VIII Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar
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AO - 261
A IMPLANTAÇÃO DO PROJETO “GUARDIÕES DA SAÚDE” NO HOSPITAL
ESTADUAL DE RIBEIRÃO PRETO
Wildyrlaine Cristina Pretko, Adriana Angélica Ribeiro, Daniel Ferreira Dahdah, Juliana Carla Delsim
Ribeirão Preto – Hospital Estadual de Ribeirão Preto
INTRODUÇÃO: O presente trabalho tem o objetivo de relatar a experiência de implantação do projeto
“Guardiões da Saúde” no Hospital Estadual de Ribeirão Preto (HERP). A idéia do projeto surgiu na
busca pelo atendimento integral do enfermo, além de diminuir as lacunas dos atendimentos da equipe
multidisciplinar, geradas pela alta rotatividade de pacientes internados. Assim, alguns membros da equipe
multidisciplinar elaboraram o projeto, abrindo espaço para um “Projeto Terapêutico Singular”, devolvendo
ao paciente sua subjetividade, singularidade e identidade. A equipe do projeto conta com psicóloga,
assistente social, terapeuta ocupacional e farmacêutica. É um projeto de humanização e acolhimento,
tendo como eixo norteador a Política Nacional de Humanização e o conceito amplo de acolhimento. A
equipe do projeto considera que o princípio da humanização está na necessidade do paciente em ser
acolhido, tratado com respeito, dignidade e humanidade. MATERIAL E MÉTODO: O paciente que chega
ao hospital é avaliado por um membro da equipe do projeto, que passa a ser o seu guardião. A avaliação
é realizada aplicando-se questionário estruturado que contemplam questões sociais, psicoafetivas e de
desempenho ocupacional. De acordo com a avaliação, o guardião consegue identificar as demandas
mais latentes e fazer o Pedido de Interconsulta (PI) para o profissional específico. Além disso, o guardião
acompanha diariamente o processo de hospitalização, focado na resolução dos problemas que aparecem.
Com isso, o atendimento passa a ser integral e abrangente, seguindo as necessidades individuais e
específicas do paciente, dos seus familiares e da equipe. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A aplicação
do questionário propicia avaliação de todo paciente que é internado no serviço, recebendo suporte da
equipe multidisciplinar; a responsabilidade do profissional pelo internado, o estabelecimento do vínculo
e a resolubilidade nos casos; a melhoria na comunicação entre os membros da equipe e entre esta e o
paciente e seus familiares; além dos diversos elogios recebidos através do SAU (Serviço de Atendimento
ao Usuário) do HERP. No projeto, o acolhimento é entendido como uma postura ética, que não se exige
espaço ou local, hora ou profissional específico para fazê-lo. Necessita sim de compartilhar saberes e
angústias, “abrigando e agasalhando” o outro em suas demandas. Acredita-se que o profissional deve
escutar a queixa, os medos e as expectativas, identificar os riscos e a vulnerabilidade, acolher a opinião
do paciente e responsabilizar-se pela resolução do problema. A facilitação da escuta permite a expressão
de afetos, evitando que o paciente se sinta desorganizado pela angústia e submergido por suas reações
emocionais. CONCLUSÃO: os elogios permitem inferir a melhora nos atendimentos e mostram que o
projeto tornar-se-á um protocolo de trabalho a ser seguido e melhorado continuadamente.
Palavras-chave: Humanização Hospitalar, Acolhimento, Equipe Multidisciplinar.
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