Anais do XV Encontro de Iniciação Científica – ISSN 1982-0178
Anais do IV Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – ISSN 2237-0420
25 e 26 de setembro de 2015
A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE CRIANÇAS DE ZERO
A TRÊS ANOS NO BRASIL
Fabíolla Bertoloto Pozzebon
Faculdade de Educação
CCHSA
[email protected]
Profa. Dra. Heloisa Helena Oliveira de Azevedo
Grupo de Pesquisa: Formação e Trabalho Docente
CCHSA
[email protected]
1. INTRODUÇÃO
Resumo: Este estudo trata da formação de
professores de Educação Infantil, em especial da
formação para o trabalho com crianças de zero a
três anos de idade. Resultados de nossos estudos
anteriores
revelaram
que
as
pesquisas
desenvolvidas sobre a formação de professores de
educação infantil, no Brasil, dão prioridade para o
trabalho com crianças a partir dos quatro anos,
deixando em segundo plano, ou mesmo
desconsiderando totalmente, a formação para o
trabalho com as crianças de zero a três anos. No
Brasil estas pesquisas não são inexistentes, mas
são inexpressivas, o que revela a pouca importância
que é dada ao atendimento a essa faixa etária. Com
base nesses resultados, este estudo propõe-se a
realizar análise documental de matrizes curriculares
de disciplinas (de educação infantil) oferecidas em
cursos de Pedagogia que tenham sido melhor
avaliados (notas 4 e 5) no último ENADE. Os
resultados da análise revelaram que mesmo as
disciplinas oferecidas nos cursos que obtiveram
melhor nota na referida avaliação não consideram
em igual nível de importância a formação de
professores para a educação infantil e para o ensino
fundamental, dando prioridade nas matrizes
curriculares para as disciplinas que formam o
professor para atuar nos anos iniciais do ensino
fundamental.
Palavras-chave: Formação Profissional Docente.
Creche. Educação Infantil. Crianças de zero a três
anos. Currículo.
Área do Conhecimento: Ciências Humanas –
Educação – CNPq.
Este estudo teve como objetivo fazer uma análise a
respeito da formação docente dos professores de
Educação Infantil, cuja atuação se dá com crianças
de 0 á 3 anos de idade. Pretende-se ao final deste
trabalho apresentar um panorama nacional sobre a
estrutura
desta
formação,
apontando
as
necessidades e possibilidades de melhoria,
especialmente no que se refere à formação
profissional inicial, realizada no âmbito dos cursos
de Pedagogia para a faixa etária de zero a três anos
de idade.
Este trabalho encontra-se pautado em uma
concepção de educação infantil que defende a
importância dessa etapa básica, considerando as
suas necessidades específicas e a intencionalidade
no ato de ensinar aos pequenos, além de
professores formados em curso superior com
formação adequada ás exigências na prática
docente com as crianças de zero a três anos de
idade. As pesquisas identificadas por meio de
levantamento no banco de teses e dissertações da
Capes e as pesquisas elaboradas por Arce (2001 e
2009) e por Gatti (2010) nos mostram que é na
educação infantil que está presente o maior número
de professores sem formação.
Esta pesquisa configura-se como um estudo de
natureza bibliográfica e documental que visa
subsidiar teoricamente as pesquisas que temos
desenvolvido no âmbito da formação docente inicial,
assim como as ideias que temos defendido no que
se refere à educação infantil e à profissionalização
dos professores dessa etapa educativa em nosso
país.
As investigações da área sobre a qualificação
profissional docente que vem sendo oferecida no
Brasil revelam fortemente a intenção de contribuir
com a reconstrução da identidade profissional e de
recuperar,
aos
olhos
da
sociedade,
o
reconhecimento e a confiança outrora atribuídos aos
professores, sem saudosismos romantizados, mas
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pela análise e reflexão dos aspectos que envolvem
a formação e o exercício desta profissão nos dias
atuais, enfatizando sua importância para a
sociedade.
Com base nesses resultados, este estudo se propôs
a realizar análise documental de matrizes
curriculares e ementas de disciplinas (de educação
infantil) oferecidas em cursos de Pedagogia que
tenham sido melhor avaliados (notas 4 e 5) no
último ENADE.
Foram encontradas 48 IES no Brasil, situadas nas
capitais que obtiveram notas 4 e 5 no último
ENADE, no curso de Pedagogia. São elas: Puc-Rio,
Genemário Dantas- SFNSC, Universidade do
Estado do Rio de janeiro-UERJ, Universidade
Federal do Rio de Janeiro- UNIRIO, USJT
Universidade São Judas Tadeu, UNIP- Universidade
Paulista, Famosp-Faculdade Mozarteum de São
Paulo, UAM-Universidade Anhembi Morumbi, ISE
VERA CRUZ, FIP- Faculdades integradas de Patos,
UEMG-Universidade do estado de Minas Gerais,
FACISABH- Faculdade de Ciências Sociais
Aplicadas de Belo Horizonte, CEUNIH Centro
Universitário Metodista Izabela Hendrix, UFESUniversidade Federal do Espírito Santo, FaesaFaculdades Integradas Espírito Santenses, UEMSUniversidade Estadual do Mato grosso do Sul, FCGFaculdade de Campo Grande, UNI-Anhanguera,
Alfa- Faculdade Alves Faria, FRB-Faculdades
Integradas de Rio Branco, UTP-Universidade Tuiuti
do Parána, UFPR-Universidade Federal do Paraná,
Uniandrade-Centro
Universitário
Campos
de
Andrade, FALEC- Faculdade Doutor Leocácio José
Pereira, UNIRITTER-Centro Universitário Ritter dos
Reis, UFAC-Universidade Federal do Acre, UFAMUniversidadeFederal
do
Amazonas,
UNIPUniversidade Paulista, UEA-Universidade Estadual
do Amazonas, UNIR- Fundação Universidade
Federal de Rondônia, UFPA-Universidade Federal
do Pará, UFPI-Universidade Federal do Piauí,
UESPI-Universidade Estadual do Piauí, UNEBUniversidade do Estado da Bahia, UECEUniversidade Estadual do Ceará, UFC-Universidade
Federal do Ceará, Fa7- Faculdade 7 Setembro,
UFRN-Universidade Federal do Rio Grande do
Norte,
UFRPE-Universidade
Federal
de
Pernambuco.
De cada IES selecionada buscamos destacar a
matriz curricular do curso de Pedagogia visando
identificar as disciplinas que se referem a conteúdos
que visem preparar o professor para sua atuação na
Educação Infantil.
A sistematização dos dados encontrados foram
organizados em tabelas conforme são apresentadas
pelas referidas IES, sua localização (região e
cidade) âmbito de atuação (público ou privado) e a
nota obtida no último ENADE.
A seguir apresentaremos nossa análise de cada IES
no que se refere ás disciplinas que constam em sua
matriz curricular destacando as que tratam da
educação infantil.
Convém destacar que não consideramos serem
suficientes as revisões de âmbito acadêmico e
curricular para a melhoria desta formação, mas
também as medidas de cunho político e social de
reconhecimento da profissão, constituídos como
política pública. Portanto, as melhorias que
consideramos necessárias em termos curriculares
ou estruturais nessa formação não podem ocorrer
de forma isolada da luta por esse reconhecimento
ao nível social. Assim, conhecer e analisar o
conjunto de conhecimentos técnico-científicos
oferecidos nessa formação nos ajuda a construir
críticas e argumentações que possam contribuir
com tais reformulações.
2. METODOLOGIA
A pesquisa pautou-se em uma abordagem
qualitativa, a qual permite uma maior aproximação
do pesquisador com os sujeitos de pesquisas,
quando for o caso, e é bastante comum nas
ciências sociais e no meio educacional. Campos
(2001 p. 181) ao definir a pesquisa qualitativa diz
que essa se preocupa em “aprofundar temas de
estudo, em conhecer de perto a natureza de um
fenômeno social, os próprios sujeitos enquanto
agentes da coletividade e razão de ser de toda a
ciência social”. Alves (1991) e Alves-Mazzoti e
Gewandsznajder (2002) destacam que a pesquisa
qualitativa, não admite regras precisas e são
flexíveis. Essa flexibilidade é importante no meio
educacional, pois permite uma abrangência maior
dos dados coletados.
As pesquisas de cunho qualitativo, em geral, se
desenvolvam por caminhos distintos e, de acordo
com Gómez, Flores & Jiménez (1999), encontramonos em um momento onde convergem uma grande
diversidade de perspectivas e enfoques na
investigação qualitativa. Uma busca histórica em
escritos de outros autores sobre o assunto permite
encontrar
uma
série
de
características
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diferenciadoras que são compartilhadas em maior
ou menor medida por cada uma destas
perspectivas.
Nesta pesquisa optamos pela realização de um
levantamento bibliográfico e análise documental,
uma vez que nosso intuito foi mapear os cursos de
Pedagogia que obtiveram as melhores notas (4 e 5)
no último Enade e analisar sua matriz curricular e
ementas de disciplinas referentes à formação para a
educação infantil. Exemplificamos abaixo com uma
das 48 tabelas que foram construídas.
Tabela 1
Instituição /MC
PUC-RIO -Sudeste- Rio de Janeiro
Nota MEC no ENADE: 5
Setor: Privada
Total de disciplinas do curso: 40
Disciplinas que abordam a educação infantil: 2
MATRIZ CURRICULAR
1º Período
O Humano e o Fenômeno Religioso
-História das Ideias e Práticas Pedagógicas
-Psicologia Educacional I
-Educação Brasileira
-Análise e
Produção do Texto Acadêmico
2º PERÍODO-Optativas de Cristianismo
-Estatística Aplicada à Educação
-História da Educação no Brasil
-Psicologia Educacional II
-Optativas de Filosofia - Núcleo Básico do CTCH
Optativas de Sociologia/História - Núcleo Básico do
CTCH
3º PERÍODO
-Filosofia da Educação I
-Política Educacional I
-Sociologia da Educação I
-Criança e Cultura
-Gestão de Grupos
4º PERÍODO
-Filosofia da Educação II
-Política Educacional II
-Sociologia da Educação II
-Organização Escolar I
5º PERÍODO
-Antropologia e Educação
-Didática Geral
-Organização Escolar II
-Processo de Alfabetização
-Estágio Supervisionado: Gestão da Escola
-Pesquisa Educacional 4
6º PERÍODO
-Avaliação Educacional
-Mídia, Tecnologias e Educação.
-Metodologia do Ensino das Ciências Sociais
-Metodologia do Ensino da Matemática
-Prática de Ensino em Matérias Pedagógicas 4
7º PERÍODO
-Ética Cristã
2
-As Crianças e o Cotidiano na Educação Infantil
-Diversidade e Inclusão Educacional
-Metodologia do Ensino das Ciências Naturais
-Metodologia do Ensino da Língua Portuguesa
-Prática de Ensino em Escola Fundamental
8º PERÍODO
-Ética Profissional
-Educação em Direitos Humanos
-Estágio Supervisionado de Educação Infantil
-Língua Brasileira de Sinais I 2
Dentre as 40 disciplinas dispostas na matriz
curricular do curso de Pedagogia da IES referida
acima, trata-se da EI apenas nas disciplinas de: As
Crianças e o Cotidiano na Educação Infantil e
Estágio Supervisionado de Educação Infantil,
totalizando 2 disciplinas no total de 40.
3.ANÁLISE DOS DADOS
A formação profissional nos cursos de Pedagogia
capacita e habilita o professor, único profissional
responsável para trabalhar com crianças, para
auxiliar no processo de desenvolvimento e
aprendizado da criança em seus diferentes níveis,
professor este, que por meio de seus
conhecimentos teóricos, é capaz de planejar e
realizar
atividades
que
colaborem
no
desenvolvimento da criança em seus diferentes
aspectos, tanto na etapa inicial da educação infantil
quanto nos anos iniciais do ensino fundamental.
Um ponto importante que foi apresentado no
decorrer desta pesquisa foram as formas de
organização das matrizes curriculares que, embora
atendam ao disposto nas Diretrizes Curriculares
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Nacionais para os Curso de Pedagogia, divergem
muito quanto à forma de organização do
conhecimento a ser ministrado por meio das
disciplinas. É unânime nas matrizes curriculares dos
cursos analisados a desproporcionalidade entre as
disciplinas oferecidas para a formação dos
professores para o ensino fundamental e as
oferecidas para a educação infantil, ou seja, podese dizer que, em média, 80% dos cursos oferece
formação para o ensino fundamental, ficando o
restante, apenas em média 20%, para a formação
para a educação infantil.
Importante para conclusão desta pesquisa é
compreender a importância na formação profissional
da construção da identidade docente, para que se
vislumbre a qualidade nas instituições de educação
infantil. Principalmente nas creches, o perfil
profissional tem se mostrado desvalorizado pela
sociedade e pelo próprio profissional, ao comparar e
igualar sua função a atividades domésticas. O
reconhecimento
deve
partir
primeiro
das
professoras. Reconhecimento este, advindo da
formação profissional que é o principal meio para
transformar esse pensamento e internalizar novas
aprendizagens.
Sobretudo, o que marca esse caráter
assistencialista, é a creche ainda vista como lugar
de guarda das crianças enquanto seus pais
trabalham, e por causa da necessidade confiam
seus filhos aos cuidados dos profissionais das
instituições. Porém, ao contrário do caráter
assistencialista, o desenvolvimento das crianças
nesta faixa etária deve ser melhor compreendido,
pois é um dos momentos cruciais, em que elas
anseiam por aprender cada vez mais na interação
que estabelecem com o contexto social.
As atividades exercidas por um profissional
da educação infantil devem ser entendidas
indissociavelmente como cuidar e educar. Como já
considerado,
as
duas
práticas
são
de
responsabilidade do professor, só ele foi capacitado
para isso, entendendo que a forma de se expressar,
agir e falar, é o tempo todo observado pelas
crianças e internalizado a fim de construírem suas
próprias identidades. É por isso, a importância de
um profissional preparado que saiba agir
coerentemente com seu trabalho, no qual as
crianças se espelham.
Evidente que a visão essencialmente assistencial
vem sendo transformada e repensada, já ganhou
forças e espaço inclusive nas políticas públicas de
educação, reconhecendo sua importância na
educação das crianças e exigidas em leis. Apesar
do avanço neste sentido, muitas instituições ainda
não se regularizaram e a identidade desses
profissionais continua longe do esperado, Esse
processo de internalização e apropriação de novos
conhecimentos deveriam ocorrer no início da
formação profissional, quando ainda está se
formando a identidade docente. E, por fim,
Se vários dirigentes políticos, eleitores e
funcionários podem, muitas vezes de boa-fé, pensar
que o bom senso é suficiente para educar as
crianças pequenas, é porque não entenderam o que
ocorre nos primeiros anos de vida, nem
compreenderam o tamanho da especialização que
os educadores devem mostrar (REVISTA PÁTIO
EDUCAÇÃO INFANTIL, v. 2, 2003, p. 20 apud
SANA, 2007, p.32).
E é por isso que se conclui a importância de
continuar discutindo e refletindo sobre a educação
infantil e principalmente a formação do profissional
que atua nessa área. Percebe-se que o pensamento
vem sendo transformado e melhor entendido,
conforme necessitam as crianças para um
crescimento de qualidade que possa contribuir
efetivamente na sua formação social.
4.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Um ponto importante que foi apresentado no
decorrer desta pesquisa foram as formas de
conceber a identidade e profissionalização docente
dos profissionais que atuam na educação infantil
que se encontra defasada, considerando-se a
abrangência da lei no aspecto de formação.
A formação profissional nos cursos de Pedagogia
capacita e habilita o professor, único profissional
responsável para trabalhar com crianças, para
auxiliar no processo de desenvolvimento e
aprendizado da criança em seus diferentes níveis,
professor este, que por meio de seus
conhecimentos teóricos, é capaz de planejar e
realizar
atividades
que
colaborem
no
desenvolvimento da criança em seus diferentes
aspectos.
Importante para conclusão desta pesquisa é
compreender a importância na formação profissional
da construção da identidade docente, para que se
vislumbre a qualidade nas instituições de educação
infantil. Principalmente nas creches, o perfil
profissional tem se mostrado desvalorizado pela
sociedade e pelo próprio profissional, ao comparar e
igualar sua função a atividades domésticas. O
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reconhecimento
deve
partir
primeiro
das
professoras. Reconhecimento este, advindo da
formação profissional que é o principal meio para
transformar esse pensamento e internalizar novas
aprendizagens.
Sobretudo, o que marca esse caráter
assistencialista, como enfatizado várias vezes no
decorrer desta pesquisa, é a creche ainda vista
como lugar de guarda das crianças enquanto seus
pais trabalham, e por causa da necessidade
confiam seus filhos aos cuidados dos profissionais
das instituições. Porém, ao contrário do caráter
assistencialista, o desenvolvimento das crianças
nesta faixa etária deve ser melhor compreendido,
pois é um dos momentos cruciais, em que elas
anseiam por aprender cada vez mais na interação
que estabelecem com o contexto social.
As atividades exercidas por um profissional
da educação infantil devem ser entendidas
indissociavelmente como cuidar e educar. Como já
considerado,
as
duas
práticas
são
de
responsabilidade do professor, só ele foi capacitado
para isso, entendendo que a forma de se expressar,
agir e falar, é o tempo todo observado pelas
crianças e internalizado a fim de construírem suas
próprias identidades. É por isso, a importância de
um profissional preparado que saiba agir
coerentemente com seu trabalho, no qual as
crianças se espelham.
As pesquisas que têm sido realizadas sobre o tema
revelam que principalmente as creches continuam
em processo de adaptação para atender com
qualidade as necessidades das crianças que fazem
parte da educação infantil. O conhecimento remoto
da sua função e a visão romântica, quando revelam
muita atenção às crianças, corrobora até hoje a
desvalorização dessa área.
Evidente que a visão essencialmente assistencial
vem sendo transformada e repensada, já ganhou
forças e espaço inclusive nas políticas públicas de
educação, reconhecendo sua importância na
educação das crianças e exigidas em leis. Apesar
do avanço neste sentido, muitas instituições ainda
não se regularizaram e a identidade desses
profissionais continua longe do esperado.
E é por isso que se conclui a importância de
continuar discutindo e refletindo sobre a educação
infantil e principalmente a formação do profissional
que atua nessa área. Percebe-se que o pensamento
vem sendo transformado e melhor entendido,
conforme necessitam as crianças para um
crescimento de qualidade que possa contribuir
efetivamente na sua formação social.
PRINCIPAIS REFERÊNCIAS
[1] ALVES-MAZZOTI, Alda Judith;
GEWANDSZNAJDER, Fernando. O Método
nas Ciências Naturais e Sociais. 2ª edição São
Paulo: Thomson, 2002. 201p.
[2] ARCE, Alessandra. Compre o kit neoliberal para
a educação infantil e ganhe grátis os dez
passos para se tornar um professor reflexivo.
Educação & Sociedade, ano XXII, nº 74,
Abril/2001 (p. 251 -283).
[3] GÓMEZ, G. R.; FLORES, J. e JIMÉNEZ, E. G.
Metodología de la investigación cualitativa.
Málaga: Ediciones ALJIBE, 1999.
[[4] MAYRING, P. Introdução à pesquisa social
qualitativa – Uma introdução para pensar
qualitativamente. 5ª edição. Weinheim: Beltz,
2000. (traduzido do original alemão).
[5] SANA, Elizabete Maria Reginato.
Caracterização profissional das professoras de
educação infantil dos centros de convivência
infantil. 2007.32p.Dissertação (Mestrado em
Educação).Universidade Estadual Paulista, São
Paulo.
[6] SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do
Trabalho Científico. 22ª. ed. São Paulo: Cortez:
2002.
[7] TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em
Ciências Sociais – A pesquisa qualitativa em
educação. São Paulo: Atlas, 1987.
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