PRÁTICAS DE ENSINO DE GEOGRAFIA: UMA ABORDAGEM REGIONAL
Mizael Fernandes de Oliveira/UFES1
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Leonardo Nunes Domingos/UFES2
[email protected]
Este trabalho é fruto de reflexões a partir das vivências enquanto professor e aluno
da disciplina Tópicos Especiais de Ensino do curso de Geografia ofertado pelo
Departamento de Educação Política e sociedade da Universidade Federal do Espírito Santo.
Como professor substituto da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) na
área do ensino da geografia, tenho deparado, constantemente, com as críticas e frustrações
de licenciandos e mesmo de professores acerca realidade do ensino de Geografia, no nível
fundamental destacando o desinteresse e apatia dos alunos com relação aos conteúdos de
geografia.
Acreditamos que os problemas, encontrados em grande freqüência nas escolas
públicas, e tão presente nas reclamações docentes, podem ter uma relação direta com a
desvinculação da educação de uma maneira geral e do ensino de geografia no
distanciamento dos conteúdos da realidade dos alunos.
No que se refere ao ensino da geografia, essas questões, que já há algum tempo vêm
nos incomodando, nos leva a alguns questionamentos, que reportam à “forma” com que a
1
Bacharel e Licenciado em Geografia pela Universidade Federal do Espírito Santo – UFES; Mestrando em
Educação no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Espírito Santo –
PPGE/UFES, linha de pesquisa História, sociedade, cultura e políticas educacionais; Professor Substituto do
Departamento de Educação e Politicas Educacionais da UFES.
2
Graduando em Geografia pela Universidade Federal do Espírito Santo.
mesma tem sido trabalhada junto aos alunos, ou seja, se os professores de Geografia têm
clara a consciência da importância dessa disciplina na vida de seus alunos, permitindo dessa
forma a construção de uma consciência cidadã por parte dos alunos. E mais: se têm,
implícita ou explicitamente, trabalhado essa questão junto aos mesmos.
Segundo Tavares (2006) a educação em direitos humanos pode permitir a afirmação
de tais direitos e preparar cidadãos e cidadãs conscientes de seu papel social na luta contra
as desigualdades e injustiças.
Neste sentido, observa-se pelos discursos e reclamações tanto de docentes quanto
dos próprios alunos, uma divergência dos reais objetivos da discussão dos conteúdos de
geografia e da necessidade e importância de se considerar a idéia de que o processo ensinoaprendizagem, para ser significativo, deve ocorrer articulado, ao máximo possível, “às
realidades concretas, sejam elas de ordem cotidiana, técnica, econômica, política ou
cultural dos educandos. Isto é, a escola deve fazer parte da vida e a vida deve estar
inserida na escola” (CASTROGIOVANNI, 1998: 37).
É consenso entre os professores que o objeto de estudo da Geografia é o espaço. O
espaço constitui-se como político, cultural, social, como também físico. É, ao mesmo
tempo, concreto e abstrato. É, enfim, dialético.
Tendo, pois, como objeto de estudo o espaço, deve ser preocupação dos professores,
a compreensão desse espaço em toda a sua dinâmica, envolvendo em seu bojo, as lutas de
classes, as contradições, a forma de crescimento desigual, imposto pelas relações
capitalistas, cuja conseqüência repercute de forma imediata nas condições de vida dos
nossos estudantes. Portanto, necessita-se compreender e mesmo delimitar esse objeto de
estudo, ou seja, transformar o espaço, com toda a sua subjetividade, em “espaço
geográfico”, de criação do homem e pelo homem.
Portanto, uma alternativa possível para romper com essa triste realidade, tanto do
ensino de geografia, quanto da educação de uma maneira geral, seria trabalhar o “espaço
diferenciado”3 como possibilidade de formação política do cidadão, na perspectiva de
torná-lo consciente de que o espaço é uma construção cotidiana que se efetiva na luta de
3
Por espaço diferenciado, compreende-se a espacialidade, ou seja, a compreensão do papel do espaço nas práticas
sociais e destas na configuração do espaço.
classes, na produção material de sua sobrevivência, ou seja, nas relações de trabalho. O
próprio aluno, por ser aluno, está vivo e, por estar vivo, tem necessidades, sendo que, ao
buscar a satisfação de suas necessidades modifica, direta ou indiretamente, o espaço em que
vive.
Meintjes (2007) discute a educação em direitos humanos como forma de pleno
exercício da cidadania, reporta a epistemologia de Paulo Freire, o qual entende os seres
humanos (aqui nos referindo aos alunos) como seres dinâmicos que se relacionam e
modificam a realidade. Neste sentido, defende que a educação que busca desenvolver essa
capacidade deve permitir que os estudantes analisem a estrutura subjacente a uma ação ou
uma experiência, revelem e apreendam suas relações causais e descubram os motivos ou
interesses ocultos que ela envolve.(p.132)
Essa concepção nos leva à constatação de que:
O que se acredita é que, ao longo da História, os seres humanos
organizam-se em sociedade e vão produzindo sua subsistência,
produzindo com isso seu espaço, que vai se configurando conforme os
modos culturais e materiais de organização dessa sociedade. Há,
dessa forma, um caráter de espacialidade em toda prática social (...) o
pensar geográfico contribui para a contextualização do próprio aluno
como cidadão do mundo, ao contextualizar espacialmente os
fenômenos, ao conhecer o mundo em que vive, desde a escala local à
regional, nacional e mundial (CAVALCANTI, 1998: 11).
Nesse sentido, questiona-se: não caberia ao professor de Geografia a conscientização e
auto-conscientização de uma visão de “totalidade”, que explicite a relação e inter-relação
existente entre o espaço vivido e visto, com o espaço global no qual se insere? O trabalho
do professor de Geografia está ligado somente à transmissão do conteúdo, ou, também na
preocupação em despertar no aluno uma visão globalizada e analítico-crítica dos fatos que
geraram ou explicam o conteúdo estudado? Isso não significa e ao mesmo tempo não
requer um esforço no sentido de ligar o conhecimento que o próprio aluno tem, tido como
“senso comum”, aos princípios epistemológicos do conhecimento científico?
Segundo Vasconcellos,
A compreensão da totalidade do sujeito passa pela apreensão do
caráter social de sua constituição, qual seja, o indivíduo não se
constitui isoladamente, mas na trama da totalidade social. (...) Os
educadores precisam dessa compreensão de totalidade dos educandos,
pois os educadores ‘nunca se encontram com uma criança em si, mas
com uma criança de uma classe determinada, com uma criança que
cresce sob determinadas relações sociais (1997:57)
Questiona-se, ainda: trabalhar nessa direção não exige, por sua vez, considerar a realidade e
condição de vida e de constituição enquanto cidadãos de nossos alunos? Esse caminho não
possibilaria o rompimento com a apatia e desinteresse do aluno? Esse rompimento não
implica no resgate dos valores morais e éticos? Não significa, em última análise,
buscar/formar para a tão decantada e sonhada cidadania? Qual seria o papel dos saberes
geográficos transmitidos e produzidos em sala de aula na formação do cidadão?
No tocante ao papel dos saberes geográficos, buscamos em Cavalcanti, sustentação para
afirmar sua importância na formação de indivíduos participantes na vida social, já que
A espacialidade em que os alunos vivem na sociedade atual, como
cidadãos, é bastante complexa. Seu espaço, diante do processo de
mundialização da sociedade, extrapola o lugar de convívio imediato
(...). Em razão dessa complexidade que é crescente, o cidadão não
consegue sozinho e espontaneamente compreender seu espaço de
modo mais articulado e mais crítico (...). O conhecimento mais
integrado da espacialidade requer uma instrumentalização conceitual
que torne possível aos alunos a apreensão articulada desse espaço
(1998: 11-2).
Segundo Pontuschka (1996), os professores de Geografia, por trabalharem com noções de
tempo e espaço, com a história das sociedades e da natureza, têm um importante papel na
contribuição para a formação da cidadania de seus alunos, sendo, no entanto, necessário,
além do domínio do conhecimento geográfico a ser ensinado, ter
...conhecimentos na área da psicologia de ensino e aprendizagem; de
história da educação; de história da disciplina geográfica; de
linguagens e métodos a serem utilizados em sala de aula (...) ter a
consciência de que o objetivo da geografia no ensino fundamental e
médio não é o de formar geógrafos (...) mas contribuir para a
construção da cidadania, em uma sociedade tão desigual na qual se
contesta até mesmo a existência de um cidadão (1996, p.59).
Reafirmamos ser também e, portanto, necessário uma ação voltada para a cidadania
geografica. Nessa direção, Lacoste (1988), chama a atenção para a necessidade de
conscientização do cidadão sobre o espaço, para que o mesmo possa nele atuar, lembrando
que se “Geografia: isso serve antes de mais nada para fazer a guerra”, ela também pode e
deve fazer o contra-discurso e ação prática de proporcionar a paz, na fruição dos bens
sócio-culturais produzidos nesse espaço geográfico.
Cabe, pois, ao professor de Geografia um importante papel, nesse sentido, já que a
Educação é um ato político e que, portanto, nenhum professor pode/deve julgar sua ação
como politicamente neutra.
Acresce-se, assim, a importância e mesmo a necessidade de uma educação voltada para os
direitos humanos, considerando, os valores e os padrões culturais da vida e de
aprendizagem dos grupos sociais, já que é pela educação que tais sociedades podem e
devem expressar sua cultura, seu saber e defendê-los a fim de impedir a massificação e a
globalização de outros valores tidos como certos e universais (CASTROGIOVANNI,
1998).
Neste contexto, torna-se mister realizar uma educação voltada para a cidadania pautada em
uma formação em direitos humanos com práticas docentes que ultrapassem os padrões da
educação formal.
Nesta perspectiva, Meintjes (2007), afirma que a educação para o pleno exercício da
cidadania deve ir além, e deve reconhecer que os seres humanos não só são capazes de
conhecer a realidade, como também têm capacidade de reflexão critica e exercer ações
sobre tal realidade, visando sua manutenção e/ ou mudança quando necessário.
Uma educação pautada em direitos humanos pode permitir ao professor despertar no aluno
a consciência do seu real papel de cidadão cônscio critico, atuante e transformador de sua
realidade. Para tanto, os conteúdos, a serem ministrados, deverão ter relação direta com a
realidade dos sujeitos do processo de ensino aprendizagem. Segundo Flowers & Shiman
(2007), tal prática pode ser facilitada se o docente considerar em seus aspectos, a dimensão
dos direitos humanos.
Vislumbra-se, aqui uma nítida possibilidade de contribuição da Geografia, nesse sentido,
pois estudar o mundo, as configurações territoriais, a organização do espaço e a sua
apropriação pelos diversos povos, as lutas para tal, os interesses políticos e as formas de
tratar a natureza, pode permitir a combinação da crítica histórica à reflexão crítica e à ação
social.
Sobre nossas vivências e experiências
A proposta geral deste trabalho foi de elucidar algumas teorias e métodos de ensino de
Geografia no Ensino Fundamental, assim como problematizar alguns métodos existentes.
Para tal, o semestre 2009/1 foi dividido em dois momentos: o primeiro ficou caracterizado
como “o teórico”, No qual foi efetuada a leitura, discussão e fichamento de textos,
pertinentes a proposta em qustão e o segundo conhecido como “o prático”.
As discussões foram constituídas de um amálgama de exposição de experiências (tanto do
professor quanto dos alunos, que já exercem a atividade docente) e de exposição das teorias
dos textos, o que facilitou a visualização da aplicabilidade destas ultimas. Os fichamentos
serviram para facilitar a busca posterior, necessária no segundo momento do período,
conhecido como “o prático”.
Para alcançar o objetivo central, a metodologia utilizada foi dividir a turma em grupos,
sendo que cada grupo ficou incumbido de escolher um município do Espírito Santo,
preferencialmente dos minicípio da Região Metropolitana da Grande Vitória.
Diante da escolha, foi pedido para que cada grupo elaborasse quinze planos de aula,
orientando-se pelos conteúdos da estrutura curricular do ensino fundamental, relacionando
esses conteúdos com a realidade do educando (realidade municipal), e ainda, alicerçando
esse conteúdo com os conteúdos acadêmicos de Geografia, estudados, pelos licenciandos
no semestre, simultaneamente à disciplina de Tópicos Especiais de Ensino I (Geografia
Urbana, Geomorfologia, Geografia da População e Cartografia Geográfica).
A proposta foi então, relacionar os conteúdos curriculares pré-determinados com a
realidade do educando e com o conteúdo acadêmico de Geografia. É de extrema
importância levar em conta a realidade do educando, pois “abre as portas” para sua
percepção como realmente ela é: contraditória, heterogênea e conflituosa.
No entanto, de maneira generalizada, a história do ensino de Geografia “tem sido uma
história de valorização dos grandes projetos governamentais, de modo a ir construindo
coletivamente com os alunos os conceitos de Estado, nação, governo, território, país, como
realidades definidas e definitivas”.
A confecção de uma aula, pautada da relação dos conteúdos curriculares, com o
conhecimento do professor enquanto graduado ou graduando, e lastreada na realidade do
educando são requisitos de uma aula com grande potencial para contribuir na formação de
um cidadão consciente atuante na mudança de sua realidade.
Um Exemplo das propostas:
Alunos: Flavia Vieira, Jeniffer A. Berger de Ávila,Leonardo Nunes Domingos,
Thatyana Mônico Nascimento,Saulo
O presente trabalho foi produzido durante a Disciplina de Tópicos de Ensino I, e visa
produzir uma série de planos de aula, com o intuito de realizar um catálogo, que poderá
servir para a consulta de outros professores ou aspirantes ao cargo.
O grande diferencial destes planos de aulas que ocupam as próximas páginas é que, além de
estarem devidamente relacionados com a carga curricular, isto é, a carga da 6º série, os
conteúdos dos planos foram aprofundados utilizando-se o conteúdo acadêmico, e ainda,
possuem uma forte relação com a realidade local do educando, tendo esta como a realidade
municipal. No caso, o município alvo foi Viana-ES.
O “norteamento curricular” que recebeu os planos de aulas, foi importante pois valida a sua
aplicação, sem grandes adaptações, à grande maioria das escolas de Viana-ES. Mas não é
só isso, esse respaldo no currículo, bem como na série, leva em consideração o
desenvolvimento cognitivo do educando, logo, dá maior funcionalidade ao plano.
O aprofundamento a partir do conhecimento acadêmico, liberta o plano de aula do material
didático. Deixa-o, inclusive mais flexível para se fazer relações com o espaço em escala
local, ou seja, relacionar o conteúdo com a realidade municipal. Que é outra característica
dos planos de aulas.
A realidade local , representada pelo município, é sempre levada em consideração, e
funciona para fazer o nexo entre o conteúdo da disciplina ou da aula com a realidade do
educando. Isso promove o ensino a um patamar superior, deixando o educando mais
interessado e motivado ao aprendizado.
PLANO DE AULA Nº 1:
Tema: Composição da população do Brasil e de Viana-ES: semelhanças e diferenças.
Público-alvo: 6ª série do Ensino Fundamental
Número de Aulas: 3 aulas de 50 minutos
PROBLEMATIZAÇÃO
O assunto “a composição da população brasileira”, embora seja estudado com certa
frequência nas escolas, até porque tem presença garantida em quase todos os livros
didáticos do mercado, trata o vasto território brasileiro, bem como a sua população, com os
mesmos parâmetros de medida e análise. Isto é, não leva em conta as regionalidades.
O grande problema disso para o ensino é que os educandos acabam não enxergando a
relação entre a disciplina e a realidade, e isso, no final das contas, gera um desinteresse pelo
assunto, e às vezes até pela disciplina.
Seguindo essa linha de raciocínio, e tentando resolver essa problemática, propomos o
estudo da composição populacional do município de Viana-ES, tendo este como a realidade
do educando. Já que esse plano é direcionado as escolas localizadas nesse município. Mas
esse estudo das características populacionais à nível local não será meramente fortuito e
desconectado do contexto brasileiro. Esse estudo regional, deve, antes de tudo, possuir um
forte nexo com a “realidade estatística” do país.
OBJETIVO GERAL
• Compreender a dialética entre os acontecimentos locais e nacionais, no que se trata
da composição da população.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Contribuir para o conhecimento da realidade populacional local;
• Incentivar a utilização do “contexto” como ferramenta de análise dos fatos
aparentemente isolados e/ou locais;
• Promover a compreensão da relação entre as morfologias e as ocupações
populacionais;
• Compreender a história descolonização do Município de Viana-ES;
• Incentivar a leitura e interpretação de gráficos, bem como relativizar suas
informações.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• Composição racial brasileira: gráfico do IBGE;
• História da colonização do Brasil, e como isso influenciou na sua composição racial
atual;
• História da colonização de Viana, incluída no contexto brasileiro;
• Influência da colonização de Viana na sua composição racial atual.
METODOLOGIA
O plano de aula, composto por três aulas de 50 minutos, será permeado por explanações,
discussões, leituras críticas de gráficos e pesquisa. Isto é, abrange vários métodos de
ensino, e por isso, acreditamos que desenvolverá várias habilidades dos educandos.
A parte inicial será composta de uma análise crítica sobre o gráfico de composição racial da
população brasileira, bem como da explanação da história da colonização do país. A
proposta é, além de mostrar para os educandos que os gráficos, as vezes, não representam
bem a realidade e são passivos de críticas, relacionar a história da colonização com a atual
composição da população. Esse método revela a importância do estudo histórico para a
análise da atual conjuntura espacial.
A segunda parte será onde os educandos - a partir da pesquisa realizada sobre a colonização
do município de Viana – serão orientados a pensar a relação entre a colonização brasileira
com a do município. Além de promover a pesquisa, enquanto metodologia estimuladora da
autonomia intelectual, desenvolveremos neste momento uma pesquisa sobre a realidade e o
passado histórico do local onde ele mora. Valorizando a sua identidade cultural.
O último momento, será marcado pela opinião dos educandos quanto à composição racial
da população de Viana-ES e posterior confecção de um gráfico que represente esta opinião.
Isso é importante porque estimula a percepção crítica do espaço vivido do educando,
levando-o a refletir criticamente sobre este. Premissa para a formação de um cidadão.
AVALIAÇÃO E CRÍTÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Como pode-se observar a avaliação está distribuída em dois momentos: na pesquisa sobre a
colonização do município de Viana-ES e na confecção do gráfico sobre o que os alunos
acreditam que seja a composição da população de Viana-ES.
A idéia de distribuir as avaliações é dar um caráter mais processual a ela, deixando-a menos
pontual, e procurando avaliar o envolvimento da turma com o assunto trabalhado.
E ainda, avaliação será em cima de dois pontos principais do nosso plano de aula. A
primeira, é sobre a pesquisa da colonização do município, isto é, sobre o grau de
conhecimento que o educando terá sobre a sua realidade local. A segunda, é sobre a
produção do gráfico final, isto é, sobre a perspectiva do educando sobre a sua própria
realidade vivida.
RECURSOS E MATERIAIS DIDÁTICOS
Os recursos necessários para a execução deste plano de aula são:
• Régua;
• Lápis de cor;
• Uma moeda grande;
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