HUMANIZAÇÃO LÚDICA: SATISFAÇÃO DA CRIANÇA E FAMÍLIA NA
PEDIATRIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE DE
SÃO PAULO
Ana Cristina da Silva Soares Lira1, Cassilda Dantas da Rocha Sebastião1, Maria Ariane da Silva Messias1,
Daniela Ribeiro Linhares2, Karin Emilia Rogenski3
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
A brinquedoteca é o local onde a importância do brincar se
manifesta. Isto porque todos, mas em especial a criança, exploram
e elaboram suas dúvidas de forma livre e espontânea. Esse
espaço vai muito além do brinquedo porque a gratuidade, a livre
adesão, a diversidade, a descentralização dos brinquedos e a
participação de diferentes gerações permitem a apropriação deste
bem cultural de forma reflexiva. O atendimento lúdico deve ser
feito com satisfação e respeito visando um cuidado humanizado
que não esteja restrito à situação de sobrevivência / tratamento.
Avaliar a satisfação da criança e família,
durante o período de internação, em relação
ao aspecto lúdico e humanizado da clínica
pediátrica do Hospital Universitário da
Universidade de São Paulo (HU-USP).
MÉTODO
Estudo quantitativo, prospectivo e exploratório descritivo. Foram aplicados instrumentos de avaliação para acompanhantes e crianças acima de
5 anos contendo dados de identificação, perguntas estruturadas e semi-estruturadas, no período de março à junho de 2009.
RESULTADOS
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ACOMPANHANTES
Participaram do estudo 259 acompanhantes
Grau de parentesco: 80,7% são mães
45% estavam entre a idade de 25 a 34 anos
68% acompanhavam crianças internadas com idade entre um mês a
cinco anos
Em relação ao período de internação da criança, 75% permaneceram
menos de uma semana
O espaço que mais gostavam: Brinquedoteca
94,98% referiram que espaços de recreação são adequados, pois
ajudam no bem estar das crianças e na recuperação
O que mais atrai os acompanhantes nos espaços de recreação é a
televisão, seguido do cantinho dos bebês e computador
Os espaços de recreação são utilizados para brincar com as crianças,
conhecer novas pessoas e fazer amizades, conversar com outras mães
e trocar experiências.
A maioria dos acompanhantes referiram que o horário da brinquedoteca
deveria ser ampliado.
CRIANÇAS
• Participaram do estudo 84 crianças, 48% do sexo feminino e 52%
masculino.
• Em relação a idade, 50% tinham de cinco a nove anos e 50% de dez a
15 anos
• 79,7% permaneceram menos de uma semana internados,
• O espaço que mais gostavam: Brinquedoteca, seguido da sala de
adolescente, concomitantemente a sala de televisão
• Oito crianças referiram não gostar de espaço algum (estavam em
isolamento e preferiam brincar no quarto), e referiram falta de Televisão e
DVD nos isolamentos
• O que as crianças mais gostam de brincar: assistir televisão e filmes,
livros e leitura
•55% classificaram as atividades desenvolvidas nos espaços de
recreação como ótimas, seguido de 43% como bom
• A maior parte das crianças referiu que o horário de utilização da
brinquedoteca deve ser maior e deve ter mais livros
• 69 % das crianças brincam diariamente nos espaços de recreação,
referem que se sentem felizes no espaço e esquecem das doenças
quando estão brincando.
CONCLUSÃO
Percebemos que tanto crianças quanto familiares sentem-se bem ao utilizarem nossos recursos de humanização lúdica, apresentam maior sociabilidade, e
acreditam que isto torna sua vida mais próxima do cotidiano porque confiam neste atendimento como auxílio na recuperação. Os resultados revelam uma
clientela satisfeita com nossa prática profissional. Ressaltamos que ajustes, devem ser feitos como colocação de televisores e jogos nos isolamentos, para a
melhoria do ambiente buscando a excelência no atendimento.
1 Técnica de Enfermagem da Clínica Pediátrica do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo
2 Técnica de Apoio Educativo da Clínica Pediátrica do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, Pedagoga, Psicopedagoga
3 Enfermeira da Clínica Pediátrica do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, Mestre em Enfermagem.
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