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Lições aprendidas com código aberto
O Departamento de Defesa dos EUA produziu
um relatório, lançado sob a licença Creative Commons Attribution ShareAlike 3.0, sobre suas experiências com o uso de software aberto. O relatório
segue os passos de um memorando de 2009 que
abriu as portas do departamento para o uso de
aplicativos em código aberto.
Com o título Open Technology Development
(OTD): Lessons Learned & Best Practices for Military
Software (“Desenvolvimento de tecnologias abertas: lições aprendidas e melhores práticas para
software militar”) o relatório contêm informações que são úteis para além das exigências específicas dos militares. Organizações que desejam
usar aplicativos em código aberto, contribuir com
suas comunidades ou criar seus próprios projetos
também podem ver neste documento uma ferramenta muito útil. Ele define as diferentes formas
em que um software é desenvolvido – proprietário, código aberto, freeware etc. – e segue descrevendo como gerenciar e manter um projeto de
tecnologia aberta, com detalhes das táticas, ferramentas e procedimentos necessários.
Uma atenção considerável é dada ao desenvolvimento de um modelo baseado em comunidade,
esclarecendo que a “comunicação é a chave do sucesso em qualquer projeto”. Ênfase é dada na necessidade de ser inclusivo, evitar discussões privadas, ser aberto com a revisão do código e resolver
desavenças e rudeza no momento da publicação
do conteúdo. O relatório ainda oferece guias específicos sobre como gerenciar contribuições e como
desenvolver e definir as metas do projeto.
Para as empresas e grupos que estão pensando
em usar código aberto pela primeira vez, o relatório detalha como analisar os benefícios e pontos
chaves de uso, além de como avaliar alternativas.
Esses pontos podem ser facilmente adaptados
em uma lista de tarefas para qualquer organização migrando para soluções em código aberto.
Direitos intelectuais, formato de dados, padrões
e interfaces também são examinados.
O documento inclui ainda uma parte sobre direitos autorais, licenças, patentes e marcas, compara as diferentes licenças usadas com código aberto e as maneiras em que podem ser combinadas,
dando conselhos sobre a escolha da licença. O relatório declara: “Combinar aplicativos requer que
desenvolvedores e usuários obedeçam todas as licenças simultaneamente. É necessário tomar muito cuidado quando se escolhe uma licença para
garantir que o software possa ser usado e reusado
pelo maior número de usuários possível (se a meta
é a criação de um aplicativo em código aberto).
O relatório está em inglês, no formato PDF,
e pode ser baixado no link: http://www.ossinstitute.org/OTD2011/OTD-lessons-learnedmilitary-FinalV1.pdf
Oracle lança versão 6.1 de seu Oracle Linux
A Oracle anunciou que está disponível uma
nova versão do Oracle Linux 6.1. A distribuição da empresa é construída a partir do código-fonte do sistema operacional RHEL – Red
Hat Enterprise Linux e disponibilizado com o
Unbreakable Enterprise Kernel (UEK), de criação da própria Oracle, por padrão.
O Oracle Linux 6.1 foi lançado em meados de maio de 2011 e apesar dos esforços
da empresa para retardar os clones, a versão
da gigante dos bancos de dados foi lançada
em pouco menos de duas semanas após o
lançamento do RHEL 6.1. As notas de lançamento para essa revisão apontam apenas
as mudanças usuais da Oracle, a remoção da
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marca Red Hat, documentação específica e a
adição do UEK baseado no kernel 2.6.32.21.
De acordo com a Oracle, seu kernel a prova
de falhas possui um balanceamento IRQ melhorado, menor contenção de travas de processos, entrada e saída de rede mais rápida e
maior desempenho de memória virtual.
O Oracle Linux 6.1 está disponível para
download através das páginas eDelivery da
Oracle, mas requer registro e a aceitação de
termos de uso.
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O Google lançou um framework para “comunicações em tempo real no navegador”,
chamado WebRTC, em código aberto. O projeto é uma implementação da proposta de
fornecer meios para que desenvolvedores
criem aplicativos de bate-papo e conferências em vídeo e áudio que podem ser executadas dentro do navegador web, usando
APIs JavaScript para controlar conexões e a
transcodificação de som e imagem.
Com essa tecnologia, um site de rede
social pode conectar amigos usando batepapos em vídeo com WebRTC ou um site
de desenvolvimento colaborativo pode
criar conferências em áudio para os times
dos projetos. A iniciativa conta com o suporte do Google e da Mozilla.
Os codecs do WebRTC e sua propriedade intelectual são todos livres de royalties e
seu código-fonte está disponível sob uma
licença BSD. O Google obteve a tecnologia de áudio presente no sistema quando
adquiriu a Global IP Solutions em maio de
2010. A empresa era conhecida por dois
codecs de voz, o iLBC para banda estreita
e o iSAC para banda larga. Esses codecs,
associados com o codec de vídeo VP8 do
Google são agregados em um bloco de dados que inclui também a tecnologia de comunicação em redes usada no libjingle,
do Google Talk. Dessa forma, esse bloco
de comunicação consegue lidar com passagens por NAT e firewalls, implementar
buffering, supressão de erros nos fluxos
de áudio e vídeo e ainda oferece suporte
para conexões ponto-a-ponto.
O Google Talk já usa o iSAC como codec padrão e a empresa afirma que já está
nos estágios iniciais de implementação do
WebRTC para o Google Talk e Android.
De acordo com a sessão de perguntas e
respostas do projeto, a API está em desenvolvimento, mas já existe um esforço
junto à WHATWG, W3C e IETF para criar
uma API estável para ser implementada
em alguns navegadores. Uma vez estabelecida essa versão, o desenvolvimento
deve manter compatibilidade reversa e
interoperabilidade.
Admin Magazine #2 | Junho de 2011
IBM lança novos servidores
inspirados na tecnologia
do “Watson”
A IBM acaba de lançar no mercado os mesmos
servidores POWER7 utilizados no supercomputador Watson, vencedor do quiz show Jeopardy!. A tecnologia possui carga de trabalho
otimizada, oferece aumento de desempenho e
é construída para gerenciar os aplicativos mais
exigentes do mundo, utilizados, por exemplo,
no gerenciamento de assistência médica, serviços financeiros, pesquisa científica etc.
As demandas especializadas desses novos
aplicativos dependem do processamento de
um enorme número de transações e dados simultâneos enquanto analisam essas informações em tempo real.
Os novos blades POWER7 possuem desempenho 60% maior; duas vezes o número de núcleos; ocupam o mesmo espaço e têm a mesma
utilização de energia que os modelos anteriores. Além disso, dão suporte a consolidação de
servidores em massa gastando menos energia.
Outra novidade foi o novo dispositivo Systems
Director Management, console que permite que
os administradores do data center operem tanto servidores Power quanto blades com uma interface unificada e intuitiva para gerenciamento de recursos do sistema virtualizado.
A IBM tem se destacado no mercado deste
tipo de máquina. Uma recente pesquisa do IDC
mostra que a empresa ampliou sua liderança
nos servidores UNIX® no quarto trimestre de
2010, alcançando uma participação de 53,9%
nas receitas desse segmento, um aumento de 5,9
pontos de participação sobre os concorrentes e
liderando por mais de 30% o segundo colocado.
O supersistema IBM Watson competiu recentemente e venceu em uma das mais famosas competições dos Estados Unidos, o Jeopardy. O Watson desafiou os maiores campeões da competição
e venceu com resultados gerais impressionantes.
Considerado uma das vitórias alcançadas pela
IBM ao longo dos seus 100 anos, a companhia impulsionou e muitas vezes orientou a transformação do negócio, da ciência e da sociedade. Muitas
conquistas mudaram o universo corporativo e influenciaram a vida das pessoas. Confira algumas
delas no portal http://www.ibm100.com.
CORPORATE
Framework do Google permite
criar aplicações de audio e
video com uso de Javascript
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