Karl Marx e a Sociologia
Prof. MS. Fernando Carvalho
Aula 06
O homem como agente de sua história
• “A História não faz nada, “não possui nenhuma riqueza
imensa”, “não luta nenhum tipo de luta”! Quem faz tudo
isso, quem possui luta é, muito antes, o homem, o homem
real que vive; não é, por certo, a “História”, que utiliza o
homem como meio para alcançar seus fins- como se
tratasse de uma pessoa à parte-, pois a História não é senão
a atividade do homem que persegue seus objetivos. (MARX, Karl e
FRIEDRICH, Engels. A Sagrada Família. São Paulo: Boitempo, 2003. p.111)
Sociologia Marxista
• O homem deve ser analisado dentro de seu contexto cultural, na
época e espaço em que vive.
• Cultura: toda transformação que o ser humano faz em seu meio
ambiente)
• O isolamento do indivíduo apareceu somente na sociedade de livre
concorrência.
Karl Marx e a luta de classes
Luta de classes
As relações
sociais de
produção
constituem a
base de toda
estrutura social.
São elas que definem os dois grupos
da sociedade capitalista: de um lado,
os trabalhadores, aqueles que nada
possuem além do corpo e da
disposição para o trabalho (proletários
ou operários); do outro, os burgueses
(que possuem os meios de produção
necessários para transformar a
natureza e produzir mercadorias).
Karl Marx e a luta de classes
Mais-valia
Valor do trabalho não pago ao trabalhador, variável em função do número de
horas trabalhadas e da intensidade do trabalho, e também em função dos
aumentos de produtividade, a partir do desenvolvimento tecnológico.
Mais-valia
• Salário _ operário vende sua força de trabalho para recebê-lo.(valortrabalho)
• Parte de sua produção (horas trabalhadas) paga seu salário, o
restante vai para o empregador que usa as horas restantes do
trabalhador na produção industrial .(Segundo Marx, o trabalhador
não está recebendo pelas horas excedentes)
Mais-valia absoluta
• Aumento das horas de trabalho do operário para obter mais lucro.
Utilização de equipamentos e diversas tecnologias
para tornar o trabalho mais produtivo, decorrendo
daí a mais-valia relativa, ou seja, a produção e
aumento de mais-valia com o mesmo número de
trabalhadores (ou até menos), cujos salários
continuam sendo os mesmos.
Acumulação de Capital
• As horas trabalhadas e não pagas, acumuladas e
reaplicadas no processo produtivo, vão fazer com que o
capitalista enriqueça rapidamente.Uma parcela significativa
do valor-trabalho produzido pelos trabalhadores é
apropriada pelos capitalistas. Esse processo se chama de
acumulação de capital.
Karl Marx e a luta de classes
Karl Marx: história como “palco de conflitos”
A história da humanidade é, para Marx, a
história da luta de classes, da luta constante
entre interesses que se opõem, embora esse
conflito nem sempre se manifeste de forma
declarada. Os antagonismos e as oposições
entre as classes sociais estão subjacentes a
toda relação social.
Karl Marx e a luta de classes
Materialismo histórico
De acordo com tal concepção, as relações materiais que os homens
estabelecem e a maneira como produzem seus meios de vida
constituem a base de todas as suas relações. Esse modo de
produção, porém, não corresponde à mera reprodução da vivência
física dos indivíduos.
Karl Marx e a luta de classes
Forças produtivas
O modo como os homens obtêm os
bens de que precisam por meio da
tecnologia, da divisão técnica do
trabalho, dos processos de
produção, dos tipos de cooperação,
da qualidade dos seus instrumentos,
das matérias-primas que conhecem
ou de que dispõem e suas
habilidades e saberes.
Relações sociais de
produção
As diferentes formas de
organização da produção e
distribuição, de posse e
propriedade dos meios de
produção, bem como suas
garantias legais, constituindo-se,
dessa forma, no substrato para a
estruturação das classes sociais.
Karl Marx e a luta de classes
Infraestrutura
Superestrutura
A união das forças de
produção e das relações
sociais de produção
compõe o que Marx chama
de infraestrutura de uma
sociedade, que, por sua
vez, é a base sobre a qual
se formam as demais
instituições sociais.
Segundo a concepção materialista da
história, na produção da vida social os
homens também geram outra sorte de
produtos que não têm forma material e
que vêm a ser as ideologias políticas,
visões religiosas, compilações morais e
estéticas, preceitos legais, de ensino, de
comunicação, o conhecimento filosófico e
científico, representações coletivas, entre
outros.
Divisão Social do Trabalho
• O tempo histórico determina novas necessidades ao indivíduo.
• Divisão Social do Trabalho por:
• sexo e idade (pré-capitalismo)
• Trabalho rural e urbano(formação das cidades)
• Gerente e operário (produção de excedentes)
Estado
• Aparece como regulamentador das leis da relação de trabalho, para
reduzir posíveis conflitos.(tribunais,polícia e as leis)
• Segundo Marx, o Estado está do lado dos empregadores, já que as leis
os beneficiam (empregadores)muito mais do que ao operário.
O homem como agente de sua história
• Os seres humanos constroem sua história, mas não da
maneira que querem, pois existem situações anteriores que
condicionam o modo como ocorre a construção. Para ele,
existem condicionantes estruturais que levam o indivíduo,
os grupos e as classes para determinados caminhos; mas
todos têm capacidade de reagir a esses condicionamentos e
até mesmo de transformá-los.
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Aula 06 Karl Marx