Porto Alegre, terça-feira, 8 de setembro de 2015 - Nº 172 - Ano 18 - Venda avulsa: R$ 1,00 - www.jornalcidades.com.br GRAMADO MTur coloca o município gaúcho na categoria turística A O Ministério do Turismo - MTur - adotou uma nova metodologia para categorizar os municípios brasileiros. A partir de quatro variáveis de desempenho econômico: número de empregos, de estabelecimentos formais no setor de hospedagem, estimativas de fluxo de turistas domésticos e internacionais, os 3.345 municípios do Mapa do Turismo Brasileiro foram agrupados em cinco categorias, de A até E. Neste cenário, Gramado está agrupada na categoria A, que representa os municípios com maior fluxo turístico e maior número de empregos e estabelecimentos no setor de hospedagem. A categorização, como é chamada, atende à necessidade do MTur de aprimorar os critérios para definir políticas públicas para o setor e criar um instrumento capaz de subsidiar, de forma objetiva, a tomada de decisões de acordo com o desempenho da economia do turismo de cada localidade. A categorização contempla 303 regiões turísticas. A categoria A, que representa os municípios com maior fluxo turístico e maior número de empregos e estabelecimentos no setor de hospedagem, tem 51 municípios, incluindo as 27 capitais brasileiras. Este agrupamento concentra destinos turísticos tradicionais de nove estados brasileiros: Porto Seguro (BA), Ipojuca (Porto de Galinhas/PE), Armação de Búzios (RJ), Campos do Jordão (SP), Guarapari (ES), Balneário Camboriú (SC), Foz do Iguaçu (PR), Paraty (RJ), Caldas Novas (GO), além de Gramado (RS). O grupo responde por 47% da estima- ANA PACHECO/DIVULGAÇÃO/CIDADES Categoria representa os municípios com maior fluxo turístico e maior número de empregos e estabelecimentos no setor de hospedagem tiva de fluxo turístico doméstico do Brasil e 82% do internacional. O grupo B tem 167 municípios, o equivalente a 5% das cidades categorizadas pelo Ministério do Turismo. São destinos turísticos de 20 estados, com participação expressiva de localidades das regiões Sudeste, Nordeste e Sul. Juntos os grupos A e B, representados por 218 municípios, respondem por 68% do fluxo doméstico brasileiro e 97% do internacional. Já o grupo C, com 504 municípios, representa 15% do total avaliado. O maior número de cidades do Mapa do Turismo, 2.623, ou 78% do conjuntoavaliado concentram-se nos grupos D e E, que reúne municípios de menor fluxo de turistas e empregos formais no setor. A ideia é que, conhecidas as características de cada grupo de municípios, torna-se mais fácil proporcionar apoios adequados a cada um deles. “Essa ferramenta oferece elementos para aprimorar a gestão do turismo, e ajuda a otimizar a distribuição de recursos e promover o desenvolvimento do setor. A intenção não é hierarquizar os municípios, mas sim agrupá-los de forma que seja possível traçar parâmetros para atendimento a diferentes necessidades”, disse a secretária de Turismo de Gramado, Rosa Helena Volk. O Mapa do Turismo Brasileiro é o instrumento que orienta a atuação do Ministério do Turismo no desenvolvimento das políticas públicas do turismo e define a área que deve ser trabalhada prioritariamente. O mapa é atualizado periodicamente, e sua última versão, de 2013, conta com 3.345 municípios, divididos em 303 regiões turísticas. CAXIAS DO SUL Prefeitura garante recursos e evita a redução do atendimento no HG e no Pompéia O prefeito Alceu Barbosa Velho determinou uma reengenharia nas finanças do município, que resultou no aporte de recursos necessários para evitar a redução do atendimento no Hospital Geral (HG) e no Hospital Pompéia, afetados pelo corte de verbas federais e estaduais. Com isto, está garantida a continuidade do atendimento pelo SUS nas duas instituições, que já anunciavam medidas como fechamento de leitos e demissão de funcionários. O anúncio do repasse aos hospitais foi feito pelo prefeito Velho recentemente, no salão nobre do Centro Administrativo, com a presença da primeira-dama Alexandra Baldisserotto, do vice-prefeito Antônio Feldmann, do chefe de gabinete, Agenor Basso, do procurador-geral Victório Giordano da Costa e do subprocurador Felipe Marchioro, da secretária municipal da Saúde, Dilma Tessari e do secretário municipal de Gestão e Finanças, Gilmar Santa Catharina, além do administrador do Hospital Pompéia e presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filatrópicos do Rio Grande do Sul, Francisco Ferrer, do diretor da Fundação Universidade de Caxias do Sul, que administra o HG, Ambrósio Bonalume, do presidente da câmara de vereadores, Flávio Cassina, demais vereadores e o presidente da UAB, Flávio Fernandes. No caso do HG, a prefeitura vai remanejar os R$ 4 milhões inicialmente destinados à obra do Hospital Materno-Infantil, que já se encontra em fase avançada. “O Materno-Infantil está andando graças à gestão eficiente dos recursos pela Fucs, que ainda não precisou dispor da verba municipal, que foi depositada em 2014, juntamente com R$ 4 milhões do governo do Estado e outros R$ 4 milhões da UCS”, informou Velho aos presentes, explicando que o processo administrativo exige que a fundação devolva os recursos com juros e correção. “Após esse procedimento, os valores então serão reencaminhados mensalmente ao Hospital Geral, a título de custeio, em parcelas de cerca de R$ 350 mil. E assim que a situação econômica reagir, provavelmente ainda no Orçamento para 2017, a prefeitura irá reembolsar os R$ 4 milhões destinados ao Hospital Materno-Infantil. Logo, o valor final será de cerca de R$ 8 milhões”, anunciou. Com esse aporte da prefeitura, o Hospital Geral vai evitar o fechamento de 10 leitos de UTI, 33 leitos de internação, além da não realização de 4,5 mil procedimentos e cerca de 70 cirurgias por mês. Além disto, haveria 80 demissões. Para o Pompéia, serão repassados R$ 155 mil por mês, provenientes do Orçamento do Município. “Com esse repasse vamos evitar o fechamento de sete leitos de UTI e 11 leitos de internação na instituição. Também estavam ameaçados cerca de 80 procedimentos cirúrgicos por mês”, enumerou. O prefeito Velho destacou o esforço conjunto de todos os envolvidos. “Foram dias e dias de reuniões, envolvendo secretaria da Saúde, Fundação Universidade de Caxias do Sul, Procuradoria-Geral do Município e secretaria de Gestão e Finanças. Mas agora, com a solução encontrada, acreditamos que os efeitos da crise na saúde serão reduzidos em Caxias, onde diariamente são atendidas centenas de pessoas pelo SUS. É importante ressaltar e pedir a compreensão da comunidade, por isso, a presença do presidente da UAB aqui, que outras obras terão que esperar mais um pouquinho. E sei que a comunidade vai entender essa escolha, porque estamos falando de vidas”, afirmou. Em nome do Pompéia, Francisco Ferrer agradeceu. “Caxias do Sul se diferencia por essa construção coletiva e eficaz para manter o que estamos oferecendo à população, uma vez que todas as esferas estaduais e federais estão reduzindo investimentos”, falou. Ambrósio Bonalume destacou que a Fucs está agradecida pelo esforço da prefeitura em não diminuir os atendimentos. “Com esses recursos agora daremos continuidade nos atendimentos aos 49 municípios da região”, agradeceu.