TÍTULO DA PALESTRA
(Org. por Sérgio Biagi Gregório)
14/7/2011
Dor e Sofrimento
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Dor e Sofrimento
Introdução
O que se entende por dor?
E sofrimento?
Há diferença entre dor e sofrimento?
Como analisar a dor e o sofrimento
sob o ponto de vista da Doutrina
Espírita?
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Dor e Sofrimento
Conceito
Dor
Sofrimento
Em sentido geral é a sensação
desagradável e penosa,
resultante de uma lesão,
contusão, ferimento ou
funcionamento anômalo de um
órgão. Por extensão, o termo se
aplica a sentimentos de tristeza,
mágoa, aflição, pesar, que
podem repercutir de maneira
mais ou menos intensa sobre o
organismo, causando mal-estar.
É a dor física ou moral.
Quando enfrentado
pelo indivíduo com
coragem e resignação
torna-se fator de
aperfeiçoamento
espiritual, capaz de
conduzir ao heroísmo e
à santidade. (Pequena
Enciclopédia de Moral
e Civismo)
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Dor e Sofrimento
Histórico
Os papiros do Egito e os documentos da Pérsia e da Grécia antiga descrevem
não só a ocorrência da dor como também o desenvolvimento de medidas
visando seu controle. Nos túmulos dos antepassados foram encontrados
diversos apetrechos visando à cura da dor.
Na antiguidade, atribuía-se a dor aos maus espíritos. Dado o caráter religioso
da dor, a Medicina era exercida por sacerdotes, que empregavam remédios
naturais, sacrifício e prece para aliviar a dor.
Ao observar que os animais banhavam-se com barro para proteger-se das
picadas dos insetos e os cachorros purgavam-se comendo plantas e raízes, o
ser humano começou a usar os vegetais como os primeiros instrumentos
analgésicos.
Os rituais, o uso de plantas medicinais, as manipulações físicas, a aplicação de
calor, frio ou fricção do passado ainda continuam a ser utilizados. Hoje, porém,
temos um maior acervo de pesquisas científicas, inclusive com a aplicação do
“lazer”.
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Dor e Sofrimento
A Dor Segundo a Medicina
De acordo com a medicina, a dor tem duas
características importantes:
a) fenômeno dual,
em que de um lado está
a percepção da
sensação e, do outro, a
resposta emocional do
paciente a ela;
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b) dor sentida como
aguda. Nesse caso, ela
pode ser passageira ou
crônica (persistente). O
combate à dor física é feito
com diagnósticos, exames,
remédios e cirurgias
auxiliadas pelas modernas
técnicas computadorizadas.
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Dor e Sofrimento
Necessidade da Dor
A dor física anuncia que
algo em nós não vai bem e
precisa de melhora. Embora
sempre queiramos fugir dela,
ela nos oferece a
oportunidade de reflexão —
volta para o nosso interior —,
objetivando o conhecimento
de nós mesmos. :
Dada a
grande
coerência da dor, tanto
sofrem os grandes gênios e como
as pessoas mais apagadas.
Nesse sentido, observe o
sofrimento anônimo daqueles que
dão exemplo de santidade aos
que lhe sentem os efeitos,
mesmos ocultos e sigilosos.
A dor não é castigo: é contingência inerente à vida,
cuja atuação visa a evolução do ser humano.
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Repensando a Dor
A "dor é uma bênção que Deus envia aos seus eleitos".
É aguilhão, forja, fornalha, lapidaria, crisol e rútila. É agente de
progresso, moeda luminosa, "lixívia que saneia e embranquece a alma
enodoada pelos mais hediondos crimes".
É "agente de fixação, expondo-nos a verdadeira fisionomia moral".
É "valioso curso de aprimoramento para todos os aprendizes da escola
humana".
É "o instrumento invisível que Deus utiliza para converter-nos, a pouco
e pouco, em falenas de luz".
É "nossa companheira – lanterna acesa em escura noite – guiandonos, de retorno, à Casa do Pai Celestial". (Equipe Feb, 1995)
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Sofrimento Segundo a Medicina
A dor é fisiológica; o sofrimento, psicológico. O
sofrimento é um conceito mais abrangente e
complexo do que a dor.
Em se tratando de uma
doença, é o sentimento
de angústia,
vulnerabilidade, perda
de controle e ameaça à
integridade do eu. Pode
existir dor sem
sofrimento e sofrimento
sem dor.
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O sofrimento, sendo
mais vasto, é
existencial. Ele inclui as
dimensões psíquicas,
psicológicas, sociais e
espirituais do ser
humano. A dor influi no
sofrimento e o
sofrimento influi na dor.
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Dor e Sofrimento
A Posição Religiosa sobre o Sofrimento
A simples reflexão sobre a dor e o sofrimento basta para
evidenciar que eles têm uma razão de ser muito profunda.
A dor é um alerta da
natureza, que anuncia
algum mal que está nos
atingindo e que
precisamos enfrentar.
Se não fosse a dor
sucumbiríamos a
muitas doenças sem
sequer nos dar conta do
perigo.
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O sofrimento, mais profundo do
que a simples dor sensível e que afeta
toda a existência, também tem a sua
razão de ser. É através dele que o
homem se insere na vida mística e
religiosa. Por mais real que seja a razão
de um sofrimento, não basta apenas a
coragem para enfrentá-lo; necessitamos
também do estímulo místico, ou seja, da
religião. (Idígoras, 1983)
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Repensando o Sofrimento
"O sofrimento é inerente ao estado de imperfeição, mas atenua-se com o
progresso e desaparece quando o Espírito vence a matéria".
"O sofrimento é um meio poderoso de educação para as Almas, pois
desenvolve a sensibilidade, que já é, por si mesma, um acréscimo de vida".
"O sofrimento é o misterioso operário que trabalha nas profundezas de nossa
alma, e trabalha por nossa elevação".
"Em todo o universo o sofrimento é sobretudo um meio educativo e purificador".
"O primeiro juiz enviado por Deus é o sofrimento, que procura despertar a
consciência adormecida".
"É apelo à ascensão. Sem ele seria difícil acordar a consciência para a realidade
superior. Aguilhão benéfico, o sofrimento evita-nos a precipitação nos
despenhadeiros do mal, auxilia-nos a prosseguir entre as margens do caminho,
mantendo-nos a correção necessária ao êxito do plano redentor". (Equipe Feb,
1995)
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As Aflições sob a Ótica Espírita
A noção de castigo está relacionada com a ofensa a Deus. Dependendo do
grau da ofensa, o castigo pode ser eterno. Ao ofender a Deus, o crente sofre e,
com isso, a sua vida se torna um vale de lágrimas.
O Espiritismo, ao contrário, ensina-nos que todos os nossos sofrimentos estão
afeitos à lei de ação e reação.
Allan Kardec, no cap. V de O Evangelho Segundo o Espiritismo, trata do problema
das aflições, mostrando-nos a sua justiça. Fala-nos das causas atuais e anteriores
das aflições, do suicídio, do bem e mal sofrer, da perda de pessoas amadas, dos
tormentos voluntários etc. Estudando pormenorizadamente este capítulo vamos
aprendendo que Deus, inteligência suprema e causa primária de todas as coisas,
deixa sempre uma porta aberta ao arrependimento e o ressarcimento da falta
cometida.
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Remorso, Arrependimento e Resgate
É da Lei Divina que o ser humano receba, em si mesmo, o
que plantou, nesta ou em outras encarnações.
O primeiro passo é o
remorso. O remorso é
um estado de alma que
nos faz remoer o que
fizemos de errado,
mostrando as nossas
falhas e os nossos
deslizes com relação à
lei natural. .
O arrependimento,
que vem em seguida,
torna-nos mais
humildes e mais
obedientes a Deus.
Depois de remoída e
arrependida, a falta
deve ser reparada,
por isso o resgate
Remorso, arrependimento e resgate fecham o ciclo de uma determinada
dor, de um determinado sofrimento. Embora possamos receber ajuda externa
(por exemplo, de um mentor espiritual), a solução está dentro de nós mesmos,
pois implica determinação na mudança de atitude e comportamento.
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Jugo Leve
Allan Kardec, no cap. VI de O Evangelho Segundo o Espiritismo, diz-nos
que todos os sofrimentos, misérias, decepções, dores físicas, perda de
entes queridos encontram sua consolação na fé no futuro, na confiança
na justiça de Deus, que o Cristo veio ensinar aos homens.
Naquele que não crê na vida futura as aflições se abatem com todo o seu
peso, e nenhuma esperança vem suavizar-lhe a amargura.
O jugo será leve desde que obedeçamos à lei. Mas, que lei? A lei áurea
deixada por Jesus: "Fazer aos outros o que gostaríamos que nos fosse
feito".
Praticando-a, vamos atualizando as nossas potencialidades de justiça,
amor e caridade, primeiramente com relação a Deus e, secundariamente,
com relação a nós mesmos e ao nosso próximo.
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Conclusão
O Espiritismo é o "Consolador" prometido
por Jesus.
Meditando sobre os seus princípios,
vamos construindo um edifício sólido,
alicerçado na fé raciocinada, ou seja, na
fé que usa o sentimento, mas
preponderantemente a razão.
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Bibliografia Consultada
ÁVILA, F. B. de S.J. Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo. Rio
de Janeiro: M.E.C., 1967.
KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed. São
Paulo: IDE, 1984.
IDÍGORAS, J. L. Vocabulário Teológico para a América Latina. São
Paulo: Paulinas, 1983.
EQUIPE DA FEB. O Espiritismo de A a Z. Rio de Janeiro: FEB,
1995.
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