O sono e parassonias
na infância
Autor: Fabio Macias Frade
Orientadora: Lisliê Capoulade
Nogueira Arrais
Novembro 2006
Introdução
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Sono na criança:
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Importância médica
Mal compreendido
Subvalorizado
http://www.x10.com/activehomepro/gadgetguy_nov2004.html
Objetivos
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Geral
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Oferecer ao pediatra geral noções mais
apuradas sobre ciclo sono-vigília na infância
Específico
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Apresentar as parassonias, habilitando o
pediatra a reconhecê-las
Métodos

Revisão bibliográfica da literatura nacional
e internacional abrangendo artigos
originais, capítulos de livros e sites de
instituições ligada a pesquisa da medicina
do sono
Histórico
http://fusionanomaly.net/gilgamesh.jpg
http://www.gutenberg.org/files/8710/8710-h/images/017.jpg
Histórico

Sigmund Freud:

“Interpretação dos
Sonhos” (1899): atribuía
aos sonhos à atividade
psíquica com função de
satisfazer desejos
inconscientes e elaborar
conflitos reprimidos
http://www.metareligion.com/Psiquiatria/Biografia/sigmund_freud.html
Histórico

1936, Lommis e col utilizam o EEG e
descrevem diferentes graus de atividade
cerebral durante o sono
O sono
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


Estado neurológico complexo presente em
todas as espécies de animais superiores
Função ainda não completamente
compreendida
Essencial a vida
Dividido em REM e NREM
O sono
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Funções:
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Conservação de energia
Crescimento e restauração
Memória e aprendizado
Regulação do sistema imunológico e
temperatura
O sono NREM
Sono reparador ou quieto
Quatro estágios:
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

Estágio 1 ou sonolência: estágio de transição
entre vigília e sono, dura poucos minutos
Estágio 2 ou sono leve: princípio real do sono
Estágios 3 e 4: estágios distintos do sono
profundo nos quais a freqüência cardíaca é
regular e ocorre pouco ou nenhum movimento
ocular.
O sono REM
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Sono ativo ou
paradoxal
Atonia muscular
Movimentos oculares
Sonhos
Consolidação da
memória
http://www.wayneforte.com/117%20Sonhador%20'01%20(C)%20fs.jpg
Desenvolvimento do sono



20 a 28 semanas
Pré-sono
Atividade neuronal


Aleatória → coordenada
Ligação entre SNC e
órgãos sensoriais
http://news.bbc.co.uk/media/images/40323000/jpg/_403
23359_tri3_grasp3.jpg
Desenvolvimento do sono



Arquitetura cerebral primária
Interrupção = seqüelas
28 semanas

Inicio do sono ativo
Desenvolvimento do sono
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De 28 a 30 semanas

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
Alternância entre sono quieto e ativo
80% de sono ativo
Recém-nascido
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Dura de 16 a 18 horas
Sonos ativo e quieto distribuídos igualmente
Desenvolvimento do sono
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Primeiro mês
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Terceiro mês
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Diferenciação entre dia e noite
Sono quieto inicia os ciclos de sono
Inicio da atonia muscular do sono ativo
Sexto mês
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Padrões de EEG: REM e NREM
Desenvolvimento do sono
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Um ano
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14 a 15 horas de duração
Variações individuais
De dois aos cinco anos
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12 horas de duração
NREM na primeira metade da noite
REM na segunda metade da noite
Desenvolvimento do sono

Dos seis aos doze anos


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Declínio do período de sono (8,5 a 10 h)
Meninos com NREM mais prolongado
Adolescentes
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Privação intencional de sono → sonolência diurna
Variação dos padrões de sono durante a semana
Desenvolvimento do sono

Ciclos de sono:
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
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Processo ativo
Variação de estímulos entre tronco cerebral e
tálamo
Dependente de neurotransmissores
Não há um centro cerebral do sono
Distúrbios do sono
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Alta prevalência
Grande variabilidade
Dissonias


Dificuldade para início ou manutenção do sono, ou
sonolência excessiva
Parassonias

São patologias que ocorrem na transição entre sono e
vigília, devido à sobreposição ou dissociação destes
estados, levando a comportamentos indesejados
Parassonias
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

Distúrbios na transição do sono-vigília
Relacionadas ao sono NREM
Relacionadas ao sono REM
Distúrbio rítmico do movimento
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jactatio captis nocturnus
Movimentos estereotipados de balançar do
corpo, tronco ou cabeça
Transição entre sono e vigília
Cura espontânea
Tratamento controverso
Diferenciar de convulsões e autismo
Mioclonia “em saltos”





Saltos hipnagógicos
Contração muscular única e repentina de
MMII podendo ser acompanhada por
MMSS, cabeça e músculos posturais
Alucinações hipnagógicas
Traumas
Diferenciar de convulsões
Sonilóquio
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


Falar durante o sono
Fala coerente ou não
Amnésia do evento
Associada a outras parassonias
Sem tratamento especifico
Despertar confusional
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


Ocorrem durante o NREM
Desorientação, comportamento
inadequado, não reconhece os cuidadores
Choro ou gritos
Diferentes graus de amnésia
Terror noturno

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

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Despertar abrupto e parcial do
sono profundo
Ocorre entre o primeiro terço e a
primeira metade da noite
Mais freqüente entre meninos
Padrão familiar
Freqüente entre 2 e 4 anos, raro
após os 10 anos
http://in.greetings.yahoo.com/cards/Ta
lentX/Children/
Terror noturno





Inicio é súbito
Grito intenso, associado à descarga
adrenérgica maciça
Dura de 3 a 5 minutos
Cessa espontaneamente, independente de
interferência externa
Desencadeado por febre, privação de sono
ou por fármacos que deprimem o SNC
Sonambulismo




¼ da população
pediátrica
Movimentos complexos
automáticos
Dura de 20 a 30
minutos
Pouco responsivo a
estímulos externos
http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/ency/imagepages/9903.htm
Sonambulismo





Amnésia dos eventos
Componente genético (DQB 1)
Costuma desaparecer com o
amadurecimento
Sonambulismo defenestrante e homicida
Tratamento:


Benzodiazepínicos
Terapia comportamental
Pesadelos
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



http://vecindadgrafica.com/galeria/data/media/5/cor
intio_web2.jpg
Sonhos de conteúdo
aterrorizante
Memória detalhada do ocorrido
Ansiedade
Descargas autonômicas
Ocorrem entre a segunda
metade e o terço final da noite
Mais freqüentes no gênero
feminino
Pesadelos



Ligados a períodos de tensão física e/ou
estresse emocional
Precipitados por medicamentos que afetam
a secreção de dopamina, serotonina ou
noradrenalina
Tratamento:


Remover causa subjacente
Adequada higiene do sono
Paralisia do sono





Incapacidade de executar movimentos
voluntários no período hipnagógico ou no
período hipnopômpico
Pode estar associado a alucinações
Forma isolada ou familiar
Mais freqüente na adolescência
Apresenta duração breve e fim espontâneo
Distúrbio comportamental do sono
REM






Raro na faixa etária pediátrica
Ausência da atonia do sono REM e
aumento do tônus muscular
“Encena” os sonhos
Comportamentos bizarros e/ou violentos
Causa desconhecida
Tratamento: benzodiazepínicos
Bruxismo



Apertar intenso com
esfregar rítmico dos
dentes associados a um
ruído característico
Contrações involuntárias
dos músculos masseter,
pterigóide e temporal
Componente genético
não identificado
http://www.carlosboveda.com/columnadental/lacolumnadentalold/conlab
ocaabierta/conlabocaabierta6.htm
Bruxismo
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

Microdespertares associados a atividade
autonômica
Sintomas diurnos
Tratamento:




Multidicipinar
Eliminar fatores predisponentes
Benzodiazepínicos
Relaxantes musculares
Considerações finais



Atenção ao sono nas UTIs Neonatais
Conhecimento do pediatra sobre o sono e
seus distúrbios
Orientação dos pais durante a consulta
médica pediátrica acerca do sono
“VIVER NA NOITE ME FEZ SENHOR DO
FOGO. A VOCÊS, EU DEIXO O SONO. O
SONHO NÃO. ESSE, EU MESMO
CARREGO”
Paulo Leminski
http://www.liechtensteinmuseum.at/en/pages/showImage.asp?src=/assets/images/164C0.jpg&width=330&page=1554
Bernardo Strozzi (1581/82–1644)
Sleeping Child, after 1607
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O sono e parassonias na infância