- Teresópolis também apresentou números elevados neste pleito, 14% do eleitorado
Fonte: O Diário de Teresópolis
Da Redação
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Ayres Britto, admitiu nesta
segunda-feira que ficou preocupado com a quantidade de eleitores que faltaram no segundo
turno, principalmente no Rio de Janeiro. De acordo com informações do TSE, o índice nacional
de abstenção no último domingo foi de 18,09%. Nas cidades do Rio de Janeiro, São Luís e
Anápolis, o porcentual de faltantes ultrapassou os 20%. "Eu digo que é preocupante, que
o índice é alto", afirmou.
Especificamente no Rio de Janeiro, que teve uma abstenção de 20,25%, Ayres Britto comentou
o fato de o feriado do dia dos servidores ter sido antecipado para ontem o que garantiu a uma
parcela dos eleitores cariocas uma folga estendida. "A gente aprende com os fatos. Li
que talvez a antecipação do feriado possa ter contribuído para a diminuição dos que
compareceram", disse.
Segundo ele, esse episódio levará a Justiça Eleitoral a refletir nas próximas eleições sobre a
conveniência de se antecipar novamente a folga dos servidores. O município de São Luís foi o
campeão de faltas, com 21,28% de abstenção.
Em Teresópolis o índice de abstenções também preocupa, já que 16.913 eleitores se
abstiveram do direito de votar, em 5 de outubro, este número representa 14% do eleitorado. Se
construirmos um cenário, incluindo Nulos e Brancos, acrescidos das abstenções, chegamos ao
impressionante número de 22%, ou, 25.296 eleitores, mais que o segundo colocado, o
ex-prefeito Mário Tricano.
No ranking nacional, em segundo lugar ficou Anápolis, com 21,18% de faltas. Apesar dos altos
índices de abstenção, Ayres Britto afirmou que historicamente o percentual médio de faltas em
eleições tem sido de 17%. Por esse ângulo, ele avaliou que o segundo turno de 2008
"não foi melhor nem pior do que as outras eleições".
Outro fato que merecerá reflexão da Justiça Eleitoral, segundo ele, será discutir se os eleitores
podem votar acompanhados de crianças. Até o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o prefeito
Gilberto Kassab aderiram à moda. "Vamos ter de examinar esse aspecto", afirmou
Ayres Britto.
No entanto, o ministro considera, particularmente, que a prática pode ter um lado positivo, de
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incentivar as crianças a exercerem a cidadania. Ayres Britto contou que a Justiça Eleitoral
também deverá tomar algumas providências em relação ao uso da Internet nas campanhas.
Segundo ele, "teoricamente pode ser implantada na eleição de 2010" a doação de
dinheiro para campanhas pela internet. Essa prática é muito difundida nos Estados Unidos.
Mas não no Brasil. Conforme o presidente do TSE, essa novidade traria transparência para as
campanhas.
Também deve ser debatida a possibilidade de divulgar pela Internet opiniões em relação a
candidatos e propagandas. Para a eleição deste ano, o TSE permitiu apenas que os sites de
jornais impressos e revistas divulgassem opiniões.
Segundo Ayres Britto, há vantagens em ampliar o uso da internet na campanha. Entre elas,
"trazer os jovens - que usam muito a Internet - para a vida política". Para o
presidente do TSE, é fundamental que para as próximas eleições seja aperfeiçoado o
formulário de registro de candidaturas.
De acordo com ele, seria desejável que no formulário o candidato, o partido ou a coligação
informasse se o político responde a processos criminais na Justiça. Ayres Britto reconheceu
que os prefeitos que disputaram a reeleição tiveram mais possibilidades de saírem vitoriosos
do que os outros candidatos. "Não há como negar que num país que admite a reeleição,
há uma probabilidade de êxito para o candidato que postula a recondução ao cargo",
disse.
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