Linguagens, Códigos e suas
Tecnologias - Português
Ensino Fundamental, 9° Ano
Elementos constituintes do esquema narrativo da crônica
(fato, reflexão sobre o fato, tempo, espaço, personagens,
narrador, desfecho)
A palavra crônica
deriva do Latim “chronica” ,
que significava, no início do
Cristianismo, o relato de
acontecimentos em sua
ordem
temporal
cronológica. Era, portanto,
um registro cronológico de
eventos.
Imagem: Bernard Gagnon / GNU Free Documentation
License
LÍNGUA PORTUGUESA, 9º Ano do Ensino Fundamental
Elementos Constituintes do Esquema Narrativo da Crônica
No século XIX,
com o desenvolvimento
da imprensa, a crônica
passou a fazer parte dos
jornais. Ela apareceu pela
primeira vez em 1799, no
“Journal de Débats”,
publicado em Paris.
Imagem: Ingres / Unites Satates Public Domain
LÍNGUA PORTUGUESA, 9º Ano do Ensino Fundamental
Elementos Constituintes do Esquema Narrativo da Crônica
LÍNGUA PORTUGUESA, 9º Ano do Ensino Fundamental
Elementos Constituintes do Esquema Narrativo da Crônica
Na Crônica, fatos do cotidiano são narrados
de forma literária e pessoal. Geralmente, isso é feito
revelando alguma reflexão do autor sobre um tema
da vida cotidiana.
O nascimento da crônica
“Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer:
Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto, agitando as pontas do
lenço, bufando como um touro ou simplesmente sacudindo a
sobrecasaca. Resvala-se do calor aos fenômenos atmosféricos,
fazem-se algumas conjeturas acerca do Sol e da Lua, outras sobre a
febre amarela, manda-se um suspiro a Petrópolis, e la glace est
rompue*, está começada a crônica. [...]”
Machado de Assis. Crônicas Escolhidas. São Paulo: Editora Ática, 1994. Disponível em:
http://www.releituras.com/machadodeassis_nascimento.asp . Acesso em 07/07/2012.
*Expressão em língua francesa significando que “quebrou-se o gelo”, a barreira está rompida, superou-se a dificuldade.
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Elementos Constituintes do Esquema Narrativo da Crônica
A crônica apresenta alguns elementos
utilizados na composição de sua narrativa. São eles:
FATO
PERSONAGENS
REFLEXÃO
NARRADOR
TEMPO
DESFECHO
ESPAÇO
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Elementos Constituintes do Esquema Narrativo da Crônica
O FATO
O cronista é o escritor do cotidiano. Ele busca nos fatos e na
observação do dia a dia a inspiração para sua produção.
O ônibus
O ônibus é um automóvel que ou a gente pega ele ou ele pega a
gente. Se a gente está dentro dele, é muito engraçado ver como ele vai
passando bem justo nos buracos que ficam entre um carro e outro, mas
agora, se a gente está na rua, dá sempre a impressão de que ele vem em
cima da gente, e, às vezes, vem mesmo.
Como ônibus dá muita trombada, eu acho que as fábricas já fazem
eles velhos, pois eu nunca vi nenhum novo.
Os carros grã-finos parecem que têm muito medo dos ônibus assim
como os meninos grã-finos têm medo de brincar com os moleques pra não
se sujar, e vão logo se afastando. Eu acho que o ônibus é o animal feroz das
FERNANDES, Millôr. Compozissõis Imfãtis. Rio de Janeiro; Editora Nórdica, 1975. Disponível em:
cidades.
http://paginasclandestinas.blogspot.com.br/2011/01/questao-de-estilo-3.html
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Elementos Constituintes do Esquema Narrativo da Crônica
O FATO
O fato é traduzido na crônica a partir de uma visão
pessoal do autor e é tratado, geralmente, com humor,
sensibilidade ou crítica.
O ônibus é um automóvel que ou a gente pega ele ou ele
pega a gente. Se a gente está dentro dele, é muito engraçado ver
como ele vai passando bem justo nos buracos que ficam entre um
carro e outro, mas agora, se a gente está na rua, dá sempre a
impressão de que ele vem em cima da gente, e, às vezes, vem
mesmo. [...]
FERNANDES, Millôr. Compozissõis Imfãtis. Rio de Janeiro; Editora Nórdica, 1975. Disponível em:
http://paginasclandestinas.blogspot.com.br/2011/01/questao-de-estilo-3.html
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A REFLEXÃO
Ao produzir uma crônica, o autor conduz o leitor a
refletir sobre os fatos narrados, sobre a vida e sobre o
comportamento humano em diferentes situações.
[...] Como ônibus dá muita trombada, eu acho que as
fábricas já fazem eles velhos, pois eu nunca vi nenhum novo.
Os carros grã-finos parecem que têm muito medo dos
ônibus assim como os meninos grã-finos têm medo de brincar
com os moleques pra não se sujar, e vão logo se afastando. Eu
acho que o ônibus é o animal feroz das cidades.
FERNANDES, Millôr. Compozissõis Imfãtis. Rio de Janeiro; Editora Nórdica, 1975. Disponível em:
http://paginasclandestinas.blogspot.com.br/2011/01/questao-de-estilo-3.html
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A REFLEXÃO
O cronista pode optar por uma abordagem mais
reflexiva, descritiva ou argumentativa. No geral, ele narra uma
história a partir da qual o leitor poderá fazer uma ou mais
reflexões.
Mendigo
Eu estava diante de uma banca de jornais na Avenida, quando a
mão do mendigo se estendeu. Dei-lhe uma nota tão suja e tão amassada
quanto ele. Guardou-a no bolso, agradeceu com um seco obrigado e
começou a ler as manchetes dos vespertinos. Depois me disse:
- Não acredito um pingo em jornalistas. São muito mentirosos.
Mas tá certo: mentem para ganhar a vida. O importante é o homem ganhar
a vida, o resto é besteira. FONTE: CAMPOS, Paulo Medes. Para gostar de ler. Vol. 2. São Paulo 1978. (Fragmento)
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O TEMPO
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O próprio termo ‘crônica’ faz referência ao tempo,
dada a sua importância na construção desse gênero. O
cronista faz uso do tempo cronológico ou mesmo psicológico,
atribuindo temporalidade à narrativa, a fim de aproximá-la da
vida do leitor e da época deste.
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Elementos Constituintes do Esquema Narrativo da Crônica
O TEMPO
É através do tempo que o cronista retrata a vida
moderna e toda a sua fugacidade.
Eram sete horas da noite quando entrei no carro, ali no
Jardim Botânico. Senti que alguém me observava, enquanto punha o
motor em movimento. Voltei-me e dei com uns olhos grandes e
parados como os de um bicho, a me espiar, através do vidro da
janela, junto ao meio-fio. Eram de uma negrinha mirrada, raquítica,
um fiapo de gente, encostada ao poste como um animalzinho, não
teria mais que uns sete anos.[...]
Fonte : Trecho de A companheira de viagem. 4.ed. Rio de Janeiro, Record, 1977. p.135. (Fragmento)
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O ESPAÇO
Eram sete horas da noite quando entrei
no carro, ali no Jardim Botânico. Senti que alguém
me observava, enquanto punha o motor em
movimento. Voltei-me e dei com uns olhos grandes
e parados como os de um bicho, a me espiar,
através do vidro da janela, junto ao meio-fio. Eram
de uma negrinha mirrada, raquítica, um fiapo de
gente, encostada ao poste como um animalzinho,
não teria mais que uns sete anos.[...]
Fonte : Trecho de A companheira de viagem. 4.ed. Rio de Janeiro, Record, 1977. p.135.
Imagem: Adriano S de Oliveira / Disponibilizado por
Javier martin / GNU Free Documentation License
O espaço na crônica reflete a vida do homem moderno.
Os grandes centros urbanos, apartamentos, quartos de hotel,
parques, etc.
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Elementos Constituintes do Esquema Narrativo da Crônica
O ESPAÇO
A opção por retratar espaços comuns à vida do leitor
cria identificação com o tipo narrativo.
O ponto de venda mais forte do condomínio era a sua
segurança. Havia as belas casas, os jardins, os playgrounds, as
piscinas, mas havia, acima de tudo, segurança.
Toda a área era cercada por um muro alto. Havia um
portão principal com muitos guardas que controlavam tudo por
um circuito fechado de TV. Só entravam no condomínio os
proprietários e visitantes devidamente identificados e crachados.
Fonte: Luís Fernando Veríssimo. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, 97-99. (Fragmento)
[...]
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PERSONAGENS
São seres fictícios criados pelo autor para
vivenciarem os fatos. Na crônica, são comuns as personagens
inspiradas em tipos comuns: operários, donas de casa,
políticos, etc.
O homem acorda da anestesia e olha em volta. Ainda está na sala de
recuperação. Há uma enfermeira do seu lado. Ele pergunta se tudo foi bem.
- Tudo perfeito – diz a enfermeira, sorrindo.
- Eu estava com medo desta operação...
- Por quê? Não havia risco nenhum.
- Comigo sempre há risco. Minha vida tem sido uma série de
Fonte: Luís Fernando Veríssimo. Seleção de crônicas do livro Comédias da vida privada. (Fragmento)
enganos... [...]
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PERSONAGENS
Em muitas crônicas, o próprio autor assume o papel
de personagem da narrativa, assumindo a posição de
narrador/personagem, deixando a crônica com ares de
experiência pessoal.
Mendigo
Eu estava diante de uma banca de jornais na Avenida, quando a
mão do mendigo se estendeu. Dei-lhe uma nota tão suja e tão amassada
quanto ele. Guardou-a no bolso, agradeceu com um seco obrigado e
começou a ler as manchetes dos vespertinos. Depois me disse:
- Não acredito um pingo em jornalistas. São muito mentirosos. Mas
tá certo: mentem para ganhar a vida. O importante é o homem ganhar a
vida, o resto é besteira. [...]
FONTE: CAMPOS, Paulo Medes. Para gostar de ler. Vol. 2. São Paulo 1978. (Fragmento)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Mendes_Campos
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O NARRADOR
Na Crônica, o narrador pode apresentar-se como
Narrador/personagem. Nesse caso, os verbos e pronomes
relativos a ele são colocados na 1ª pessoa.
Aparição
Ainda não deixei de pasmar-me com o que vi. Era sábado, por volta
de onze horas, íamos de automóvel pela praia de Copacabana, rodando
devagar. Além do Controlador Mercantil, dono do carro, estava comigo o
professor-assistente de Técnica de Orçamento.
A manhã era perfeita entre as mais perfeitas que o Senhor reservou
para Copacabana. Manhã dessas em que me vem sempre a vontade de ser
abastado sitiante em Ribeirão Preto ou Alegrete e de estar no Rio para umas
férias em um dos hotéis envidraçados da avenida Atlântica. [...]
FONTE: CAMPOS, Paulo Mendes. Balé do pato e outras crônicas. São Paulo: Ática, 2002. (Para Gostar de Ler, 24.) (Fragmento.)
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O NARRADOR
Há, ainda, a narrativa em 3ª pessoa, na qual o
narrador coloca-se como observador dos fatos e não atua
como personagem.
[...] Fora preso por engano. Várias vezes. Recebia intimações para
pagar dívidas que não fazia. Até tivera uma breve, louca alegria, quando
ouvira o médico dizer:
- O senhor está desenganado.
Mas também era um engano do médico. Não era tão grave assim.
Uma simples apendicite. [...]
Fonte: VERÌSSIMO, Luiz Fernando . Seleção de Crônicas do livro Comédias da vida privada. Porto Alegre: L&PM, 1996. p77-8.
(Fragmento)
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Elementos Constituintes do Esquema Narrativo da Crônica
Visto que, na
crônica, o autor explora
as circunstâncias dos
fatos e não o fato em
si, nem sempre ele
aponta uma “solução”
para o conflito inicial.
Imagem: Autor Desconhecido / Disponibilizado por
Husky / GNU Free Documentation License
O DESFECHO
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O DESFECHO
Quando não apresenta uma “solução” para o conflito, o
cronista deixa o texto em aberto para que o leitor crie suas próprias
conclusões ou imagine o desfecho que quiser.
[...] Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num
balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "Parabéns pra você, parabéns pra você..."
Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente
o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela
com ternura – ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao
colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do
sucesso da celebração. De súbito, dá comigo a observá-lo, nossos olhos se encontram,
ele se perturba, constrangido –
vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num
sorriso.
“Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.”
Fonte:SABINO, Fernando. A companheira de viagem, Record, 1965.
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Leia o texto a seguir de Moacyr Scliar:
Lixo e vida
Moacyr Scliar
Um suicida foi salvo após se jogar
do oitavo andar de seu apartamento e cair
no lixo acumulado nas ruas de Nova York.
Devido às nevascas, a coleta de lixo
estava suspensa na cidade desde o Natal.
O homem, de 26 anos, foi levado ao
hospital. O estado dele era considerado
crítico, mas estável.
Mundo, 4 de janeiro de 2011
Imagem: Michael Slonecker / National Register of
Historic Places in the United States / Creative
Commons Attribution Share-Alike License
A mania de comprar e guardar
objetos velhos e artigos de brechó fez a
vida de uma senhora americana virar
um caos. Sua residência estava cheia
de lixo, do qual, intimada pelos
bombeiros, ela teve de se livrar,
colocando-o na rua. A história foi
contada em um episódio do reality show
"Obsessivos Compulsivos" ("Hoarders",
em inglês), exibido pelo canal A&E.
Equilíbrio, 4 de janeiro de 2011
Imagem: Andrevruas / Creative Commons Attribution 3.0 Unported
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Elementos Constituintes do Esquema Narrativo da Crônica
Você é um lixo, dizia-lhe a mulher, com desprezo, e ele jamais
protestava: sabia que, no fundo, ela tinha razão. Ele não trabalhava, não
ganhava um centavo, bebia o dia todo; às vezes, pegava a guitarra e
dedilhava algumas notas, dentro de seu vago projeto de tornar-se um
compositor famoso, um sucessor de John Lennon. Mas não passava disso,
dessas raras e frustradas tentativas.
Ela é quem tinha de providenciar o sustento de ambos e, para isso,
trabalhava em dois empregos. Sim,
ele era mesmo um lixo. Um dia,
depois de uma discussão
particularmente violenta, resolveu
pôr um fim naquilo. Num impulso,
abriu a janela do apartamento de
oitavo andar em que moravam e
pulou para fora, certo de que iria
morrer.
Imagem: Xisama / Creative Commons
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Elementos Constituintes do Esquema Narrativo da Crônica
Não morreu. Perdeu os sentidos e, quando acordou sentindo muitas
dores, certamente por causa de fraturas, viu-se deitado sobre uma verdadeira
montanha de sacos de lixo.
E não pode deixar de sorrir diante da ironia: ele, lixo, havia sido salvo
pelo lixo. Cuja origem, aliás, ele conhecia: eram coisas que a moradora do
apartamento térreo
acumulara durante
anos e das quais fora
obrigada a se livrar,
depois que os moradores
do prédio a haviam
denunciado aos bombeiros.
Imagem: Roman Köhler / Public Domain
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De imediato foi socorrido e levado ao hospital. A mulher, torturada
pela culpa, não saía de perto dele, pedindo perdão constantemente. Mas não
era nela que ele pensava. Era na moradora do térreo.
Tão logo recebeu alta, foi visitá-la. Era uma senhora de meia idade,
esquisita, mas simpática; e não pode deixar de sorrir quando ele disse: "Seu
lixo me salvou, eu lhe serei eternamente grato".
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Não é lixo, disse ela. É a minha vida que estava ali, naqueles sacos
plásticos. Aquelas bugigangas, aquelas coisas antigas, aqueles objetos
pitorescos, aquelas roupas velhas, aqueles antigos recortes de jornal... Eu. A
minha existência.
Ele assentiu em silêncio. Sabia o que ela estava querendo dizer. E
sabia que, daí em diante, viria visitá-la seguidamente. No lixo, tinha
encontrado uma alma irmã.
Moacyr Scliar. Folha de S.Paulo,10.01.11. Disponível em:
http://www.academia.org.br/abl_e4w/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?from_info_index=31&infoid=11156&sid=774 Acesso em 09/07/2012.
Você percebeu como o autor aproveitou fatos do cotidiano para construir a crônica?
Pesquise, em jornais, notícias que você julga que podem gerar boas crônicas.
Que tal produzir uma crônica a partir da notícia que lhe chamou mais a atenção?
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Você sabe o que pode acontecer com um simples
tomate, desde a plantação até ser jogado fora?
No curta metragem Ilha das flores
(1989), o diretor Jorge Furtado, a partir da
trajetória de um simples tomate, faz uma
série de críticas à nossa sociedade de
consumo e à geração de desigualdades.
O filme pode inspirar a turma a escrever
boas crônicas sobre alguns problemas de
nossa sociedade.
Imagem: Goldlocki / GNU Free Documentation
License
Para assistir ao filme, acesse:
http://portacurtas.org.br/filme/?name=ilha_das_flores
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Na Internet
No site abaixo, podemos
aprender um pouco mais sobre a vida
e obra de Luiz Fernando Veríssimo,
grande cronista dos costumes do
homem moderno, em especial, dos
nossos, dos brasileiros. O site traz
uma biografia do autor, além de
alguns dos seus textos. Vale a pena
conferir:
Imagem: Marcello Casal Jr./Abr / Creative Commons
Attribution 3.0 Brazil license.
http://www.releituras.com/lfverissimo_bio.asp
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BIBLIOGRAFIA
ASSIS, Machado de. Crônicas Escolhidas. São Paulo: Editora Ática, 1994.
BUENO, Silveira. Minidicionário da Língua Portuguesa. São Paulo : FTD, s.d.1998.
CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: Linguagens – 8ª série.
São Paulo: Atual, 2006.
__________________________, Todos os Textos, 8ª Série. São Paulo: Atual, 2003.
FERNANDES, Millôr. Compozissõis Imfãtis. Rio de Janeiro; Editora Nórdica, 1975
Luís Fernando Veríssimo. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001
MORAN, José Manoel. Leitura crítica dos meios de comunicação. São Paulo : Paulinas, 1991.
SABINO, Fernando. A companheira de viagem, Record, 1965
VERÌSSIMO, Luiz Fernando .Comédias da vida privada. Porto Alegre: L&PM, 1996
Sites Consultados:
http://www.folha.uol.com.br/ Acesso em 08/07/2012.
http://pt.wikipedia.org. Acesso em : 08/07/2012.
http://www.releituras.com/lfverissimo_bio.asp Acesso em:08/07/2012
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