Conceitos
Segundo a Lei nº 8.213, de 24 de julho de
1991, que dispõe sobre os Planos de
Benefícios da Previdência Social e
considera, no Art. 20, duas entidades
mórbidas que são equiparadas a acidentes
do trabalho para efeitos de benefícios
previdenciários (MARTINEZ, 1998).
São elas:
Doença Profissional ou do Trabalho
É aquela produzida ou desencadeada pelo
exercício do trabalho peculiar a
determinado ramo de atividade.
Doença do trabalho: aquela adquirida ou
desencadeada em função de condições
especiais em que o trabalho é realizado e
com ele se relacione diretamente.
Não são consideradas como doença do
trabalho:
a) a doença degenerativa;
b) a inerente ao grupo etário;
c) a que não produza incapacidade
laborativa;
d) a doença endêmica adquirida por
segurado habitante de região em que ela se
desenvolva, salvo comprovação de que é
resultante de exposição ou contato direto
determinado pela natureza do trabalho.
Em caso excepcional, constatando-se que a
doença não incluída na relação que resultou
das condições especiais em que o trabalho é
executado e com ele se relaciona.
O acidente ligado ao trabalho que, embora
não tenha sido a causa única, haja
contribuído diretamente para a morte do
segurado.
Contribua para redução ou perda da sua
capacidade para o trabalho, ou produzido
lesão que exija atenção médica para sua
recuperação.
A realização da anamnese ocupacional deve estar
incorporada à entrevista clínica e seguir uma
sistematização para que nenhum aspecto relevante
seja esquecido, por meio de algumas perguntas
básicas:
o que faz?
Como faz?
Com que produtos e instrumentos?
Em que condições?
Há quanto tempo?
Como se sente e o que pensa sobre seu trabalho?
Conhece outros trabalhadores com problemas
semelhantes aos seus?
Ações da Epidemiologia
Os perfis de adoecimento e morte dos
trabalhadores são semelhantes ao da
população em geral:
Idade, gênero, grupo social ou inserção em
um grupo específico de risco todas estas
questões devem ser levadas em conta.
Doenças comuns, aparentemente sem
qualquer relação com o trabalho
Doenças comuns (crônico-degenerativas,
infecciosas, neoplásicas traumáticas e etc)
Doenças comuns que têm espectro de sua
etiologia ampliando ou tornando mais
complexo pelo trabalho.
Segue alguns exemplos
Asma brônquica, a dermatite de contato alérgica, a
perda auditiva induzida por ruído (ocupacional),
doenças músculo-esqueléticas
Alguns transtornos mentais exemplificam esta
possibilidade, na qual, em decorrência do trabalho
somam-se (efeito aditivo) ou multiplicam-se (efeito
sinérgico) as condições provocadoras ou
desencadeadoras destes quadros noológicos;
Agravos à saúde específicos, tipificados pelos
acidentes do trabalho e pelas doenças
profissionais.
As doenças Ocupacionais estão divididas em
três grupos
I:doenças em que o trabalho é causa necessária,
tipificadas pelas doenças profissionais, e pelas
intoxicações agudas de origem ocupacional.
II:doenças em que o trabalho pode ser um fator de
risco, contributivo, mas não necessário, exemplo:
hipertensão arterial , neoplasias maligna.
III: doenças em que o trabalho é provocador de
um distúrbio latente, ou agravador de uma doença
já estabelecida ou preexistente.
Os fatores de risco para a saúde e segurança
dos trabalhadores podem ser classificados
em cinco grandes grupos:
 Agentes químicos
 Agentes físicos
 Agentes biológicos
 Riscos ergonômicos
 Riscos de acidentes
Para a abordagem do dano ou doença
individual, a clínica, com a história e a
anamnese ocupacional são os instrumentos
que devem priorizados.
Devem ser realizados exames
complementares, tais como, laboratoriais,
toxicológicos e provas funcionais.
Os instrumentos para a investigação dos
fatores ou condição de risco individual coletivo
do local de trabalho é o PPRA, elaborarando
uma avaliação qualitativa e quantitativa, feito
por exigência da NR 9, da portaria/MTb nº
3.214/1978.
Com os resultados do PPRA deve-se elaborar
o PCMSO em cumprimento da NR 7.
Medidas a serem adotadas após o
diagnóstico da doença e a sua relação com
o trabalho.
Caso o trabalhador seja segurado pelo Seguro de
Acidentes de trabalho (SAT) da Previdência Social,
solicitar à empresa a emissão do Comunicado de
Acidente de Trabalho (CAT) e encaminhar ao INSS.
Notificação do agravo ao sistema de informação de
morbidade do SUS, à Delegacia Regional do Trabalho
e ao sindicato da categoria a qual pertence o
trabalhador;
Ações de vigilância epidemiológica visando à identificação de
outros casos, por meio de busca ativa na mesma empresa ou
ambiente de trabalho,
Identificação do agente agressor (físico, químico ou biológico) e
das condições de trabalho determinantes do agravo e de outros
fatores de risco contribuintes;
Inspeção da empresa ou ambiente de trabalho de origem do
paciente e de outras empresas do mesmo ramo de atividade.
Identificar os fatores de risco para a saúde e as medidas de
proteção coletiva e equipamentos de proteção individual
utilizados.
Pode ser importante a verificação da existência e adequação do
PPRA (NR 9) e do PCMSO (NR 7)
Sistema de Notificação de Agravos à Saúde
1. PAIR (Perda auditiva induzida por ruído)
2. LER/DORT (Lesões por esforços
repetitivos/Doenças osteomusculares
relacionadas com o trabalho)
3. Pneumoconioses
4. Transtornos mentais
5. Acidente com material biológico
6. Câncer realcionado ao trabalho
7. Dermatoses relacionadas ao trabalho
Medidas de proteção e prevenção da exposição
aos fatores de risco no trabalho.
Reconhecimento prévio das atividades e locais de
trabalho onde existam substâncias químicas, agentes
físicos e/ou biológicos.
Identificação dos problemas ou danos potenciais para a
saúde, decorrentes da exposição aos fatores de risco.
Identificação e proposição de medidas que devem ser
adotadas para a eliminação ou controle da exposição.
Educação e informação aos trabalhadores e
empregadores.
Substituir tecnologias de produção que
diminuam os riscos para a saúde;
Isolar do agente/substância do processo,
evitando exposição;
Adotar sistemas de ventilação local exaustor.
Efetivar a manutenção preventiva e corretiva de
máquinas e equipamentos.
Estabelecer procedimentos e normas de
higiene e segurança;
Adotar sistemas seguros de trabalho,
operacionais e de transporte;
Classificar e rotular as substancias químicas
segundo propriedades toxicológicas e
toxicidade;
Informar e comunicar os riscos aos
trabalhadores;
Manter de condições adequadas no ambiente
geral e de conforto para os trabalhadores,
para higiene pessoal, com instalações
sanitárias adequadas, banheiros, chuveiros,
pias com água limpa corrente, vestuário
adequado e limpo diariamente;
Fornecer Equipamentos de Proteção
Individual (EPI), adequados e com
manutenção indicada, de modo
complementar às medidas de proteção
coletiva.
Doenças Infecciosas e Parasitárias
- Tuberculose
Exposição ocupacional ao (Bacilo de Koch)
em atividades em laboratórios de biologia, pessoal de
saúde, que propiciam contato direto com produtos
contaminados ou com doentes cujos exames
bacteriológicos trabalhador exposto a poeiras de sílica.
– Carbúnculo, causada pela exposição
ocupacional ao Bacillus anthracis, trabalhadores em
contato direto com animais infectados ou com cadáveres
desses animais; trabalhos artesanais ou industriais com
pêlos,pele, couro,
Brucelose, causada pela exposição
ocupacional a Brucella, em atividades em abatedouros,
frigoríficos, manipulação de produtos de carne; ordenha e
fabricação de laticínios e atividades assemelhadas.
Leptospira em trabalhos expondo ao contato direto
com águas sujas, ou efetuado em locais suscetíveis
de serem sujos por dejetos de animais portadores de
germes; trabalhos efetuados com água, esgotos etc.
Tétano, circunstâncias de acidentes do trabalho
na agricultura, na construção civil, na indústria, ou
em acidentes de trajeto
Dengue Exposição ocupacional ao mosquito(Aedes
aegypti), transmissor do principalmente em atividades em
zonas endêmicas, em trabalhos de saúde pública, e em
trabalhos de laboratórios de pesquisa entre outros.
Febre Amarela Exposição ocupacional ao mosquito
principalmente em atividades em zonas endêmicas, em
trabalhos de saúde pública, e em trabalhos de laboratórios
de pesquisa, entre outros.
Hepatites Virais Exposição ocupacional em trabalhos
envolvendo manipulação, acondicionamento ou emprego
de sangue humano ou de seus derivados; trabalho com
“águas usadas” e esgotos; trabalhos em contato com
materiais provenientes de doentes ou
objetos contaminados por eles.
- Doença pelo Vírus da Imunodeficiência
Humana (HIV)
Exposição ocupacional principalmente em
trabalhadores da saúde, em decorrência de
acidentes pérfuro-cortantes com agulhas ou
material cirúrgico contaminado, e na manipulação,
acondicionamento de sangue ou de seus derivados,
e contato com materiais provenientes de pacientes
infectados.
Micoses Superficiais
Exposição ocupacional em trabalhos em
condições de temperatura elevada e
umidade (cozinhas, ginásios, piscinas)
e outras situações específicas de exposição
ocupacional.
-
Malária Exposição ocupacional ao principalmente
em atividades de mineração, construção de
barragens ou rodovias, em extração de petróleo e
outras atividades que obrigam a entrada dos
trabalhadores em zonas endêmicas.
Neoplasias (tumores) relacionados ao trabalho
Neoplasia maligna do estômago Asbesto ou Amianto
- Angiosarcoma do fígado Arsênio
-Neoplasia maligna do pâncreas Cloreto de Vinila
- Neoplasia maligna da cavidade nasal e dos seios paranasais
Níquel e seus compostos
Poeiras de madeira e outras poeiras
Poeiras orgânicas (na indústria têxtil
e em padarias)
-Neoplasia maligna da laringe Asbesto ou Amianto
-Neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão
Arsênio e seus compostos arsenicais
Asbesto ou Amianto ,Berílio,Cádmio,Cromo
Neoplasia maligna dos ossos e cartilagens articulares dos
membros Inclui:
Radiações ionizantes
Outras neoplasias malignas da pele
Arsênio e seus compostos, Alcatrão, breu, betume, hulha
Neoplasia maligna da bexiga ,Alcatrão, breu, betume, hulha,
parafina e produtos de resíduos dessas substâncias.
Leucemias Radiações ionizantes
Óxido de Etileno, Campos eletromagnéticos Agrotóxicos
clorados
DOENÇAS DO SANGUE E DOS ÓRGÃOS HEMATOPOÉTICOS
- Síndromes Mielodisplásicas, Radiações ionizantes
- Outras anemias devidas a transtornos
enzimáticos Chumbo ou seus compostos tóxicos
- Anemia Hemolítica , Derivados nitrados e aminados do
Benzeno
-Anemia Aplástica devida a outros agentes externos
Benzeno,Radiações ionizantes
- Anemia Aplástica não especificada, Anemia
hipoplástica SOE, Hipoplasia medular
Benzeno,Radiações ionizantes
- Anemia Sideroblástica secundária a toxinas Chumbo ou seus
compostos tóxicos
DOENÇAS ENDÓCRINAS, NUTRICIONAIS E METABÓLICAS RELACIONADAS
COM O TRABALHO
- Hipotireoidismo devido a substâncias exógenas Chumbo ou seus compostos
tóxicos Hidrocarbonetos halogenados, Clorobenzeno e seus derivados.
TRANSTORNOS MENTAIS E DO COMPORTAMENTO RELACIONADOS COM
OTRABALHO
I - Demência em outras doenças específicas
Manganês, Sulfeto de Carbono
- Delirium, não sobreposto a demência,
como descrita,Brometo de Metila,Sulfeto de Carbono
III - Outros transtornos mentais decorrentes
de lesão e disfunção cerebrais e de doença
física
Tolueno e outros solventes
Chumbo ou seus compostos tóxicos
Tricloroetileno
IV - Transtornos de personalidade e de
comportamento decorrentes de doença, lesão
e de disfunção de personalidade
VI - Transtornos mentais e comportamentais
devidos ao uso do álcool: Alcoolismo Crônica
IV - Transtornos de personalidade e de
comportamento decorrentes de doença, lesão
e de disfunção de personalidade
VI - Transtornos mentais e comportamentais
devidos ao uso do álcool: Alcoolismo Crônico
IX - Neurastenia (Inclui “Síndrome de
Fadiga”) Tolueno e outros solventes
X - Outros transtornos neuróticos
Problemas relacionados com a
Mudança de emprego Ameaça de perda de Emprego
Ritmo de trabalho penoso
XI - Transtorno do Ciclo Vigília-Sono Devido a
adaptação à organização do horário de
trabalho (Trabalho em Turnos ou Trabalho Noturno)
XII - Sensação de Estar Acabado (“Síndrome
de Burn-Out”, “Síndrome do Esgotamento Profissional.
Doenças do Olho e Anexos Relacionados ao Trabalho
O aparelho visual é vulnerável à ação de
inúmeros fatores de risco para a saúde
presentes no trabalho, como, por exemplo:
Agentes mecânicos (corpos estranhos,
ferimentos contusos e cortantes), agentes
físicos (temperaturas extremas, eletricidade,
radiações ionizantes e não-ionizantes),
agentes químicos, agentes biológicos.
Blefarite –Inflamação Papebras
Conjuntivite – Inflamação da membrana dos olhos
Queratite –Inflamação da Córnea
Catarata –Doença do Cristalino do Olho
Inflamação coriorretiniana – Inflamação Retina
Neurite óptica –Inflamação óptico
Distúrbios visuais subjetivos –Doenças dos olhos e
anexos
Mecanismos Principais
do Sistema Ocular
Acomodação
Capacidade de focalizar objetos em
diferentes distâncias.
ACOMODAÇÃO
Acomodação:
objeto perto: desfoca o fundo
objeto longe: desfoca perto
Nitidez visual!!!
PRESBIOPIA: É a perda fisiológica da
acomodação visual que ocorre após os 40
anos da idade onde há uma
diminuição da capacidade visual para perto.
ADAPTAÇÃO DA RETINA
Adaptação da Retina: ocorre por
regulação fotoquímica e nervosa!!
PUPILA
A pupila se contrai quando foca objetos próximos;
A pupila reage a estados emocionais, dilatando-se
sob emoções fortes, dor ou concentração mental
intensa;
A pupila diminui com a fadiga e sonolência;
QUANDO A PUPILA FICA MENOR A ACUIDADE
VISUAL MELHORA.
Níveis mais alto de iluminamento aumentam a
Acuidade visual e o efeito da luz leva a redução da
pupila.
FADIGA VISUAL/ FISIOLOGIA
Acomodação:
É o mecanismo pelo qual o olho humano altera a vergência
do cristalino, permitindo à pessoa normal enxergar
nitidamente desde uma distância de aproximadamente 25 cm
até o infinito.
É o poder que o olho tem de focalizar nitidamente na retina
objetos que estejam tanto distantes como próximos, isto é
feito pelo cristalino através da modificação da curvatura da
sua cápsula pela contratura da musculatura ciliar
FADIGA-CANSAÇO VISUAL
Fadiga visual:
são os sintomas que ocorrem após
estresse excessivo na funções do olho.
Entre os mais importantes, estão o cansaço dos
músculos ciliares da acomodação, por olhar por
muito tempo para
objetos pequenos, textos má impressos, exposição
por luz piscante, telas PC com baixa qualidade e
movimentos rápidos dos olhos
Sintomas de Fadiga
• Dor de cabeça
• Avermelhamento das pálpebras
• Visão dupla
• Irritações
• Lacrimação
• Diminuição
• acuidade visual
• sensibilidade aos contrastes *
• velocidade de percepção
A fadiga se manifesta como irritação
dolorosa (queimação), lacrimação,
avermelhamento, conjuntivite, visão
dupla, dores de cabeça, redução
da acuidade visual.
A chave para o conforto visual é a
adequada acomodação que permite o mais
nítido foco do objeto observado sobre a
retina
Iluminação Insuficiente
• Principais Efeitos da Iluminação Inadequada
• Percepção inadequada dos detalhes
• Postura forçada, principalmente no pescoço
por se tentar enxergar os detalhes
• Aumento do número de erros
• Queda do rendimento (*)
• Fadiga visual
• NR-15 - Níveis Mínimos
Iluminamento em Lux
de
• Exemplos por Tipo de Atividade
• Iluminação
adequada
aquela
apresenta
níveis
iguais
ou
superiores aos fixados na NR-15
Doenças do ouvido relacionados ao trabalho
As doenças otorrinolaringológicas relacionadas ao
trabalho são causadas por agentes ou mecanismos
irritativos, alérgicos e/ou tóxicos.
No ouvido interno, os danos decorrem da
exposição a substâncias neurotóxicas e fatores de
risco de natureza física, como ruído, pressão
atmosférica, vibrações e radiações ionizantes.
Lista de doenças do ouvido relacionadas ao trabalho
Otite média não-supurativa (barotrauma do ouvido médio)
Perfuração da membrana do tímpano
Outras vertigens periféricas
Labirintite
Perda da audição provocada pelo ruído e trauma acústico
Hipoacusia ototóxica
Otalgia e secreção auditiva
Outras percepções auditivas anormais; alteração temporária do limiar
auditivo, comprometimento da discriminação auditiva e hiperacusia
Otite barotraumática
Sinusite barotraumática
Síndrome devido ao deslocamento de ar de uma explosão
AVALIAÇÃO DA ACUIDADE AUDITIVA:
A AUDIOMETRIA TONAL
A audiometria tonal limiar é o
instrumento mais utilizado para avaliar
a acuidade auditiva dos indivíduos e
auxiliar no diagnóstico diferencial de
perdas auditivas ou outros problemas
que afetam o sistema auditivo.




Perda auditiva por
exposição a ruído
do trabalho;
Perda auditiva
profissional;
Surdez ocupacional;
Perda auditiva
ocupacional.
 Perda
auditiva;
 Zumbido;
 Dificuldade de
discriminação
de fala.


Anamnese audiológica: história do trabalho,
familiar, uso prévio de ototóxico, queixa de
zumbido, perda auditiva e dentre outros.
Avaliação Audiológica: Audiometria Tonal
Liminar,óssea
ATENÇÃO: PARA REALIZAÇÃO DA AUDIOMETRIA É
NECESSÁRIO REPOUSO ACÚSTICO DE 14 HORAS
APÓS EXPOSIÇÃO AO RUÍDO
58
59
60
cóclea saudável
61
Cóclea degenerada
.
62


Nas lesões da cóclea, como no caso das
perdas auditivas induzidas pelo ruído (PAIR),
encontram-se alteradas tanto a via aérea
como a via óssea.
Nas lesões do ouvido médio e externo, como
a via neuro-sensorial não está comprometida,
a via óssea encontra-se dentro do limite da
normalidade e somente a via aérea encontrase alterada.
64


O exame audiométrico é utilizado,
também, como método de triagem e
de monitoramento de exposição
ocupacional a ruído.
Consiste na determinação da menor
intensidade sonora necessária para
provocar a sensação auditiva em cada
freqüência.
• De acordo com a NR-7 da Portaria
3214/78, na audiometria tonal por via
aérea devem ser testadas as frequências
de 500, 1000, 2000, 3000, 4000, 6000 e
8000 Hertz
• Este exame deve ser realizado por
ocasião do exame admissional, seis
meses após a admissão e, posteriormente,
a cada ano.

O exame audiométrico deve ser
realizado após repouso acústico de
mais de 14 horas, devendo ser
precedido de anamnese ocupacional
e, de otoscopia no momento do
exame.






Comunicação;
Neurológicos;
Vestibulares;
Digestivos;
Comportamentais;
Cardiovasculares.


O ambiente acústico e a calibração do
audiômetro devem obedecer às
especificações das normas
internacionais (OSHA, ISO, ANSI).
A audiometria deve ser realizada por
profissional habilitado (fonoaudiólogo
ou médico).


Finalmente, convém observar que
existem vários outros fatores e
patologias capazes de resultar em
perda neurossensorial com traçado
audiométrico.
Necessários ao diagnóstico
diferencial, dos quais destacam-se a
exposição a substâncias químicas.


(especialmente solventes), metais e
asfixiantes, os traumas barométricos;
Traumas cranianos, uso de
medicamentos ototóxicos, doenças
infecciosas, vasculopatias, neurinoma
do acústico, entre outras.


Em caso de diferença entre os ouvidos, deve
ser sempre utilizado o pior ouvido para fins
de classificação e conduta referente à
emissão de CAT.
É conveniente repetir o exame audiométrico
e, se necessário, proceder inspeção no local
de trabalho.
EFEITOS DO RUÍDO
Dilatação das pupilas
Movimentos do
estômago e abdômen
Aumento da produção
de adrenalina
Aumento da produção
de cortisona
Aumento da produção de
hormônios (tireóide)
Aumento
cardíaca
da
freqüência
Reação muscular
Vasoconstrição dos vasos
sangüíneos



É uma lesão irreversível;
Não existe nenhum tratamento
medicamentoso ou cirúrgico para
recuperação dos limiares auditivos;
A prevenção é a principal medida
tomada antes da instalação da perda
auditiva.

De acordo com a NR-9 da Portaria no.
3.214 do Ministério de Trabalho, toda
a empresa deve ter um Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais e de
Conservação Auditiva (PCA).
Incapacidade para o trabalho provocada pelas
doenças cardiovasculares
Podem ser utilizados os critérios estabelecidos
pela AMA (1995), que consideram as limitações
que os sintomas impõem aos pacientes:
CLASSE 1: sem limitação da atividade física. As
atividades usuais não produzem fadiga,dispnéia
ou dor anginosa;
CLASSE 2: ligeira diminuição da atividade física.
A atividade física habitual produz sintomas;
CLASSE 3: grande limitação da atividade. O paciente
está bem, em repouso, porém a atividade física,
menor que a habitual, produz sintomas;
CLASSE 4: incapacidade para desenvolver qualquer
atividade física sem desconforto. Os sintomas
podem estar presentes também em repouso.
Hipertensão arterial
Angina pectoris
Infarto agudo do miocárdio
Arritmias cardíacas
Aterosclerose
Acrocianose e acroparestesia
Hipertensão
Infarto agudo do miocárdio
Aterosclerose
Acrocianose e acroparestesia
Doenças do sistema respiratório relacionadas ao trabalho
O sistema respiratório constitui uma interface importante
do organismo humano com o meio ambiente,
particularmente com o ar e seus constituintes, gases e
aerossóis, sob a forma líquida ou sólida.
A poluição do ar nos ambientes de trabalho associa-se a
uma extensa gama de doenças do trato respiratório que
acometem desde o nariz até o espaço pleural.
Entre os fatores que influenciam os efeitos da exposição
a esses agentes estão as propriedades químicas e físicas
dos gases e aerossóis e as características próprias do
indivíduo, como herança genética, doenças preexistentes
e hábitos de vida, como tabagismo.
Lista de doenças do sistema respiratório relacionadas ao trabalho, de
acordo com a Portaria/MS n°1.339/1999
Faringite aguda não especificada
Laringotraqueíte aguda e crônica
Rinites alérgicas
Rinite crônica
Sinusite crônica
Ulceração ou necrose do septo nasal e perfuração do septo nasal
Outras doenças pulmonares obstrutivas crônicas (inclui asma obstrutiva,
bronquite crônica, bronquite asmática, bronquite obstrutiva crônica)
Pneumoconiose dos trabalhadores de carvão
ao asbesto (asbestose) devida a poeira de sílica (silicose)
Pneumoconiose devida à outras poeiras inorgânicas: beriliose, siderose
e estanhose
Substâncias que reagem quimicamente com o
organismo
humano
provocando
lesões
mediatas ou imediatas, dependendo da:
• Composição
• Concentração
• Via de penetração
• Tempo de exposição
• Aerodispersóides
• Gases e Vapores
NÉVOAS: São partículas líquidas (gotículas) produzida por
ruptura mecânica de líquidos. Ex: pinturas spray, névoas de
H2SO4 no carregamento de baterias.
NEBLINAS: São partículas líquidas produzidas por
condensação de vapores de substâncias que são Líquidas à
temperatura ambiente. Ex: neblina de
gasolina.
POEIRAS: São partículas sólidas geradas de operações
mecânicas de moagem, trituração, esmerilhamento,
explosão, polimento, etc. Ex: poeiras de amianto, negro de
fumo, carvão e coque, sílica.
FUMOS: São partículas sólidas, produzidas por
condensação ou oxidação de vapores de substâncias que
são sólidas à temperatura normal. Ex: fumos de chumbo,
fumos de cobre, fumos plásticos.
FUMAÇAS: Mistura de gases, vapores e aerodispersóides,
proveniente da combustão de materiais. Ex: fumaça
proveniente da combustão de madeira, plástico, etc.
RADIONUCLÍDEOS: Constituído de substância que sofre
transformação espontânea durante a qual ocorre emissão
de radiação e o aparecimento de uma nova substância
química. Ex: aerosol de sais de césio, radônio, etc.
Classificação Fisiológica:
• Irritantes
• Anestésicos
• Asfixiantes
Irritantes
Inflamam os tecidos (pele, conjuntiva
ocular, vias respiratórias).
Irritantes Primários:
a.1) Ação sobre as vias respiratórias, alta solubilidade
(garganta e nariz):
- Ácidos fortes tais como: ácido clorídrico (HCl) e ácido
sulfúrico (H2SO4)
a.2) Ação sobre os brônquios:
-Substâncias de moderada solubilidade: anidrido sulfuroso
(SO2) e cloro (Cl2)
a.3) Baixa solubilidade (pulmões):
-Ex: ozona, óxido nitroso
a.4) Irritantes atípicos:
- Ex: acroleína, gás lacrimogênio
Irritantes Secundários
A ação irritante produz efeitos tóxicos em todo
o organismo.
Ex: gás sulfídrico (H2S)
Anestésicos
Ação depressiva no sistema nervoso
central.
Ex: eteno, butano e propano
AGENTES QUÍMICOS
Anestésicos
Anestésicos com efeitos sobre as vísceras (rim e fígado):
Ex: tetracloreto de carbono, tricloroetileno, ercloroetileno
Anestésicos com efeitos sobre o sistema formador de
sangue (tecidos graxos, medula óssea):
Ex: benzeno, tolueno, xileno
Anestésicos com efeitos sobre o sistema nervoso:
Ex: álcool etílico, metílico, dissulfeto de carbono
Asfixiantes
Bloqueio dos processos vitais devido a falta de oxigenação.
Asfixiantes simples: diluem o oxigênio do ar inalado e
reduzem a pressão parcial nos alvéolos, o que resulta na
redução da transferência de oxigênio para o sangue venoso,
que pode causar a morte.
Substâncias deste grupo: metano, etano, propano, gás
carbônico, hidrogênio, nitrogênio, acetileno, hélio
Asfixiantes Químicos
Substâncias deste grupo: CO, anilina e ácido
cianídrico
O monóxido de carbono é um gás sem odor que
combina com a hemoglobina formando a
carboxihemoglobina, que bloqueia o transporte do
oxigênio no sangue, mesmo em baixas
concentrações
Sistêmicos:
Absorvidos pelo organismo provocam
alterações funcionais ou morfológicas
em determinados órgãos do corpo
humano.
Ex: mercúrio (sistema nervoso, rim),
chumbo
(ossos),
tetracloreto
de
carbono (fígado)
Alergênicos
Provocam reações alérgicas
Ex: Resinas epóxi
Mutagênicos / Teratogênicos:
Induzem mutação celular (mutagênicos), ou alterações
genéticas (teratogênicos).
Os teratógenos são substâncias químicas que causam
defeitos de nascimento e mortalidade entre os recémnascidos, más-formações, retardo de crescimento e
desordens funcionais.
Ex: lítio
Cancerígenos:
Provocam formas de câncer após
período latente de exposição
Ex: cloreto de vinila e benzeno
Fonte: Jornal do Sindicato dos Químicos
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO PULMONAR

Os testes de função pulmonar têm utilidade
complementar no estudo epidemiológico de
trabalhadores expostos aos aerodispersóides
ou, individualmente, no seguimento e/ou
avaliação da presença de alterações iniciais e
do grau de incapacidade respiratória.
Controle Médico dos Trabalhadores
Expostos aos Aerodispersóides
Do ponto de vista da legislação
trabalhista, segundo a NR-7 da Portaria
Nº 3214/78, os aerodispersóides são
classificados em dois tipos:


fibrogênicos: provocam fibrose
pulmonar (como a sílica, asbesto,
carvão, berílio, talco, entre outros);
1)
2) não-fibrogênicos: inertes e que
não provocam fibrose pulmonar
(como o bário, ferro, estanho, entre
outros).
 Com
base nessa classificação, os
exames de rotina para
monitoramento de trabalhadores
expostos aos aerodispersóides
devem incluir, obrigatoriamente:

Telerradiografia
de
(técnica da OIT-1980)
a)
 na
tórax
exposição a aerodispersóides
fibrogênicos: o exame deve ser
realizado
na
admissão
e,
posteriormente, a cada ano;


Esses testes podem ser divididos em dois
tipos: aqueles que avaliam a função
ventilatória e os que avaliam as trocas
gasosas.
Resultados podem ser:
 Obstrutivo
 Restritivo
Espirometria

O teste espirométrico consiste numa manobra
de expiração forçada até o limite do volume de
reserva expiratória, após inspiração máxima.
Testes de exercício

Altamente recomendados na determinação da
incapacidade funcional de portadores de
pneumopatias ocupacionais mas, no entanto,
são muito especializados.
Doenças do sistema digestório relacionadas ao
trabalho
A abordagem das doenças do sistema digestivo
relacionadas ao trabalho tem se restringido, nos
textos clássicos de patologia do trabalho, às
doenças do fígado e vias biliares.
Entretanto, apesar da indiscutível importância
dessas doenças, outros transtornos também
devem ser considerados.
Erosão dentária
Alterações pós-eruptivas da cor dos tecido duros dos
dentes
Gengivite crônica
Estomatite ulcerativa crônica
Gastroenterite e colite tóxicas
do chumbo
Doença tóxica do fígado; com necrose hepática; com
hepatite aguda; com hepatite crônica persistente; com
outros transtornos hepáticos Hipertensão portal
DEFINIÇÃO
Toda alteração de pele, mucosas e anexos
direta ou indiretamente causada,
condicionada, mantida ou agravada por
tudo aquilo que seja utilizado na atividade
profissional ou exista no ambiente
de trabalho.
FATORES PREDISPONENTES
Antecedentes pessoais: trabalhadores com
doenças de pele pregressas ou em atividade
são mais propensos ao desenvolvimento de
dermatoses
ocupacionais.
Atopia,
desidroses,
psoríase,
líquem,
eczema
seborreico, D. Raynaud e outras.
CARACTERISTICAS DA PELE
A pele possui três camadas, e tem
função principal de proteger o corpo.
As dermatoses ocupacionais são
alterações que acometem a pele,
mucosas, pêlos e unhas.
A causa está ligada por tudo que é
utilizado em atividade profissional ou
que exista no ambiente de trabalho.
Qualquer alteração deve ser
comunicada pois uma lesão pode
tornar o trabalhador mais exposto à
infecção.
www.escoladepostura.com.br
Camadas da pele
A pele
constituise numa importante camada protetora do organismo.
Mas....
Não protege sempre contra os riscos presentes no ambient
e de trabalho porque as substâncias químicas podem ser a
bsorvidas diretamente pelo organismo através da pele saud
ável.
Uma vez absorvidas, as substâncias químicas através da
circulação são transportadas para os órgãos alvo produzindo
efeitos nocivos.
Pele
As centenas de novas substâncias químicas que ingressam
nos ambientes de trabalho a cada ano, algumas delas pode
m ocasionar irritação da pele e reações alérgicas da derme.
Algumas substâncias tais como ácidos e álcalis fortes prov
ocarão lesões na pele quase imediatamente.
Outras como ácidos e álcalis diluídos e solventes em geral,
provocarão efeitos na pele só se houver contacto da pele c
om a substância química durante vários dias.
CAUSAS DIRETAS
•AGENTES BIOLÓGICOS:
Bactérias; Fungos; leveduras; Vírus e
Insetos.
•AGENTES FÍSICOS:
• Calor; Frio; Umidade; Radiações,
Eletricidade.
•AGENTES QUÍMICOS:
•Solventes; Cimento; Detergentes.
•AGENTES QUÍMICOS
ALÉRGENOS:
•Aditivos de borracha; Níquel;
Cromo; Cobalto.
http://www.rondonia.ro.gov.br
Trabalhador da construção civil sem luvas
exposto a agente químico (cimento)
CAUSAS INDIRETAS
•IDADE: Jovens são menos experientes, costumam ser mais afetados por terem
menos cuidado para usar agentes químicos.
•ETNIA: Pessoas de etnias amarela e negra são mais protegidas contra a ação da luz
solar que pessoas caucasianas.
•CLIMA: Temperatura e umidade
influenciam no aparecimento de
dermatoses, como por infecções
por fungo.
•SEXO:As mulheres
apresentam mais lesões
nas mãos, mas os quadros
são menos graves e a
remissão mais rápida.
www.unipar.br
Esteticista: profissão predominantemente
feminina com grande exposição das mãos
•ANTECEDENTES: pessoas que já tiveram dermatoses são
mais propensos a desenvolver dermatose ocupacional terem
agravamento no ambiente de trabalho.
• CONDIÇÕES DE TRABALHO:
 Pessoas que trabalham em pé pode levar ao aparecimento
de inchaço e mudança na cor da perna (dermatite de estase),
e de varizes (veias varicosas), ou agravar as já existentes;
Presença de vapores, gases e poeiras acima dos limites;
ausência de iluminação, ou ventilação apropriada;
Ausência de sanitários e chuveiros adequados
e limpos próximos aos locais de trabalho;
Não utilização ou utilização incorreta do
Equipamento de Proteção Individual
(EPI); ou ainda de má qualidade.
http://www.clipartsdahora.com.br
DERMATITE DE CONTATO IRRITATIVA
O que é? São mais comuns, ocorrem em
qualquer pessoa e são provocadas por
substancias que em contato com a pele,
provocam de imediato um ou mais sintomas.
O que causa? Fertilizantes, amoníacos, aditivos,
herbicidas.
Quais os sintomas? Ardência, vermelhidão,
edema, bolhas, ulceração por necrose,
ressecamento da pele na área de contato,
descamação com ou sem vermelhidão, fissuras e
sangramento.
www.orthopauher.com
Profissionais afetados: Agricultores
Erupção eczematosa produzida
por exposição local a substância
irritante primária.
DERMATITE IRRITATIVA DE CONTATO FORTE (DICF)
O que é? Quando algumas
substâncias químicas ao primeiro
contato com a pele, produzem
graves lesões inflamatórias. A lesão
é mais grave onde existe atrito e
pressão.
O que causa? Cimento
Quais os sintomas? Vermelhidão,
ardor, coceira, feridas, ulceração e
necrose.
Profissionais afetados:
Trabalhadores da construção civil
http://www.engtrab.com.br
DICF causada por cimento. Observar
que mãos e joelhos estão mais afetados
devido à pressão
DERMATITE ANGIODERMATOSE (pode predispor a doença ocupacional)
O que é? Lesões provocadas pela deficiência
da circulação sanguínea capilar, havendo
mudança na cor da pele. Podem ser
agravadas pelo trabalho se houver exposição
ao frio e posição estática
O que causa? Circulação sanguínea
ineficiente
Quais os sintomas? As lesões produzidas pelo
frio afetam principalmente as extremidades e
áreas salientes do corpo, como os pés, as
mãos, face.
Profissionais afetados: Recepcionistas,
operadores de telemarketing, enfermeiros,
massoterapeutas, etc.
bp3.blogger.com
Observar a mudança na
coloração da pele
DERMATITE PELA RADIAÇÃO ULTRA-VIOLETA
O que é? São reações anormais da pele
causadas pela luz ultravioleta.
O que causa? Principalmente o sol.
Quais os sintomas? Dois quadros são os
mais importantes: Fototoxicidade (lesões
orelhas, V do decote, nuca, antebraços e
mãos) e fotoalergia (as lesões podem
extender além das áreas expostas). A
reação é proporcional a quantidade de
exposição.
Profissionais afetados: Agricultores,
Hortifrutigranjeiros, Pescadores,
Marinheiros, Jardineiros, Trabalhadores
em conservação de estradas,
Trabalhadores na construção civil entre
outros.
http://www.ijc.org.br/blog/grupojuma/images/Agricultor
_Umari.jpg
Agricultor exposto ao sol.
DERMATITE ALÉRGICA DE CONTATO (DAC)
O que é? Reação alérgica na pele, poucas
horas após o contato com o agente.
O que causa? herbicidas, plantas, inseticidas,
antibióticos, ação mecânica de objetos duros
e ásperos, metais, adesivos, cosméticos ,
drogas em contato com a pele; corantes;
produtos químicos, alimentos em contato
com a pele (fabricação/manipulação);
plantas, e a a outros agentes
Quais os sintomas? reação cutânea o
aparecimento de lesões como eritema,
edema, prurido, microvesículas e exsudação
Profissionais afetados: Todos os
profissionais predispostos a algum tipo de
alergia, exposto no trabalho.
Dermatite por óleo de madeira
URTICÁRIA DE CONTATO
O que é? reação alérgica em resposta a
agente químico ou físico
O que causa? È uma reação individual,
algumas vezes sendo difícil identificar o
agente.
Quais os sintomas? pápulas inchadas ou
placas irregulares, coceira.
Profissionais afetados: A reação pode
ser agravada ou desencadeada pelo
contato com o agente causador no
trabalho. Exemplo: Agricultor alérgico
a picada de mosquito
http://bbel.uol.com.br/upload/imagens/editor/urticaria.jpg
ÚLCERA CRONICA DA PELE
O que é? O contato da pele com ácidos ou
álcalis fortes pode provocar ulceração da pele a
curto prazo (úlcera aguda) ou a longo prazo
(úlcera crônica).
O que causa? O cromo e seus compostos,
produtos irritantes de origem animal ou
vegetal, como enzimas proteolíticas e infecções.
Quais os sintomas? irritação e ulceração da
mucosa nasal, levando à perfuração do septo
nasal. A longo prazo, pode surgir o câncer das
fossas nasais e o câncer de pulmão
Profissionais afetados: trabalhadores expostos a
névoas de ácido crômico.
http://www.scielo.br
Úlcera por cromo
TUBERCULOSE CUTANEA
O que é? Tuberculose na pele
(extrapulmonar)
O que causa? Bacilo de Koch
Quais os sintomas?
Granulomas infecciosos,
edema
Trabalhadores expostos:
Técnico em necropsia, médico
legista, principalmente
profissionais da área da saúde
http://dermis.multimedica.de
CARCINOMA EPIDERMÓIDE
O que é? Câncer na epiderme
decorrente de lesões traumáticas
produzidas por cicatrizes queilodianas
O que causa? dermatites crônicas de
longa duração, provocadas por
alcatrão, asfalto, parafinas, petróleo,
fuligem, óleos minerais, compostos
arsenicais e radiações
Trabalhadores expostos: Área
petrolífera, mineração, técnico de raio
X. Qualquer trabalhador fumante.
http://www.dermato.med.br/publicacoes
Trabalhador com carcinoma na
língua, tabagista
ALTERAÇÕES DA COR DA PELE: DISCROMIAS
MELANODERMIA
LEUCODERMIA
O que é? Hiperpigmentação da
pele por aumento da melanina.
O que é?
Hipopigmentação da pele
O que causa? trauma repetido,
fricção, queimaduras térmicas,
luz ultravioleta artificial e
natural, derivados do petróleo,
sais de ouro e de prata.
O que causa?
raios-x, hidroquinona, utilizada na
indústria de pinturas, plásticos e
inseticidas, etc.
O que é? Excesso de calor que
altera a pigmentação, a
vascularização e provoca a
destruição da pele. A gravidade
depende do grau e extensão da
lesão.
QUEIMADURAS
O que causa? Exposições ao calor
radiante (fornos e fornalhas)
Quais os sintomas? 1º grau:
eritema e ardor; 2º grau; eritema,
edema e bolhas;
3º grau: destruição dos músculos.
Trabalhadores expostos:
Soldadores, Cozinheiros,
trabalhadores de caldeiras, em
fornos, etc.
http://www.vermelho.org.br
CALOSIDADE
O que é? Espessamento da pele em áreas de
atrito como mãos e joelhos. Culturalmente
conhecido por “mãos de trabalhador”
O que causa? Trabalho manual com fricções
locais repetidamente
Quais os sintomas? Dor, escurecimento da
pele, espessamento, perda de sensibilidade,
descamação
Trabalhadores expostos: Agricultores,
Faxineiras, Pedreiro, Marceneiro,etc.
ONICOPATIAS (UNHAS)
O que é? São alterações nas unhas do
trabalhador agravadas em suas
atividades diárias.
O que causa? fungos, leveduras,
bactérias, vírus, Ácidos, álcalis,
solventes, resinas, traumatismos, atrito,
pressão, calor, frio, umidade,
Quais os sintomas? São muitas
alterações, que ocorrem na superfície,
extensão, espessura, consistência,
aderência, e cor da unhas.
Profissionais afetados: Mineradores de
carvão, Militares, nadadores e
desportistas, pescadores, etc.
http://www.medicinageriatrica.com.br
Unha descamativa, espessa e
com pouca aderência devido a
onicomicose
PREVENÇÃOP (Primária)
Setores e instalações industriais devem obedecer às regras que estabeleçam
conforto, bem estar, segurança no trabalho, incluindo uso de EPI’s.
Óculos
Calçados
impermeáveis
Protetores faciais
Vestimentas
especiais
Mangas de proteção
Máscaras e
Respiradores
Luvas de proteção
PREVENÇÃO (Secundária)
Detectando possíveis lesões que estejam ocorrendo com o trabalhador.
Realizar um bom diagnóstico
•Quadro clínico;
•História de exposição do quadro e tempo
de exposição;
•Teste epicutâneo expositivo;
•Anamnese ocupacional;
•Exame físico;
•Visita ao ambiente de trabalho;
•Informações fornecidas pelo trabalhador.
•Tratamento e Afastamento
http://porta-voz.com
Prevenção Terciária:
Neste nível, o trabalhador tem lesões avançadas (ou em fase de cronificação),
deve-se adotar medidas para limitar a incapacidade, com medidas
terapêuticas como o afastamento, tratamento e readequação ao ambiente de
trabalho. De acordo com o grau dos sinais, sintomas e limitações que será
determinado o tratamento e sua duração. Exemplo:
Dermatites de contato alérgicas:
O tratamento por boca (via oral) está indicado para infecção, usando-se
antibióticos ou antifúngicos. O afastamento à exposição é essencial.
Leucodermia:
É necessário a cessação da exposição ao agente etiológico, uso de
fotoprotetores. Alguns agentes como o monobenziléter de hidroquinona
destroem as células da pele (melanócitos) e hipopigmentação pode ser
definitiva
Para evitar o desenvolvimento da doença, a orientação que é feita pelos
profissionais da equipe de Saúde
Segurança do Trabalho: Tenta modificar o ambiente de trabalho:
informando sobre o vestuário, higiene corporal, auto-medicação, uso de EPI,
atitudes imprudentes.
Acidentes e doenças prejudicam a empresa, mas principalmente o
trabalhador na sua vida pessoal, financeira, profissional, e psicológica,
inclusive.
http://www.plugbr.net/wp-content/
Principais sensibilizantes de acordo
com a localização
Vibração - Fontes
Furadeiras
elétricas
–
manuais:
Indústrias metalúrgicas e mecânicas e
instaladores.
Motosserras:
madeireira.
Indústria
extrativa
Furadeiras pneumáticas: Reparo de vias
públicas, demolições, construção de
túneis e estradas, extração de mármore.
Vibração e o corpo humano
Para uma melhor compreensão de como o
corpo humano é mais sensível a
determinadas faixas de freqüências de
acordo com os segmentos corporais,
utiliza-se
um
modelo
mecânico
simplificado, que mostra as faixas de
freqüências naturais de partes importantes
do corpo, conforme ilustrado a seguir:
Vibração
Vibração
EFEITOS AO ORGANISMO
Os motoristas de ônibus estão mais
predispostos
ou
propensos
ao
desenvolvimento de síndromes dolorosas de
origem vertebral, deformações da espinha,
estiramento e maus-jeitos, apendicites,
problemas estomacais e hemorróidas.
Todavia, posturas forçadas, manuseio de
cargas e maus hábitos alimentares não
podem ser descartados como desordens.
Vibração
Sistema gastrointestinal
Outros estudos em laboratórios, mostraram
grande relação causal com desordens
gastrintestinais e uma cadeira vibratória,
usada como simulador em testes com
motoristas revelou que a vibração causa
desconforto e pode interferir com a destreza
de comando manual e acuidade visual.
Vibração e os efeitos ao organismo
Atividade muscular/ postura
Na faixa de 1 a 30 Hz, dificuldades para manter a
postura, bem como o aumento de balanço postural,
há também uma tendência à lentidão de reflexos na
faixa de freqüência entre 10 a 200 Hz.
Efeito no sistema cardiovascular
Em frequência inferior a 20 Hz, ocorre um aumento
da frequência cardíaca, durante a exposição à
vibração.
Vibração
Efeitos cardiopulmonares
Aparentemente existem alterações nas condições
de ventilação pulmonar e taxa respiratória com
vibrações de 4,9 mls2 (134 dB), na faixa de 1 a 10
Hz.
Efeitos metabólicos e endocrinológicos
Foram observados alterações na bioquímica urinária e
sangüínea, como uma reação genérica.
Vibração efeitos ao organismo
Um estudo polonês sobre trabalhadores
agrícolas e florestais descreveu os efeitos do
que se chamou “vibration sickness”:
1) o primeiro estágio evidenciou: distensões,
náuseas, perda de peso, redução visual,
cólicas no cólon etc; e
2) num segundo estágio as dores se
intensificam, mais concentradas no sistema
muscular e exames em trabalhadores
revelaram atrofia muscular e lesões na pele.
Vibração - Prevenção
• Melhora do equipamento,
intensidade das vibrações,
reduzindo
a
• Instituir períodos de repouso e rotatividade,
evitando exposições contínuas, e
• Após identificar as lesões iniciais deve-se
proceder o rodízio no posto de trabalho.
Ritmo
Circadiano
RITMOS BIOLÓGICOS
Cronobiologia: estudo sistemático da matéria viva.
Ramo da ciência relativamente novo.
De Marian, astrônomo francês, foi o primeiro
pesquisador a propor a existência de um “relógio
biológico”, relato publicado em 1729.
RITMOS
Ciclos: fenômenos que se repetem de tempos em
tempos.
Os seres vivos expressam esses ciclos através:
hábitos diurnos e noturnos; sono e vigília;
reprodução, etc.
Temperatura corporal: valores mínimos e máximos
dependendo da hora do dia. Ritmos em livre curso.
Ajuste aos ciclos ambientais.
O ritmo circadiano regula os ritmos materias,
psicológicos, digestão.
A vigília renova as células e a temperatura
A localização deste relógio
hipotálamo (base do cérebro).
fica
no
Consequência nas alterações do ciclo circadiano
Irritabilidade, distúrbio do sono, distorção do sono
Queda de rendimento, has, trânsito intestinal alterado.
Enfim, seu organismo dorme, e você está acordado.
Ação dos hormônios: fabricação da melatonina que é
fabricada na ausência da luz.
A ausência da luz aumenta sua produção e produz o sono
Cortisol, hormônio relacionado ao sistema imunológico, tem
seu nível aumentado entre 6 e 8 horas da manhã.
• Os ataques cardíacos são mais frequentes de manhã.
• Maior ação da coagulação, ação hormonal mais lenta
• A maior quantidade de urina
noturno
é produzida no período
• A temperatura cai, o batimento fica mais lento.
• O ritmo de trabalho cai após às três horas da manhã
• Alguns funcionários tomam substâncias estimulantes como
cafeína, fumo, reduzem o ritmo cardíaco, apetite e alívio
da fadiga.
• Álcool: produz taquicardia, desinibição.
O que diz a lei
•
Tratamento diferenciado
•
Não exceder às 8 horas
•
Proteção de segurança e saúde, serviços médicos, sociais, transporte,
alimentação.
•
Aposentadoria antecipada, adicional noturno
•
Maior número de folgas
•
Em 05/99 foi considerado como agente etiológico ou fator de risco
•
Aspectos ergonômicos
•
Velocidade do ritmo
•
Evitar turnos fixos
•
Maior número de folgas
Organização do trabalho em turno
•
Não ultrapassar os períodos normais de trabalho
•
Mudar sempre após um dia de descanso
•
Um dia de descanso após uma semana de trabalho
•
Ter todos os benefícios assegurados
•
Exame médico antes da mudança de turno
•
Escala de rotação
•
Direito do funcionário de mudar de turno
•
Se precisar mudar de turno por causa de doença
benefícios
não perder os
ProfªLuiza



Comumente ocorrem após contato com
um fio elétrico defeituoso, rede de altas
voltagem, imersão em água que foi
eletrificada.
Ao tratar o paciente, lembre-se que as
lesões internas podem ser maiores do
que se pode ver.
Verifique o paciente à procura de
ferimentos de entrada e de saída.

Tipos de Correntes
Corrente de
Baixa Tensão
Corrente
Alternada
Corrente de
Alta Tensão
Corrente
Contínua

Corrente de Baixa Tensão
 Lesões
 Perigo
menos extensas
de
Fibrilação
Ventricular
Assistolia

Corrente de Alta Tensão
 Lesões
extensas e profundas
 Necrose tissular por coagulação protéica
 Tende a percorrer o caminho mais curto até
a terra e freqüentemente atira a vítima
longe Fraturas e Hemorragias Cerebrais
 Depressão do centro respiratório
C
C
A
A
L
L
O
O
R
R
Entrada
(
Saída
(
Efeito Joule





efeito joule: liberar calor
efeito magnético: gerar
campo magnético
efeito fisiológico: choque
efeito químico: produzir
reações químicas
efeito luminoso: gerar luz

Protocolos de Atendimento/ Passo a Passo
Informe-se sobre qual o mecanismo de lesão
 Avalie segurança do local

Obs: Em caso de queimaduras elétricas certifique-se sobre o desligamento da fonte de
energia.Já em queimaduras químicas remova o agente com água antes de entrar em
contato
Avalie nível de consciência metódo AVDI(Alerta,
responde à estímulos Verbais, responde a
estímulos de Dor ou está Inconsciente). Chame
ajuda!!!!!!
 ABC





Protocolos de Atendimento/ Passo a Passo
Exposição da vítima – Retirar roupas não aderidas, jóias e
adereços antes do edema
Tempo : 2 minutos no máximo
Caso vítima instável, seguir para hospital imediatamente,já
continuando o exame na ambulância. Se estável pode-se
proceder os próximos passos no próprio local a espera de
socorro.
 Verificação de Sinais Vitais
 Monitorizaçào
 Anamnese(Sintomas, patologias pregressas, alergias, etc)
 Acesso Venoso e Hidrtação Rápida

Exame Secundário
 Resfriamento
das áres queimadas
 Busca de sinais e sintomas de traumas
associados
 Estimativa da área queimada e
profundidade
FADIGA
A fadiga resulta de um trabalho continuado que provoca uma
redução reversível da capacidade do organismo e uma
degradação qualitativa desse trabalho.
O termo “fadiga” é aplicado a várias condições que vão desde
um declínio na curva de trabalho até um estado de colapso
total do organismo.
Podemos reconhecer dois tipos de fadiga:
• Somática (física ou orgânica)
• Psíquica (mental)
• Podem ser desencadeadas por fatores
ambientais e psicológicos.
fisiológicos,
Fadiga somática ou física ou orgânica
É o estado de desequilíbrio orgânico decorrente do
tipo de trabalho, de suas condições organizacionais
e do ambiente físico em que se processa.
Pode ser revertido com descanso (repousar ou
dormir).
Alterações orgânicas
Certos tipos de trabalhos, em vista das condições
e dos ambientes físicos em que são realizados,
podem provocar alterações orgânicas que, isolada
ou combinadamente levam a um quadro de fadiga
somática.
Sintomatologia
•
Os sintomas da fadiga mental são variáveis, destacando-se:
•
Cefaléias, tonturas, anorexias, tremores de extremidades, a dinamia,
dificuldade de concentração e crises de choro;
•
Alterações do sono – o indivíduo dorme por curtos períodos um sono
pesado e sem sonhos e, em seguida, surgem sonhos angustiantes e
ele acorda, sem conseguir dormir mais durante a madrugada;
•
Diminuição da libido – redução do apetite sexual e muitas vezes com
impotência (homem) e frigidez (mulher);
•
Neuroses depressivas – diminuição da memória, tendência à
hipocondria, alterações na visão, depressão do humor;
•
Neuroses de angústia – ansiedade anormal, palpitações, vertigens,
dores gerais e precordiais, sudorese facial e diarréias.
Fatores desencadeantes
Estes fatores podem estar ligados à vida extraprofissional ou a
vida profissional.
Os fatores extraprofissionais podem estar relacionados com baixo
padrão de vida
como: alimentação, habitação, vestuário, educação, saúde,
problemas familiares, condições precárias de transporte,
alcoolismo e uso de drogas.
Os fatores profissionais estão ligados à vida profissional: as
condições ambientais, organização do trabalho, chefia insegura,
níveis hierárquicos, bloqueio de carreira, responsabilidades mal
delegadas, conflito entre chefias, falta de plano de cargos e
salários e falta de comunicação entre os trabalhadores.
Medidas propostas para diminuir o estresse e
fadiga no trabalho
• Bloqueios de engenharia para evitar acidentes
de trabalho;
• Melhoria ergonômica dos postos de trabalho;
• Adequação física e mental do indivíduo a seu
posto de trabalho;
• Enriquecimento de tarefas;
• Integração do grupo de trabalho;
• Melhoria na troca de informações;
• Plano de cargos e salários;
• Treinamento e reeducação dos trabalhadores;
Medidas Individuais propostas para diminuir
a fadiga e o stress
• Organize sua vida, não queira fazer tudo ao
mesmo tempo;
• Delegue tarefas a outras pessoas;
• Planeje adequadamente o que irá fazer;
• Utilize bem o seu tempo;
• Reconheça seus limites;
• Procure rever seus valores de vida;
• Aprenda a administrar conflitos;
• Não sofra por problemas que não merecem sua
atenção;
• Pratique atividades físicas regularmente;
• Realize atividades que lhe dão prazer;
• Repouse o suficiente;
• Seja cuidadoso com sua alimentação, evite excessos e
respeite horários;
• Reserve uma parte do dia para o lazer;
• Evite tomar medicamentos por conta própria para aliviar o
estresse, quando
• Sentir necessidade, procure ajuda de um terapeuta.


Agente Físico
Sensação produzida em um ambiente de
trabalho em que
◦ Temperatura do ar é mais elevada que a
temperatura da pele (> 33°C)
◦ Existem fontes de calor radiante à
temperaturas superiores a temperatura da
pele.

Níveis de conforto
◦ NR 17
 Nas estações frias : 17-21,5 °C
 Nas estações quentes : 18 - 26
°C
 Temperatura efetiva : 20 -23 °C
 Efeitos
no Organismo
◦ Desidratação
◦ Colapso
 Incapacidade cardiovascular
 Perda de Consciência
 Vertigens
 Fraqueza

Golpe de Calor ou Insolação
◦ Exposição temperaturas ate 43,5
°C
◦ Paralisação da sudorese
 Diarréia
 Convulsões
 Vômitos
 Ataxia


Transportar a vitima para ambiente
fresco
Redução de temperatura
◦ Gelo
◦ Banho de ducha fria
◦ Clister de água fria
 (temperatura retal 38,5 °C
suspender o tto)

Colapso ou Prostração Térmica
◦ Disturbios circulatórios que
dificultam a aclimatação
 Cefaléia
 Náuseas
 Prostração
 Palidez
 Lipotímia

Prostração Térmica (“ Zonzeira”)
 Deficiência Circulatória
 Desequilibrio momentâneo entre os
mecanismos fisiológicos de adaptação ao
calor
 Hipotensão arterial
 Cansaço nauseas
 Respiração superficia
 Pulso lento
 Pele fria e úmica

Prostração Térmica por Desidratação
◦ Depende do grau de Desidratação
◦ Perda de peso 5 a 8%
 Ineficiencia no trabalho
◦ Perda de cerca 10%
 Incapacidade de trabalhar
◦ Perda maior que 15%
 Choque hipovolêmico



Mais Características
Afeta musculatura abdominal e das
pernas
Comum em foguistas, forneiros,
fundidores de metais, vidreiros e
mineiros
Aclimatação
 Hidratação
 Hipertônico

É a adaptação do homem ao ambiente de trabalho quente.
Manifesta-se por:redução da temperatura interna (níveis
inferiores a 37ºC)
aumento da transpiração
(do número de glândulas sudoríparas que
transpiram
e aumento no volume de suor produzido)
É relativa e específica para determinada carga de trabalho
e para determinada condição ambiental.
Ausência ao Trabalho por uma semana ocorre perda de 1/4
a 1/3 da aclimatação. Por três semanas ocorre perda total.
Método de aclimatação.
Realização do trabalho necessário, na condição
ambiental em que o trabalho deve ser feito, 120
minutos por dia nos primeiros 4 a 6 dias.
Em duas semanas o processo se completa.
Taxa máxima de suor
NaCl no suor
Aldosterona no suor
Cloreto de sódio no suor
Não Aclimatado
1,5 l/h
15 a 25 g/dia
Baixa
4g NaCl / l
Aclimatado
em 10 dias 3 l/h
3 a 5 g/dia
Alta
1g NaCl / l
Exposição ao Frio
Fisiologia da exposição ao Frio
O corpo humano, quando exposto a baixas
temperaturas, perde calor para o meio ambiente,
baixando a temperatura da pele e das extremidades.
A capacidade do homem é muito eficaz para o calor e
pouco eficiente para o frio.
Nos ambientes frios, o organismo perde calor , exigindo
que o trabalhador proteja-se,adequadamente de modo a
não baixar a sua temperatura interna, afetando o
funcionamento dos órgãos internos.
Doenças causadas pelo Frio
Ulcerações do frio: entre as mais frequentes
reações do organismo contra o frio citam-se
as feridas,bolhas,rachaduras e necrose dos
tecidos.
Enregelamento dos membros: poderá
provocar a gangrena,sendo necessária sua
amputação.
Pés de imersão:acontece quando os
CONSEQUÊNCIA:
Caimbras;
Choque térmico;
Falta de coordenação;
Medidas Adotadas
As portas das câmaras frias devem abrir do
interior e dispor de sinal luminoso e sonoro
para que possa ser percebida a presença da
pessoa.
As roupas de proteção devem estar sempre
secas, limpas e em bom estado de
conservação, pois quando muito usadas
perdem a eficácia como isolante;
Medidas Adotadas
Limitar, o máximo possível, as posturas
sedentárias , bem como os ritmos intensos,
sendo preferíveis os ritmos regulares de
trabalho;
O trabalhador deve executar as tarefas sem
precisar retirar as luvas, evitando a
manipulação direta de produtos frios com
as mãos;
Equipamento de Proteção Individual
Vestimentas adequadas:
A roupa protetora tem por finalidade evitar ou
controlar a perda de calor do indivíduo para o
meio ambiente, ou seja quando maior for a
diferença de temperatura entre a pele e o
ambiente, maior deverá ser o coeficiente de
isolamento térmico da vestimenta.
Equipamento de Proteção Individual
A roupa , quando bem projetada , permitirá a
saída do excesso de calor provocado pelo
metabolismo , função das atividades , o
necessário para manter uma temperatura de
equilíbrio.
Exames médicos periódicos
Os exames médicos periódicos têm por
finalidade detectar possíveis doenças que
acometem os trabalhadores em câmaras
frias, como : amigdalite, rinites, faringites,
sinusites, e ainda prevenção de pneumonias
Tempo na câmara Fria
Tempo
Pausas regulares de 20 minutos em
locais aquecidos ( com temperatura de
20ºC)
Lesões
CAUSADAS PELO
FRIO
Obrigações do Empregado:
Portaria nº.3.214/78 –Normas
Regulamentadoras –06-Equipamento de
Proteção Individual
A) Usá-lo apenas para a finalidade a que se
destina;
B) Responsabilizar-se por sua guarda e
conservação;
C) Comunicar ao empregador qualquer
alteração que o torne impróprio para o uso
Obrigações do Empregador
A C.L.T com relação aos EPIs, estabelece
que:
ART 166. “A empresa é obrigada a fornecer
aos empregados, gratuitamente ,
equipamento de proteção individual
adequado ao risco e em perfeito estado de
conservação e funcionamento, sempre que as
medidas de ordem geral não ofereçam
completa proteção contra os riscos de
acidentes e danos`a saúde dos empregados”
RITMO DE TRABALHO NO LIMITE
DAS CAPACIDADES DOS
TRABALHADORES
Início no Japão, após II Guerra Mundial, eleva a
intensificação do trabalho a um novo patamar constitui
“novo” padrão de subordinação do trabalho ao capital por
meio de:
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•
divisões internas
competição
quebra o caráter de classe dos sindicatos
introduz o sindicato-empresa
extrapola os limites do Japão (a partir dos anos 70)
responde aos desafios da crise do capitalismo (anos 70)
TOYOTISMO: MÁQUINA DE DESEMPREGAR
Um trabalhador opera 4 – 5 máquinas de processos
diferentes
•operador polivalente / multifuncional
•aperfeiçoamento de equipamentos
•modernização de instalações
•máxima flexibilização da organização do trabalho
•máxima tensão da linha de produção da linha automatizada
•máxima potencialização do trabalho vivo
•desgaste desumano dos trabalhadores
DESGASTE DESUMANO DOS TRABALHADORES
Mudanças no mundo do trabalho
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•
fim da política salarial
epidemia de desemprego em massa
desregulamentação dos contratos de trabalho (flexibilização)
re-estruturação produtiva
mudanças na organização das empresas
reorganização das equipes
diminuição de níveis hierárquicos
aumento da responsabilidade
enxugamento do quadro (efetivo)
etc.
Taylorismo
Taylor desenvolveu estudos sobre os tempos e
movimentos utilizados na produção introduziu o
controle com o objetivo de que o trabalho fosse
executado de acordo com uma seqüência e um
tempo pré-programados;
Inseriu a supervisão funcional para verificar se as
operações eram desenvolvidas em conformidade
com as instruções programadas.
Introduziu o estímulo ao desempenho individual
O Fordismo
Com este modelo surgiam as esteiras rolantes que
movimentavam-se enquanto o operário ficava praticamente
parado, realizando uma pequena etapa da produção, como
se fosse uma extensão ou componente da máquina
O trabalhador tinha sua criatividade limitada dentro desta
organização rígida, passando a ser desqualificado e
perdendo sua autonomia no processo de trabalho
A gerência passava assim a se apropriar dos processos de
saber-fazer, maximizando o poder sobre os trabalhadores.
Observações do modelo Fordista
Ford Motor Company aplica os princípios da
linha de montagem, a partir da idéia do
sistema de carretilhas aéreas usado nos
matadouros de Chicago para esquartejar
reses.
Sempre que possível, o trabalhador não dará
um passo supérfluo; Não permitir, em caso
algum, que ele se canse inutilmente, com
movimentos à direita ou à esquerda, sem
proveito algum.
Detalhes...
Resultados da produção: o tempo de montagem do
chassi reduziu-se de 12h8m para 1h33m, sendo a
atividade separada em 45 operações extremamente
simplificadas.
Na linha de montagem, o trabalho também foi
parcelado nas mesmas proporções. Antes, realizada
por uma só pessoa, com a esteira rolante ficou
dividida em 84 operários.
SUCESSO DA ORGANIZAÇÃO
FORDISTA PARA A PRODUÇÃO
O taylorismo-fordismo constituiu a principal
estratégia para aprofundar o controle sobre
os trabalhadores, fragmentando as tarefas,
propondo
pagamento
por
produção,
fragmentando a organização social para o
trabalho, preparando a produção para
exclusão do trabalho humano.
FUNCIONÁRIOS ABAIXO DE TRINTA ANOS
FUNCIONÁRIOS ACIMA DE TRINTA ANOS
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Doenças do ouvido relacionados ao trabalho