Novembro
2011
Santander Asset Management
Brasil - Relatório Econômico e Estratégico Resumido
Índice
Indicadores out 2011
Projeções, 1
Ibovespa médio
58.552
+11,49 no mês
-15,50% no ano
Cenário externo, 2
IBX médio
Cenário Doméstico, 3
19.634
+9,02% no mês
-11,59% no ano
Renda Fixa e Renda Variável, 4
S&P 500
1.253,30
+10,77 no mês
-0,35% no ano
Disclaimer na última página
CDI
+0,99% no mês
+9,83% no ano
Projeções
Dólar = $ 1,7320
-5,29% no mês
+3,97% no ano
Eduardo Castro
CIO
Hugo Penteado
Economia
Ricardo Denadai
Gabriel Couto
Estratégia
1
Cenário externo
O mercado caiu durante seis meses (de maio a setembro) e teve uma
interrupção em outubro gerada pela sensação de dados econômicos melhores,
tanto nos EUA quanto na Europa, que afastaram o receio de uma recessão
iminente. Fora isso, embora não possa ser considerado uma medida totalmente
eficaz para resolver o problema de dívida na zona do euro, o anúncio tão
aguardado do Grande Plano do final do mês, com três peças (re-estruturação da
dívida grega e seu pacote, recapitalização bancária e alavancagem do fundo de
estabilização financeira europeu), trouxe confiança aos mercados. Alguns pontos
merecem ser olhados com cautela ao longo do mês de novembro: 1) as lacunas
deixadas no Grande Plano e sua implementação precisam ser preenchidas, mas a
chance de não funcionar como o esperado são grandes; 2) confronto político na
Itália pode derrubar o Berlusconi e dificultar a aprovação das medidas
prometidas à União Européia; 3) os dados econômicos dos EUA do 3T/11 tem
natureza insustentável devido ao consumo ter sido financiado por queda da
poupança num ambiente de queda de renda e pelo fim de efeitos temporários,
como o terremoto do Japão e podem enfraquecer no 4T/11; 4) definição do
ajuste fiscal de longo prazo e a aprovação do pacote Obama junto com os
dispositivos orçamentários do novo ano fiscal (2012) para evitar uma paralisação
do governo e novas ações das agências de risco; 5) situação do setor de
construção, governos locais e bancos na China pode voltar à tona.
Além dessas cinco preocupações, é preciso monitorar as medidas para
contrabalançar os riscos sistêmicos e econômicos, como afrouxamento de
políticas monetárias, ações coordenadas entre os países. De qualquer forma, o
número de riscos continua presente e até então está difícil definir a tendência do
cenário, mas de qualquer forma os fundamentos continuam desfavoráveis,
apesar do sentimento positivo dos mercados de outubro.
2
Cenário doméstico
A tendência de desaceleração de atividade deve se acentuar no 3T/11 e há o
risco do número do PIB apresentar variação negativa nesse período, via uma
contração maior da produção industrial e de veículos. A inflação mostra algum
alívio, embora a qualidade do número seja ruim e pode ficar abaixo do teto da
meta esse ano e recuar no ano que vem. Portanto a tendência de redução de
juros deve continuar, com mais uma queda, a última do ano, na reunião do final
de novembro. A crise externa tem intensificado o processo de desaceleração da
economia brasileira por dois canais principais: (i) menos exportações e (ii) piora
adicional nos índices de confiança dos empresários.
A demanda doméstica será impactada de maneira mais gradual, em razão dos
fundamentos ainda fortes da economia brasileira. Contudo, vendas no varejo e
mercado de trabalho já mostram sinais, embora ainda incipientes, de
desaceleração.
3
Renda Fixa
O mês ficou bastante volátil e meio no zero a zero, com alta no início do mês
revertida depois por uma queda, cuja explicação maior é a idéia de uma
desaceleração significativa da economia no 3T/11 que deve continuar no 4T/11.
Continuam prevalecendo duas forças, o desenrolar do cenário externo, tanto a
piora da crise quanto da situação econômica (com destaque para possível
recessão ou atividade ruim na Europa) e na parte doméstica, a continuidade da
desaceleração apontando riscos até de uma contração no PIB no 3T/11. Mercado
muito em cima da evolução dessas duas variáveis que podem favorecer uma
queda nas taxas de juros de longo prazo.
Após a piora da percepção de risco que se estendeu até setembro, o câmbio em
outubro apresentou forte apreciação em função de dados melhores nos EUA e
abandono do receio de uma ruptura iminente. Está absolutamente relacionado
hoje com cenário internacional. No mês de novembro estará condicionado aos
pontos principais apontados no cenário externo, de definições importantes na
zona do euro, na Grécia, na Itália, nos Estados Unidos que tornam adirecional no
momento com risco de bastante volatilidade. Se não tiver aumento de aversão
ao risco em função destes fatores, com a possibilidade de estímulos adicionais no
G3 (Estados Unidos, Europa e Japão), a tendência de dólar fraco e real forte pode
se consolidar ao longo do mês.
Renda Variável
Bolsa evoluiu de forma parecida com o câmbio, onde a percepção de melhora dos
dados econômicos combinada com a sensação de medidas para resolver a crise
da dívida da Grécia, mas a enorme liquidez e as posições excessivamente
vendidas produziram o maior ganho mensal em vários anos. O cenário externo
será o principal definidor e não está muito claro se os fatores positivos (dados
econômicos bons, ausência de preocupação com crise da dívida no momento e
medidas de afrouxamento monetário no G3) irão prevalecer enquanto há dúvidas
quanto a parte fiscal, econômica e de dívida nos Estados Unidos e na Europa.
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