ABNT/CB-18
PROJETO 18:xxxxxxx
DEZEMBRO:2009
Argamassa de assentamento e revestimento de paredes e tetos - Caracterização
reológica pelo método squeeze-flow
Rendering mortar for walls and ceilings – Rheological evaluation by squeeze-flow
Palavras-chave: Argamassa; Estado Fresco; Comportamento Reológico; Squeeze-flow
Descriptors: Fresh Mortar; Rheology; Squeeze-flow
Sumário
Prefácio
1
Escopo
2
Referências normativas
3
Condições ambientais do laboratório
4
Termos e definições
5
Aparelhagem, ferramentas e materiais
6
Execução do ensaio
7
Resultados
8
Relatório do ensaio
Prefácio
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de
Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores
e neutros (universidades, laboratórios e outros).
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta
Nacional entre os associados da ABNT e demais interessados.
1
Escopo
Esta Norma prescreve o método de ensaio para determinar o comportamento reológico de argamassas de
assentamento e revestimento no estado fresco em solicitações de squeeze-flow.
2
Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas
aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas aplicam-se as edições mais recentes do
referido documento (incluindo emendas).
ABNT completar
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Condições ambientais do laboratório
0
O laboratório deve apresentar temperatura do ar de (23+-2) C e umidade relativa do ar de (60+- 5)%.
NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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Termos e definições
Para os efeitos desta Norma aplicam-se os seguintes termos e definições.
4.1 Comportamento reológico: Comportamento do fluxo e da deformação da matéria como fluidos e “sólidos
moles”.
4.2 Squeeze-flow: Fluxo e deformação sob compressão axial de uma amostra cilíndrica, entre duas placas
paralelas.
4.3 Corpo-de-prova: Amostra cilíndrica de argamassa fresca.
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Aparelhagem, ferramentas e materiais
5.1 Máquina de ensaio de compressão
Máquina universal de ensaios Classe 1 (NBR NM ISO 7500-1) com controle de deslocamento e capacidade de
pelo menos 1kN de carga compressiva com resolução mínima de 10N. A máquina tem que estar nivelada e,
também, deve-se garantir o paralelismo entre a travessa móvel e a base do equipamento para a aplicação do
deslocamento centrado e ortogonal ao plano em que se encontra o corpo-de-prova de argamassa fresca.
5.2 Placa inferior
Prato de metal com superfície não corrosível com no mínimo 160mm de diâmetro, 10 mm de espessura e
rugosidade superficial igual ou inferior a Ra 0,2 (conforme NBR ISO 4287). A face inferior deve ter geometria
adequada para encaixe na base metálica da máquina de ensaio de compressão e garantir seu paralelismo com a
base.
5.3 Placa superior (punção)
Placa superior fixa (punção) em aço ferramenta com (101+-0,5)mm de diâmetro, rugosidade superficial igual ou
inferior a Ra 0,2 e encaixe adequado para ser fixada na célula de carga. O dispositivo de encaixe da ferramenta
deve ser feito de acordo com a célula de carga a ser utilizada e garantir seu paralelismo com a travessa móvel.
5.4 Molde
O molde para confecção do corpo-de-prova deve ter (101+-0,5)mm de diâmetro interno e (10+-0,1)mm de altura e
deve ser posicionado no centro da placa inferior, concêntrico com o punção.
Para garantir o posicionamento do molde pode-se utilizar um gabarito.
peça.
O molde e o gabarito podem ser uma só
As Figuras 1 e 2 apresentam exemplos de moldes e gabaritos em uma e em duas peças, respectivamente.
NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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Figura 1 – Exemplo de molde e gabarito em uma única peça (montada sobre a placa inferior)
Figura 2 – Exemplo de conjunto de molde e gabarito em duas peças.
5.5 Espátula
Espátula metálica para preencher o molde e rasar a amostra, com lâmina de comprimento mínimo de 150mm e
largura máxima de 20mm.
6
Execução do ensaio
6.1 Parâmetros de ensaio
6.1.1 Deslocamento do punção
O deslocamento máximo induzido pelo punção ao corpo de prova deve ser de 9mm.
6.1.2 Carga máxima
O limite máximo de carga a ser atingido no ensaio é de 1kN.
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6.1.3 Velocidade de deslocamento
O ensaio deve ser executado em duas velocidades de deslocamento 0,1mm/s e 3mm/s, em corpos de prova
diferentes.
6.1.4 Taxa de aquisição de dados
A taxa de aquisição de dados deve ser pelo menos de um ponto por segundo nos ensaios realizados a 0,1mm/s e
de trinta pontos por segundo nos testes a 3mm/s.
6.1.5 Tempos para início da execução do ensaio (compressão)
O tempo decorrido desde o término do preparo da argamassa até o início efetivo do ensaio (compressão) deve ser
de 10 minutos para a velocidade de 3mm/s e de 15 minutos para a de 0,1mm/s.
Se for de interesse a verificação do comportamento reológico da argamassa ao longo do tempo, devem-se
executar novos ensaios, nas duas velocidades, decorridos, respectivamente, 60 e 65 minutos do preparo da
argamassa. Neste caso deve-se realizar nova determinação de densidade e de teor de ar incorporado.
Nota: além dos intervalos de tempo definidos nesta norma, pode-se executar o ensaio em outros intervalos, a
critério do solicitante, definindo claramente e em detalhes no relatório de ensaio.
6.2 Posicionamento das placas superior e inferior
Antes de iniciar os procedimentos do ensaio deve-se posicionar as placas superior e inferior na máquina e
certificar-se de que estejam rigorosamente paralelas entre si.
6.3 Preparação da argamassa
Preparar a argamassa conforme a ABNT NBR 13276.
6.4 Determinação da densidade aparente e do teor de ar incorporado
Determinar a densidade aparente e o teor de ar incorporado conforme a ABNT NBR 13278 antes da execução do
ensaio.
6.5 Preparação do molde
Previamente à execução do ensaio deve-se montar o molde sobre a placa inferior (Figura 3a), ambos devem estar
totalmente limpos e secos, isentos de poeira, gordura, etc.
6.6 Moldagem do corpo-de-prova
–
A moldagem sempre deve ser feita momentos antes de efetuar o ensaio (compressão).
–
Despejar, com colher ou espátula, porções de argamassa visando preencher uniformemente todo o volume
do corpo de prova em quantidade suficiente para exceder a altura do molde em até 10mm da borda
superior, conforme Figura 3b.
–
Efetuar a acomodação da argamassa executando movimentos verticais com a espátula na posição
horizontal e sua lâmina perpendicular ao plano superior do molde. O golpe não deve ultrapassar a superfície
do molde, sendo suas bordas o limite do movimento. Deve-se aplicar 10 golpes paralelos e uniformemente
distribuídos no diâmetro do corpo de prova. Em seguida girar o conjunto aproximadamente 90° e repetir a
série de golpes. Conforme Figura 3c.
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–
Rasar o molde com a espátula, em duas passadas ortogonais entre si, fazendo movimentos de vai-e-vem,
com inclinação de aproximadamente 45° em relação à superfície da argamassa. Caso necessário, repetir o
procedimento até obter uma superfície plana e livre de imperfeições. Fig 3d.
–
Retirar o molde com muito cuidado para não ocorrer descentralização nem deformação do corpo de prova.
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(a)
(b)
(c)
(d)
(e)
(f)
Figura 3 – Procedimento de moldagem
(a) molde montado (vazio) pronto para ser utilizado;
(b) preenchimento do molde com quantidade excessiva de argamassa;
(c) acomodação da argamassa no molde com a espátula;
(d) rasamento da argamassa com a espátula;
(e) corpo de prova rasado;
(f) corpo de prova desformado, centralizado e pronto para ser ensaiado.
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6.7 Posicionamento do corpo de prova
Transportar cuidadosamente a placa inferior com a o corpo de prova centralizado para a máquina de ensaio de
compressão e acoplar a placa sobre a base.
6.8 Posicionamento do punção
Descer a placa superior (punção) até que esta se aproxime do corpo de prova. Encostar a placa superior (punção)
no corpo de prova suavemente, sempre monitorando os valores de carga para evitar compactação do material
antes do início efetivo do ensaio (Figura 4). Após zerar a carga e o deslocamento iniciar o ensaio.
Figura 4 – corpo de prova pronto para ser ensaiado (punção apenas encostado no corpo de prova).
6.9 Final do ensaio
O final do ensaio ocorre quando o deslocamento do punção atingir 9mm ou a carga máxima de 1kN.
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Resultados
Os resultados devem ser expressos através de gráfico de Carga (N) vs. Deslocamento (mm), contendo as curvas
obtidas em 0,1mm/s e 3mm/s.
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Relatório do ensaio
O relatório do ensaio deve indicar expressamente os seguintes dados e informações:
a) tipo da argamassa submetida ao ensaio;
b) marca comercial e nome do fabricante em caso de argamassa industrializada ou o traço quando dosada em
obra;
c) data de fabricação e prazo de validade da argamassa (quando aplicável);
d) Informações sobre as condições de ensaio: data de cada determinação, temperatura e umidade do
laboratório;
e) Gráfico Carga (N) vs. Deslocamento (mm);
f)
Densidade aparente da argamassa fresca;
g) Teor de ar incorporado;
h) Relação água / materiais secos;
i)
Referência a esta Norma.
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Informação e documentação – Trabalhos acadêmicos –