Projeto Mulher Atuação
Relatório Geral da Consulta Participativa de Opinião
Município de Mogi das Cruzes (SP)
Bairros consultados: César de Souza, Jardim Aeroporto e Jundiapeba.
Junho de 2012
SUMÁRIO
SUMÁRIO ....................................................................................................................................... 2
APRESENTAÇÃO............................................................................................................................. 3
RELATÓRIO ANALÍTICO DA CONSULTA PARTICIPATIVA DE OPINIÃO ............................................ 4
PERFIL GERAL................................................................................................................................. 5
EIXO I – AUTONOMIA ECONÔMICA E IGUALDADE NO MUNDO DO TRABALHO, COM INCLUSÃO
SOCIAL ........................................................................................................................................... 7
Entre as mulheres que declararam exercer atividade remunerada no momento da entrevista
(55% do total): ........................................................................................................................... 8
Entre as mulheres que não exercem atividade remunerada no momento da entrevista (45%
do total): .................................................................................................................................. 10
Entre TODAS as mulheres (100% do total):............................................................................. 11
EIXO II – EDUCAÇÃO INCLUSIVA, NÃO SEXISTA, NÃO RACISTA, NÃO HOMOFÓBICA E NÃO
LESBOFÓBICA .............................................................................................................................. 13
EIXO III – SAÚDE DAS MULHERES, DIREITOS SEXUAIS E DIREITOS REPRODUTIVOS ................... 16
EIXO IV - ENFRENTAMENTO DE TODAS AS FORMAS DE VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES .... 21
EIXO V – PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NOS ESPAÇOS DE PODER E DECISÃO......................... 26
2
APRESENTAÇÃO
A Consulta Participativa, realizada entre dezembro de 2012 e fevereiro de 2012, é uma das etapas do
projeto Mulher Atuação. A Consulta consiste em entrevistas realizadas pelas (os) integrantes dos Grupos de
Atuação, de maneira espontânea, a moradoras, vizinhas, amigas, funcionárias de equipamentos públicos,
integrantes de ONG’s e Associações de Bairro, entre outros atores sociais dos bairros em que o projeto atua,
para saberem as diversas opiniões sobre a questão de gênero.
O questionário utilizado nas entrevistas foi construído coletivamente num processo participativo
envolvendo os Grupos de Atuação, o CIEDS e o Instituto Paulo Montenegro, e teve como base de referência o
II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres. A metodologia utilizada foi a do programa “PerguntAção”,
do Instituto Paulo Montenegro, que promove uma consulta de opinião, com a intenção de incitar a
mobilização de diferentes públicos envolvidos, a partir da produção de conhecimento sobre seu contexto de
atuação. A aplicação dos questionários contou com o importante apoio, em Mogi das Cruzes, de ONG’s e
equipamentos públicos, assim como do Conselho Municipal da Mulher e da administração municipal como
um todo.
“A metodologia de consulta participativa não substitui uma pesquisa realizada profissionalmente a
partir de critérios técnicos e estatísticos, porém traz outros aportes importantes, como participação,
legitimidade,
empoderamento,
comprometimento,
aprendizagem
e
mobilização
para
transformação”, comenta Ana Lucia Lima, diretora executiva do Instituto Paulo Montenegro. A Consulta
Participativa, então, tem como foco envolver os atores em todas as etapas do processo de investigação,
desde a sua formulação até a análise dos resultados.
O projeto Mulher Atuação visa utilizar os dados levantados única e exclusivamente no trabalho de
base, junto dos Grupos de Atuação em seus bairros, sendo esses dados tanto o ponto de partida da discussão
política sobre a condição da mulher, quanto um instrumento de monitoramento do trabalho realizado pelo
próprio Grupo de Atuação. Não é de interesse nem de vocação do projeto Mulher Atuação como um todo
(parceiros, financiador, pessoas envolvidas, etc.) utilizar esses dados para outros fins que não o trabalho de
base e o aprofundamento do debate sobre a questão de gênero. Portanto, qualquer eventual referência e/ou
análise que se faça dos dados da Consulta Participativa para outros fins é de inteira responsabilidade
daquele que o faz, pois o trabalho executado pelo projeto Mulher Atuação utiliza os dados somente dentro
do contexto apontado.
Esperamos que esses dados sejam úteis para educadores (as), ONG’s, movimentos sociais, escolas,
coletivos da sociedade civil, Poder Público, empresas e outros grupos e pessoas que debatam o tema e
estejam também envolvidos na luta para garantir os direitos das mulheres.
Coordenação do projeto Mulher Atuação
3
RELATÓRIO ANALÍTICO DA CONSULTA PARTICIPATIVA
DE OPINIÃO
Resultados de pesquisa amostral realizada entre dezembro de 2011 e fevereiro de 2012.
Base de cálculo: 548 mulheres entrevistadas, sendo 179 no bairro de César de Souza, 184
no bairro Jardim Aeroporto e 185 no bairro de Jundiapeba.
Todos os gráficos e tabelas se encontram em percentuais. A soma total de cada gráfico
pode variar entre 98% e 102% em decorrência de arredondamentos feitos para facilitar a
visualização, o que não interfere na análise dos resultados.
Os cinco eixos que estruturam esta pesquisa tiveram como base o II Plano Nacional de
Políticas para Mulheres, aprovado em 2007. Segue tabela com dúvidas guias e hipóteses,
por eixo, elaboradas coletivamente pelos Grupos de Atuação dos três bairros
consultados:
Como promover a autonomia da mulher?
Como melhorar a autonomia econômica da
mulher?
Qual a maior dificuldade para que as
mulheres entrem no mercado de trabalho?
Como está o nível educacional das mulheres?
O atendimento da saúde da mulher está sendo
satisfatório?
Existem mecanismos de enfrentamento da
violência contra a mulher?
EIXO 5 Participação
EIXO 3 - Saúde
Como levar informação à população?
EIXO 4 - Enfrentamento da
Violência
EIXO 2 - Educação
EIXO 1 - Autonomia
DÚVIDA GUIA
Como levar informação à população?
Quais são os mecanismos que podem ser
trabalhados?
Quem são os atores ou líderes da
comunidade?
Por que as mulheres não aprticipam desses
espaços?
HIPÓTESES
Qualificação profissional
Discriminação da mulher em ambientes de trabalho
Mais informação sobre espaços de qualificação profissional
Enfrentar o problema da distância dos espaços de qualificação
Dificuldades de deslocamento
Baixo grau de escolaridade
Muitas responsabilidades domésticas
Falta de creches
Educação como autonomia
Eixo de desenvolvimento de todos os outros eixos
Informação sobre direitos
Dificuldades específicas como gravidez na adolescência
Falta de creche
Capacitação de profissionais que trabalham em equipamentos públicos
Articulação entre equipamentos públicos
Educação para fora das escolas
Dificuldade no atendimento
Dificuldade de obter exames
Localização dos equipamentos
Planejamento familiar
Capacitação de profissionais que trabalham em equipamentos públicos
Articulação entre equipamentos públicos
Educação para fora das escolas
Ausência de atendimento qualificado
Trabalho em grupo para além dos equipamentos públicos
Discussão sobre o que é violência
Falta de humanização no atendimento
Necessidade de capacitação
Ampliação do RH
Predominância do masculino
Lei Maria da Penha ainda não foi implementada de fato
Saber quem são esses agentes
Entender o papel da mulher neste processo
Desconhecimento de espaços de participação política por parte das
mulheres
Falta de mobilização
Importância em estimular a participação das mulheres
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PERFIL GERAL
TODAS as pessoas entrevistadas são MULHERES e estão distribuídas de forma similar
entre os bairros César de Souza, Jardim Aeroporto e Jundiapeba:
Além de moradoras, mulheres que não necessariamente moram, mas trabalham e/ou
estudam nos bairros em questão também foram entrevistadas, por isso, parte considerável
das respondentes declarou residir em outros bairros.
E é visível que mais entrevistadas trabalham do que estudam nos bairros em questão:
Em relação à faixa etária, estado civil e cor:
<Gráfico da Esquerda> Foram entrevistadas mulheres de todas as idades, e a maior parte
delas tem entre 19 e 55 anos.
<Gráfico do Meio> Metade das entrevistadas afirma ser casada ou estar em uma união
estável com seu parceiro e um terço delas se declara solteira. As divorciadas representam
menos de duas em cada dez entrevistadas e apenas uma em cada vinte e cinco
respondentes são viúvas.
<Gráfico da Direita> Aproximadamente metade das entrevistadas se declara da cor
branca e, em seguida, estão as que se declaram pardas (37%). Pouco menos de duas em
cada dez mulheres se declaram negras.
Todas as proporções acima se conservam nos três bairros envolvidos.
Questionadas sobre a escolaridade:
5
Nota-se que aproximadamente metade das entrevistadas terminou o Ensino Médio (43%)
e um número razoável frequenta ou frequentou o Ensino Superior (14%), o que
caracteriza alta escolaridade dessas mulheres. Ainda assim, é importante ressaltar que
existe um número significativo de pessoas que pararam seus estudos no Ensino
Fundamental (18% no Ensino Fundamental I e 17% no Ensino Fundamental II).
A maior parte das mulheres não estuda atualmente (83%), o que talvez possa ser
explicado pela faixa etária da maioria das entrevistadas, que possuem entre 19 e 55 anos.
O perfil referente à escolaridade também se repete em todos os bairros consultados.
Quando questionadas sobre quem é chefe de família na sua residência, a maioria das
entrevistadas respondeu ser o marido ou companheiro (41%). Outras 37% declararam ser
elas próprias as chefes de em suas casas.
6
Contribui para a compreensão deste resultado a relação entre a condição de chefe de
família e o estado civil das entrevistadas:



Entre as mulheres casadas, mais de sete em cada dez afirma ser o marido ou
companheiro o chefe de família.
Entre divorciadas e viúvas, aproximadamente oito em cada dez entrevistadas diz
ser ela mesma chefe de sua família.
Já entre as mulheres solteiras, mais de quatro em cada dez afirma ser a própria
entrevistada e metade diz que o chefe da sua família é outra pessoa. E, de acordo
com a barra inferior referente a mulheres solteiras, vemos que metade delas diz
ser a mãe ou o pai o chefe de família de sua residência.
EIXO I – AUTONOMIA ECONÔMICA E IGUALDADE NO
MUNDO DO TRABALHO, COM INCLUSÃO SOCIAL
O número de entrevistadas que trabalha é similar ao das que não trabalha atualmente, e
esta proporção se mantém em todos os bairros:
7
Entre as mulheres que declararam exercer atividade
remunerada no momento da entrevista (55% do
total):
A renda mensal própria de metade das entrevistadas que declararam exercer atividade
remunerada é de R$500,01 a R$1000,00, e um quarto delas recebe entre R$1001,00 e
R$3000,00.
Contudo, chama atenção que um sexto ou mais dessas mulheres ganhe menos de
R$500,00, especialmente em Jundiapeba, onde esta é a renda de mais de um quarto das
entrevistadas, caracterizando uma renda abaixo do valor de um salário mínimo.
Em relação aos gastos:
Entre as mulheres dos três bairros consultados, os principais gastos são com vestuário e
alimentação, seguidos por água, luz, gás e telefone.
A maior parte das entrevistadas começou a exercer atividade remunerada entre os 14 e os
18 anos (59%). Chama atenção a baixa inserção de mulheres no mercado de trabalho após
os 18 anos de idade.
8
Quando questionadas sobre a categoria que reflete a condição de seu emprego atual:
Nos três bairros a maior parte das mulheres trabalha no setor privado com carteira
assinada, e em torno de um quarto trabalha no setor público. Em Jundiapeba e César de
Souza, aproximadamente um quarto das mulheres trabalha por conta própria, já no
Jardim Aeroporto este número é um pouco reduzido (14%).
Relacionando a condição de emprego atual das entrevistadas com a renda mensal
alcançada por elas:
Os piores salários estão relacionados a condições precárias de trabalho, sendo que metade
das entrevistadas que possuem negócio próprio e mais de quatro em cada dez mulheres
que trabalham por conta própria recebem menos de um salário mínimo.
9
Entre os benefícios apresentados, o mais praticado no ambiente de trabalho das
entrevistadas é flexibilidade de horários (45%).
Em relação à discriminação e às distinções de gênero no trabalho:
<Gráfico da Esquerda> Ainda que haja uma pequena distinção entre os bairros, é
preocupante constatar que das mulheres que declararam estar empregadas no momento
da entrevista, quase metade já tenha presenciado ou vivenciado alguma forma de
discriminação contra a mulher no ambiente de trabalho.
<Gráfico da Direita> Mais da metade das mulheres afirma que homens e mulheres
ganham salários iguais no local em que trabalham. Porém, aproximadamente um quarto
das entrevistadas (22%) acredita que essa equivalência não ocorre. Essa proporção é
similar nos três bairros.
Entre as mulheres que não exercem atividade
remunerada no momento da entrevista (45% do
total):
Nos bairros César de Souza e Jd. Aeroporto cerca de um terço das entrevistadas está sem
trabalho há cinco anos ou mais. Um décimo das mulheres consultadas em César de Souza
nunca teve um emprego; no Jd. Aeroporto, essa proporção aumenta para 16%.
Em Jundiapeba, aproximadamente um terço das mulheres está sem trabalho há menos de
um ano e um quarto delas estão desempregadas há cinco anos ou mais, ou nunca tiveram
10
um emprego. Evidenciando, de acordo com a opinião das entrevistadas, uma situação de
desemprego mais problemática.
E, em relação aos motivos que levam essas mulheres a não trabalharem, os principais são:
falta de oportunidade (33%) e a opção por cuidar dos filhos (26%). Motivos como falta de
interesse ou de necessidade são citado por apenas 3% das entrevistadas, revelando que
não se trata de falta de pretensão, mas da dificuldade de conseguir e manter um emprego:
Entre TODAS as mulheres (100% do total):
Mais de três quartos do total de entrevistadas é responsável pelos serviços domésticos em
sua residência. E, embora existam algumas diferenças entre os bairros, a porcentagem é
bastante similar entre eles:
Em relação a oportunidades de formação:
Três em cada quatro mulheres faz ou tem vontade de fazer algum curso profissionalizante.
Dentre estas, os cursos que mais instigam são nas áreas de informática, estética, saúde e
área administrativa.
11
Já entre as mulheres que afirmaram não fazer ou não se interessar por cursos
profissionalizantes (26%), os motivos levantados diferem entre os bairros envolvidos:




Em César de Souza a maior dificuldade está relacionada à adequação de horários.
No Jardim Aeroporto, as principais barreiras se dividem entre responsabilidades
familiares e adequação de horário.
Em Jundiapeba, a responsabilidade familiar é a principal causa para que um terço
das mulheres afirme que não faz ou não faria cursos profissionalizantes. Um
quarto das mulheres deste bairro declara que suas dificuldades estão ligadas à
questão financeira.
Chama atenção que, de acordo com a opinião das entrevistadas, em nenhum dos
bairros a falta de informação é uma causa importante para a falta de vontade ou
para a impossibilidade de fazer cursos profissionalizantes.
E, questionadas sobre o apoio que recebem para trabalhar:
Embora a maioria das entrevistadas tenha o apoio da família para trabalhar, chama
atenção que uma em cada três mulheres afirma não encontrar apoio de ninguém. Esse
percentual se mantém em todos os bairros.
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EIXO II – EDUCAÇÃO INCLUSIVA, NÃO SEXISTA, NÃO
RACISTA, NÃO HOMOFÓBICA E NÃO LESBOFÓBICA
Em uma avaliação geral sobre a educação oferecida em Mogi das Cruzes, foram levantadas
algumas diferenças entre os três bairros:
Nos três bairros a tendência geral das avaliações a respeito da educação pública de Mogi
das Cruzes é positiva. Contudo, em César de Souza e Jardim Aeroporto, cerca de um
quinto das mulheres declarou que a educação é ruim ou péssima; em Jundiapeba chama
atenção que mais de um quarto das entrevistadas considera o serviço educacional da
cidade ruim ou péssimo.
Na opinião tanto das entrevistadas que estudam (17%) como das que não estudam (83%),
os dois principais motivos que levariam a mulher a largar os estudos são cuidar dos filhos
(34%) e necessidade de trabalhar (20%).
13
É interessante observar que são as mesmas razões levantadas por mulheres que não
trabalham nos resultados do Eixo 1: Autonomia econômica e igualdade no mundo do
trabalho, com inclusão social.
Em relação ao conhecimento de pessoas do bairro sobre educação inclusiva, não sexista,
não racista, não homofóbica e não lesbofóbica:
<Gráfico da Esquerda> Na opinião de metade das entrevistadas, poucos moradores
sabem o significado de educação inclusiva. É expressivo o fato de que três em cada dez
mulheres não souberam responder esta questão, reiterando as dificuldades na
compreensão deste tema.
<Gráfico da Direita> Chama atenção que mais de oito em cada dez entrevistadas afirmam
que o grau de conhecimento das mulheres de seu bairro sobre seus próprios direitos é
baixo ou muito baixo.
Ambos os resultados se conservam em todos os bairros.
No gráfico que segue, “concordar totalmente” com as afirmações apresentadas, significa
que, na opinião das entrevistadas, a situação descrita acontece na realidade:
Menos de duas em cada dez mulheres concordam totalmente com as três últimas frases,
explicitando que, na opinião da maioria das entrevistadas, essas situações provocam certa
intolerância social quando praticadas.
14
Chama atenção que a frase que expõe a maior disparidade com o que ocorre na realidade
nos três bairros tenha sido a que trata de relações homossexuais em espaços públicos,
revelando a importância de refletir sobre o tema da homofobia.
Em relação ao respeito à diversidade nos equipamentos públicos:
Na opinião das entrevistadas de César de Souza e Jundiapeba, tanto a escola como o
posto de saúde têm atendimento regular com tendências positivas do ponto de vista da
capacidade para receber a diversidade. No Jardim Aeroporto, a avaliação destes dois
equipamentos é ótima ou boa para quase metade das entrevistadas.
Já em relação ao atendimento policial, mais de três em cada dez entrevistadas de todos os
bairros consideram que ele não está preparado para receber a diversidade.
Mais de seis em cada dez mulheres acreditam que sua criação influenciou no modo como
enchergam o mundo e um quarto das entrevistadas afirmam ver o mundo de maneira
diferente do que lhes foi ensinado.
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Na opinião das mulheres dos três bairros pesquisados, os principais veículos de
comunicação para informar à mulher sobre serviços existentes relacionados à garantia de
direitos são:
 Em primeiro lugar: Televisão
 Em segundo lugar: Internet e Rádio
 Em terceiro lugar: Boca a boca
EIXO III – SAÚDE DAS MULHERES, DIREITOS SEXUAIS E
DIREITOS REPRODUTIVOS
Em uma avaliação geral sobre o atendimento de saúde no município de Mogi das Cruzes,
indiscriminado se público ou privado, é possível distinguir algumas disparidades entre os
três bairros pesquisados:



Em César de Souza a avaliação é regular e não apresenta variação nem positiva e
nem negativa.
No Jardim Aeroporto, as opiniões se dividiram entre aqueles que consideram o
atendimento regular (42%) e os que consideram ótimo e bom (42%), o que
deflagra uma avaliação positiva em relação ao atendimento de saúde no bairro.
Essa avaliação com tendência positiva talvez possa ser explicada pela atuação das
Agentes Comunitárias de Saúde das Unidades Básicas de Saúde da Família que
estão presente no Jd. Aeroporto.
Já no bairro de Jundiapeba, apesar de a maioria ter qualificado o atendimento de
saúde como regular, chama atenção que um terço das entrevistadas considera esse
atendimento ruim ou péssimo.
16
Em relação aos espaços de referência para a saúde da mulher:
Por volta de oito em cada dez entrevistadas de todos os bairros enxergam o Pró-Mulher
como o principal espaço de referência da saúde feminina. A Santa Casa e o Luzia de Pinho
Melo foram reconhecidos por mais de duas em cada dez entrevistadas nos três bairros, e
as UBSs são tidas como referência para três em cada dez mulheres dos bairros César de
Souza e Jd. Aeroporto.
No entanto, a maior disparidade é em relação aos PSFs que, por existirem apenas no
Jardim Aeroporto, são reconhecidos por mais de um terço das entrevistadas deste bairro.
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Questionadas sobre a realização de exames no sistema público de saúde no município:
Qualifique os serviços realizados nos últimos três anos em relação à/ao: (%)
César de Souza: Tanto a disponibilidade de agendamento como o acesso aos resultados
dos exames são avaliados por mais de um terço das entrevistadas como ótimos ou bons. Já
a disponibilidade de especialistas e a velocidade dos resultados aparecem para mais de
três em cada dez entrevistadas como serviços ruins ou péssimos.
Jd. Aeroporto: Chama atenção que apenas a disponibilidade de especialistas foi
considerada regular, sendo que todos os outros serviços foram considerados ótimos ou
bons por mais da metade das mulheres.
Jundiapeba: Apenas o acesso aos resultados teve uma avaliação positiva na opinião das
entrevistadas. Os outros serviços foram avaliados como regulares.
18
Sobre as dificuldades para utilização do serviço de saúde:
A falta de vaga (61%) e fila para agendamento (59%), ambas relacionadas à demora no
atendimento pelos serviços de saúde de Mogi das Cruzes, são os principais problemas
apontados pelas mulheres que deles fazem uso.
Em relação a programas de planejamento familiar ou reprodutivo:
<Gráfico da Esquerda> Em César de Souza a maior parte das entrevistadas (53%) não
soube responder se existe ou não algum programa de planejamento familiar ou
reprodutivo. E, embora mais de quatro em cada dez mulheres de Jundiapeba tenham
afirmado que existe algum programa deste tipo no bairro, também é alta a proporção de
19
entrevistadas que não soube responder esta questão (40%). Esses dados revelam a falta
de informação disponível sobre programas deste tipo nestes dois bairros.
Já no Jardim Aeroporto mais de seis em cada dez entrevistadas afirmam que existem
programas de planejamento familiar ou reprodutivo na unidade de saúde do bairro
Apenas um quarto das entrevistadas não soube responder esta pergunta.
<Gráficos da Direita> Entre as entrevistadas que participam de algum programa de
planejamento familiar:
 Embora um terço das moradoras do bairro Jd. Aeroporto participe de programas
deste tipo (34%), em César de Sousa (4%) e Jundiapeba (9%) os índices não
chegam a um décimo;
 A avaliação dos programas é ótima ou boa para mais de três quartos das mulheres
entrevistadas em todos os bairros;
 Em relação aos outros bairros consultados, chama atenção que em Jundiapeba
mais de uma em cada dez mulheres considere o programa que participa ruim ou
péssimo.
Sobre a obtenção e divulgação de informações a respeito dos serviços de saúde existentes:
Onde você obtém informações sobre serviços e projetos de saúde ofertados à
população? (%)
Na opinião das mulheres entrevistadas dos três bairros, a televisão cumpre um papel
importante na difusão de informações sobre serviços públicos de saúde (66% em César
de Souza; 49% no Jardim Aeroporto; 58% em Jundiapeba). Em seguida, os próprios
equipamentos de saúde são reconhecidos pelas entrevistadas como importantes difusores
de informação (27% em César de Souza; 53% no Jardim Aeroporto; 28% em
Jundiapeba). Chama atenção que no Jd. Aeroporto os equipamentos de saúde são vistos
como o principal veículo de comunicação de serviços e projetos, confirmando a relevância
da atuação das Agentes Comunitárias de Saúde no bairro.
20
EIXO IV - ENFRENTAMENTO DE TODAS AS FORMAS DE
VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES
Para compreender mais sobre a concepção de violência contra a mulher das
entrevistadas, foram elencadas algumas situações de violência para as quais elas deveriam
dizer se possuíam algum grau de concordância, discordavam ou se não sabiam o que
responder:
Como mostra o gráfico acima, mais de oito em cada dez entrevistadas consideram que a
mulher não deve ser submissa ao companheiro em relação ao trabalho e a relações
sexuais.
Contudo, é preocupante que mais de seis em cada dez entrevistadas concordem em algum
grau que quando uma mulher usa roupa curta, ela provoca a possibilidade de sofrer
violência sexual; e que mais de quatro em cada dez concorde que o casamento deve ser até
que a morte os separe.
Ainda que existam pequenas variações entre os três bairros, elas não alteram a avaliação
geral.
Quais destas situações você considera um form a de violência? (%)
Quando a mulher leva um tapa no rosto
92
Quando a mulher apanha de vez em quando
91
Quando a mulher é obrigada a praticar um ato sexual sem vontade
91
Quando a mulher é ofendida com palavras, como burra, lerda, etc.
82
Quando a mulher é impedida de ter contato com amigos e família
76
Quando o profissional da delegacia desmotiva a mulher a fazer uma denúncia
74
Quando seus bens (documentos, dinheiro) foram retidos por alguém da família
73
Quando a mulher é proibida de trabalhar
67
Quando a mulher é proibida de frequentar alguns lugares
61
A forma como a mulher é exposta na mídia
60
Não opinou
3
21
Embora todas as situações tenham sido apontadas como formas de violência contra a
mulher pela maioria das entrevistadas, três delas não foram reconhecidas como violência
por mais de três em cada dez entrevistadas:
 Quando a mulher é proibida de trabalhar
 Quando a mulher é proibida de frequentar alguns lugares
 A forma como a mulher é exposta na mídia.
E, ainda que a maioria das entrevistadas considere uma situação de violência quando a
mulher leva um tapa no rosto (92%), é significativo que aproximadamente um décimo
delas não tenha compartilhado desta consideração.
Para maior compreensão do perfil das entrevistadas que não declararam que o tapa no
rosto constitui um tipo de violência (8%), contribui a análise sobre a escolaridade dessas
mulheres:
Por meio deste cruzamento de informações podemos perceber que entre essas
entrevistadas, cerca de uma a cada dez terminou o Ensino Médio e por volta de três a cada
dez terminou o Ensino Fundamental I. Chama atenção que, embora representem
numericamente percentuais baixos, as mulheres que nunca estudaram e as que
frequentaram o Ensino Superior tenham aparecido com resultados próximos.
Em relação às situações de violência sofrida por mulheres, todos os resultados são
similares entre os três bairros:
Nove em cada dez mulheres considera violência quando a mulher é agredida pelo marido
ou companheiro. Ao mesmo tempo, quando a agressão vem de pai, mãe e sogra (o), ao
22
menos um terço das entrevistadas não considera a agressão como uma forma violência
contra a mulher.
Na opinião de mais da metade das entrevistadas as principais dificuldades para denunciar
os agressores e sair de situações de violência à mulher são, nesta ordem: medo da reação
do companheiro (59%), vergonha de falar sobre o ocorrido (56%), dependência financeira
(26%).
<Gráfico da Esquerda> Sete em cada dez mulheres conhecem algum caso de violência
contra a mulher.
<Gráfico do Meio> Entre as entrevistadas que disseram conhecer casos de violência
contra a mulher, chama atenção que metade diz que a vítima não procurou ajuda ou foi
atendida.
<Gráfico da Direita> Caso a entrevistada fosse vítima de uma situação de violência, mais
de sete em cada dez entrevistadas procurariam a Delegacia e, em seguida, estão aquelas
23
que buscariam o Conselho Municipal de Direitos da Mulher (39%) e do Disque Denúncia
(25%). Esta análise é similar em todos os bairros consultados.
Entre as mulheres que já utilizaram ou acompanharam alguma situação de violência
contra a mulher:
Já utilizou ou acompanhou casos de violência contra
a mulher que tenha utilizado o seguinte
equipamento? (%)
CÉSAR DE
JD.
SOUZA AEROPORTO




JUNDIAPEBA
CRAS
40
38
50
UBS
47
52
64
CREAS
63
43
43
Delegacia
34
29
47
Conselho da Mulher
21
27
30
Disque denúncia
25
39
23
Amigos
30
26
41
Ministério Público
45
44
38
Todos os equipamentos listados já foram utilizados ou acompanhados por ao
menos uma em cada cinco entrevistadas, o que expõe a proximidade das
entrevistadas com casos de violência contra a mulher.
No bairro César de Souza mais de seis em cada dez entrevistadas afirmam já ter
acompanhado o atendimento de mulheres vítimas de violência no CREAS, e mais de
quatro em cada dez delas em UBSs (47%) e no Ministério Público (45%).
No Jd. Aeroporto as UBSs (52%), o Ministério Público (44%) e o CREAS (43%) são
os equipamentos mais utilizados entre as entrevistadas para este fim.
E, em Jundiapeba, seis em cada dez entrevistadas acompanhou o atendimento de
mulheres vítimas de violência em UBS (64%) e metade delas no CRAS (50%).
Já em relação à média das notas atribuídas pelas entrevistadas a estes equipamentos, as
distinções entre os três bairros consultados são expressivas:
Qual nota de 0 a 5, você atribui para o equipamento utilizado?
CRAS
UBS
CREAS
Delegacia
Conselho da Mulher
Disque denúncia
Amigos
Ministério Público

CÉSAR DE
SOUZA
4,3
4,4
3,7
3,5
4,0
2,6
3,5
3,8
JD.
JUNDIAPEBA
AEROPORTO
4,8
5,0
4,2
3,7
3,7
2,8
3,2
3,2
4,2
3,9
4,6
3,0
3,9
3,5
3,4
3,0
Em César de Souza o equipamento com melhor avaliação é a UBS, que recebeu
nota média de 4,4, e o que recebeu a avaliação mais negativa foi o Disque Denúncia,
com 2,6, nota média mais baixa entre todos os equipamentos de todos os bairros.
24


No Jd. Aeroporto o CRAS é o equipamento mais bem avaliado, com nota 4,8, e a
Delegacia, com a nota média de 3,2, obteve a pior avaliação na opinião das
mulheres entrevistadas no Jd. Aeroporto.
Já em Jundiapeba, o CRAS teve a melhor avaliação, obtendo a única nota média
5,0, e o CREAS foi o equipamento pior avaliado no bairro, com nota 2,8.
Sobre a Lei Maria da Penha:
<Gráfico da Esquerda> Sete em cada dez mulheres conhecem a Lei Maria da Penha de
alguma forma. E um quarto das entrevistadas apenas ouviu falar sobre o assunto.
<Gráfico da Direita> Entre as mulheres que conhecem esta lei, as opiniões se dividem
entre as que acreditam que ela funciona (37%) e as que acham que ela funciona em alguns
casos (35%).
25
Pouco mais da metade das mulheres não tem conhecimento sobre: pedido de
representação para o andamento do processo contra o autor da agressão; medida protetiva;
Abrigo de Mulheres e o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS).
Chama atenção que apenas três em cada dez mulheres entrevistadas conheçam o
COMMulher, ou seja, sete em cada dez mulheres não sabem da existência e quais as
atribuições do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher de Mogi das Cruzes.
EIXO V – PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NOS ESPAÇOS
DE PODER E DECISÃO
Em análise geral:
Sete em cada dez entrevistadas considera baixo ou muito baixo o grau de participação das
mulheres moradoras de seu bairro em espaços de poder e decisão. Esse resultado é similar
nos três bairros pesquisados.
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Questionadas sobre espaços que as entrevistadas conhecem e participam:
Você se envolve com algum destes espaços de participação? (%)
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Metade das mulheres afirma frequentar a igreja (51%). Em seguida, como espaços de
participação mais frequentados pelas entrevistadas, estão o Conselho de Escola (24%), as
associações de bairro (17%) e o Conselho Tutelar (16%), ainda que com menos
envolvimento do que a igreja.
Chama atenção não apenas a falta de participação das mulheres em relação à maioria dos
conselhos de direitos, mas também o desconhecimento em relação a eles, incluindo o
Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (18% desconhecem que ele exista).
Esses índices são similares nos três bairros.
Quanto aos motivos que levam à baixa participação de mulheres em espaços de poder e
decisão:
Nos três bairros envolvidos o primeiro motivo levantado foi a falta de conhecimento
(37%), seguido pela falta de interesse (24%).
Em relação à segunda dificuldade levantada, é importante ressaltar que a classificação
como “falta de interesse” precisa ser entendida dentro um contexto mais amplo, no qual
tarefas historicamente designadas para mulheres as afastam de espaços de participação
política.
Em relação aos meios de incentivar a participação de mulheres:
Em relação às ações de incentivo à participação política de mulheres em espaços de poder
e decisão, a opinião das entrevistadas ficou dividida entre: sensibilizar sobre a
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importância dessa participação (22%), esclarecer as mulheres sobre seus direitos e
deveres (22%), divulgar os espaços de participação existentes (21%) e promover debates
sobre os direitos da mulher (19%). Esse resultado expõe a existência de dúvidas sobre
qual seria a melhor forma de incentivar a mulher a ocupar espaços de poder e decisão,
evidenciando a relevância de todas as iniciativas.
Separando esses resultados por bairro podemos observar algumas distinções importantes:
Melhor forma de incentivar a participação da mulher nos espaços de poder e decisão X Bairro (%)
CÉSAR DE
SOUZA
Sensibilização para a importância da participação das
mulheres
Esclarecer os direitos e deveres da mulher em espaços de
ensino
Divulgação dos espaços de participação
Promover debates sobre os direitos da mulher
Incentivar a constituição de grupos de mulheres
Não opinou
JD.
JUNDIAPEBA
AEROPORTO
22
27
18
15
23
27
28
18
17
20
18
21
12
9
13
3
5
4
Em César de Souza a divulgação dos espaços de participação existentes é tida como a
melhor forma de incentivar a atuação das mulheres em espaços de poder e decisão; no
Jardim Aeroporto, as entrevistadas apontaram para a necessidade de sensibilizar as
mulheres para a importância da participação; já em Jundiapeba, a principal medida
levantada é o esclarecimento sobre direitos e deveres das mulheres.
Ainda que existam algumas diferenças locais, entre cinco e seis mulheres a cada dez
afirmam não ter acesso a informações sobre cidadania e participação.
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Menos de uma em cada dez mulheres são filiadas a algum partido. Em relação a lideranças
comunitárias, metade das entrevistadas sabe o que isso significa e pouco mais de um terço
conhece lideranças femininas que atuam no seu bairro.
E chama atenção que quinze por cento das mulheres gostariam de ser líderes
comunitárias. Embora esse resultado pareça pequeno, é considerável que essa quantidade
de mulheres tenha vontade de atuar cotidianamente em seu bairro.
Questionadas sobre o grau de conhecimento do II Plano Nacional de Políticas para as
Mulheres (II PNPM), documento que embasou essa pesquisa participativa de opinião:
Chama atenção que mais de seis em cada dez entrevistadas nunca tenha ouvido falar sobre
o II PNPM, resultado similar entre as mulheres entrevistadas nos três bairros envolvidos.
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A respeito da intenção das entrevistadas em participar em futuras atividades realizadas
em seu bairro:
As ações que teriam maior participação das entrevistadas são, em primeiro lugar, os
abaixo assinados (63%), seguida pelo uso de camisetas (56%) e a denúncia de casos de
agressão (54%). A participação em manifestações públicas e em reuniões com poder
público tem a menor adesão (ambas com 30%).
Chama atenção o alto percentual de mulheres que afirmaram que participariam de todas
as atividades. Em nenhuma das iniciativas a opção não participaria foi maior do que a
opção com certeza.
Para facilitar a realização de atividades específicas com cada público, cruzamos as
atividades que as entrevistadas participariam “com certeza” por cada um dos bairros
envolvidos:
Atividades que participaria com certeza X Bairro (%)
CÉSAR DE
SOUZA
Indo a reuniões com os outros moradores do bairro
Indo a reuniões com representantes do poder público
Discutindo o tema no local de trabalho, estudo, igreja, associações, etc.
Denunciando um caso de agressão
Participando de abaixo assinados
Usando uma camiseta sobre o tema
Postaria mensagens no Twitter/ Orkut/ Facebook
Participando de manifestações públicas
Fazendo parte do Projeto Mulher Atuação
JD.
JUNDIAPEBA
AEROPORTO
34
40
43
27
27
37
39
46
53
59
43
59
70
57
64
56
55
57
43
38
42
30
31
29
37
40
48
31
Em todos os bairros a maior adesão está na participação em abaixo assinados. Em César
de Souza e no Jd. Aeroporto a menor adesão está na participação em reuniões com o
poder público (27% em ambos). Já em Jundiapeba, são as manifestações públicas que
possuem o menor índice de adesão (29%).
Ainda que nos três bairros muitas mulheres tenham afirmado sentir interesse em
participar das atividades elencadas, Jundiapeba tem a maior média geral de participação
entre as entrevistadas (48%), seguido por Jd. Aeroporto (40%) e César de Souza (39%).
Já em relação às diferentes faixas de idade:
Atividades que participaria com certeza X Idade (%)
Indo a reuniões com os outros moradores do bairro
Indo a reuniões com representantes do poder público
Discutindo o tema no local de trabalho, estudo, igreja,
associações, etc.
Denunciando um caso de agressão
Participando de abaixo assinados
Usando uma camiseta sobre o tema
Postaria mensagens no Twitter/ Orkut/ Facebook
Participando de manifestações públicas
Fazendo parte do Projeto Mulher Atuação
ATÉ 18
ANOS
19 ATÉ 35
ANOS
36 ATÉ 55
ANOS
56 ANOS OU
MAIS
33
36
43
46
20
27
37
23
40
45
49
38
60
54
56
38
63
62
67
54
57
54
59
49
43
46
38
18
27
30
31
26
40
39
45
41
Pode-se observar que independente da idade, a atividade que obteve maior adesão das
entrevistadas é a participação em abaixo-assinados.
E, no que diz respeito à participação das entrevistadas no projeto Mulher Atuação, ainda
que em todas as faixas etárias a atração pelo projeto tenha atingido ao menos quatro em
cada dez mulheres, entrevistadas entre 35 e 55 anos foram as que se mostraram mais
dispostas (45%).
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Relatório Completo – Mogi das Cruzes