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São Paulo, 09 de Janeiro de 2008.
Gás nobre "ameaçado de extinção"
coloca ciência e tecnologia em xeque
Cientistas do mundo todo estão preocupados
com a crescente escassez do gás Hélio (He).
Embora seja um dos mais abundantes elementos
da Terra, sua produção é extremamente limitada
e diretamente atrelada à produção do gás natural.
Não-renovável e insubstituível
"O Hélio é não-renovável e insubstituível.
Suas propriedades são únicas e, ao contrário dos
combustíveis fósseis (petróleo e gás natural), não
há formas biossintéticas para se fabricar uma
alternativa ao hélio. Todos devem fazer os
maiores esforços possíveis para reciclá-lo,"
alerta o professor Lee Sobotka, da Universidade
de St. Louis, nos Estados Unidos.
Sobotka não está sozinho em suas
preocupações. Os cientistas vêm alertando sobre
o perigo da escassez de hélio há pelo menos 10
anos. Em 2007 a
Sociedade Norte-Americana de Física
lançou um manifesto
afirmando que o
suprimento de hélio se
tornará um problema
crítico neste século.
Produção de hélio
Por sorte, uma parte do hélio é aprisionada
no interior de depósitos de gás natural em
determinadas formações geológicas. É daí que
ele é explorado hoje. O hélio 4 (dois prótons e
dois nêutrons) torna-se líquido a apenas 4,2
Kelvin, meros quatro graus acima do zero
absoluto.
Para se produzir o hélio, o gás natural
extraído dessas reservas é resfriado a 90 K,
quando tudo o mais, exceto o próprio hélio, se
liqüefaz. O gás nobre é então comprimido ou
resfriado ainda mais até atingir a forma líquida,
estando pronto para uso comercial.
O hélio líquido custa hoje cerca de US$5,00
o litro, mas esse preço subiu 50% em 2007. Os
cientistas acreditam que a saída para a garantia
do suprimento contínuo de hélio está na
reciclagem e no investimento em reservas ricas
no gás nobre pertencentes à Rússia.
Dicas de Leitura
Concorrência total da China chega ao
têxtil português a 1 de Janeiro.
Jornal de Negócios.
IND.TÊXTIL: Moda carioca é a que mais
cresce no País.
Jornal: Gazeta Mercantil
Grupo português quer comprar fábrica
alemã de têxtil.
Jornal: TSF online.
Expediente
Boletim Oficial da Associação Brasileira de Químicos
e Coloristas Têxteis
Responsabilidade: Régia Comunicação e Design
Jornalista responsável: Caroline Bitencourt MTB 02462.
Colaboração: Kelson dos Santos Araújo.
As matérias aqui publicadas são de inteira
responsabilidade de seus autores conforme fonte citada.
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Boletim Semanal - Associação Brasileira de Químicos e Coloristas Têxteis
A balança da indústria
O Estado de São Paulo.
As exportações da indústria de
transformação crescem a um ritmo superior a
12% ao ano em valor, o que parece mostrar
que é tolerável o efeito da valorização do real
em relação ao dólar sobre esse segmento da
economia, considerado o mais suscetível às
variações da taxa de câmbio. Com o dólar
barato, ficou mais difícil para a indústria
brasileira competir no exterior, mas suas
vendas externas continuam a crescer, o que é
bom para o setor.
Quando se examinam outros dados da
balança comercial da indústria de
transformação, porém, se vê com nitidez uma
mudança de tendência. As exportações de
bens industrializados crescem menos do que
as exportações totais do País (28,3%) e
menos ainda do que as importações de
produtos industriais (30%). O resultado é que
o saldo comercial desse segmento vem
encolhendo rapidamente.
De janeiro a setembro de 2006, o
superávit da balança comercial da indústria
de transformação alcançou US$ 15,7 bilhões;
nos primeiros nove meses de 2007, diminuiu
para US$ 9,3 bilhões, segundo o jornal Valor.
É uma redução de 41%, bem maior do que o
encolhimento do superávit comercial total do
País, que foi de 9,6%, de acordo com dados
do governo.
O setor que registrou o maior déficit nos
nove primeiros meses de 2007 foi o de
material elétrico e de comunicações, com
saldo negativo de US$ 6,2 bilhões, 24% mais
do que em 2006. O segundo maior déficit, de
US$ 6 bilhões (66% maior do que o de 2006),
foi o da indústria química. Em porcentagem,
os maiores crescimentos foram registrados
pelas indústrias de materiais plásticos
(124%) e têxtil (127%).
A indústria de material elétrico e de
comunicações registra déficits comerciais
volumosos há anos. As entidades representativas do setor calculam em mais de 60% a
participação dos itens importados nos bens
produzidos no País. Em tese, essa alta
presença de componentes importados
tornaria a desvalorização do dólar um fator
favorável à indústria. Mas o que cresce não é
só a importação de componentes; cresce
também, e talvez em ritmo mais intenso, a
importação de produtos acabados, especialmente os de uso doméstico.
Para compensar a perda ou o abandono determinado pelas condições mais severas de
competição em razão da taxa de câmbio
desfavorável - de espaços no mercado
exterior, muitas empresas expandem suas
vendas no mercado interno. O bom ritmo
da atividade econômica nos últimos meses,
que tende a se manter no futuro próximo,
estimula esse tipo de substituição de
mercado.
Mas o caso dos produtos eletroeletrônicos mostra que, também no plano
doméstico, será preciso enfrentar uma
concorrência dura - a dos produtos
importados, que vêm aumentando sua fatia
no mercado brasileiro.
Além disso, como observou o jornalista
Rolf Kuntz em artigo publicado no caderno
de Economia do Estado, o abandono do
espaço conquistado no exterior não fica de
graça para a empresa. Deixar o mercado
externo é fácil. Mas ganhá-lo exigiu
trabalho intenso e demorado e impôs
custos, pois a concorrência é intensa e o
grau de exigência do comprador, muito
alto. Conquistar a confiança desse
comprador exigiu o cumprimento rigoroso
de condições como prazos, qualidade,
preço e quantidades. Tudo isso se perde
quando se interrompe a exportação.
Há, ainda, um benefício das
exportações que não aparece nos números.
É seu efeito sobre a empresa exportadora.
Ela precisa manter-se tecnologicamente
atualizada e, do ponto de vista mercadológico, estar sempre atenta às tendências
internacionais. Esse tipo de preocupação
ela tende a transferir para seus fornecedores, ampliando o esforço de modernização do parque produtivo, dos métodos
gerenciais e do processo de desenvolvimento de produtos.
Se o governo estivesse efetivamente
empenhado em melhorar a competitividade da economia brasileira - por
meio da redução da burocracia, melhoria
do sistema tributário, recuperação dos
portos e do setor de infraestrutura em geral,
a indústria de transformação e todo o setor
produtivo enfrentariam em melhores
condições a inevitável concorrência
externa.
- Ainda não tivemos direcionamento na
área cambial - conta.
O setor da madeira fecha o ano com 25
mil demissões. Já o Sindicato da Indústria
de Material Plástico de Santa Catarina não
tem dados do faturamento de 2007, mas o
presidente Albano Schmidt acredita que o
volume de produção cresça 8% em 2008.
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