ÍNDICE - 03/10/2004
Folha de S.Paulo............................................................................................................2
XColuna....................................................................................................................................................2
ELIO GASPARI .............................................................................................................................................2
Vioxx no Merck .................................................................................................................................2
Correio Braziliense........................................................................................................3
Brasil/ Saúde ...........................................................................................................................................3
Alternativa ao uso de antiinflamatório ...........................................................................................................3
Correio Braziliense........................................................................................................5
Revista D ..................................................................................................................................................5
Destaque-se ..................................................................................................................................................5
Beleza I.............................................................................................................................................5
Pílula de bronzeamento ...................................................................................................................5
Beleza II............................................................................................................................................5
Use protetor solar .............................................................................................................................5
Folha de S.Paulo............................................................................................................6
São Paulo/ PLANTÃO MÉDICO ..............................................................................................................6
Cai importância do PSA para próstata ..........................................................................................................6
Revista Veja ...................................................................................................................7
Geral/ Saúde ............................................................................................................................................7
Faz mal ao coração .......................................................................................................................................7
Jornal do Commercio (RJ)............................................................................................8
Tecnologia & Saúde................................................................................................................................8
Novas técnicas ajudam no combate à celulite ..............................................................................................8
Diário de Cuiabá (MT).................................................................................................. 12
Cidades ..................................................................................................................................................12
Disfunção erétil atinge ao menos 11 milhões no Brasil ..............................................................................12
Diário de Pernambuco (PE) ........................................................................................ 13
Economia ...............................................................................................................................................13
Tire suas Dúvidas........................................................................................................................................13
ALIMENTOS...................................................................................................................................13
Lanchonetes e restaurantes têm regras ........................................................................................13
DEDETIZAÇÃO ..............................................................................................................................13
Contratar serviços exige cuidados .................................................................................................13
Diário de Pernambuco (PE) ........................................................................................ 14
Economia ...............................................................................................................................................14
Consumidor desconfia de ofertas ...............................................................................................................14
Jornal do Commercio (PE).......................................................................................... 15
Cidades ..................................................................................................................................................15
Substâncias ajudam a reduzir o colesterol .................................................................................................15
Folha de S.Paulo
03/10/2004
XColuna
ELIO GASPARI
Vioxx no Merck
Deverá custar caro ao laboratório Merck a insistência com que manteve o
antiinflamatório Vioxx nas farmácias de todo o mundo. O remédio, considerado um
bálsamo milagroso, foi aprovado pela vigilância sanitária americana em 1999. Em
meados de 2001, duas grandes revistas científicas, o "Journal of the American Medical
Association" e a "Lancet", levantaram a suspeitas de que seu uso continuado (mais de
um ano ou doses muito altas, ainda que por pouco tempo) provocava distúrbios
circulatórios.
Em setembro de 2001 o governo advertiu a Merck. Ela subestimava uma
pesquisa que apontara os riscos de enfarto para os usuários do Vioxx. Ele era quatro
vezes superior ao de pessoas medicadas com outras drogas.
Já existe, nos Estados Unidos, há algum tempo, a ocupação de "Advogado
Vioxx". São escritórios especializados em analisar as reclamações das vítimas.
Com o Vioxx evaporaram-se 28 bilhões de dólares dos acionistas da Merck. O
laboratório deve ter faturado uns 10 bilhões de dólares com o sucesso. O efeito
colateral poderá ser o fim da empresa, sem BNDES que dê jeito.
Correio Braziliense
03/10/2004
Brasil/ Saúde
Alternativa ao uso de antiinflamatório
Especialistas alertam para o risco de pessoas que usavam medicamento
suspenso do mercado recorrerem à automedicação. O mais indicado é consultar um
médico. Quem comprou Vioxx pode pedir dinheiro de volta
Carmen Souza
Da equipe do Correio
Nas prateleiras das farmácias, o Vioxx não tem vez desde quinta-feira. Na
cabeça dos usuários, ganha espaço. Sobram dúvidas sobre o que fazer depois que o
antiinflamatório, um dos mais consumidos no país, foi suspenso porque estudos
comprovaram que o medicamento aumenta o risco de derrame e infarto. ''O ideal é
deixar de lado a mania da automedicação e procurar a ajuda de um profissional'', alerta
o neurocirurgião Marco Masini.
Mas não é preciso alarde, garante Carlos Eduardo Lins. Segundo o
reumatologista, as reações adversas mais graves do Vioxx não são tão freqüentes.
''Para cada 15 mil usuários, um apresenta complicações mais sérias depois de pelo
menos um ano de uso'', diz. Segundo Lins, o que mais preocupa no caso do Vioxx é a
comprovação do uso indiscriminado do produto. ''Muita gente comprava para aliviar a
cólica ou a dor de dente, e o remédio era indicado apenas para casos específicos.''
Segundo o laboratório Merck Sharp&Dohme, fabricante do Vioxx, no Brasil eram
vendidas cerca de 500 mil caixas por mês. Para o ortopedista Valdir Fagundes, a troca
do medicamento ainda vai garantir uma economia ao bolso dos usuários. ''Existem
remédios que têm o mesmo efeito e custam menos.'' Os preços cobrados pelo Vioxx
variavam de R$ 21 a R$ 81, conforme a dosagem e a quantidade de comprimidos. A
partir de sexta-feira, as farmácias começam a ressarcir os usuários.
Tratamentos
A suspensão do Vioxx também reacendeu as discussões sobre a eficácia dos
tratamentos alternativos para a dor aguda. Masini acredita que, quando feitas em
parceria com tratamentos tradicionais, práticas como a acupuntura e RPG
(Reeducação Postural Global) aceleram a cura dos problemas de saúde. ''Uma sessão
geralmente é mais cara que um remédio. Mas faltam as pessoas relacionarem saúde
com mudanças de hábito'', diz.
Os resultados que Elaine Wetler consegue no Centro Olímpico da Universidade
de Brasília comprovam o sucesso da tabelinha. A profissional da Educação Física
desenvolveu uma ginástica postural para pacientes com hérnia de disco lombar. Depois
de alguns meses de exercícios, a sensação de dor diminuiu cerca de 90%. ''O
medicamento é um paliativo. Comprovei na tese de mestrado que os alongamentos
conseguem inclusive reduzir o tamanho da hérnia em 30%'', diz. Os participantes da
ginástica pagam R$ 50 por 12 sessões mensais. Em Brasília, as sessões de
acupuntura e hidroterapia custam em média R$ 60.
Reembolso
Nas farmácias
A devolução do dinheiro a quem comprou Vioxx vai começar a ser feita nas
farmácias a partir de sexta-feira. Só serão aceitas embalagens fechadas e as que ainda
tenham comprimidos. O pagamento será feito na hora e a pessoa terá o direito de
receber o valor total do medicamento. Não será obrigatória a apresentação de receitas
Via Postal
Se não conseguir o reembolso na farmácia, o usuário pode recorrer à Merck
Sharp&Dohme, fabricante do Vioxx. O remédio deve ser enviado à caixa postal 3.734,
Cep 01060-970, São Paulo. Também é obrigatório o envio de dados bancários e do
número do Cadastro de Pessoa Física (CPF)
* Informações pelo telefone 0800-122232
Correio Braziliense
03/10/2004
Revista D
Destaque-se
Beleza I
Pílula de bronzeamento
Conquistar aquele bronzeado irresistível é o sonho de muita gente.
Recentemente, o jet-bronze fez o maior sucesso nas praias ao deixar a pele ''colorida
artificialmente''. Agora, chega ao mercado brasileiro uma pílula que prepara a pele para
o sol ''de dentro para fora''. Ela promete reduzir a sensibilidade e a vermelhidão,
proteger a pele contra o envelhecimento precoce, aumentar e melhorar o bronzeado.
Do laboratório dinamarquês Ferrosan, a novidade atua nos melanócitos, células
responsáveis pelo pigmento que protege a pele e garante o bronzeado. Segundo
estudo in-vitro, realizado pelos pesquisadores holandeses Nico Smit e Stan Pavel, do
Centro Médico da Universidade de Leiden, os melanócitos tratados com os
ingredientes da pílula apresentaram mais dendritos, espécie de braços como os
tentáculos de um polvo. Isso significa que a melanina será distribuída para um número
maior de células adjacentes. Os ingredientes ativos são o extrato de palma, o licopeno
(anti-oxidante encontrado no tomate e na goiaba, por exemplo) e as vitaminas C e E.
No Brasil, estará à venda nas farmácias pouco antes do verão.
Beleza II
Use protetor solar
A pílula do bronzeamento não substitui o filtro solar. Ou seja, os dermatologistas
enfatizam que é muito importante o uso dos protetores para evitar que se elevem os
números de câncer de pele futuramente. O sol é bom, mas com moderação e nos
horários certos. A novidade dinamarquesa deve ser tomada um mês antes da pessoa
começar a se expor ao sol e durante o período de bronzeamento.
Folha de S.Paulo
03/10/2004
São Paulo/ PLANTÃO MÉDICO
Cai importância do PSA para próstata
JULIO ABRAMCZYK
O desconfortável toque retal, para a prevenção do câncer da próstata, volta a
ser muito necessário. Até há pouco, para os recalcitrantes, ele era substituído
parcialmente pelo PSA e pelo ultra-som de abdome, que avalia o aumento da glândula.
Thomas A. Stamey, há quase 20 anos, destacava, no "The New England Journal
of Medicine" (317:909-916,1987), que o teste com o PSA era importante para a
detecção do câncer da próstata.
Os níveis de PSA (antígeno prostático específico) bem aumentados sugeriam
câncer da próstata; discretamente elevados, hipertrofia benigna.
Stamey lembrava, em 1987, da possibilidade de a elevação do PSA na
circulação sangüínea estar relacionada também com um aumento benigno da próstata.
Agora ele tem certeza da relação.
No "The Journal of Urology" deste mês (172:1297-1301,2004), órgão da
Associação Americana de Urologia, o mesmo Stamey e colaboradores relatam que nos
últimos cinco anos o PSA estava relacionado apenas ao aumento benigno da próstata,
e não a câncer. O trabalho avaliou 1.317 exames realizados nos últimos 20 anos na
Universidade Stanford.
A possível explicação: os portadores de outros tipos de câncer (as células
neoplásicas também produzem PSA) são identificados precocemente e operados.
Permanece, então, apenas o aumento nos níveis de PSA quando a próstata sofre um
aumento benigno.
JORNADA Reunião debate princípios da bioética
A freira Lia Gregorini, diretora do Hospital Santa Catarina, coordena no dia 15,
às 20h30, a mesa-redonda Princípios da bioética na conjuntura atual, com os
professores Volnei Garrafa, de Brasília, Marco Segre, da USP, e Gabriel Oselka, do
Cremesp, e do padre Márcio Fabri dos Anjos, da Unifai. A reunião faz parte da 1ª
Jornada de Bioética do HSC (tel. 0/xx/11/3016-4269).
SIMPÓSIO Evento aborda atualização em eletrocardiologia
O 1º Simpósio de Eletrocardiologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, nos dias
8 e 9, aborda a atualização em eletrocardiografia básica e avançada, em arritmias e em
ergometria, com o apoio da Sociedade Brasileira de Cardiologia (0/xx/11/3549-1434).
CIÊNCIA Curso ensina a escrever textos de divulgação
Prossegue amanhã, na Escola de Comunicações e Artes da USP, das 14h30 às
18h, o Curso de redação em ciência & tecnologia. Organizadas pelo Núcleo José Reis
de Divulgação Científica (0/ xx/11/3091-4021), as aulas serão ministradas por Mauro
Celso Destácio e Renato Pignatari às segundas-feiras, até dezembro.
E-mail - [email protected]
Revista Veja
06/10/2004
Geral/ Saúde
Faz mal ao coração
Por essa razão o antiinflamatório Vioxx foi retirado do mercado por seu
fabricante
Anna Paula Buchalla
Quando foi lançado, em 1999, o Vioxx foi anunciado como um dos remédios
mais eficazes para tratar a dor das vítimas de artrite. Um dos primeiros medicamentos
de uma nova classe de antiinflamatórios, os inibidores da enzima COX-2, ele prometia
acabar com a dor sem os efeitos colaterais dos remédios antigos, sobretudo as úlceras
e os sangramentos gastrointestinais. O entusiasmo em relação ao remédio foi tão
grande que, não demorou muito, o Vioxx passou também a ser receitado para o alívio
dos mais variados tipos de dor - de cólicas menstruais a desconforto muscular, de dor
de dente a enxaqueca. Consumido por 84 milhões de pessoas em mais de oitenta
países, o antiinflamatório transformou-se em um dos carros-chefe do laboratório
americano Merck & Co. Só no ano passado, as vendas de Vioxx movimentaram 2,5
bilhões de dólares em todo o mundo. Na última quinta-feira, essa história de sucesso
foi interrompida. Por iniciativa própria, o seu fabricante determinou a retirada do Vioxx
do mercado, inclusive o brasileiro. O motivo: o consumo diário de 25 miligramas do
remédio, por mais de dezoito meses, dobra os riscos de infartos e derrames. No Brasil,
o Vioxx liderava a lista dos antiinflamatórios mais vendidos. Não há, no entanto, razão
para pânico. O remédio só aumenta a probabilidade de problemas cardiovasculares se
usado continuamente por mais de um ano e meio. E esses casos, segundo a Merck &
Co., representam 2% de todas as prescrições de Vioxx.
Até quarenta anos atrás, as experiências com um remédio praticamente se
encerravam antes de ele ser lançado. Depois de tragédias como a da talidomida, as
autoridades sanitárias passaram a exigir que os fabricantes fossem mais rigorosos no
controle da segurança de seus medicamentos mesmo após sua chegada às
farmácias. A essa vigilância foi acrescentado um outro dado: a fim de garantirem mais
alguns anos de exclusividade sobre a patente de remédios lucrativos (caso do Vioxx),
os laboratórios começaram a pleitear novas indicações para eles. O alerta para os
riscos do Vioxx surgiu justamente a partir de um estudo em que o laboratório testava a
eficácia do medicamento contra a recorrência de pólipos em pacientes com histórico de
câncer colo-retal.
Em junho de 2000, um estudo da própria Merck & Co. já havia detectado que o
Vioxx aumentava o risco de eventos cardiovasculares. Uma das hipóteses mais
prováveis é que, ao inibir a ação da enzima COX-2, responsável pela dor e pela
inflamação, o remédio estimule a formação de trombos e aumente a pressão arterial.
Além do Vioxx, existem outros três medicamentos da família dos inibidores da COX-2.
São eles: Celebra, Bextra e Arcoxia. A condenação do Vioxx não é uma sentença
contra seus concorrentes, fabricados a partir de moléculas diferentes.
A decisão da Merck & Co. visa não só a preservar a saúde de seus clientes,
mas a sua própria. Não havia outro caminho a seguir. Se o laboratório não se
pronunciasse, a sua imagem estaria seriamente comprometida e a desconfiança dos
consumidores poderia estender-se a todos os seus produtos. Mesmo reconhecendo os
riscos do Vioxx, os prejuízos sofridos pela empresa já são grandes. No dia em que o
Vioxx foi banido das farmácias, as ações do laboratório despencaram quase 27%.
Jornal do Commercio (RJ)
03/10/2004
Tecnologia & Saúde
Novas técnicas ajudam no combate à celulite
Sistemas inovadores oferecem bons resultados
Sílvia Herrera/AE
Sem preconceitos de classe social, peso ou idade, a celulite (lipodistrofia
ginóide) continua infernizando a vida das mulheres em todo o planeta, enchendo
bumbuns, barriguinhas e pernas de furinhos. Para combatê-la, enquanto o verão não
chega, os médicos preparam novidades, como o ultrassom Alpha-Tech, a subcisão
com hidrolipoclasia aspirativa (HLPA) e a ozonoterapia. "Em julho fizemos um protocolo
com 36 pacientes usando o ultrassom. Conseguimos eliminar a celulite em todas",
conta Orlando Sanches, esteticista da Clínica Charles Yamaguchi, em São Paulo.
O ultrassom veio de Israel e sua regulamentação junto ao Ministério da Saúde
já foi iniciada. "Ele é três em um, trata a musculatura com baixa corrente elétrica, atua
na celulite superficial e também na mais profunda. E o que é melhor, não é necessário
nenhuma outra combinação de tratamentos", explica Sanches.
O tratamento com o novo ultrassom - cada sessão dura em média uma hora será iniciado assim que houver a aprovação. "O tratamento é indicado para qualquer
grau de celulite e o número de sessões será estipulado conforme o caso", adianta
Sanches. Depois de dois anos, a paciente deverá realizar a manutenção. Quanto ao
preço, promete ser bem salgado, algo em torno de R$ 3.600 para 14 sessões.
Já a subcisão não é novidade. É uma cirurgia plástica, realizada em consultório
com anestesia local, indicada para a celulite no estágio mais avançado, o grau IV. Com
um bisturi especial, o cirurgião vai rompendo, uma a uma, as traves que formam os
buracos da celulite. "É um paradoxo, o pior grau de celulite tem o melhor tratamento,
na maioria dos casos há melhora entre 80% e 90%", avalia o cirurgião plástico Norton
Glattstein, da Clínica Longevitá. A novidade é associá-la à hidrolipoclasia aspirativa
(HLPA).
Método preenche depressões na pele
Em outras palavras, trata-se de preencher com a gordura da própria paciente os
buraquinhos da celulite, "concretando" a região para que as depressões não voltem.
"As pacientes relatavam que a celulite voltava depois de seis meses da realização da
subcisão, pensando nisso acrescentamos a HLPA", explica o Alexander Luiz Gomes de
Azevedo, especialista em Nutrologia e Medicina Estética, proprietário da Clínica HLPA,
que tem uma unidade no Rio de Janeiro.
A cirurgia é realizada em consultório junto com o cirurgião plástico e o
procedimento é feito em etapas. Primeiro, é feita a subcisão e depois a HLPA. Antes da
subcisão, Azevedo marca com uma caneta a localização exata das depressões
causadas pela celulite que serão preenchidas em seguida, com a gordura retirada na
própria subcisão. "É uma verdadeira operação tapa buraco", compara o médico.
A HLPA é indicada para tratar a celulite grau IV no glúteo e no posterior da coxa.
Os resultados são satisfatórios. O problema é o cuidado pós-operatório: a pele demora
até dois meses para se livrar por completo dos hematomas, período em que os banhos
de sol são expressamente proibidos. "Durante as três primeiras semanas é necessário
usar cinta compressiva, fazer sessões de drenagem linfática e ultrassom e banhos de
ozônio (para acelerar a cicatrização)", acrescenta Azevedo.
Além da HLPA, Azevedo apresenta outra novidade, a ozonoterapia. "O
tratamento foi desenvolvido por um médico peruano e aprovado na Europa em 1997.
Consiste em três etapas: banhos, microinjeções e massagens", explica. Os banhos são
feitos a 36 graus em uma banheira especial que gera ozônio, proporcionando
massagens.
Ozônio consegue ativar mecanização da gordura
"O ozônio entra na pele, funciona como antiinflamatório e ativa a mecanização
da gordura", explica Azevedo. As microinjeções, de 100 ml de ozônio, são
subcutâneas. "A aplicação é similar a mesoterapia, ou seja, pouco profunda, e age
rápido na gordura, mas é contra-indicado para casos de hipertireoidismo", alerta o
médico.
Já as massagens são feitas com óleos de massagem ozonizados, que
prometem estimular a circulação e desinfetar a área. Perguntado se o tratamento é
aprovado pelo MS, o médico, que trabalha há 12 anos com celulite, argumentou que
"como o ozônio é um gás, não um medicamento, não precisa ser aprovado".
Por enquanto, o único tratamento aprovado para combater a celulite pela FDA,
agência reguladora americana, é a endermologia - drenagem linfática profunda
realizada por meio de aparelho. O tratamento é amplamente utilizado no Brasil, sempre
vinculado a outros. "Este é o problema. Existe um ditado médico que diz que quando
existem muitos tratamentos para um mesmo mal é por que nenhum deles funciona", diz
Glattstein.
A luta contra a celulite é uma batalha antiga. "A primeira teoria publicada em
revista médica sobre a lipodistrofia ginóide, nome correto da celulite, é de 1920.
Acreditavam que era reumatismo.
Em 1928, outro artigo a relata como um tipo de alergia. Depois, em 1950 acreditavam
ser uma doença metabólica e, em 1952, uma doença hormonal", enumera o cirurgião
plástico Norton Glattstein. "O que mais me surpreendeu nas pesquisas é que apesar de
ter um milhão de arquivos relacionados ao tema na Internet, só há 18 artigos médicos
sérios publicados", acrescenta.
AS CAUSAS e os tipos
>>Hereditariedade
>>Alterações hormonais ligadas à menstruação, gravidez e menopausa >>Má
circulação
>>Pílula anticoncepcional >>Estilo de vida (fumo, álcool, estresse,
sedentarismo, roupas apertadas). GRAUS >>Grau I - Edematosa - latente ou
assintomática, as alterações são visíveis apenas com a compressão.
>>Grau II - Edemo-fibrosa, irregularidade no relevo cutâneo, visível pela
compressão ou contração muscular; diminuição de temperatura e elasticidade da pele.
>>Grau III - Fibro-esclerótica, aspecto de casca de laranja, nódulos frios na
profundidade. Pode haver dor com a apalpação, palidez, redução de temperatura e
elasticidade da pele.
>>Grau IV - Lipoesclerose, nódulos maiores e dolorosos, mais visíveis e
palpáveis, aspecto intensamente ondulado da pele.
Laser e Rolfing são alternativas para mulheres
Há três anos o laser é usado no combate à celulite. Um dos pioneiros a usá-lo
para este fim é o cirurgião plástico Múcio João Porto. "Uso o fisiolaser para estimular
os vasos superficiais e acelerar a queima de gordura", conta o médico, que associa a
endermologia ao tratamento em sua clínica em Brasília. "Dependendo do caso,
indicamos também o Rolfing, que vem apresentando resultados fantásticos", diz.
O laser é um tratamento caro. O grama da substância aplicada na pele para
potencializar a ação da luz custa US$ 300. "Mas está chegando ao Brasil a fototerapia,
o que deve reduzir o preço", adianta o médico. Depois da terceira sessão, a paciente
começa notar a melhora no contorno corporal.
Segundo o especialista, muitas vezes a má postura da paciente influencia na
estrutura do quadril. Para esses casos, recomenda-se o tratamento postural com a
técnica Rolfing. "Acaba que o bumbum cai sobre a coxa dificultando o funcionamento
do sistema linfático. Para esses casos estudei aplicar RPG, Rolfing e Pilates, e o
Rolfing deu melhores resultados", diz.
O médico afirma ainda indicar a reflexologia (massagem nos pés). "Indico a
reflexologia para as mulheres que ficam com os tornozelos inchados no final do dia,
essa massagem é eficaz para tratar a retenção de líquidos", explica. Os preços das
combinações de tratamentos variam de R$ 1.800 a R$ 3.800.
Quando a celulite é agravada por flacidez, Porto costuma incluir injeções de
DMAE, que estimula a produção de colágeno. Se for na região da raiz do braço ou da
coxa, também associa sessões de laser Quantun, que também estimula o colágeno.
"Para os casos de flacidez e celulite IV no bumbum, que deixam a região com um
aspecto murcho, indico tensor búlgaro, que é um micro ganchinho com fio elástico que
é colocado no glúteo, levantando-o para o resto da vida. A cirurgia é feita com
anestesia local".
Ultrassom promete eliminar problema
Ao que parece, a canga está com os dias contados. É que o Alpha-Tech, novo
ultra-som desenvolvido em Israel desembarcou no Brasil em julho e promete acabar de
vez com a celulite. E sem ela as brasileiras com certeza vão preferir aposentar as
cangas e desfilar só de biquíni, sem medo de ser feliz, nas praias durante o verão.
A máquina, que chegou ao Brasil em uma caixa com a palavra "deus"
estampada, lê a camada gordurosa de acordo com a sua profundidade, espessura e
consistência, identificando os locais de acúmulo gorduroso e os nódulos de celulite
dentro da pele. A leitura é transferida para outro aparelho, que emite ondas vibratórias
de até 600 mil pulsos por segundo com baixa intensidade.
Com as ondas, as células vibram e expulsam a gordura que é eliminada pelos
rins, diminuindo a gordura localizada e os nódulos de celulite. "Cem por cento das 36
mulheres que participaram do protocolo indicariam o tratamento para outra pessoa",
conta Orlando Sanches, esteticista da Clínica Charles Yamaguchi, que coordenou o
estudo.
Segundo dados do protocolo, todas as pacientes apresentaram diminuição das
medidas e da celulite, variando de 3,5 cm a 14 cm na barriga (média geral de 5,9 cm) e
de 1,5 cm a 6,5 cm nas coxas (média geral de 4,3 cm). O resultado foi muito bom ou
excelente para 88% das pacientes e bom para 12%. Porém, o tratamento é contraindicado para gestantes e portadores de marcapasso cardíaco.
Melissa Vicente, de 24 anos, participou do protocolo. Seu problema era na
barriga, que ela não conseguia perder de jeito nenhum depois da gestação. "Participei
do protocolo depois de oito meses do parto e achei o efeito satisfatório. Nas primeiras
semanas perdi medidas sem fazer regime, mas como tenho muita estria acho que a
celulite não sumiu por completo. Minha barriga estava grande e caída, no final do
tratamento ela retraiu", conta. De zero a 10, Melissa avaliou em 9,5 o tratamento com o
Alpha-Tech. Segundo ela, mesmo os choquinhos são indolores - "até gostava deles" - e
a única diferença que sentiu durante as sessões foi o aumento da vontade de urinar.
Lúcia de Fátima Barreto, de 48 anos, não consegue esconder a alegria com os
resultados. "Primeiro tratei a barriga e gostei tanto do resultado que pedi para fazer o
glúteo. Foram 21 sessões na barriga e oito no bumbum quatro de cada lado", conta.
"A celulite não sumiu por completo, mas melhorou bastante, o bumbum até
levantou. Acho que se fosse mais jovem a celulite teria desaparecido, talvez se tivesse
feito mais sessões também, mas o pouco que fiz foi muito bom. Na minha opinião, o
tratamento tem o efeito de uma lipo sem ter suas conseqüências, mas não acredito que
seja indicado para pessoas obesas, mas sim para quem quer melhorar o contorno
corporal", acrescenta.
Diário de Cuiabá (MT)
03/10/2004
Cidades
Disfunção erétil atinge ao menos 11 milhões no Brasil
Da Agência Saúde
Problema para homens e mulheres, a impotência sexual passou a assustar bem
menos a partir do fim dos anos 90, quando se iniciou a fabricação, venda e grande
procura por medicamentos específicos indicados para o combate à doença. Com a
rápida circulação da informação pela Internet e o bombardeio de propagandas na
mídia, não faltam "poções" milagrosas que não só prometem acabar com a impotência
como aumentar sensivelmente o desempenho sexual dos homens. O que as
propagandas não dizem é que o uso - com ou sem acompanhamento médico - pode
oferecer riscos graves à saúde. O mais indicado ao se deparar com a doença, é
procurar a ajuda de um profissional e um tratamento adequado.
A palavra impotência tem sido tradicionalmente usada para definir a
incapacidade de se obter e manter uma ereção satisfatória, o que impede a plena
realização do ato sexual. Disfunção erétil é o termo médico atualmente mais aceito
para definir essa condição. A disfunção erétil pode estar presente mesmo quando
houver o desejo e o orgasmo (ejaculação). Dados da Organização Mundial da Saúde
(OMS) estimam que cerca de 30% da população economicamente ativa do mundo
possuem algum tipo de disfunção erétil. No Brasil isso representa algo entre 11 e 15
milhões de homens.
"A disfunção erétil tem várias causas orgânicas e fatores de risco", explica o
assessor especial do Departamento de Atenção Especializada (DAE) do Ministério da
Saúde, Diogo Mendes. A lista inclui problemas vasculares, diabetes, hipertensão, o uso
de certos medicamentos, desordens neurológicas como a esclerose múltipla,
alcoolismo crônico, consumo elevado de tabaco, traumas pélvicos, lesões da coluna
vertebral e anormalidades hormonais.
"A doença também pode ter origens culturais e psicológicas, como o temor sobre
o desempenho sexual, o estresse, a depressão e os conflitos matrimoniais", acrescenta
Diogo Mendes.
Uma das preocupações das autoridades de saúde no Brasil é romper com o
preconceito de não se discutirem as disfunções sexuais. O Ministério da Saúde
também quer romper com uma visão estreita de alguns setores da saúde de encarar a
impotência apenas como um problema a ser tratado pelo uso de medicamentos. Na
visão do governo, não discutir o assunto é um dos obstáculos para o tratamento
adequado da doença. "Temos provocado o debate constante nas sociedades de
especialistas em urologia e ginecologia", destaca Diogo Mendes.
O assessor questiona uma visão vendida pela mídia de que homens e mulheres
têm que ser "superpotentes", com performances sexuais "fantásticas". Na opinião de
Diogo Mendes, modelos como esse geram angústias e frustrações e até podem
contribuir para originar casos de impotência.
Diogo Mendes lembra que com a grande repercussão de novos medicamentos
para disfunção erétil, a partir de 1998, a população masculina passou a exigir mais
objetividade do Sistema Único de Saúde (SUS) no combate à impotência sexual. Para
ele, as respostas do Ministério da Saúde em relação ao SUS ficaram mais claras a
partir de 2003. "O ministério melhorou a remuneração das consultas em todas as
áreas, incluindo as que atendem os pacientes vítimas de problemas como a disfunção
erétil", lembra Mendes.
Diário de Pernambuco (PE)
03/10/2004
Economia
Tire suas Dúvidas
E-mail: [email protected]
ALIMENTOS
Lanchonetes e restaurantes têm regras
De olho na segurança e saúde dos consumidores, a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) editou um regulamento nacional sobre boas práticas para
serviços de alimentação. O objetivo do manual é melhorar as condições higiênicas e
sanitárias dos alimentos preparados nos restaurantes, lanchonetes e bares. Entre as
exigências contidas no manual estão as boas práticas de higiene, a capacitação de
funcionários e a conservação dos produtos. Os estabelecimentos comerciais têm o
prazo de até 180 dias (contados a partir de 16 de setembro) para se adequarem às
novas regras. Os infratores poderão pagar multas que variam de R$ 2 mil a até R$ 1,5
milhão.
DEDETIZAÇÃO
Contratar serviços exige cuidados
Ao contratar dedetizadoras é indispensável pedir um orçamento prévio,
prevendo todos os locais de aplicação, tipo e quantidade do saneante a ser utilizado
antes de fazer a contratação, segundo avaliação do Procon São Paulo. Quando decidir
fechar o negócio, exija do fornecedor escolhido a autorização da Vigilância Sanitária,
para certificar-se de que o mesmo segue as normas estabelecidas pelo Ministério da
Saúde para manipulação e aplicação do saneante. Também peça a nota fiscal,
verificando se constam o nome, endereço e CNPJ da empresa e contrato de prestação
de serviços, onde conste o nome do produto químico a ser aplicado. Tome o cuidado
de verificar se esse produto não é de uso proibido, como estriquinina, sais de bário ou
fósforo branco.
Diário de Pernambuco (PE)
03/10/2004
Economia
Consumidor desconfia de ofertas
A ampla oferta de água mineral e gás de cozinha no mercado recifense deixa o
consumidor desconfiado. Afinal de contas, é melhor optar pelo menor preço ou pela
qualidade do produto? No caso da água mineral, os cuidados devem ser redobrados
para não levar gato por lebre e comprar água natural pensando que é mineral.
Desconfie do preço muito baixo e procure observar as condições do vasilhame (lacre,
rótulo, cor da água). O botijão de gás também deverá ser checado pelo consumidor,
principalmente o peso de 13 quilos, porque é comum a prática de adulteração com
água na fase de enchimento do vasilhame.
O Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) faz a fiscalização do gás de cozinha nas
engarrafadoras. Estevão Leal, diretor do Ipem, disse que é comum as denúncias dos
consumidores relacionadas à adulteração do peso. "Aferimos a parte de enchimento e
pegamos por amostragem", disse. Se ficar comprovada a fraude e o distribuidor for
reincidente, pode ser aplicada multa que varia de R$ 600 mil a até R$ 8 milhões. Leal
recomenda ao consumidor que verifique as condições de transporte, lacre e o peso do
botijão.
Em relação à água mineral o problema é maior. Existem no mercado 35
empresas de água mineral em funcionamento e 46 cadastradas na Vigilância
Sanitária do Estado. De acordo com o diretor da Vigilância Sanitária, Jaime Brito, a
adulteração mais freqüente é feita através do enchimento do botijão com água de
chafariz em vasilhame de água mineral. Vale lembrar que é permitida pela Portaria
SES/PE nº 505/2002 a venda de água natural, desde que o consumidor tenha
conhecimento do produto que está comprando.
O Sindicato de Água Mineral (Sindágua) tem um projeto de um selo para
identificar a água mineral com controle de qualidade. "Hoje é difícil distinguir o que é
água mineral, potável e clandestina", disse Ricardo Heráclio, presidente do Sindágua.
Ele alerta que apenas 20% das empresas que atuam no mercado pernambucano estão
dentro das normas de qualidade.
Para não ser enganado, o consumidor deverá observar se constam no rótulo da
água mineral os registros no Ministério da Saúde, DNPM, CPRH, além do prazo de
validade máximo de três meses. Outra dica: jamais compre água exposta ao sol porque
a exposição favorece a proliferação dos fungos.
Serviço
Ipem - 3271.4411
Vigilância Sanitária - 3412.6122
Jornal do Commercio (PE)
03/10/2004
Cidades
Substâncias ajudam a reduzir o colesterol
Drogas diminuem a absorção do colesterol no intestino e aumentam a síntese
das gorduras pelo fígado
CLÁUDIA VASCONCELOS
Enviada Especial
RIO DE JANEIRO - A batalha contra o colesterol alto tem agora nova arma. Há
cerca de dois meses, foram lançados no mercado brasileiro medicamentos à base de
duas substâncias capazes de reduzir os níveis de LDL (o "colesterol ruim") no sangue
pela metade em apenas duas semanas. As drogas que compõem os remédios,
chamadas ezetimiba e sinvastatina, potencializam-se juntas e atuam com um
mecanismo denominado dupla inibição: além de diminuírem a absorção do colesterol
no intestino, aumentam a síntese das gorduras pelo fígado.
As novas drogas podem ser a esperança de melhor qualidade de vida para os
46% de brasileiros que estão acima do nível máximo recomendado de colesterol no
sangue, segundo levantamento do Instituto Dante Pazanese de Cardiologia, de São
Paulo. A novidade foi anunciada durante o 59º Congresso Brasileiro de Cardiologia,
ocorrido entre os dias 26 e 29 de setembro no Riocentro. O remédio já foi aprovado nos
Estados Unidos, México, Brasil e grande parte dos países da América Latina.
A grande vantagem da ezetimiba e da sinvastatina em relação às substâncias
usadas até então, as estatinas, é a diminuição dos efeitos colaterais. Até meados deste
ano, quem tinha colesterol LDL acima de 130 miligramas por decilitro e precisava usar
as estatinas sofria com efeitos adversos provocados pela substância, como disfunção
no fígado, dores musculares intensas, dores de cabeça, urticária e perda de cabelos.
"Com a associação da ezetimiba com a estatina, podemos usar doses menores
da segunda substância para obter resultados melhores. Esse é o tratamento mais
indicado para pessoas que não toleram altas doses da estatina, como pacientes com
HIV (vírus causador da Aids) ou que utilizam outros medicamentos", explica o
cardiologista norte-americano Christopher Allen, coordenador mundial da pesquisa
sobre o duplo mecanismo de inibição.
O tratamento deve ser feito durante toda a vida do paciente, associado a
exercícios físicos regulares e uma dieta pobre em gorduras saturadas. Após as duas
primeiras semanas de uso, a tendência é reduzir o risco de doenças cardiovasculares.
Porém, é dispendioso: uma caixa com 28 comprimidos custa, em média, R$ 90. E
como esse é um tipo de medicamento novo, ainda não está disponível no Sistema
Único de Saúde (SUS). Mas uma parceria já está em discussão com o Ministério da
Saúde.
Mais de cinco mil pessoas de cerca de 50 países participaram dos testes com a
droga. O medicamento não foi testado em crianças, por isso não se sabe se é
adequado para elas. Mulheres grávidas não podem tratar-se com a ezetimiba e a
sinvastatina, sob risco de danos para o feto.
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ÍNDICE - 03/10/2004