aceitá-lo ou não.
Outras citações são feitas pelos mesmos autores: como o
crônico; aquele que apresenta uma ação contínua por longo período,
afetando a água, a vegetação, o solo, a saúde, e ao agudo decorrente
da emissão de energia ou matéria em grande concentração, em um
curto espaço de tempo.
Os resíduos de substâncias perigosas e o risco toxicológico
constituem um novo capítulo na história da sociedade contemporânea,
que soube fazer, mas não soube dispor seus dejetos (BRILHANTE &
CALDAS apud SHNEIDER, 2001).
SHNEIDER
(2001),
conclui
afirmando
que
muitos
dos
problemas que hoje enfrentamos constituem-se como resultado de mais
de
200
anos
de
práticas
impróprias
de
manejo
de
substâncias
perigosas de origem diversas.
Segundo NBR 10004/87, os resíduos sólidos quanto aos seus
riscos potenciais ao meio ambiente e a saúde pública, podem ser
classificados como:
a)Classe I – Perigosos
b)Classe II – Não inertes
c)Classe III – Inertes
Conforme esta norma a periculosidade de um resíduo está
associada às características apresentadas por este em função de suas
propriedades físicas, químicas ou infecto - contagiosas que possam
apresentar risco à saúde pública, provocando ou acentuando, de forma
significativa o aumento da mortalidade ou incidência de doença, e/ou
risco ao meio ambiente, quando o resíduo é manuseado ou destinado
de forma inadequada.
Resíduos
de
classe
I
–
Resíduos
Perigosos
–
São
considerados como perigosos todos os resíduos que apresentam pelo
menos uma das seguintes características: inflamabilidade, corrosidade,
reatividade, toxicidade e /ou potogenicidade.
Para SHNEIDER (2001), a questão do risco inerente aos RSSS
é
polêmica,
problema,
existindo
não
correntes
havendo,
contraditórias
portanto
um
de
consenso
abordagem
quanto
a
do
sua
classificação e a melhor forma de tratamento ou disposição final.
Dados do MINISTÉRIO DA SAÚDE e da SECRETARIA de
ASSISTÊNCIA a SAÚDE mostram que poucos são os municípios
brasileiros que reconhecem a importância sanitária do RSSS e poucos
são
aqueles
que
se
preocupam
com
o
seu
gerenciamento,
principalmente quanto à disposição final, o mesmo acontecendo com os
países latinos - americanos, mesmo aqueles onde algo está sendo feito
os trabalhos são direcionados para hospitais e centros de saúde
pública.
2.1.6 Classificação dos RSSS
Para
sucesso
de
um
gerenciamento
de
RSSS
é
ponto
fundamental a sua classificação pelo estabelecimento prestador de
serviço de assistência à saúde.
As classificações são variáveis, dependendo do objetivo a ser
alcançado e das mudanças de procedimentos desejáveis em relação ao
correto manuseio e posterior gerenciamento. É importante que cada
estabelecimento
classificação
a
gerador
adotar
de
tendo
resíduos
como
observe
referência
qual
a
melhor
tipo
de
serviço
o
prestado, as características físico-químicas dos resíduos gerados,
legislação vigente, destino final, origem ou procedência e o seu
potencial de risco.
A
Resolução
CONAMA
nº
05/93,
artigo
3º,
adotou
uma
classificação para os resíduos sólidos de serviços de saúde em quatro
grandes grupos, como segue:
GRUPO A: resíduos que apresentam risco potencial à saúde e
ao meio ambiente devido à presença de agentes biológicos.
-
sangue
e
hemoderivados;
animais
usados
em
experimentação, bem como os materiais que tenham entrado em
contato com os mesmos; excreções, secreções e líquidos orgânicos;
meios de cultura; tecidos, órgãos, fetos e peças anatômicas; filtros de
gases aspirados de água contaminada; resíduos advindos de área de
isolamento;
resíduos
de
laboratório;
atendimento ambulatorial; resíduos
resíduos
de
unidades
de
de sanitários de unidades de
internação e de enfermaria; objetos cortantes ou perfurantes capazes
de causar punctura ou corte, tais como lâminas de barbear, bisturi,
agulhas, escales, vidros quebrados e outros.
GRUPO B: resíduos que apresentam potencial risco à saúde
pública e ao meio ambiente devido às suas características químicas:
- drogas quimioterápicas e produtos por elas contaminados;
resíduos
farmacêuticos
interditados
ou
não
(medicamentos
utilizados);
demais
vencidos,
produtos
contaminados,
considerados
perigosos, conforme classificação da NBR 10004 (tóxicos, corrosivos,
inflamáveis e reativos).
GRUPO C: rejeitos radioativos, como materiais radioativos ou
contaminados com radionuclídeos, provenientes de laboratório de
análises clínicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia.
GRUPO D: resíduos comuns, considerando todos os demais
que não se enquadram nos grupos descritos anteriormente.
Segundo a NBR 12809/93, os RSSS são classificados em três
categorias:
- Classe A: resíduos infectantes.
A1- Biológicos: cultura inoculo, mistura de microorganismos e
meio de cultura inoculado proveniente de laboratório clínico ou de
pesquisa, vacina vencida ou inutilizada, filtro de gases aspirados de
áreas
contaminadas
por
agentes
infectantes
e
qualquer
resíduo
contaminado.
A2-
Sangue
e
hemoderivados:
bolsa
de
sangue
após
transfusão, com prazo de validade vencido ou sorologia positiva,
amostra de sangue para análise, soro, plasma e outros subprodutos.
A3- Cirúrgico anatomopatológico e exsudato: tecido, órgão,
feto, peça anatômica, sangue e outros líquidos orgânicos resultantes
de cirurgia, necropsia e resíduos contaminados por estes materiais.
A4- Perfurante ou cortante: agulha, lâmina de bisturi, ampola,
pipeta, vidro.
A5-
Animal
contaminado:
carcaça
ou
parte
de
material
inoculado exposto a microorganismos patogênicos ou portador de
doença infecto-contagiosa, bem como resíduos que tenham estado em
contato com este.
A6- Assistência ao paciente: secreções, excreções e demais
líquidos orgânicos procedentes de pacientes, bem como os resíduos
contaminados por estes materiais, inclusive restos de refeições.
- Classe B: resíduos especiais.
B1- Rejeito radioativo: material radioativo ou contaminado com
radionuclídeos
provenientes
de
laboratórios
de
análises
clínicas,
serviços de medicina nuclear, e radioterapia.
B2-
Resíduo
farmacêutico:
medicamentos
vencidos,
contaminados, interditados ou não utilizados.
B3- Resíduo químico perigoso: resíduos tóxicos, corrosivos,
inflamáveis, explosivos, reativos, genotóxico ou mutagênico, conforme
NBR 10004.
- Classe C: Resíduo comum:
Todos os resíduos que não se enquadram nos tipos A e B e
que, por sua semelhança aos resíduos domésticos, por exemplo,
resíduos de atividades humanas administrativas, dos serviços de
varrição e limpeza de jardins e restos alimentares que não entraram em
contato com pacientes.
A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), adotou
uma classificação baseada na Resolução CONAMA nº 5 de agosto de
1993, Resolução CONAMA 283, de julho de 2001, a NBR – 10004 da
ABNT – Resíduos Sólidos – Classificação, de setembro de 1987 e na
NBR – 12808 da ABNT, de janeiro de 1993, e em outros estudos e
documentos pertinentes ao assunto, como segue:
GRUPO A (Potencialmente Infectante)
-
resíduos
com a
possível presença de agentes biológicos que, por suas características
de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de
infecção.
A1
-
culturas
e
estoques
de
agentes
infecciosos
de
laboratórios industriais e de pesquisa; resíduos de fabricação de
produtos biológicos, exceto os hemoderivados; descarte de vacinas de
microorganismos vivos ou atenuados; meios de cultura e instrumentais
utilizados
para
transferência,
inoculação
ou
mistura
de
culturas;
resíduos de laboratórios de engenharia genética.
A2 - bolsas contendo sangue ou hemocomponentes com
volume residual superior a 50 ml; kits de aférese.
A3 - peças anatômicas (tecidos, membros e órgãos) do ser
humano, que não tenham mais valor científico ou legal, e/ou quando
não houver requisição prévia pelo paciente ou seus familiares; produto
de fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou
estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20
semanas, que não tenham mais valor científico ou legal, e/ou quando
não houver requisição prévia pela família.
A4 - carcaças, peças anatômicas e vísceras de animais
provenientes de estabelecimentos de tratamento de saúde animal, de
universidades, de centros de experimentação, de unidades de controle
de zoonoses e de outros similares, assim como camas desses animais
e suas forrações.
A5
-
todos
os
resíduos
provenientes
de
paciente
que
contenham ou sejam suspeitos de conter agentes Classe de Risco IV,
que apresentem relevância epidemiológica e risco de disseminação.
A6 - kits de linhas arteriais endovenosas e dialisadores,
quando descartados. Filtros de ar e gases oriundos de áreas críticas,
conforme ANVISA, RDC 50/2002.
A7 - órgãos, tecidos e fluidos orgânicos com suspeita de
contaminação com proteína priônica e resíduos sólidos resultantes da
atenção
à
saúde
contaminação
com
de
indivíduos
proteína
ou
priônica
animais
(materiais
com
e
suspeita
de
instrumentais
descartáveis, indumentária que tiveram contato com os agentes acima
identificados). O cadáver com suspeita de contaminação com proteína
priônica não é considerado resíduo.
GRUPO
B
(Químicos)
-
resíduos
contendo
substâncias
químicas que apresentam risco à saúde pública ou ao meio ambiente,
independente de suas características de inflamabilidade, corrosividade,
reatividade e toxicidade.
B1
-
farmacêuticos
Os
resíduos
quando
dos
vencidos,
medicamentos
contaminados,
ou
dos
insumos
apreendidos
para
descarte, parcialmente utilizados e demais medicamentos impróprios
para consumo, que oferecem risco. Inclui-se neste grupo:
- Produtos Hormonais de uso sistêmico; Produtos Hormonais
de uso tópico, quando descartados por serviços de saúde, farmácias,
drogarias e distribuidores de medicamentos; Produtos Antibacterianos
de uso sistêmico; Produtos Antibacterianos de uso tópico, quando
descartados
por
distribuidores
serviços
de
Medicamentos
de
saúde,
medicamentos;
Antineoplásicos;
farmácias,
drogarias
e
Medicamentos
Citostáticos;
Medicamentos
Digitálicos;
Medicamentos Imunossupressores; Medicamentos Imunomoduladores;
Medicamentos Anti-retrovirais;
B2
-
farmacêuticos
Os
resíduos
quando
dos
vencidos,
medicamentos
contaminados,
ou
dos
insumos
apreendidos
para
descarte, parcialmente utilizados e demais medicamentos impróprios
para
consumo,
que,
em
função
de
seu
princípio
ativo
e
forma
farmacêutica, não oferecem risco. Inclui-se neste grupo todos os
medicamentos não classificados no Grupo B1 e os antibacterianos e
hormônios para uso tópico, quando descartados individualmente pelo
usuário domiciliar.;
B3 - Os resíduos e insumos farmacêuticos dos Medicamentos
controlados pela Portaria MS 344/98 e suas atualizações;
B4 – Saneantes, desinfetantes.
B5 - Substâncias para revelação de filmes usados em Raios-X;
B6 - Resíduos contendo metais pesados;
B7 – Reagentes para laboratório, isolados ou em conjunto;
B8 – Outros resíduos contaminados com substâncias químicas
perigosas.
GRUPO C (REJEITOS RADIOATIVOS) – são considerados
rejeitos
radioativos
quaisquer
materiais
resultantes
de
atividades
humanas que contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos
limites
de
isenção
“Licenciamento
de
especificados
Instalações
na
norma
Radiativas”,
e
CNEN-NE-6.02
para
os
quais
–
a
reutilização é imprópria ou não prevista. Para fins deste Regulamento,
entende-se como “Atividades Humanas” os procedimentos executados
pelos profissionais dos serviços referidos no Capítulo I da Resolução
RDC nº 33, de 25 de fevereiro de 2003.
Enquadra-se neste grupo, todos os resíduos contaminados
com radionuclídeos.
As fontes seladas não podem ser descartadas, devendo a sua
destinação final seguir orientações específicas da Comissão Nacional
de Energia Nuclear – CNEN.
GRUPO
D
(Resíduos
comuns)
–
são
todos
os
resíduos
gerados nos serviços abrangidos por esta resolução que, por suas
características,
relacionados
ao
não
necessitam
acondicionamento,
de
processos
identificação
diferenciados
e
tratamento,
devendo ser considerados resíduos sólidos urbanos - RSU.
- espécimes de laboratório de análises clínicas e patologia
clínica, quando não enquadrados na classificação A5 e A7;
- gesso, luvas, esparadrapo, algodão, gazes, compressas,
equipo de soro e outros similares, que tenham tido contato ou não com
sangue, tecidos ou fluidos orgânicos, com exceção dos enquadrados na
classificação A5 e A7;
- bolsas transfundidas vazias ou contendo menos de 50 ml de
produto residual (sangue ou hemocomponentes);
- sobras de alimentos não enquadrados na classificação A5 e
A7;
- papéis de uso sanitário e fraldas, não enquadradas na
classificação A5 e A7;
- resíduos provenientes das áreas administrativas dos EAS;
- resíduos de varrição, flores, podas e jardins;
- materiais passíveis de reciclagem;
- embalagens em geral;
- cadáveres de animais, assim como camas desses animais e
suas forrações.
Obs: Os cadáveres de animais errantes ou domésticos, não
são considerados RSSS. A destinação final destes deve ser feita de
acordo com as normas municipais ou do Distrito Federal.
Grupo E (Perfurocortante) – são os objetos e instrumentos
contendo cantos, bordas, pontos ou protuberâncias rígidas e agudas,
capazes de cortar ou perfurar.
- lâminas de barbear, bisturis, agulhas, escalpem, ampolas de
vidro, lâminas e outros assemelhados provenientes de serviços de
saúde.
-bolsas de coleta incompleta, descartadas no local da coleta,
quando acompanhadas de agulha, independente do volume coletado.
2.1.7 Tratamento de RSSS
No decorrer das décadas de 80 a 90 com o advento de
doenças com o potencial infectante desconhecido surgiram muitas
discussões sobre a conduta e os procedimentos relacionados à higiene
hospitalar. O surgimento em 1980 de doenças infecto-contagiosas,
como a AIDS fez surgir uma nova filosofia para a gestão de tratamento
dos resíduos.
Para RISSO (1993), o objetivo de tratar resíduos infecciosos é
reduzir os riscos associados com a presença de agentes infecciosos,
mudando suas características biológicas, tanto quanto reduzindo e
eliminando seu potencial de causar doença.
Segundo OROFINO (1996), não existe um sistema que se
adapte igualmente a particularidade de cada estabelecimento gerador,
grupo de estabelecimento ou mesmo para determinado município.
Dados do Ministério da Saúde citados por SHNEIDER (2001),
mostram que no Brasil, na maioria dos municípios, os RSSS não
recebem nenhum tipo de tratamento especial. São coletados junto com
os resíduos comuns e tem como destino final o mesmo utilizado pelos
resíduos urbanos. Nesses casos, geralmente em deposições a céu
aberto, onde um grande número de pessoas tem acesso livre para
praticar a catação e ficam expostos a sérios problemas de saúde,
devido ao contato direto com os resíduos e seus vetores que encontram
nos lixos um local ideal para proliferação e alimentação.
No Brasil os prestadores de serviço de saúde são vistos como
instituições
que
possuem
toda
a
responsabilidade
em
relação
à
geração de resíduos infecciosos quando sabemos que são muitas as
fontes de resíduos perigosos, o que vem acontecendo devido à falta de
conhecimentos
técnico-científicos
e
a
ignorância
das
legislações
responsáveis.
São muitas as metodologias para o tratamento de RSSS,
sendo que não existe consenso de qual o melhor método a escolher
para o tratamento de todos os resíduos infectantes. Segundo o Instituto
de Pesquisa e Tecnologia (IPT), a melhor solução deverá ser a
combinação entre as variáveis locais como condições geográficas,
infra-estrutura, disponibilidade de recursos, quantidade e distribuição
de serviço de saúde.
As questões referentes ao correto tratamento de RSSS são
polêmicas sendo que caberá a cada gerador de resíduos o tratamento
ideal de acordo com sua realidade, observando as características dos
resíduos que produzem e as normas estabelecidas pela vigilância
sanitária local, sendo assim, viabilizando o melhor tratamento para os
resíduos gerados e contribuindo positivamente para a qualidade dos
serviços oferecidos, como também reduzindo o risco de infecção e os
impactos ambientais.
Quadro 01 Processo de Tratamento de Resíduos Sólidos de Serviço
de Saúde (RSSS)
MÉTODO
CARACTERÍSTICAS GERAIS
CARACTERISTICAS
OPERACIONAIS
Desinfecção
mecânica/
química (“pulping”)
Trituração
dos
resíduos
seguido
de
desinfecção
química,
gerando
efluente
líquido.
Mais
apropriado
para
resíduos líquidos.
A necessidade de conexão
com
a
rede
de
esgoto;
apresenta alto teor de cloreto
dos efluentes.
Utilização de compostos de
amônia
quaternária
ou
cetonas, álcoois, ácidos e
peróxido de hidrogênio.
Desinfecção química
E s t e r i l i z a ç ã o a va p o r
(Vapor saturado e pressão)
Esterilizarão a vapor seguida
de compactação
Trituração
seguida
esterilização a vapor
por
Mais
utilizado
para
equipamentos
cirúrgicos,
roupas
e
materiais
em
geral.
Após
o
resíduo
ser
“autoclavado”,
este
é
transportado hidraulicamente
a um compactador.
Trata-se de um equipamento
de autoclave que possui um
triturador
no
interior
da
câmara, capaz de triturar
pequenos
instrumentos
cirúrgicos de aço inoxidável.
Esterilizarão por gás/ vapor
Ideal
para
termoinstáveis.
Esterilização por laser
Processo,
quando
comparado, envolve custos
menores
que
de
um
incinerador
Esterilização por plasma
Aceita
qualquer
tipo
de
resíduo (liquido ou sólido).
Esterilização por microondas
Ideal uma primeira trituração
dos resíduos, com posterior
pulverização
d’água,
para
melhor adequação dentro da
câmara que o equipamento
possui.
Baseia-se no controle da
temperatura, no tempo de
retenção dos gases e na
quantidade de ar necessária
para a queima completa.
Incineração
materiais
A u t o c l a ve
atinge
uma
temperatura de operação de
121ºC
a
132ºC,
sendo
necessário 15 a 30 minutos
para o processo total.
Redução do volume estimada
em 60%.
Utiliza vapor d’água a 138ºC,
a uma pressão de 3.8 bars,
sendo o processo totalmente
automatizado.
O
volume
original, após tratamento, ´r
reduzido
em
aproximadamente 80%.
Utiliza o gás óxido de etileno
ou
gás
formaldeído
para
esterilizarão, porém ambos
podem expor as pessoas a
rico de saúde.
Como a fusão dos materiais
ocorre entre 3.780 e 5.540ºC,
suas
emissões
são
mais
limpas e o material mais
estéril.
Utiliza uma temperatura de
1.090ºC,
na
qual
o
gás
ionizado cria uma “tocha” de
plasma.
Aquecimento dos resíduos a
mais de 90ºC.
Permite uma redução de 90 a
95% do volume dos resíduos.
Necessária a observação de
variáveis como a localização,
emissões gasosas poluentes,
disposição das escórias e
cinzas,
bem
como
do
treinamento dos operadores.
F on te: Adap tação do te xto de R ISSO (1 99 3, p .56-7 8)
2.1.8 Caracterização dos RSSS
A primeira condição para a credibilidade de um processo de
gestão racional de resíduos de serviço de saúde é o conhecimento
qualitativo
e
características
quantitativo
dos
dos
resíduos
resíduos
gerados
gerados.
surgirão
os
Através
das
métodos
para
estipulação de seu correto gerenciamento.
No caso dos RSSS, esta operação consiste em uma adequada
identificação dos materiais que os compõem. Os resíduos devem ser
hierarquizados em função de determinadas características que os
tornem
importantes
do
ponto
de
vista
sanitário,
operacional
e
ambiental, mantendo-os em classes distintas (RISSO, 1993).
Quando se conhecem os fatores de risco atribuídos aos RSSS,
se está criando condições para estabelecer um correto gerenciamento,
pois no conhecimento dos mesmos, uma vez que riscos e danos que
poderão advir de tais resíduos, estar-se-á caracterizando-os. Para se
estabelecer o grau de infectibilidade de um resíduo é necessário
conhecer as áreas de maior ou menor risco dentro da unidade geradora
e
assim
caracterizar
o
resíduo
em
função
da
sua
procedência
(SHNEIDER, 2001).
No momento em que se deseja conhecer as quantidades de
resíduos gerados, estimar o tipo de material a ser reciclado e
estabelecer
métodos
de
minimização
das
frações
infectantes,
a
caracterização
é
fundamental,
pois
contribui
para
diminuição
da
contaminação da massa total de resíduos.
A caracterização é a primeira atitude a ser tomada a fim de
tornar
possível
a
segregação
adequada,
o
acondicionamento
diferenciado, a coleta, o transporte, o tratamento e a disposição final.
De acordo com RISSO (1993), existem duas maneiras distintas
para se caracterizar um resíduo: caracterização analítica em função de
amostragem e análises e segundo o ponto de geração, ou seja, em
função da origem.
2.1.9 Caracterização Analítica
O estudo é processado com a coleta da amostra, realizandose análises qualitativas e quantitativas dos resíduos, executando-se,
análises físicas e químicas e raramente biológicas (RISSO, 1993).
Este
mesmo
autor
coloca
que
a
análise
dos
diferentes
materiais que compõem os resíduos e sua proporção em peso e volume
na massa total, ou seja, quantificando as frações componentes por
meio de triagem e medição, é conhecida como caracterização física.
Enquanto na química verificam-se características como pH, umidade,
teor de carbono e matéria orgânica, poder calorífico e teor de matéria
combustível. Por fim, tem-se ciência de que a caracterização biológica
determina a existência de determinados microorganismos previamente
selecionados.
A car ac ter izaç ão em massa ou vo lu me é u m d ado impor tan te
p ar a o pr ogra ma d e ge r enc ia men t o a s er a do t ado e
n or m al me nte é de ter m i nad o p ela mas s a dos r es íd uos s ól id os
g er a dos e p e lo n úm er o de p ac i en tes a t end id os p or di a ,
r esu ltan do n a ta xa de g eraç ão . (SHN EID ER 2 001 , p . 20 ).
A caracterização analítica é fundamental quando a finalidade é
identificar a composição dos resíduos e quantificar os diferentes
componentes da quantidade gerada.
RISSO (1993), ressalta ainda que uma caracterização de
resíduo em um determinado local em um dado período não servirá para
retratar a realidade de outro local em época diferente nem no próprio
local e data posterior, tornando-se somente um ponto de referência.
2.2 Caracterização em Função da Origem
SHENEIDER (2001), coloca que a caracterização em função
da origem é realizada pelo potencial de risco que o resíduo apresenta e
viabiliza quando não se deseja utilizar os complexos procedimentos
para amostragem e análises microbiológicas.
Para o caso dos resíduos de serviço de saúde onde a
característica
“risco
de
infecção”
deve
ser
considerada,
a
caracterização segundo o local pode ser usada.
De acordo com SHENEIDER (2001), “quantificar os RSSS em
cada setor hospitalar faz-se necessário, pois o conhecimento do
volume da natureza de cada resíduo segregado pode orientar a seleção
de formas adequadas de tratamento e disposição final dos resíduos”.
Nos
setores
administrativos
a
geração
de
resíduos
é
semelhante aos resíduos comuns. Os setores de risco como áreas de
isolamento, hemodiálise, laboratórios de microbiologia exigem atenção
maior em relação ao manuseio dos RSSS, pois quanto maior os riscos
de infectibilidade, maiores serão os cuidados durante o manejo dos
resíduos.
Segundo RISSO (1993), essa forma de caracterização na qual
os riscos atribuídos aos resíduos em função do setor de geração
mostram-se
mais
racionais
e
eficientes,
além
de
mais
rápida
economicamente.
Também FERREIRA (1995), destaca a importância de estudos
de caracterização de resíduos, afirmando que necessidade de estudos
de caracterização é cada vez maior, uma vez que o conhecimento
detalhado dos mesmos é fundamental na determinação do modelo de
gerenciamento, em particular a seleção dos métodos de tratamento e
disposição final. (1997, p. 20).
3. METODOLOGIA
O primeiro passo adotado foi à elaboração de um diagnóstico,
caracterização e posterior proposta de implementação de um plano de
gerenciamento dos resíduos sólidos de serviço de saúde do HRA. Em
seguida, fez-se a caracterização interna do universo em estudo que
teve como objetivo o levantamento de dados gerais, contendo a
identificação
do
hospital,
as
atividades
por
ele
desenvolvidas,
capacidade instalada, horário de funcionamento, área do terreno,
setores
de
atendimento,
quadro
de
recursos
humanos
e
físicos,
especialidades médicas oferecidas. Vale ressaltar que as informações
para o desenvolvimento dessa etapa foram cedidas pela própria
instituição.
Realizou-se
levantamento
do
número
de
atendimento
no
Hospital Regional de Araranguá no período de agosto 2003 a outubro
/2003,
baseando-se
nos
relatórios
de
indicadores
hospitalares
fornecidos pelo setor de estatística através do consentimento da
admistração do HRA.
O objetivo da segunda etapa do trabalho foi a identificação
das
fontes
geradoras
de
resíduos
sólidos,
onde
realizou-se
um
diagnóstico dos setores hospitalares, através de visitas, observação
dos procedimentos quanto ao manejo, segregação, acondicionamento e
transporte dos resíduos. Os dados foram anotados em planilhas e
utilizados para confirmação da caracterização dos resíduos sólidos.
O estudo de caracterização dos resíduos sólidos de serviço de
saúde do HRA teve como objetivo o levantamento quantitativo e
qualitativo desses, gerados por um período de sete dias consecutivos
(segunda-feira a domingo), durante os meses de agosto a outubro de
2003. Os resíduos foram quantificados em todos os setores através de
pesagens. Foram realizadas reuniões com o setor de limpeza e
higienização do HRA para solicitação do recolhimento dos resíduos de
setor a setor, explicando-se os métodos de identificação e como os
resíduos seriam coletados para realização das pesagens no abrigo
externo.
Definidas as tarefas de toda a equipe de apoio, foram
identificados os latões onde seriam depositados os resíduos coletados
nos setores.
3.1 Preparação das Amostras
Os resíduos de cada setor foram coletados em saco plásticos
etiquetados e enviados ao local de pesagem, onde se realizaram as
seguintes etapas:
- Os sacos etiquetados foram pesados individualmente (peso
inicial)
- Espalhados sobre uma lona limpa
- Separação dos resíduos segundo suas características físicas
e potencial de contaminação (exemplo: papel, vidro, plásticos, peças
anatômicas, fluidos orgânicos, etc).
- Pesadas separadamente essas frações.
- Os valores obtidos, anotados em planilhas.
- Soma dos valores obtidos das frações dos resíduos para
posterior verificação do peso encontrado, relacionando com a pesagem
inicial.
Vale ressaltar que a análise física dos resíduos tem como
objetivo determinar o peso de cada fração componente e relacioná-lo
ao peso total dos resíduos gerados em cada setor. Essa relação é
expressa em porcentagem do total produzido no setor. As frações
tiradas para pesagem foram:
- Papel: papelão, papel carbono;
- Papel (contaminado): papel higiênico e papel toalha;
- Plástico: material de sondagem, equipos, escalpe, frascos de
soro, bolsas soros, copos descartáveis, embalagens de material,
garrafas de refrigerante e água;
- Metal: latas de refrigerante e latas que continham alimentos;
- Rejeito: todos os resíduos que não são passiveis de
reciclagem (papel de bala, chicletes e embalagens de biscoitos e
salgadinhos);
- Peças anatômicas e tecidos orgânicos (placentas, tecidos
humanos);
- Perfurocortante: agulha, ampolas, escalpe, laminas.
Todos os passos dos procedimentos propriamente dito foram
realizados com auxílio de pinça metálica. O pessoal envolvido nas
pesagens e separação dos resíduos estava devidamente paramentado
(vestimenta própria) e fazendo uso dos EPI’s (equipamento de proteção
individual) necessários.
As caixas de material perfurocortante eram abertas com o
auxílio de pinças e analisados visualmente, tendo por fim anotadas as
características dos resíduos e posterior pesagem.
Ao final da caracterização, tanto as caixas de perfurocortantes
como os sacos foram fechados e dispostos no armazenamento externo.
- Local: o processo de pesagem foi realizado em uma área
externa do HRA, próximo ao abrigo externo de resíduos. Esta área foi
escolhida por apresentar condições: área cimentada, com espaço
suficiente e pela proximidade do armazenamento externo.
precisão
Equipamentos:
igual
a
utilizou-se
uma
gramas,
pinças
cinco
balança
analítica
metálicas,
com
vassouras,
embalagens para lixo e equipamentos de proteção individual (luvas,
máscaras, gorros, vestimenta e sapatos fechados).
Transporte dos resíduos: o transporte e coleta interna dos
resíduos foram realizados por funcionários da limpeza e higienização
do HRA.
Todo
processo
de
caracterização
dos
resíduos
teve
o
acompanhamento de uma equipe de apoio, composta por: trabalhadores
do setor de limpeza e higienização do HRA, acadêmicos do curso de
engenharia
ambiental
da
UNESC,
professores
e
orientadores
do
trabalho.
Foram
municípios
de
realizadas
Tubarão,
visitas
Imbituba,
às
Unidades
Criciúma
e
Hospitalares
Urussanga,
nos
com
a
finalidade de verificar os processos de gerenciamento de seus resíduos
e para troca de experiências com os profissionais envolvidos no
processo. Também foram visitados locais de depósito de resíduos e
áreas de incineração nos municípios de Laguna e Araranguá.
4. DIAGNÓSTICO
4.1.1 Diagnóstico dos Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde do
Hospital Regional de Araranguá
São poucas as informações a respeito de um diagnóstico
conclusivo dos resíduos hospitalares. Considerando que os hospitais
são por excelência estabelecimentos que visam o cuidado com a saúde,
manutenção
da
preocupação
prestados
vida
com
que
a
e
preservação
geração
exigem
de
do
meio
resíduos
mudanças
ambiente
advindos
relacionadas
dos
aos
há
uma
serviços
aspectos
organizacionais, técnicos e operacionais do manejo destes resíduos.
A determinação das quantidades de (RSSS) Resíduos de
Serviço de Saúde é geralmente estabelecida de acordo com o número
de leitos, não se podendo deixar de observar os diversos tipos de
atividades
desenvolvidas
pela
instituição:
os
serviços
médicos
prestados, o grau de complexidade das atividades, o número de
pacientes que diariamente são atendidos, bem como a atenção dada
aos pacientes externos.
Buscando
prestados
e
avaliar,
garantir
melhorar
processos
de
a
qualidade
mudanças
dos
serviços
organizacionais
é
fundamental que se realize uma análise dos processos hospitalares
para se ter uma compreensão de todas as atividades desenvolvidas.
No momento que se conhece as fontes geradoras de resíduos,
criam-se
subsídios
para
efetivar
uma
análise
dos
processos
quantitativos dentro dos locais de atendimento dos diversos setores.
Para consolidar a proposta de quantificar os resíduos das
fontes geradoras, é necessário que se estabeleça um diagnóstico
prévio e preciso de todas as atividades as quais resultam na produção
de resíduos.
4.1.2 Pronto Socorro
O Pronto Socorro é um setor que funciona 24 horas por dia,
prestando um atendimento médio de 80 pacientes externos. Presta
serviços que visam o diagnóstico e a terapia de pacientes acidentados,
traumatizados ou acometidos de mal súbito, com ou sem risco iminente
de vida.
Os resíduos são gerados e descartados constantemente no
Pronto Socorro, pois os pacientes atendidos apresentam variadas
condições clínicas.
Os
materiais
que
serviram
de
apoio
e
utilizados
nos
procedimentos médicos são armazenados em sacos coletores brancos
e descartados em lixeiras que estão identificadas, porém não são
utilizadas corretamente, uma vez que há uma mistura dos resíduos
gerados. Os perfurocortantes são descartados em dispositivo próprio
(caixa de papelão) que contém as especificações da ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas)-NBR 12808-janeiro de 1993.
Após a observação de todos os processos realizados no
Pronto Socorro conclui-se que existe uma grande quantidade de
resíduos produzidos constantemente, uma vez que foram observados
resíduos comuns, resíduos contaminados, perfurocortantes e restos de
alimentos
(orgânicos),
não
existindo
também
nenhum
tipo
de
segregação. A operação de separação existente na unidade é apenas a
utilização de lixeiras com tampas e sacos coletores brancos designados
para o resíduo contaminado, bem como lixeiras com sacos pretos para
resíduos comuns.
Os
resíduos
são
coletados
em
carros
individuais
que
percorrem os locais dentro da fonte geradora, sendo o transporte
interno realizado por funcionários da limpeza e higienização. Logo após
são armazenados em um “expurgo”, sendo então processada a limpeza
das salas de atendimento geral e apoio. O transporte dos resíduos
infectantes e comuns é feito no mesmo carrinho, realizado duas ou três
vezes ao dia ou quando necessário, em horário de menor fluxo de
pessoal. Após o transporte interno os resíduos são armazenados
externamente em uma área própria, onde ficam a espera do seu destino
final.
É importante citar que muitas vezes os resíduos de sacos
menores são despejados em sacos coletores maiores, misturando-se
toda massa de resíduos, ocasionando assim a sua contaminação total.
4.1.3 Centro Obstétrico
A prestação de serviços médicos para assistência ao paciente
é realizada com mulheres gestantes em trabalho de parto ou urgência
obstétrica que entram no hospital via pronto socorro ou internação,
sendo realizados também os primeiros cuidados com o recém-nascido.
O setor possui as seguintes salas: sala de espera, que contém lixeiras
sem tampas com sacos coletores pretos, designados para resíduos
comuns. Sala de triagem obstétrica onde é feita a tomada de sinais
vitais e exames ginecológicos, possuindo lixeiras com sacos coletores
brancos e pretos.
Sala de procedimentos, onde são realizados
procedimentos de enfermagem como preparação de medicações e
preparo da paciente para efetivação do parto normal ou cirúrgico,
contendo nesta sala lixeira com saco coletor branco e caixas de
papelão para dispor os perfurocortantes. Sala de parto, onde são
realizados partos normais, o qual possui lixeiras com sacos coletores
brancos, onde os resíduos são todos misturados. Sala de cirurgia, onde
são realizados as cesarianas, tendo também uma lixeira com sacos
coletores brancos, onde são dispensados todos os tipos de resíduos
com
exceção
dos
perfurocortantes.
Este
setor
possui
3
quartos
equipados para observação das pacientes gestantes em trabalho de
parto e pós parto. Os resíduos dos mesmos são armazenados em
lixeiras sem tampas com sacos coletores pretos. Os primeiros cuidados
com o recém nascido são realizados em uma sala específica para
banho, onde são efetivadas as pesagens, medicações e verificação dos
sinais vitais, sendo os resíduos colocados em lixeiras sem tampas com
sacos coletores brancos e coletados das salas de procedimentos por
funcionários da limpeza e armazenados em expurgos para transporte
com horários específicos, para posterior destinação final.
4.1.4 Berçário
Este setor presta serviço de assistência ao recém-nascido que
apresenta alguma alteração clínica, como nascimento prematuro. Os
resíduos produzidos neste setor são eliminados em sacos brancos
leitosos juntamente com os resíduos administrativos e restos de
alimentos, sendo o material perfurocortante depositado em dispositivo
próprio.
4.1.5 Bloco Cirúrgico
Os procedimentos realizados no Bloco Cirúrgico englobam
cirurgias eletivas e de emergência, bem como a recuperação pósanestésica
e
anestesiologia.
pós-operatória,
compreendendo
atividades
de
O mesmo possui duas salas de procedimentos cirúrgicos: sala
de apoio ao paciente pós-cirurgia, e durante anestesia e sala de
espera.
Nas salas de cirurgias os resíduos são dispostos em lixeiras
sem tampas e sem pedais com sacos coletores brancos, sendo que
existe
uma
mistura
dos
resíduos
gerados,
onde
se
encontram
embalagens de materiais hospitalares, papel, frascos de soros, luvas
de procedimentos, peças anatômicas, fluídos e tecidos orgânicos. Em
cada sala de cirurgia e apoio ao paciente (recuperação) existe uma
caixa para resíduos perfurocortante.
Os resíduos são coletados dentro da fonte geradora por
funcionários da limpeza e armazenados em um expurgo até seu
transporte para o destino final.
O Bloco Cirúrgico realiza uma média de 10 cirurgias/dia
totalizando 300 intervenções cirúrgicas mensais.
4.1.6 Clínica Médica
Na clínica médica há trinta e oito leitos para atendimento aos
pacientes masculinos ou femininos. Os quartos disponíveis possuem
banheiros e geralmente atendem de dois a três pacientes. Conta com
várias salas, sendo elas: para espera, preparação de medicamentos, de
reuniões, posto de enfermagem e outras como o expurgo.
Atendendo a pacientes com diferentes tratamentos clínicos
produz uma variedade de resíduos. Nos quartos existem lixeiras com
sacos coletores pretos, onde é possível encontrar resíduos comuns
como papéis, embalagens de alimentos, restos alimentares e também
fluídos orgânicos. Nos banheiros são encontrados lixeiras com sacos
pretos para papéis higiênicos e papéis toalha.
Na sala de preparação de medicamentos foram encontradas
lixeiras identificadas para resíduos comuns; lixeiras para plásticos;
lixeiras para resíduos contaminados e lixeiras para equipos e caixa
para perfurocortantes. No entanto, os procedimentos de segregação
estavam, incorretos, havendo mistura de resíduos.
Na sala de curativos, onde são realizados procedimentos com
pacientes incapazes de locomoção, existem lixeiras tampadas com
sacos brancos que acomodam materiais contaminados e dispositivos
para os perfurocortantes.
Durante as vinte e quatro horas o setor recebe atendimento
dos funcionários da limpeza e higienização (pois existe diversificação
de procedimentos clínicos, aumentando consideravelmente a geração
de resíduos) que coletam dos quartos os sacos de lixos a partir das
sete
horas,
os
quais
são
armazenados
no
expurgo
(banheiro
desativado) ficando a espera do transporte que geralmente é feito a
partir das doze horas e trinta minutos. Muitas vezes os sacos pretos
são reaproveitados, surgindo então a mistura dos resíduos, já que foi
observada pouca operação de segregação.
Quando observadas as lixeiras do setor os seguintes resíduos
foram
identificados:
escalpes,
pacotes
embalagens
de
de
ataduras,
seringas,
papel
equipos,
higiênico,
agulhas,
luvas
de
procedimentos, bulas e caixinhas de medicamentos, caixas de luvas,
material de sondagem, como várias sondas para aspiração traqueal,
sondas de alívio e outras. Papéis (carbono e pardo), esparadrapo,
gaze,
espátulas
(abaixador
de
língua)
e
materiais
considerados
perfurocortante: agulhas, giletes, lâmina bisturi, ampolagens, escalpes,
frascos ampolas de medicamentos, abocath e vidros.
4.1.7 Clínica Cirúrgica
A clínica tem a disposição de pacientes cirúrgicos, pré e pósoperatórios trinta e cinco leitos.
Os quartos contêm três a quatro leitos, com banheiro próprio.
A área física é constituída por um posto de enfermagem com sala para
preparação de medicamentos. Os resíduos estão dispostos em lixeiras
com tampas e identificações específicas: uma lixeira para papel, uma
para plástico, uma para material contaminado e outra para equipos e
caixa própria para perfuro -cortantes.
Existe um banheiro para uso dos funcionários do setor que
tem uma lixeira com saco coletor preto para papéis de uso sanitário e
papel toalha.
Nos quartos dos pacientes todas as lixeiras contêm sacos
coletores pretos onde estão dispostos todos os tipos de resíduos,
incluindo-se restos alimentares trazidos pelos visitantes, até algum tipo
de material infectante.
Nos corredores circulantes, as lixeiras contêm sacos coletores
pretos
e
na
sala
de
curativos
são
usados
sacos
brancos
para
acondicionamento dos resíduos contaminados.
Quanto
ao
manejo
dos
resíduos
produzidos
na
fonte,
identificou-se que existe algum tipo de segregação, pois na abertura
das lixeiras os materiais estavam separados. Os mesmos são retirados
dos quartos dos pacientes e colocados no carrinho de transporte da
fonte para o armazenamento externo normalmente a partir das doze
horas. A limpeza é realizada das 7h às 13h.
Não se pode deixar de mencionar que os funcionários da
clínica cirúrgica realizam segregação dos resíduos gerados, porém por
falta de treinamento e orientação a mistura acontece no momento da
retirada do setor.
Os resíduos ficam armazenados no próprio setor em uma sala
(expurgo) até o momento do transporte final, realizado em carrinho com
identificação: Lixo Hospitalar, às doze horas e trinta minutos pelos
funcionários da higienização.
A clínica cirúrgica gera resíduos como: esparadrapo, gaze,
compressas de gazes, embalagens de seringas, agulhas, equipos,
ataduras, gesso, abocath, escalpes e papel higiênico, caixas de
medicamentos, bulas de medicamentos, garrafas de água mineral e
refrigerante, frascos e bolsas de soro, sondas, giletes, lâmina de
bisturi, frasco de álcool, bolsa coletora, contendo como material
perfurocortante: agulhas, giletes, bisturi, ampolas de medicamentos,
frasco de ampolas, abocath escalpes.
4.1.8 Clínica de Pediatria
A pediatria do Hospital Regional de Araranguá atende crianças
de trinta dias a quatorze anos. Possui 26 leitos, sendo composta pelo
posto de enfermagem, onde são realizados procedimentos ao paciente,
uma sala de preparação de medicamentos, uma sala própria para
curativos e os primeiros cuidados com a criança quando da admissão
no setor.
Existe também uma sala para recreação infantil e outra para
alimentação. Na copa são preparadas as mamadeiras.
Nos quartos encontramos lixeiras com sacos coletores pretos
com resíduos do tipo comum com raras porções infectantes.
As lixeiras da sala de curativo e cuidados com a criança
contêm sacos coletores brancos e uma caixa para perfurocortantes.
Para outras dependências existem lixeiras sem tampa com
sacos pretos, onde os resíduos estão todos misturados.
Não se encontrou nenhum tipo de segregação no setor. Os
resíduos
encontrados
foram:
embalagens
de
seringas,
agulhas,
equipos, soros, luvas procedimentos, ataduras, frascos e bolsas de
soros,
fraldas,
frascos
de
água
mineral,
canetas
usadas,
gaze,
algodão, esparadrapo, compressas de gazes, absorventes higiênicos,
frasco de cola, restos alimentares, garrafas de refrigerantes e material
perfurocortante.
Quanto à segregação de resíduos, só existe a separação do
material contaminado (saco coletor branco). Entretanto estes resíduos
são misturados quando realizada a limpeza do setor.
Os resíduos são acondicionados em uma sala dentro do setor
dispostos no piso para o transporte que será realizado por funcionários
da limpeza e higienização a partir das doze horas.
O setor de limpeza e higienização atende a Clínica Pediátrica
das sete às doze horas e através de chamados, se houver necessidade.
4.1.9 Clínica Particular e Maternidade
A Clínica Particular e Maternidade do Hospital Regional de
Araranguá prestam atendimento a pacientes particulares, convênios,
planos de saúde e SUS. Prestam serviços a pacientes gestantes,
atendendo partos normais, cesarianas e tratamentos obstétricos.
A
unidade
possui
dezesseis
leitos
para
pacientes
Maternidade e dez leitos para pacientes particulares ou conveniados.
da
O
setor
conta
com
um
posto
de
enfermagem,
sala
de
preparação de medicamentos, banheiro para funcionários, sala de
espera, de curativo e copa.
Os resíduos gerados estão dispostos em lixeiras identificadas
com letras “A” para resíduos contaminados; “D” (vermelho) para papel;
“D” (azul) para plásticos, e lixeira para equipos.
Apesar
de
todos
estes
processos
de
identificações,
os
resíduos encontram-se muitas vezes misturados.
Nos quartos dos pacientes são colocadas lixeiras com sacos
coletores pretos, onde existem resíduos de diferentes composições:
papel, frasco de refrigerantes, copo descartável, guardanapos, casca
de laranja, banana, copos de iogurte e farelos de alimentos, sendo tais
resíduos
resultados
de
alimentações
trazidas
pelos
visitantes
externos.
Na sala de preparação de medicamentos as lixeiras possuem
sacos coletores pretos onde são depositadas as embalagens de
seringas,
agulhas,
equipos,
escalpes,
ataduras,
luvas
de
procedimentos, embalagens de medicamentos, papéis e impressos
administrativos.
Os resíduos infectantes são gerados na sala de curativo e
estão armazenados nas lixeiras com sacos coletores brancos.
O material perfurocortante é colocado em caixa de papelão
própria,
onde
estão
as
agulhas,
abocath,
escalpes,
ampolagem, lâminas de bisturi, giletes e frascos de ampolas.
seringas,
Quanto ao processo de manejo destes resíduos, a segregação
é incompleta, sendo a coleta feita pelos funcionários da limpeza, que
armazenam tais resíduos em uma sala do corredor, esperando pelo
transporte geralmente entre as doze e treze horas, horário considerado
como de menor fluxo de pessoas e de trocas de roupas. Os resíduos
são transportados até o abrigo externo onde aqueles considerados
potencialmente infectantes serão destinados à queima e os comuns é
recolhido pelo serviço de coleta pública do município de Araranguá.
4.2 Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
Esta unidade é responsável pelo atendimento de pacientes
com risco iminente de vida, necessitando de cuidados intensivos,
contando a mesma com dez leitos para pacientes adultos.
A sala de atendimento familiar possui lixeiras com tampa e
pedal, onde se encontram papéis e papel toalha dispostos em sacos
pretos.
Também a sala de preparação de medicamentos possui uma
lixeira com tampa e pedal com a identificação de resíduos químicos
para insumos farmacêuticos. Lixeiras com tampas com identificação
para acondicionamento de plásticos: embalagens de seringas, agulhas
abocath, sacos e frasco de soro, copinhos usados para medicação e
uma lixeira destinada ao papel que surge das embalagens de materiais
e impressos administrativos.
Os insumos farmacêuticos do posto de medicamentos têm
supervisão mensal do setor de Farmácia que dará destino final, quando
necessário.
São realizados exames de radiologia, sendo as lâminas de
raios-x reveladas na Radiologia.
Para cada leito encontra-se uma lixeira com saco coletor
branco
com
pedal
e
tampa,
sendo
identificado
pela
letra
“A”
(potencialmente infectante): gaze contaminada de secreções e sangue,
esparadrapo,
sondas
de
diversos
da
unidade,
procedimentos,
luvas
de
procedimentos e outros.
Nos
sanitários
existem
lixeiras
com
sacos
coletores brancos para o papel higiênico e toalha.
O setor tem um quarto para o médico plantonista e uma copa
para refeições, onde são gerados resíduos alimentares de diversas
origens, armazenados em sacos coletores pretos.
A Unidade de Terapia Intensiva realiza o melhor processo de
segregação de todo hospital. Os resíduos plásticos estão separados
dos papéis e dos resíduos medicamentosos. Entretanto, ocorre mistura
dos resíduos gerados, pois os procedimentos de manejo realizados
pelo setor de Higienização e Limpeza são incorretos.
O acondicionamento dos materiais perfurocortante é feito em
dispositivo específico de acordo com ABNT (12808 – NBR).
4.2.1 Serviços de diagnóstico e terapia- Hemoterapia
Agência transfuzional: este setor é composto por uma sala de
espera e laboratório onde são processados os exames; quarto equipado
para realização de transfusões a pacientes externos e uma sala para
limpeza (lavagem dos materiais).
Neste
setor
são
realizados
transfusões
sanguíneas
a
pacientes internos, provas de compatibilidade sanguínea e pesquisa de
anticorpos irregulares do receptor.
As bolsas de sangue ficam armazenadas no setor, sendo
mantido um estoque compatível com a demanda. O pedido de reposição
de bolsas é feito ao Hemocentro Regional da Cidade de Criciúma.
Vários materiais são utilizados para o processamento dos
exames como: seringas, agulhas, equipos para transfusão, algodão,
esparadrapo, escalpes e abocath.
Após uso, as bolsas de sangue contendo eventuais resíduos
são colocados em caixas de papelão comum, lacrados e encaminhadas
para queima no abrigo externo do hospital.
Nas
dependências
do
setor
existem
lixeiras
com
sacos
coletores brancos onde são designados os resíduos considerados
contaminados e lixeiras com sacos coletores pretos para outros tipos
de resíduos.
4.2.3 Serviço de Radiologia
É constituído por salas de recepção para atendimento ao
público externo e de prestação de serviços a pacientes internos. Sala
de realização de exames de raios-x e espaço para câmara escura de
processamento para todo serviço técnico-específico.
O serviço de radiologia gera resíduos como papéis carbono,
lâminas de acetatos que são conhecidos como filmes de raios-x,
soluções como reveladores e fixadores.
As lâminas de filme de raios-x são armazenadas em uma sala
específica para posterior descarte ou é realizado a venda para
RADITEC-Comércio e Assistência Técnica. Rua Araras, nº 222, Lagoa
da Conceição, Florianópolis (SC). Tel: 48-2321030.
Os produtos químicos (reveladores, fixadores ou dispersantes
são recolhidos em frascos para armazenamentos ou encaminhados
para venda para a empresa citada anteriormente).
Existe uma grande demanda de pacientes para radiologia,
sendo que são atendidos pacientes de toda a região da AMESC.
No setor existem lixeiras sem tampas com sacos coletores
pretos, onde a maioria dos resíduos é comum, como por exemplo,
(restos alimentares de funcionários: biscoitos, balas, bolo e latas de
refrigerantes).
O setor de endoscopia, além dos resíduos já relacionados na
radiologia, contém também uma caixa para materiais perfurocortantes,
incluindo-se os seguintes resíduos: agulhas, frascos de medicamentos,
ampolagem, seringas e escalpes.
No eletrocardiograma e na ultra-sonografia foram identificados
resíduos como: papéis carbono e impressos administrativos.
4.2.4 Laboratório de Análises Clínicas
O setor laboratorial do Hospital Regional de Araranguá é
responsável pela realização de exames aos pacientes internos e
externos por convênios, SUS e particulares, auxiliando a equipe médica
e servindo de apoio para confirmação do diagnóstico clínico.
Os
resíduos
produzidos
nesta
fonte
são
papéis
administrativos, papel carbono, papelão, embalagens plásticas de água
destilada e álcool, esparadrapo, copos coletores de exames, luvas de
procedimentos,
frascos
de
álcool
e
detergentes.
O
material
perfurocortante é acondicionado em caixa de papelão específica para
este fim.
4.2.5 Clínica de Nefrologia – Hemodiálise
O serviço de hemodiálise do Hospital Regional de Araranguá é
um serviço terceirizado. Atende pacientes internos e da região da
AMESC.
O setor produz resíduos como: papel, copos descartáveis,
embalagens
plásticas
e
de
produtos
químicos,
frascos
de
soro,
equipos, seringas, luvas de procedimentos, embalagens de diversos
materiais, guardanapo, fitas adesivas, esparadrapo, frascos plásticos e
vidro de medicamentos, papel higiênico e toalha, filtro capilar, frascos
de cola, corretivo e canetas usadas.
No
setor,
são
servidas
refeições
para
pacientes
e
funcionários, portanto produz resíduos orgânicos.
Todos
os
resíduos
gerados
no
setor
são
considerados
potencialmente infectantes e estão acondicionados em lixeiras sem
tampas, com sacos coletores brancos.
Quanto ao manejo desses resíduos, não existe nenhum tipo
de segregação, porém na sala de recepção existe uma lixeira com saco
coletor preto para resíduos administrativos.
A
limpeza
e
higienização
do
setor
são
realizadas
por
acondicionados
em
funcionários do Hospital Regional de Araranguá.
Os
resíduos
perfurocortantes
são
bombonas plásticas de vinte litros que são armazenadas no abrigo
externo de resíduos para posterior queima.
O transporte dos resíduos segue os mesmos procedimentos
que o restante dos setores do hospital, entretanto deve-se lembrar que
a Clínica de Hemodiálise, sendo um serviço terceirizado do Hospital
Regional de Araranguá, deveria ser responsável por seus resíduos,
dando um destino final adequado.
4.2.6 Farmácia
O setor de Farmácia é responsável pelo armazenamento,
distribuição e controle dos medicamentos administrados aos pacientes.
A área física é assim distribuída: sala para atendimento ao
público interno, onde são efetuadas
conferências e entrega dos
pacotes de dose unitária.
Conta com uma lixeira sem tampa com saco coletor preto, com
resíduos
comuns,
papéis,
impressos
administrativos,
carbono,
embalagens de ataduras e caixas de papelão de diversas origens. Sala
de circulação: onde fica o estoque de medicamentos do setor, sendo
que a mesma possui lixeira com sacos coletores pretos onde os
resíduos na sua maioria são comuns.
Na
sala
de
processamento
de
doses
unitárias
de
medicamentos encontram-se duas lixeiras com sacos coletores pretos
onde
são
colocados
os
resíduos
como
papéis,
impressos
administrativos, papel toalha, papel carbono, plásticos de embalagens
de diversos materiais. Existe uma lixeira para o descarte de resíduos
químicos para insumos farmacêuticos. Entretanto, vale salientar que
não é feita a segregação e os resíduos estão todos misturados.
Os medicamentos vencidos ou reprovados são colocados em
caixas e entregues ao farmacêutico que faz a baixa no estoque e
realiza o descarte ate o abrigo externo para o destino final.
Existe
uma
sala
que
armazena
medicamentos
contendo
substâncias psico-ativas capazes de causarem dependências físicas e
psíquicas. Quando a validade de algum destes fármacos expira são
realizados os procedimentos exigidos pelo órgão de vigilância sanitária
municipal que os recebem, tomando as providências necessárias.
O
setor
armazenamento
e
de
Farmácia
dispensa
de
também
vacinas.
O
é
responsável
descarte
das
pelo
vacinas
vencidas ou que possuam qualquer alteração é feito pelo farmacêutico
que encaminha para queima no pátio externo do hospital.
Na sala de fracionamento e preparação das doses unitárias
existe uma caixa de material perfurocortante, onde são eliminados
materiais contaminados ou reprovados por diversos fatores, sendo que
frascos de medicamentos são eliminados nas mesmas caixas de coleta
dos materiais perfuro cortantes.
4.2.7 Farmácia Satélite
A Farmácia Satélite é uma unidade secundária da Farmácia
hospitalar. Sua função é atender o Centro Cirúrgico, prestando serviço,
auxiliando e servindo de apoio às cirurgias e são poucos os resíduos
gerados nesta unidade, pois é secundária à farmácia hospitalar. Produz
papéis
administrativos,
papel
carbono,
papelão,
frascos
de
degermantes e álcool. Embalagens de materiais de assistência a
cirurgias como: embalagens de ataduras crepom e gessada de algodão
ortopédico,
seringas,
agulhas,
sondas,
intracath,
abocath,
papel
higiênico e papel toalha.
4.2.8 Setor de Nutrição e Dietética
O
Serviço
de
Nutrição
e
Dietética
é
responsável
pela
elaboração das dietas especiais dos pacientes internos, englobando
também a cozinha do hospital onde são manipulados os alimentos
destinados ao preparo de alimentação consumida pelos funcionários e
pacientes internos,
A cozinha e a copa geram resíduos comuns caracterizados
como: restos alimentares que são originados da ingestão alimentar dos
pacientes internos, sobra limpa do preparo de alimentos (restos
orgânicos de vegetais e frutas); resíduos administrativos: materiais de
uso não hospitalar como papéis, copos descartáveis, embalagens e
latas de alimentos; resíduos sanitários: papéis higiênicos e toalhas de
papel dos banheiros internos de uso exclusivo dos funcionários do
setor; resíduos alimentares dos pacientes internos: sobras de alimentos
trazidos dos quartos e colocados nas lixeiras disponíveis no setor que
contém
sacos
pretos
coletores.
Vale
salientar
que
os
resíduos
alimentares são misturados com os outros resíduos de alimentos
produzidos no setor.
A segregação dos resíduos gerados no Serviço de Nutrição e
Dietética está dividida em: resíduos orgânicos da área de pré-preparo
de alimentos que geralmente é realizado no período noturno e preparo
de verduras e frutas em uma sala separada.
Os
restos
do
preparo
dos
alimentos
são
separados
e
descartados em uma lixeira separada na zona de preparo.
As sobras de alimentos de origem animal como pele e ossos
são destinados às lixeiras específicas com sacos coletores pretos.
Porém, o que foi visualizado no setor mostra uma realidade
diferente: as lixeiras estão disponíveis, mas os procedimentos de
segregação não acontecem, havendo misturas de sobras de alimentos
com plásticos diversos, carnes e ossos, latas e papel.
Não existe armazenamento dos resíduos gerados no setor,
pois as lixeiras são retiradas ao término de cada plantão ou quando
necessário.
O transporte dos resíduos é realizado por funcionário do setor
juntamente com um funcionário do Serviço da Manutenção.
O destino final dos resíduos alimentares é a coleta pública do
município de Araranguá.
4.2.9 Serviço de Enfermagem
A Enfermagem é distribuída em cinco postos de atendimento
(as unidades de internação): Clínica Médica, Cirúrgica, Maternidade e
Clínica Particular, Pediatria e Unidade de Terapia Intensiva, como
também
Cirúrgico
são
e
designadas
Pronto
para
Socorro.
setores
Além
da
específicos
prestação
como:
de
Centro
serviços
de
assistência a pacientes, a Enfermagem é responsável pela organização
e estruturação de suas unidades.
Na sala de reunião de Enfermagem foram encontrados papéis
administrativos, papel carbono, papel toalha, frasco de cola, corretivo,
garrafa de água mineral, latas de refrigerantes e papel higiênico.
4.3 Serviço de Arquivo Médico e Estatística – SAME
Este setor tem por finalidade arquivar, guardar e assegurar os
prontuários
clínicos
dos
pacientes,
fornecendo
informações
como
número de cirurgias realizadas, taxa de ocupação hospitalar, número
de nascimentos e óbitos, elementos indispensáveis para a elaboração
de relatórios fornecidos a diversos segmentos dos setores de atenção a
saúde.
Os
resíduos
gerados
são
papéis
administrativos,
papel
carbono plásticos e outros.
4.3.1 Comissão de Controle de Infecção Hospitalar – CCIH
A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar tem como
objetivos estabelecer normas para prevenção e controle de infecções
hospitalares de seus pacientes e funcionários. Planejar e estabelecer
acidentes de trabalho.
Estes setores geram resíduos comuns, sendo o volume tão
pequeno, que é inexpressivo.
4.3.2 Serviço Social
O
Serviço
Social
do
Hospital
Regional
de
Araranguá
é
responsável pelo setor de ouvidoria que atende as principais queixas
em relação aos atendimentos internos e externos. Atende pacientes e
familiares
nas
questões
sociais,
realiza
análise
de
situações
econômicas, reintegração social e familiar de pacientes internos e
também faz atendimento aos pacientes que fazem uso do Ambulatório,
com origem de todos os municípios da Associação dos Municípios do
Extremo Sul Catarinense.
O
carbono,
setor
copos
produz
resíduos
descartáveis,
como
garrafa
de
papéis
água
administrativos,
mineral,
papéis
higiênicos e toalha dos banheiros dos funcionários.
4.3.3 Fisioterapia
O Hospital Regional de Araranguá possui uma Clínica de
Fisioterapia
que
presta
serviços
de
terapia
e
reabilitação
para
pacientes internos e região da Associação dos Municípios do Extremo
Sul Catarinense, atendendo também a planos de saúde e SUS.
O setor produz resíduos como: papéis administrativos, papel
carbono, garrafas de água, embalagens de salgadinhos e doces.
4.3.4 Lavanderia
O setor de Lavanderia tem como principal objetivo transformar
a roupa suja e contaminada em roupa limpa, na quantidade necessária
em tempo adequado e com segurança.
As roupas são recolhidas e depositadas na área suja, onde é
processada a separação pelo grau de sujidade, além dos resíduos que
vem juntamente com as roupas.
Os
resíduos
encontrados
neste
setor
são:
papéis
administrativos, papel carbono, materiais plásticos, sacos e sacolas
plásticas, resíduos da máquina de lavar (plumas de tecidos, retalhos de
confecção de roupas, estopas trapos, papel higiênico e papel toalha).
É importante informar que muitas vezes junto da roupa que
procede dos setores estão restos cirúrgicos, laminas de bisturi, giletes,
instrumentos cirúrgicos, fraldas descartáveis, ataduras com resíduos de
sangue e placentas.
4.3.5 Central de Esterilização
A Central de Materiais do hospital é local onde são realizados
todos os processos que visam a esterilização e limpeza dos materiais,
além do acondicionamento, estabilização e distribuição os materiais.
Os processos de esterilização são realizados por meio de auto claves e
produtos químicos.
Os resíduos produzidos são principalmente os comuns: papéis
administrativos, materiais plásticos, embalagens plásticas de produtos
químicos, papel higiênico e toalha e também resíduos alimentares,
colocados em lixeiras sem tampa com sacos coletores pretos.
4.3.6 Recepção e Internação
Tem como responsabilidade receber o paciente, coletar dados,
informar e preencher as fichas de internação. Após a internação do
paciente estar efetivada, o funcionário informa a clínica onde o
paciente será destinado.
Este
setor
contém
os
seguintes
resíduos:
papéis
administrativos, papel carbono, restos de alimentos, embalagens de
biscoitos, garrafas de água mineral e de refrigerantes.
4.3.7 Administração Hospitalar
A
parte
administrativa
do
hospital
envolve
competências para resolver questões de diversas origens.
atividades
e
Os resíduos produzidos neste setor são considerados básicos:
copos descartáveis, garrafa de água mineral, papéis carbonos e
administrativos, papel toalha e higiênico.
4.3.8 Departamento Pessoal e Faturamento
Responsável pelo Faturamento das Contas dos pacientes e
atividades pertinentes a planos de saúde e o convênio SUS.
Os resíduos produzidos aqui são: papel carbono, impressos
administrativos e copos descartáveis.
No Setor Pessoal os resíduos gerados são basicamente os
mesmos encontrados no setor de faturamento.
4.4 Setor de Compras e Almoxarifado
O Setor de Compras e Almoxarifado é responsável pela
aquisição e armazenamento de materiais e insumos hospitalares.
Os resíduos deste setor são: plásticos, papéis administrativos,
papel
carbono,
papelão,
garrafas
de
acondicionados em lixeiras de sacos pretos.
água
mineral
estão
4.4.1 Serviço de Manutenção Geral
O Serviço de Manutenção é responsável pelo conserto da
estrutura
física
(construções
e
instalações),
sendo
que
realiza
levantamento de equipamentos danificados e encaminhamento para
empresa especializada (terceirizada) na manutenção dos mesmos.
Realiza trabalhos de construção tanto na estrutura interna
como externa do hospital. Este setor produz resíduos resultantes de
consertos, reformas e atividades características. Os entulhos e restos
de construção são armazenados em local escolhido onde se dará o
destino final.
4.4.2 Higienização e Limpeza
O Serviço de Higiene e Limpeza é responsável por processos
de limpeza e remoção de sujeiras, detritos e assepsia de locais,
aplicando produtos químicos específicos para desinfecção.
Através
dos
procedimentos
padrões
para
higienização
e
limpeza hospitalar estabelecidos pela C.C.I.H. (Comissão de Controle
de Infecção Hospitalar), constatou-se que nem sempre os mesmos são
cumpridos, principalmente quando se trata da separação e remoção de
resíduos sólidos gerados nos diversos setores do H.R.A. (Hospital
Regional de Araranguá).
Verificou-se
que
não
são
cumpridas
as
exigências
estabelecidas pelas normas NBR 12809, que trata do manuseio de
resíduos de serviço de saúde e a N.B.R 12810 que fixa procedimentos
para coleta dos resíduos de serviço de saúde.
Neste
setor
a
geração
de
resíduos
é
mínima,
sendo
observados apenas papéis impressos e frascos de produtos químicos
utilizados para higienização.
4.4.3 Ambulatório e Consultórios Médicos
O
Ambulatório
compreende
o
atendimento
de
pacientes
internos ou externos que necessitam de procedimentos médicos na
área
de
ortopedia,
ginecologia
e
obstetrícia,
cirurgia
geral,
otorrinolaringologia e oftalmologia.
O Setor Ambulatorial é composto de recepção, sala da
assistente social, consultórios médicos, sala de gesso, sala para
endoscopia e sanitários.
As atividades do setor são coordenadas pela assistente social
que atende a demanda de pacientes de toda região da AMESC e os
pacientes internos.
Os resíduos produzidos são papéis administrativos: papel
carbono, papel toalha e higiênico, embalagens de ataduras crepom,
gessada e algodão ortopédico, seringas, equipos, frasco de água
mineral, latas de refrigerantes e gessos.
4.4.4 Lanchonete do Hospital Regional de Araranguá
Os serviços da Lanchonete do Hospital Regional de Araranguá
são terceirizados, sendo que geram resíduos semelhantes aos da
cozinha do Hospital Regional de Araranguá.
Possui lixeiras de vinte litros com sacos coletores pretos,
onde estão depositados resíduos como: pão, biscoitos, bolo, salgados,
doces, latas e frascos de refrigerantes, papel, guardanapo, latas de
alimentos, gordura de frituras, casca de frutas (maçã, laranja, mamão),
copos descartáveis, embalagens plásticas diversas, embalagens de
biscoitos, salgadinhos e sorvetes.
Os
resíduos
são
coletados
por
funcionários
próprios
da
Lanchonete e encaminhados ao abrigo externo do Hospital Regional de
Araranguá,
para
posterior
coleta
pública
funcionários do município de Araranguá.
que
é
realizada
pelos
4.4.5 Quarto dos Médicos
Este local é destinado ao descanso e plantão dos médicos que
prestam assistência aos pacientes internos, no período noturno e em
feriados. Os resíduos gerados são: embalagens plásticas de lanches,
copos descartáveis, garrafas e latas de refrigerantes, papel toalha e
higiênico, carteiras de cigarros e restos alimentares.
4.4.6 Lixeiras Externas
Estas lixeiras estão distribuídas nas portarias e entradas do
Hospital Regional
diversificada,
de
Araranguá.
aparecendo
restos
A
de
geração
de
alimentos,
resíduos
é
embalagens
bem
de
salgadinhos, de sorvetes, de chocolates, copos descartáveis, papéis,
frascos e latas de refrigerantes, pedra, flores, trapos, areia e material
de “varrição” do pátio interno.
5. CARACTERIZAÇÃO
5.1. Caracterização dos resíduos sólidos de serviços de saúde do
Hospital Regional de Araranguá.
A maioria das instituições sejam elas públicas ou privadas
desconhecem suas reais situações perante as legislações legais e suas
atribuições. Ao realizarmos um diagnóstico dentro de uma instituição o
seu objetivo é recolher dados, subsídios e informações que após
avaliação sejam capazes de promover mudanças organizacionais ou
operacionais.
O diagnóstico realizado no H. R.A. tem o objetivo de mostrar
sua
realidade
com
relação
ao
processo
adotado
quanto
ao
gerenciamento de RSSS comparando-o com o exposto em legislações
vigentes,
identificando
as
fontes
geradoras
e
caracterizando
qualitativamente e quantitativamente os resíduos.
SOARES et al 1997, afirmam que “a primeira etapa de um
processo
de
gestão
racional
passa
obrigatoriamente
pela
caracterização qualitativa e quantitativa do elemento a gerir. No caso
dos RSSS, esta operação consiste em uma adequada identificação de
materiais que os compõem, sobre tudo os resíduos sépticos ou
contaminados e os não sépticos ou comuns”.
5.1.2 Análise e discussão dos resultados
Os dados referentes às amostras dos resíduos encontrados
mostram os diferentes tipos de materiais que compõem os resíduos e
também
sua
proporção
em
peso
ou
volume
na
massa
total,
quantificando-se as frações por meio da triagem e da medição.
A seguir tabelas expondo resultados em peso, percentual,
descrição geral e análise comparativa entre as resoluções CONAMA nº
5 de agosto de 1993 e resolução RDC nº 33 de 25 de fevereiro de
2003.
5.1.3 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias.
Descrição geral dos resíduos encontrados no Bloco Cirúrgico:
equipos, eletrodos, escalpes, embalagens (de escalpes, equipos, luvas,
seringas, agulhas, ataduras, papel higiênico, sondas, salgadinhos,
bala, chicletes, chocolate,), copos plásticos descartáveis, protetores de
agulhas, abocath, frasco de soro, bolsas de soro, garrafas de água
mineral e refrigerante, latas de refrigerante, embalagens plástica de
medicamentos
utilizadas
na
dose
unitária,
papéis
de
impressos
administrativos, papel carbono, papelão, casca de laranja, bergamota,
mamão, banana, uva, pão, bolo, biscoito, ampolas plásticas de água
destilada, plástico filme, atadura crepom, esparadrapo, algodão, luva
de procedimento, sacolas plásticas, sobras de alimentos, maçã, saco
coletor preto, trapos, clips, fraldas, gazes, pedaços de fita adesiva,
bulas, compressas de gaze, papel toalha, papel higiênico, frasco
coletor de exame, canudo de refrigerante, papel pardo, guardanapo,
copos de iogurte, embalagem tetra pack, tubo de creme de barbear,
caneta, medicamentos, esponja, propé, tubo de creme dental, aparelho
de barbear, bombril, rolo de papel higiênico, embalagem de sabonete,
jornal,
frasco
de
vidro
de
medicamentos,
isopor,
perfurocortante
(agulhas, seringas, escalpes, ampolagem, algodão, lâminas de bisturi,
frasco-ampola, frasco de água destilada, abocath), tecido ósseo, artéria
safena, tecidos humanos em geral.
Rejeito:
embalagens
(biscoito,
chocolate,
chicletes,
bala,
eletrodos, canudinho de refrigerante, todo e qualquer material não
passível de processo de reciclagem).
Outros: fio cirúrgico, esponja.
Papéis: papelão, papel carbono e impressos administrativos.
Plástico não contaminado: frasco de soro, bolsas de soro,
copos descartáveis, garrafas de água mineral e refrigerante (pet),
embalagens de materiais, protetor de agulha, sacos plásticos, plástico
filme.
Trapos: compressa de tecidos, campo fenestrado.
Perfurocortante: objetos ou instrumentos contendo cantos,
bordas ou protuberâncias rígidas ou agudas, capazes de perfurar ou
cortar como agulhas, ampolagem danificada, lâminas de bisturi, scalpes
e outros.
Metal: latas de refrigerante.
Plástico contaminado: equipos, sondas, seringa.
Material contaminado: vômitos, peças anatômicas, tecidos de
origem humana, secreções, etc.
Tabela 01 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no
Bloco Cirúrgico do Hospital Regional de Araranguá por um período de
sete dias (out/2003)
Resíduos
Metal
Outros
Fralda
Trapo
Orgânico
Rejeito
Plástico contaminado
Atadura
Gesso
Algodão, gaze
Papel, papelão, carbono
Luvas de procedimento
Papel higiênico, papel
toalha
Material contaminado
Perfurocortante
Plástico
não
contaminado
Total
Comentário:
Peso
(g)
%
75
0,13
125
0,21
280
0,48
605
1,05
815
1,41
965
1,67
1120
1,94
1585
2,75
1585
2,75
3305
5,74
4145
7,189
5895
10,24
Anvisa
(g)
%
CONAMA
(g)
%
280(PI)*
605(PI)*
0,48
1,05
1120(PI)*
1585(PI)*
1585(PI)*
3305(PI)*
1,94
2,75
2,75
5,74
5895(PI)*
10,24
7575
7845
9060
13,16
13,63
15,74
7845(PI)*
9060(PI)*
13,63
15,74
7575(PI)*
7845(PI)*
9060(PI)*
13,16
13,63
15,74
12560
57540
21,8
100
16905(PI)*
29,37
38855(PI)*
67,48
observação
da
através
da
tabela
exposta,
verifica-se que existem materiais que quando segregados corretamente
podem ser recicláveis: os itens papel e plástico não contaminados são
exemplos.
5.1.4 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias
Descrição geral dos resíduos encontrados no Pronto Socorro:
equipos, eletrodos, escalpes, embalagens (de escalpes, equipos, luvas,
seringas, agulhas, ataduras, papel higiênico, sondas, salgadinhos,
bala, chicletes, chocolate,), copos plásticos descartáveis, protetores de
agulhas, abocath, frasco de soro, bolsas de soro, garrafas de água
mineral e refrigerante, latas de refrigerante, embalagens plástica de
medicamentos
utilizadas
na
dose
unitária,
papéis
de
impressos
administrativos, papel carbono, papelão, casca de laranja, bergamota,
banana, uva, pão, bolo, biscoito, ampolas plásticas de água destilada,
plástico
filme,
atadura
crepom,
esparadrapo,
algodão,
luva
de
procedimento, sacolas plásticas, sobras de alimentos, maçã, saco
coletor preto, trapos, clipes, fraldas, chepa de cigarro, gazes, pedaços
de fita adesiva, bulas, compressas de gaze, papel toalha, papel
higiênico, canudo de refrigerante, papel pardo, guardanapo, pipoca,
copos de iogurte, embalagem tetra pack, tubo de creme de barbear,
caneta, medicamentos, esponja, aparelho de barbear, bombril, rolo de
papel higiênico, embalagem de sabonete, caixa de leite vazia, jornal,
frasco de vidro de medicamentos, isopor, perfurocortante (agulhas,
seringas, scalpes, ampolagem, algodão, lâminas de bisturi, frascoampola, frasco de água destilada, abocath,.
Rejeito:
embalagens
(biscoito,
chocolate,
chicletes,
bala,
palito de dente, chepa de cigarro, eletrodos, isopor, canudinho de
refrigerante, todo e qualquer material não passível de processo de
reciclagem).
Outros: lâminas de raios-X, fralda, máscara descartável.
Papéis: papelão, papel carbono e impressos administrativos.
Plástico não contaminado: frascos de soro, bolsas de soro,
copos descartáveis, garrafas de água mineral e refrigerante (pet),
embalagens
de
materiais,
protetores
de
agulha,
sacos
plásticos,
plásticos filme.
Plástico contaminado: equipos, sondas, seringas, dânulas.
Trapos:
compressa
de
tecidos,
roupas
rasgadas
dos
pacientes.
Perfurocortante: objetos ou instrumentos contendo cantos,
bordas ou protuberâncias rígidas ou agudas, capazes de perfurar ou
cortar
como
agulhas,
ampolagem
danificada,
lâminas
de
bisturi,
escalpes e outros.
Metal: latas de refrigerante, cano de descarga de automóvel.
Tabela 02 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no
Pronto Socorro do Hospital Regional de Araranguápor um período de
sete dias (set/2003).
Peso
( g)
%
R e s íd uos
Vidro
( frasc o
med ica mentos)
O u tros
Ab aixador d e língu a
M e ta l
R e je i to
Ata dura
G esso
T rap o
Ma ter ia l con tamin ado
Or gâ nic o
Plás tico con tamin ado
G az e , a lg od ão
L u vas d e pr oced imen to
Pa pe l, pa pe lã o , car bon o
P er f uroc or ta n te
CONA MA
( g)
%
de
P l ás t ic o n ão c on ta m ina do
Pa pe l h ig iên ico , pap el to alha
T ot a l
Comentário:
Anvisa
( g)
%
o
1 25
1 55
2 85
6 60
8 95
2 075
2 270
2 895
3 125
3 145
3 455
3 940
5 720
5 995
6 925
1 038
0
1 449
0
6 653
5
Pronto
0 ,18
0 , 23
0 ,42
0 , 99
1 , 34
3 ,12
3 ,41
4 ,35
4 ,7
4 ,72
5 ,19
5 , 91
8 ,59
8 ,99
1 0 ,4
1 5 ,5
8
2 1 ,7
7
1 00
1 25( PI) *
0 ,18
1 25( PI) *
0 ,18
2 85( PI) *
0 ,42
2 075 (PI)*
2 270 (PI)*
2 895 (PI)*
3 125 (PI)*
3 145 (PI)*
3 455 (PI)*
3 940 ( P I ) *
5 720 (PI)*
3 ,12
3 ,41
4 ,35
4 ,7
4 ,72
5 ,19
5 , 91
8 ,59
3 125 (PI)*
4 ,7
6 925 ( P I ) *
1 0 ,4
6 925 ( P I ) *
1 0 ,4
1 5 ,2
8
1 449 0( PI)
*
4 845 0( PI)
*
2 1 ,7
7
7 2 ,7
6
1 017 5( PI)
*
Socorro
é
um
setor
que
presta
atendimento ao público em geral, tendo grande complexidade de
atendimento, resultado este evidenciado no aparecimento de elevados
percentuais em luvas de procedimento, papéis em geral e uso sanitário.
5.1.5 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias
Descrição
geral
dos
resíduos
encontrados
na
Pediatria:
equipos, eletrodos, escalpes, embalagens (de escalpes, equipos, luvas,
seringas, agulhas, ataduras, papel higiênico, sondas, salgadinhos,
bala, chicletes, chocolate,), copos plásticos descartáveis, protetores de
agulhas, abocath, frasco de soro, bolsas de soro, garrafas de água
mineral e refrigerante, latas de refrigerante, embalagens plástica de
medicamentos
utilizadas
na
dose
unitária,
papéis
de
impressos
administrativos, papel carbono, papelão, casca de laranja, bergamota,
mamão, banana, uva, pão, bolo, biscoito, ampolas plásticas de água
destilada, plástico filme, atadura crepom, esparadrapo, algodão, luva
de procedimento, sacolas plásticas, sobras de alimentos, maçã, saco
coletor preto, trapos, palitos de dente, clips, fraldas, absorventes,
gazes, pedaços de fita adesiva, bulas, compressas de gaze, papel
toalha,
papel
higiênico,
frasco
coletor
de
exame,
canudo
de
refrigerante, papel pardo, guardanapo, pipoca, copos de iogurte,
embalagem tetra pack, creme de caneta, medicamentos, esponja, tubo
de creme dental, rolo de papel higiênico, embalagem de sabonete,
caixa
de
leite
vazia,
jornal,
frasco
de
vidro
de
medicamentos,
perfurocortante (agulhas, seringas, escalpes, ampolagem, algodão,
lâminas de bisturi, frasco-ampola, frasco de água destilada, abocath.
Rejeito:
embalagens
(biscoito,
chocolate,
chicletes,
bala,
eletrodos, canudinho de refrigerante, todo e qualquer material não
passível de processo de reciclagem).
Outros: luva de borracha.
Papéis: papelão, papel carbono e impressos administrativos.
Plástico não contaminado: frasco de soro, bolsas de soro,
copos descartáveis, garrafas de água mineral e refrigerante (pet),
embalagens
de
materiais,
protetores
de
agulha,
sacos
plásticos,
plásticos filme.
Plástico contaminado: equipos, sondas, dânulas, seringas.
Trapos: compressa de tecidos.
Perfurocortante: objetos ou instrumentos contendo cantos,
bordas ou protuberâncias rígidas ou agudas, capazes de perfurar ou
cortar
como
agulhas,
ampolagem
danificada,
lâminas
de
bisturi,
escalpes e outros.
Metal: latas de refrigerante.
Tabela 03 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na
Pediatria do Hospital Regional de Araranguá num período de sete dias
(set/2003)
Resíduos
Outros
Embalagem tetra pak
Metal
Vidro (frasco de medicamentos)
Luvas de procedimento
Rejeito
Gaze, algodão, esparadrapo
Trapo
Plástico contaminado
Papel, papelão, carbono
Orgânico
Papel higiênico, papel toalha
Perfurocortante
Plástico não contaminado
Fralda
Total
Peso
(g)
30
30
105
180
240
390
520
550
610
810
3695
4060
4930
5885
20800
42835
%
0,07
0,07
0,24
0,42
0,56
0,91
1,2
1,28
1,42
1,89
8,62
9,48
11,5
13,,73
48,55
100
Anvisa
(g)
%
180(PI)*
0,42
4930(PI)* 11,5
CONAMA
(g)
%
180(PI)*
240(PI)*
0,42
0,56
520(PI)*
550(PI)*
610(PI)*
1,2
1,28
1,42
4060(PI)*
4930(PI)*
9,48
11,5
20800(PI)* 48,55
5110(PI)* 11,92 31890(PI)* 74,41
Comentário: o item fralda foi o que mais se destacou em
níveis percentuais devido à natureza dos atendimentos do setor.
5.1.6 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias
Descrição
geral
dos
resíduos
encontrados
no
Centro
Obstétrico: equipos, eletrodos, escalpes, embalagens (de escalpes,
equipos, luvas, seringas, agulhas, ataduras, sondas, protetores de
agulhas, abocath, frasco de soro, bolsas de soro, embalagens plástica
de medicamentos utilizadas na dose unitária, papéis de materiais,
ampolas plásticas de água destilada, plástico filme, atadura crepom,
carbono, esparadrapo, algodão, luva de procedimento, absorventes,
gazes, pedaços de fita adesiva, bulas, compressas de gaze, papel
toalha,
papel
pardo,
tubo
de
creme
de
barbear,
medicamentos,
aparelho de barbear, frasco de vidro de medicamentos, perfurocortante
(agulhas, seringas, escalpes, ampolagem, algodão, lâminas de bisturi,
frasco-ampola,
frasco
de
água
destilada,
abocath),
placentas,
absorventes, luvas ginecológicas).
Outros: carbono.
Papéis: papel pardo, embalagem de materiais, embalagem de
fio cirúrgico.
Plástico não contaminado: frasco de soro, bolsas de soro,
embalagens de materiais, protetores de agulha, plástico filme.
Trapos: compressa de tecidos, campo fenestrado.
Perfurocortante: objetos ou instrumentos contendo cantos,
bordas ou protuberâncias rígidas ou agudas, capazes de perfurar ou
cortar
como
agulhas,
ampolagem
danificada,
lâminas
de
bisturi,
escalpes e outros.
Material
encontrava
em
contaminado:
contato
com
todo
e
placentas,
qualquer
como
resíduo
papel
que
toalha,
se
luva
cirúrgica, etc.
Tabela 04 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no
Centro Obstétrico do Hospital Regional de Araranguá por um período
de sete dias (out/2003)
Resíduos
Outros
Trapo
Fralda
Orgânico
Plástico contaminado
Gaze
Papel
Perfurocortante
Luvas de procedimento
Papel higiênico, papel toalha
Plástico não contaminado
Material contaminado
Total
Peso
(g)
5
75
120
190
200
510
1020
1985
2225
4615
4755
22720
38420
%
0,01
0,19
0,31
0,49
0,52
1,32
2,65
5,16
5,8
12,01
12,38
59,13
100
Anvisa
(g)
1985(PI)*
%
5,16
CONAMA
(g)
%
75(PI)*
120(PI)*
0,19
0,31
200(PI)*
510(PI)*
0,52
1,32
1985(PI)*
2225(PI)*
4615(PI)*
5,16
5,8
12,01
22720(PI)* 59,13 22720(PI)* 59,13
24705(PI)* 64,29 32450(PI)* 84,44
Comentário: por falta de segregação os resíduos gerados são
100% contaminados, pois estão misturados a outros, que oferecem
riscos.
5.1.7 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias
Descrição
geral
dos
resíduos
encontrados
na
Clínica
Particular e Maternidade: equipos, eletrodos, escalpes, embalagens (de
escalpes, equipos, luvas, seringas, agulhas, ataduras, papel higiênico,
sondas,
salgadinhos,
bala,
chicletes,
chocolate,),
copos
plásticos
descartáveis, protetores de agulhas, abocath, frasco de soro, bolsas de
soro, garrafas de água mineral e refrigerante, latas de refrigerante,
embalagens plástica de medicamentos utilizadas na dose unitária,
papéis de impressos administrativos, papel carbono, papelão, casca de
laranja, bergamota, mamão, banana, uva, pão, bolo, biscoito, ampolas
plásticas
de
água
destilada,
plástico
filme,
atadura
crepom,
esparadrapo, algodão, luva de procedimento, sacolas plásticas, ossos
de frango, sobras de alimentos, maçã, saco coletor preto, trapos,
palitos de dente, clips, fraldas, fechadura de janela, chepa de cigarro,
gazes, pedaços de fita adesiva, bulas, compressas de gaze, papel
toalha,
papel
higiênico,
frasco
coletor
de
exame,
canudo
de
refrigerante, papel pardo, guardanapo, pipoca, copos de iogurte,
embalagem
tetra
pack,
tubo
de
creme
de
barbear,
caneta,
medicamentos, esponja, propé, tubo de creme dental, aparelho de
barbear, bombril, rolo de papel higiênico, embalagem de sabonete,
caixa de leite vazia, jornal, frasco de vidro de medicamentos, isopor,
perfurocortante (agulhas, seringas, escalpes, ampolagem, algodão,
lâminas de bisturi, frasco-ampola, frasco de água destilada, abocath,.
Rejeito:
embalagens
(biscoito,
chocolate,
chicletes,
bala,
palito de dente, chepa de cigarro, eletrodos, isopor, canudinho de
refrigerante, todo e qualquer material não passível de processo de
reciclagem).
Outros: caneta, esponja, tubo de creme dental, tubo de creme
de barbear.
Papéis: papelão, papel carbono e impressos administrativos.
Plástico não contaminado: frasco de soro, bolsas de soro,
copos descartáveis, garrafas de água mineral e refrigerante (pet),
embalagens de materiais, protetor de agulha, sacos plásticos, plástico
filme.
Plástico contaminado: equipos, sondas, seringas, dânulas.
Trapos:
compressa
de
tecidos,
roupas
rasgadas
dos
pacientes.
Perfurocortante: objetos ou instrumentos contendo cantos,
bordas ou protuberâncias rígidas ou agudas, capazes de perfurar ou
cortar
como
agulhas,
ampolagem
escalpes e outros.
Metal: latas de refrigerante.
danificada,
lâminas
de
bisturi,
Tabela 05 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na
Clínica Particular e Maternidade do Hospital Regional de Araranguá por
um período de sete dias (set/2003)
Peso
(g)
280
540
650
Resíduos
Metal
Rejeito
Atadura
Vidro
Trapos
Plástico contaminado
Gaze, algodão, esparadrapo
Papel, papelão, carbono
Luvas de procedimento
Orgânico
%
0,3
0,58
0,7
790
1070
1680
1970
3205
3875
4270
0,85
1,16
1,82
2,13
3,47
4,2
4,63
4690
papel 1247
0
1267
Plástico não contaminado
0
4394
Fraldas
0
9210
Total
0
5,09
13,5
3
13,7
5
Perfurocortante
Papel
higiênico,
toalha
Anvisa
(g)
%
790(PI)*
0,8
5
4690(PI)
*
5,0
9
47,7
100
5480(PI)
*
5,9
4
CONAMA
(g)
%
650(PI)*
0,7
790(PI)*
1070(PI)*
1680(PI)*
1970(PI)*
0,85
1,16
1,82
2,13
3875(PI)*
4,2
4690(PI)*
12470(PI)
*
5,09
13,5
3
43940(PI)
*
71135(PI)
*
47,7
77,1
8
5.1.8 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias
Descrição
geral
dos
resíduos
encontrados
no
Berçário:
equipos, eletrodos, escalpes, embalagens (de escalpes, equipos, luvas,
seringas, agulhas, ataduras, papel higiênico, sondas, salgadinhos,
bala, chicletes, chocolate,), copos plásticos descartáveis, protetores de
agulhas, abocath, frasco de soro, bolsas de soro, garrafas de água
mineral e refrigerante, latas de refrigerante, embalagens plástica de
medicamentos
utilizadas
na
dose
unitária,
papéis
de
impressos
administrativos, papel carbono, papelão, casca de laranja, bergamota,
mamão, banana, uva, pão, bolo, biscoito, ampolas plásticas de água
destilada, plástico filme, atadura crepom, esparadrapo, algodão, luva
de procedimento, sacolas plásticas, sobras de alimentos, maçã, saco
coletor preto, trapos, clips, fraldas, gazes, pedaços de fita adesiva,
bulas, compressas de gaze, papel toalha, papel higiênico, frasco
coletor de exame, canudo de refrigerante, papel pardo, guardanapo,
pipoca,
copos
de
iogurte,
embalagem
tetra
pack,
caneta,
medicamentos, rolo de papel higiênico, embalagem de sabonete, caixa
de leite vazia, jornal, frasco de vidro de medicamentos, perfurocortante
(agulhas, seringas, escalpes, ampolagem, algodão, lâminas de bisturi,
frasco-ampola, frasco de água destilada, abocath,.
Rejeito:
embalagens
(biscoito,
chocolate,
chicletes,
bala,
palito de dente, chepa de cigarro, eletrodos, isopor, canudinho de
refrigerante, todo e qualquer material não passível de processo de
reciclagem).
Outros: papelão, vidro, trapo.
Papéis: papelão, papel carbono e impressos administrativos.
Plástico não contaminado: frasco de soro, bolsas de soro,
copos descartáveis, garrafas de água mineral e refrigerante (pet),
embalagens de materiais, protetor de agulha, sacos plásticos, plástico
filme.
Plástico
contaminado:
equipos,
equipos
bureta,
sondas,
seringas, dânulas.
Perfurocortante: objetos ou instrumentos contendo cantos,
bordas ou protuberâncias rígidas ou agudas, capazes de perfurar ou
cortar
como
agulhas,
ampolagem
danificada,
lâminas
de
bisturi,
escalpes e outros.
Metal: latas de refrigerante.
Tabela 06 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no
Berçário do Hospital regional de Araranguá por um período de sete dias
(out/2003)
Resíduos
Rejeito
Outros
Gaze
Luvas de procedimento
Papel
Orgânico
Material contaminado
Plástico
Fralda
Papel higiênico, papel toalha
Total
Peso
(g)
35
65
105
450
520
585
1520
2420
2500
4660
12860
Anvisa
%
(g)
%
0,27
0,5
0,81
3,5
4,03
4,54
11,81 1520(PI)* 11,81
18,8
19,44
36,2
100
1520(PI)* 11,81
CONAMA
(g)
%
105(PI)*
450(PI)*
0,81
3,5
1520(PI)* 11,81
2500(PI)* 19,44
4660(PI)* 36,2
9235(PI)* 71,76
5.1.9 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias
Descrição geral dos resíduos encontrados na Unidade de
Terapia
Intensiva:
equipos,
eletrodos,
escalpes,
embalagens
(de
escalpes, equipos, luvas, seringas, agulhas, ataduras, papel higiênico,
sondas,
salgadinhos,
bala,
chicletes,
chocolate,),
copos
plásticos
descartáveis, protetores de agulhas, abocath, frasco de soro, bolsas de
soro, garrafas de água mineral e refrigerante, latas de refrigerante,
embalagens plástica de medicamentos utilizadas na dose unitária,
papéis de impressos administrativos, papel carbono, papelão, casca de
laranja, bergamota, mamão, banana, uva, pão, bolo, biscoito, ampolas
plásticas
de
água
destilada,
plástico
filme,
atadura
crepom,
esparadrapo, algodão, luva de procedimento, sacolas plásticas, ossos
de frango, sobras de alimentos, maçã, saco coletor preto, trapos,
palitos de dente, clips, fraldas, gazes, pedaços de fita adesiva, bulas,
compressas de gaze, papel toalha, papel higiênico, frasco coletor de
exame, canudo de refrigerante, papel pardo, guardanapo, pipoca,
copos de iogurte, embalagem tetra pak, grampo de roupa, espuma, tubo
de creme de barbear, caneta, medicamentos, abaixador de língua,
esponja, tubo de creme dental, aparelho de barbear, bombril,
rolo de
papel higiênico, embalagem de sabonete, caixa de leite vazia, frasco
de
vidro
de
medicamentos,
perfurocortante
(agulhas,
seringas,
escalpes, ampolagem, algodão, lâminas de bisturi, frasco-ampola,
frasco de água destilada, abocath,.
Rejeito:
embalagens
(biscoito,
chocolate,
chicletes,
bala,
palito de dente, chepa de cigarro, eletrodos, isopor, canudinho de
refrigerante, todo e qualquer material não passível de processo de
reciclagem).
Outros: esponja, espuma, grampo de roupa.
Papéis: papelão, papel carbono e impressos administrativos.
Plástico não contaminado: frasco de soro, bolsas de soro,
copos descartáveis, garrafas de água mineral e refrigerante (pet),
embalagens de materiais, protetor de agulha, sacos plásticos, plástico
filme.
Plástico
contaminado:
equipos,
equipos
bureta,
sondas,
seringas, dânulas.
Trapos: compressa de tecidos.
Perfurocortante: objetos ou instrumentos contendo cantos,
bordas ou protuberâncias rígidas ou agudas, capazes de perfurar ou
cortar
como
agulhas,
ampolagem
danificada,
lâminas
de
bisturi,
escalpes e outros.
Metal: latas de refrigerante.
Tabela 07 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na
Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Regional de Araranguá por
um período de sete dias (set/2003)
Peso
(g)
Resíduos
Abaixador de língua
Outros
Vidro
(frasco
medicamentos)
Metal
Gesso
Rejeito
40
70
%
0,04
7
0,08
170
215
230
645
0,2
0,25
0,27
0,76
Anvisa
(g)
%
CONAMA
(g)
%
40(PI)*
0,047
170(PI)*
0,2
230(PI)*
0,27
de
170(PI)*
0,2
Atadura
1140
Gaze, algodão, esparadrapo
Trapos
Orgânico
Papel, papelão
1305
1380
2715
3060
Plástico contaminado
Luvas de procedimento
4915
6485
1197
0
1414
5
1761
5
1791
5
8401
5
Perfurocortante
Papel higiênico, papel toalha
Plástico não contaminado
Fralda
Total
1,35
1,55
5
1,64
3,23
3,63
5,83
6
7,71
14,2
4
16,8
3
20,9
6
11970(PI) 14,2
*
4
21,4
100
12140(PI) 14,4
*
4
1140(PI)*
1,35
1305(PI)*
1380(PI)*
1,555
1,64
4915(PI)*
6485(PI)*
11970(PI)
*
14145(PI)
*
5,836
7,71
14,24
16,83
17915(PI)
*
21,4
59695(PI) 71,07
*
8
Comentário: devido à complexidade dos atendimentos há
maior ou menor geração de materiais de assistência ao paciente.
5.2 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias
Descrição geral dos resíduos encontrados na hemodiálise:
equipos, escalpes, embalagens (de escalpes, equipos, luvas, seringas,
agulhas,
ataduras,
papel
higiênico,
sondas,
salgadinhos,
bala,
chicletes, chocolate,), copos plásticos descartáveis, protetores de
agulhas, abocath, frasco de soro, bolsas de soro, garrafas de água
mineral e refrigerante, latas de refrigerante, embalagens plásticas de
medicamentos, papéis de impressos administrativos, papel carbono,
papelão, casca de laranja, bergamota, mamão, banana, uva, pão, bolo,
biscoito, ampolas plásticas de água destilada, plástico filme, atadura
crepom,
esparadrapo,
algodão,
luva
de
procedimento,
sacolas
plásticas, sobras de alimentos, maçã, saco coletor preto, trapos, clips,
gazes, pedaços de fita adesiva, bulas, compressas de gaze, papel
toalha,
papel
higiênico,
canudo
de
refrigerante,
papel
pardo,
guardanapo, pipoca, copos de iogurte, embalagem tetra pack, caneta,
medicamentos,
rolo
medicamentos,
filtro
de
papel
capilar,
higiênico,
seringas,
frasco
de
algodão,
vidro
de
esparadrapo,
perfurocortante (agulhas, seringas, escalpes, ampolagem, algodão,
lâminas de bisturi, frasco-ampola, frasco de água destilada, abocath).
Rejeito:
embalagens
(biscoito,
chocolate,
chicletes,
bala,
palito de dente, chepa de cigarro, eletrodos, isopor, canudinho de
refrigerante, todo e qualquer material não passível de processo de
reciclagem).
Papéis: papelão, papel carbono e impressos administrativos.
Plástico não contaminado: frasco de soro, bolsas de soro,
copos descartáveis, garrafas de água mineral e refrigerante (pet),
embalagens de materiais, protetor de agulha, sacos plásticos, plástico
filme.
Plástico
contaminado:
equipos,
sondas,
seringas,
filtro
capilar.
Perfurocortante: objetos ou instrumentos contendo cantos,
bordas ou protuberâncias rígidas ou agudas, capazes de perfurar ou
cortar
como
agulhas,
ampolagem
danificada,
lâminas
de
bisturi,
escalpes e outros.
Metal: latas de refrigerante.
Material contaminado: vômitos, fluidos corporais.
Tabela 08 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na
Hemodiálise do |Hospital Regional de Araranguá por um período de
sete dias (set/2003)
Peso
Resíduos
(g)
Algodão
70
Rejeito
120
Vidro (frasco de medicamentos130
Atadura
180
Material Contaminado
600
Gaze
750
Orgânico
1275
Luvas de procedimento
1820
Papel, papelão, carbono
2440
Papel higiênico, papel toalha 9220
Plástico contaminado
10990
Perfurocortante
11000
Plástico não contaminado
20440
Total
59035
%
0,12
0,2
0,22
0,3
1,01
1,27
2,16
3,08
4,12
15,61
18,63
18,63
34,61
100
Anvisa
(g)
%
130(PI)*
0,22
600(PI)*
1,01
CONAMA
(g)
70(PI)*
%
0,12
130(PI)*
180(PI)*
600(PI)*
750(PI)*
0,22
0,3
1,01
1,27
1820(PI)*
3,08
9220(PI)* 15,61
10990(PI)* 18,63
11000(PI)* 18,63 11000(PI)* 18,63
11730(PI)* 19,86 34760(PI)* 58,87
5.2.1 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias
Descrição geral dos resíduos encontrados no Laboratório de
Análises Clínicas: luvas de procedimento, papel higiênico, papel toalha,
latas de refrigerante, carbono, papel administrativo, gaze, algodão,
frasco coletor de exames, embalagem de materiais, tubo de ensaio
quebrado, ponteiras de pipetas, pet, caixa de medicamentos, frasco de
soro,
fezes
diluídas,
papelão,
bastão
de
vidro,
embalagens
de
salgadinhos, caixa de fósforos, carteira de cigarro, sacolas plásticas,
frasco de reagentes.
Rejeito: embalagens (chepa de cigarro, salgadinho, todo e
qualquer material não passível de processo de reciclagem).
Papéis: papelão, papel carbono e impressos administrativos.
Plástico não contaminado: frasco de soro, pet, sacolas
plásticas.
Material contaminado: frascos coletores de exames que
continham fezes diluídas.
Perfurocortante: objetos ou instrumentos contendo cantos,
bordas ou protuberâncias rígidas ou agudas, capazes de perfurar ou
cortar como: tubo de ensaio quebrado, ponteiras de pipetas, bastão de
vidro.
Metal: latas de refrigerante.
Tabela 09 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no
Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Regional de Araranguá por
um período de sete dias (set/2003).
Resíduos
Rejeito
Metal
Vidro (frasco de medicamento)
Gaze, algodão
Luvas de procedimento
Peso
(g)
45
105
120
320
330
%
0,43
0,99
1,13
3,02
3,14
Anvisa
(g)
%
120(PI)*
1,13
CONAMA
(g)
%
120(PI)*
320(PI)*
330(PI)*
1,13
3,02
3,14
Plástico não contaminado
Papel, papelão
Material contaminado
Perfurocortante
Papel higiênico, papel toalha
Total
1155
1045
1910
2010
3495
10535
10,95
9,92
18,13
19,08
33,17
100
1910(PI)* 18,13 1910(PI)*
2010(PI)* 19,08 2010(PI)*
3495(PI)*
4040(PI)* 38,34 9185(PI)*
18,13
19,08
33,17
77,67
5.2.2 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias
Descrição geral dos resíduos encontrados na Central de
Esterilização: embalagens plásticas de papel higiênico e ataduras,
luvas
de
procedimento,
frascos
de
álcool,
copos
descartáveis,
canudinhos plásticos, sache de maionese, casca de bergamota, laranja
e banana, lata de refrigerante, papel pardo, sacolas plásticas, papel
toalha, frasco de vidro de benzina, embalagem de biscoito, papel
higiênico, frasco de produtos químicos, sonda endotraqueal, gaze,
embalagem
de
chicletes,
pet,
trapos,
ataduras,
impressos
administrativos.
Rejeito:
embalagens
(biscoito,
chicletes,
canudinho
de
refrigerante, todo e qualquer material não passível de processo de
reciclagem).
Papéis: impressos administrativos, papelão.
Plástico não contaminado: copos descartáveis, garrafas de
água mineral e refrigerante (pet).
Trapos: compressa de tecidos.
Metal: latas de refrigerante.
Tabela 10 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na
Central de Esterilização do Hospital Regional de Araranguá por um
período de sete dias (set/2003).
Resíduo
Metal
Plástico contaminado
Atadura
Gaze
Rejeito
Trapos
Vidro (frasco de produtos
químicos)
Luvas de procedimento
Papel, papelão
Papel
higiênico,
papel
toalha
Plástico não contaminado
Orgânico
Total
Comentário:
Peso
(g)
30
30
50
60
140
450
%
0,47
0,47
0,78
0,94
2,2
7,09
590
670
760
9,3
590(PI)*
10,56
11,98
9,3 590(PI)*
670(PI)*
9,3
10,56
995
1025
1540
6340
15,69
16,16
24,29
100
590(PI)*
995(PI)*
15,69
percebe-se
que
Anvisa
(g)
neste
%
CONAMA
(g)
%
30(PI)*
50(PI)*
60(PI)*
0,47
0,78
0,94
450(PI)*
7,09
9,3 2845(PI)*
setor
há
44,83
falta
de
conhecimentos ou boa vontade de seus funcionários, pois conforme os
dados da tabela anterior, evidenciou-se que há um alto percentual de
orgânico (sobra de alimentos) o que não poderia acontecer, pois se
trata de um setor de suma importância para os demais.
5.2.3 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias
Descrição geral dos resíduos encontrados na Fisioterapia:
embalagem plástica de papel toalha, papel toalha, embalagem de
biscoito,
papel
chocolate,
de
papel
bala,
copos
descartáveis,
administrativo,
plástico
papel
filme,
de
chicletes,
canudinho
de
refrigerante, papelão, luva de procedimento, algodão, carbono, pedra,
abaixador de língua, papel higiênico.
Rejeito:
embalagens
(biscoito,
chocolate,
chicletes,
bala,
canudinho de refrigerante, todo e qualquer material não passível de
processo de reciclagem).
Outros: pedra, abaixador de língua, carbono.
Papéis: papelão, impressos administrativos.
Plástico:
copos
descartáveis,
refrigerantes (pet)
Metal: latas de refrigerante.
embalagens
plásticas
e
Tabela 11 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na
Fisioterapia do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete
dias (set/2003).
Resíduo
Algodão
Rejeito
Outros
Luvas de procedimento
Plástico
Papel, papelão
Papel higiênico, papel
toalha
Total
Peso
(g)
10
20
30
60
490
840
%
0,25
0,5
0,75
1,48
12,19
20,8
2570
4020
63,93
100
Anvisa
(g)
0(PI)*
%
0
CONAMA
(g)
10(PI)*
%
0,25
60(PI)*
1,48
2570(PI)*
2640(PI)*
63,93
65,66
5.2.3 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias
Descrição
geral
dos
resíduos
encontrados
na
Farmácia:
embalagens de salgadinhos, bala, chicletes, chocolate, copos plásticos
descartáveis,
garrafas
de
água
mineral
e
refrigerante,
latas
de
refrigerante, embalagem plástica de medicamentos utilizadas na dose
unitária, papéis de impressos administrativos, papel carbono, papelão,
casca de laranja, bergamota, mamão, banana, uva, pão, bolo, biscoito,
ampolas plásticas de água destilada, plástico filme, esparadrapo,
algodão, luva de procedimento, sacolas plásticas, sobras de alimentos,
maçã, saco coletor preto, trapos, clips, pedaços de fita adesiva, bulas,
papel
toalha,
canudo
de
refrigerante,
papel
pardo,
caneta,
medicamentos,
(ampolagem,
frasco
de
vidro
frasco-ampola,
de
frasco
medicamentos,
de
água
perfurocortante
destilada),
tubo
de
pomadas, luvas de procedimento.
Rejeito:
embalagens
(biscoito,
chocolate,
chicletes,
bala,
canudinho de refrigerante, todo e qualquer material não passível de
processo de reciclagem).
Outros: caneta, tubo de pomada.
Papéis: papelão, papel carbono e impressos administrativos.
Plástico não contaminado: copos descartáveis, garrafas de
água mineral e refrigerante (pet), sacolas plásticas.
Perfurocortante: objetos ou instrumentos contendo cantos,
bordas ou protuberâncias rígidas ou agudas, capazes de perfurar ou
cortar
como:
ampolagem
danificada,
agulhas, escalpes ou equipos reprovados.
Metal: latas de refrigerante.
frascos
de
medicamentos,
Tabela 12 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na
Farmácia do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete
dias (ago/2003).
Resíduo
Luvas
de
procedimento
Metal
Embalagens
de
medicamentos
Outros
Rejeito
Medicamentos
vencidos
Orgânico
Papel toalha
Vidro
(frasco
de
medicamentos)
Perfurocortante
Plástico
não
contaminado
Papel,
carbono,
papelão
Total
Peso
(g)
Anvisa
(g)
%
30
30
0,05
0,05
40
110
230
0,065
0,18
0,38
290
290
1050
0,47
0,47
1,72
290(PI)*
1880
2857
3,09
4,7
180(PI)* 3,09 180(PI)* 3,09
2857(PI)* 4,7 2857(PI)* 4,7
%
CONAMA
(g)
%
30(PI)*
0,47 290(PI)*
0,05
0,47
1050(PI)* 1,72
17315 28,382
36714 60,335
60836 100
3327(PI)* 8,26 4407(PI)* 10,03
Comentário: observa-se que os materiais perfurocortante não
se enquadram na categoria de potencialmente infectante e sim na
categoria de resíduos químicos (grupo B) por conterem sobras de
medicamentos, conforme resolução RDC nº 33 de 25 de fevereiro de
2003.
5.2.4 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias
Descrição geral dos resíduos encontrados no Necrotério:
papel, flores, luvas de procedimento, algodão, gaze, embalagem de
meia, saco plástico, dentadura, flores, caixa de camisa, tecido.
Outros: tecido, dentadura.
Papéis: papelão, papel.
Plástico: sacos plásticos.
Tabela 13 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no
Necrotério do Hospital regional de Ararangua por um período de sete
dias (set/2003).
Peso
Resíduo
(g)
Algodão
50
Outros
50
Plástico
120
Luvas
de
procedimento
260
Papel, papelão
840
Flores
8740
Total
10060
%
0,49
0,49
1,17
Anvisa
(g)
%
260(PI)
*
2,54
2,54
9,22
85,6
100
CONAMA
(g)
%
50(PI)* 0,49
0(PI)* 0
310(PI)
*
3,09
5.2.5 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias
Descrição
embalagem
de
administrativo,
geral
dos
salgados,
papel
resíduos
carbono,
toalha,
encontrados
luva
papel
de
no
Raio-X:
procedimento,
higiênico,
papel
papelão,
copos
descartáveis, papel de bala, lata de refrigerante, casca de maçã,
laranja,
embalagem
de
biscoito,
tubo
de
creme
dental,
frascos
plásticos, seringas, gaze, canudinho, equipo, vidro de medicamentos.
Rejeito:
embalagens
(biscoito,
chocolate,
chicletes,
bala,
canudinho de refrigerante, todo e qualquer material não passível de
processo de reciclagem).
Outros: tubo de creme dental, equipo.
Papéis: papelão, papel carbono e impressos administrativos.
Plástico: copos descartáveis, frascos plásticos.
Tabela 14 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no
Raio-X do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias
(set/2003).
Peso
Resíduo
(g)
Outros
35
Luvas de procedimento
55
Orgânico
55
Vidro (frasco de medicamentos) 100
Rejeito
140
Plástico não contaminado
1100
Papel higiênico, papel toalha
1205
Papel, carbono, papelão
2330
Total
5020
Anvisa
(g)
%
%
0,7
1,09
1,09
1,99 100(PI)* 1,99
2,79
21,91
24
46,4
100
100(PI)* 1,99
CONAMA
(g)
%
55(PI)*
1,09
100(PI)*
1,99
1205(PI)* 24
1360(PI)* 27,08
5.2.6 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias
Descrição
Satélite:
papel
geral
higiênico,
dos
resíduos
papel
toalha,
encontrados
embalagens
na
Farmácia
plásticas
de
material, frascos de álcool, papelão, papel administrativo, caixa de
medicamentos, bulas, ampola quebrada, seringa, carbono.
Rejeito: embalagens (biscoito, chocolate, chicletes, bala),
todo e qualquer material não passível de processo de reciclagem,
ataduras.
Papéis: papelão, papel carbono e impressos administrativos.
Plástico: frascos de álcool, embalagens plásticas de material.
Trapos: ataduras usadas na limpeza..
Perfurocortante: objetos ou instrumentos contendo cantos,
bordas ou protuberâncias rígidas ou agudas, capazes de perfurar ou
cortar como ampolagem danificada.
Tabela 15 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na
Farmácia Satélite do Hospital regional de Araranguá por um período de
sete dias (set/2003).
Resíduo
Perfurocortante
Rejeito
Trapos
Gaze
Papel higiênico, papel toalha
Papel, carbono, papelão
Plástico
Total
Peso
(g)
10
10
30
80
675
1220
2360
4385
%
0,22
0,22
0,68
1,8
15,35
27,75
53,69
100
Anvisa
(g)
10(PI)*
10(PI)*
%
0,22
0,22
CONAMA
(g)
%
10(PI)*
0,22
30(PI)*
80(PI)*
675(PI)*
0,68
1,8
15,35
795(PI)*
18,05
5.2.7 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias
Descrição geral dos resíduos encontrados na Administração:
guardanapo,
embalagens
impressos
plásticas,
administrativos,
papel
toalha,
restos
copos
de
descartáveis,
lanches,
clips,
embalagem de biscoito, pet, canudinho, maçã, gaze, papel higiênico,
bolo, chepas de cigarro, papelão.
Rejeito:
embalagens
(biscoito,
chocolate,
chicletes,
bala,
chepa de cigarro, canudinho de refrigerante, todo e qualquer material
não passível de processo de reciclagem).
Outros: compressa de gaze.
Papéis: papelão, papel carbono e impressos administrativos.
Plástico: copos descartáveis, garrafas de água mineral e
refrigerante (pet), sacolas plásticas.
Tabela 16 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados
Administração do Hospital Regional de Araranguá por um período de
sete dias (ago/2003).
Peso
Resíduo
Outros
Rejeito
Orgânico
Plástico
Papel higiênico, papel
toalha
Papel, carbono, papelão
Total
(g)
20
45
104
415
%
0,8
1,81
4,2
16,74
845
1050
2479
34,08
42,42
100
Anvisa
(g)
%
0(PI)*
0
CONAMA
(g)
%
845(PI)*
34,08
845(PI)*
34,08
5.2.8 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias
Descrição geral dos resíduos encontrados na Hemoterapia:
papel higiênico, papel toalha, papel administrativo, papelão, gaze, luva
cirúrgica, equipo com sangue, embalagem de medicamentos, frasco de
soro.
Papéis: papelão, papel carbono e impressos administrativos.
Plástico não contaminado: frasco de soro.
Plástico contaminado: Equipo com sangue.
Tabela 17 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na
Hemoterapia do Hospital Regional de Araranguá por um período de
sete dias (set/2003).
Resíduo
Plástico contaminado
Plástico não contaminado
Gaze
Luva de procedimento
Papel, papelão
Papel higiênico, papel toalha
Total
Peso
Anvisa
(g) %
(g)
%
10 1,42
40 5,66
50 7,09
80 11,35
160 22,69
365 51,77
705 100 0(PI)* 0
CONAMA
(g)
%
10(PI)* 1,42
50(PI)*
80(PI)*
7,09
11,35
365(PI)* 51,77
525(PI)* 74,46
5.2.9 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias
Descrição geral dos resíduos encontrados no Faturamento e
Setor Pessoal: Papel carbono, papel administrativo, disquetes, chapa
de raio-X, pet, copos descartáveis, papel de bala e chicletes, papel
higiênico,
papel
toalha,
casca
de
banana,
canudinho,
casca
de
bergamota, sacolas plásticas, clips, meia.
Rejeito:
embalagens
(biscoito,
chocolate,
chicletes,
bala,
canudinho de refrigerante, todo e qualquer material não passível de
processo de reciclagem).
Outros: disquete, meia.
Papéis: papelão, papel carbono e impressos administrativos.
Plástico: copos descartáveis, garrafas de água mineral e
refrigerante (pet), sacolas plásticas.
Metal: latas de refrigerante.
Tabela 18 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no
Faturamento e Setor Pessoal do Hospital Regional de Araranguá por
um período de sete dias (set/2003).
Resíduo
Metal
Rejeito
Outros
Orgânico
Papel higiênico, papel toalha
Plástico não contaminado
Papel, carbono, papelão
Total
Peso
Anvisa
CONAMA
(g)
%
(g) %
(g)
%
30 0,71
60 1,42
150 3,57
170 4,04
190 4,52
190(PI)* 4,52
330 7,85
3270 77,84
4200 100 0(PI)* 0 190(PI)* 4,52
5.3 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias
Descrição
Compras
e
geral
dos
Almoxarifado:
resíduos
papel
encontrados
higiênico,
copos
no
Setor
de
descartáveis,
impressos administrativos, papelão, sacos plásticos, esponja, casca de
laranja, papel toalha, caneta rolo de impressora, micropore.
Rejeito: embalagens biscoito, todo e qualquer material não
passível de processo de reciclagem.
Outros: esponja, micropore, rolo de impressora.
Papéis: papelão e impressos administrativos.
Plástico: copos descartáveis, sacos plásticos.
Tabela 19 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no
Setor de Compras e Almoxarifado do Hospital Regional de Araranguá
por período de sete dias (set/2003).
Resíduos
Rejeito
Outros
Orgânico
Plástico
Papel higiênico, papel toalha
Papel, papelão, carbono
Total
Peso
(g)
20
105
250
370
1170
6135
8050
%
0,25
1,3
3,1
4,6
14,5
76,17
100
Anvisa
(g)
0(PI)*
%
0
CONAMA
(g)
%
1170(PI)*
14,5
1170(PI)*
14,5
5.3.1 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias
Descrição geral dos resíduos encontrados na Internação:
papel
higiênico,
impressos
administrativos,
carbono,
copos
descartáveis, banana, embalagem de biscoito, pet, sacola plástica,
embalagem de chocolate, bala, chicletes, maçã, lata de refrigerante.
Rejeito: embalagens (biscoito, chocolate, chicletes, bala),
todo e qualquer material não passível de processo de reciclagem.
Papéis: papelão, papel carbono e impressos administrativos.
Plástico: copos descartáveis, garrafas de água mineral e
refrigerante (pet), sacolas plásticas.
Metal: latas de refrigerante.
Tabela 20 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na
Internação do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete
dias (set-out/2003).
Resíduo
Rejeito
Orgânico
Plástico não contaminado
Papel higiênico, papel toalha
Papel, carbono
Total
Peso
(g)
10
70
140
405
465
1090
Anvisa
%
(g)
%
0,91
6,42
12,83
37,15
42,65
100 0(PI)* 0
CONAMA
(g)
%
405(PI)* 37,15
405(PI)* 37,15
5.3.2 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias
Descrição geral dos resíduos encontrados no Quarto dos
médicos:
copos
descartáveis,
embalagem
de
medicamentos,
embalagem tetra pak, papel higiênico, carteira de cigarros, pacote de
salgadinho, clips, pet, casca de maçã, casca de laranja, embalagem de
chicletes, bala, chocolate.
Rejeito: embalagens (biscoito, chocolate, chicletes, bala),
todo e qualquer material não passível de processo de reciclagem.
Papéis: papelão e impressos administrativos.
Plástico: copos descartáveis, garrafas de água mineral e
refrigerante (pet).
Tabela 21 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no
Quarto dos Médicos do Hospital Regional de Araranguá por um período
de sete dias (set/2003).
Peso
Resíduos
(g)
Rejeito
35
Papel, papelão 90
Orgânico
90
Plástico não
contaminado 250
Papel
Higiênico
1220
72,4
Total
100
%
2,07
5,33
5,34
Anvisa
(g)
Conama
% (g) %
14,83
1685
0(PI)*
0
1220(
PI)* 72,4
1220(
PI)* 72,4
5.3.3 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias
Descrição
geral
dos
resíduos
encontrados
na
Sala
de
Enfermagem: papel higiênico, papel toalha, papel de bala, copos
descartáveis, embalagem de biscoito e salgadinho, casca de fruta, lata
de refrigerante.
Rejeito: embalagens (biscoito, chocolate, chicletes, bala),
todo e qualquer material não passível de processo de reciclagem.
Papéis: impressos administrativos.
Plástico: copos descartáveis.
Metal: latas de refrigerante.
Tabela 22 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na
Sala de Enfermagem do Hospital Regional de Araranguá por um
período de sete dias (set/2003).
.
Resíduo
Plástico
Rejeito
Metal
Orgânico
Papel
Papel
higiênico,
toalha
Total
Peso
(g)
10
15
30
40
80
%
1,78
1,17
2,24
3,12
6,25
1105
1280
86,04
100
Anvisa
(g)
%
CONAMA
(g)
%
0(PI)*
0
1105(PI)* 86,04
1105(PI)* 86,04
papel
5.3.4 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias
Descrição geral dos resíduos encontrados na Lavanderia:
retalhos de tecidos, embalagens plásticas, sacolas plásticas, carretel
de linha, pet, copos descartáveis, impressos administrativos, casca de
banana, laranja e caqui, travesseiro, papel higiênico, papel toalha,
atadura,
luva
de
procedimento,
mangueira,
estopas,
espumas,
embalagens de chicletes, papel de bala, lâmpada, plumas da máquina
de lavar, luva de borracha, trapos, termômetro, papel pardo, toca,
placenta, propé, frascos de produtos de limpeza, placenta, fraldas,
gaze.
Rejeito:
embalagens
(chicletes,
bala),
todo
e
qualquer
material não passível de processo de reciclagem.
Outros: chinelo.
Papéis: impressos administrativos.
Plástico: copos descartáveis, garrafas de água mineral e
refrigerante (pet), sacolas plásticas, carretel de linha.
Trapos: toca, propé, gaze e atadura usados na limpeza.
Perfurocortante: objetos ou instrumentos contendo cantos,
bordas ou protuberâncias rígidas ou agudas, capazes de perfurar ou
cortar como: termômetro.
Resíduos das máquinas: plumas retiradas das máquinas
após lavagem das roupas e acessórios.
Material de manutenção: esponjas, luva de borracha sujas de
graxa, utilizadas na manutenção das máquinas do setor.
Material contaminado: placenta que veio junto com a roupa
suja do Centro Obstétrico.
Tabela 23 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na
Lavanderia do Hospital regional de Araranguá por um período de sete
dias (ago/2003).
Resíduos
Perfurocortante
Rejeito
Orgânico
Material Contaminado
Papel
Outros
Gazes
Luvas de procedimento
Fraldas
Material de manutenção
Papel higiênico, papel toalha
Resíduos das máquinas
Trapos
Plástico
Total
Peso
(g)
20
65
175
305
370
430
715
960
1135
1480
2345
4710
6400
7365
26475
%
0,075
0,24
0,66
1,15
1,4
1,63
2,7
3,62
4,29
5,59
8,86
17,8
24,17
27,8
100
Anvisa
(g)
20(PI)*
CONAMA
%
(g)
0,075 20(PI)*
305(PI)* 1,15
%
0,075
305(PI)*
1,15
715(PI)*
960(PI)*
1135(PI)*
2,7
3,62
4,29
2345(PI)*
8,86
6400(PI)*
24,17
325(PI)* 1,225 11880(PI)* 44,465
Comentário: ao analisar a tabela acima, notamos que foram
encontrados materiais perigosos para manipulação dos funcionários do
setor, podendo causar acidentes de trabalho, pois materiais como
termômetro, fraldas, e peças anatômicas (placentas) não deveriam
estar presentes nas roupas que vem dos outros setores. Nota-se falhas
na segregação e falta de responsabilidade dos outros setores que
necessitam dos serviços da Lavanderia.
5.3.5 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias
Descrição
geral
dos
resíduos
encontrados
na
Central
Telefônica: impressos administrativos, sacola plástica, maçã, papel de
bala e chocolate, jornal, banana, papel de chicletes.
Rejeito:
embalagens
(chocolate,
chicletes,
bala),
todo
e
qualquer material não passível de processo de reciclagem.
Papéis: impressos administrativos.
Tabela 24 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na
Central Telefônica do Hospital Regional de Araranguá por um período
de sete dias (set/2003).
Resíduo
Plástico
Rejeito
Orgânico
Papel
Total
Peso
(g)
25
30
65
160
280
%
8,9
10,71
23,21
57,14
100
Anvisa
(g)
%
CONAMA
(g)
%
0(PI)*
0
0(PI)*
0
5.3.6 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias
Descrição geral dos resíduos encontrados no Ambulatório de
Ortopedia: papel higiênico, papel toalha, frascos de medicamentos
quebrados,
sacolas
plásticas,
impressos
administrativos,
gesso,
algodão, gaze, papelão, luva de procedimento, casca de laranja,
seringas, trapos, caneta, carbono, maçã, embalagem de biscoito,
esparadrapo, cerâmica, borracha, metal.
Rejeito: embalagens de biscoito, todo e qualquer material não
passível de processo de reciclagem.
Outros: esparadrapo, cerâmica, borracha, metal, seringa,
algodão.
Papéis: papelão, papel carbono e impressos administrativos.
Plástico: sacolas plásticas.
Trapos: compressa de tecidos utilizados na limpeza do setor.
Tabela 25 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no
Ambulatório de Ortopedia do |Hospital Regional de Araranguá por um
período de sete dias (out/2003).
Resíduos
Rejeito
Abaixador de língua
Trapo
Gaze
Outros
Vidro (frascos de medicamentos)
Orgânico
Luvas de procedimento
Atadura
Plástico
Papel higiênico, papel toalha
Papel, papelão, carbono
Gesso
Total
Peso
(g)
35
70
95
255
540
580
600
1015
1290
3800
4260
5605
13180
31325
%
0,11
0,23
0,3
0,81
1,72
1,85
1,91
3,24
4,12
12,13
13,6
17,9
42,07
100
Anvisa
(g)
580(PI)*
580(PI)*
%
1,85
1,85
CONAMA
(g)
%
70(PI)*
95(PI)*
255(PI)*
0,23
0,3
0,81
580(PI)*
1,85
1015(PI)*
1290(PI)*
3,24
4,12
4260(PI)*
13,6
13180(PI)*
20745(PI)*
42,07
66,22
5.3.7 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias
Descrição geral dos resíduos encontrados nos Banheiros:
papel higiênico, papel toalha.
Tabela 26 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados nos
Banheiros do Hospital regional de Araranguá por um período de sete
dias (set-out/2003).
Peso
Anvisa
Resíduos
(g)
%
Papel higiênico, papel toalha
6645
100
Total
6645
100
(g)
0(PI)*
CONAMA
%
0
(g)
%
6645(PI)*
100
6645(PI)*
100
5.3.8 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias
Descrição geral dos resíduos encontrados no Corredor III:
embalagem
chocolate,
de
salgadinho,
vômito,
papel
lata
branco,
de
refrigerante,
chepas
de
embalagem
cigarro,
luvas
de
de
procedimento, copos descartáveis, pet, fraldas.
Rejeito: embalagens (chocolate, chepa de cigarro), todo e
qualquer material não passível de processo de reciclagem.
Outros: luvas de procedimento.
Papéis: papel branco.
Plástico: copos descartáveis, pet.
Trapos: estopa.
Metal: latas de refrigerante.
Material contaminado: vômitos, fraldas.
Tabela 27 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no
Corredor III do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete
dias (out/2003).
Peso
(g)
85
95
100
125
175
230
380
790
Resíduos
Outros
Orgânico
Plástico
Trapo
Metal
Papel
Rejeito
Material contaminado
Papel higiênico, papel
toalha
2350
%
1,96
2,19
2,3
2,88
4,04
5,31
8,78
18,24
Total
100
4330
Anvisa
(g)
%
790(PI)*
18,24
790(PI)*
18,24
54,27
CONAMA
(g)
%
790(PI)* 18,24
2350(PI)
*
54,27
3140(PI)
*
72,51
Comentário: os resíduos deste corredor ficam dispostos em
lixeiras estratégicas que servem setores como Raio-X, Fisioterapia e
Laboratório prestando atendimentos a pacientes internos e externos o
que explica a presença de fluidos orgânicos em seu conteúdo.
5.3.9 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias
Descrição geral dos resíduos encontrados na Lanchonete:
copos descartáveis, embalagem de doces, sacos de leite, latas de
alimentos, pet, papel higiênico, sacolas plásticas, gordura, sacos de
papel, sache, caixas de leite, pão, queijo, presunto, pó de café, casca
de laranja, mamão, cebola, papel, papelão, vidro, embalagem á vácuo e
tetra pak, ovos, alface, plásticos de carnes, restos de frango, atadura.
Rejeito:
embalagens
(biscoito,
chocolate,
chicletes,
bala,
saches), todo e qualquer material não passível de processo de
reciclagem.
Papéis: papelão, papel.
Plástico: copos descartáveis, garrafas de água mineral e
refrigerante (pet), sacolas plásticas.
Metal: latas de refrigerante.
Tabela 28 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na
Lanchonete do hospital Regional de Araranguá por um período de sete
dias (out/2003).
Resíduos
Atadura
Embalagem a vácuo
Vidro
Papel higiênico
Pet
Rejeito
Embalagem tetra pak
Papelão
Papel
Metal
Plástico
Orgânico
Total
Peso
(g)
20
40
115
435
775
835
1445
2220
2320
2910
5660
69520
86295
Anvisa
%
(g)
0,023
0,04
0,13
0,5
0,9
0,96
1,67
2,57
2,69
3,37
6,56
80,56
100
0(PI)*
%
CONAMA
(g)
%
0
0(PI)*
0
5.4 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias
Descrição
externas:
chepas
geral
de
dos
cigarro,
resíduos
papel
de
encontrados
bala,
nas
carbono,
Lixeiras
papel
de
chicletes, sacolas plásticas, luvas de procedimento, caixas tetra pak,
lata de refrigerante, canudo de refrigerante, tijolos, copos descartáveis,
embalagem
de
biscoito,
trapos,
higiênico, fralda, madeira, agulha.
folhas
de
varrição,
areia,
papel
Rejeito:
embalagens
(biscoito,
chocolate,
chicletes,
bala,
palito de dente, chepa de cigarro, canudinho de refrigerante, todo e
qualquer material não passível de processo de reciclagem).
Outros: orgânico, vidro, pet, agulha.
Papéis: papel branco.
Plástico:
copos
descartáveis,
garrafas
de
água
mineral,
sacolas plásticas.
Trapos: compressa de tecidos, estopa, roupas rasgadas.
Metal: latas de refrigerante.
Tabela 29 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados nas
Lixeiras Externas do Hospital Regional de Araranguá por um período de
sete dias (out/2003).
Resíduos
Luvas de procedimento
Metal
Madeira
Trapo
Outros
Plástico
Papel, papelão
Pedra
Rejeito
Varrição
Total
Peso
(g)
60
140
165
235
640
1590
1845
1970
8790
10200
25635
Anvisa
%
(g)
0,31
0,54
0,64
0,91
2,5
6,2
7,31
7,68
34,28
39,3
100
0(PI)*
%
CONAMA
(g)
%
60(PI)*
0,31
235(PI)* 0,91
0
295(PI)* 1,22
Comentário: estes coletores de resíduos estão distribuídos
em todas as entradas do H.R.A., bem como no pátio externo. Através
da
caracterização
dos
resíduos
foi
possível
encontrar
materiais
perfurocortante, isto é um fato curioso.
5.4.1 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias
Descrição geral dos resíduos encontrados na Manutenção:
esponja, madeira, tijolo, trapos, serra de metal, serragem, papel
administrativo, tomadas elétricas, papel de bala, papelão, jornal,
lâmpadas fluorescentes, luvas de procedimento, fios elétricos, copo
quebrado, sacolas plásticas, casca de laranja, lixa, borracha.
Rejeito: neste setor foi considerado como rejeito o resultado
da varrição, pó de serragem, etc.
Outros: esponja, lixa, borracha.
Papéis: impressos administrativos, jornal.
Plástico: tomadas elétricas, fios elétricos.
Trapos: compressa de tecidos, estopa, roupas rasgadas.
Metal: serras inutilizadas, tampa de latas.
Tabela 30 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na
Manutenção do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete
dias (out/2003).
Resíduos
Luvas de procedimento
Orgânico
Outros
Vidro (copo quebrado)
Papel
Fibra
Papelão
Rejeito
Metal
Plástico
Tijolo
Trapos
Madeira
Total
Peso
(g)
60
70
165
240
320
680
820
1235
1495
1645
2290
4980
5335
19335
%
0,31
0,36
0,85
1,24
1,65
3,51
4,24
6,38
7,73
8,5
11,84
25,75
27,6
100
Anvisa
(g)
%
CONAMA
(g)
%
60(PI)*
0,31
240(PI)*
1,24 240(PI)*
1,24
240(PI)*
1,24 300(PI)*
1,55
5.4.2 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias
Descrição
geral
dos
resíduos
encontrados
no
Setor
de
Nutrição e Dietética: casca de ovos, folhas de alface, embalagem
plástica de carnes, saco de papel de farinha, casca de laranja, copos
descartáveis, lata de óleo, frasco de nutrição enteral, casca de maçã,
papelão, caixa de fósforo, latas de alimentos, esponjas, bombril,
mamão,
bandejas
de
plástico,
embalagens
de
biscoito,
xícara
quebrada, resto de alimentos do refeitório e de pacientes, luva de
procedimento, canudinho, embalagens á vácuo e tetra pak, saches.
Rejeito: embalagens (biscoito, canudinho de refrigerante,
saches), todo e qualquer material não passível de processo de
reciclagem.
Outros: esponja.
Papéis: papel de farinha, papel administrativo.
Plástico: copos descartáveis, plásticos de carnes, sacolas
plásticas.
Trapos: tecidos utilizados na limpeza do setor.
Metal: latas de alimentos em conserva.
Tabela 31 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no
Setor de Nutrição e Dietética do Hospital Regional de Araranguá por
um período de sete dias (set/2003
Resíduos
Outros
Luvas de procedimento
Embalagens a vácuo
Vidro
Trapos
Rejeito
Papel, papelão, carbono
Papel higiênico, papel toalha
Metal
Plástico
Peso
(g)
60
155
200
410
470
500
2490
3460
3500
13935
Anvisa
%
(g)
0,008
0,02
0,028
0,059
0,067
0,072
0,341
0,49
0,5
2,008
Orgânico
668145
96,36
Total
693325
100
0(PI)*
%
0
CONAMA
(g)
%
3460(PI)*
0,49
668145(PI)
*
96,36
671605(PI)
*
96,85
Comentário: a grande quantidade de resíduos orgânicos
(sobras de alimentos de diversas origens) são respostas da falta de
segregação. Não existe separação das sobras de alimentos dos
pacientes internos, tornando toda matéria orgânica contaminada o que
se comprova pelo elevado percentual na tabela, aumentando seu poder
infectante.
5.4.3 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias
Descrição
geral
dos
resíduos
encontrados
na
Clínica
Cirúrgica: papel pardo, gaze, atadura, luva de procedimento, frasco de
soro, embalagem de material, plástico filme, pão, bolacha, maçã, uva,
banana,
papel
toalha,
trapos,
carbono,
papel
administrativo,
embalagens de biscoito, papel higiênico, gaze, sonda, equipo, sacola
plástica,
fralda,
bolsa
coletora,
gesso,
bolsa
de
soro,pet,
perfurocortante, algodão, sandália, esparadrapo.
Rejeito: embalagens de biscoito, todo e qualquer material não
passível de processo de reciclagem.
Outros: sandália, esparadrapo.
Papéis: papelão, impressos administrativos.
Plástico: frasco de soro, bolsas de soro, (pet), sacolas
plásticas.
Plástico contaminado: bolsa coletora, equipo, sondas.
Trapos: compressa de tecidos.
Perfurocortante: objetos ou instrumentos contendo cantos,
bordas ou protuberâncias rígidas ou agudas, capazes de perfurar ou
cortar como agulhas, ampolagem danificada, lâminas de bisturi, scalp e
outros.
Metal: latas de refrigerante.
Tabela 32 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na
Clinica Cirúrgica do Hospital Regional de Araranguá por um período de
sete dias (set/2003).
Peso
(g)
%
115
0,21
270
0,5
300
0,56
925
1,72
1000 1,86
1195 2,22
1715
3,2
1780 3,32
1915 3,57
3000 5,59
5030 9,37
11,3
Perfurocortante
6100
8
Orgânico
9065
17
19,2
Plástico não contaminado 10325
7
Papel
higiênico,
papel
20,2
toalha
10855
3
Resíduos
Metal
Rejeito
Outros
Trapos
Gesso
Fralda
Luvas de procedimento
Atadura
Papel, carbono
Plástico contaminado
Gaze, algodão
Total
53590
100
Anvisa
(g)
%
CONAMA
(g)
%
925(PI)*
1000(PI)*
1195(PI)*
1715(PI)*
1780(PI)*
1,72
1,86
2,22
3,2
3,32
1740(PI)*
5030(PI)*
5,59
9,37
6100(PI)*
11,38
10855(PI)* 20,23
6100(PI)
*
11,38 30340(PI)* 58,89
5.4.4 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos
de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final
do período de sete dias
Descrição geral dos resíduos encontrados na Clínica Médica:
equipos, eletrodos, escalpes, embalagens (de escalpes, equipos, luvas,
seringas, agulhas, ataduras, papel higiênico, sondas, salgadinhos,
bala, chicletes, chocolate,), copos plásticos descartáveis, protetores de
agulhas, abocath, frasco de soro, bolsas de soro, garrafas de água
mineral e refrigerante, latas de refrigerante, embalagens plástica de
medicamentos
utilizadas
na
dose
unitária,
papéis
de
impressos
administrativos, papel carbono, papelão, casca de laranja, bergamota,
mamão, banana, uva, pão, bolo, biscoito, ampolas plásticas de água
destilada, plástico filme, atadura crepom, esparadrapo, algodão, luva
de procedimento, sacolas plásticas, ossos de frango, sobras de
alimentos, maçã, saco coletor preto, trapos, palitos de dente, clips,
fraldas, fechadura de janela, chepa de cigarro, gazes, pedaços de fita
adesiva, bulas, compressas de gaze, papel toalha, papel higiênico,
frasco
coletor
de
exame,
canudo
de
refrigerante,
papel
pardo,
guardanapo, pipoca, copos de iogurte, embalagem tetra pack, tubo de
creme de barbear, caneta, medicamentos, esponja, propé, tubo de
creme dental, aparelho de barbear, bombril, copo de vidro de 200 ml,
rolo de papel higiênico, embalagem de sabonete, caixa de leite vazia,
jornal,
frasco
de
vidro
de
medicamentos,
isopor,
perfurocortante
(agulhas, seringas, escalpes, ampolagem, algodão, lâminas de bisturi,
frasco-ampola, frasco de água destilada, abocath,.
Rejeito:
embalagens
(biscoito,
chocolate,
chicletes,
bala,
palito de dente, chepa de cigarro, eletrodos, isopor, canudinho de
refrigerante, todo e qualquer material não passível de processo de
reciclagem).
Outros: caneta, esponja, tubo de creme dental, tubo de creme
de barbear.
Papéis: papelão, papel carbono e impressos administrativos.
Plástico: frasco de soro, bolsas de soro, copos descartáveis,
garrafas de água mineral e refrigerante (pet)
Trapos: compressa de tecidos, estopa, roupas rasgadas dos
pacientes.
Perfurocortante: objetos ou instrumentos contendo cantos,
bordas ou protuberâncias rígidas ou agudas, capazes de perfurar ou
cortar
como
agulhas,
ampolagem
escalpes e outros.
Metal: latas de refrigerante.
danificada,
lâminas
de
bisturi,
Tabela 33 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na
Clínica Médica do Hospital Regional de Araranguá por um período de
sete dias (ago-set/2003).
Peso
(g)
Outros
105
Vidros
280
Metal
285
Plástico contaminado
1050
Trapos
1135
Algodão, gazes, esparadrapo 1850
Rejeito
2015
Atadura crepom
2030
Luvas de procedimento
2500
Papel, carbono, papelão
5085
Orgânico
16045
Perfurocortante
16855
Papel higiênico, papel toalha, 16905
Plástico não contaminado
19200
Fraldas
38160
Total
123500
Resíduo
%
0,09
0,23
0,23
0,85
0,92
1,5
1,63
1,64
2,02
4,11
12,99
13,65
13,68
15,54
30,9
100
Anvisa
(g)
%
Conama
(g)
%
280(PI)*
0,23
280(PI)*
0,23
1050(PI)*
0,23
1050(IP)*
1135(PI)*
1850(PI)*
0,23
0,92
1,5
2030(PI)*
2500(PI)*
1,64
2,02
16855(PI)* 13,65 16855(PI)* 13,65
16905(PI)* 13,68
38160(PI)* 30,9
18185(PI)* 14,11 80765(PI)* 64,77
Comentário: a Clínica Médica é a maior fonte geradora de
resíduos do H.R.A., isto se comprova com a tabela. O fato se explica
pelo número de procedimentos realizados, e pela complexidade dos
procedimentos. O item fraldas descartáveis comprova que o tipo de
paciente atendido é totalmente dependente. Nota-se também uma
grande quantidade de resíduos orgânicos. Através da caracterização
dos
resíduos
observou-se
que
nos
sábados
e
domingos
devido
principalmente a visitas externas fica claro o aumento desta sobras.
Tabela 34 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no hospital regional de Araranguá por um
período de dois meses (ago/out 2003).
Peso
An visa
Resíduos
(g)
%
Embalagens a vácuo
240
0,011
Medicamentos vencidos
290
0,014
395
0,019
Abaixador de língua
Embalagem
medicamentos
%
(g)
%
290(PI)*
0,014
290(PI)*
0,014
395(PI)*
0,019
5710(PI)*
0,28
de
Embalagem tetra pak
420
0,02
1475
0,072
Material de manutenção
1480
0,073
Outros
3270
0,16
4260
0,21
Pedra, tijolo
Resíduos
de
C O N AM A
(g)
máquina,
fibra
5390
0,266
Madeira
Vidro
(frasco
medicamentos)
5500
0,27
5710
0,28
de
5710(PI)*
0,28
Metal
10180
0,5
Atadura
10800
0,53
10800(PI)*
0,53
Gesso
18265
0,9
18265(PI)*
0,9
Flores, varrição
18940
0,93
19015
0,93
1,039
Rejeito
Algodão,
gaze
esparadrapo,
21045
1,039
21045(PI)*
Trapos
21420
1,05
21420(PI)*
1,05
Plástico contaminado
28835
1,42
28835(PI)*
1,42
Luvas de procedimento
34660
1,71
34660(PI)*
1,71
Material contaminado
38815
1,91
38815(PI)*
1,91
38815(PI)*
1,91
78412(PI)*
3,87
78412(PI)*
3,87
Perfuro-cortantes
78412
3,87
Orgânico não contaminado
80770
3,98
126925
6,27
126925(PI)*
6,27
132930
6,57
132930(PI)*
6,57
Fraldas
Papel
higiênico,
toalha
papel
Plástico não contaminado
172825
8,53
Papel, papelão, carbono
480394
23,72
Orgânico contaminado
702309
34,69
Total
2024970
100
123227(PI)*
6,07
702309(PI)*
34,69
1199391(PI)*
60,272
Comentário: os resultados encontrados antes do processo de
segregação
dos
resíduos
nos
mostram
que
100%
destes
são
contaminados por estarem misturados a outros resíduos de risco. A
tabela anterior expõe outra situação, devido a sua segregação correta.
Conforme dados citados acima se percebe que materiais como papel e
plástico não contaminado podem ter uma outra destinação final, se
triados adequadamente, sendo reciclados e gerando uma fonte de
renda para sustentação de programas educativos.
Em relação ao material plástico cabe ressaltar que não são
todas que podem passar por processos de reciclagem, a menos que
passem por um processo eficiente de esterilização e só então se prove
que são inertes.
Os
resíduos
de
matéria
orgânica
proveniente
do
SND,
representam um alto percentual dos resíduos produzidos no H.R.A.
Este percentual elevado é explicado pelo fato da não segregação, pois
as sobras alimentares oriundos dos quartos dos pacientes apresentam
risco potencial, sendo que aquelas que não estiveram em contato com
estes podem ser encaminhados para o mesmo destino que os resíduos
comuns. Comprova-se então, a necessidade de uma coleta diferenciada
evitando-se a contaminação total da massa de resíduos alimentares no
setor. Risso (1993), ressalta que “um aproveitamento interessante seria
o aproveitamento das sobras alimentares para transformação em ração
animal”. Entretanto, é de extrema importância iniciar a segregação dos
resíduos alimentares que são provenientes dos quartos dos pacientes
dos outros, pois esta seria uma forma de minimizar as frações
infectantes dos resíduos.
É
importante
ressaltar
que
quando
estabelecemos
comparações entre a Resolução CONAMA nº 5 de agosto de 1993 e
RDC nº 33 de 25 de fevereiro de 2003- Anvisa são distintas as
situações encontradas. Sendo que a resolução CONAMA torna-se muito
mais restritiva, pois considera muitos fatores que contribuem para
reduzir problemas com a saúde pública e meio ambiente.
Em relação aos materiais perfurocortante encontrados, estes
estavam descartados corretamente, o que não impediu que fossem
encontrados em lugares que representavam riscos potenciais aos
trabalhadores,
pois
estes
materiais
podem
em
casos
acidentais
penetrar uma barreira orgânica (pele) e causar infecções variáveis.
Os valores encontrados de papel higiênico e papel toalha
representam 6,57%, sendo que muitos autores e legislações se referem
a estes como frações comuns de resíduos, porém Shneider 2001, diz
que “representam risco potencial, pois contém impregnação por fezes,
sangue, excreções, líquidos orgânicos que carregam microorganismos
patogênicos”. Esses dados são relevantes, pois continuar a classificálos como resíduos infectantes faz com que surjam justificativas com
diversas fundamentações teóricas insistindo como gerenciá-los como
resíduos comuns contrariando as definições e normas vigentes.
As fraldas representam uma parcela significativa dentro da
problemática discutida, pois assim como papel higiênico e papel toalha
são questões de inúmeras discussões pelas frações infectantes, a sua
disposição muitas vezes no solo favorece a contaminação deste e
torna-se uma fonte poluidora do meio ambiente.
Os resíduos como algodão, gesso, trapos, esparadrapo, gaze,
ataduras, luvas de procedimentos representam frações pequenas, cerca
de 1% a 1,5% do total de resíduos contaminados, porém deve-se
salientar o potencial infectante destas frações, pois geralmente estão
impregnadas de sangue, secreções, fluidos corporais ou estiveram em
contato
com
cortes
disseminadoras
de
ou
feridas
agentes
expostas,
patogênicos
sendo
elevando
o
assim
numero
são
de
doenças.
O
item
rejeito
(material
não
passível
de
reciclagem)
representa quase 1% da geração de resíduos e são descartados como
comuns.
O componente vidro é outro item pouco significativo em
relação aos outro, na maioria das vezes são frascos de medicamentos
e frascos ampola, sendo considerados perigosos.
O material metálico (metal) composto geralmente por latas de
refrigerante, alimentos e outros. Apesar do pequeno volume encontrado
estes são passiveis de reciclagem, se a segregação na fonte geradora
for priorizada, diminuindo o volume dos resíduos que serão dispostos
inadequadamente no meio ambiente.
6. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
6.1 Diagnóstico
O diagnóstico teve como objetivo identificar a fonte geradora
de resíduos. Através dele, vários dados do gerenciamento de resíduos
serão analisados. Durante o período estabelecido para o diagnóstico de
agosto a outubro o HRA manteve uma taxa de ocupação de 54,81%
distribuídos em cinco setores.
Clínicas
Clínica Médica
U.T.I.
Pediatria
Clínica Particular e
Maternidade
Clínica Cirúrgica
Total
Ocupação de Agosto a
Outubro de 2003
29/dia
7/dia
8/dia
Número total
de leitos
38
10
26
15/dia
15/dia
26
35
135
A média de cirurgias realizadas pelo Centro Cirúrgico foi de 10
cirurgias/dia, e a média de atendimentos realizados pelo PS (Pronto
Socorro) e Emergência foi de 71 atendimentos/dia.
.
Os resultados encontrados através do diagnóstico indicaram
muitas situações que só poderão ser modificadas com o programa ou
Plano de Gerenciamento para os RSSS.
As reuniões realizadas com o setor de limpeza do HRA foram
proveitosas, pois se constatou que não existe conhecimento suficiente
sobre o manejo e gerenciamento sobre os resíduos gerados na
instituição.Verificou-se a necessidade de programas de treinamento e
educação continuada para resolver questões internas e ambientais
relacionadas aos resíduos de serviço de saúde.
Quanto ao manejo dos resíduos, não existe segregação na
fonte e quando existe, essa se torna ineficiente, pois há uma mistura
dos resíduos no momento da limpeza e higienização.
O transporte destes resíduos é realizado por funcionários da
limpeza em horário de menor fluxo de pessoal, geralmente a partir a
partir das 12h.
Em cada fonte geradora existe um armazenamento temporário
(geralmente um banheiro desativado ou expurgo).Os resíduos estão
dispostos diretamente no piso, ficando os sacos de resíduos comuns
juntamente com os denominados contaminados.
As lixeiras possuem identificação, porém não são usadas
corretamente, pois há uma mistura da massa total de resíduos,
aumentando a fração infectante.
Observou-se, algumas vezes, que as mesmas possuíam a
forração incorreta dos sacos coletores. Um setor com duas ou mais
lixeiras com identificação para resíduo contaminado continha saco
coletor para resíduo comum. As lixeiras destinadas a papéis havia
plástico, luvas de procedimentos e outros. Todas essas situações
fazem com que a segregação seja incorreta, constituindo um problema
que necessita de orientações adequadas.
Durante a caracterização dos resíduos, várias situações de
risco
foram
observadas,
pois
algumas
vezes
foram
encontrados
materiais
perfurocortante
armazenados
nos
coletores
de
resíduos
comuns (foram encontradas giletes, instrumentais, placentas nos sacos
coletores da Lavanderia).
Observou-se que não existe um fluxograma destinado ao
percurso correto do transporte interno dos resíduos. Os carrinhos de
coleta contêm identificação de lixo hospitalar, sendo transportados os
resíduos comuns juntamente com os resíduos contaminados.
No
Setor
de
Nutrição
e
Dietética
(SND)
os
resíduos
alimentares de pacientes e funcionários têm o mesmo destino final. Os
resíduos alimentares e embalagens plásticas, restos de verdura do pré
- preparo, carnes e ossos estão todos misturados.
Constatou-se
que
os
setores
possuem
os
coletores
perfurocortante de acordo com a NBR 13853 (coletores para Resíduos
de Serviços de Saúde. Perfurantes e Cortantes). Porém, em alguns
dias foram observados que estavam sendo improvisados caixas de
papelão para este fim.
O abrigo externo e local de disposição final, não está dentro
das especificações técnicas e legais. Há uma construção de madeira
antiga envolvida por telas para deposição dos resíduos comuns. O
destino final é dado pelos funcionários da coleta pública do município
de Araranguá, cerca de três vezes por semana.
Os resíduos considerados infectantes ou contaminados são
armazenados em um local próprio com piso cimentado e telas ao redor,
sendo que não obedecem aos requisitos sanitários previstos nas
normas, portarias e resoluções específicas. Esses resíduos serão
queimados em fornalha própria em horários pré-estabelecidos pelo
setor responsável. Observou-se que os funcionários da limpeza e
higienização fazem uso de EPI’s (vestimenta, luvas).
Através de informações prestadas pela CCIH (Comissão de
Controle
de
Infecção
Hospitalar),
do
HRA,
constatou-se
que
os
procedimentos relacionados ao manejo dos RSSS seguem o que é
preconizado pela Resolução CONAMA nº 5/93.
Observou-se que a falta de fiscalização nos âmbitos federal,
estadual, municipal faz com que o hospital não estabeleça nenhum
programa ou plano de ação referente à destinação final de resíduos,
desrespeitando lei federal nº 6938 agosto de 1981, lei estadual nº 5793
e decreto nº 14250 de 05/06/81 e resolução CONAMA nº 5/93,
resultando
em
problemas
de
saúde
pública
e
acentuando
as
degradações ambientais, fazendo com que surjam questões negativas
em relação a esta conduta e criticas perante a sociedade.
Não se constatou a documentação referente ao licenciamento
ambiental de acordo com a resolução CONAMA nº 237 de dezembro de
1997- A resolução CONAMA nº 237/97 revoga os artigos 3º e 7º da
resolução CONAMA nº 001/86, trazendo definições sobre licenciamento
ambiental, estudos ambientais e impacto regional.
O HRA não possui métodos de tratamento de resíduos.
O
esperados
treinamento
processos.
estudo
pela
de
equipe,
especifico
caracterização
pois
para
se
os
sabe
apresentou
que
funcionários
não
resultados
existe
envolvidos
já
nenhum
nesses
6.2 Taxa de geração de RSSS do Hospital Regional de Araranguá
A contaminação total da massa dos resíduos gerados é devida
à falta de um PGRSSS. Esse volume elevado de material contaminado
se torna um problema de saúde publica, pois expõe os trabalhadores a
possíveis contaminações, elevando o número de acidentes pessoais e a
disseminação de doenças, além da poluição do meio ambiente.
A taxa de resíduos hospitalares geralmente é dada pelo
número de leitos, sendo que se deve observar a complexidade dos
serviços oferecidos, tamanho do hospital e as especialidades médicas.
No caso do H.R.A. o estudo desenvolvido foi a caracterização
dos resíduos em cada fonte geradora, tendo como base a classificação
do CONAMA nº 5, a NBR 12808 de 1993 e a resolução nº 33 de 25 de
fevereiro de 2003 (Anvisa).
Especialmente
para
o
H.R.A.
pretende-se
quantificar
e
qualificar os resíduos setor a setor, verificando a produção geral dos
mesmos.
A análise de 33 setores do referido hospital mostrou uma
geração de 289282 g/dia o que significa uma média de 2024970 g/mês
de resíduos, sendo que segundo a resolução CONAMA nº 5/93, obtevese uma média de 60,27% de resíduos considerados potencialmente
infectantes. O SND foi relevante para este resultado, pois colaborou
com 34,69% deste total. Para a RDC nº 33/2003 os valores encontrados
para a categoria de resíduos potencialmente infectantes foi 6,07%,
sendo que este valor é representado pelos materiais perfurocortantes
(3,87%), e outros materiais contaminados como peças anatômicas,
placentas, líquidos ou fluidos orgânicos (1,91%).
A quantidade em média de resíduos de serviços de saúde
gerados em um estabelecimento de assistência médica é motivo de
discordância. A divisão da Organização Hospitalar do Ministério da
Saúde citado por Luz diz que a taxa média é de 1300g leito/dia, sendo
680g de resíduos sépticos e 620g de não sépticos. No caso do H.R.A. a
análise referente à caracterização dos RSSS foi 1850g leito/dia, uma
vez que 1110g leito/dia, são de resíduos contaminados e 740g leito/dia
de resíduos não contaminados.
Da maneira como os resíduos estão sendo gerados, sem
nenhum sistema de tratamento e plano de gerenciamento essa massa
de resíduos produzidos diariamente é 100% contaminada
Quadro 02- Considerações do atual gerenciamento dos Resíduos de
Serviços de Saúde encontrados no Hospital Regional de Araranguá em
relação ao que estabelece a RDC nº 33 25/02/2003.
Tipo de Resíduo
1-Perfurocortante
(agulhas,
ampolas,
aparelhos de gilete,
lâmina
de
bisturi,
escalpes,
abocath,
etc.).
Atual Gerenciamento
Considerados de risco
potencial a saúde e
ao meio ambiente por
ter
presença
de
agentes patológicos.
São
acondicionados
em recipiente rígido
resistente à punctura,
ruptura e vazamentos,
com
tampa
devidamente
identificados
baseados na norma
RDC nº 33 25/02/2003
Pertence a um grupo
específico Grupo E.
Quando enquadrados
na classificação A e B
devem
ser
descartados
em
recipiente
único,
quando contaminados
por
resíduos
radioativos
deverão
ser
acondicionados
separadamente.O
acondicionamento
2Assistência
ao
Paciente
(algodão,
esparadrapo,
luvas,
gazes,
equipos,
compressas, ataduras,
gesso,
secreções,
excreções, e resíduos
sanitários)
3Hemoderivados
(bolsas transfundidas,
soro, plasma, etc).
Serviço
deve
ser
em
recipiente
com
paredes
rígidas
e
tampa.
São
considerados
resíduos
comuns
mesmo em contato
com
sangue
ou
secreções salvo os
pertencentes à classe
de risco A5 (apêndice
I da portaria) e A7
(contaminados
por
proteína priônica). O
acondicionamento
deve ser feito em saco
branco leitoso e com
identificação.
As bolsas de sangue
ou hemocomponentes
com volume residual
superior a 50ml são
consideradas
contaminadas.
O
acondicionamento
deve ser feito em saco
branco leitoso com
identificação.
Pertencem ao grupo
de
risco
A
potencialmente
infectante.
O
acondicionamento
deve ser feito em saco
branco leitoso e com
identificação.
Considerado
como
resíduo
de
risco
potencial a saúde e
ao meio ambiente, por
ter
presença
de
agentes
biológicos
Grupo A. quando não
houver requisição do
paciente ou familiar,
os
produtos
de
fecundação,
sem
sinais
vitais,
com
peso menor que 500 g
ou estatura menor que
25
cm
ou
idade
gestacional menor que
25
semanas
são
descartados
como
contaminados.
de Considerado resíduo São
4- Peças Anatômicas
(tecidos, órgãos, fetos
resíduos de gorduras
e
outros
líquidos
provenientes de atos
cirúrgicos).
5-
da
ABNT
NBR
13853/97
coletores
para resíduos para
RSS
perfurantes
e
cortantes
e
NBR
9259/97.
Considerados de risco
potencial a saúde e
ao meio ambiente por
ter
presença
de
microorganismos
e
pela capacidade de
disseminação
de
doenças.
São
considerados
todos
contaminados, sendo
acondicionados
em
saco branco leitoso,
incluindo os resíduos
sanitários.
Resíduos
com
a
possível presença de
agentes
biológicos
que
por
suas
características
de
maior virulência ou
concentração, podem
apresentar risco de
infecção.
contaminados
sendo
seu
Nutrição e dietética comum,
(restos de refeições destino final a coleta
de pacientes internos publica.
e refeitório).
somente
os
enquadrados
nas
classes A5 e A7. O
acondicionamento
deve ser feito em saco
branco leitoso e com
identificação quando
contaminados e os
demais em sacos de
cor preta.
7 SUGESTÕES
O H.R.A. deve ser um multiplicador de conhecimentos, para
tanto deverá estruturar-se. Isto só é possível através do conhecimento
de sua gestão. Sabemos que existem muitos problemas como a falta de
recursos financeiros, difícil acesso a informações e ausência de
qualificação profissional, porém a união dos esforços administrativos e
setores externos poderão facilitar o processo de mudanças.
O H.R.A. tem urgência de formação de pessoal técnico com
condições e capacidades para elaboração de planejamento estratégico.
Existe urgência de treinamento e capacitação através de cursos para
formação específica em RSSS.
Elaboração de um programa de treinamento de profissionais
envolvidos
no
manuseio
dos
resíduos
gerados
enfatizando
a
segregação, transporte, coleta, armazenamento, cuidados pessoais,
higiene, ética, uso de EPI’s e os perigos ligados à manipulação de
resíduos perigosos.
Elaborar um Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
de Serviços de Saúde (PGRSSS) com fundamentações na legislação e
realidade local.
O plano de gerenciamento deve ser formulado de acordo com
as características particulares dos serviços prestados, observando-se a
regulamentação das normas vigentes, qualificação dos profissionais
técnicos, dos supervisores de todos os setores e principalmente dos
trabalhadores que lidam diretamente com o manejo dos RSSS. Deve
estipular atividades que visem à minimização dos RSSS do H.R.A.
As mudanças relacionadas ao manuseio dos RSSS do H.R.A.
contribuirão para um melhor manuseio destes, favorecendo a proteção
do pessoal encarregado pelo serviço de limpeza e higiene hospitalar.
Os responsáveis pelo gerenciamento dos resíduos deverão ser
capazes de elaborar treinamentos, divulgar informações e buscar
recursos financeiros para sustentar a proposta de gerenciamento.
Criar a CIPA (Comissão Interna de Prevenção a Acidentes)
que terá como objetivo principal estipular programas de treinamento
para prevenção de acidentes.
Em relação aos sacos coletores de resíduos recomenda-se à
utilização de uma ou mais cores para identificação das categorias de
resíduos. O código de cores sempre que possível é funcional.
Implantar Programa de Coleta
Seletiva gerando recursos
financeiros para sustentação dos programas.
Promover cursos na área de RSSS com apoio dos acadêmicos
da UNESC dos cursos de Engenharia Ambiental, Engenharia de
Materiais, Ciências Biológicas, Geografia e outros.
No SND elaborar programas educativos para os seus usuários como:
prêmio de um almoço para o funcionário que não deixar restos de
alimentos na bandeja, cujo incentivo terá como objetivo reduzir as
sobras e as despesas. Implantação de compostagem com as sobras
orgânicas dos alimentos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em 1934, escrevia Humberto de Campos nos cães da meia
noite: “A lata de lixo é na verdade, o resumo da vida diurna de cada
família. É ela quem diz nas espinhas de peixe e nas caixas de ovos os
pratos que houve a mesa. É ela quem informa se, lá dentro na sala de
jantar se toma vinho ou cerveja, água mineral ou água de torneira. É
ela quem denuncia com os pedaços de jornal as tendências políticas ou
sociais do dono da casa, e com as caixas vazias de remédios que
tomam e conseqüentemente, a saúde dos moradores do prédio. Cada
lata de lixo é em suma, a crônica domestica de uma família, deixada a
noite à porta da rua”.
Indiscutivelmente o lixo é o retrato fiel de uma sociedade que
quanto mais rica, mais consumista e geradora de resíduos ela será.
Realmente as latas de lixo são o resumo da vida das sociedades que
sabem produzir dejetos, porém não querem ter as responsabilidades de
dar o destino final adequado dos produtos advindos da sua história
diária,
tornando
o
meio
ambiente
um
depósito
de
inúmeros
componentes poluidores.
A maioria dos resíduos gerados diariamente não tem destino
final correto e são depositados em locais impróprios tornando-se fontes
de
disseminação
de
microorganismos
que
de
acordo
com
suas
características biológicas apresentam em sua composição agentes
infectantes ou toxinas que podem afetar a saúde humana.
A falta de uma legislação ou normatização especifica, capaz
de estabelecer as diretrizes básicas e uniformizar os objetivos de um
programa relacionado com a problemática dos Resíduos de Serviço de
Saúde faz com que as mudanças sejam demoradas e nem sempre bem
vindas e aceitas pelos diversos seguimentos sociais.
No caso dos hospitais que são por excelência locais de
assistência a saúde e que se prestam a cura de doenças observa-se
que há uma urgência em dar respostas aos problemas organizacionais
e
operacionais
quanto
ao
correto
gerenciamento
dos
RSSS.
E
necessário criar uma melhor performance organizacional e assim iniciar
uma reflexão sobre sua estrutura administrativa e gerencial para
otimizar as ações e que os resultados destas, sejam capazes de
realizar mudanças comportamentais positivas.
No momento em que as estratégias de mudanças forem
estabelecidas é necessário dialogo entre os órgãos públicos e com os
diversos seguimentos da sociedade, é preciso que todos possuam o
mesmo diálogo, e juntos sejam capazes de tomar decisões aplicáveis à
política de saúde e também em relação às questões ambientais.
São muitas as dificuldades e obstáculos a serem vencidos
para que ocorram políticas alternativas que se preocupem com os
danos provocados ao meio ambiente pela disposição de resíduos
oriundos de diversos setores, porém os hospitais através de uma
administração competente, consciente e aberta a discussão, devem
avaliar os serviços de saúde não somente quantitativamente, mas
também qualitativamente, sendo para que esta avaliação aconteça, é
preciso
planejamento.
Mezomo
(2001,
p.19),
lembra
que
uma
administração ativa ou planejada “é a que tem compromisso com o
futuro e com a qualidade e não somente com o presente e quantidade.
A administração ativa é a que acredita no trabalho e não apenas na
sorte”.
REFERÊNCIAS
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resistência à queda livre. Rio de Janeiro (RJ), 1993.
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destinação final. Rio de Janeiro: Arquivos Brsileiros de Medicina.
Vol. 65, nº 3, Mai/Jun 1991. p. 223 – 237.
ANEXOS
LEGISLAÇÕES
No que diz respeito aos estabelecimentos prestadores de
assistência a saúde, as leis que tratam dos resíduos gerados por estes
serviços são claras e possuem instrumentos legais que mostram a
preocupação em definir quais são os tipos de resíduos patogênicos, e o
que se fazer com os mesmos.
Há uma consciência dos gestores e órgãos ambientais para
que
todos
os
estabelecimentos
geradores
de
resíduos
tenham
condições pra implementar programas que tenham como objetivos a
operação
dos
resíduos,
facilitação
do
transporte
e
sistemas
de
tratamentos.
Portanto as legislações pertinentes aos serviços de saúde
são:
Resolução CONAMA nº 237 de 19 de dezembro de 1997
A resolução CONAMA 237/97 revoga os artigos 3º e 7º da
resolução CONAMA 001/86, trazendo definições sobre licenciamento
ambiental, licença ambiental, estudos ambientais e impacto ambiental
regional. A licença ambiental somente será fornecida mediante estudo
prévio de impacto ambiental EIA (estudo de impacto ambiental) e do
RIMA
(relatório
de
impacto
ambiental)
destas
atividades.
E
de
competência do estado fornecer licenciamento ambiental a prestadores
de serviço que causem impacto em mais de um município e de
competência municipal o licenciamento de atividades que produzam
impacto ambiental local.
Resolução CONAMA nº 005 de 05 de agosto de 1993
Esta
resolução
define
procedimentos
e
normas
para
se
implantar o gerenciamento de resíduos sólidos oriundos de serviços de
saúde, juntamente com as normas da ABNT (Associação Brasileira de
Normas Técnicas). Esta resolução define que cada estabelecimento
prestador de serviços de saúde e responsável pelo gerenciamento de
resíduos sólidos incluindo-se todas as etapas referentes à geração,
segregação, acondicionamento, coleta,
armazenamento, transporte,
tratamento e disposição final, bem como proteção a saúde publica.
O plano de gerenciamento de resíduos sólidos e documento
integrante do processo de licenciamento ambiental exigido pelo órgão
estadual competente obedecendo ao que esta preconizado pela política
nacional do meio ambiente, tendo como objetivo a minimização de
resíduos sólidos contaminados para proteção a saúde publica e
preservação do meio ambiente.
O plano de gerenciamento deve ter um responsável técnico e
seguir as orientações exigidas pela ABNT quanto ao manuseio coleta e
transporte dos resíduos.
As
NBR
s
(Normas
Brasileiras)
que
descrevem
os
procedimentos são: 12807, 12808, 12809, 12810, 10004, 9190, 9191,
7500, 9195.
Legislação do Estado de Santa Catarina decreto nº 14250 de 05 de
junho de 1981- Regulamenta dispositivos da Lei nº 5.793, de 15 de
outubro de 1980, referente à proteção e a melhoria da qualidade
ambiental
Seção II
Da Proteção do Solo e do Controle dos Resíduos Sólidos
Art. 20- E proibido depositar, dispor, descarregar, enterrar,
infiltrar ou acumular no solo resíduos, em qualquer estado da matéria,
desde que causem degradação da qualidade ambiental, na forma
estabelecida no artigo 3º.
Art. 21- O solo somente poderá ser utilizado para destino final
de resíduos de qualquer natureza, desde que sua disposição seja feita
de forma adequada, estabelecida em projetos específicos, ficando
vedada a simples descarga ou deposito, seja em propriedade publica
ou particular.
Parágrafo 1º- Quando as disposições finais, mencionadas
neste artigo, exigir a execução de aterros sanitários, deverão ser
tomadas medidas adequadas para proteção das águas superficiais e
subterrâneas, obedecendo-se normas a serem expedidas.
Parágrafo 2º- O lixo in natura não pode ser utilizado na
agricultura ou para alimentação de animais.
Art.22- Os resíduos de qualquer natureza portadores de
patogênicos ou de alta toxidade, bem como inflamáveis, explosivos,
radioativos
e
outros
prejudiciais,
deverão
sofrer,
antes
de
sua
disposição final no solo, tratamento e ou acondicionamento adequados
fixados em projetos específicos, que atendam os requisitos de proteção
à saúde publica e ao meio ambiente.
Parágrafo 1º- Os resíduos de hospitais, clinicas medicas,
laboratórios de analise, bem como de órgão de pesquisa e congêneres,
portadores, de patogenicidade, deverão ser incinerados em instalações
que mantenham alta temperatura para evitar mau odor ou perigo de
contaminação.
A
emissão
final
devera
obedecer
aos
padrões
estabelecidos neste regulamento.
Parágrafo 2º- São excluídos da obrigatoriedade de incineração
os resíduos sólidos portadores de agentes patogênicos e submetidos a
processos de esterilização por radiações ionizantes, e instalações
licenciadas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear.
Parágrafo 3º- Os resíduos provenientes do tratamento de
enfermidades
tenham
sido
infectocontagiosas,
usados
para
bem
como
experiência,
animais
deverão
mortos
ser
que
coletados
separadamente dos demais resíduos e incinerados imediatamente, ou
acondicionados
em
recipientes
adequados,
ate
sua
posterior
incineração.
Parágrafo
farmacêuticos
e
4º-
Os
reativos
resíduos
de
biológicos,
produtos
bem
como
químicos
em
ou
material
incombustível (vidro e metal) quando não puderem ser incinerados por
serem explosivos ou emitirem gases venenosos, ou por qualquer outro
motivo, deverão ser neutralizados e ou esterilizados, antes de lhe ser
dada à destinação final.
Art. 23- Somente será tolerada a acumulação temporária de
resíduos de qualquer natureza, desde que não ofereça risco a saúde
publica e ao meio ambiente.
Art. 24- O tratamento, quando for o caso, transporte e a
disposição de resíduos de qualquer natureza de estabelecimentos
industriais, comerciais e de prestação de serviços quando não forem de
responsabilidade do Município, deverão ser feitos pela própria empresa
e suas custas.
Parágrafo
1º-
A
execução,
pelo
município,
dos
serviços
mencionados neste artigo, não exime a responsabilidade da empresa,
quanto a eventual transgressão de dispositivos deste regulamento.
Parágrafo 2º- O dispositivo neste artigo aplica-se, também,
aos lodos digeridos ou não de sistemas de tratamento de resíduos e de
outros materiais.
Normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas –
ABNT
NBR 10004- Classificação de resíduos sólidos, de acordo com
os riscos e potencialidades apresentadas ao meio ambiente e saúde
pública. Segundo esta norma os resíduos sólidos são todos aqueles
oriundos das atividades de uma população considerados perigosos e
que
de
acordo
com
as
características
físico
-químicas
ou
infectocontagiosas capazes de provocarem danos a saúde publica
causando aumento da mortalidade e a incidência de doenças.
Os resíduos hospitalares de acordo com essa norma, são
considerados perigosos, pois apresentam um grau de patogenicidade
apresentando microorganismos (bactérias e vírus) que podem causar
doenças senão manuseados e descartados corretamente.
NBR 12807- esta norma tem como objetivo definir termos
empregados em relação aos resíduos de serviço de saúde, dando
suporte às demais, pois proporciona um melhor entendimento das
posteriores,
sendo
que
facilita
a
aplicação
dos
procedimentos
definidos. E dado importância aos termos usados referentes a tipo de
resíduos, armazenamento, coleta, transporte e o que e uma unidade
geradora.
NBR 12808- Traz a classificação dos resíduos sólidos de
serviço de saúde quanto aos riscos potenciais ao meio ambiente e a
saúde pública, tendo como objetivo principal o seu gerenciamento
correto. Os resíduos são classificados da seguinte forma:
Classe A: Resíduos Infectantes
Tipo A1: Material Biológico
Culturas, inóculos, mistura de microorganismos e meios de
cultura
inoculada
provenientes
de
laboratórios
clínicos
ou
de
pesquisas, vacinas vencidas ou inutilizadas, filtro de gases aspirados
de áreas contaminadas por agentes infectantes e qualquer resíduo
contaminado por estes materiais.
Tipo A2: Sangue e Hemoderivados
Bolsa de sangue após transfusão com prazo de validade
vencido ou sorologia positiva amostra de sangue para analise, soro,
plasma e outros subprodutos.
Tipo A3: Cirúrgico, Anatomopatológico e Exsudato.
Tecido, órgão, feto, peça anatômica, sangue e outros líquidos
orgânicos resultantes de cirurgias, necropsia e resíduos contaminados
por estes materiais.
Tipo A4: Perfurante ou Cortante
Laminas
de
barbear,
bisturi,
agulhas,
escalpes,
vidros
quebrados, ampolas, pipetas, etc..
Tipo A5: Animal Contaminado
Carcaça
ou
microorganismos
parte
de
animal
patogênicos
ou
inoculado
portador
exposto
de
a
doenças
infectocontagiosas, bem como resíduos que tenham estado em contato
com este.
Tipo A6: Assistência ao Paciente
Secreções,
excreções
e
demais
líquidos
orgânicos
precedentes de pacientes, bem como os resíduos contaminados por
estes materiais, inclusive restos de refeições.
Classe B: Resíduos Especiais
Tipo B1: Rejeito Radioativo
Material
radioativo
ou
contaminado,
com
radionuclídeos
proveniente de laboratórios de analises clinicas, serviços de medicina
nuclear e radioterapia.
Tipo B2: Resíduo Farmacêutico
Medicamentos vencidos, contaminados, interditado ou não
utilizado.
Tipo B3: Resíduo Químico Perigoso
Resíduos
tóxicos,
corrosivos,
inflamáveis,
explosivos,
reativos, genotóxico ou mutagênico conforme NBR 10004.
Classe C: Resíduos Comuns
Todos os que não se enquadram nos tipos anteriormente
citados, e possuem semelhança aos resíduos domésticos.
NBR 12809- Fixa os procedimentos exigíveis para garantir
condições de higiene e segurança no manuseio dos resíduos sólidos de
serviços
de
disposição
saúde
final.
englobando
Dispõe
a
sobre
geração,
o
segregação,
manuseio,
coleta
e
acondicionamento,
armazenamento (interno, externo), bem como os equipamentos e
instalações adequadas a serem utilizadas.
Geração e Segregação
Todos os funcionários envolvidos nos procedimentos deverão
ser capacitados e capazes de fazer a segregação adequadamente dos
resíduos e reconhecer o sistema de identificação utilizado. Todo
resíduo no momento de sua geração devera ser acondicionado próximo
ao
local
de
geração,
corretamente.Aqueles
em
saco
considerados
plástico
infectantes
identificado
devem
ser
acondicionados em saco plástico branco leitoso, com exceção dos
perfuro-cortantes que devem ser descartados em recipiente rígido. Os
tipos
A1
e
A2
hemoterapia,
processos
e
de
advindos
pesquisa
de
procedimentos
microbiológica
esterilização
de
devem
(autoclavagem)
na
analises
ser
clinicas,
submetidos
unidade
a
geradora.
Resíduos especiais como os radioativos devem ser dispostos em
recipientes compatíveis com suas características físico-químicas e
serem acondicionados em local apropriado na unidade geradora ou em
local
exclusivo
para
este
fim,
junto
ao
abrigo
de
resíduos.
Os
infectantes pertencentes ao tipo A3 compostos por membros, fetos,
órgãos e tecidos humanos devem ser acondicionados separadamente
em sacos plásticos conforme NBR 9190. Os classificados como comuns
devem ser depositados em sacos plásticos conforme a NBR 9190.
Para o manuseio dos resíduos e necessário que todos os
funcionários
envolvidos
nos
procedimentos
façam
uso
dos
equipamentos de proteção individuais descritos nesta norma (gorro,
óculos, mascara, uniforme, luvas e botas).
NBR 12810- Descreve os procedimentos a serem seguidos
para coleta interna e externa dos resíduos sólidos de serviço de saúde
sob condições de higiene e segurança.
A coleta deve ser exclusiva e há intervalos não superiores a
24 horas. Poderá ser realizada em dias alternados desde que os
recipientes contendo resíduos do tipo A e restos de preparação de
alimentos sejam armazenados a temperatura máxima de 4º C. Todos os
funcionários envolvidos deverão receber treinamento adequado e serem
submetidos a exames médicos periódicos de acordo com o estabelecido
na portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho. Os equipamentos de
proteção individual devem ser adequados para o uso no trabalho e
manuseio dos resíduos sólidos de serviços de saúde e também serem
lavados e desinfetados diariamente. As características recomendadas
para os EPI s atende as normas do ministério do trabalho.
Quanto aos carros de coleta interna deverão atender ao
seguinte:
Ser estanque (sem abertura ou fenda por entre ou saia algum
tipo de liquido), constituídos de material rígido, lavável e impermeável,
com
cantos
arredondados
e
dotados
de
tampas.
Possuírem
identificação pelo símbolo de substancia infectante e serem de uso
exclusivo para coleta e atenderem a um volume máximo de transporte
(100 litros).
NBR
9190-
acondicionamento
de
Classifica
resíduos
os
quanto
sacos
a
sua
plásticos
finalidade,
para
espécie,
capacidade, e tonalidade. Para efeito dessa norma são adotadas as
seguintes definições:
Saco plástico para acondicionamento de resíduos: aquele
fabricado
ou
comercializado
com
a
finalidade
especifica
de
acondicionar os resíduos sólidos resultantes da atividade humana.
Coleta Especial de Resíduos (lixo)
Aquele a coleta de resíduo especial.
Coleta Ordinária de Resíduo
Destinado a coleta de resíduo domiciliar.
Resíduo Especial (lixo)
Resíduo sólido produzido por hospitais, portos, aeroportos e
nos
locais
onde
houver
possibilidade
da
existência
de
resíduo
contaminado patologicamente.
Resíduo Domiciliar
Resíduos sólidos produzidos nas unidades residenciais e
comerciais podendo ser solto ou compactado. Nesta norma também são
definidos os sacos plásticos como classe I, para acondicionamento de
resíduos domiciliares e classe II para acondicionamento de resíduos
infectantes.
NBR
9191-
Complementa
a
NBR
9190,
mostrando
especificações dos sacos coletores quanto à matéria prima usada, as
dimensões, medidas de altura e largura, mecanismos de fechamento
(solda), pois a vedação deve ser feita de maneira que não seja
permitida a perda de conteúdo durante o manuseio. Os sacos plásticos
para coleta de resíduos devem possuir identificações e advertências
como: manter fora do alcance de crianças e uso exclusivo pra resíduos.
Entretanto,
para
aplicação
desta
norma
são
necessárias
consultas complementares:
NBR 7500- Símbolos de risco e manuseio para transporte e
armazenamento do material – simbologia.
NBR 9195- Sacos plásticos para acondicionamento de lixo determinação da resistência à queda livre -método de ensaio.
NBR 13055- Sacos plásticos para acondicionamento de lixo determinação da capacidade volumétrica -método de ensaio.
NBR 13056- Filmes plásticos para sacos de acondicionamento
de lixo -verificação da transparência – método de ensaio.
NBR 13853- Coletores para resíduos de serviço de saúde,
perfurantes e cortantes - requisitos e métodos de ensaio.
NBR 7503- Ficha de emergência para transporte de produtos
perigosos -características e dimensões.
NBR 7504- Envelope para transporte de produtos perigosos características e dimensões.
NBR 7501- Transporte de produtos perigosos -terminologia.
NBR 8285- Preenchimento da ficha de emergência para o
transporte de produtos perigosos.
NBR
8286-
Emprego
de
sinalização
nas
unidades
de
transporte e de rótulos nas embalagens de produtos perigosos.
NBR 9734- Conjunto de equipamentos de proteção individual
para avaliação de emergência e fuga no transporte rodoviário de
produtos perigosos.
NBR 9735- Conjunto de equipamentos para emergência no
transporte rodoviário de produtos perigosos.
NBR
12710-
Proteção
contra
incêndio
por
extintores
no
transporte rodoviário de produtos perigosos.
NBR 13095- Instalações e fixações de extintores de incêndio
para carga no transporte rodoviário de produtos perigosos.
Quadro 03: Classificação dos Resíduos de Saúde conforme a
Portaria 1154/97 do SES – Secretaria de Estado da Saúde de Santa
Catarina.
Tipo de Resíduo
1. Perfurocortantes
(agulhas, ampolas),
aparelhos de gilete,
laminas de bisturi,
escalpes,etc).
Portaria 1154/97
Considera como resíduos do
grupo A (A4) infectante
o descarte deve ser dentro dos
padrões estabelecidos
Pela ABNT.
2. Assistência ao paciente
(algodão, esparadrapo),
luvas, gazes, compressas,
fraldas, papeis de uso
sanitário), secreções e
excreções.
Pertencem ao grupo de risco A
(infectante).
Manejo dentro das normas da
ABNT.
3. Hemoderivados (bolsas
transfundidas, soro),
plasma, etc.)
Pertencem ao grupo de risco A
(A2) resíduo infectante.
Manejo dentro da ABNT.
4. Tecidos, órgãos, fetos e
pecas anatômicas
e outros líquidos
provenientes de atos cirúrgicos.
Pertencem ao grupo de risco A
(A2) resíduo infectante.
5. Serviço de Nutrição e
Dietética (restos de refeições que
tiveram contato com o paciente).
Fonte: SES/ Santa Catarina
Manejo dentro da ABNT.
Pertencem ao grupo de risco A
(resíduo infectante)
mais precisamente ao grupo A6
( assistência ao paciente).
Manejo dentro da ABNT.
Portanto as legislações pertinentes aos serviços de saúde
são:
Resolução CONAMA nº 237 de 19 de dezembro de 1997
A resolução CONAMA 237/97 revoga os artigos 3º e 7º da
resolução CONAMA 001/86, trazendo definições sobre licenciamento
ambiental, licença ambiental, estudos ambientais e impacto ambiental
regional. A licença ambiental somente será fornecida mediante estudo
prévio de impacto ambiental EIA (estudo de impacto ambiental) e do
RIMA
(relatório
de
impacto
ambiental)
destas
atividades.
E
de
competência do estado fornecer licenciamento ambiental a prestadores
de serviço que causem impacto em mais de um município e de
competência municipal o licenciamento de atividades que produzam
impacto ambiental local.
Resolução CONAMA nº 005 de 05 de agosto de 1993
Esta
resolução
define
procedimentos
e
normas
para
se
implantar o gerenciamento de resíduos sólidos oriundos de serviços de
saúde, juntamente com as normas da ABNT (Associação Brasileira de
Normas Técnicas). Esta resolução define que cada estabelecimento
prestador de serviços de saúde e responsável pelo gerenciamento de
resíduos sólidos incluindo-se todas as etapas referentes à geração,
segregação, acondicionamento, coleta,
armazenamento, transporte,
tratamento e disposição final, bem como proteção a saúde publica.
O plano de gerenciamento de resíduos sólidos e documento
integrante do processo de licenciamento ambiental exigido pelo órgão
estadual competente obedecendo ao que esta preconizado pela política
nacional do meio ambiente, tendo como objetivo a minimização de
resíduos sólidos contaminados para proteção a saúde publica e
preservação do meio ambiente.
O plano de gerenciamento deve ter um responsável técnico e
seguir as orientações exigidas pela ABNT quanto ao manuseio coleta e
transporte dos resíduos.
As
NBR’s
(Normas
Brasileiras)
que
descrevem
os
procedimentos são: 12807, 12808, 12809, 12810, 10004, 9190, 9191,
7500, 9195.
Legislação do Estado de Santa Catarina decreto nº 14250 de 05 de
junho de 1981- Regulamenta dispositivos da Lei nº 5.793, de 15 de
outubro de 1980, referente à proteção e a melhoria da qualidade
ambiental.
Seção II
Da Proteção do Solo e do Controle dos Resíduos Sólidos
Art. 20- E proibido depositar, dispor, descarregar, enterrar,
infiltrar ou acumular no solo resíduos, em qualquer estado da matéria,
desde que causem degradação da qualidade ambiental, na forma
estabelecida no artigo 3º.
Art. 21- O solo somente poderá ser utilizado para destino final
de resíduos de qualquer natureza, desde que sua disposição seja feita
de forma adequada, estabelecida em projetos específicos, ficando
vedada a simples descarga ou deposito, seja em propriedade publica
ou particular.
Parágrafo 1º- Quando as disposições finais, mencionadas
neste artigo, exigir a execução de aterros sanitários, deverão ser
tomadas medidas adequadas para proteção das águas superficiais e
subterrâneas, obedecendo-se normas a serem expedidas.
Parágrafo 2º- O lixo in natura não pode ser utilizado na
agricultura ou para alimentação de animais.
Art.22- Os resíduos de qualquer natureza portadores de
patogênicos ou de alta toxidade, bem como inflamáveis, explosivos,
radioativos
e
outros
prejudiciais,
deverão
sofrer,
antes
de
sua
disposição final no solo, tratamento e ou acondicionamento adequados
fixados em projetos específicos, que atendam os requisitos de proteção
à saúde publica e ao meio ambiente.
Parágrafo 1º- Os resíduos de hospitais, clinicas medicas,
laboratórios de analise, bem como de órgão de pesquisa e congêneres,
portadores, de patogenicidade, deverão ser incinerados em instalações
que mantenham alta temperatura para evitar mau odor ou perigo de
contaminação.
A
emissão
final
devera
obedecer
aos
padrões
estabelecidos neste regulamento.
Parágrafo 2º- São excluídos da obrigatoriedade de incineração
os resíduos sólidos portadores de agentes patogênicos e submetidos a
processos de esterilização por radiações ionizantes, e instalações
licenciadas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear.
Parágrafo 3º- Os resíduos provenientes do tratamento de
enfermidades
tenham
sido
infectocontagiosas,
usados
para
bem
como
experiência,
animais
deverão
mortos
ser
que
coletados
separadamente dos demais resíduos e incinerados imediatamente, ou
acondicionados
em
recipientes
adequados,
ate
sua
posterior
incineração.
Parágrafo
farmacêuticos
e
4º-
Os
reativos
resíduos
biológicos,
de
produtos
bem
como
químicos
em
ou
material
incombustível (vidro e metal) quando não puderem ser incinerados por
serem explosivos ou emitirem gases venenosos, ou por qualquer outro
motivo, deverão ser neutralizados e ou esterilizados, antes de lhe ser
dada à destinação final.
Art. 23- Somente será tolerada a acumulação temporária de
resíduos de qualquer natureza, desde que não ofereça risco a saúde
publica e ao meio ambiente.
Art. 24- O tratamento, quando for o caso, transporte e a
disposição de resíduos de qualquer natureza de estabelecimentos
industriais, comerciais e de prestação de serviços quando não forem de
responsabilidade do Município, deverão ser feitos pela própria empresa
e suas custas.
Parágrafo
1º-
A
execução,
pelo
município,
dos
serviços
mencionados neste artigo, não exime a responsabilidade da empresa,
quanto a eventual transgressão de dispositivos deste regulamento.
Parágrafo 2º- O dispositivo neste artigo aplica-se, também,
aos lodos digeridos ou não de sistemas de tratamento de resíduos e de
outros materiais.
Quadro 01: Classificação dos Resíduos de Saúde conforme a
Portaria 1154/97 do SES – Secretaria de Estado da Saúde de Santa
Catarina.
T i po de R es í du o
1.
Perfur ocor tan tes
a mp ol as ) ,
a par elhos d e g i lete ,
b is tu r i ,
esc alpes ,etc) .
P o rta r ia 11 54 /9 7
(a gu lh as , Co nsider a co mo res ídu os d o gr up o A ( A4)
i n fec tan te
la minas de o desc ar te d e ve s er d en tr o dos pa drões
es tabe lec id os
Pe la ABNT.
2 . Assis tênc ia a o pac ie n te (a lg odã o, P er t ence m
ao
gru po
de
r is c o
es par adra po ),
( in f ec tan t e) .
lu vas , gazes , c omp ressas , fr aldas ,
p ape is d e us o
M an ej o den tr o d as nor mas d a ABN T .
sa nitár io) , sec reçõ es e e xcreç ões .
3.
He mo der ivad os
t r a ns fu nd idas , s or o) ,
p las ma , e tc .)
A
( bo lsas Per tence m a o grupo de
r esídu o i n fec tan te .
M an ej o den tr o d a A BN T .
risco
A
( A2)
4 . Tec idos , ór gã os, fe tos e p ecas Per tence m a o grupo de
r esídu o i n fec tan te .
a na tô m icas
e ou tr os l íq ui dos p r ove ni en tes d e a tos
c ir úr gic os .
M an ej o den tr o d a A BN T .
risco
A
( A2)
5 . Se r viç o d e N u tr içã o e D ie t é tica
(r es tos de re feiç ões q ue tiver am Per tence m ao g rup o de r isco A (res íduo
i n fec tan te )
c o n ta to c om o pac i ente) .
ma is
prec isa men te
ao
g rup o
A6
(
ass is tê nc i a a o pac ie n te ) .
M an ej o den tr o d a A BN T .
Fonte: SES/ Santa Catarina
Normas Técnicas da FATMA
Normas Técnicas – NT-01/99
Sistema de Incineração de Resíduos de Serviços de Saúde –
Procedimentos para Licenciamento Ambiental
1. OBJETIVO
Esta norma fixa as condições para licenciamento ambiental
instalações que incinerem resíduos infectantes provenientes
serviços de saúde.
de
de
2. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
2.1 Normas Técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas
- ABNT
NBR 7.500
Símbolo de Risco e Manuseio
Armazenamento de Material
Simbologia.
para
Transporte
e
NBR 10.004
Resíduos Sólidos - Classificação
NBR 10.005
Lixiviação de Resíduos - Procedimentos
NBR 10.006
Solubilização de Resíduos - Procedimento
NBR 10.007
Amostragem de Resíduos - Procedimento
NBR 10.664
Águas – Determinação de Resíduos (sólidos) – Método
Gravimétrico
Planejamento de Amostragem em Dutos e Chaminés de
Fontes Estacionárias Procedimento
NBR 10.700
NBR 10.701
Determinação de Pontos de Amostragem em Dutos e
Chaminés de Fontes
Estacionárias - Procedimento
NBR 10.702
Efluentes gasosos em Dutos e Chaminés de Fontes
Estacionárias -
Determinação da Massa Molecular
NBR 11.174
NBR 11.175
NBR 11.966
Armazenamento de Resíduos Classe II – não inertes e
III – inertes.
Incineração de Resíduos Perigosos – Padrão de
Desempenho
Efluentes Gasosos em Dutos e Chaminés de Fontes
Estacionárias - Determinação
da Velocidade e Vazão - Método de Ensaio
NBR 11.967
Efluentes Gasosos em Dutos e Chaminés de Fontes
Estacionárias Determinação
de Unidade - Método de Ensaio
NBR 12.019
Efluentes Gasosos em Dutos e Chaminés de Fontes
Estacionárias
Método de Ensaio Determinação de Material Particulado
– Método de Ensaio.
Efluentes Gasosos em Dutos e Chaminés de Fontes
Estacionárias – Calibração
dos Equipamentos Utilizados em Amostragem-Método
de Ensaio
Efluentes Gasosos em Dutos e Chaminés de Fontes
Estacionárias - Determinação de Dióxido de Enxofre,
Trioxido de Enxofre e Névoas de Ácido Sulfúrico Método de Ensaio Efluentes Gasosos em Dutos e Chaminés de Fontes
Estacionárias - Determinação de
Dióxido de Enxofre - Métodos de Ensaio
Armazenamento de Resíduos Perigosos - Procedimento
Resíduos de Serviços de Saúde - Terminologia
Resíduos de Serviços de Saúde - Classificação
Manuseio de Resíduos de Saúde - Procedimento
NBR 12.020
NBR 12.021
NBR 12.022
NBR
NBR
NBR
NBR
12.235
12.807
12.808
12.809
2.2 Método da EPA
Determination of Nitrogen Oxide Emissions from
Stationary Sources
Determination of
Total Flouride Emissions from
Method 13B
Stationary Sources - Specific Ion Electrode
Method
Determination of Polychlorinated Dibenzo-p-Dioxins
Method 23
(PCDD) and Polychlorinated
Dibenzofurans (PCDF) from Stationary Sources
Method 0050 Isokinetic HCl/Cl 2 Emission Sampling Train
Method 101- A Determination of Particulate and Gaseous Mercury
Emissions from Sewage Sludge
A
Incinerators
Multi Metals Methodology for the Determination of Metals Emission in
Exhaust Gases from Hazardous
Waste Incineration and Similar Combustion Processes
Method 7
2.3 Legislações
Lei Federal nº 6.938 de 31/08/81 - Política Nacional de Meio Ambiente
Decreto Federal nº 99.274 de 06/01/86 - Regulamenta a Lei nº 6..938
Lei Estadual nº 5.793 de 15/10/80 - Proteção e Melhoria da Qualidade
Ambiental (Atualizada em mai/95)
Decreto Estadual nº 14.250 de 05/06/81 - Regulamenta a Lei nº 5.793
2.4 Resolução CONAMA
Resolução 05 de 05/08/93 - Dispõe sobre os procedimentos mínimos
para o gerenciamento e o tratamento de resíduos sólidos oriundos de
serviço da saúde, portos e aeroportos e de terminais ferroviários e
rodoviários, com vistas a preservar a saúde pública e a qualidade do
meio ambiente.
3. DEFINIÇÕES PARA EFEITO DESTA NORMA TÉCNICA
3.1 Resíduos de Serviço de Saúde
Resíduos resultante de qualquer unidade que execute atividades de
natureza médico assistencial às populações, humana ou animal, centro
de
pesquisa,
desenvolvimento
ou
experimentação
na
área
de
farmacologia, bem como os medicamentos vencidos ou deteriorados.
3.2 Resíduos Infectante
Resíduos de serviços de saúde que por suas características de maior
virulência, infectividade e concentração de patogênicos, apresentam
risco potencial adicional a saúde pública.
3.3 Incineração
Processo de oxidação a alta temperatura com transformação de
materiais, redução de volume e destruição de organismos.
3.4 Sistema de Incineração
Conjunto
constituídos
por
um
ou
mais
incineradores,
demais
equipamentos disponíveis e infra-estrutura associada.
3.5 Capacidade do Sistema de Incineração
Somatório das capacidades individuais de todos os incineradores
instalados no mesmo local.
3.6 Plano de Teste de Queima
Descrição detalhada dos procedimentos que devem ser adotados para
a execução do teste de queima.
3.7 Teste de Queima
Queima experimental para verificação dos padrões de desempenho do
incinerador estabelecidos nesta Instrução Normativa.
3.8 Limite de Emissão
Conteúdo máximo, expresso em concentração (massa/volume) e/ou em
taxa de emissão (massa/tempo) de uma substância (gasosa, líquida ou
sólida) nos efluentes de uma fonte de emissão.
3.9 Plano de Emergência
Documentos
que
disponíveis,
para
contem
todos
minimizar
ou
os
procedimentos
restringir
os
e
recursos
efeitos
danosos
decorrentes de acidentes no sistema de incineração.
3.10 Plano de Amostragem
Documento
contendo
o
conjunto
de
informações
referentes
aos
parâmetros que serão analisados, pontos de coleta, de amostra,
freqüência, métodos de amostragem e de análise.
3.11 Monitoramento
É a avaliação contínua e/ou periódica das variáveis operacionais e das
emissões provenientes do sistema de incineração.
4. CONDIÇÕES GERAIS
4.1 Projeto, materiais e operação
O projeto do sistema, os materiais utilizados em sua construção e sua
operação devem ser adequados ao tipo de serviço.
4.2 Equipamentos de incineração
• Deve ter no mínimo 2 (duas) câmaras de combustão e ser projetado
para trabalhar com excesso de ar, de modo a garantir a queima
completa da parte combustível dos resíduos.
• Deve ser provido de monitores contínuos, indicadores e registradores
das condições de operação, conforme Tabela I desta Norma.
• A
alimentação
dos
incineradores
deve
ser
interrompida,
por
mecanismos automáticos de intertrava-mento para os de alimentação
contínua e por suspensão para os de alimentação descontínua, sempre
que ocorrer alguma das seguintes situações:
a)
baixa temperatura
b)
ausência de chama no queimador
c) queda de teor de O 2 na chaminé
d)
e)
mau funcionamento dos monitores de CO, O 2 e temperatura
valores de CO entre 125 e 625 mg/Nm 3 por mais de 10 min.
corridos
f)
valores de CO superiores a 625 mg/Nm 3 , em qualquer instante
g)
inexistência de depressão no incinerador
h)
falta de energia elétrica ou queda brusca de tensão
4.3 Local de estocagem dos resíduos
Área coberta, fechamento lateral, alvenaria com revestimento interno
(piso e parede) com material liso, lavável e impermeável, possuir
símbolo de identificação de substância infectante (NBR - 7.500) e
dimensionado
de
forma
a
comportar
resíduos
em
quantidade
equivalente, no mínimo, ao dobro da capacidade nominal diária do
incinerador.
4.4 Equipamentos de controle da poluição
Deve ser provido de tantos equipamentos de controle quantos forem
necessários para satisfazer aos limites de emissão exigidos na Tabela
II desta Norma.
4.5 Registro de Operação
Os registros diários de acompanhamento da operação do sistema de
incineração devem conter, no mínimo, as seguintes informações:
•
origem e peso dos resíduos recebidos
•
consumo de combustível auxiliar
•
parâmetros operacionais constantes na Tabela I desta Norma
•
quantidade e especificação dos resíduos oriundos do sistema de
incineração.
4.6 Treinamento de pessoal
A capacitação dos operadores do sistema de incineração é fundamental
para possibilitar a correta operação e minimização dos possíveis
efeitos danosos ao meio ambiente.
4.7 Manutenção
Deve ser estabelecido um programa de manutenção periódica para
todos os equipamentos do sistema.
Para casos de acidentes, deve ser previsto um Plano de Emergência,
que deve conter:
•
possíveis incidentes e as ações a serem tomadas
•
nome, telefone das pessoas que atuaram como coordenadores das
ações de emergência
•
listagem dos equipamentos de segurança, localização, descrição do
tipo e capacidade.
Uma cópia deste plano deve sempre estar em local de fácil acesso e os
operadores devem ter pleno conhecimento do seu conteúdo.
5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
5.1 Incinerador
5.1.1 Primeira Câmara
•
A temperatura dos gases de saída desta câmara deve ser superior a
800 °C;
•
Tempo e residência mínima: 60 minutos
5.1.2 Última Câmara
•
A temperatura de saída dos gases nesta câmara deve ser igual ou
superior a 1.000 °C;
•
Tempo de residência mínima: 0,8 segundos;
•
O excesso de ar durante todo o processo de queima deve ser tal que
na saída o teor de oxigênio nos gases seja igual ou superior a 7%;
•
O combustível nesta câmara deve ser gasoso.
5.1.3 Cinzas e Escórias
•
Não deve haver presença de materiais voláteis nas cinzas e escórias
(Análise NBR 10.664 e NBR 10.007)
•
Os procedimentos, métodos de análise e concentrações máximas
devem obedecer as Normas Técnicas específicas.
•
Parâmetros mínimos a serem analisados: Cd, Pb, Hg, Ba, Cr e Cu e
seus compostos.
•
Devem ser dispostas em aterros compatíveis com a classificação
dos resíduos
5.2 Monitoramento, Indicadores e Registradores
Parâmetro
Temperatura
1º
Câmara
Temperatura - Última
Câmara
Pressão - 1º Câmara
Capacidade do Sistema de Incineração
<200 Kg/d 200 a 1.500 >1.500 kg/d
kg/d
indicador
indicador e indicador
registro
registro
indicador
indicador e indicador
registro
registro
indicador
indicador
indicador
registro
indicador
registro
Taxa de Alimentação
dos
resíduos
(alimentação contínua)
Monóxido de Carbono indicador
nos
gases
de
combustão
Oxigênio na saída da última indicador
câmara
Opacidade
-
e
e
e
e
indicador
registro
e indicador
registro
e
indicador
registro
-
e indicador
registro
indicador
registro
e
e
5.3 Emissões Atmosféricas
Os Dutos ou chaminés de saída dos gases de combustão do sistema de
incineração devem, ser dotados de dispositivos (furos, plataformas... )
que permitam a realização de amostragem objetivando a verificação
dos níveis de poluentes emitidos.
5.4 Limites de emissão para as emissões atmosféricas
Tabela II - Limites de emissão por capacidade do sistema de
Incineração
Poluente
Capacidade do Sistema de Incineração ( kg/dia)
<200
200 a 1.500 >1.500
concentração ( 1 )
concentração
concentração
Material
120 mg/Nm 3
Particulado
So x (Expresso em 250 mg/Nm 3
SO 2 )
No x (Expresso em 560 mg/Nm 3
NO 2 )
Ácido Clorídico
100 mg/Nm 3
1,8 kg/h
Ácido Fluorídico
5 mg/Nm 3
Substâncias
0,28 mg/Nm 3
Classe I (2)
Σ Cd + Hg + Tl
Substâncias
1,4 mg/Nm 3
Classe II (2)
Σ As + Co + Ni +
Se + Te
Substâncias
7 mg/Nm 3
Classe III (3)
Σ Sb + Pb + Cr +
CN- + F- + Cu +
Mn + Pt + Pd + Rh
+ V + Sn
Dioxinas
e Furanos (4)
(1)
(1)
70 mg/Nm 3
50 mg/Nm 3
250 mg/Nm 3
250 mg/Nm 3
560 mg/Nm 3
560 mg/Nm 3
e 100 mg/Nm 3 e 100 mg/Nm 3 e
1,8 kg/h
1,8 kg/h
5 mg/Nm 3
5 mg/Nm 3
0,28 mg/Nm 3
0,28 mg/Nm 3
1,4 mg/Nm 3
1,4 mg/Nm 3
7 mg/Nm 3
7 mg/Nm 3
*0,14 ng/Nm 3
0,14 ng/Nm 3
(1) Concentração em base seca, corrigida a 7% O 2 , sem injeção de
oxigênio puro
(2) Expressa em termo do elemento químico
(3) Expressa em termo do elemento químico e ânion
(4) Concentração expressa em 2.3.7.8 TCDD, corrigida pelo fator de
equivalência de toxidade conforme tabela III abaixo.
* De pe nden do do p or te e loca lizaçã o do inc ine rad or, A F ATMA pod erá , a seu
cr itér io , disp ensa r a co le ta e a nális e des tes p oluen tes .
Elementos Químicos
Cd - cádmio; Hg - mercúrio; Tl - telúrio
As - arsênio; Co - cobalto; Ni - níquel; Se - selênio; Te - telúrio;
Sb - antimônio; Pb - chumbo; Cr - cromo; CN - cianeto; F - fluoreto;
Cu - cobre; Mn - manganês; Pl - platina; Pd - paládio; Rh - ródio; V vanádio; In - estanho
Tabela III - Fatores de equivalência de toxicidade
Reflete a toxidade de uma substância, equivalente a toxidade da
substância 2,3,7,8 tetracloro dibenzo-p-dioxina, cujos fatores
estão definidos na tabela abaixo:
Substância
2.3.7.8
2.3.7.8
2.3.7.8
2.3.7.8
2.3.7.8
1.2.3.7.8
2.3.4.7.8
2.3.7.8
2.3.7.8
Mono, di e Triclorodibenzodioxina
Tetra cloro dibenzodioxina (TCDD)
Outros TCDDs
Pentaclorodibenzodioxina (PeCDD)
Outros PeCDDs
Hexaclorodibenzodioxina (HxCDD)
Outros HxCdds
Heptaclorodibenzodioxina (HpCDD)
Outros HpCDDs
Octaclorodibenzenodioxina (OCDD)
Mono, Di e Triclorodibenzofurano
Tetraclorodibenzofurano (TCDF)
Outros TCDFs
Pentaclorodibenzo (PeCDF)
Pentaclorodibenzo (PeCDF)
Outros PeCDFs
Hexaclorodibenzofurano (HxCDF)
Outros HxCDFs
Heptacloro dibenzofurano (HpCDF)
Outros HpCDFs
Octaclorodibenzofurano ( OCDF)
Fator
de
equivalência de
Toxidade
0
1
0
0,5
0
01
0
0,01
0
0,001
0
0,1
0
0,05
0,5
0
0,1
0
0,01
0
0,001
As concentrações determinadas nos efluentes devem ser corrigidas,
antes da comparação com os limites da Tabela:
=
Cc
14
Cm
21 – Om
Cc = concentração corrigida para a concentração de oxigênio 7%
(v/v), em mg/Nm 3 ;
Cm = concentração do elemento determinado nos gases efluentes, em
mg/Nm 3 ;
Om = concentração do elemento determinado nos gases efluentes, em
mg/Nm 3 .
Nota: Esta correção só é valida quando se utiliza ar atmosférico na
combustão.
5.5 Plano de Testes de Queima.
O plano de teste de queima deve conter a descrição detalhada do
conjunto de operações que serão executadas durante o teste, onde se
incluem:
•
as condições operacionais a serem obedecidas;
•
parâmetros a serem monitorados;
•
freqüência do monitoramento
•
métodos de análise
•
tipo e características dos mostradores
•
pontos e métodos de coleta de amostras
•
período de duração do teste.
O plano de teste de queima deverá previamente ser aprovado pela
FATMA.
5.6 Teste de Queima
•
Para realização do teste de queima o sistema de incineração
deve estar totalmente implantado, de acordo com o projeto aprovado na
Licença Ambiental de Instalação - LAI.
•
Após concluída a implantação do sistema de incineração, é
previsto um período mínimo de operação, (+/- 30 dias) antecedendo ao
teste de queima, de modo a torna-lo apto a execução do mesmo.
•
O
teste
de
queima
deve
ser
conduzido
na
presença
de
representante da FATMA e em condições máximas da capacidade do
incinerador.
•
A FATMA somente fornecerá a Licença Ambiental de Operação -
LAO, após comprovado o desempenho do incinerador, verificado no
teste de queima .
•
O
plano
do
teste
de
queima
e
sua
realização
é
de
responsabilidade do interessado.
5.7 Efluentes líquidos
O lançamento dos efluentes líquidos em corpos d’água deve atender
aos limites de emissão e os padrões de qualidade dos corpos
receptores de acordo com a Legislação Estadual e demais exigências
estabelecidas no licenciamento ambiental.
5.8 Resíduos Sólidos
Os resíduos sólidos gerados pelo sistema de incineração devem
atender a classificação especificada pela NBR - 10.004, direcionado a
sua disposição adequada.
6. ACEITABILIDADE
O empreendimento terá sua aprovação condicionada ao atendimento de
todas as instruções desta Norma, da Instrução Normativa específica, da
legislação em vigor e das demais condições especificadas para cada
fase do licenciamento.
Figura 01: Sobras de Alimentos provenientes do Setor de Nutrição e
Dietética.
Figura 02: Pesagem das amostras
Figura 03:Caracterização por grupos de resíduos.
Figura 04: Preparação para quantificação dos resíduos.
Figura 05: Quantificação de material orgânico (peça anatômica).
Figura 06: Identificação dos diferentes materiais.
Figura 07: Visualização da mesa de separação de resíduos.
Figura 08: Vista dos recipientes de armazenamento provisório dos
resíduos para caracterização.
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