19º CONGRESSO BRASILEIRO DE PSICODRAMA
“A Humanidade no século 21”
DESSENVOLVENDO O PAPELDE DIRETOR E EGO AUXILIAR
EM GRUPOS AUTO DIRIGIDOS
Na modalidade de pesquisa-ação, investigou-se a experiência de um grupo de
alunos em formação em Psicodrama, pelo convênio da Sociedade de Psicodrama/ SP e
Pontifícia Universidade Católica/ SP (SOPSP-PUCSP).
Um grupo de treze alunos, no contexto da disciplina role-playing II, alternaram
papéis de diretor, ego-auxiliar, plateia e processador, em quinze encontros de duas horas
cada um.
Inspiradas pelo modelo proposto por Bustos, o trabalho foi desenvolvido assentado
em três pilares: fundamentação teórica, habilidades e autoconhecimento.
Inicialmente, os dois primeiros encontros foram dirigidos pelas autoras desse
trabalho e tinham como objetivos principais: conhecer o grupo, fortalecer seus vínculos e
apresentar a proposta de trabalho a partir das diferentes direções a serem realizadas
pelos próprios alunos.
A metodologia adotada envolveu as seguintes estratégias:
1)
As unidades funcionais foram formadas por livre escolha a partir das áreas de
interesse e atuação profissional dos integrantes, diferenciando-se da proposta de Bustos
que se baseia na escolha télica.
2)
Foram realizados encontros prévios com as diferentes unidades funcionais de
alunos visando a auxiliá-los no planejamento, na reflexão teórica e na definição do tema
central do trabalho. Na sequência de cada encontro, a unidade funcional/alunos elaborava
seu plano de atividade contemplando: tema, foco, objetivos e etapas segundo o
Psicodrama.
3)
Para reforçar a fundamentação teórica, foram recomendados textos de referência
e solicitada a elaboração de resenhas.
4)
No início de cada encontro, era compartilhado o denominado “diário de bordo” que
consiste no registro individual do aluno articulando os temas abordados com a prática
vivenciada em aula, e com o seu dia-a-dia profissional.
5)
As autoras desse trabalho assumiam um papel de suporte e de retaguarda.
6)
Os processamentos foram realizados de forma sistemática e ininterrupta pela
própria unidade de direção/alunos e, posteriormente, discutidos com o grupo na aula
seguinte.
7)
Finalizando o processo, os alunos realizaram suas auto avaliações e avaliação do
processo grupal. A avaliação foi vivencial e complementada por uma produção escrita.
Sobre as direções psicodramáticas autodirigidas:
O primeiro momento teve como tema uma leitura recomendada que abordava o
conceito de grupo e seus movimentos de construção.
Na sequência, foram realizadas seis direções que contemplaram atividades de
auto e heteroconhecimento, de forma contínua, onde cada unidade funcional teve
liberdade para planejar sua estratégia de direção.
No terceiro momento, foram realizadas quatro direções com foco na comunidade,
nas organizações e nas instituições de reintegração social e de apoio.
Concluímos que:
O “aprender fazendo”, em um grupo autodirigido, mostrou-se eficiente e de grande
relevância para a formação do psicodramatista.
A exploração máxima dos métodos psicodramáticos e suas técnicas encontrou
campo fértil no grupo autodirigido.
As avaliações finais explicitaram e comprovaram que e as experiências adquiridas
extrapolaram os muros da universidade implementando o “fazer profissional” de cada
aluno.
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Desenvolvendo o papel de diretor e ego