ROSANGELA GONÇALVES DE OLIVEIRA
Área de Especialidade: Formação de
Adultos
Nossa pesquisa de tese foca o
Programa Nacional de Integração da
Educação Profissional com a Educação
Básica na Modalidade de Educação de
Jovens e Adultos (Proeja), no
espaço/tempo da gestão governamental
Lula e Dilma, especificamente na ação
educativa para jovens e adultos
assumida, pelo governo, como uma
política pública de inclusão. Os
sentidos gerais do conceito de inclusão
atribuídos por essas gestões dizem
respeito aos sujeitos expropriados de
seus direitos básicos constitucionais
previstos no artigo 6º, ou seja:
educação, saúde, trabalho, lazer,
segurança, previdência social, proteção
a maternidade e à infância e assistência
aos desamparados e foram pauta das
agendas e ações governamentais. O
problema de pesquisa que direciona a
tese encontra-se dentro da
complexidade do real onde há uma
demanda social, de grandes
proporções, de jovens e adultos sem
escolaridade e a oferta de formação
com perspetiva de governo pautada na
inclusão. Nosso objetivo é verificar, a
partir da perceção dos sujeitos
egressos, do Curso Técnico de Pesca
ProEJA, na modalidade a distância,
ofertado pelo Instituto Federal do
Paraná se/e em que medida o referido
curso incidiu mudanças e, se esses
egressos se percebem incluídos como
se propunha a política do ProEJA. Para
atender ao problema de pesquisa nosso
recorte de análise foca apenas o curso
de Técnico em Pesca. Justifica-se essa
escolha pela natureza diferenciada,
tanto das características de origem dos
estudantes, quanto da perspetiva na
sua formação profissional. Temos como
hipótese que mesmo com a questão
específica da crise estrutural do
trabalho é possível perceber que
estamos diante de uma situação
histórica e que as políticas afirmativas
de inclusão, podem possibilitar, na
perceção das egressas, mecanismos de
empoderamento social mesmo nas
formas precárias de trabalho
alavancado suas participações políticas
na e para a sua comunidade. No que
tange a formação dos técnicos e
características da profissão prevalece o
entendimento de que a pesca é uma
atividade de subsistência extrascionista
tradicional, ou seja, os pescadores
artesanais capturam seu pescado nos
diferentes meios aquáticos já
existentes. Nesse sentido é fulcro
investigar as implicações e os
desdobramentos de transformação do
Curso Técnico em Pesca com a
perspetiva de uma Política Publica de
Inclusão a partir da compreensão dos
sujeitos atendidos e suas expectativas,
sentidos e significados atribuídos à
experiência escolar profissionalizante
na educação à distância. Uma vez que,
na ótica pedagógica do ProEJA a
educação integral é a base fundante e
que tem como eixos orientadores do
currículo o trabalho como princípio
educativo, a Cultura, a Ciência e a
Tecnologia são projetados de forma
integrada conforme Documento Base
(BRASIL/MEC, 2007). Pretende-se
analisar as políticas de governo e
refletir sobre as possíveis
consolidações levando-se em
consideração a diversidade dos sujeitos
de EJA, exercitando uma “conceção
ampliada de educação de jovens e
adultos, que entende educação pública
e gratuita como direito universal de
aprender, de ampliar e partilhar
conhecimentos e saberes acumulados
ao longo da vida, e não apenas de se
escolarizar” (Documento Nacional
preparatório para a VI Conferência
Internacional de Educação e Adultos CONFINTEA).
Educação de Adultos;
ProEJA; Curso Técnico; Pescadores
Tradicionais
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