A INFLUÊNCIA DA MISSÃO
ARTÍSTICA FRANCESA
No século XIX o Brasil é marcado pela chegada da
família real portuguesa, que fugia do conflito entre
a França Napoleônica e a Inglaterra.
D. João VI juntamente com uma comitiva de
15.000 pessoas desembarcaram na Bahia em
Janeiro de 1808, mas em março do mesmo ano
transferiram-se para o Rio de Janeiro.
Nesta cidade o soberano português começou uma
série de reformas administrativas, sócio
econômicas e culturais, para adaptá-las às
necessidades dos nobres que com ele vieram e
também de sua família.
Dessa forma foram criadas as primeiras
fábricas, e fundadas instituições como o
Banco do Brasil, a Biblioteca Real, o
Museu Real e a Imprensa Régia.
A partir de então o Brasil sofre forte
influência da cultura européia, que
começa a assimilar e a imitar, essa
tendência vai se firmar com a chegada da
Missão Artística Francesa, oito anos
depois da vinda da família real.
A Missão Artística Francesa chegou ao Brasil em
1816, chefiada por Joachin Lebreton, alem
deste faziam parte:
Nicolas Antoine Taunay, Jean-Baptiste Debret e
Auguste-Henri-Victor Grandjean de Montigny.
Esse grupo recebeu de D. João a missão de
fundar uma escola de artes no Brasil, feito
alcançado em agosto de 1816 com a fundação
da Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios,
essa instituição teve seu nome alterado
inúmeras vezes até se tornar a Imperial
Academia e Escola de Belas Artes em 1826.
Taunay: (1755-1830) é considerado uma
das figuras mais importantes da Missão
Artística, na França participou de várias
exposições e foi requisitado por Napoleão
inúmeras vezes para pintar cenas de
batalhas. No Brasil suas obras mais
famosas são as pinturas de paisagens do
Rio de Janeiro e regiões próximas.
Obras de Taunay
Morro de Santo Antônio – Nicolas-Antoine
Taunay
Debret: (1768-1848) é certamente o artista da Missão francesa mais
conhecido pelos brasileiros, pois seus trabalhos que documentam a
vida no Brasil são muito utilizados como ilustração em livros
escolares.
Em 1781 já era muito famoso na França, sendo constantemente
requisitado para pintar quadros relacionados ao Imperador
Napoleão. Veio para o Brasil em 1816 e permaneceu até 1831.
Produziu inúmeros retratos da Família Real, foi professor de Pintura
Histórica na Academia de Belas Artes e realizou a primeira
exposição de arte no Brasil – 2/12/1829.
Seu trabalho mais conhecido é Viagem Pitoresca e Histórica ao
Brasil, em três volumes.
Volume 1: indígenas brasileiros. Volume 2: sociedade do Rio de
Janeiro. Volume 3: retratos imperiais, decorações, plantas e
florestas do Brasil.
Obras de Debret
Contribuição Arquitetônica da
Missão Francesa
No campo da arquitetura o principal nome
é Grnadjean de Montigny, autor do projeto
da Academia de Belas Artes – 1826.
Além disso destacam-se também a Casa
da Moeda e o Solar dos Marqueses de
Itamarati. Esse último foi projetado por
José Maria Jacinto Rebelo, aluno de
Montigny.
Arquitetura da Missão Francesa
Palácio do Itamarati
Paço do Senado
A Missão Artística Francesa inaugurou a
Academia de Belas Artes em novembro de
1826, e Manuel de Araújo Porto Alegre,
um gaúcho, foi um de seus primeiros
alunos. Quase trinta anos após sua
matrícula na Academia, Manuel foi seu
diretor.
Além de Manuel, destacam-se outros dois
artistas, Augusto Muller e Agostinho José
da Mota, considerados os dois mais
talentosos alunos da Academia de Belas
Artes.
A Sagração de D. Pedro II, Manuel de
Araújo, Porto Alegre, 1842
Retrato de Grandjean de Montigny Augusto Muller
Fábrica do Barão de Capanema- Agostinho
José da Mota.
Artistas Independentes da Missão
Artística Francesa
• Claude Joseph Barandier- França
• Thomas Ender - Austria
• Johann-Moritz Rugendas - Alemanha
Dom Afonso, Príncipe Imperial do Brasil
de Claude Joseph Barandier
Cidade do Rio de Janeiro - de Thomas
Ender
Desembarque de escravos negros,
Johann-Moritz Rugendas
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