Plano de Ordenamento da APPSA
PLANO DE ORDENAMENTO
ÁREA DE PAISAGEM PROTEGIDA DA SERRA DO AÇOR
1ª FASE - CARACTERIZAÇÃO
JULHO 2007
1ª Fase – Relatório de Caracterização
0
Plano de Ordenamento da APPSA
SUMÁRIO
Índice de Tabelas .......................................................................................................................................................3
Índice de Figuras........................................................................................................................................................4
Lista de Abreviaturas..................................................................................................................................................5
Lista de Abreviaturas..................................................................................................................................................5
INTRODUÇÃO......................................................................................................................................................................7
A. DESCRIÇÃO....................................................................................................................................................................9
1. ENQUADRAMENTO ..........................................................................................................................................................9
1.1. Localização e Descrição Geral............................................................................................................................9
1.2. Situação Legal...................................................................................................................................................11
1.3. Instrumentos de Ordenamento e Gestão Territorial..........................................................................................13
2. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA .............................................................................................................................................15
2.1. Geologia ............................................................................................................................................................15
Litologia................................................................................................................................................................................... 15
Tectónica................................................................................................................................................................................. 16
Valoração da Geologia...................................................................................................................................................... 18
Modelo Digital de Terreno....................................................................................................................................................... 18
Exposição................................................................................................................................................................................ 18
Declives................................................................................................................................................................................... 19
Altimetria ................................................................................................................................................................................. 19
Geomorfologia......................................................................................................................................................................... 19
2.2. Pedologia ..........................................................................................................................................................25
2.3. Hidrologia ..........................................................................................................................................................28
Hidrografia............................................................................................................................................................................... 28
Hidrogeologia.......................................................................................................................................................................... 29
Valoração da Hidrografia .................................................................................................................................................. 31
2.4. Clima .................................................................................................................................................................32
Bioclimas................................................................................................................................................................................. 35
3. CARACTERIZAÇÃO BIOLÓGICA .......................................................................................................................................36
3.1. Flora ..................................................................................................................................................................36
Definição das Espécies da Flora ...................................................................................................................................... 37
Valoração das Espécies da Flora ..................................................................................................................................... 38
3.2. Vegetação .........................................................................................................................................................39
Definição das Unidades de Vegetação............................................................................................................................. 39
Valoração das Unidades de Vegetação............................................................................................................................ 53
Aplicação do Valor Florístico às Unidades de Vegetação ................................................................................................ 53
3.3. Fauna ................................................................................................................................................................54
Definição das Espécies da Fauna .................................................................................................................................... 54
Valoração das Espécies da Fauna ................................................................................................................................... 58
3.4. Biótopos ............................................................................................................................................................60
Definição dos Biótopos para a Fauna............................................................................................................................... 60
Valoração dos Biótopos para a Fauna.............................................................................................................................. 65
3.5. Síntese dos Valores Naturais............................................................................................................................66
3.6. Briófitos .............................................................................................................................................................66
3.7. Macrofungos......................................................................................................................................................67
4. UNIDADES DE PAISAGEM ..............................................................................................................................................68
Definição das Unidades de Paisagem .............................................................................................................................. 68
Valoração das Unidades de Paisagem............................................................................................................................. 71
5. CARACTERIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO CULTURAL ...............................................................................................................72
5.1. Património Arquitectónico .................................................................................................................................72
5.2. Património Arqueológico ...................................................................................................................................73
5.3. Património Etnográfico ......................................................................................................................................73
6. CARACTERIZAÇÃO SOCIO-ECONÓMICA ..........................................................................................................................74
6.1. População .........................................................................................................................................................74
População Actual .................................................................................................................................................................... 74
Meio Social.............................................................................................................................................................................. 77
6.2. Actividades ........................................................................................................................................................80
Valoração da Socio-Economia.......................................................................................................................................... 87
7. VALORES INTRÍNSECOS ................................................................................................................................................93
8. BREVE CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA PROPOSTA PARA ALARGAMENTO DA APPSA ............................................................93
1ª Fase – Relatório de Caracterização
1
Plano de Ordenamento da APPSA
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................................................102
Informação Computorizada............................................................................................................................................. 105
Legislação Consultada.................................................................................................................................................... 106
B. CARTOGRAFIA...........................................................................................................................................................107
C.I. ANEXO – DIPLOMAS LEGAIS MAIS RELEVANTES COM APLICAÇÃO NA APPSA ..............................................................108
C.II. ANEXO – DEFINIÇÃO E VALORAÇÃO DA FLORA E DAS UNIDADES DE VEGETAÇÃO – METODOLOGIA E RESULTADOS.......109
Definição das comunidades vegetais ............................................................................................................................. 109
Valoração das Comunidades Vegetais........................................................................................................................... 109
Definição das Espécies da Flora .................................................................................................................................... 113
Valoração das Espécies da Flora ................................................................................................................................... 114
Aplicação do Valor Florístico às Unidades de Vegetação .............................................................................................. 127
C.III. ANEXO – DEFINIÇÃO E VALORAÇÃO DA FAUNA E DOS BIÓTOPOS PARA A FAUNA – METODOLOGIA E RESULTADOS .......143
Definição das Espécies da Fauna .................................................................................................................................. 143
Valoração das Espécies da Fauna ................................................................................................................................. 143
Definição dos Biótopos para a Fauna............................................................................................................................. 163
Valoração dos Biótopos para a Fauna............................................................................................................................ 164
C.IV. ANEXO – LISTA DE ESPÉCIES DE BRIÓFITOS INVENTARIADAS NA APPSA..................................................................182
C.V. ANEXO – LISTA DE ESPÉCIES DE MACROFUNGOS INVENTARIADAS NA MATA DA MARGARAÇA......................................184
C.VI. ANEXO – DEFINIÇÃO E VALORAÇÃO DAS UNIDADES DE PAISAGEM – METODOLOGIA E RESULTADOS...........................187
Definição das Unidades de Paisagem ............................................................................................................................ 187
Valoração das Unidades de Paisagem........................................................................................................................... 188
1ª Fase – Relatório de Caracterização
2
Plano de Ordenamento da APPSA
Índice de Tabelas
TABELA 1 – ÍNDICE DE TERMICIDADE (IT), PISOS BIOCLIMÁTICOS CORRESPONDENTES E OMBROCLIMAS PARA AS ESTAÇÕES
TERMOPLUVIOMÉTRICAS ADJACENTES À SERRA DO AÇOR (SILVEIRA, 2001)...................................................................35
TABELA 2 – NÚMERO DE ESPÉCIES DE CADA GRUPO TAXONÓMICO REFERENCIADAS PARA A APPSA. .........................................38
TABELA 3 – NÚMERO DE ESPÉCIES DA FLORA OCORRENTE EM CADA UMA DAS UNIDADES DE VEGETAÇÃO CONSIDERADA..............39
TABELA 4 – CORRESPONDÊNCIA DA UNIDADE DE VEGETAÇÃO “FLORESTAS PRÉ-CLIMÁCICAS DE FOLHOSAS AUTÓCTONES” COM OS
HABITATS DA DIRECTIVA HABITATS, COM A FITOSSOCIOLOGIA E COM OS HABITATS EUNIS 2002. ....................................42
TABELA 5 – CORRESPONDÊNCIA DA UNIDADE DE VEGETAÇÃO “COMUNIDADES NÃO CLIMÁCICAS DE FOLHOSAS AUTÓCTONES” COM
OS HABITATS DA DIRECTIVA HABITATS, COM A FITOSSOCIOLOGIA E COM OS HABITATS EUNIS 2002. ...............................44
TABELA 6 – CORRESPONDÊNCIA DA UNIDADE DE VEGETAÇÃO “COMUNIDADES RIPÍCOLAS” COM OS HABITATS DA DIRECTIVA
HABITATS, COM A FITOSSOCIOLOGIA E COM OS HABITATS EUNIS 2002..........................................................................46
TABELA 7 – CORRESPONDÊNCIA DA UNIDADE DE VEGETAÇÃO “BOSQUETES DE SOBREIROS” COM OS HABITATS DA DIRECTIVA
HABITATS, COM A FITOSSOCIOLOGIA E COM OS HABITATS EUNIS 2002..........................................................................47
TABELA 8 – CORRESPONDÊNCIA DA UNIDADE DE VEGETAÇÃO “PINHAL” COM OS HABITATS DA DIRECTIVA HABITATS, COM A
FITOSSOCIOLOGIA E COM OS HABITATS EUNIS 2002. ...................................................................................................48
TABELA 9 – CORRESPONDÊNCIA DA UNIDADE DE VEGETAÇÃO “MATAGAIS ARBORESCENTES DE ESPÉCIES LAURÓIDES” COM OS
HABITATS DA DIRECTIVA HABITATS, COM A FITOSSOCIOLOGIA E COM OS HABITATS EUNIS 2002. ....................................49
TABELA 10 – CORRESPONDÊNCIA DA UNIDADE DE VEGETAÇÃO “URZAIS” COM OS HABITATS DA DIRECTIVA HABITATS, COM A
FITOSSOCIOLOGIA E COM OS HABITATS EUNIS 2002. ...................................................................................................51
TABELA 11 – CORRESPONDÊNCIA DA UNIDADE DE VEGETAÇÃO “COMUNIDADES RUPÍCOLAS E PRADOS DE ALTITUDE” COM OS
HABITATS DA DIRECTIVA HABITATS, COM A FITOSSOCIOLOGIA E COM OS HABITATS EUNIS 2002. ....................................52
TABELA 12 – CORRESPONDÊNCIA DA UNIDADE DE VEGETAÇÃO “ÁREA AGRÍCOLA” COM OS HABITATS DA DIRECTIVA HABITATS, COM
A FITOSSOCIOLOGIA E COM OS HABITATS EUNIS 2002..................................................................................................53
TABELA 13 – HIERARQUIZAÇÃO DO VALOR DE CONSERVAÇÃO DAS UNIDADES DE VEGETAÇÃO E RESPECTIVAS CLASSES DE
RELEVÂNCIA. ..............................................................................................................................................................53
TABELA 14 – DETERMINAÇÃO DA CLASSE DE RELEVÂNCIA FINAL DA FLORA E VEGETAÇÃO PARA CADA UNIDADE DE VEGETAÇÃO. ..54
TABELA 15 – NÚMERO DE ESPÉCIES DE CADA GRUPO TAXONÓMICO REFERENCIADO PARA A APPSA..........................................55
TABELA 16 – ESPÉCIES DE INVERTEBRADOS PRESENTES NA APPSA COM ESTATUTOS DE PROTECÇÃO......................................55
TABELA 17 – ESPÉCIES DE ANFÍBIOS PRESENTES NA APPSA E RESPECTIVOS ESTATUTOS DE PROTECÇÃO.................................56
TABELA 18 – ALGUMAS ESPÉCIES DE RÉPTEIS PRESENTES NA APPSA E RESPECTIVOS ESTATUTOS DE PROTECÇÃO...................57
TABELA 19 – ALGUMAS ESPÉCIES DE AVES PRESENTES NA APPSA E RESPECTIVOS ESTATUTOS DE PROTECÇÃO. ......................57
TABELA 20 – ALGUMAS ESPÉCIES DE MAMÍFEROS PRESENTES NA APPSA E RESPECTIVOS ESTATUTOS DE PROTECÇÃO..............58
TABELA 21 – LISTA DAS ESPÉCIES PRIORITÁRIAS (ESPÉCIES COM MAIOR VEE). ........................................................................59
TABELA 22 – NÚMERO DE ESPÉCIES OCORRENTES NO BIÓTOPO “FLORESTA DE FOLHOSAS”. .....................................................61
TABELA 23 – NÚMERO DE ESPÉCIES OCORRENTES NO BIÓTOPO “PINHAL”.................................................................................61
TABELA 24 – NÚMERO DE ESPÉCIES OCORRENTENTES NO BIÓTOPO “OLIVAL”. ..........................................................................62
TABELA 25 – NÚMERO DE ESPÉCIES OCORRENTES NO BIÓTOPO “MATOS ALTOS”. .....................................................................62
TABELA 26 – NÚMERO DE ESPÉCIES OCORRENTES NO BIÓTOPO “MATOS BAIXOS”.....................................................................63
TABELA 27 – NÚMERO DE ESPÉCIES OCORRENTES NO BIÓTOPO “FORMAÇÕES RIPÍCOLAS E SISTEMAS AQUÁTICOS ARTIFICIAIS”. 63
TABELA 28 – NÚMERO DE ESPÉCIES OCORRENTES NO BIÓTOPO “ÁREA AGRÍCOLA”. ..................................................................64
TABELA 29 – NÚMERO DE ESPÉCIES OCORRENTES NO BIÓTOPO “AGLOMERADOS E ESTRUTURAS ARTIFICIAIS DISPERSAS”. ........65
TABELA 30 – HIERARQUIZAÇÃO DO VALOR FAUNÍSTICO DOS BIÓTOPOS E RESPECTIVA CLASSIFICAÇÃO. ......................................65
TABELA 31 – CORRESPONDÊNCIA ENTRE OS BIÓTOPOS DA FAUNA E AS UNIDADES DE VEGETAÇÃO DETERMINADAS PARA A APPSA.
.................................................................................................................................................................................66
TABELA 32 – VALORAÇÃO DAS UNIDADES DE PAISAGEM E RESPECTIVA CLASSIFICAÇÃO. ............................................................71
TABELA 33 – POPULAÇÃO RESIDENTE E POPULAÇÃO ACTIVA NAS FREGUESIAS DA BENFEITA E MOURA DA SERRA, NO ANO DE 2001
(FONTE: INE, 2001). ..................................................................................................................................................75
TABELA 34 – NÚMERO DE FAMÍLIAS EXISTENTES NAS FREGUESIAS DA BENFEITA E MOURA DA SERRA, NOS ANOS DE 1991 E 2001
(FONTE: INE, 2001). ..................................................................................................................................................77
TABELA 35 – CARACTERIZAÇÃO DAS EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS, NOMEADAMENTE O NÚMERO DE EXPLORAÇÕES E ÁREA DAS
EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS, EXISTENTES NAS FREGUESIAS DA BENFEITA E DE MOURA DA SERRA, NO ANO DE 1999 (FONTE:
INE, 2001) ................................................................................................................................................................81
TABELA 36 – PRODUÇÃO ANIMAL NAS FREGUESIAS DA BENFEITA E MOURA DA SERRA, NO ANO DE 1999 (FONTE: INE, 2001).....82
TABELA 37 – CLASSES DE RELEVÂNCIA DAS UNIDADES DE VEGETAÇÃO E RESPECTIVOS INTERVALOS DE VCC. .........................111
TABELA 38 – CARACTERIZAÇÃO DE CADA HABITAT RELATIVAMENTE AOS DIFERENTES PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO, DETERMINAÇÃO
DO VALOR DE CONSERVAÇÃO DOS HABITATS (VCH) E O VALOR DE CONSERVAÇÃO DAS COMUNIDADES (VCC).............112
TABELA 39 – HIERARQUIZAÇÃO DO VCC E RESPECTIVAS CLASSES DE RELEVÂNCIA.................................................................113
TABELA 40 – NÚMERO DE ESPÉCIES DE CADA GRUPO TAXONÓMICO REFERENCIADAS PARA A APPSA. .....................................113
TABELA 41 – AVALIAÇÃO DA RARIDADE, UTILIZANDO OS CRITÉRIOS DE RABINOWITZ (1986) (FONTE: ICN, 2004). .....................117
1ª Fase – Relatório de Caracterização
3
Plano de Ordenamento da APPSA
TABELA 42 – CLASSES DE RELEVÂNCIA DAS ESPÉCIES E RESPECTIVOS INTERVALOS DE VALORAÇÃO. .......................................118
TABELA 43 – CARACTERIZAÇÃO DE CADA ESPÉCIE QUANTO AOS DIFERENTES ESTATUTOS CONSIDERADOS, ESTATUTO DE
CONSERVAÇÃO (EC) E ESTATUTO BIOGEOGRÁFICO (EBG), DETERMINAÇÃO DO VALOR ECOLÓGICO ESPECÍFICO (VEE) E
AS UNIDADES DE VEGETAÇÃO EM QUE CADA ESPÉCIE OCORRE.....................................................................................118
TABELA 44 – LISTA DE ESPÉCIES DA FLORA PRESENTES EM CADA COMUNIDADE VEGETAL E RESPECTIVO VEE..........................128
TABELA 45 – DETERMINAÇÃO DO VALOR FINAL DA FLORA E VEGETAÇÃO.................................................................................142
TABELA 46 – NÚMERO DE ESPÉCIES DE CADA GRUPO TAXONÓMICO REFERENCIADAS PARA A APPSA. .....................................143
TABELA 47 – FACTORES DE PONDERAÇÃO UTILIZADOS NO CÁLCULO DO VALOR ECOLÓGICO ESPECÍFICO. ................................149
TABELA 48 – CARACTERIZAÇÃO DE CADA ESPÉCIE QUANTO AOS DIFERENTES ESTATUTOS CONSIDERADOS, ESTATUTO DE
CONSERVAÇÃO (EC), ESTATUTO BIOGEOGRÁFICO (EBG), ESTATUTO BIOLÓGICO (EB) E ESTATUTO REGIONAL (ER),
DETERMINAÇÃO DO VALOR ECOLÓGICO ESPECÍFICO (VEE) E OS BIÓTOPOS EM QUE CADA ESPÉCIE OCORRE. ................150
TABELA 49 – LISTA DE ESPÉCIES PRIORITÁRIAS (ESPÉCIES COM MAIOR VEE). ........................................................................163
TABELA 50 – LISTA DE ESPÉCIES E RESPECTIVO VEE, OCORRENTES EM CADA UM DOS BIÓTOPOS CONSIDERADOS PARA A
VALORAÇÃO DA FAUNA. .............................................................................................................................................164
TABELA 51 – NÍVEIS DE CLASSIFICAÇÃO DOS BIÓTOPOS (SIGNIFICÂNCIA). ...............................................................................180
TABELA 52 – DETERMINAÇÃO DO VALOR FAUNÍSTICO DOS BIÓTOPOS (VFB). .........................................................................180
TABELA 53 – HIERARQUIZAÇÃO DO VFB E RESPECTIVA CLASSIFICAÇÃO. ................................................................................181
TABELA 54 – BREVE CARACTERIZAÇÃO DE CADA UNIDADE DE PAISAGEM PRESENTE NA APPSA...............................................187
TABELA 55 – DETERMINAÇÃO DO VALOR CÉNICO-PAISAGÍSTICO (VCP) DAS UNIDADES DE PAISAGEM PRESENTES NA APPSA. .189
TABELA 56 – NÍVEIS DE CLASSIFICAÇÃO DAS UNIDADES DE PAISAGEM.....................................................................................189
TABELA 57 – VALORAÇÃO DAS UNIDADES DE PAISAGEM E RESPECTIVA CLASSIFICAÇÃO. ..........................................................189
Índice de Figuras
FIGURA 1 – EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE NAS FREGUESIAS DA BENFEITA E MOURA DA SERRA, NOS ÚLTIMOS 10 ANOS
(FONTE: INE, 2001). ..................................................................................................................................................75
FIGURA 2 – EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO, POR FAIXA ETÁRIA, NAS FREGUESIAS DA BENFEITA E MOURA DA SERRA, NOS ÚLTIMOS 10
ANOS (FONTE: INE, 2001). .........................................................................................................................................76
FIGURA 3 – EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO, POR SECTOR DE ACTIVIDADE, NAS FREGUESIAS DA BENFEITA E MOURA DA SERRA, NOS
ÚLTIMOS 10 ANOS (FONTE: INE, 2001)........................................................................................................................76
FIGURA 4 – CARACTERIZAÇÃO DAS FAMÍLIAS, QUANTO À SUA DIMENSÃO, NAS FREGUESIAS DA BENFEITA E MOURA DA SERRA NO
ANO DE 2001 (FONTE: INE, 2001)...............................................................................................................................77
FIGURA 5 – CARACTERIZAÇÃO DAS FAMÍLIAS, QUANTO À SUA TIPOLOGIA, NAS FREGUESIAS DA BENFEITA E MOURA DA SERRA NO
ANO DE 2001 (FONTE: INE, 2001)...............................................................................................................................78
FIGURA 6 – CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO, QUANTO AO ESTADO CIVIL, NAS FREGUESIAS DA BENFEITA E MOURA DA SERRA NO
ANO DE 2001 (FONTE: INE, 2001)...............................................................................................................................78
FIGURA 7 – CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO, QUANTO AO MEIO DE VIDA, NAS FREGUESIAS DA BENFEITA E MOURA DA SERRA NO
ANO DE 2001 (FONTE: INE, 2001)...............................................................................................................................79
FIGURA 8 – CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO, QUANTO AO ANALFABETISMO, NAS FREGUESIAS DA BENFEITA E MOURA DA SERRA
NO ANO DE 2001 (FONTE: INE, 2001)..........................................................................................................................79
FIGURA 9 – CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO, QUANTO AO NÍVEL DE QUALIFICAÇÃO, NAS FREGUESIAS DA BENFEITA E MOURA DA
SERRA NO ANO DE 2001 (FONTE: INE, 2001). .............................................................................................................80
FIGURA 10 – CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO EMPREGADA NAS ACTIVIDADES AGRÍCOLAS, NAS FREGUESIAS DA BENFEITA E
MOURA DA SERRA, NO ANO DE 1999 (FONTE: INE, 2001). ...........................................................................................81
FIGURA 11 – NÚMERO DE MARCAÇÕES DE GRUPO E NÚMERO TOTAL DE VISITANTES À MATA DA MARGARAÇA. ............................83
FIGURA 12 – NÚMERO DE VISITANTES DA APPSA. ..................................................................................................................83
FIGURA 13 – ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS PELO ICN, NA APPSA, NOS ANOS DE 1985 A 1995. ..............................................85
FIGURA 14 – ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS PELO ICN, NA APPSA, NOS ANOS DE 1996 A 2006. ..............................................85
FIGURA 15 – EVOLUÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS NA APPSA AO LONGO DO TEMPO. .............................................................86
FIGURA 16 – EVOLUÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS SEGUNDO A CARREIRA PROFISSIONAL. .......................................................87
FIGURA 17 – ÁREAS PROPOSTAS PARA O ALARGAMENTO DA APPSA. ......................................................................................95
FIGURA 18 – VALORAÇÃO DA VEGETAÇÃO NA APPSA E ÁREAS PROPOSTAS PARA O ALARGAMENTO DA AP................................98
FIGURA 19 – VALORAÇÃO DOS BIÓTOPOS COM IMPORTÂNCIA PARA A FAUNA NA APPSA E ÁREAS PROPOSTAS PARA O
ALARGAMENTO DA AP. ................................................................................................................................................99
FIGURA 20 – VALORAÇÃO DAS UNIDADES DE PAISAGEM NA APPSA E ÁREAS PROPOSTAS PARA O ALARGAMENTO DA AP. .........100
FIGURA 21 – USO ACTUAL DO SOLO NA APPSA E ÁREAS PROPOSTAS PARA O ALARGAMENTO DA AP. ......................................101
FIGURA 22 – PESO RELATIVO DE CADA ESTATUTO, UTILIZADO NO CÁLCULO DO VEE (EB – ESTATUTO BIOLÓGICO; EBG –
ESTATUTO BIOGEOGRÁFICO; EC – ESTATUTO DE CONSERVAÇÃO; ER – ESTATUTO REGIONAL)....................................149
1ª Fase – Relatório de Caracterização
4
Plano de Ordenamento da APPSA
Lista de Abreviaturas
A – Especialização Alimentar
AA – Unidade de Vegetação/Biótopo Área Agrícola
AEa – Biótopo “Aglomerados e Estruturas Artificiais Dispersas”
AP – Área Protegida
APPSA – Área de Paisagem Protegida da Serra do Açor
Berna – Convenção de Berna
BRS – Unidade de Vegetação “Bosquetes Residuais de Sobreiro”
C – Concentração
CCDRC – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro
CNF – Unidade de Vegetação “Comunidades Não-Climácicas de Folhosas Autóctones”
CRi – Unidade de Vegetação “Comunidades Ripícolas”
CRu – Unidade de Vegetação “Comunidades Rupícolas e Prados de Altitude”
D – Diversidade
DA – Directiva Aves
DG – Distribuição Global
DH – Directiva Habitats
DP – Distribuição em Portugal
EB – Estatuto Biológico
EBg – Estatuto Biogeográfico
EC – Estatuto de Conservação
ER – Estatuto Regional
FCF – Unidade de Vegetação “Florestas Pré-Climácicas de Folhosas Autóctones”
FF – Biótopo “Floresta de Folhosas”
FR – Biótopo “Formações Ripícolas e Sistemas Aquáticos Artificiais”
G – Unidade de Vegetação “Giestais”
GA – Grau de Ameaça
GE – Grau de Endemismo
GN – Grau de Naturalidade
GR – Grau de Raridade
H – Especialização em Termos de Habitat
Har – Harmonia
I – Identidade
ICN – Instituto da Conservação da Natureza
IDRHa – Instituto de Desenvolvimento Rural e Hidráulica
INE – Instituto Nacional de Estatística
1ª Fase – Relatório de Caracterização
5
Plano de Ordenamento da APPSA
INMG – Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica
Is – Isolamento
It – Índice de Termicidade de Rivas-Martinez
LV – Livro Vermelho (dos Vertebrados ou da Flora)
M – Migração
MA – Biótopo “Matos Altos”
MAL – Unidade de Vegetação “Matagais Arborescentes de Espécies Lauróides”
MB – Biótopo “Matos Baixos”
NUT – Nomenclatura de Unidade Territorial
O – Biótopo “Olival”
P – Unidade de Vegetação /Biótopo “Pinhal”
PDM – Plano Director Municipal
PO – Plano de Ordenamento
PROF PIN – Plano Regional de Ordenamento Florestal do Pinhal Interior Norte
PROT-C – Plano Regional de Ordenamento do Território do Centro
R – Reprodução
Ra – Raridade
RAN – Reserva Agrícola Nacional
REN – Reserva Ecológica Nacional
SAU – Superfície Agrícola Utilizada
SIC – Sítio de Interesse Comunitário
Sing – Singularidades
SNIRH – Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH)
U – Unidade de Vegetação/Biótopo “Urzais”
UICN – União Internacional para a Conservação da Natureza (Livro Vermelho da UICN)
VCC – Valor de Conservação das Comunidades
VCH – Valor de Conservação dos Habitats
VCP – Valor Cénico-Paisagístico
VEE – Valor Ecológico Específico
VFB – Valor Faunístico dos Biótopos
WRB – World Reference Base for Soil Resources (Base Mundial de Referência para os Recursos dos Solos)
1ª Fase – Relatório de Caracterização
6
Plano de Ordenamento da APPSA
INTRODUÇÃO
O presente relatório insere-se no âmbito da realização do Plano de Ordenamento (PO) da Área de Paisagem
Protegida da Serra do Açor (APPSA) e respectivo Regulamento, definida pela Resolução do Conselho de
Ministros n.º 68/2007, de 17 de Maio, que lhe determina os seguintes quatro objectivos:
Assegurar, à luz da experiência e dos conhecimentos científicos adquiridos sobre o património natural
desta área, uma correcta estratégia de conservação e gestão que permita a concretização dos objectivos
que presidiram à sua classificação como paisagem protegida;
Corresponder aos imperativos de conservação dos habitats naturais e das espécies de fauna e flora
selvagens protegidas, nos termos do Decreto-Lei n.º 140/99, de 24 de Abril, com a redacção dada pelo
Decreto-Lei n.º 49/2005, de 24 de Fevereiro;
Estabelecer propostas de uso e ocupação do solo que promovam a necessária compatibilização entre a
protecção e valorização dos recursos naturais e o desenvolvimento das actividades humanas em
presença, como são a agricultura, a agro-pecuária, as acções florestais e aquícolas, bem como as
actividades culturais, de recreio e turismo, com vista a promover o desenvolvimento económico de forma
sustentada, tendo em conta os instrumentos de gestão territorial convergentes na área da paisagem
protegida;
Determinar, atendendo aos valores em causa, os estatutos de protecção adequados às diferentes áreas,
bem como definir as respectivas prioridades de intervenção.
Apresentam-se os resultados da primeira fase do processo, correspondente à caracterização da Área
Protegida (AP). A metodologia adoptada para a realização deste estudo obedece às normas estabelecidas
no Caderno de Encargos para a elaboração de Planos de Ordenamento de Áreas Protegidas, desenvolvido
pelo Instituto da Conservação da Natureza (ICN), procedendo-se às adaptações necessárias, no sentido de
as adequar às características particulares da AP, nomeadamente uma análise mais aprofundada dos
aspectos considerados importantes para a AP. Para a concretização deste trabalho consultou-se a
bibliografia disponível sobre a área em estudo, tendo sido, sempre que necessário, complementada com
trabalho de campo e levantamento de dados necessários à correcta caracterização do território.
A apresentação da informação divide-se em três partes: (A) Caracterização, (B) Cartografia e (C) Anexos, de
forma a facilitar a apresentação, leitura e análise dos resultados. Na primeira parte – caracterização,
descreve-se o enquadramento da AP nos seus aspectos geográfico, legal, biofísico e paisagístico,
patrimonial, cultural e socio-económico, bem como a valoração, com os resultados referentes à avaliação
qualitativa e quantitativa dos valores presentes. A esta primeira parte segue-se a cartografia, relativa aos
elementos descritos, bem como a referente à valoração por classes de valores, de acordo com uma escala
predefinida. Finalmente, nos Anexos apresentam-se as metodologias e os resultados intermédios relativos à
análise, descrição e valoração dos parâmetros considerados na caracterização do território.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
7
Plano de Ordenamento da APPSA
Cabe ainda referir que, no âmbito deste trabalho, foram realizados estudos considerando uma parcela de
território superior aos actuais limites da AP, numa perspectiva de alargamento e reclassificação; contudo,
considerando o determinado na RCM anteriormente mencionada, as informações referentes a essa área são
integradas neste relatório, num capítulo de referência, onde se mencionam apenas as características mais
importantes e mais significativas para a conservação da natureza na referida parcela territorial, e não uma
descrição exaustiva de todos os valores presentes.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
8
Plano de Ordenamento da APPSA
A. DESCRIÇÃO
1. Enquadramento
1.1. Localização e Descrição Geral
A APPSA situa-se, como se pode visualizar nas cartas [1] – enquadramento a nível nacional e [2] –
enquadramento a nível regional, no concelho de Arganil, distrito de Coimbra. Administrativamente inserese nas NUT II e NUT III, Região Centro de Portugal Continental e Zona do Pinhal Interior Norte,
respectivamente. Os 382ha que a constituem distribuem-se pelas freguesias de Benfeita e de Moura da
Serra, com os códigos NUT 10204060104 e 10204060110, respectivamente. Dista, aproximadamente, 25km
de Arganil e 80km da cidade de Coimbra (Neves, 2005).
O seu território, representado nas cartas militares n.ºs 233 e 244 (de 1998 à escala de 1:25000), é limitado
pelo “desvio da estrada florestal na encosta das Eiras, pela linha de água nascente da ribeira da Mata da
Margaraça, em direcção a jusante até à confluência da barroca de Degraínhos; desta confluência, segundo a
inflexão da linha de água em linha recta na direcção E-W, até ao carreiro que, partindo da povoação de
Benfeita, segue a linha de festo da Lombo do Bujo na direcção N-S; pelo referido carreteiro até ao caminho
de pé posto que estabelece a ligação entre esse mesmo carreteiro e o ponto de confluência das linhas de
água da barroca do Sardal e da barroca do Enxudro; desta última confluência, pela barroca do Enxudro em
direcção Sul, até ao marco geodésico, seguindo a estrada florestal na encosta das Eiras” (in Decreto-Lei n.º
67/82, de 3 de Março). Estes limites encontram-se a latitudes máxima e mínima de 40 13’ 33.460’’ N e 40 12’
15.098’’ N, respectivamente, e a longitudes máxima e mínima de 07 56’ 19.683’’ W e 07 53’ 54.843’’ W,
respectivamente, com variações de altitude entre os 400 m e os 1016m (Neves, Direito e Henriques, 2002).
A Serra do Açor, no seio da qual se encontra a APPSA, juntamente com a Serra da Estrela e a Serra da
Lousã constituem a Cordilheira Central Portuguesa que se situa na unidade do Maciço Ibérico, onde
predominam os granitos e os xistos (Lourenço, 1996 cit. por Silveira, 2001). Aflora na APPSA e em grande
parte do território da Serra do Açor, o Complexo Xisto-Grauváquico, com mais de 500 milhões de anos, cuja
intensa erosão eólica e pluvial confere às montanhas cumes predominantemente arredondados (Lourenço,
1996 cit. por Silveira, 2001; Lourenço, 1996 cit. por Ascensão, 2001/2002).
A sua localização geográfica torna a Serra do Açor um espaço de transição entre áreas de clima
mediterrânico e zonas de marcada influência atlântica (Ascensão, 2001/2002). O clima sofre influência
atlântica nas vertentes expostas a NW, como acontece na Mata da Margaraça, e influência mediterrânica nos
vales abrigados e nas encostas viradas a SE (Neves, Direito e Henriques, 2002).
Biogeograficamente, esta serra pertence ao Reino Holártico, Região Mediterrânica, encontrando-se dividida
por três províncias: Sector Estrelense da Província Carpetano-Ibérico-Leonesa, Subsector Beirense Litoral da
Província Gaditano-Onubo-Algarbiense e Superdistrito Zezerense da Província Luso-Extremadurense (Costa
et al., 1998).
1ª Fase – Relatório de Caracterização
9
Plano de Ordenamento da APPSA
A baixa espessura dos solos na maior parte da APPSA, associada a um revestimento vegetal pobre e aos
grandes declives, resulta em cursos de água frequentes mas de regime torrencial, caracterizados por um
caudal elevado e períodos de estio prolongados nos meses mais quentes (Silveira, 2001, Rosa, 2004).
Integrada na bacia hidrográfica do Mondego, a APPSA inclui várias linhas de água, algumas de carácter
permanente e outras de carácter temporário (Ascensão, 2001/2002; Arganil).
Em relação aos solos e à vegetação associada, nas vertentes expostas a Sul predominam solos incipientes e
de baixa espessura (Litossolos), e surgem as charnecas abundantes de urzes (Erica sp.) e carqueja
(Pterospartum tridentatum). As vertentes expostas a Norte são menos afectadas pelo fogo e consequente
erosão, possuindo solos mais profundos, mais húmidos e mais ricos em matéria orgânica, favorecendo o
desenvolvimento da vegetação. Assim, predominam as comunidades de grandes arbustos, como é o caso
das giestas (Cytisus sp.), e até mesmo de manchas ou povoamentos de castanheiro (Castanea sativa) ou de
pinheiro-bravo (Pinus pinaster). Desenvolve-se ainda, em alguns vales, a agricultura e a florestação, sobre
depósitos fluviais ou sobre socalcos construídos pelo Homem (Silveira, 2001).
A diversidade das comunidades vegetais e de habitats da APPSA possibilita a ocorrência de um grande
número de espécies animais. Dependentes dos meios hídricos surgem alguns endemismos ibéricos como o
lagarto-de-água (Lacerta schreiberi), a salamandra-de-cauda-comprida (Chioglossa lusitanica), a rã-ibérica
(Rana iberica) e o tritão-de-ventre-laranja (Triturus boscai). Algumas espécies de mamíferos, como a geneta
(Genetta genetta), a doninha (Mustela nivalis), a fuinha (Martes foina) e o texugo (Meles meles), encontram o
seu alimento em zonas arborizadas por espécies produtoras de sementes e frutos comestíveis. Podem
encontrar-se ainda na APPSA espécies de aves como a coruja-do-nabal (Asio flammeus), a águia-de-asaredonda (Buteo buteo), o açor (Accipiter gentilis) e a coruja-do-mato (Strix aluco), entre muitas outras (Neves,
Direito e Henriques, 2002).
A Serra do Açor é também o reflexo das consequências do generalizado abandono das áreas montanhosas,
com alterações na economia rural tradicional, nas técnicas agrícolas e florestais e na cultura. A recolha de
mel, a caça, a pastorícia em regime de transumância, o artesanato e outras actividades tradicionais deram
lugar, em muitos casos, à monocultura do pinheiro, cujas consequências ecológicas são bem visíveis ao
favorecer a propagação dos incêndios florestais na região (Gonçalves, 1992; Neves, Direito e Henriques,
2002).
Na área da APPSA encontram-se dois sítios de especial interesse, a Mata da Margaraça e a Fraga da Pena.
A Mata da Margaraça, localizada próximo da povoação de Pardieiros, ocupa cerca de 68ha da vertente NNW (Paiva, 1981) da Serra da Picota (Tenreiro, 2003 cit. por Vergílio, 2005), com cerca de 25º de inclinação,
entre os 600-850m de altitude (Paiva, 1981; Neves, 2005). Esta mata destaca-se da paisagem alterada pelos
fogos florestais da Serra do Açor por se manter como uma floresta muito antiga de castanheiros (Castanea
sativa) e carvalhos (Quercus robur), que coexistem com outras espécies menos abundantes como o azereiro
(Prunus lusitanica), o loureiro (Laurus nobilis), o azevinho (Ilex aquifolium), o medronheiro (Arbutus unedo), o
1ª Fase – Relatório de Caracterização
10
Plano de Ordenamento da APPSA
folhado (Viburnum tinus), a ginjeira (Prunus cerasus) e a cerejeira (Prunus avium), entre outros (Neves,
1999). No estrato sub-arbustivo predominam a gilbardeira (Ruscus aculeatus), as silvas (Rubus sp.), a
madressilva (Lonicera periclimenum), etc. (Paiva, 1981). Os diferentes habitats da Mata da Margaraça
permitem o crescimento de comunidades muito diversificadas, nomeadamente de fungos, briófitas e animais
que encontram aqui o seu habitat preferencial (Neves, 1999).
A Fraga da Pena localiza-se num pequeno desvio da estrada que liga Benfeita a Pardieiros. Resulta de um
acidente geológico que origina um conjunto de várias quedas de água ao longo de um curso de água
permanente, constituindo um local de grande importância paisagística (Daniel, 1994; Neves, Direito e
Henriques, 2002). Apesar do incêndio que ocorreu em 1987, as margens da linha de água conservam ainda
alguns exemplares antigos de carvalho-alvarinho (Quercus robur), castanheiro (Castanea sativa),
medronheiro (Arbutus unedo), folhado (Viburnum tinus), e ainda o trovisco (Daphne gnidium) e o aderno
(Phillyrea latifolia) (Neves, Direito e Henriques, 2002). As condições especiais de abrigo e a elevada
humidade atmosférica da Fraga da Pena tornam este local óptimo para o desenvolvimento de várias
espécies de briófitos, particularmente de hepáticas, e de pteridófitos como por exemplo Sellaginela
denticulata, Asplenium trichomanes e Anograma leptophylla (Silva et al., 1985 cit. por Daniel, 1994).
A criação da APPSA teve como principal objectivo a protecção dos valores naturais, culturais, científicos e
recreativos aí presentes (Decreto-Lei n.º 67/82, de 3 de Março). Resultou de um longo processo, em que o
objectivo central foi a preservação da Mata da Margaraça, cujo carácter de relíquia da floresta de vegetação
primitiva nas encostas xistosas e a presença de um elevado número de espécies e habitats com interesse
cientifico e para a conservação da natureza, fez que o valor desta fosse reconhecido no âmbito nacional e
internacional (Neves, 2005). Sem prejuízo do disposto no Artigo 3.º, do Decreto-Lei n.º 19/93, de 23 de
Janeiro, são ainda objectivos da AP a protecção de espécies vegetais e animais que apresentem
características peculiares, pela sua raridade e/ou valor científico, e os seus habitats naturais; a preservação
da AP como local importante para o conhecimento da evolução da floresta portuguesa e dos processos
ecológicos inerentes ao seu equilíbrio e para o estudo da vida selvagem; a protecção das paisagens que,
pela sua harmonia, apresentam interesse estético digno de protecção; e a promoção do desenvolvimento
sustentado da região, valorizando a interacção entre as componentes ambientais naturais e humanas,
melhorando a qualidade de vida das populações (Neves, 2005).
1.2. Situação Legal
A APPSA foi criada, em 1982, pelo Decreto-Lei n.º 67/82, de 3 de Março, que define os seus limites e
procura salvaguardar os seus valores naturais, culturais, científicos e recreativos.
De acordo com o referido diploma, a AP apresenta o seguinte zonamento: a Reserva Natural Parcial da Mata
da Margaraça, por constituir uma das raras relíquias de vegetação natural das encostas xistosas do centro de
Portugal; e a Reserva de Recreio da Fraga da Pena, por constituir uma “raridade paisagística pelos valores
naturais em presença, como sejam quedas de água (...) e a vegetação natural que a margina, formando no
1ª Fase – Relatório de Caracterização
11
Plano de Ordenamento da APPSA
seu conjunto um local de potencial valor recreativo e científico” (Decreto-Lei n.º 67/82, de 3 de Março). A
Mata da Margaraça passou ainda a integrar, em 1991, a Rede de Reservas Biogenéticas do Conselho da
Europa1 (Neves, 2005).
Ao abrigo da Decisão da Comissão das Comunidades Europeias, de 19 de Julho, notificada com o número
C(2006) 3261 e publicada no Jornal Oficial da União Europeia, de 21 de Setembro de 2006, a APPSA integra
o Sítio de Interesse Comunitário (SIC) “Complexo do Açor, PTCON0051”, que integra a Rede Natura 2000,
abrangendo ainda a Mata e Afloramentos do Fajão e os cumes de S. Pedro do Açor e da Cebola, devido à
sua importância para a conservação de diversos habitats e espécies ameaçadas a nível do território europeu.
O processo de classificação desta área como SIC da Rede Natura 2000 decorre da transposição da Directiva
Europeia 92/43/CEE (Directiva Habitats) para o direito interno pelo Decreto-Lei n.º 140/99, de 24 de Abril,
posteriormente alterado pelo Decreto-Lei n.º 49/2005, de 24 de Fevereiro, no seguimento da qual foi também
elaborado o Plano Sectorial da Rede Natura 2000. Os limites definidos por estatutos de protecção
encontram-se cartografados na carta [3] – estatutos de protecção e outros estatutos legais.
Na APPSA registam-se limitações ao uso do território decorrentes da vigência de direitos de usufruto e
cadastro, licenças e acordos. Na carta [4] – cadastro e direitos de uso, cartografam-se os Perímetros
Florestais e as áreas de Baldios, que ocupam, respectivamente, cerca de 16,8% e 5,38% do território da
APPSA e a área da Mata da Margaraça que é Domínio Privado do Estado. Apresentam, ainda,
condicionantes à utilização do território, as áreas que constituem Reserva Agrícola Nacional (RAN) e
Reserva Ecológica Nacional (REN). A RAN é regulamentada pelo Decreto-Lei n.º 196/89, de 14 de Junho,
que foi posteriormente alterado pelo Decreto-Lei n.º 274/92, de 12 de Dezembro. As áreas da APPSA
abrangidas por esta restrição de utilidade pública incluem, essencialmente, as áreas dos vales com aptidão
para a prática da agricultura. No caso da APPSA, essas áreas localizam-se ao longo do vale da Ribeira da
Mata e ao longo dos vales das Barrocas do Enxudro e de Degraínhos. A REN foi regulamentada pelo
Decreto-Lei n.º 93/90, de 19 de Março, tendo sofrido posteriormente diversas alterações. A sua redacção
actual encontra-se republicada no Anexo de republicação que faz parte integrante do Decreto-Lei n.º
180/2006, de 6 de Setembro, que altera o primeiro e actualiza remissões para legislação entretanto
revogada. A quase totalidade da AP encontra-se integrada na REN, sendo a maior parte do território
classificada como área sujeita a risco de erosão. São abrangidas outras áreas, nomeadamente cabeceiras de
linhas de água e zonas ameaçadas por cheias. As áreas que não estão sujeitas ao regime da REN,
correspondem a áreas urbanas ou áreas ocupadas por matos ou pinhal.
1
Esta Rede foi instituída, desde 1976, pelo Conselho da Europa, com os objectivos de garantir o equilíbrio biológico, e consequentemente a
conservação, o potencial, a diversidade genética e a representatividade dos diversos tipos de habitat, biocenoses e ecossistemas; e de os colocar à
disposição da pesquisa biológica, a fim de melhor se definirem as intervenções ecológicas, permitir a implementação de planos científicos para a
protecção e a gestão adequadas dos ecossistemas, permitir a informação e a formação dos especialistas e permitir, na medida do possível, a
informação e a formação do público (Lopez, 1991).
1ª Fase – Relatório de Caracterização
12
Plano de Ordenamento da APPSA
1.3. Instrumentos de Ordenamento e Gestão Territorial
Não existindo, até à data, nenhum Plano Especial de Ordenamento ou de Gestão para a APPSA ou para o
SIC “Complexo do Açor”, este PO procura definir regras de utilização e ocupação do espaço na AP, com
vista à Conservação da Natureza, numa base de sustentabilidade, segundo o estabelecido na Lei de Bases
do Ordenamento do Território (Lei n.º 48/98, de 11 de Agosto).
O PO da APPSA é enquadrado pelo Decreto-Lei n.º 19/93, de 23 de Janeiro, que estabelece os novos
critérios para a classificação das Áreas Protegidas Nacionais e pelo Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de
Setembro, com a nova redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 310/2003, de 10 de Dezembro, que
regulamenta a Lei de Bases do Ordenamento do Território (Lei n.º 48/98, de 11 de Agosto). A paisagem
protegida deverá dispor, obrigatoriamente, de um plano de ordenamento e respectivo regulamento, pelo
ponto 1, do Art. 28.º, do Decreto-Lei n.º 19/93, de 23 de Janeiro.
O PO da APPSA é um Plano Especial de Ordenamento do Território (nos termos do Decreto-Lei n.º 380/99,
de 22 de Setembro, com a nova redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 310/2003, de 10 de
Dezembro – ponto 2c, do Art. 2.º), que visa estabelecer “usos preferenciais, condicionados e interditos,
determinados por critérios de conservação da natureza e da biodiversidade, por forma a compatibilizá-la com
a fruição pelas populações” (Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com a nova redacção que lhe foi
dada pelo Decreto-Lei n.º 310/2003, de 10 de Dezembro – ponto 3c, do Art. 12.º), numa perspectiva de
utilização sustentável do território.
O PO da APPSA, enquanto instrumento de gestão territorial, traduz um compromisso recíproco de
compatibilização com os instrumentos de gestão territorial de âmbito nacional com incidência na AP, pelo que
deverão ser tidos em consideração na elaboração do PO:
Planos Sectoriais de Ordenamento do Território
De entre os Planos Sectoriais que devem ser considerados no presente PO, por terem aplicação na área da
APPSA, nomeadamente o Plano de Bacia Hidrográfica do Mondego (Decreto Regulamentar n.º 9/2002, de 1
de Março) e o Plano Regional de Ordenamento Florestal (Decreto-Regulamentar n.º 9/2006, de 19 de Julho).
Por serem planos sectoriais com incidência no território, vinculam as entidades públicas, de acordo com o
ponto 1 do Art. 3.º do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com a nova redacção que lhe foi dada pelo
Decreto-Lei n.º 310/2003, de 10 de Dezembro.
Ainda que não esteja publicado, deverá ser considerado o Plano Sectorial para a Rede Natura 2000, cuja
elaboração foi atribuída ao ICN, pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 66/2001, de 6 de Junho. Este
Plano estabelecerá, entre outros, o regime de salvaguarda dos recursos e valores naturais dos locais
integrados no processo de Rede Natura 2000, fixando os usos e o regime de gestão compatíveis com a
utilização sustentável do território; estabelecer directrizes para o zonamento das áreas em função das
respectivas características e prioridades de conservação; e orientações sobre a inserção em plano especial
de ordenamento do território de medidas e restrições.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
13
Plano de Ordenamento da APPSA
O Plano de Bacia Hidrográfica do Mondego foi aprovado pelo Decreto Regulamentar n.º 9/2002, de 1 de
Março, procura “apresentar um diagnóstico da situação existente (…), definir os objectivos ambientais de
curto, médio e longo prazos, (…) tendo em vista a prossecução de uma política coerente, eficaz e
consequente de recursos hídricos (…)”. Este Plano enquadra as instituições com atribuições na área dos
recursos hídricos, no Capítulo 7 da Parte I do referido Decreto Regulamentar. No Capítulo 2 da Parte III
encontram-se os diversos objectivos estratégicos para a bacia estabelecidos pelo Plano, dos quais se
destaca, dentro do ponto c), para a conservação da natureza, “Promover a preservação e ou a recuperação
de troços de especial interesse ambiental e paisagístico, das espécies e habitats protegidos pela legislação
nacional e comunitária, e nomeadamente das áreas classificadas, galerias ripícolas e do estuário”.
O Plano Regional de Ordenamento Florestal do Pinhal Interior Norte (PROF PIN) foi aprovado pelo
Decreto-Regulamentar n.º 9/2006, de 19 de Julho, que constitui o “contributo do sector florestal para os
outros instrumentos de gestão territorial, (…) no que respeita especificamente à ocupação, uso e
transformação do solo nos espaços florestais”, explicitando “as práticas de gestão a aplicar aos espaços
florestais”, “no sentido de aumentar a sua diversidade, garantindo, de modo sustentável, o seu equilíbrio
multifuncional” (in Decreto-Regulamentar n.º 9/2006, de 19 de Julho). São vinculadas directamente todas as
entidades públicas e são enquadrados todos os projectos e acções a desenvolver nos espaços florestais
públicos e privados, de acordo com o Art. 6.º do Decreto-Regulamentar. Neste Plano Regional, a APPSA
encontra-se abrangida pela sub-região homogénea Lousã e Açor, para a qual são definidos os objectivos
específicos referidos no Art. 16.º do Decreto-Regulamentar, além dos objectivos específicos referidos no Art.
12.º do mesmo Decreto. Desses objectivos específicos destacam-se dois: “iv) Controlar os impactes dos
visitantes sobre as áreas de conservação, com especial incidência na Mata da Margaraça” e “Adequar a
gestão dos espaços florestais às necessidades de conservação dos habitats, de fauna e da flora
classificados”. No ponto 1-a) do Art. 26.º do Decreto-Regulamentar são definidos os espaços onde são
aplicadas normas de intervenção generalizada na sub-região Lousã e Açor; e, no ponto 1-b), do mesmo
artigo, são definidos os espaços onde serão aplicadas normas de intervenção específica, entre os quais se
destacam “ii) Espaços florestais com função de conservação de habitats classificados, a oeste da Serra da
Lousã e nos complexos do Açor (áreas classificadas)” e “iii) Espaços florestais com função de conservação
de recursos genéticos, na Mata da Margaraça e em particular ao longo das linhas de água que representam
potencial para manutenção e fomento de corredores ecológicos”.
Planos Regionais de Ordenamento do Território
Refere-se que se encontra em elaboração o Plano Regional de Ordenamento do Território da Região
Centro (PROT-C), pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 31/2006, de 23 de Março, no qual é
abrangido o concelho de Arganil e cuja elaboração é da responsabilidade da Comissão de Coordenação e
Desenvolvimento Regional do Centro. Para além dos objectivos estabelecidos no art. 52.º, do Decreto-Lei n.º
380/99, de 22 de Setembro, com a nova redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 310/2003, de 10 de
1ª Fase – Relatório de Caracterização
14
Plano de Ordenamento da APPSA
Dezembro, o PROT-C estabelece os objectivos definidos no ponto 2 da referida Resolução do Conselho de
Ministros n.º 31/2006, de 23 de Março.
Por ser um plano regional, vinculará as entidades públicas, de acordo com o ponto 1 do Art. 3.º do DecretoLei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com a nova redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 310/2003, de
10 de Dezembro.
Planos Municipais de Ordenamento do Território
Será, ainda, incorporada informação constante de um instrumento de gestão territorial de âmbito municipal
com incidência na APPSA – o Plano Director Municipal de Arganil, ratificado pela Resolução do Conselho
de Ministros n.º 143/95, de 21 de Novembro, e que se encontra presentemente em processo de revisão.
De acordo com a referida Resolução do Conselho de Ministros, a APPSA encontra-se classificada como Área
Natural (Secção IV do Capítulo III da Resolução do Conselho de Ministros n.º 143/95, de 21 de Novembro).
O PDM de Arganil, de acordo com o ponto 2 do Art. 3.º do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com a
nova redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 310/2003, de 10 de Dezembro, vincula as entidades
públicas e ainda directa e imediatamente os particulares.
2. Caracterização Física
2.1. Geologia
Litologia
A Serra do Açor faz parte do Maciço Antigo ou Hespérico, fragmento mais contínuo do soco hercínico da
Europa de acordo com Ribeiro et al. (1979), que ocupa a parte ocidental e central da Península Ibérica.
Segundo Thadeu (1965), este território é constituído por formações de rochas ante-mesozóicas, onde
predominam rochas granitóides e xistentas, estando cobertas, em determinados locais por pequenos retalhos
de formações continentais, bastante mais recentes.
Ao nível da estratigrafia, segundo Ribeiro (1979), a Zona Centro-Ibérica apresenta uma discordância do
quartzito armoricano (Arenigiano) sobre uma sequência de tipo Flysch2 (Câmbrico e Pré-Câmbrico Superior),
denominada Complexo Xisto-Grauváquico.
A Serra do Açor, situada no sopé noroeste da cordilheira central, é composta por várias formações, onde se
destaca claramente o Complexo Xisto-Grauváquico, constituído principalmente por rochas xistentas,
intercaladas por grauvaques.
O complexo acima referido, segundo Teixeira (1981), consiste numa unidade estratigráfica constituída
principalmente por uma série monótona de xistos e grauvaques, alternantes, segundo dispositivo de tipo
“flysch”, cuja espessura atinge talvez mais de 2000m. As rochas metamórficas do Complexo Xisto2
Facie sedimentar de ambiente marinho, associada a correntes turbidíticas que fluem ao longo de canhões submarinos, responsáveis pela deposição
alternada de sedimentos finos e grossos, normalmente argilas e arenitos, nos fundos marinhos.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
15
Plano de Ordenamento da APPSA
Grauváquico resultaram de um processo de metamorfismo regional sobre os depósitos sedimentares do tipo
“flysch”, após estes terem sofrido subducção e terem atingido profundidades, a que correspondem certas
condições de pressão e temperatura necessárias ao processo de metamorfismo.
A idade deste complexo ainda não foi totalmente determinada devido à quase inexistência de fósseis,
podendo afirmar-se com segurança que será ante-Ordovícico. Vários autores têm vindo a atribuir diferentes
idades, Teixeira (1981) atribuiu ao Hispaniano (Prêcambrico Superior) e Ribeiro et al. (1979) atribuiu ao
Câmbrico e ou Precâmbrico Superior, na Zona Centro Ibérica. Mais recentemente, Pereira et al. (1983) e
Sousa (1984) atribuíram-lhe idade Precâmbrica Superior, tendo-se o último baseado em três discordâncias.
Em primeiro lugar, na nítida discordância de Ordovícico sobre o Complexo Xisto-Grauváquico na Zona
Centro-Ibérica; depois, na discordância do Ordovícico sobre a “Formação dos Amarelos” (vulcanosedimentar) (Pereira, 1983) no limite da Zona Centro-Ibérica – Zona Ossa Morena; finalmente, na
discordância da “Formação Intercalar” (idade câmbrica) sobre o Complexo Xisto-Grauváquico infrajacente.
A região em estudo é na sua totalidade abrangida pelo Complexo Xisto-Grauváquico, outrora também
designado de “Formação Xistosa das Beiras” (Delgado, 1908 cit. por Gonçalves, 1992), “Xisto das Beiras”
(Schermerhorn, 1955 cit. por Gonçalves, 1992), “Xistos Argilosos das Beiras” (Fleury, in Thadeu, 1951 cit. por
Gonçalves, 1992), “Complexo Xisto-Grauváquico Ante-Ordovícico” (Costa, 1950 cit. por Gonçalves, 1992 e
Teixeira, 1955 cit. por Gonçalves, 1992) e “Hispaniano” (Teixeira, 1979 cit. por Gonçalves, 1992).
Na área em estudo, de acordo com a Carta Geológica de Portugal (1992), aflora apenas uma unidade
litoestratigráfica do Super Grupo do Douro-Beiras (Complexo Xisto-Grauváquico), a formação do
Rosmaninhal (turbiditos finos e conglomerados) com idade compreendida entre o Câmbrico Inferior e o
Câmbrico Médio.
A partir das observações de campo, na região em estudo apenas afloram filitos, uma rocha metamórfica de
grão muito fino e de superfície macia, formada em condições de baixo grau de metamorfismo, situada entre o
gradiente de metamorfismo da ardósia e do micaxisto. Os filitos apresentam diferentes tonalidades,
estratificação fina, xistosidade bem evidente e superfície por vezes alterada. Os minerais essenciais como o
quartzo, a sericite, a mica e a clorite, estão na base da sua constituição, podendo constar como minerais
acessórios, a albite, a apatite, a turmalina, a pirite, a magnetite, a hematite, a ilminite e a grafite. No interior
das camadas de filitos ocorrem esporadicamente bolsadas de quartzo branco leitoso, sem qualquer
expressão cartográfica.
Tectónica
Ao nível da tectónica, segundo Ribeiro (1984), a Zona Centro Ibérica, região onde se insere a Serra do Açor,
constitui a ossatura do orógeno Varisco Ibérico, entre um ramo NE, com vergência predominante para NE, e
um ramo SW, com vergência predominante para SW.
De acordo com Lourenço (1996), a formação das Serras de Xisto do Centro de Portugal, das quais faz parte
a Serra do Açor, ficou a dever-se essencialmente à actuação das forças tectónicas, através de sucessivas
1ª Fase – Relatório de Caracterização
16
Plano de Ordenamento da APPSA
orogenias, cujas marcas se encontram mais ou menos gravadas na paisagem, conforme a importância de
que se revestiram e consoante o tempo em que se fizeram sentir.
No estudo das montanhas do Norte e Centro Beira, Ferreira (1978) situou as diferentes fases orogénicas do
tempo e relacionou-as com as grandes linhas de deformação por ela produzidas, trabalho esse que veio a
ser continuado mais recentemente por Pereira (1987). Segundo os autores acima referidos, a nítida
discordância entre o Complexo Xisto-Grauváquico e as formações do Ordovícico confirma a hipótese de que
o complexo já tinha sido dobrado e erosionado antes da deposição das formações.
Segundo Perdigão (1971), denota-se uma forte influência da orogénese hercínica sobre o Complexo XistoGrauváquico, responsável pelos grandes alinhamentos do relevo actual, da qual resultou uma orientação
geral das camadas situada próximo dos N60ºW, oscilando no Ordovício pelos N20º/60ºW e, de acordo com
Pereira (1987), facilmente se reconhece, em pormenor, três fases principais de deformação. Ainda de acordo
com Pereira (1987), a deformação hercínica afectou de forma heterogénea o Complexo Xisto-Grauváquico,
um conjunto metassedimentar suavemente estruturado e deformado, identificando áreas onde esta foi mais
intensa. Além disso, verificou que em alguns sectores, a deformação varisca mais importante foi coaxial para
com a deformação ante-hercínica, tendo acentuado o dobramento. No entanto, noutros sectores, esta rodou
os dobramentos anteriores, não se apresentando com a mesma orientação do eixo da deformação antehercínica. O mesmo autor menciona que depois da deformação hercínica mais importante, se formaram
corredores onde a deformação foi mais intensa e onde ficaram impressas as deformações secundárias,
tendo interpretado estas como fases tardias com carácter cisalhante e dependentes da rotação das tensões
principais. A partir destas conclusões, Pereira (1987) identificou três sistemas principais de fracturação,
idealmente concebido como um sistema Riedel, correspondentes a cada uma das três fases de deformação
hercínica. Numa primeira fase, as tensões principais estariam alinhadas segundo uma direcção média
N35ºE, tendo a deformação redobrado a anterior de direcção geral NE-SW. Nesta primeira fase, a orientação
do dobramento terá ficado com direcção geral N55ºW. Seguidamente, a possível presença de profundas
zonas de fraqueza com orientação N80ºW terão favorecido uma deformação semidúctil, cisalhante com a
mesma orientação. Tendo por base o modelo de Riedel, Pereira (1987) definiu as direcções de R e R’,
respectivamente, N65’-70’E esquerdas e N5ºE direitas, e outras fracturas, do tipo P e X, respectivamente,
N85ºW esquerdas e N25ºW direitas, as fracturas de tracção, T com direcção N35ºE. O predomínio dos
sistemas de fracturas N65ºE, esquerdas e N10ºW, direitas, segundo Pereira (1987) terá modificado
rotacionalmente a deformação associada à direcção N55ºW, que marca o dobramento da primeira fase para
direcções N40ºW e N70ºW. Na segunda fase de dobramento, as direcções da fracturação passaram a ser
N10ºW, direita e N65ºE, esquerda e a de tracção N 50ºE e N20ºE. Por último, Pereira (1987) menciona que a
terceira fase de deformação hercínica com direcção N20ºW terá terminado com uma compartimentação em
blocos com direcção N60º-70ºW, tendo sofrido uma movimentação diferencial esquerda, ligeiramente oblíqua
à direcção da estratificação e com uma componente de cavalgamento.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
17
Plano de Ordenamento da APPSA
De acordo com Cabral e Ribeiro (1989), nos seus estudos de Neotectónica, os acidentes antigos foram
reactivados durante o Neogénico e o Quaternário e soergueram a Cordilheira Central, através de falhas
inversas, de orientação NE-SW a ENE-WSW. Mais tarde, Lourenço (1996) vem confirmar esta hipótese para
as Serras de Xisto do Centro de Portugal, considerando o rejogo quaternário indubitável, bem como o
levantamento de blocos, feito principalmente ao longo destas direcções, que são confirmadas pelo
alinhamento dos vales e o recente encaixe da rede de drenagem; contudo, o autor referido assinala a
dificuldade em estabelecer com precisão a importância da componente vertical e da componente horizontal
nos vários acidentes geológicos presentes na região.
As observações de campo coadjuvadas com a interpretação de ortofotomapas permitiram marcar na área de
estudo, as fracturas do terreno, as falhas visíveis e as falhas prováveis. No entanto, tal como Lourenço
(1996) havia confirmado no estudo das Serras de Xisto do Centro de Portugal, as falhas não são de fácil
identificação, uma vez que existe homogeneidade da litologia, e por outro lado, a erosão da superfície
ocultou, na maioria dos casos, as evidências da sua presença. Desse modo, apenas nas zonas onde existe
ruptura repentina de altitude, normalmente associadas a escarpas de falha, se torna acessível a sua
identificação, das quais são exemplo, as sucessivas quedas de água da Fraga da Pena, discutidas com
maior detalhe no estudo da geomorfologia.
Estes elementos, relativos à litologia e tectónica, encontram-se cartografados na carta [6] – carta geológica
simplificada.
Valoração da Geologia
Considerando que se regista uma clara homogeneidade da litologia, dominada pela presença de filitos, a
construção da carta de valores geológicos não se efectuou. A construção desta carta levaria à existência de
apenas uma unidade, à qual seria atribuído um único valor de conservação, igual para toda a área. Desse
modo, esta carta (carta [23] – valores geológicos) não iria contribuir para a diferenciação das unidades
mais importantes, pelo que não se apresenta no capítulo relativo à cartografia.
Modelo Digital de Terreno
O modelo digital de terreno para a APPSA (carta [7] – modelo digital de terreno e limites da área) foi
construído com base na digitalização da totalidade das curvas de nível, a partir das Cartas Militares n.º 233 e
244 à escala 1:25 000, e permitiu a individualização, a três dimensões, dos modelos de exposição, declives e
altimetria.
Exposição
A orientação das vertentes e a respectiva exposição varia ao longo de todo o território. A vertente da Lomba
da Picota que segue ao longo da Ribeira da Mata da Margaraça começa com uma orientação aproximada EW e exposição para Norte, junto à Relva Velha, passando depois a estar orientada segundo a direcção NWSE com exposição para NE. Posteriormente, a orientação assume a direcção N-S com exposição para E, e
por último, a vertente segue uma orientação próxima de E-W com exposição para Norte. Ao longo da Barroca
1ª Fase – Relatório de Caracterização
18
Plano de Ordenamento da APPSA
de Degrainhos pendem duas vertentes, que assumem uma mesma direcção, aproximadamente N-S, e
exposições opostas, Oeste e Este. Contudo, o percurso da Barroca dos Degrainhos não é rectilíneo, o que
altera em pequenos troços, a orientação das vertentes que a acompanham e a respectiva exposição. A
vertente situada no interior da APPSA, que acompanha a Barroca do Enxudro, possui uma direcção
aproximada NW-SE com exposição para SW.
Declives
Na elaboração do modelo dos declives, optou-se por agrupá-los em 5 classes, o que permite uma
classificação adequada do relevo, na qual se distinguem áreas planas (0 a 5%) e áreas de vertente (5% a
100%). As últimas são classificadas em suaves (5 a 15%), moderadas (15 a 30%), acentuadas (30 a 80%) e
íngremes ou verticais (80 a 100%).
No território da APPSA, as vertentes apresentam, na sua maioria, declives entre os 15 e os 30%, sendo por
isso classificadas como moderadas. No entanto, ao longo de uma mesma vertente, o declive não mantêm o
mesmo valor, o que leva à ocorrência no território, de pequenas manchas em que a vertente passa a suave
(5 a 15%), ou pelo contrário, a acentuada (30 a 80%), e em casos pontuais, a íngreme ou vertical (80 a
100%). As áreas planas aparecem associadas às linhas de água, ao longo das linhas de cumeada e às áreas
de socalcos agrícolas junto às povoações. As manchas em que as vertentes assumem um declive acentuado
ocorrem de forma concentrada a Noroeste da APPSA ou ao longo das vertentes, nas zonas mais próximas
da base. As manchas respeitantes às vertentes de declive íngreme ou vertical são muito pequenas e ocorrem
esporadicamente.
Altimetria
A delimitação da APPSA a Sudeste segue ao longo da linha de cumeada, caracterizada pelas altitudes mais
elevadas, superiores a 900m, passando pelo ponto mais alto, o Cabeço da Picota (1016m). De um modo
geral, analisando a variação da altitude no interior da APPSA, assinala-se uma diminuição progressiva de
Sudeste para Noroeste, descendo dos 1.016m até bem próximo dos 300m. Além desta variação diagonal
com direcção NW-SE, do Cabeço da Picota até bem próximo da Fraga da Pena, descreve-se uma lomba
com o nome da primeira, em que se assinala um decréscimo suave da altitude, descendo dos 1.016m até
aos 650m, a partir da qual se descrevem duas encostas. Ambas são caracterizadas por uma diminuição
acentuada da altitude, em sentidos contrários, segundo a mesma direcção, de orientação aproximada NESW. A encosta que se descreve para Nordeste termina num vale em “v”, onde escoa a Ribeira da Mata da
Margaraça. A partir da Barroca de Degrainhos, com orientação aproximada N-S situada num vale em “v”,
nascem duas encostas, caracterizadas por um aumento gradual da altitude, em sentidos opostos, segundo a
mesma direcção, de orientação W-E, passando dos 300m até bem próximo dos 500m.
Geomorfologia
Segundo Carvalho (1984), a Cordilheira Central, da qual faz parte a Serra do Açor, apresenta um relevo
acidentado que fica a dever-se, em grande parte, a deformações do soco varisco e em menor escala, a
1ª Fase – Relatório de Caracterização
19
Plano de Ordenamento da APPSA
aspectos litológico-estruturais. O mesmo autor refere que os aspectos litológicos exercem influência
sobretudo nos alinhamentos dos relevos com a orientação geral da cadeia hercínica, enquanto que as
deformações do soco, provocadas durante a orogenia alpina, são essencialmente cisalhantes e foram
seguidas de desnivelamento ou desligamento dos blocos. Ainda de acordo com o mesmo autor, a formação
de horsts e grabens com o desnivelamento dos blocos, resultou da presença de duas grandes famílias de
fracturas do soco, do final do Paleozóico, que estão relacionadas com deformações tardi-hercínicas e que
rejogaram no ciclo alpino.
De acordo com Ribeiro (1988), “a Cordilheira Central apresenta-se como um horst compressivo, orientado
subparalelamente à Cordilheira Bética, delimitado por acidentes paralelos que provocaram o cavalgamento
do Soco sobre a Cobertura Cenozóica, tanto a NNW como a SSE”. O mesmo autor refere que “o Soco terá
sido reactivado durante a compressão Miocénica Quaternária, através de acidentes frágeis, de orientação
bética, por rejogo de antigos desligamentos tardi-variscos com aquela orientação”.
De uma maneira geral, tal como Lourenço (1996) afirma3, a orientação das formas de relevo é segundo a
direcção NE-SW. O mesmo autor estabelece três grandes conjuntos de relevo, entre os quais as Serras
Setentrionais, que no seu sector oriental inclui a Serra do Açor, sector este que evidencia um aproveitamento
das fracturas pela rede de drenagem e uma distribuição espacial dos desníveis máximos por km2
particularmente acentuada, classes de média a alta altitude.
As propriedades e constituição dos filitos são muito semelhantes às dos xistos, apresentando desse modo
comportamentos análogos, o que permite considerar como válidas, as considerações feitas ao longo do
estudo da geomorfologia.
Ainda segundo Lourenço (1996), “no que respeita aos relevos culminantes, estes apresentam normalmente
formas adoçadas, que, como descrevemos, se desenvolvem por uma série de picotos e cabeços, ligados
entre si através de superfícies aplanadas ou separados uns dos outros por suaves seladas, formando
cordilheiras, mais ou menos paralelas, que no conjunto, constituem o típico relevo rendilhado das serras. Por
se tratarem de xistos, materiais essencialmente friáveis, os picos não são pontiagudos como dentes de serra,
mas pelo contrário, apresentam formas arredondadas. As vertentes apresentam, frequentemente, formas
suaves características, as lombas, muitas vezes registadas na toponímia, e em cuja base se desenvolvem
barrocas(os), as quais se organizam em ribeiras(os) e rios”.
Lourenço (1996) considera também que, provavelmente, os maiores contrastes altitudinais observados ao
longo da Cordilheira terão resultado da movimentação tectónica dos diferentes blocos, enquanto que as
diferenças de pormenor estarão associadas a mudanças de litologia. Noutras situações, como o Picoto de
Monte Redondo ou o Cabeço de Vermum, aponta como explicação o endurecimento do xisto resultante das
injecções de quartzo de exsudação. Refere também que, nas Serras de Xisto do Centro de Portugal, as
alternâncias entre os diversos tipos de xistos ou as mudanças bruscas na composição mineralógica dos
3
No seu estudo das Serras de Xisto do Centro de Portugal.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
20
Plano de Ordenamento da APPSA
xistos, tais como a passagem de argilosos a quartzo-gresosos, podem originar pequenas cristas que se
destacam na paisagem, por oferecerem, em função da sua dureza, maior resistência à actuação dos factores
erosivos. Por vezes, de acordo com o autor mencionado, formam-se apenas pequenas saliências com
aspecto aguçado, muito localizadas, denominadas “dentes de cão” por Gómez-Amelia (1985, cit. por
Lourenço, 1996).
Por outro lado, Daveau et col. (1985/86) explica a formação da morfologia especial das altas vertentes,
caracterizadas por uma grande imunidade das cumeadas, como resultado da disposição estrutural dos
xistos, marcados geralmente por uma estratificação e xistosidade próxima da vertical. Juntamente com
Cunha (1992) coloca a hipótese de algumas das estreitas superfícies culminantes poderem ser o testemunho
soerguido de um antigo aplanamento, que pela sua posição de interflúvio e pela imunidade já referida,
provavelmente terão sofrido erosão essencialmente laminar com abaixamento muito lento paralelo à
superfície primitiva, conservando assim a forma inicial.
De um modo geral, actualmente, as vertentes xistentas têm sofrido uma evolução rápida. Os incêndios
florestais, os desabamentos e deslizamentos, dos quais resultam movimentos de massa e os ravinamentos
que se desenvolvem na sequência da movimentação individual de partículas, são os principais processos
envolvidos.
Genericamente, a rede de drenagem adapta-se facilmente às grandes falhas que marginam as vertentes SE,
e, pelo contrário, raramente explora as das vertentes NW (Lourenço, 1996). Segundo Daveau et col.
(1985/86), a primeira fase orogénica, que presumivelmente se seguiu ao grande aplanamento, implicou a
reorganização da rede de drenagem, pelo que terá sido a principal responsável pela disposição do relevo e
da rede de drenagem da extremidade ocidental da Cordilheira Central. O mesmo autor refere que, no
entanto, a evolução posterior lhe terá introduzido um certo número de modificações, facilmente reconhecíveis
nas vertentes SE da área montanhosa. Lourenço (1996) explica este facto como “resultado da maior
compressão a NW, onde a surreição terá sido mais importante do que a SE, proporcionando não só maiores
declives às vertentes, mas também depósitos de sopé mais espessos. Como consequência, as falhas terão
sido fossilizadas durante mais tempo, permitindo uma evolução da drenagem sobretudo ao longo das
vertentes, logo, perpendicular à direcção da falha, contrariamente o que sucede a SE. Aqui, a existência de
menores declives terá possibilitado o desenvolvimento dos depósitos mais extensos, mas menos espessos,
bem como a implantação de uma rede de drenagem mais homogénea, a qual não se limita a explorar os
acidentes mais frescos, de orientação meridiana, mas também ataca os que, transversalmente, soergueram
a montanha”.
Por outro lado, na zona em estudo, o filito é o tipo de rocha claramente dominante, e de acordo com Ribeiro
(1996), a xistosidade acentuada, característica evidente nestas rochas, pode eventualmente influenciar a
orientação da rede de drenagem e em alguns casos, a orientação do relevo. Nas situações em que os vales
são abertos perpendicularmente à xistosidade (bords) ou quando lhe são paralelos (walls), apresentam
1ª Fase – Relatório de Caracterização
21
Plano de Ordenamento da APPSA
evolução e, consequentemente, formas diferentes, principalmente a nível dos vales onde correm canais de
ordem inferior, uma vez que à medida que evoluem para ordens superiores, tendem para um perfil simétrico,
em forma de “v” (Voisin, 1981 cit. por Lourenço, 1996). Este autor também menciona que quando as
vertentes do vale se apresentam em walls, paralelas à xistosidade, a sua forma vai depender,
fundamentalmente, do pendor da xistosidade, a qual condicionará o formato do vale. Ainda Voison (1981)
refere que no caso dos vales de canais elementares com vertentes em bords, perpendiculares à xistosidade,
a sua forma resultará da justaposição irregular de secções, resultantes de fissuras curtas e descontínuas, as
quais originam vertentes abruptas e rugosas, ladeando vales que, normalmente são estreitos e simétricos.
Lourenço (1996) afirma que “um dos aspectos mais salientes da adaptação da drenagem às deformações
tectónicas recentes resulta do carácter rectilíneo imposto aos pequenos vales que seguem fracturas de
direcção meridiana, e que, além disso, apresentam vertentes perfeitamente simétricas”. Este autor, bem
como Daveau et col. (1985/86), descreve mais duas particularidades, que os vales e valeiros de orientação
meridiana possuem em comum, designadamente a direcção e sentido do escoamento, que se processa
normalmente de Norte para Sul e o término destes vales, normalmente de encontro a um grande acidente
tectónico de direcção NE-SW ou WNW-ESSE ou a sua confluência para um vale com a mesma orientação.
Lourenço (1996) justifica o escoamento para Sul destes vales e valeiros como resultado de um “recente
rejogo tectónico, traduzido pelo ligeiro basculamento dos blocos para o quadrante Sul”. Próximo da região em
estudo, encontra-se um excelente exemplo de um vale de vertentes simétricas que segue ao longo de
fracturas de direcção meridiana, nomeadamente o vale por onde escoa a Ribeira da Mourísia, e no interior da
área da APPSA encontra-se outro exemplo menos evidente, a ribeira da Mata da Margaraça, que descreve
grande parte do seu percurso ao longo de vales de fractura com direcção NW-SE.
Por outro lado, para além dos vales de fractura acima descritos surgem os vales de vertentes dissimétricas,
que se distinguem completamente dos anteriores, quer pelas formas, quer pela origem. Lourenço (1996)
explica a diferença de declives entre as vertentes do mesmo vale como resultado de dois factores,
recorrendo sobretudo à tectónica que é responsável pelo basculamento de blocos, conjuntamente com a
erosão hídrica que explora a falha que margina a base da vertente mais abrupta, para onde também
convergem as águas da vertente com menor declive que, em regra, se apresenta muito extensa.
No interior da APPSA, os fundos dos vales assumem duas formas distintas, vales de fundo chato sem e com
encaixe e vales em “v”. Os vales em “v” são resultado da erosão fluvial, em zonas que os rios se encontram
na fase activa de erosão, normalmente nos seus altos e médios cursos, onde a altitude da linha de água é
claramente superior ao seu nível de base. Ambos ocorrem de forma natural, pela acção dos processos
geodinâmicos ou por acção do homem, no seu acto contínuo de alteração da paisagem em função das suas
necessidades. Os vales de fundo chato sem e com encaixe possuem diferentes tamanhos, variando em
comprimento e em largura, tendo sido definido uma escala qualitativa gradual com três ordens de grandeza,
estreito, médio e largo.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
22
Plano de Ordenamento da APPSA
No que diz respeito às rupturas de declive nos perfis longitudinais dos cursos de água, identificou-se a Fraga
da Pena, com 19m de desnível, que, segundo Gonçalves (1992), é a mais importante queda de água, num
conjunto de 10 que se desenvolvem num sistema de cascata, vencendo, em conjunto, um desnível
aproximado de 65m. A sua génese deve-se à conjugação de dois factores, designadamente a maior dureza
local da rocha e a provável existência de pequenas falhas transversais.
Os depósitos de vertente resultam do deslocamento de fragmentos de rochas, normalmente transportadas a
curtas distâncias pela acção de forças gravitacionais. Na formação destes depósitos, intervêm factores como
a natureza do substrato, a exposição, o pendor, a disposição estrutural, a fracturação e os agentes erosivos.
Os depósitos de vertente são muito frequentes em toda a Serra do Açor, podendo ser de dois tipos, argiloconglomerático, heterométrico e conglomerático, monotípico com tendência mais homométrica, designados
respectivamente de depósitos vermelhos e depósitos de patelas (Lourenço, 1996). Macroscópica e
genericamente, os depósitos vermelhos são imaturos e de tonalidade vermelha-acastanhada, com calhaus
de xisto, quartzo e por vezes, de quartzito, normalmente angulosos a subangulosos e com bastante matriz, a
qual é raramente inferior a 30% e muitas vezes chega a ser superior a 70% da massa total, enquanto que os
depósitos de patelas são constituídos essencialmente por pequenas patelas de xisto, semelhantes às
pevides de abóbora a secar ao sol, sendo por isso, localmente conhecidos por “pevides” de xisto (Lourenço,
1996).
Segundo Gonçalves (1992), no interior da Mata da Margaraça, a uma altitude de 630m existe um depósito
extenso com 3m de espessura, de cor clara, castanha-acinzentada, onde se podem distinguir três níveis
distintos. No primeiro encontram-se três camadas, a inferior constituída por uma baixa percentagem de
matriz e por patelas de xisto angulosas e de arestas vivas com dimensões entre 1 e 10cm, a média
constituída também por uma baixa percentagem de matriz e por patelas homométricas de xisto inferiores a
2,5cm, igualmente angulosas e de arestas vivas e a superior com constituição idêntica à primeira, mas mais
grosseira. Este nível é um depósito do tipo éboulis ordonnés” que, segundo a definição de Tricart (1952, cit.
por Gonçalves, 1992), consiste num talude formado no sopé de uma parede por material que revela uma
alternância entre leitos grosseiros e finos, inclinados paralelamente à superfície do solo. O segundo nível é
caracterizado pela existência de pequenas patelas de xisto envolvidas por uma elevada percentagem de
matriz areno-silto-argilosa (Gonçalves, 1992). Por último, o terceiro nível é o mais grosseiro, com calhaus
entre 5 e 20cm e blocos de 60cm, envolvidos por uma elevada quantidade de matriz (Gonçalves, 1992). A
análise granulométrica das partículas constituintes de cada nível permitiu o conhecimento das percentagens
de cada fracção para cada nível considerado. Desse modo, Gonçalves (1992) refere que o primeiro nível
revela uma baixa percentagem de silte e argila (8,02%) e uma elevada percentagem de areão (42,7%)
enquanto no segundo nível ocorrem em igual percentagem (27,86%) as fracções de silte e argila e de areão.
A restante percentagem em cada um dos níveis corresponde à fracção arenosa. Da análise das fracções
argilosas dos vários níveis, Gonçalves (1992) concluiu que a ilite é o mineral mais abundante, enquanto a
1ª Fase – Relatório de Caracterização
23
Plano de Ordenamento da APPSA
caulinite e vermiculite surgem em menor quantidade. Os sedimentos presentes em todos os níveis são bem
calibrados.
Ainda de acordo com o mesmo autor, a análise detalhada das características dos diferentes níveis do
depósito referido, aponta para a existência de três depósitos distintos e não de um, aos quais se associam
alterações do clima. Durante o período de formação do primeiro depósito do tipo “éboulis ordonnés”, a
diferenciação de três camadas distintas comprova a existência de variações climáticas. Inclusivamente, na
passagem do primeiro nível para o segundo nível, ou seja, do depósito tipo “éboulis ordonnés” para o
depósito de granulometria fina, verificaram-se igualmente variações climáticas bem patentes nos sedimentos.
O terceiro nível, depósito de características solifluxivas, veio cobrir os anteriores, remexendo-os
parcialmente. Ao contrário do segundo, o qual apresenta uma direcção de deslocamento SE-NW, o depósito
anteriormente referido deslocou-se de Sul para Norte.
Os cursos de água existentes no interior da zona de estudo, a ribeira da Margaraça e as Barrocas de
Degrainhos e do Enxudro obedecem à apertada malha de fracturas, as quais as obrigam em casos pontuais
a meandrizar, correndo ao longo de pequenos tramos mais ou menos rectilíneos, que bruscamente inflectem
de direcção. Os fundos destas linhas de água são caracterizados pela presença de camadas de filitos, sobre
os quais repousam calhaus de filitos, quartzito e de quartzo de exsudação, que foram abandonados por falta
de competência ou ficaram presos entre as camadas acima mencionadas.
No território da Serra do Açor surgem diversos aplanamentos, que Lourenço (1996) classificou em três níveis
diferentes em função da altitude, níveis superiores, entre os 450 e 650m; médios, entre os 290 e 420m; e
inferiores, abaixo dos 260m. A classificação correspondente aos níveis superiores de Lourenço (1996), foram
também designados dos 600m por Ribeiro (1949, cit. Por Lourenço, 1996) e de altos níveis da bacia por
Daveau et col. (1985/86). O último autor explica que a sua formação terá decorrido posteriormente à
individualização das Serras de Xisto, durante o primeiro soerguimento (Oligocénico), correspondendo ao
fundo de antigos vales maduros, de fundo chato, “encaixados de 200 a 300m relativamente à superfície
culminante” que, posteriormente, os sucessivos fenómenos de erosão regressiva não tiveram tempo para
alcançar e, por conseguinte, para desmantelar.
Os níveis médios (Lourenço, 1996), segundo a perspectiva de Daveau et col. (1985/86), são aplanamentos
que morderam o rebordo montanhoso e penetram em golfos ao longo dos seus principais vales: Ceira a
Norte, Zêzere e afluentes ao Centro, os quais, de acordo com Lourenço (1996), se formaram numa fase de
grande estabilidade, após a reorganização da drenagem.
Os níveis inferiores, dos três considerados, são aqueles que apresentam a menor extensão e a menor
representação, agrupando diversos retalhos aplanados situados a cotas baixas, que em muitos casos
correspondem a terraços (Lourenço, 1996). Estes aplanamentos formaram-se mais recentemente e estão
quase exclusivamente confinados à parte terminal dos rios principais.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
24
Plano de Ordenamento da APPSA
Contudo, as áreas aplanadas no interior da APPSA surgem a altitudes superiores aos três níveis
considerados na classificação de Lourenço, estabelecidos no âmbito do estudo de um território mais
abrangente, as serras de xisto do centro de Portugal. Na área em estudo surgem duas áreas aplanadas
distintas, uma na Lomba da Picota entre os 700 e os 725m, provavelmente enquadrada na classe dos níveis
superiores proposta por Lourenço (1996) e uma rechã junto ao Cabeço da Picota, ou seja, uma aplanação
antiga, poupada pela dissecação posterior do relevo, que se descreve ao longo do limite sudeste da APPSA.
Estes elementos encontram-se cartografados na carta [8] – carta geomorfológica simplificada.
2.2. Pedologia
A cartografia (carta [9] – solos e drenagem) e a caracterização dos tipos de solos existentes na área de
estudo foram realizadas com base na consulta da cartografia do Instituto de Desenvolvimento Rural e
Hidráulica (IDRHa) (escala 1/100 000) e correspondente memória descritiva. Após a análise dessa
informação, procedeu-se às necessárias observações em campo com o intuito de comprovar a classificação
genérica atribuída e de aferir, com mais rigor, os limites de cada unidade pedológica. A metodologia utilizada
baseou-se essencialmente na interpretação de fotografias aéreas, à escala 1:43 000, na observação expedita
de perfis de solos em barreiras e cortes recentes e em covas expeditas com sondagens e na análise das
características físicas, químicas e mineralógicas das amostras de solo.
As unidades pedológicas definidas na área em estudo pertencem a dois tipos principais de solos, de acordo
com os “Grupos de Referência” da “Base Mundial de Referência para os Recursos dos Solos” (WRB – World
Reference Base for Soil Resources): Cambissolos (Cambisols) e Leptossolos (Leptosols).
Cambissolos
Os cambisolos (CM) podem ser qualificados segundo várias características: podem ser constituídos por um
horizonte cambic ou mollic sobre subsolos com baixa saturação de bases, até 100cm de profundidade;
podem ser constituídos por um horizonte andic, vertic ou vitric, começando entre 25 e 100cm abaixo da
superfície; ou por um horizonte plinthic, petroplinthic, salic ou sulfuric, começando entre 50 e 100cm abaixo
da superfície, na ausência de material arenoso franco ou mais grosseiro acima desse horizonte. Existem,
nesta unidade pedológica, várias subdivisões pedológicas, que serão explicadas adiante:
Solos dominantes CM.lep.dy; CM.sk.dy; LP.dy
Solos subdominantes UM.hu.sk; UM.len.hu; LP.um
Leptossolos
Os leptossolos (LP) são solos com rocha dura contínua a partir de 25cm ou menos da superfície do solo, ou
um horizonte mólico (mollic) com espessura entre 10 e 25cm directamente sobre material com carbonato de
cálcio, equivalente a mais de 40% ou menos de 10% (em peso) de terra fina, desde a superfície do solo até à
profundidade de 75cm, e sem outro horizonte de diagnóstico além de um horizonte mollic, ochric, umbric ou
yermic. As subdivisões presentes nesta unidade pedológica são:
1ª Fase – Relatório de Caracterização
25
Plano de Ordenamento da APPSA
Solos Dominantes LP.dy; UM.lep.hu; R2
Solos Subdominantes LP.um; LP.li; UM.len.hu; UM.hu.sk
As unidades pedológicas referidas, cambissolos e leptossolos, foram definidas a partir de subdivisões dos
grupos principais da Base Mundial de Referência para os Recursos dos Solos, correspondendo,
normalmente, ao nível de generalização de terceira ordem (subunidades-solo) e, nalguns casos, de segunda
ordem (unidades-solo). Passa-se a citar, de seguida, as unidades pedológicas dominantes e subdominantes
existentes na Área Protegida, acompanhadas da respectiva caracterização.
Leptossolos Líticos (Lithic Leptosols) [LP.li]:
Os leptossolos líticos apresentam um perfil do tipo A R ou A C R, em geral com textura franco-limosa, franca,
franco-arenosa ou arenosa-franca no horizonte Ah, mais frequentemente dístrico (dystric), mas por vezes
êutrico (eutric). Rocha dura a partir de 10cm da superfície do solo.
Leptossolos Úmbricos (Umbric Leptosols) [LP.um]:
Leptossolos com horizonte A úmbrico de 10 a 25cm de espessura e perfil do tipo A R ou A C R. O perfil A é
frequentemente húmico e cascalhento, com textura franco-arenosa, franca, franco-limosa ou arenosa-franca.
Leptossolos Dístricos (Dystric Leptosols) [LP.dy]:
Leptossolos dístricos com perfil do tipo A C R ou A R e horizonte A, até 5 a 25cm, franco-arenoso, franco ou
franco-limoso e por vezes arenoso-franco, frequentemente cascalhento com saturação em bases (acetato de
amónio 1M a pH 7,0) inferior a 50%, pelo menos numa camada com 5cm de espessura directamente sobre
um contacto lítico.
Cambissolos Epilépticos Dístricos (Dystri-Epileptic Cambisols) [CM.lep.dy]:
Cambissolos epilépticos com saturação em bases (acetato de amónio 1M, a pH 7,0) menor que 50%, em
pelo menos alguma parte entre os 20 e 50cm da superfície. Perfil do tipo A Bw C R ou A Bw R. Horizonte A
até 15 a 25cm, franco, franco-limoso ou franco-arenoso e horizonte Bw, até 35 a 50cm, crómico, francolimoso ou franco-arenoso. Rocha contínua e dura entre 25 e 50cm a partir da superfície do solo.
Cambissolos Esqueléticos Dístricos (Dystri-Skeletic Cambisols) [CM.sk (skn, skp).dy]:
Cambissolos esqueléticos com 40-90% de materiais grosseiros (em peso), pelo menos até 100cm da
superfície do solo (skeletic), entre 50 e 100cm (endoskeletic) e entre 20 e 50cm (episkeletic); o material do
solo tem grau de saturação em bases (acetato de amónio 1M, a pH 7,0) inferior a 50% em pelo menos
alguma parte entre os 20 e 50cm da superfície. Perfil do tipo A B C (R) ou A B C. Horizonte A (Ah ou Ap) até
20/40cm, franco-limoso ou franco-arenoso e Bw até 40/120cm, crómico ou pardacento, franco, franco-limoso
ou franco-arenoso.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
26
Plano de Ordenamento da APPSA
Umbrissolos Endolépticos Húmicos (Humi-Endoleptic Umbrisols) [UM.len.hu]:
Umbrissolos endolépticos (com rocha contínua e dura entre 50 e 100cm da superfície do solo), tendo teor em
carbono orgânico superior a 1% (em peso) na fracção da terra fina, até à profundidade de 50cm, desde a
superfície do solo. Perfil do tipo A C R ou A B C R. Horizonte A até 20 a 60cm, franco-arenoso ou francolimoso e frequentemente horizonte Bw até 50/100cm, franco-limoso ou limoso ou horizonte C com
características variadas.
Umbrissolos Epilépticos Húmicos (Humi-Epileptic Umbrisols) [UM.lep.hu]:
Umbrissolos Epilépticos (com rocha contínua e dura entre 25 e 50cm da superfície) com teor em carbono
orgânico na fracção da terra fina, com valor superior a 1% (em peso) em espessura de 50cm desde a
superfície do solo. Perfil do tipo A C R ou A R. Horizontes Ap e Ah ou Ah até 25/40cm, arenoso-franco,
franco-arenoso ou franco-limoso.
Umbrissolos Húmicos Esqueléticos (Skeletic-Humic Umbrisols) [UM.hu.sk (skn, skp)]:
Umbrissolos Húmicos com 40 a 90% de materiais grosseiros (em peso), pelo menos até 100cm da superfície
do solo (skeletic), entre 50 e 100cm (endoskeletic) ou entre 20 e 50cm (episkeletic). Perfil do tipo A C e A B
C. Horizonte A úmbrico, até 25/50cm (podendo atingir 100cm), franco-limoso, franco ou franco-arenoso e,
frequentemente, um Bw até 60/150cm, pardacento ou crómico, franco-limoso ou franco com 1% em peso de
carbono orgânico na fracção da terra fina, desde a superfície do solo até à profundidade de 50 cm.
As definições dos elementos formativos para as unidades de nível mais baixo, no caso presente, das
unidades-solo (segundo nível) e das subunidades-solo (terceiro nível) são as seguintes:
Chromic (crómico) cr tendo um horizonte B que na sua maior parte tem um hue Munsell de 7,5YR e um
croma, húmido, superior a 4 ou um hue mais vermelho que 7,5YR;
Dystric (dístrico) dy tendo uma saturação em bases (acetato de amónio 1M, a pH 7,0) menor que 50% em
pelo menos alguma parte entre 20 e 100cm desde a superfície, ou numa camada de 5cm directamente acima
de um contacto lítico, em Leptossolos;
Eutric (êutrico) eu tendo uma saturação em bases (acetato de amónio 1M, a pH 7,0) de 50% ou mais pelo
menos entre 20 e 100cm a partir da superfície ou numa camada de 5cm directamente acima de um contacto
lítico, em Leptossolos;
Humic (húmico) hu tendo mais de 2% de carbono orgânico (em peso) até à profundidade de 25cm em
Leptossolos; tendo mais de 1% de carbono orgânico (em peso) até a profundidade de 50% (média
ponderada) noutros solos com excepção de Ferralssolos ou Nitissolos;
Endoleptic (endoléptico) len tendo rocha dura contínua entre 50 e 100cm da superfície do solo;
Epileptic (epiléptico) lep tendo rocha dura contínua entre 25 e 50cm da superfície do solo;
1ª Fase – Relatório de Caracterização
27
Plano de Ordenamento da APPSA
Lithic (lítico) li tendo rocha dura contínua a menos de 10cm da superfície do solo;
Skeletic (esquelético) sk tendo entre 40 e 90% (em peso) de saibro, cascalho e outros fragmentos
grosseiros desde a superfície até uma profundidade de 100cm;
Endoskeletic (endoesquelético) skn tendo entre 40 e 90% (em peso) de saibro, cascalho e outros
fragmentos grosseiros entre 50 e 100cm a partir da superfície do solo;
Episkeletic (epiesquelético) skp tendo entre 40 e 90% de saibro, cascalho ou outros fragmentos grosseiros
entre 20 e 50cm a partir da superfície do solo;
Umbric (úmbrico) um tendo um horizonte umbric;
2.3. Hidrologia
A caracterização hidrológica da área abrangida pela APPSA foi realizada com base no Plano de Bacia
Hidrográfica do Mondego (CCDRC, 2005), no Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos
(SNIRH, 1995-2007) e no Atlas do Ambiente (IA, 2003).
A definição e caracterização do sistema hidrológico da AP, permitiu elaborar a carta [10] – carta
hidrológica, referente à cartografia destes elementos.
Hidrografia
A área em estudo integra-se na Bacia Hidrográfica do Rio Mondego, localizada na sua totalidade em território
nacional e limitada pelos paralelos 39º46’ e 40º48’ de latitude Norte e os meridianos 7º14’ e 8º52’ de
longitude oeste. Com uma configuração rectangular de eixo principal na direcção Nordeste-Sudoeste,
encontra-se inserida entre as bacias dos Rios Vouga e Douro a Este e a Norte e entre as bacias dos Rios
Tejo e Lis a Sul.
Do ponto de vista morfológico, a bacia hidrográfica do Rio Mondego é enquadrada pela Cordilheira Central,
no planalto da Beira Alta, que a separa da bacia do Tejo, e a Noroeste é limitada pelas serras do Caramulo e
do Buçaco (1.071m e 568m de altitude, respectivamente), que a separam da bacia do Rio Vouga. Ao longo
do seu trajecto percorre três vales distintos: Alto Mondego, troço inserido no maciço da Serra da Estrela que
corre ao longo de vales glaciares; Médio Mondego, troço inserido entre as fronhas da Serra da Estrela e
Coimbra que corre ao longo de vales encaixados, da qual faz parte a rede hidrográfica da APPSA; e, por
último, o Baixo Mondego, troço a jusante de Coimbra, que atravessa uma zona de planície.
Do ponto de vista geomorfológico, a bacia hidrográfica do Rio Mondego estende-se pelas grandes unidades
da Meseta Ibérica e da Orla Mesocenozoica.
A rede hidrográfica é muito densa, sendo desse modo constituída por numerosas linhas de água, dotadas de
vertentes muito abertas a montante, variando para progressivamente mais fechadas, com o correspondente
encaixe dos cursos de água.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
28
Plano de Ordenamento da APPSA
O regime de escoamentos do Rio Mondego, afluentes e subafluentes, caracteriza-se pela variação interanual
e intranual acentuada dos escoamentos, com diferentes estiagens.
O Rio Alva é um dos principais afluentes da margem esquerda do Rio Mondego, para o qual conflui a Ribeira
da Mata da Margaraça que possui um caudal pouco considerável nos meses de Verão, em alternância com o
caudal mais significativo nos meses de Outono, Inverno e início da Primavera. A Ribeira da Mata da
Margaraça recebe as contribuições das Barrocas do Sardal e do Enxudro, esta última localizada no limite Sul
da APPSA, que se unem originando a Barroca de Degrainhos, e que transportam um caudal pouco
significativo durante os meses de Verão, alcançando os valores mais expressivos nos meses mais chuvosos.
Segundo o Plano de Bacia Hidrográfica do Mondego (CCDRC, 2005), a bacia hidrográfica do Rio Alva possui
uma área total de cerca de 710km2 com uma forma alongada, que se estende ao longo de 226km. O declive
médio das linhas de água é da ordem dos 1,6%, enquanto o declive da bacia atinge no máximo os 59% e em
média 16%. As altitudes mínima e máxima da bacia são, respectivamente, 41m e 1.993m, sendo o relevo
acentuado.
Hidrogeologia
A área em estudo está inserida na grande unidade morfológica do Maciço Hespérico, dominada claramente
pelas “rochas duras”, designadamente granitóides, xistos, grauvaques e alguns quartzitos, onde a ocorrência
e circulação de água aparece associada à fracturação (CCDRC, 2005). Na zona estudada, aflora a Formação
do Rosmaninhal pertencente ao Complexo Xisto-Grauváquico do grupo das Beiras, caracterizada pelo
domínio de rochas xistentas.
Na área da APPSA, de acordo com CCDRC (2005), o escoamento dá-se predominantemente por fracturas e
o armazenamento de água faz-se nas zonas de fractura, sendo a drenagem para as mesmas, um factor
importante para a sua recarga. No entanto, a condutividade hidráulica ou permeabilidade por fracturas
depende, entre outros factores, da abertura e do tipo de enchimento. Em meio saturado e em fracturas com
paredes lisas, a velocidade e o caudal dos escoamentos são muito sensíveis a pequenas variações na
abertura da fracturação. Deste modo, nas grandes fracturas e em zonas de fracturação aberta, a circulação
de água é mais significativa, constituindo por isso, áreas de favorabilidade hidrogeológica (CCDRC, 2005).
Na região em estudo, o relevo vigoroso influencia negativamente a infiltração, promovendo a escorrência
superficial e o escoamento hipodérmico para uma rede hidrográfica que penetra profundamente as rochas
que atravessa, sendo estes domínios de altitudes elevadas, locais potencialmente geradores de
escoamentos profundos (CCDRC, 2005). No entanto, a armação do terreno em socalcos característica de
zonas de relevo acidentado (presente a Noroeste da APPSA, junto à povoação dos Pardieiros e a Nordeste,
junto à povoação de Relva Velha) e a vegetação densa característica da totalidade do território, à excepção
dos aglomerados, diminuem claramente o escoamento superficial em benefício da infiltração, tornando estas
zonas consideravelmente húmidas.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
29
Plano de Ordenamento da APPSA
De um modo geral, segundo CCDRC (2005), nas “rochas duras” do Maciço Hespérico, da qual faz parte o
Complexo Xisto-Grauváquico que aflora na área da APPSA, os aquíferos subterrâneos são geralmente livres,
descontínuos e a produtividade das suas captações é normalmente baixa, com excepção das zonas de maior
fracturação e onde esta é mais aberta. Desse modo, os vários tipos de captação de pequena profundidade
aproveitam condições de favorabilidade hidrogeológica, existentes perto da superfície do terreno por via da
alteração das rochas e do aumento da fracturação provocada pela descompressão dos maciços rochosos.
Na APPSA foi identificado um sistema aquífero, cuja caracterização foi realizada com base num furo vertical
existente na povoação de Monte Frio, freguesia de Benfeita, de coordenadas GPS, M e P, respectivamente
219320 e 362265. Segundo o SNIRH (1995-2007), neste furo vertical apenas foram monitorizados, a partir de
2005, parâmetros essenciais à classificação da qualidade da água, segundo os quais, a água foi considerada
de boa qualidade (classe B). A quantidade de manganês na água e os valores de pH satisfazem o intervalo
de valores considerado para as águas de boa qualidade (classe B), daí a classificação, apesar dos restantes
parâmetros apresentarem valores inferiores aos exigidos para a classificação de águas de excelente
qualidade (classe A). De acordo com IA (2003), a produção média dos sistemas aquíferos desta região é da
ordem dos 50m3 (dia.km2).
No território estudado, os caudais, os escoamentos e o nível médio dos cursos de água não são
monitorizados e, por isso, os dados aqui apresentados foram obtidos na estação de Secarias, a primeira a
jusante da área da APPSA, já em pleno Rio Alva. Seguramente, a estação de Secarias não recebe apenas a
contribuição da Ribeira da Mata da Margaraça, mas também as contribuições do Rio Alva e seus afluentes a
montante. O contributo da Ribeira da Margaraça é manifestamente pequeno, e por isso, os valores
apresentados para os vários parâmetros não reflectem apenas a situação da área em causa. A média do
caudal médio diário na estação de Secarias, tendo por base dados monitorizados entre 1 de Outubro de 1985
e 30 de Setembro de 1997, é de 11,39m3/s, sendo o valor do caudal médio diário mais elevado 251m3/s,
registado a 21 de Dezembro de 1989 e o valor mais baixo de 0,06m3/s verificado no dia 15 de Agosto de
1986. A média do caudal máximo anual entre os anos de 1985 e 1989 é de 255,5m3/s, sendo o valor mais
baixo registado de 113m3/s no ano de 1986, e o valor mais alto de 439m3/s, verificado no ano de 1989. A
média do escoamento anual verificado entre os anos de 1985 e 1989 é de 356.962dam3, tendo-se registado
o maior valor (528.620dam3) no ano de 1987, e o menor (210.620dam3) no ano de 1988, enquanto que a
média do escoamento mensal para o mesmo período é de 29.746,83dam3, sendo o valor mais alto de
149.650dam3 ocorrido durante o mês de Novembro de 1989 e o mais baixo de 880dam3 verificado no mês de
Julho de 1987. A média do nível médio diário durante o intervalo de 1 de Outubro de 1985 e 30 de Outubro
de 1990 é de 0,47m, tendo sido registado um valor máximo de 1,46m no dia 29 de Janeiro de 1988 e um
valor mínimo de 0,09m no dia 15 de Agosto de 1986.
Nos cursos de água da área em estudo não é realizado qualquer controlo da qualidade da água, e por isso,
considerou-se a análise da estação de São Pedro, em pleno Rio Alva, a primeira a jusante da área
considerada. No entanto, os dados registados nesta estação referem-se à zona a montante do Rio Alva e a
1ª Fase – Relatório de Caracterização
30
Plano de Ordenamento da APPSA
todos os respectivos afluentes, o que não reflecte apenas a contribuição da Ribeira da Mata da Margaraça.
Segundo dados de análises químicas e bacteriológicas da água realizadas na estação de São Pedro no ano
de 2005 (SNIRH, 1995-2007), a qualidade da água é boa, classe B, ou seja, apesar da qualidade da água ser
ligeiramente inferior à classe A, pode satisfazer potencialmente todas as aplicações. Ao analisar os dados
referidos, os parâmetros considerados para a classificação da qualidade da água, na sua maioria,
apresentam valores abaixo dos valores de referência para as águas de classe A (excelente) com excepção
de parâmetros da análise bacteriológica, nomeadamente os coliformes fecais, os coliformes totais e os
estreptococos fecais, que apenas satisfazem os valores considerados para as águas de classe B (boa).
Normalmente, a maior contribuição para os valores altos de coliformes fecais e totais e de estreptococos
fecais é resultante dos resíduos sólidos e líquidos das áreas urbanas e da actividade pecuária. A montante
da estação, as contribuições das áreas urbanas limítrofes do Rio Alva e dos seus afluentes para os valores
registados nos parâmetros acima mencionados, são consideravelmente mais importantes do que a
contribuição das áreas urbanas existentes na área em estudo, quer pelo número de aglomerados, quer pela
densidade populacional. Contudo, a clara diferença entre caudais e comprimentos dos cursos de agua, entre
a Ribeira da Mata da Margaraça e o Rio Alva, nitidamente superior no segundo caso em ambas as situações,
faz com que a Ribeira da Mata da Margaraça possua uma capacidade de acomodação manifestamente
inferior. Desse modo, por razões de segurança, a classificação da qualidade da água para a área em estudo
manter-se-á a de classe B (boa), apesar de possivelmente satisfazer os padrões de qualidade da água de
classe A (excelente).
No território em estudo, ao analisar a vulnerabilidade das águas face à poluição, pode-se considerar que
apesar desta ter várias origens, resulta na sua totalidade da actividade humana, sendo por isso de origem
antropogénica. As contaminações urbanas e domésticas com variadas substâncias orgânicas, inorgânicas e
químicas dão origem a resíduos sólidos e águas residuais que alteram a qualidade da água. De seguida, de
acordo com o nível de importância, surge a actividade pecuária, responsável por uma parte dos resíduos
sólidos e líquidos, caracterizados por elevadas concentrações de compostos orgânicos, inorgânicos e de
carga microbiológica. Por último, surge a contaminação das águas pela actividade agrícola, da qual resulta
um ligeiro incremento de iões derivados do uso de fertilizantes, nomeadamente nitratos e fosfatos. No
entanto, na área em estudo, a vulnerabilidade das águas subterrâneas à poluição não é preocupante. Os
aquíferos ocorrem em zonas profundas e as rochas xistentas, apesar de fissuradas, apresentam
normalmente uma baixa vulnerabilidade.
Valoração da Hidrografia
A identificação de uma única unidade hidrológica no território da APPSA, integrada no Maciço Hespérico, não
justifica a realização da carta [24] – valores hidrológicos, referente à valoração hidrológica, uma vez que
apenas se obteria um único valor para toda a área. Desse modo, esta carta não iria contribuir para a
diferenciação das unidades mais importantes para a conservação.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
31
Plano de Ordenamento da APPSA
2.4. Clima
A caracterização climática de Portugal foi realizada com base na informação disponibilizada pelo Instituto de
Meteorologia (IM, 2005), que se baseou no estudo de registos de dados climáticos relativos ao intervalo
temporal entre 1961 e 1990. Segundo o IM (2005), o território de Portugal Continental está situado na zona
de transição entre o anticiclone subtropical (anticiclone dos Açores) e a zona das depressões subpolares,
geograficamente entre as latitudes de 37º e 42ºN e as longitudes de 9,5º e 6,5ºW.
De acordo com a mesma fonte, as condições climáticas de Portugal Continental são essencialmente
influenciadas por factores como a latitude, a orografia, o Oceano Atlântico e a continentalidade. No entanto,
cada um dos factores referidos varia de forma moderada, pois quanto à latitude as diferenças são da ordem
dos 5º, no que se refere à altitude, as zonas mais elevadas situam-se entre os 1.000 e os 1.500m com
excepção da Serra da Estrela, e por último, as zonas mais distantes do mar não excedem distâncias da
ordem dos 220km. Contudo, as pequenas variações em cada um dos factores causam uma alteração
significativa nos elementos climáticos com principal incidência na temperatura e na quantidade de
precipitação. No que diz respeito a esses dois factores, os ciclos anuais da média mensal, mínima e máxima,
demonstram a existência de um período quente e seco no Verão, mais pronunciado nas regiões do Sul.
A partir dos dados climáticos registados durante o período de tempo considerado, “os valores médios anuais
de temperatura média do ar variam entre um mínimo de 7ºC nas zonas altas do interior Centro (Serra da
Estrela) e um mínimo de 18ºC no litoral Sul. Os valores da temperatura média mensal variam regularmente
durante o ano, atingindo o valor máximo em Agosto e o valor mínimo em Janeiro. No Verão, os valores
médios da temperatura máxima variam entre 16ºC na Serra da Estrela e 32-34ºC no interior da região Centro
e Alentejo. Os valores médios da temperatura mínima do ar no Inverno variam entre 2ºC nas zonas
montanhosas do interior e os 12ºC no Algarve” (in IM, 2005).
De seguida, apresentam-se os indicadores que são normalmente usados como parâmetros estatísticos na
caracterização de situações anómalas de calor e frio. O número anual médio de dias de geada, ou seja,
temperatura mínima inferior a 0ºC, varia entre um mínimo correspondente a menos de 2 dias e um máximo
de 110 dias, enquanto que o número médio de dias no ano com temperatura mínima superior a 20ºC,
designados por esse motivo de noites quentes, varia entre um mínimo de 2 dias e um máximo de 40 dias,
situação que se verifica apenas no Sotavento algarvio. O número médio de dias com temperatura máxima
superior a 30ºC, designados de dias quentes, varia entre um mínimo inferior a 2 dias e um máximo de 150
dias, registo apenas verificado nos distritos de Évora, Beja e Castelo Branco.
Com base no mesmo estudo, “a precipitação média anual em Portugal Continental é da ordem dos 900mm,
apresentando grande variabilidade espacial, atingindo os maiores valores na região do Minho (3.000mm) e
os menores numa região localizada da Beira Interior (a Sul do Douro) na ordem dos 400mm. Em média,
cerca de 42% da precipitação anual ocorre durante o Inverno (meses de Dezembro a Fevereiro), enquanto
que os valores mais baixos de precipitação ocorrem durante o Verão (meses de Junho a Agosto), apenas 6%
1ª Fase – Relatório de Caracterização
32
Plano de Ordenamento da APPSA
do total da precipitação anual. As estações de transição, Primavera (meses de Março a Maio) e o Outono
(Meses de Setembro a Novembro), apresentam uma distribuição interanual muito variável. A distribuição
espacial do número médio de dias no ano com precipitação superior a 0,1mm é semelhante à distribuição da
precipitação anual, registando-se um máximo absoluto na região do Alto Minho, da ordem dos 150 dias, e por
outro lado, os valores mais baixos são atingidos nas regiões do Baixo Alentejo e Algarve com valores da
ordem dos 65 dias. O valor médio do número de dias no ano com precipitação igual ou superior a 10mm
varia entre 15 e 25 dias na região costeira do centro e sul do território e nas terras baixas do interior, entre 25
e 50 na região noroeste e entre 50 e 65 nas terras altas”.
Ainda segundo o IM (2005), “o valor médio no ano da insolação decresce, em termos gerais, de Sul para
Norte, com a altitude, e de Leste para Oeste. Os menores valores de insolação verificam-se a Noroeste do
território (nas terras altas do Alto Minho) com valores entre 1.600h e 2.200h e os maiores valores no litoral
Sul, na parte Leste do Alentejo e na região de Lisboa com valores compreendidos entre 2.600h a 3.300h”.
O território continental é atingido pelas depressões subpolares no Inverno com sistemas frontais provenientes
de oeste, causando precipitações mais ou menos abundantes, temperaturas médias e mensais relativamente
baixas, e ventos dominantes do quadrante W. No Verão, o país é afectado pelo Anticiclone sub-tropical do
Hemisfério Norte (Anticiclone dos Açores), dominando o bom tempo com céu limpo ou pouco nublado,
reduzida precipitação, temperaturas altas, e vento fraco.
A caracterização climática da Serra do Açor teve por base a dissertação da tese de doutoramento de Paulo
Cardoso da Silveira (Silveira, 2001), que usou dados do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica
(INMG) relativos ao intervalo temporal de 1951 a 1980. Na área considerada convém assinalar que a
ausência de estações termopluviométricas inviabilizou uma caracterização real, tendo-se procedido a uma
aproximação com dados de estações limítrofes. Desse modo, as estações consideradas foram Penhas
Douradas, Penhas da Saúde, Nelas, Fundão, Castelo Branco e Coimbra. No entanto, a presença de um
número considerável de estações pluviométricas no interior da área abrangida pela Serra do Açor,
nomeadamente Coja, Góis, Fajão, Meãs, Vidual de Cima, Silvares, Covilhã e Pampilhosa da Serra permitiu
um estudo rigoroso da pluviosidade.
Segundo Silveira (2001), a distribuição de precipitações na Serra do Açor permite a divisão clara em dois
períodos, um chuvoso que decorre entre os meses de Outubro até Maio, caracterizado em média pela
existência de 10 a 14 dias de chuva por mês, e outro seco incidindo nos meses de Junho a Setembro,
caracterizado em média pela existência de 2 a 7 dias de chuva. A precipitação média anual varia desde os
821mm em Castelo Branco, classificado como ombroclima sub-húmido, a 2.965mm nas Penhas da Saúde,
designado de ombroclima ultrahiperhúmido, sendo a média das duas estações de 1440mm, denominado de
ombroclima húmido (Rivas Martinez, 1990 cit. por Tormo Molina et al., 1992 cit. por Silveira, 2001). As
restantes estações, Covilhã, Fajão, Meãs, Penhas Douradas e Vidual de Cima possuem ombroclimas
hiperhúmidos; Coimbra, Góis, Nelas, Pampilhosa da Serra e Silvares ombroclimas húmidos e Coja e Fundão
1ª Fase – Relatório de Caracterização
33
Plano de Ordenamento da APPSA
ombroclimas subhúmidos. A precipitação sob a forma de neve e persistência da mesma sob o solo é
naturalmente mais frequente nas estações de maior altitude, Penhas Douradas e Penhas da Saúde (Silveira,
2001). Os valores de precipitação média anual para algumas das estações termopluviométricas adjacentes à
Serra do Açor encontram-se sumariados na Tabela 1 (ver ponto Bioclimas, adiante) e servem de base para a
definição dos ombrotipos.
O mesmo autor, refere ainda que as temperaturas verificadas nas estações consideradas, permitem distinguir
dois períodos marcadamente diferentes, um verão quente que decorre entre os meses de Junho a Setembro,
coincidente com a estação seca e um período alargado de frio entre os meses de Outubro a Maio, mais
rigoroso e intenso nos meses de Novembro a Março. O factor altitude diminui notoriamente o período de
aridez, situação que se verifica nas estações das Penhas Douradas e das Penhas da Saúde, ao contrário
das estações de Nelas, Coimbra, e sobretudo do Fundão e Castelo Branco, que pelo factor da interioridade
possuem um período mais nítido. O período de actividade vegetal (PAV) dura todo o ano nas estações de
Coimbra e Castelo Branco, enquanto que nas estações do Fundão e Nelas esse período diminui e coincide
com os meses de Fevereiro a Novembro. Nas estações das Penhas Douradas e Penhas da Saúde, o período
de actividade vegetal diminui claramente e apenas decorre entre os meses de Maio a Outubro. Os períodos
das geadas, tal como o parâmetro anterior, dependem claramente do factor altitude. Desse modo, nas
estações de Coimbra, Castelo Branco, Fundão e Nelas, os períodos de geadas são prováveis nos meses de
Novembro ou Dezembro a Março para as duas primeiras e de Outubro a Março ou Abril para as duas últimas.
Nas estações mais elevadas, Penhas Douradas e Penhas da Saúde, as geadas podem ocorrer no intervalo
entre os meses de Setembro e Junho, sendo certas no mês de Fevereiro nas Penhas Douradas e no período
de Dezembro a Março nas Penhas da Saúde.
Silveira (2001) calculou os quocientes pluviométricos de Emberger para as estações termopluviométricas
consideradas, usando a respectiva fórmula. Desse modo, obteve 379 para a estação das Penhas Douradas à
qual corresponde um clima mais frio e húmido que o mediterrâneo, 703 para as Penhas da Saúde, igual
classificação, 110 para o Fundão, clima intermédio entre mediterrâneo húmido e mais frio e húmido que o
mediterrâneo, 84 para Castelo Branco, clima mediterrâneo temperado, 150 para Nelas, clima mediterrâneo
húmido, e 133 para Coimbra, também clima mediterrâneo húmido.
Silveira (2001) calculou o índice de Continentalidade de Gorenzynski4 para as estações termopluviométricas
consideradas, do qual obteve 23 para Castelo Branco, 21 para o Fundão, 18 para as Penhas da Saúde, 17
para as Penhas Douradas, 15 para Nelas e 10 para Coimbra. Aos valores superiores a 20 corresponde um
clima do tipo continental, enquanto que aos valores inferiores a 10 corresponde um clima oceânico. Aos
valores intermédios situados no intervalo de 10 a 20 corresponde um clima com influência de ambos.
4
O índice de Continentalidade de Gorenzynski permite determinar a influência do continente num dado ponto, recorrendo à amplitude anual da
temperatura aí verificada e à latitude nesse ponto.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
34
Plano de Ordenamento da APPSA
Bioclimas
O clima condiciona fortemente a distribuição territorial dos seres vivos. As relações entre as distribuições
geográficas dos seres vivos e o clima são objecto de estudo da bioclimatologia, que, mais concretamente,
permite determinar a correspondência entre valores numéricos de temperatura e precipitação e a distribuição
de espécies de plantas e comunidades vegetais (Mesquita, 2005). Os dados climáticos são utilizados para o
cálculo dos índices bioclimáticos como índices térmicos, pluviométricos, ombrotérmicos ou de
continentalidade que, por sua vez, servem de base para as classificações bioclimáticas.
A classificação bioclimática que esteve na base da elaboração da carta relativa aos pisos bioclimáticos ou
termotipos é o sistema proposto por Rivas-Martinez em 1981 (Mesquita, 2005). A definição dos pisos
bioclimáticos, segundo este sistema, baseia-se no cálculo do Índice de Termicidade de Rivas-Martínez5, cujo
valor, para as estações termopluviométricas adjacentes à Serra do Açor, pode ser consultado na Tabela 1,
com a indicação do piso bioclimático correspondente, como é apresentado por Silveira (2001).
Tabela 1 – Índice de termicidade (It), pisos bioclimáticos correspondentes e ombroclimas para as estações
termopluviométricas adjacentes à Serra do Açor (Silveira, 2001).
It
Piso
bioclimático
(termotipo)
Precipitação
média anual
(mm)
Ombroclima
Penhas
Douradas
142
Supramediterrâneo
médio
Nelas
Coimbra
278
Mesomediterrâneo
médio
Castelo
Branco
319
Mesomediterrâneo
inferior
281
Mesomediterrâneo
médio
356
Termomediterrâneo
Superior
2965
995
821
1167
1038
Ultrahiperhúmido
Subhúmido
Subhúmido
Húmido
Húmido
Penhas da Saúde
Fundão
98
Supramediterrâneo
Superior
1799
Hiperhúmido
Na carta [11] – bioclimas apresentam-se os termotipos e ombrotipos que influenciam a área de estudo,
assim como os respectivos limites territoriais, de acordo com a cartografia elaborada pela Escola Superior
Agrária de Coimbra (Gabinete de Botânica da ESAC, 2005).
Os pisos bioclimáticos dados para a APPSA pelo Gabinete de Botânica da ESAC (2005) são o
Mesomediterrâneo Superior e o Supramediterrâneo inferior. No entanto, segundo a cartografia apresentada
por Mesquita (2005), a Serra do Açor, bem como quase toda a Cordilheira Central, constitui uma ilha do piso
Mesotemperado no seio do piso Mesomediterrâneo, que domina grande parte da região Centro do país.
Adoptou-se, para a presente caracterização, a classificação bioclimática e cartografia elaborada pelo
Gabinete de Botânica da ESAC (2005), uma vez que a escala da cartografia adoptada para o PO se
aproxima mais da escala utilizada nesse trabalho (assumindo-se o erro inerente à incorporação de
informação cartografada a uma escala inferior).
5O
Índice de Termicidade de Rivas-Martínez pondera a intensidade do frio como factor limitante para muitas plantas e comunidades vegetais. Assim,
delimita os pisos bioclimáticos e calcula-se através da fórmula (Silveira, 2001): It=(T+m+Mm)10 (em que It – índice de termicidade, T – temperatura
média anual, m – média das mínimas do mês mais frio, Mm – média das máximas do mês mais frio).
1ª Fase – Relatório de Caracterização
35
Plano de Ordenamento da APPSA
3. Caracterização Biológica
3.1. Flora
Os diferentes estudos florísticos que têm sido realizados na APPSA têm vindo a confirmar e reforçar a
importância desta AP, justificando os estatutos de conservação da natureza que lhe têm sido atribuídos a
nível nacional e internacional, quer pela espécies da flora quer pelos habitats aí presentes.
De seguida, apresenta-se um breve enquadramento fitogeográfico da APPSA, integrada na Serra do Açor, a
que se segue a caracterização da flora aí presente.
Enquadramento fitogeográfico da Serra do Açor
A localização da Serra do Açor, junto à extremidade ocidental da cordilheira central ibérica, confere à sua
flora algumas particularidades. A flora desta serra revela um carácter de transição eurosiberiano –
mediterrânico muito patente, fazendo sentir-se a influência de diversas Províncias fitogeográficas e apresenta
numerosos taxa que têm aqui o limite das suas áreas de distribuição (Silveira, 2001). Esta cordilheira
também funciona como uma importante via migratória para muitas espécies florísticas, ao mesmo tempo que
constitui uma barreira orográfica, impedindo a expansão de muitas espécies de andares mais basais
(Silveira, 2001).
A situação de limite entre diferentes Províncias fitogeográficas, e o consequente carácter de transição da
área de estudo, torna-se evidente se se atender às unidades fitogeográficas que Costa et al. (1998)
considera presentes na Serra do Açor. Assim, segundo estes autores (idem), o cume e a encosta oriental
desta serra limitam a SW o Sector Estrelense da Província Carpetano-Ibérico-Leonesa, dividindo-se a
restante área pelo Subsector Beirense Litoral da Província Gaditano-Onubo-Algarbiense e Superdistrito
Zezerense da Província Luso-Extremadurense. A título ilustrativo, podem enumerar-se algumas das
comunidades características destas unidades fitogeográficas: no Superdistrito Zezerense dominam sobreirais
climatófilos continentais e as respectivas etapas subseriais; podem encontrar-se na área de estudo algumas
espécies diferenciais do Subsector Beirense Litoral como Erica cinerea e Halymium alyssoides, sendo este
Subsector também o óptimo biogeográfico dos carvalhais termófilos de carvalho-roble do Rusco-aculeatiQuercetum roboris viburnetosum tini, acompanhados pelas suas orlas arbustivas sombrias e ligeiramente
edafohigrófilas, onde ocorre uma comunidade endémica dominada pelo azereiro – Frangulo alni – Prunetum
lusitanicae.
O carácter predominantemente mediterrânico da região em que esta serra se insere evidencia-se nos
estudos climatológicos, no entanto, também são evidentes as “fortes influências atlânticas e mesmo
eurosiberianas”, que se fazem sentir, sobretudo nos pontos mais elevados da Serra do Açor (Silveira, 2001).
A complexidade orográfica do relevo contribui para esta situação, levando a que nas encostas com exposição
N-NW dominem espécies atlânticas e eurosiberianas (como por exemplo Cytisus spp., Quercus robur e
Castanea sativa), enquanto que espécies caracteristicamente mediterrânicas dominam nas encostas
expostas a S-SE (Erica spp., Cistus spp., Arbutus unedo, Q.ilex e Q. suber) (Silveira, 2001). De uma forma
1ª Fase – Relatório de Caracterização
36
Plano de Ordenamento da APPSA
geral, poder-se-ia dizer que às “ilhas” de influência atlântica corresponde uma vegetação climácica dominada
por bosques temperados de Quercus robur, enquanto que no restante território, com influência mediterrânica
mais marcante, corresponde uma vegetação climácica dominada pelo Quercus suber.
Definição das Espécies da Flora
Analisando o elenco de espécies da flora podem destacar-se, pela sua raridade, um grande número de
espécies, nomeadamente, Asplenium adiantum-nigrum L. var. adiantum-nigrum, Phyllitis scolopendrium (L.)
Newman subsp. scolopendrium, Aquilegia vulgaris L. subsp. dichroa (Freyn) T.E.Díaz, Clematis vitalba L.,
Hypericum androsaemum L., Murbeckiella sousae Rothm., Sedum pruinatum Brot., Circaea lutetiana L.
subsp. lutetiana, Eryngium duriaei Gay ex. Boiss., Sanicula europea L., Antirrhinum meonanthum Hoffmanns.
& Link, Linaria diffusa Hoffmanns. & Link, Linaria saxatilis (L.) Chaz. var. saxatilis, Veronica micrantha
Hoffmanns. & Link, Festuca paniculata (L.) Schinz & Thell. subsp. multispiculata Rivas Ponce & Cebolla,
Festuca summilusitana Franco & Rocha Afonso, Melica uniflora Retz., Peribalia involucatra (Cav.) Janka,
Gagea soleirolii F.W. Schltz, Lilium martagon L., Polygonatum odoratum (Mill.) Druce, Cephalanthera
longifolia (L.) Fritsch e Neotia nidus.avis (L.) Rich.
Quanto ao carácter de tipicidade regional refere-se a relevância do azereiro (Prunus lusitanica L. subsp.
lusitanica). Segundo alguns autores (nomeadamente Silveira, 2001), encontram-se na Serra do Açor as
maiores populações de azereiro de toda a sua área de distribuição, sendo a Mata da Margaraça, a maior
actualmente existente. Silveira (2001) refere também o “interesse científico e ornamental desta espécie, com
uma área de distribuição restrita, constituída por pequenas populações relíquia”, considerando tratar-se de
“um indicador de comunidades e ecossistemas relíquia, importantes para a conservação da biodiversidade,
em particular de briófitos”.
Salienta-se também a presença de 28 endemismos ibéricos: Aquilegia vulgaris L. subsp. dichroa (Freyn) T.
E. Díaz, Ranunculus bupleoroides Brot., Ranunculus olissiponensis Pers. subsp. olissiponensis, Silene
scabriflora Brot. subsp. scabriflora, Salix salviifolia Brot., Sesamoides suffruticosa (Lange) Kuntze, Sedum
arenarium Brot., Sedum pruinatum, Brot., Cytisus multiflorus (L’Hér.) Sweet, Genista falcata Brot., Lotus
corniculatus L. subsp. carpetanus (Lacaita) Rivas Mart., Pterospartum tridentatum (L.) Willk., Conopodium
majus (Gouan) Loret subsp. marizianum (Samp.) López Udias & Mateo, Eryngium duriaei Gay ex Boiss.,
Omphalodes nitida Hoffmans. & Link, Lavandula stoechas L. subsp. luisieri (Rozeira) Rozeira, Antirrhinum
meonanthum Hoffmans. & Link, Linaria saxatilis (L.) Chaez. var. saxatilis, Linaria triornithophora (L.) Willd.,
Veronica micrantha Hoffmans. & Link, Galium helodes Hoffmans. & Link, Centaurea aristata Hoffmanns. &
Link subsp. langeana (Willk.) Dostál, Luzula sylvatica (Huds.) Gaudin subsp. henriquesii (Degen) P. Silva,
Festuca paniculata (L.) Schinz & Thell. subsp. multispiculata Rivas Ponce & Cebolla, Festuca summilusitana
Franco & Rocha Afonso, Koelaria caudata (Link.) Steud., Peribalia involucatra (Cav.) Janka, Narcissus
triandrus L. subsp. pallidulus (Graells) Rivas Goday. Estão presentes algumas espécies endémicas do
território nacional como Murbeckiella sousae Roth., Linaria diffusa Hoffmanns. & Link, Scrophularia
grandiflora DC.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
37
Plano de Ordenamento da APPSA
Entre as espécies da flora presentes nesta AP encontram-se algumas apontadas pelos especialistas para
integrar o Livro Vermelho da flora portuguesa com carácter de vulneráveis: Linaria diffusa Hoffmanns. & Link,
Veronica micrantha Hoffmanns. & Link, Neotia nidus-avis (L.) Rich.
As espécies da flora que integram os diferentes anexos da Directiva Habitats são indicativas da importância
da flora da Serra do Açor para a conservação da natureza a nível internacional. Nesta situação contam-se
espécies como Murbeckiella sousae Rothm. (Anexo IV), Scrophularia grandiflora DC. (Anexo V), Veronica
micrantha Hoffmanns. & Link (Anexo II), Festuca summilusitana Franco & Rocha Afonso (Anexo II), Ruscus
aculeatus L. (Anexo V), Narcissus bulbocodium L. subsp. bulbocodium (Anexo V), Narcissus triandrus L.
subsp. pallidulus (Graells) Rivas Goday (Anexo IV).
Até agora, estão referenciadas para a APPSA (Paiva & Nogueira, 1981; Silva et al., 1985; Neves, 1996;
Silveira, 2001) 336 espécies da flora (Tabela 2), pertencentes a 71 famílias diferentes.
A listagem das espécies vegetais presentes na AP, bem como as respectivas famílias e as comunidades a
que estão associadas, apresentam-se na Tabela 42 (Anexo II).
Tabela 2 – Número de espécies de cada grupo taxonómico referenciadas para a APPSA.
Grupo Taxonómico
Pteridophyta
Gymnospermae
Angiospermae
Dicotyledones
Monocotyledones
Número de Espécies
17
1
253
64
Número Total de Espécies
336
318
O número de taxa da flora, apontado neste trabalho (336), fica muito aquém do número total de taxa referido
para toda a Serra do Açor (776) (Silveira, 2001). Optou-se por incluir na lista de espécies presentes na AP,
apenas aquelas para as quais existem referências formais na bibliografia (Silveira, 2001) para localidades
interiores à AP, sendo que o número real de espécies presentes será provavelmente superior.
Valoração das Espécies da Flora
Para cada uma das espécies referidas para a APPSA foi calculado o respectivo Valor Ecológico Específico
(VEE), recorrendo à metodologia de valoração que se encontra descrita pormenorizadamente no Anexo II.
Resumidamente, o cálculo do VEE baseia-se no somatório de vários parâmetros relacionados com o Estatuto
de Conservação e com o Estatuto Biogeográfico das espécies. Aos valores de VEE fez-se corresponder
diferentes Classes de Relevância para a Conservação (Excepcional, Alta e Média).
Na Tabela 42 (Anexo II) são também apresentados os resultados deste processo de valoração com a lista
total de espécies, o cálculo dos diferentes parâmetros de valoração, o VEE final e as respectivas classes de
relevância.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
38
Plano de Ordenamento da APPSA
3.2. Vegetação
Definição das Unidades de Vegetação
Depois de analisadas as comunidades vegetais da APPSA, foram definidas 10 unidades de vegetação a
considerar neste estudo: (1) “Florestas Pré-Climácicas de Folhosas Autóctones” (FCF), (2) “Comunidades
Não Climácicas de Folhosas Autóctones” (CNF), (3) “Comunidades Ripícolas” (CRi), (4) “Bosquetes
Residuais de Sobreiro” (BRS), (5) “Pinhal” (P), (6) “Matagais Arborescentes de Espécies Lauróides” (MAL),
(7) “Giestais” (G), (8) “Urzais” (U), (9) “Comunidades Rupícolas e Prados de Altitude” (CRu) e (10) “Áreas
Agrícolas” (AA), permitindo elaborar a carta [12] - vegetação.
Na Tabela 3, apresenta-se o número de espécies da flora que ocorrem em cada uma das unidades de
vegetação, encontrando-se, na Tabela 42 (Anexo II), a lista de habitats presentes em cada comunidade e, na
Tabela 43 (Anexo II), a listagem das espécies presentes em cada comunidade.
Tabela 3 – Número de espécies da flora ocorrente em cada uma das unidades de vegetação considerada.
Unidades de Vegetação
Florestas pré-climácicas de folhosas autóctones
Comunidades não climácicas de folhosas autóctones
Comunidades ripícolas
Bosquetes residuais de sobreiro
Pinhal
Matagais arborescentes de espécies lauróides
Giestais
Urzais
Comunidades rupícolas e prados de altitude
Áreas agrícolas
Número de Espécies
289
279
125
74
173
144
145
113
20
160
De seguida, apresenta-se uma breve descrição das unidades consideradas.
Vegetação arbórea
Unidade de Vegetação “Florestas Pré-Climácicas de Folhosas Autóctones”
Estas formações, dominadas por Quercus robur (carvalho-alvarinho) aproximam-se, quanto à estrutura e
composição florística, dos bosques climatófilos das vertentes mais expostas às influências atlânticas desta
serra. No entanto, são já poucas e pequenas as manchas que ainda restam desta vegetação, sendo a Mata
da Margaraça a maior e mais bem conservada. Estas manchas constituem algumas das principais reservas
de biodiversidade do território.
A Mata da Margaraça constitui, assim, uma relíquia do carvalhal primitivo que cobria, em tempos, grande
parte das encostas com exposição NW e influência mais atlântica desta serra. Na APPSA, esta é a única
mancha com características pré-climácicas.
Esta floresta caracteriza-se pela densidade do estrato arbóreo, que, em muitas áreas, ronda os 100%,
influenciando as condições ambientais do sub-bosque: elevada humidade relativa, variações da temperatura
inferiores às verificadas no exterior do bosque e níveis de luminosidade relativamente baixos; assim como a
1ª Fase – Relatório de Caracterização
39
Plano de Ordenamento da APPSA
composição e estrutura dos estratos inferiores, sendo o estrato herbáceo, dominado por geófitos de floração
precoce (ALFA, 2006) e por espécies umbrófilas, o exemplo mais evidente.
A encosta exposta a NW, em que esta formação florestal se desenvolve, tem um solo rico e profundo,
quando comparado com as áreas adjacentes, resultante da acumulação de matéria orgânica propiciada pela
existência da floresta.
Existem muitas comunidades vegetais que dependem funcionalmente dos carvalhais, referindo-se como
exemplo as comunidades herbáceas de orla, os matagais de orla e clareiras florestais, as comunidades
vasculares e brio-liquénicas epifíticas, as comunidades associadas ao lenho morto em decomposição, entre
muitas outras (ALFA, 2006). Os diversos factores de perturbação natural desempenham um papel
fundamental na criação das condições para que estas comunidades se desenvolvam. Estes carvalhais
dispõem-se também em mosaico com as suas etapas subseriais como os giestais e tojais (ALFA, 2006). Na
Mata da Margaraça verifica-se que os efeitos dos fogos e de cortes da floresta originaram, normalmente,
giestais (Cytisus spp.) (Silveira, 2001).
O estrato arbóreo desta comunidade é dominado por espécies plano-caducifólias de carácter atlântico como
o carvalho-alvarinho (Quercus robur). Estas espécies são acompanhadas de muitas outras como o
castanheiro (Castanea sativa), o ulmeiro (Ulmus minor), a ginjeira (Prunus cerasus), a cerejeira (Prunus
avium), o azereiro (Prunus lusitanica subsp. lusitanica), o loureiro (Laurus nobilis), o azevinho (Ilex
aquifolium), o folhado (Viburnum tinus), o salgueiro (Salix atrocinerea), etc. Destaca-se a abundância no
estrato arbustivo da aveleira (Corylus avellana). No estrato herbáceo destacam-se espécies como Hypericum
androsaemum, Polysticum setiferum, Phyllitis scolopendrium, Veronica montana, Veronica micrantha,
Cephalantera longifolia, Orchis mascula, Neotia nidus-avis, Lilium martagon, Polygonatum odoratum,
Eryngium duriaei, Linaria triornithophora, Physospermum cornubiense, Scrophularia grandiflora entre muitas
outras.
O subtipo “carvalhais mesotróficos de Quercus robur” do habitat 9160 da Directiva Habitats (ALFA, 2006)
parece descrever melhor o carvalhal presente na Mata da Margaraça. A presença abundante de aveleiras
nas suas clareiras, orlas e subcoberto parece apontar nesse sentido, já que a presença desta espécie é
geralmente um bom indicador das tesselas correspondentes a estes carvalhais (ALFA, 2006). No entanto, a
presença de espécies como Saxifraga spathularis e Luzula sylvatica subsp. henriquesii, a abundância de
espécies como Ilex aquifolium, Prunus lusitanica subsp. lusitanica, de trepadeiras como Hedera helix, Tamus
communis, Lonicera periclymenum subsp. periclymenum, Rubus sp., de espécies do estrato arbustivo como
Crataegus monogyna, Erica arborea, Ruscus aculeatus, Arbutus unedo, parecem apontar para a presença do
subtipo “carvalhais de Quercus robur” do habitat 9230 da Directiva (ALFA, 2006). A possibilidade do contacto
catenal entre os carvalhais oligotróficos e os mesotróficos (ALFA, 2006) ao longo da encosta em que se
encontra esta floresta sugere a presença dos dois habitats.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
40
Plano de Ordenamento da APPSA
A Mata da Margaraça também apresenta uma particular dominância de espécies lauróides como o azereiro,
o loureiro e o folhado, que a distinguem de outras semelhantes que ocorrem mais a Norte do país e a
relacionam evolutivamente com as laurisilvas terciárias (Silveira, 2001). O habitat da Directiva Habitats que
melhor descreve a presença destas espécies é o 5230 – Matos altos de lauróides (habitat prioritário) através
dos subtipos louriçais, azereirais e medronhais-azereirais. Este habitat é deveras relevante para a
conservação da natureza pois alberga um elevado número de relíquias lauróides paleo-sub-tropicais
(Silveira, 2001), para além de ser um habitat pouco frequente no território nacional (ALFA, 2006). O azereiro,
dentro da AP, aparece normalmente associado a linhas de água. Nesta área, a única excepção em que esta
espécie ocorre em mancha, numa encosta, é na Mata da Margaraça. Segundo alguns autores (Silveira,
2001), encontram-se na Serra do Açor as maiores populações de azereiro de toda a sua área de distribuição,
sendo a Mata da Margaraça, a maior actualmente existente. Silveira (idem) refere também o “interesse
científico e ornamental desta espécie, com uma área de distribuição restrita, constituída por pequenas
populações relíquia”, considerando tratar-se de “um indicador de comunidades e ecossistemas relíquia,
importantes para a conservação da biodiversidade, em particular de briófitos”.
No interior da Mata da Margaraça existem áreas em que o castanheiro é a espécie dominante (habitat 9260
da Directiva Habitats). Este facto deve-se à história da intervenção humana nesta formação florestal ao longo
dos séculos. Com efeito, a produção de varas de castanho para a manufactura de cestas foi aqui uma
actividade importante. O castinçal era explorado em regime de rotatividade com períodos que podiam ir dos
quatro aos sete anos. Nestas áreas, por vezes, a única espécie arbórea presente é o castanheiro. As áreas
exploradas como soutos também têm algum peso, pois a produção de castanha foi igualmente uma
actividade importante para os proprietários desta área. Em ambos os casos, a pressão da vegetação
circundante, o abandono das actividades silvícolas tradicionais e as medidas de gestão levadas a cabo
recentemente tendem a uniformizar estas áreas com a restante floresta. Assim, desenvolvem-se no interior
destas áreas numerosas espécies pertencentes ao carvalhal, tal como o castanheiro se encontra no meio
das manchas mais bem conservadas de carvalhal.
Algumas das áreas da Mata da Margaraça afectadas pelo incêndio de 1987 apresentam uma cobertura
densa de azevinhos. Este facto levou a considerar a presença do habitat 9380 da Directiva Habitats; de facto,
os azevinhais portugueses constituem formas de degradação de carvalhais com o sub-bosque rico em
azevinho. Caracterizam-se por possuírem um estrato arbóreo pouco denso, o que permite que ao estrato
arbustivo chegue luz abundante, favorecendo a presença de arbustos das etapas sub-seriais (ALFA, 2006).
A Mata da Margaraça tem uma área de 68ha. À sua pequena dimensão soma-se um efeito de insularidade
que se traduz no isolamento do ecossistema e das respectivas espécies. Este isolamento está também
associado à existência de poucos corredores ecológicos, o que condiciona a mobilidade das espécies
animais e a troca de genes necessária à manutenção da variabilidade genética das populações. A pequena
área da Mata da Margaraça também lhe confere uma menor resiliência, o que torna o ecossistema mais
permeável a perturbações susceptíveis de desequilibrar os processos ecológicos. Entre estas perturbações
1ª Fase – Relatório de Caracterização
41
Plano de Ordenamento da APPSA
contam-se os incêndios florestais, as ameaças fitossanitárias, a invasão por espécies alóctones, etc. (Neves,
2005).
As dimensões reduzidas de manchas florestais como esta levam a que uma percentagem excessiva da sua
área esteja submetida a um forte efeito de margem, à abundância de espécies características das orlas
herbáceas destas florestas, à penetração no ecossistema de espécies heliófitas como Rubus sp., Cytisus sp.,
Pteridium aquilinum, entre outras, e, em áreas mais degradadas, à presença de tojais e urzais-tojais
subseriais (ALFA, 2006).
Apresentam-se, na Tabela 4, os habitats, da Directiva Habitats, identificados nesta comunidade, bem como
as unidades fitossociológicas e os Habitats EUNIS 2002.
Tabela 4 – Correspondência da unidade de vegetação “Florestas Pré-Climácicas de Folhosas Autóctones” com os
habitats da Directiva Habitats, com a fitossociologia e com os habitats EUNIS 2002.
Unidade de
Vegetação
Florestas préclimácicas de
folhosas autóctones
Habitats da Directiva (ALFA, 2006)
9160 – Bosques mesotróficos de planocaducifólias
(Carvalhais pedunculados ou florestas
mistas de carvalhos e carpas subatlânticas
e médio-europeias da Carpinion betuli
Subtipo 9160pt1 – Carvalhais mesotróficos
de Quercus robur
9230 – Carvalhais de Quercus robur
(Carvalhais galaico-portugueses de
Quercus robur e Q. pyrenaica)
9230pt1 – Carvalhais de Quercus robur
9260 – Castinçais abandonados e soutos
antigos
(Florestas de Castanea sativa)
*5230 – Matos altos de lauróides
Louriçais;
Azereirais;
Medronhais-azereirais
8220 – Afloramentos rochosos siliciosos
com vegetação vascular rupícola (vertentes
rochosas siliciosas com vegetação
casmofítica)
8220pt1 – Afloramentos rochosos siliciosos
com comunidades casmofíticas
8220pt3 – Biótopos de comunidades
comófiticas esciófilas ou de comunidades
epifíticas
9380 – Azevinhais
(Florestas de Ilex aquifolium)
6430pt1 – Vegetação megafórbica mesohigrófila escionitrófila perene de solos
frescos
Correspondência Fitossociológica
(ALFA, 2006)
Habitats
EUNIS 2002(a)
(ALFA, 2006)
Hyperico androsaemi – Quercetum
roboris (Pulmunario longifoliae –
Quercion roboris, Querco-Fagetea)
G1.A
Quercenion robori-pyrenaicae
G1.7
Sem correspondência fitossociológica
G1.7
Arbuto unedonis-Laurion nobilis (classe
Quercetea ilicis) p.p.max.
F5.1
(Pruno lusitanicae-Arbutetum
unedonis)
H3.1
Classe Asplenietea trichomanis
Selaginello denticulatae-Anogrammion
leptophyllae (classe AnomodontoPolypodietalia)
Sem correspondência fitossociológica
evidente
Galio aparines – Alliarietalia petiolatae
p.p.max.
G2.6
E5.4. p.p.
E5.2.
F3.251
F3.253
(a) EUNIS Biodiversity Database
E5.2 – Termophile woodland fringes; E5.4 – Moist or wet tall-herb and fern fringes and meadows; F3.251 – White-flowered broom
fields; F3.253 – Northwestern Iberian [Cytisus] fields;F5.1 – Arborescent matorral; G1.A – Meso- and eutrophic [Quercus]
woodland; G1.7 – Thermophilous decidous woodlands; G2.6 – [Ilex aquifolium] woods; H3.1 – Acid siliceous inland cliffs.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
42
Plano de Ordenamento da APPSA
Para além da riqueza em plantas vasculares, a Mata da Margaraça, constitui habitat preferencial de um vasto
número de espécies de briófitos e de fungos, para além de uma vasta comunidade faunística que aqui
encontra abrigo e alimento, tornando-a um repositório privilegiado de biodiversidade.
Unidade de Vegetação “Comunidades Não Climácicas de Folhosas Autóctones”
As manchas de Quercus robur integradas nesta unidade (Tabela 5) correspondem a carvalhais em
regeneração, estando por vezes associados a povoamentos de castanheiro, também eles em expansão.
Estes povoamentos de folhosas, muitas vezes, misturam-se com pinhal de regeneração ou mesmo no meio
de pinhais adultos, outras vezes no meio de giestais; em casos pontuais, ocupam o fundo de vales mais
frescos, locais onde a influência dos incêndios se faz sentir com menos intensidade, constituindo
comunidades residuais.
Nesta comunidade inserem-se também os povoamentos de castanheiro, quer soutos antigos quer áreas de
castinçal abandonado, que se distribuem ao longo da serra. Tanto os castinçais abandonados como os
soutos antigos são povoamentos artificiais de castanheiro, que não são sujeitos actualmente a intervenções
silvícolas.
Consideram-se estes povoamentos como habitats potenciais que tendem para comunidades semelhantes às
que integram a unidade de vegetação “florestas pré-climácicas de folhosas autóctones”, no caso de não se
verificarem perturbações significativas que invertam a sua evolução para o sentido regressivo. Estes
povoamentos beneficiam de um solo orgânico rico, de folhada abundante e do ambiente ecológico
característico das florestas de plano-caducifólias autóctones, constituindo portanto habitats de fácil
recuperação (ALFA, 2006).
Acrescente-se a importante função destes povoamentos como “habitats de substituição” para espécies da
flora, da fauna, da micoflora, etc., normalmente associadas aos carvalhais climácicos (ALFA, 2006),
designadamente Eryngium duraei, Orchis mascula, Lilium martagon, Scrophularia grandiflora, Polygonatum
odoratum, Cephalantera longifolia e Linaria triornithophora.
Para além de funcionarem como refúgio de biodiversidade, estas comunidades são também importantes
unidades de paisagem, prestando ainda importantes serviços ecológicos como a regulação climática, a
prevenção de fenómenos catastróficos, a retenção e a formação de solo, etc. (ALFA, 2006). Estes
povoamentos de folhosas autóctones têm ainda um papel importante como corredores ecológicos,
proporcionando um habitat adequado para numerosas espécies da fauna se poderem movimentar, alimentar
e abrigar e favorecendo o aumento do fluxo genético que permite a manutenção da variabilidade genética
das populações. Com efeito, estas comunidades são o refúgio de muitas espécies, da fauna e da flora,
características dos carvalhais pré-climácicos, já que a área reduzida da Mata da Margaraça confere uma
maior permeabilidade a perturbações susceptíveis de desequilibrar os processos ecológicos.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
43
Plano de Ordenamento da APPSA
Tabela 5 – Correspondência da unidade de vegetação “Comunidades Não Climácicas de Folhosas Autóctones” com os
habitats da Directiva Habitats, com a fitossociologia e com os habitats EUNIS 2002.
Unidade de
Vegetação
Comunidades não
climácicas de folhosas
autóctones
Habitats da Directiva (ALFA, 2006)
8220 – Afloramentos rochosos
siliciosos com vegetação vascular
rupícola (vertentes rochosas siliciosas
com vegetação casmofítica)
8220pt3 – Biótopos de comunidades
comófiticas esciófilas ou de
comunidades epifíticas
9260 – Castinçais abandonados e
soutos antigos (Florestas de Castanea
sativa)
9230 – Carvalhais de Quercus robur
(Carvalhais galaico-portugueses de
Quercus robur e Q. pyrenaica)
9230pt1 – Carvalhais de Quercus robur
6430pt1 – Vegetação megafórbica
meso-higrófila escionitrófila perene de
solos frescos
Correspondência Fitossociológica
(ALFA, 2006)
Habitats EUNIS
2002(a)
(ALFA, 2006)
Selaginello denticulataeAnogrammion leptophyllae (classe
Anomodonto-Polypodietalia)
H3.1
Sem correspondência fitossociológica
G1.7
Quercenion robori-pyrenaicae
G1.7
Galio aparines – Alliaria petiolatae
p.p.max.
E5.4.p.p.
E5.2.p.p.min
F3.251
F3.253
(a) EUNIS Biodiversity Database
E5.2 – Termophile woodland fringes; E5.4 – Moist or wet tall-herb and fern fringes and meadows; G1.7 – Thermophilous deciduous
woodland; F3.251 – White-flowered broom fields; F3.253 – Northwestern Iberian [Cytisus] fields; H3.1 – Acid siliceous inland cliffs;.
Unidade de Vegetação “Comunidades Ripícolas “
Estas comunidades acompanham grande parte das linhas de água da Serra do Açor, formando galerias nas
margens destas linhas de água. Muitas vezes ocupam o fundo de vales encaixados, onde não sofreram tão
drasticamente os efeitos dos incêndios florestais.
As espécies dominantes nas galerias ripícolas desta AP são os salgueiros (Salix atrocinera e Salix salviifolia),
o azereiro (Prunus lusitanica subsp. lusitanica), o loureiro (Laurus nobilis), surgindo também espécies como o
sabugueiro (Sambucus nigra), o sanguinho (Frangula alnus), o amieiro (Alnus glutinosa), o folhado (Viburnum
tinus), o medronheiro (Arbutus unedo), o azevinho (Ilex aquifolium) e o pilriteiro (Crataegus monogyna). No
estrato arbustivo e herbáceo surgem espécies como Oenanthe crocata, Saponaria officinalis, Erica arborea,
Myosotis secunda, Erica lusitanica, Apium nodiflorum (Silveira, 2001), Bryonia dioica, Hedera helix, Rubus
sp., Tamus communis, Asplenium onopteris, Athyrium filix-femina, Blechnum spicant, Dryopteris affinis,
Osmunda regalis, Polystichum setiferum, Luzula sylvatica subsp. henriquesii, Scrophularia scorodonia,
Saxifraga spathularis, Euphorbia dulcis.
A maioria das galerias ripícolas da Serra do Açor enquadra-se no habitat da Directiva 92AO subtipo pt3 –
Salgueirais arbóreos psamófilos de Salix atrocinera (ALFA, 2006), quer pela dominância de Salix atrocinera,
quer pela presença constante de Sambucus nigra. O subtipo pt4 do mesmo habitat (ALFA, 2006),
correspondente aos salgueirais arbustivos de Salix salviifolia, também se encontra presente em grande parte
destas comunidades ripícolas (Tabela 6).
1ª Fase – Relatório de Caracterização
44
Plano de Ordenamento da APPSA
A presença de amieiro acompanhado por espécies como o azevinho (Ilex aquifolium), o loureiro (Laurus
nobilis), Luzula sylvatica subsp. henriquesii, Scrophularia scorodonia, Saxifraga spathularis e Euphorbia
dulcis apontam para a presença do habitat *91EO da Directiva Habitats (habitat prioritário), subtipo pt1 –
amiais ripícolas (ALFA, 2006). Apesar deste habitat ser relativamente raro na área em causa, não tendo a
representatividade territorial dos salgueirais, considerou-se, para efeitos de valoração das comunidades
ripícolas, que estas, para além de albergarem pontualmente o habitat *91EO, constituem também habitat
potencial destes amiais ripícolas.
O habitat 5230 – Matos altos de lauróides tem uma grande relevância nestas comunidades. A presença, por
vezes abundante, de azereiros, taxon com grande interesse científico e ornamental e uma área de
distribuição restrita e constituída por pequenas populações relíquia, contribui para o elevado valor
conservacionista destas comunidades. Acresce que o azereiro é um bom indicador de ecossistemas relíquia,
habitats preferenciais para um grande número de espécies, em particular de briófitos (Silveira, 2001).
As galerias ripícolas funcionam também como corredores ecológicos. Como foi já referido, estas
comunidades acompanham linhas de água, muitas vezes no fundo de vales encaixados onde os efeitos dos
incêndios florestais não se fizeram sentir com a mesma intensidade das encostas adjacentes. Funcionam,
assim, como refúgios da fauna, facilitando a mobilidade e abrigo a numerosas espécies, fornecendo também
microhabitats sombrios e húmidos, necessários para o desenvolvimento de muitas espécies da flora.
Esta comunidade desempenha ainda um papel importante na prevenção da erosão, contribuindo para a
formação e retenção do solo (ALFA, 2006). Salienta-se igualmente a importância das galerias ripícolas como
barreiras que dificultam a propagação dos incêndios.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
45
Plano de Ordenamento da APPSA
Tabela 6 – Correspondência da unidade de vegetação “Comunidades Ripícolas” com os habitats da Directiva Habitats,
com a fitossociologia e com os habitats EUNIS 2002.
Unidade de
Vegetação
Comunidades
Ripícolas
Habitats da Directiva (ALFA, 2006)
*5230 – Matos altos de lauróides
*5230pt1 – Louriçais
*5230pt3 – Medronhais-azereirais
8220 – Afloramentos rochosos siliciosos com
vegetação vascular rupícola (vertentes rochosas
siliciosas com vegetação casmofítica)
8220pt1 – Afloramentos rochosos siliciosos com
comunidades casmofíticas
8220pt3 – Biótopos de comunidades comófiticas
esciófilas ou de comunidades epifíticas
Correspondência Fitossociológica
(ALFA, 2006)
Arbuto unedonis-Laurion nobilis
(classe Quercetea ilicis) p.p.max.
F5.1
H3.1
Classe Asplenietea trichomanis
Selaginello denticulatae-Anogrammion
leptophyllae (classe AnomodontoPolypodietalia)
*91EO – Bosques ripícolas de amieiros,
salgueiros ou bidoeiros (Florestas aluvionares de
Alnus glutinosa e Fraxinus excelsior)
91EOpt1 – Amiais ripícolas
Habitats EUNIS
2002(a)
(ALFA, 2006)
G1.1
G1.2
Aliança Osmundo-Alnion, classe Salici
purpureae-Populetea nigrae
92AO – Galerias ribeirinhas mediterrânicas
dominadas por choupos e/salgueiros (FlorestasG1.1
galerias de Salix alba e Populus alba)
92AOpt4 – Salgueirais arbustivos de Salix
Salicetum salviifolia
salviifolia subsp. salviifolia
(a) EUNIS Biodiversity Database
F5.1 – Arborescent matorral: [Laurus nobilis] matorral; G1.1 – Riparian and gallery woodland with dominant [Alnus], [Betula],
[Populus] or [Salix]; G1.2 – Mixed riparian floodplain and gallery woodlan; H3.1 - Acid siliceous inland cliffs.
Unidade de Vegetação “Bosquetes Residuais de Sobreiro”
Na Serra do Açor e no interior dos limites da AP surgem numerosos sobreiros dispersos. No entanto, em
algumas encostas com exposição predominante a Sul subsistem alguns pequenos bosquetes abertos,
dominados por esta espécie. Uma destas formações localiza-se na proximidade da aldeia do Enxudro e a
outra próxima da aldeia de Pardieiros.
Estes bosquetes encontram-se já algo degradados, quando analisados à luz da descrição do habitat 9330 –
Florestas de Quercus suber, da Directiva Habitats (ALFA, 2006), sendo a relativa baixa densidade do coberto
arbóreo, o principal factor que aponta nesse sentido. Surgem, apesar de tudo, algumas pequenas áreas com
uma densidade de coberto mais elevada, o que justifica ter-se considerado a presença deste habitat.
Estas áreas, apesar de não terem um copado cerrado, como seria característico do habitat 9330, também
não correspondem a montados, sendo que a intervenção humana se reduz eventualmente à acção do fogo,
uma vez que estes bosques se situam em áreas declivosas (ALFA, 2006).
Estes bosquetes encontram-se associados a matos altos dominados por arbustos como o medronheiro
(Arbutus unedo), o aderno (Phillyrea latifolia), a Phillyrea angustifolia, a Erica arborea, o folhado (Viburnum
tinus), a gilbardeira (Ruscus aculeatus), o rosmaninho (Lavandula stoechas subsp. luisieri) e Cytisus sp..
Estes matos são adequadamente descritos pelo habitat 5330 – Matagais altos ou matos baixos mesoxerófilos mediterrânicos, subtipo pt3 – medronhais (ALFA, 2006) (Tabela 7).
1ª Fase – Relatório de Caracterização
46
Plano de Ordenamento da APPSA
Tabela 7 – Correspondência da unidade de vegetação “Bosquetes de Sobreiros” com os habitats da Directiva Habitats,
com a fitossociologia e com os habitats EUNIS 2002.
Unidade de
Vegetação
Bosquetes de
residuais de
sobreiro
Habitats da Directiva (ALFA, 2006)
9330 – Bosques de sobreiro (Florestas de
Quercus suber)
Correspondência Fitossociológica
(ALFA, 2006)
Sanguisorbo-Quercetum suberis
(Costa et al., 1998)
Querco rotundifoliae-Oleion
sylvestris, p.p.
8220 – Afloramentos rochosos siliciosos com
vegetação vascular rupícola (vertentes
rochosas siliciosas com vegetação
casmofítica)
8220pt1 – Afloramentos rochosos siliciosos
com comunidades casmofíticas
Classe Asplenietea trichomanis
8220pt3 – Biótopos de comunidades
comófiticas esciófilas ou de comunidades
epifíticas
Selaginello denticulataeAnogrammion leptophyllae (classe
Anomodonto-Polypodietalia)
G2.1
(G2.112/P-45.22)
(G2.113/P-45.23)
H3.1
F5.5, F5.1 p.p.
[F5.5/P32.24]
[F5.5/P-32.25]
[F5.1/P-32-26]
[F5.1./P-32-11]
5330 – Matagais altos ou matos baixos mesoxerófilos mediterrânicos (matos termomediterrânicos pré-desérticos)
5330pt3 – Medronhais
Habitats EUNIS
2002(a) (ALFA,
2006)
Ericion arboreae (classe Quercetea
ilicis)
F3.251
F3.253
F3.256
(a)
EUNIS Biodiversity Database
F3.251 – White-flowered broom fields; F3.253 – Northwestern Iberian [Cytisus] fields; F3.256 – Central Iberian [Cytisus] fields; F5.1
– Arborescent matorral; F5.5 – Thermo-Mediterranean scrub; G 2.1 – Mediterranean evergreen [Quercus] woodland; G2.11 –
[Quercus suber] woodland; H3.1 – Acid siliceous inland cliffs.
Note-se que a abundância relativa das espécies referidas varia consoante o estado de degradação destes
matos. Em áreas mais degradadas surgem algumas pequenas manchas de esteval (Cistus ladanifer) que
constitui uma das últimas fases de regressão das formações de sobreiro. Em algumas áreas, o sobreiral
mistura-se ainda com o pinhal de regeneração.
De referir também a presença de carvalho alvarinho (Quercus robur) no interior de muitas destas áreas, em
que o sobreiro é dominante.
Unidade de Vegetação “Pinhais”
A maior parte das encostas da Serra do Açor encontram-se cobertas por pinheiro-bravo (Pinus pinaster).
Apesar de algumas fontes bibliográficas referirem a presença desta espécie nesta serra já em séculos
anteriores, foi nos anos 40 do Século XX, durante o Estado Novo, que a sua cultura atingiu o auge (Silveira,
2001). Se, durante algumas décadas, as populações e os respectivos proprietários mantinham sobre estas
manchas de pinhal uma gestão cuidada, com o êxodo para outras regiões durante a segunda metade do
Século XX, estes povoamentos ficaram ao abandono. A acumulação de material vegetal resultante do
abandono das práticas silvícolas, associada ao facto de se tratarem de monoculturas contínuas de uma
resinosa e aos acentuados declives das encostas, contribuiu para o aumento da frequência dos incêndios
florestais. Estes incêndios levaram à diminuição da área de pinhal, que foi substituída por matos, sendo hoje
1ª Fase – Relatório de Caracterização
47
Plano de Ordenamento da APPSA
poucos os pinhais adultos na Serra do Açor. Existem, no entanto, extensas áreas de regeneração natural
desta espécie.
O sub-bosque associado a estas formações varia consoante as condições ambientais e a gestão a que é
sujeito. No entanto, podem referir-se algumas espécies que parecem favorecidas pelo pinhal: Pteridium
aquilinum, Calluna vulgaris, Simethis mattiazzi e Agrostis curtisii (Silveira, 2001). A maior parte dos pinhais
tem um sub-coberto constituído por matos baixos dominados por ericáceas, correspondente ao habitat 4030
da Directiva Habitats (Tabela 8).
Tabela 8 – Correspondência da unidade de vegetação “Pinhal” com os habitats da Directiva Habitats, com a
fitossociologia e com os habitats EUNIS 2002.
Unidade de
Vegetação
Pinhal
Habitats da Directiva (ALFA, 2006)
4030 – Matos baixos de ericáceas
e/ou tojos, mesófilos ou xerófilos, de
substratos duros (Charnecas secas
europeias)
Correspondência Fitossociológica (ALFA, 2006)
Habitats
EUNIS 2002(a)
(ALFA, 2006)
Ericion umbellatae p.p.max. (classe Calluno-Ulicetea),
“incluem-se neste sub-tipo algumas comunidades de
distribuição galaico-portuguesa (e.g. Halimio
alyssoidis-Pterospartetum tridentatae)”
F4.2 p.p.max.
4030pt3 – Urzais, urzais-tojais e
urzais-estevais mediterrânicos não
litorais
(a) EUNIS Biodiversity Database
F4.2 – Dry heaths
Habitats dominados por vegetação arbustiva e sub-arbustiva
Unidade de Vegetação “Matagais Arborescentes de Espécies Lauróides”
Incluem-se, nesta unidade de vegetação, os louriçais (matagais arborescentes de loureiro) e os medronhaisazereirais, ambos subtipos do habitat 5230, da Directiva Habitas (ALFA, 2006), assim como os medronhais
meso-xerófilos correspondentes ao subtipo medronhais do habitat 5330 da mesma Directiva (Tabela 9)
(ALFA, 2006).
Os louriçais caracterizam-se pela dominância de Laurus nobilis e pela presença do medronheiro (Arbutus
unedo) e do folhado (Viburnum tinus). De sublinhar a não ocorrência de Prunus lusitanica subsp. lusitanica
neste subtipo (ALFA, 2006). Os medronhais-azereirais são dominados pelo medronheiro, acompanhado do
azereiro (Prunus lusitanica subsp. lusitanica) e também do azevinho (Ilex aquifolium). Tanto os louriçais como
os medronhais-azereirais constituem mosaicos sucessionais com as comunidades da série acidófila dos
carvalhais termófilos de Quercus robur (ALFA, 2006). Estes matagais surgem na sequência de perturbações
como o corte ou os incêndios.
Os medronhais meso-xerófilos são essencialmente mesomediterrânicos (ALFA, 2006), o que se coaduna
com a presença dos andares Mesomediterrânico Superior e Supramediterrânico Inferior na Serra do Açor.
Apesar dos subtipos do habitat 5230, referidos anteriormente, estarem associados a bioclimas de carácter
mais temperado, a sua existência nesta serra, justifica-se pelo facto de se tratar de uma zona de transição
entre influências biogeográficas distintas. De referir que os medronhais meso-xerófilos ocupam, na sua
1ª Fase – Relatório de Caracterização
48
Plano de Ordenamento da APPSA
maioria, vertentes expostas a Sul onde a influência mediterrânica se faz sentir de forma mais marcada. Estes
medronhais meso-xerófilos são dominados por Arbutus unedo e Erica arborea, aos quais se associam
espécies como Phillyrea latifolia e P. angustifolia, Viburnum tinus, Lavandula stoechas, Ruscus aculeatus e
Cytisus striatus, entre outras. Apesar de poderem constituir comunidades permanentes em encostas
rochosas ou cristas, a maioria integra as orlas arbustivas dos bosquetes residuais de sobreiro. Assim, estes
medronhais, com características pré-florestais, podem ocorrer associados com o que resta desses
bosquetes, mas muitas vezes integram mosaicos com giestais, estevais e matos baixos que correspondem a
fases avançadas de degradação desses ecossistemas florestais (ALFA, 2006).
A localização da Serra do Açor nos limites de várias Províncias fitogeofráficas, sob a influência predominante
do macrobioclima Mediterrânico, pontuado por numerosas “ilhas” temperadas (Costa et al., 1998) cujo
carácter de atlanticidade se acentua nas encostas com exposição predominante a Norte, justifica que as
formações de carvalho-roble (Quercus robur) contactem frequentemente com formações de sobreiro
(Quercus suber), o mesmo acontecendo com as respectivas etapas sucessionais. Optou-se, assim, por
incluir na mesma unidade de vegetação os medronhais meso-xerófílos e os subtipos do habitat 5230
(louriçais e medronhais-azereirais), uma vez que existe continuidade espacial entre eles na área de estudo e
apresentam uma estrutura semelhante, apesar dos distintos elencos florísticos.
Tabela 9 – Correspondência da unidade de vegetação “Matagais Arborescentes de Espécies Lauróides” com os
habitats da Directiva Habitats, com a fitossociologia e com os habitats EUNIS 2002.
Unidade de
Vegetação
Matagais
arborescentes de
espécies lauróides
Habitats da Directiva (ALFA, 2006)
Correspondência
Fitossociológica (ALFA, 2006)
*5230 – Matagais arborescentes de
Laurus nobilis
5230pt1 – Louriçais
5230pt3 – Medronhais-azereirais
F5.1
Arbuto unedonis-Laurion nobilis
p.p. (as associações dominadas
por Laurus nobilis)
Pruno lusitanicae-Arbutetum
unedonis
F5.5, F5.1 p.p.
[F5.5/P32.24]
[F5.5/P-32.25]
[F5.1/P-32-26]
[F5.1./P-32-11]
5330 – Matagais altos ou matos baixos
meso-xerófilos mediterrânicos (matos
termo-mediterrânicos pré-desérticos)
5330pt3 – Medronhais
Habitats EUNIS
2002(a) (ALFA, 2006)
Ericion arboreae (classe Quercetea
ilicis)
(a) EUNIS Biodiversity Database
F5.18 – European laurel matorral; F5.1 – Arborescent matorral; F5.5 – Thermo-Mediterranean scrub.
Unidade de Vegetação “Giestais”
A Serra do Açor encontra-se coberta por extensas áreas de matos que foram, em tempos, cobertas por
floresta. Os incêndios demasiado frequentes e intensos e a consequente erosão dos solos levaram à
regressão da floresta e à sua substituição por formações como os urzais e os giestais.
Os giestais na Serra do Açor são, quase sempre, dominados por Cytisus striatus. Esta espécie é
acompanhada por outras como Erica arborea, Pterospartum tridentatum, Halimium lasianthum, Pteridium
1ª Fase – Relatório de Caracterização
49
Plano de Ordenamento da APPSA
aquilinum, Rubus spp., Ulex minor, Arenaria montana, Digitalis purpurea, Genista falcata e Sedum
forsterianum. À espécie Cytisus striatus juntam-se muitas vezes outras giestas como C. grandiflorus ou C.
multiflorus, chegando esta última a ser dominante em alguns locais (Silveira, 2001).
Os giestais podem ser considerados matos altos, ocupando encostas com exposição geral Norte e solos com
cerca de 15cm de espessura (Silveira, 2001). Algumas destas áreas têm a sua origem em plantações de
giestas feitas pelas populações locais, com o intuito de enriquecer o solo em azoto no intervalo das
sementeiras de centeio (Silveira, 2001). A gestão destas áreas também incluía o corte e arranque selectivo
das urzes, sendo as torgas destas plantas utilizadas na produção de carvão.
Esta unidade de vegetação não inclui nenhum Habitat da Directiva Habitats. Existem, no entanto, diversos
habitats Eunis que descrevem a estrutura e composição florísticas dos giestais da Serra do Açor: F3.251
(White-flowered broom fields), F3.253 (Northwestern Iberian [Cytisus] fields), F3.256 (Central Iberian [Cytisus]
fields).
Unidade de Vegetação “Urzais”
Uma área considerável das encostas da Serra do Açor encontra-se coberta por matos baixos dominados por
urzes. Nas zonas mais elevadas com exposição Norte e em algumas linhas de cumeada, com solos de
profundidade média de 10cm, existem urzais dominados pela urze Erica australis. Estes urzais são o
resultado da desflorestação continuada da serra e são mantidos pela acção dos incêndios. Estes matos
baixos de cariz supramediterrânico incluem espécies como Erica australis, Pterospartum tridentatum,
Halimium lasianthum, Erica arborea, Deschampsia flexuosa, entre outras. Nas encostas expostas a Sul, em
condições de maior xericidade e sobre solos mais finos e lexiviados, desenvolve-se um urzal mais aberto e
de menor porte, em que a urze dominante é a Erica umbellata. Os taxa mais abundantes nestas
comunidades são Erica umbellata, Pterospartum tridentatum, Calluna vulgaris e Erica australis (Silveira,
2001). Em algumas áreas pode observar-se um domínio da carqueja (Pterospartum tridentatum).
Neste trabalho optou-se por considerar, para efeitos de cartografia e ordenamento, uma unidade de
vegetação denominada “urzais” e que inclui todas as variações identificadas na Serra do Açor, expressas
fundamentalmente pela dominância relativa das espécies presentes. Para esta opção, contribuiu tembém o
facto de ser difícil estabelecer os limites que separam cada um dos diferentes tipos de matos baixos e o facto
de as diferentes variações serem bem descritas pelo mesmo habitat da Directiva Habitats, 4030pt3 – Urzais
mediterrânicos não litorais (Tabela 10).
1ª Fase – Relatório de Caracterização
50
Plano de Ordenamento da APPSA
Tabela 10 – Correspondência da unidade de vegetação “Urzais” com os habitats da Directiva Habitats, com a
fitossociologia e com os habitats EUNIS 2002.
Unidade de
Vegetação
Urzais
Habitats da Directiva (ALFA, 2006)
4030 – Matos baixos de ericáceas
e/ou tojos, mesófilos ou xerófilos,
de substratos duros (Charnecas
secas europeias)
Correspondência Fitossociológica (ALFA, 2006)
Ericion umbellatae p.p.max. (classe Calluno-Ulicetea),
“incluem-se neste sub-tipo algumas comunidades de
distribuição galaico-portuguesa (e.g. Halimio
alyssoidis-Pterospartetum tridentatae)”
Habitats
EUNIS 2002(a)
(ALFA, 2006)
F4.2 p.p.max.
4030pt3 – Urzais mediterrânicos
não litorais
(a) EUNIS Biodiversity Database
F4.2 – Dry heaths
Unidade de Vegetação “Comunidades Rupícolas e Prados de Altitude”
Em muitas áreas de cumeada e em algumas encostas da serra surgem afloramentos de xisto, resultantes da
erosão dos solos que foi sendo facilitada pelos sucessivos incêndios florestais, deixando estas áreas
descobertas de vegetação. Estes afloramentos rochosos são rapidamente colonizados por espécies
pioneiras que toleram grandes amplitudes térmicas, indo de temperaturas negativas no Inverno a
temperaturas muito elevadas no Verão, além das condições, por vezes extremas, de xericidade. Salienta-se
a preponderância das gramíneas e crassuláceas (família de plantas suculentas). Os líquenes e musgos
também têm um lugar importante nestas comunidades.
O solo esquelético, que se aloja em camadas finas sobre a rocha ou nas fissuras do xisto, suporta algumas
comunidades rupícolas. Estas comunidades são caracterizadas pela vegetação herbácea, constituindo
arrelvados e prados de altitude dominados por gramíneas de géneros como Agrostis sp., Festuca sp. ou
vegetação casmófita e comófita das fissuras e superfícies xistosas, respectivamente.
Estes prados e comunidades rupícolas de altitude albergam algumas espécies com interesse florístico,
abundando os endemismos lusos e ibéricos. Cumprem assim um importante papel como refúgio de
biodiversidade. Algumas das espécies que aqui podem ser encontradas são Dianthus lusitanicus, Festuca
summilusitanica, Koelaria caudata, Sedum pruinatum, Sedum hirsutum, Agrostis truncatula, entre outras.
Porventura, a menor altitude a que se encontram os afloramentos rochosos no interior dos limites da AP não
permitem a existência de outras espécies mais relevantes do ponto de vista da conservação que se
desenvolvem em outros afloramentos rochosos da Serra do Açor.
A presença de espécies como a Festuca summilusitana e a Agrostis truncatula apontam para a presença do
habitat 6160pt2 – Matos rasteiros acidófilos temperados e mediterrânicos da Directiva Habitats (ALFA, 2006).
As comunidades rupícolas dos afloramentos e superfícies rochosas integram-se no habitat 8220pt2 –
Afloramentos rochosos siliciosos com vegetação vascular rupícola – Biótopos de comunidades comofíticas
(ALFA, 2006) (Tabela 11).
1ª Fase – Relatório de Caracterização
51
Plano de Ordenamento da APPSA
Tabela 11 – Correspondência da unidade de vegetação “Comunidades Rupícolas e Prados de Altitude” com os habitats
da Directiva Habitats, com a fitossociologia e com os habitats EUNIS 2002.
Unidade de
Vegetação
Habitats da Directiva (ALFA, 2006)
Comunidades
rupícolas e prados de
altitude
8220 – Afloramentos rochosos siliciosos com
vegetação vascular rupícola (vertentes rochosas
siliciosas com vegetação casmofítica)
8220pt2 – Biótopos de comunidades comofíticas
Correspondência
Fitossociológica (ALFA,
2006)
Habitats EUNIS
2002(a) (ALFA,
2006)
H3.1
Saxifragion fragosoi (classe
Phagnalo-Rumicetea indurati)
6160 - Matos rasteiros pioneiros
6160pt2 – Matos rasteiros acidófilos temperados
Hieracio castellaniE4.3613
e mediterrânicos
Plantaginion radicatae
(a) EUNIS Biodiversity Database
E4.3613 – Oro-Iberian acidophilous stripped grasslands – Cordilleran [Festuca] stripped grasslands; H3.1 – Acid siliceous inland
cliffs.
Unidade de Vegetação “Área Agrícola”
Os terrenos agrícolas da Serra do Açor, na sua maioria, dispõem-se em socalcos ao longo das encostas
declivosas. Com algumas excepções, a prática da agricultura na Serra do Açor encontra-se abandonada. Os
solos agrícolas abandonados revestem-se ao longo dos anos de uma sucessão de comunidades vegetais
que começa com prados arvenses e chega, em alguns casos, ao crescimento de pinhal jovem, resultado da
germinação de sementes provenientes dos pinhais das zonas adjacentes. Presentemente, podem observarse antigos terrenos agrícolas com todos os tipos de comunidades intermédias entre as duas situações
referidas, como sejam socalcos cobertos com silvas, giestas e urzes.
Optou-se por considerar como unidade de vegetação “área agrícola”, quer para efeitos de descrição da
comunidade, quer para efeitos de cartografia, os terrenos abandonados há menos tempo e cujo coberto
vegetal corresponde ainda a um prado arvense.
Nestes prados arvenses, húmidos durante o Inverno e Primavera e secos no Verão, podem ser encontradas
espécies como Cerastium glomeratum, Teesdalia nudicaulis, Rumex acetosella, Stellaria media, Brassica
barrelieri, Vulpia myurus subsp. sciuroides var. sciuroides, Geranium molle, Bromus hordeaceus, Mentha
suaveolens, Avena barbata, entre outras (Silveira, 2001).
Associados aos terrenos agrícolas, em muros de pedra e taludes antigos, desenvolvem-se comunidades
comofíticas com espécies como Annograma leptophylla, Polypodium cambricum, Selaginella denticulata,
entre outras. Esta comunidade corresponde à unidade fitossociológica Selaginello denticulatae-Anogrammion
leptophyllae (classe Anomodonto-Polypodietalia) (Tabela 12). De referir também a presença de comunidades
de muros velhos e fendas de rochas, com Cymbalaria muralis e vegetação de fissuras de paredes e muros
com substrato nitrificado nos perímetros urbanos, com Parietaria judaica.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
52
Plano de Ordenamento da APPSA
Tabela 12 – Correspondência da unidade de vegetação “Área Agrícola” com os habitats da Directiva Habitats, com a
fitossociologia e com os habitats EUNIS 2002.
Unidade de
Vegetação
Áreas
agrícolas
Habitats da Directiva (ALFA, 2006)
Correspondência Fitossociológica
(ALFA, 2006)
8220 – Afloramentos rochosos siliciosos com
vegetação vascular rupícola (vertentes rochosas
siliciosas com vegetação casmofítica)
8220pt3 – Biótopos de comunidades comófiticas
esciófilas ou de comunidades epifíticas
Habitats EUNIS
2002(a) (ALFA,
2006)
H3.1
Selaginello denticulataeAnogrammion leptophyllae (classe
Anomodonto-Polypodietalia)
(a)
EUNIS Biodiversity Database
H3.1 – Acid siliceous inland cliffs.
Valoração das Unidades de Vegetação
A valoração das unidades de vegetação foi baseada na metodologia que se encontra descrita
pormenorizadamente no Anexo II, juntamente com os resultados obtidos. Esta metodologia assenta na
determinação de um Valor de Conservação da Comunidade (VCC), a partir dos Valores de Conservação dos
Habitats (VCH) que constituem a comunidade, calculados previamente com base em diferentes parâmetros
de avaliação. Aos Valores de Conservação de cada comunidade foi atribuído uma classe de relevância para
a conservação. Este processo de valoração permitiu elaborar a carta [25] – valoração da vegetação. A
hierarquização das unidades de vegetação, segundo o seu valor de conservação, e os respectivos níveis de
classificação, encontram-se na Tabela 13, a seguir apresentada.
Tabela 13 – Hierarquização do valor de conservação das unidades de vegetação e respectivas classes de relevância.
Unidades de Vegetação
Florestas pré-climácicas de folhosas autóctones
Comunidades ripícolas
Matagais arborescentes de espécies lauróides
Comunidades rupícolas e prados de altitude
Comunidades não climácicas de folhosas autóctones
Bosquetes residuais de sobreiros
Pinhal
Urzais
Áreas Agrícolas
Giestais
VCC
41
39
33
31
27
27
12
12
12
4
Classes de relevância
Excepcional
Alto
Alto
Alto
Médio
Médio
Baixo
Baixo
Baixo
Baixo
Aplicação do Valor Florístico às Unidades de Vegetação
Com a aplicação do valor florístico às unidades de vegetação, procura-se conjugar os resultados da
valoração da vegetação e da valoração das espécies da flora numa única valoração final, tendo em conta o
definido no Caderno de Encargos (Anexo II), e que permite a elaboração da carta [27] – valores florísticos
e de vegetação.
Apresentam-se, na Tabela 14, os resultados da aplicação do valor florístico às unidades de vegetação.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
53
Plano de Ordenamento da APPSA
Tabela 14 – Determinação da classe de relevância final da flora e vegetação para cada unidade de vegetação.
Unidades de Vegetação
Florestas pré-climácicas de folhosas autóctones
Comunidades ripícolas
Matagais arborescentes de espécies lauróides
Comunidades rupícolas e prados de altitude
Comunidades não climácicas de folhosas
autóctones
Bosquetes residuais de sobreiros
Pinhal
Urzais
Áreas agrícolas
Giestais
Valor de
Vegetação
Excepcional
Alto
Alto
Alto
Excepcional
Alto
Alto
Alto
Valor Florístico e de
Vegetação
Excepcional
Alto
Alto
Alto
Médio
Alto
Alto
Médio
Baixo
Baixo
Baixo
Baixo
Médio
Médio
Médio
Médio
Médio
Médio
Médio
Médio
Médio
Médio
Valor Florístico
As “florestas pré-climácicas de folhosas autóctones” constituem a unidade de vegetação com maior valor
para a conservação, sendo a única que obteve um valor Excepcional. As unidades de vegetação
“comunidades ripícolas”, “matagais arborescentes de espécies lauróides”, “comunidades rupícolas e prados
de altitude” e “comunidades não climácicas de folhosas autóctones”, obtiveram um valor Alto, seja pelo valor
florístico intrínseco de cada uma, seja pelo valor da vegetação. As restantes unidades obtiveram um valor
Médio.
3.3. Fauna
O estatuto de protecção conferido à APPSA tem possibilitado a preservação da fauna aí presente e de
algumas espécies que, de outro modo, veriam a sua sobrevivência ameaçada. Os biótopos faunísticos que
constituem esta AP possibilitam a existência de uma fauna bastante diversificada e, para além disso, pelo
seu grau de conservação, permitem a ocorrência de alguns endemismos ibéricos que incrementam o valor
ecológico desta região.
Definição das Espécies da Fauna
Estão referenciadas (Tabela 15) até agora, para a APPSA, 423 espécies de invertebrados e 117 espécies de
vertebrados (Vergílio, 2005). Das espécies de invertebrados, 120 espécies foram referenciadas num estudo
das comunidades de macroinvertebrados aquáticos dos ribeiros da Mata da Margaraça que se dividem por
vários grupos taxonómicos: Tricladida, Nematoda, Gastropoda, Lamellibranchiata, Oligochaeta, Hirudinea,
Hydracarina, Isopoda, Collembola e Insecta (Abelho, 1996); 61 espécies de colêmbolos terrestres são
referidas por Lopes (1993); estão identificadas 241 espécies de lepidópteros (borboletas) (Pires, 1990); e foi
identificada uma espécie de coleóptero, Lucanus cervus (Sílvia Neves, comunicação pessoal). Das espécies
de vertebrados, 7 espécies pertencem à Classe Amphibia (Silva et al., 1985), 11 espécies pertencem à
Classe Reptilia (Silva et al., 1985), 64 espécies pertencem à Classe Aves (Tenreiro et al., 2002) e 35
espécies pertencem à Classe Mammalia (Lourenço, 2000; Rosa, 2004).
1ª Fase – Relatório de Caracterização
54
Plano de Ordenamento da APPSA
Tabela 15 – Número de espécies de cada grupo taxonómico referenciado para a APPSA.
Grupo Taxonómico
Invertebrados
Vertebrados
Número de Espécies
120
61
241
1
7
11
64
35
Macroinvertebrados aquáticos
Colêmbolos
Lepidópteros
Coleópteros
Anfíbios
Répteis
Aves
Mamíferos
Total
Número Total de Espécies
423
117
540
O elenco do total das espécies referenciadas para a APPSA, a caracterização de cada uma relativamente
aos vários estatutos considerados na sua valoração, a determinação do seu valor ecológico específico (VEE)
e o biótopo em que cada uma ocorre encontram-se na Tabela 48 (Anexo III).
De acordo com o definido pelo ICN, esta caracterização baseia-se nos dados disponíveis e obtidos em
trabalhos realizados anteriormente ao presente PO, não se tendo procedido a estudos faunísticos para além
de algumas confirmações no campo.
Invertebrados
Do grupo dos invertebrados, consideraram-se para a valoração da fauna apenas as espécies de lepidópteros
e o coleóptero, por não haver informação suficiente relativamente aos restantes grupos taxonómicos
referidos, que permitisse caracterizar todos os parâmetros considerados na valoração das espécies.
Destacam-se quatro espécies que se encontram protegidas por documentos estruturantes da política de
conservação da natureza, a nível internacional (Tabela 16). Refere-se ainda que a espécie de lepidóptero
Euplagia quadripunctaria é considerada uma espécie prioritária da Directiva Habitats.
Tabela 16 – Espécies de invertebrados presentes na APPSA com estatutos de protecção.
Espécie
Lucanidae
Lucanus cervus
Lasiocampidae
Phillodesma ilicifolia
Nymphalidae
Eurodryas aurinia
Arctiidae
Euplagia quadripunctaria
UICN
Documento
DH (Anexo)
Berna (Anexo)
-
B-II
III
Vulnerável
-
-
-
B-II
II
-
B-II (prioritária)
-
Vertebrados
O estudo faunístico do grupo dos Anfíbios, bem como do grupo dos répteis, data de 1985. Não existindo
referências mais recentes para a fauna herpetológica ocorrente nesta área, e dado que esta se encontra
relativamente bem conservada, tomaram-se estes dados como correctos para a realidade actual.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
55
Plano de Ordenamento da APPSA
Anfíbios
Todas as espécies de anfíbios referidas para a APPSA (Silva et al., 1985) encontram-se protegidas por um
ou mais documentos relativos à conservação das espécies, a nível nacional e internacional (Tabela 17).
Destaca-se a salamandra-lusitânica (Chioglossa lusitanica) que é abrangida por quatro documentos, com o
estatuto de Vulnerável no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, e a rã-ibérica (Rana iberica), que só
não se encontra incluída no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal. Refere-se ainda a ocorrência de
três endemismos ibéricos, a salamandra-lusitânica (Chioglossa lusitanica), o tritão-de-ventre-laranja (Triturus
boscai) e a rã-ibérica (Rana iberica), todos eles incluídos no Livro Vermelho da UICN, com o estatuto Quase
Ameaçado.
Os anfíbios constituem um grupo faunístico que está dependente da presença de água para a sobrevivência
das suas espécies, dado que a fase de reprodução e crescimento dos girinos e larvas ocorre dentro de água.
Por esta razão, a conservação dos locais onde este elemento está presente merece especial atenção. Entre
outros, designam-se as linhas de água, bem como as levadas de rega, os tanques e as minas de água, que
se encontram dispersos um pouco por toda a região, e que são, ou foram em tempos, estruturas de apoio à
agricultura praticada para a subsistência das pessoas.
Tabela 17 – Espécies de anfíbios presentes na APPSA e respectivos estatutos de protecção.
Documento
Espécie
LV
UICN
DH
(Anexo)
Berna
(Anexo)
Salamandridae
Chioglossa lusitanica
(Salamandra-lusitânica)
Vulnerável
Quase
Ameaçado
B-II
II
Salamandra salamandra
(Salamandra-de-pintasamarelas)
-
-
-
III
Triturus boscai
(Tritão-de-ventre-laranja)
-
Triturus marmoratus
Discoglossidae
Alytes obstetricans
Bufonidae
Bufo bufo
Ranidae
(Tritão-marmoreado)
Rana iberica
-
III
-
Quase
Ameaçado
-
B-IV
III
(Sapo-parteiro)
-
-
B-IV
II
(Sapo)
-
-
-
III
(Rã-ibérica)
-
Quase
Ameaçado
B-IV
II
Répteis
À semelhança dos anfíbios, as 11 espécies de répteis encontram-se legalmente protegidas por um dos
anexos da Convenção de Berna. O lagarto-de-água (Lacerta schreiberi) e a víbora-cornuda (Vipera latastei),
além desse, encontram-se ainda protegidos por outros diplomas (Tabela 18), e são endemismos ibéricos,
juntamente com a lagartixa-de-Bocage (Podarcis bocagei).
1ª Fase – Relatório de Caracterização
56
Plano de Ordenamento da APPSA
Tabela 18 – Algumas espécies de répteis presentes na APPSA e respectivos estatutos de protecção.
Espécie
Lacertidae
Lacerta schreiberi
Viperidae
Vipera latastei
Documento
DH (Anexo)
LV
UICN
Berna (Anexo)
(Lagarto-de-água)
-
Quase Ameaçado
B-II
II
(Víbora-cornuda)
Vulnerável
-
-
II
Aves
De todas as espécies de aves, apenas quatro (o pombo-torcaz, Columba palumbus; o gaio, Garrulus
glandarius; a gralha-preta, Corvus corone; e o pardal, Passer domesticus) não estão abrangidas no Anexo II
ou no Anexo III da Convenção de Berna.
Destacam-se a águia-caçadeira (Circus pygargus) que se encontra no Livro Vermelho dos Vertebrados de
Portugal, com o estatuto de “Em Perigo”, e o açor (Accipiter gentilis) juntamente com a coruja-do-nabal (Asio
flammeus) e a toutinegra-de-barrete (Sylvia borin) que são dados, pelo mesmo Livro, como “Vulneráveis”
(Tabela 19). Refere-se ainda um endemismo ibérico, a felosinha-ibérica (Phylloscopus ibericus), da família
Sylvidae.
Tabela 19 – Algumas espécies de aves presentes na APPSA e respectivos estatutos de protecção.
Espécie
Accipitridae
Circus pygargus
Accipiter gentilis
Strigidae
Asio flammeus
Alcedinidae
Alcedo athis
Motacillidae
Anthus trivialis
Sylviidae
Sylvia borin
Sylvia undata
Muscicapidae
Muscicapa striata
Ficedula hypoleuca
Fringillidae
Fringilla montifringilla
Emberizidae
Emberiza hortulana
LV
Documento
UICN
DA (Anexo)
Berna (Anexo)
(Águia caçadeira)
(Açor)
Em Perigo
Vulnerável
-
A-I
-
II
II
(Coruja-do-nabal)
Vulnerável
-
A-I
II
-
-
A-I
II
(Petinha-das-árvores)
Quase Ameaçado
-
-
II
(Toutinegra-de-barrete)
(Toutinegra-do-mato)
Vulnerável
-
-
A-I
II
II
(Taralhão-cinzento)
(Papa-moscas)
Quase Ameaçado
Quase Ameaçado
-
-
II
II
(Tentilhão-montês)
Informação Insuficiente
-
-
III
(Sombria)
Informação Insuficiente
-
A-I
III
(Guarda-rios)
Mamíferos
No grupo dos mamíferos, nove espécies encontram-se incluídas no Anexo III da Convenção de Berna, sendo
elas o ouriço-cacheiro (Erinaceus europeus), o musaranho-de-dentes-brancos (Crocidura russula), a lebre
(Lepus capensis), o esquilo-vermelho (Sciurus vulgaris), a doninha (Mustela nivalis), a fuinha (Martes foina),
o texugo (Meles meles), a geneta (Genetta genetta) e o saca-rabos (Herpestes ichneumon).
Dentro deste grupo destacam-se os morcegos, por se encontrarem quase todos abrangidos pelos diversos
estatutos de protecção (Tabela 20), o que os torna particularmente interessantes do ponto de vista da
1ª Fase – Relatório de Caracterização
57
Plano de Ordenamento da APPSA
conservação, estando o morcego-de-Bechstein (Myotis bechsteinii) considerado como “Em Perigo” no Livro
Vermelho dos Vertebrados de Portugal e como “Vulnerável” na Lista Vermelha da UICN. Referem-se, ainda,
três endemismos ibéricos que ocorrem na APPSA: o musaranho-de-dentes-vermelhos (Sorex granarius), a
toupeira (Talpa occidentalis) e o rato-cego (Microtus lusitanicus).
Tabela 20 – Algumas espécies de mamíferos presentes na APPSA e respectivos estatutos de protecção.
Documento
Espécie
LV
UICN
DH
(Anexo)
Berna
(Anexo)
(Musaranho-de-dentesvermelhos)
Informação Insuficiente
-
-
III
(Morcego-de-ferradurapequeno)
Vulnerável
-
B-II
II
Informação Insuficiente
Vulnerável
Em Perigo
Informação Insuficiente
Vulnerável
Vulnerável
Quase Ameaçado
B-II
B-IV
B-II
B-IV
B-IV
B-IV
B-IV
II
II
II
II
III
II
II
Soricidae
Sorex granarius
Rhinolophidae
Rhinolophus
hipposideros
Vespertilionidae
Myotis emarginatus
Myotis nattereri
Myotis bechsteinii
Myotis daubentonii
Pipistrellus pipistrellus
Pipistrellus kuhli
Nyctalus leisleri
Nyctalus
lasiopterus/noctula
Eptesicus serotinus
Barbastella barbastellus
Plecotus auritus
Molossidae
Tadarida teniotis
Leporidae
Oryctolagus cuniculus
Gliridae
Elyomis quercinus
Mustelidae
Mustela putorius
(Morcego-lanudo)
(Morcego-de-franja)
(Morcego-de-Bechstein)
(Morcego-de-água)
(Morcego-anão)
(Morcego-de-Kuhl)
(Morcego-arborícola-pequeno)
(Morcego-arborícolagigante/grande)
(Morcego-hortelão)
(Morcego-negro)
(Morcego-orelhudo-castanho)
Informação Insuficiente
Quase Ameaçado
B-IV
II
Informação Insuficiente
Informação Insuficiente
Vulnerável
-
B-IV
B-II
B-IV
II
II
II
(Morcego-rabudo)
Informação Insuficiente
-
B-IV
II
Quase Ameaçado
-
-
-
(Leirão)
Informação Insuficiente
Vulnerável
-
III
(Toirão)
Informação Insuficiente
-
-
III
(Coelho-bravo)
Valoração das Espécies da Fauna
Para cada uma das espécies foi determinado um VEE, com base em factores como o seu estatuto de
conservação, quer a nível nacional quer internacional, as suas áreas de distribuição, as suas necessidades
ecológicas e a sua importância a nível regional, procedendo-se depois à sua hierarquização por ordem de
VEE (Anexo III).
O grupo dos invertebrados foi tratado separadamente do grupo dos vertebrados por se ter considerado um
número inferior de documentos referentes à protecção das espécies (visto não se entrar em consideração
com o Livro Vermelho dos Vertebrados) na sua valoração; pela dificuldade em encontrar bibliografia referente
a este grupo taxonómico para caracterizar as espécies nos restantes parâmetros de valoração; e por existir
um número de espécies bastante díspar entre invertebrados e vertebrados, resultando em VEE’s para os
vertebrados de ordem muito superior (VEE máximo de 63,32) aos dos invertebrados (VEE máximo de 28,87)
1ª Fase – Relatório de Caracterização
58
Plano de Ordenamento da APPSA
(Tabela 21). Assim, aquando da hierarquização do conjunto total de espécies, os invertebrados não seriam
abrangidos pela lista das espécies prioritárias, o que poderia introduzir um erro nos resultados finais.
Os invertebrados são fonte de alimento de alguns vertebrados, pelo que a sua conservação se torna
importante na manutenção do equilíbrio das cadeias alimentares. Além disso, poderão ter um valor intrínseco
para a conservação, refere-se como exemplo a borboleta Euplagia quadripunctaria que possui um elevado
estatuto de protecção na Directiva Habitats, sendo considerada uma espécie prioritária para a conservação.
O tratamento independente dos invertebrados e dos vertebrados permitiu pois minimizar o erro originado pela
falta de informação verificada para o grupo dos invertebrados, obtendo-se assim dois grupos de espécies de
valor ecológico mais elevado, adiante designadas espécies prioritárias.
Ordenadas pelo seu VEE, encontram-se, na Tabela 21, as listas de espécies com VEE mais elevado, 15
espécies referentes aos invertebrados e 20 espécies referentes aos vertebrados. As restantes espécies e o
respectivo VEE encontram-se na Tabela 48 (Anexo III).
Tabela 21 – Lista das espécies prioritárias (espécies com maior VEE).
Invertebrados
Espécie
Ophiusa tirhaca
Lucanus cervus
Libythea celtis
Cerura iberica
Catocala optata
Phyllodesma ilicifolia
Euplagia quadripunctaria
Polymixis dubia
Limenitis reducta
Cyclophora pupilaria
Macdunnoughia confusa
Eurodryas aurinia
Melanargia ines
Leucochlaena oditis
Catocala conjuncta
Vertebrados
VEE máx.
28,87
26,52
25,11
25,11
25,11
24,80
24,11
23,78
23,68
23,58
22,23
21,05
20,90
20,90
20,82
Espécie
Chioglossa lusitanica
Myotis bechsteinii
Rana iberica
Lacerta schreiberi
Emberiza hortulana
Nyctalus leisleri
Myotis emarginatus
Barbastella barbastellus
Myotis nattereri
Sorex granarius
Triturus boscai
Vipera latastei
Triturus mamoratus
Tadarida teniotis
Cinclus cinclus
Myotis daubentonii
Asio flammeus
Nyctalus lasiopterus/noctula
Alytes obstetricans
Rinolophus hipposideros
(Salamandra-lusitânica)
(Morcego-de-Bechstein)
(Rã-ibérica)
(Lagarto-d’água)
(Sombria)
(Morcego-arborícola-pequeno)
(Morcego-lanudo)
(Morcego-negro)
(Morcego-de-franja)
(Musaranho-de-dentes-vermelhos)
(Tritão-de-ventre-laranja)
(Víbora-cornuda)
(Tritão-marmoreado)
(Morcego-rabudo)
(Melro-d’água)
(Morcego-de-água)
(Coruja-do-nabal)
(Morcego-arborícola-gigante/grande)
(Sapo-parteiro)
(Morcego-de-ferradura-pequeno)
VEE máx.
63,32
52,89
50,22
48,68
44,46
43,94
43,43
42,94
39,22
38,69
38,66
37,68
37,10
36,61
35,57
35,53
35,05
34,52
34,50
34,01
Verifica-se, no grupo dos vertebrados, que 10 das espécies com maior VEE, 50% das 20 consideradas,
pertencem à classe dos mamíferos, sendo 9 de morcegos. Este resultado deve-se ao facto, já exposto, dos
morcegos se encontrarem quase todos abrangidos pelos diversos estatutos de protecção, o que os torna
particularmente interessantes do ponto de vista da conservação.
O caderno de encargos sugere a definição e cartografia de locais de especial interesse para as espécies
prioritárias da fauna (carta [29] – locais de especial interesse para espécies prioritárias da fauna). Esta
carta não foi elaborada para o presente PO, uma vez que, para as espécies definidas como prioritárias
1ª Fase – Relatório de Caracterização
59
Plano de Ordenamento da APPSA
(Tabela 21) não foi possível definir locais de especial interesse, mas apenas o território com características
ecológicas adequadas à sua ocorrência ou onde esta se encontra documentada.
3.4. Biótopos
Apesar da sua pequena dimensão, a APPSA apresenta um variado conjunto de biótopos, com maior ou
menor representatividade, e que constituem suporte de espécies com exigências ecológicas distintas que, no
seu todo, contribuem para a riqueza faunística da AP.
Definição dos Biótopos para a Fauna
Através da análise da informação disponível, do conhecimento da área e tendo em conta factores como o
valor ecológico das espécies, determinado anteriormente, o grau de dependência que algumas delas têm em
relação aos diferentes biótopos e à abundância das espécies que os utilizam, definiram-se oito biótopos com
importância para a fauna ocorrente na AP, e cartografaram-se na carta [13] - biótopos (Vergílio, 2005): (1)
“Floresta de Folhosas” (FF), (2) “Pinhal” (P), (3) “Olival” (O), (4) “Matos Altos” (MA), (5) “Matos Baixos” (MB),
(6) “Formações Ripícolas e Sistemas Aquáticos Artificiais” (FR), (7) “Área Agrícola” (AA) e (8) “Aglomerados
e Estruturas Artificiais Dispersas” (AEa).
Os critérios adoptados para a definição e a valoração dos biótopos presentes, bem como o elenco das
espécies que ocorrem em cada um deles, encontram-se descritos mais pormenorizadamente no Anexo III.
De seguida, apresenta-se uma breve descrição dos biótopos (Vergílio, 2005), assim como o número de
espécies da fauna que os utilizam e que deles dependem.
Biótopo “Floresta de Folhosas”
O biótopo “Floresta de Folhosas” é caracterizado por dois tipos de formações de folhosas, um que se
encontra em etapa pré-clímax e outro residual ou de regeneração. Apesar das significativas diferenças
estruturais entre ambos, estes dois tipos foram tratados conjuntamente por não se dispor de informação
suficiente, aquando da sua valoração, que reflectisse essas diferenças.
A mancha única de folhosas que se encontra numa fase pré-climácica da série de vegetação é a Mata da
Margaraça, que constitui a mancha arbórea com mais importância em termos de conservação, no que
respeita à flora e à vegetação, na APPSA. Esta mancha é dominada essencialmente por povoamentos de
carvalho (Quercus robur) e castanheiros (Castanea sativa), com um estrato de lianas bastante desenvolvido.
O copado cerrado favorece o estabelecimento de um microclima sombrio e húmido que, em conjunto com a
fraca intervenção humana, proporciona um habitat ideal para variadas espécies da fauna.
As manchas de folhosas residuais dispersas são constituídas essencialmente por castanheiro (Castanea
sativa), nas áreas em que o relevo, as condições microclimáticas e o solo favorecem o desenvolvimento das
folhosas, como por exemplo nos vales encaixados. Estas manchas resultaram do abandono da cultura do
castanheiro, quer dos soutos para produção da castanha, quer dos castinçais para a produção de varas,
actividades que foram, em tempos, bastante comuns na Serra do Açor.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
60
Plano de Ordenamento da APPSA
As manchas de folhosas de regeneração resultaram do abandono de muitas terras, o que possibilitou a
regeneração destas espécies. As manchas que constituem este biótopo são extremamente importantes para
a conservação da fauna, uma vez que as cavidades naturais das árvores constituem um habitat preferencial
de algumas espécies da fauna, e a produção de bolotas, bagas, etc., constitui uma fonte de alimento (ICN,
2005 cit. por Vergílio, 2005).
Este biótopo é utilizado por um total de 279 espécies (Tabela 22), sendo o que alberga o maior número de
espécies. Destacam-se nove espécies de lepidópteros que encontram nas manchas de folhosas o seu único
habitat de ocorrência: Libytea celtis, Cyclophora puppilaria e Catocala conjuncta, Pandoriana pandora,
Fabriciana adippe, Drepana uncinula, Peribatodes umbraria, Drymonia querna e Moma alpium.
Tabela 22 – Número de espécies ocorrentes no biótopo “Floresta de Folhosas”.
Número de Espécies Ocorrentes
Invertebrados
Lepidópteros
Coleóptero
194
1
Anfíbios
5
Vertebrados
Répteis
Aves
8
39
Mamíferos
32
Total
279
O elenco de todas as espécies que ocupam este biótopo encontra-se na Tabela 50 (Anexo III).
Biótopo “Pinhal”
As áreas incluídas no biótopo “Pinhal” caracterizam-se essencialmente por apresentarem uma monocultura
de pinheiro-bravo (Pinus pinaster), maioritariamente de regeneração, consequência do grande incêndio de
1987 que ocorreu em parte da AP, e outros. Apesar da predominância desta espécie nas áreas classificadas
aqui como “pinhal”, em muitas delas existe uma sobreposição significativa com comunidades de matos altos,
matos baixos ou até mesmo de folhosas em regeneração.
Existem neste biótopo 216 espécies (Tabela 23), das quais 144 são lepidópteros e 72 são vertebrados.
Destaca-se uma espécie de lepidóptero que depende exclusivamente deste biótopo, Thaumetopoea
pityocampa, e outras oito que o usam como um dos poucos biótopos preferenciais, como por exemplo
Hoyosia codeti e Chesias legatella.
Tabela 23 – Número de espécies ocorrentes no biótopo “Pinhal”.
Número de Espécies Ocorrentes
Invertebrados
Lepidópteros
Coleóptero
144
0
Anfíbios
0
Vertebrados
Répteis
Aves
9
36
Mamíferos
27
Total
216
O elenco de todas as espécies que ocupam este biótopo encontra-se na Tabela 50 (Anexo III).
Biótopo “Olival”
As áreas incluídas no biótopo “Olival” são caracterizadas pela predominância da oliveira (Olea europeia).
Visto que estas áreas são ainda agricultadas, o estrato herbáceo de algumas, mais próximas das povoações,
é geralmente constituído por culturas anuais. À medida que a agricultura foi diminuindo, com o abandono dos
campos, as restantes áreas de olival foram sendo progressivamente colonizadas por espécies espontâneas,
nomeadamente as gramíneas e as silvas, que constituem agora o seu principal estrato herbáceo e arbustivo.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
61
Plano de Ordenamento da APPSA
Encontram-se neste biótopo 214 espécies (Tabela 24), das quais 138 são lepidópteros e as restantes 76 são
vertebrados. Referem-se a águia-de-asa-redonda (Buteo buteo) e o mocho-galego (Athene noctua), que,
para além deste biótopo, dependem apenas do pinhal (no caso da águia-de-asa-redonda) e da área agrícola
(no caso do mocho-galego).
Tabela 24 – Número de espécies ocorrententes no biótopo “Olival”.
Número de Espécies Ocorrentes
Invertebrados
Lepidópteros
Coleóptero
138
0
Anfíbios
3
Vertebrados
Répteis
Aves
7
37
Mamíferos
29
Total
214
O elenco de todas as espécies que ocupam este biótopo encontra-se na Tabela 50 (Anexo III).
Biótopo “Matos Altos”
As áreas incluídas no biótopo “Matos Altos” são áreas densas, dominadas por giestas (Cytisus spp.) e, em
algumas áreas, também com a presença de espécies como o medronheiro (Arbutus unedo) e o loureiro
(Laurus nobilis). As áreas que constituem este biótopo têm um grau de cobertura próximo dos 100% (ICN,
2005 cit. por Vergílio, 2005), com exposição essencialmente a Norte, no caso dos giestais sob influência de
clima atlântico. A vegetação que aqui se desenvolve, boa fixadora de azoto, encontra-se sobre um solo mais
rico que as áreas de matos baixos. A cobertura densa constitui abrigo e refúgio para muitas espécies.
Utilizam este biótopo 175 espécies (Tabela 25), das quais 136 são lepidópteros e as restantes 39 são
vertebrados. É um biótopo de muita importância para espécies como o lepidóptero Chesias legatella, o cuco
(Cuculus canorus), a escrevedeira (Emberiza cirlus) e a cia (Emberiza cia).
Tabela 25 – Número de espécies ocorrentes no biótopo “Matos Altos”.
Número de Espécies Ocorrentes
Invertebrados
Lepidópteros
Coleóptero
136
0
Anfíbios
0
Vertebrados
Répteis
Aves
7
15
Mamíferos
17
Total
175
O elenco de todas as espécies que ocupam este biótopo encontra-se na Tabela 50 (Anexo III).
Biótopo “Matos Baixos”
À semelhança do biótopo P, o biótopo “Matos Baixos” ocupa uma grande área da APPSA e a sua estrutura
assemelha-se à estrutura do Habitat 4030 – Matos baixos de ericáceas e/ou tojos, mesófilos ou xerófilos, de
substratos duros (Charnecas secas europeias), da Directiva Habitats (Decreto-Lei n.º 49/2005, de 24 de
Fevereiro) (ALFA, 2006). Este biótopo é constituído por áreas com um elevado grau de cobertura,
essencialmente de ericáceas (Erica sp., Calluna sp.), cistáceas (Halimium sp. e Cistus sp.) e/ou tojos
(Genista sp. e Ulex sp.). Este biótopo ocupa as áreas com solos mais pobres, de maior altitude ou recémcolonizadas após os incêndios, já que muitas das suas espécies estão adaptadas a curtos ciclos de
recorrência do fogo (ICN, 2005 cit. por Vergílio, 2005).
Está presente, neste biótopo, um total de 173 espécies (Tabela 26), das quais 141 espécies são de
lepidópteros e 32 espécies de vertebrados. Refere-se a sombria (Emberiza hortulana) que depende
1ª Fase – Relatório de Caracterização
62
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exclusivamente deste biótopo, em conjunto com os lepidópteros Dyscia fagaria e Agrochola haematidea, a
águia-caçadeira (Circus pygargus) e a toutinegra-do-mato (Sylvia undata).
Tabela 26 – Número de espécies ocorrentes no biótopo “Matos Baixos”.
Número de Espécies Ocorrentes
Invertebrados
Lepidópteros
Coleóptero
141
0
Anfíbios
0
Vertebrados
Répteis
Aves
7
11
Mamíferos
14
Total
173
O elenco de todas as espécies que ocupam este biótopo encontra-se na Tabela 50 (Anexo III).
Biótopo “Formações Ripícolas e Sistemas Aquáticos Artificiais”
O biótopo “formações ripícolas” ocorre ao longo das linhas de águas. O ambiente húmido e os vales
encaixados, em que muitas se encontram, favorecem a fixação e o desenvolvimento de plantas mais
exigentes quanto à humidade, como é o caso dos salgueiros (Salix sp.), dos amieiros (Alnus glutinosa) e dos
azereiros (Prunus lusitanica), que constituem parte do estrato arbóreo. Encontram-se ainda frequentemente
neste biótopo espécies de lianas, como a hera (Hedera helix), as silvas (Rubus sp.) e muitas espécies
herbáceas, como as violetas (Viola sp.) e a urtiga (Urtica dioica).
De modo a salvaguardar a disponibilidade de habitat para a fase de reprodução e para a fase juvenil do ciclo
de vida dos anfíbios incluem-se, ainda, neste biótopo, outros sistemas aquáticos artificiais ou naturais, como
sejam tanques dispersos, levadas de rega e minas de água. Estas estruturas, que se encontram um pouco
por toda a AP, são estruturas pontuais, pelo que não é exequível a sua cartografia. A frescura proporcionada
pela humidade existente na proximidade das linhas de água fornece as condições necessárias para o
desenvolvimento das espécies da fauna dependentes da água, tornando as linhas de água e a vegetação
envolvente muito importantes para a conservação da fauna.
O biótopo FR é o segundo biótopo que alberga mais espécies, 226 espécies (Tabela 27), constituindo um
biótopo fundamental para várias espécies que dele dependem para a sua sobrevivência: o lepidóptero Earias
vernana, a salamandra-lusitânica (Chioglossa lusitanica) e a rã-ibérica (Rana iberica) que desenvolvem aqui
o seu ciclo de vida e são legalmente protegidas por diversos documentos (ver Tabela 17), assim como o
guarda-rios (Alcedo athis), o melro-d’água (Cinclus cinclus), o rouxinol-bravo (Cettia cetti) e a felosinhaibérica (Phylloscopus ibericus).
Tabela 27 – Número de espécies ocorrentes no biótopo “Formações Ripícolas e Sistemas Aquáticos Artificiais”.
Número de Espécies Ocorrentes
Invertebrados
Lepidópteros
Coleóptero
176
1
Anfíbios
7
Vertebrados
Répteis
Aves
6
8
Mamíferos
28
Total
226
O elenco de todas as espécies que ocupam este biótopo encontra-se na Tabela 50 (Anexo III).
Biótopo “Área Agrícola”
Este biótopo engloba as áreas actualmente cultivadas e os terrenos agrícolas abandonados. Nos terrenos
ainda cultivados pratica-se uma agricultura tradicional e de subsistência, onde predominam as hortas e os
1ª Fase – Relatório de Caracterização
63
Plano de Ordenamento da APPSA
pomares. Ocorre essencialmente nas encostas junto das povoações e ao longo de linhas de água, ocupando
em muitos casos áreas que já foram o leito da ribeira, que se designam quelhadas6.
Alguns terrenos agrícolas da APPSA têm estrutura em socalco, como é o caso das grandes manchas que se
encontram junto às povoações de Relva Velha e Pardieiros. A sua presença pode tornar este biótopo
importante, não apenas do ponto de vista faunístico, pelos alimentos que proporciona aos animais, mas
também do ponto de vista paisagístico. Os restantes terrenos encontram-se próximos de linhas de água,
onde a agricultura é também favorecida pelos solos mais férteis.
Utilizam este biótopo 239 espécies, 160 pertencentes ao grupo dos lepidópteros, 79 pertencentes ao grupo
dos vertebrados (Tabela 28). Destacam-se, neste biótopo, duas espécies que dependem dele
exclusivamente, o lepidóptero Sesamia nonagrioides e a coruja-do-nabal (Asio flammeus).
Tabela 28 – Número de espécies ocorrentes no biótopo “Área Agrícola”.
Número de Espécies Ocorrentes
Invertebrados
Lepidópteros
Coleóptero
160
0
Anfíbios
5
Vertebrados
Répteis
Aves
9
39
Mamíferos
26
Total
239
O elenco de todas as espécies que ocupam este biótopo encontra-se na Tabela 50 (Anexo III).
Biótopo “Aglomerados e Estruturas Artificiais Dispersas”
Este biótopo inclui os aglomerados urbanos presentes na área em estudo, a aldeia de Pardieiros e parte da
aldeia do Enxudro. No entanto, devido à proximidade dos limites da APPSA de outros aglomerados urbanos,
como sejam a Relva Velha e a Benfeita, torna-se importante referir estes aglomerados, porque podem
constituir locais de ocorrência das espécies que dependem deste biótopo. Estas pequenas aldeias têm o
carácter rústico e pacato característico das aldeias serranas, com a presença, entre outras, de construções
antigas em xisto e construções abandonadas.
Este biótopo inclui ainda outras estruturas, naturais ou artificiais, espalhadas um pouco por toda a APPSA,
como sejam grutas ou minas e construções abandonadas, que não são cartografadas devido à sua natureza
pontual e dispersa. Muitas destas estruturas serviam de apoio à actividade agrícola. As que estão
actualmente abandonadas constituem um potencial abrigo para várias espécies da fauna; por exemplo,
muitas espécies de morcegos, legalmente protegidos, poderão utilizar estes edifícios como abrigo ou para
colónias de criação, como é o caso do morcego-de-ferradura-pequeno (Rhinolophus hipposideros), que pode
formar colónias de criação em edifícios, minas ou grutas abandonadas (Mathias, 1999).
Este biótopo é o que alberga o menor número de espécies (Tabela 29), num total de 171, das quais 137
espécies são lepidópteros e 34 espécies são vertebrados. Destacam-se, neste biótopo, os morcegos que
utilizam as estruturas deste biótopo como refúgio e/ou abrigo para as suas colónias de reprodução. Para uma
6 As quelhadas são áreas de terreno cultivado, que foram em tempos o leito da ribeira, tendo o curso desta sido limitado por um muro em xisto
construído ao longo da linha de água, conseguindo-se, desta forma, um aumento da área de terreno disponível para a prática da agricultura.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
64
Plano de Ordenamento da APPSA
espécie de lepidóptero, Scopula marginepunctata, e uma espécie de ave, o rabirruivo (Phoenicurus
ochruros), este é o seu biótopo preferencial.
Tabela 29 – Número de espécies ocorrentes no biótopo “Aglomerados e Estruturas Artificiais Dispersas”.
Número de Espécies Ocorrentes
Invertebrados
Lepidópteros
Coleóptero
137
0
Anfíbios
3
Vertebrados
Répteis
Aves
4
7
Mamíferos
20
Total
171
O elenco de todas as espécies que ocupam este biótopo encontra-se na Tabela 50 (Anexo III).
Valoração dos Biótopos para a Fauna
A valoração dos biótopos com importância para a fauna presente na APPSA foi determinada com base no
elenco das espécies que os utilizam e na respectiva valoração das espécies faunísticas (Vergílio, 2005).
Obteve-se o Valor Faunístico do Biótopo (VFB) utilizando o procedimento descrito no Anexo III. A respectiva
cartografia encontra-se na carta [28] – valoração dos biótopos para a fauna.
A hierarquização dos biótopos pelo seu valor faunístico e a respectiva classificação, de acordo com a sua
relevância para a conservação da fauna, encontram-se na Tabela 30, a seguir apresentada.
Tabela 30 – Hierarquização do valor faunístico dos biótopos e respectiva classificação.
Biótopo
FF
FR
AA
O
P
AEa
MA
MB
VFB
62,88
50,19
46,56
44,67
43,33
29,42
25,77
25,60
Valor
Excepcional
Alto
Médio
Médio
Médio
Baixo
Baixo
Baixo
O biótopo FF é o biótopo que apresenta maior valor faunístico (62,88), ou seja, é o que tem mais importância
para a fauna. Deste biótopo, reconhece-se que a Mata da Margaraça apresenta maior importância para a
conservação, relativamente às restantes manchas de folhosas, apesar de não ser reflectido na sua
valoração. Por ser uma mancha de folhosas que se encontra na sua etapa pré-clímax, a Mata da Margaraça
apresenta um ecossistema bastante mais estável e complexo, o que favorece a fauna aí presente. É o
biótopo que alberga o maior número de espécies, algumas das quais possuem estatutos legais de protecção
que evidenciam a sua fragilidade e a responsabilidade de garantir a manutenção dos biótopos onde ocorrem.
O biótopo FR, também muito importante do ponto de vista da conservação da fauna, obteve o segundo valor
faunístico mais elevado (50,19), do qual depende a sobrevivência dos anfíbios, que o utilizam durante uma
grande parte do seu ciclo de vida, para reprodução e desenvolvimento na fase juvenil.
Os biótopos AA (46,56), O (44,67) e P (43,33) apresentam valores faunísticos intermédios, todos superiores
aos valores faunísticos dos biótopos AEa (29,42), MA (25,77) e MB (25,60), que apresentam valores baixos.
O biótopo AEa, por ser mais antropizado, e os biótopos MA e MB, por serem áreas mais expostas e mais
1ª Fase – Relatório de Caracterização
65
Plano de Ordenamento da APPSA
pobres em alimento disponível, são áreas menos procuradas pela fauna e menos valorizadas do ponto de
vista desta.
Refere-se ainda, que o facto de não se ter elaborado a carta [29] – locais de especial interesse para
espécies prioritárias da fauna – pelos motivos já expostos (ver final do ponto 3.3 – Fauna), não permitiu
também a realização da carta [30] – valores faunísticos, resultando a valoração faunística dos biótopos
unicamente na carta [28] – valoração dos biótopos para a fauna.
3.5. Síntese dos Valores Naturais
A síntese dos valores naturais, cartografada na carta [31] – síntese dos valores naturais, resume os
valores florísticos e de vegetação e os valores faunísticos. Optou-se por não incluir os valores geológicos,
uma vez que existe apenas uma mancha e a sua valoração não iria contribuir para diferenciar as diferentes
áreas identificadas na APPSA.
Apresenta-se na Tabela 31 a correspondência estabelecida entre os biótopos faunísticos e as unidades de
vegetação estabelecidas para a APPSA.
Tabela 31 – Correspondência entre os biótopos da fauna e as unidades de vegetação determinadas para a APPSA.
Fauna
Biótopos da Fauna
Valoração
Floresta de folhosas
Excepcional
Formações ripícolas e sistemas aquáticos
artificiais
Área Agrícola
Olival
Pinhal
Médio
Médio
Médio
Matos altos
Baixo
Matos baixos
Aglomerados e estruturas artificiais dispersas
Baixo
Baixo
Alto
Vegetação
Unidades de Vegetação
Florestas pré-climácicas de folhosas autóctones
Comunidades não climácicas de folhosas
autóctones
Bosquetes residuais de sobreiros
Comunidades ripícolas
Valoração
Excepcional
Médio
Médio
Alto
Áreas agrícolas
Baixo
Pinhal
Giestais
Matagais arborescentes de espécies lauróides
Urzais
Comunidades rupícolas e prados de altitude
-
Baixo
Baixo
Alto
Baixo
Alto
-
A Mata da Margaraça, juntamente com outras manchas de regeneração de folhosas, constitui o expoente
máximo para a conservação da natureza, com um valor Excepcional, seguida das linhas de água com um
valor Alto, e as restantes áreas com um valor mais baixo para a conservação.
3.6. Briófitos
Os briófitos, grupo onde se incluem os musgos, as hepáticas e os antóceros, constituem um grupo de plantas
terrestres com características muito particulares, que os tornam um grupo muito susceptível às alterações
exteriores do ambiente. As necessidades destes organismos, como sejam condições climáticas e edáficas
muito específicas, associadas a estreitas amplitudes ecológicas restringem a sua distribuição geográfica
(Silva, 1985).
1ª Fase – Relatório de Caracterização
66
Plano de Ordenamento da APPSA
No estudo realizado na APPSA, em 1985, foram identificadas 151 espécies, das quais 98 espécies são
musgos e 53 espécies são hepáticas, cuja lista se encontra no Anexo IV (Silva, 1985). Algumas dessas
espécies apresentam interesse biogeográfico e são raras na Península Ibérica ou em Portugal. Referem-se
algumas que se encontram na Lista Vermelha dos Briófitos da Península Ibérica (Sérgio et al., 1994), como a
espécie Dumortiera hirsuta que se encontra em perigo de extinção em Portugal; as espécies Lepidozia
reptans, Pallavicinia lyelly, Plagiochila porelloides e Mnium stellare que são dadas pela Lista Vermelha como
vulneráveis em Portugal; as espécies Cephalozia lunulifolia, Lejeuna lamacerina, Riccia subbifurca,
Campylopus atrovirens, Plagiothecium succulentum e Amphidium mougeotii que são raras em Portugal; e
ainda a espécie Marsupella profunda que, além de ser considerada rara em Portugal, é ainda considerada
uma espécie prioritária pela Directiva Habitats (Decreto-Lei n.º140/99, de 24 de Abril, com a nova redacção
que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º49/2005, de 24 de Fevereiro).
A existência de habitats que proporcionem as condições ecológicas necessárias à existência destas
espécies, nomeadamente as florestas pré-climácicas de folhosas autóctones, como foi referido no capítulo de
caracterização da vegetação, contribuem para a preservação deste grupo florístico.
3.7. Macrofungos
Considera-se ainda importante considerar, na caracterização biológica da APPSA, a diversidade de fungos
presentes na AP, tendo em conta que foi elaborado, por Gama (2004), um estudo preliminar relativo a esta
matéria.
Sendo componentes essenciais para o equilíbrio, resistência e “saúde” dos ecossistemas, os fungos surgem
em diversos habitats, mas é na floresta que estes se encontram com maior frequência e diversidade (Gama,
2004). Nestes habitats, os fungos encontram as condições que melhor satisfazem as suas necessidades
fisiológicas, contribuindo, por sua vez, para o equilíbrio dos espaços florestais, através das diferentes
relações que estabelecem com as outras espécies, desempenhando ainda um papel importante nas cadeias
tróficas como alimento de alguns animais (Gama, 2004).
Dos resultados do referido estudo, verifica-se que existe uma maior semelhança entre as comunidades
fúngicas dos povoamentos mistos com azereiro e do carvalhal antigo do que com as comunidades de
castanheiros de castinçal. As zonas que apresentam um maior número de espécies são o povoamento misto
com azereiro e o carvalhal, locais com características que proporcionam melhores condições de humidade e
uma maior diversidade de espécies vegetais, favoráveis ao desenvolvimento dos fungos. Os cogumelos
tornam-se visíveis na época de frutificação, que na Mata da Margaraça ocorre em maior abundância no
Outono, entre os meses de Outubro e Dezembro, e um pouco menos na Primavera, no final de Abril e início
de Maio (Gama, 2004).
Foram referenciadas, até à data, um total de 257 espécies (Gama, 2004). Considerando que o estudo foi
realizado durante apenas um ano e que, para ser um estudo completo de macrofungos, deveria ser realizado
ao longo de vários anos e que não cobriu a totalidade da Mata da Margaraça, o número elevado de espécies
1ª Fase – Relatório de Caracterização
67
Plano de Ordenamento da APPSA
já identificadas sugere que a Mata é extremamente rica neste tipo de organismos, podendo albergar um
número de espécies ainda maior. A lista das espécies inventariadas neste espaço encontra-se no Anexo V.
4. Unidades de Paisagem
A paisagem é fruto da interacção do homem com o meio, reflectindo o equilíbrio e a harmonia resultante
dessa intervenção no meio natural. O estudo da sua qualidade e do seu valor, pela definição e caracterização
de unidades homogéneas segundo determinados critérios, contribui para a avaliação das disfunções
existentes, tornando-se fundamental nas propostas de ordenamento do território, com vista a uma melhoria
na pressão exercida pelo homem sobre o meio biofísico.
Apesar da última metade do século XX ter sido caracterizada por rápidas e acentuadas alterações das
paisagens, como resultado da procura de melhores condições de vida, na Serra do Açor encontra-se ainda
uma paisagem bastante preservada, transparecendo um estilo de vida que em tempos caracterizou as
gentes das serras portuguesas. Pequenos aglomerados urbanos que salpicam as vertentes cobertas de
vegetação, auxiliados por campos cultivados, numa tentativa de recolher da natureza os bens fundamentais
para a sua sobrevivência, sempre acompanhados pelo isolamento que a serra lhes impõe.
A paisagem presente na APPSA constitui assim um importante marco do património natural, histórico,
cultural e científico desta região, que deverá ser preservado e valorizado no contexto do ordenamento do
território, tentando encontrar um equilíbrio entre o desenvolvimento da região e a conservação das
paisagens.
A metodologia seguida para a definição e valoração das unidades de paisagem apresenta-se,
pormenorizadamente, no Anexo VI.
Definição das Unidades de Paisagem
O território, relativamente pequeno, ocupado pela APPSA oferece uma paisagem homogénea num contexto
regional. No entanto, num olhar mais próximo, podem ser identificadas áreas com características distintas,
que permitem definir diferentes unidades de paisagem que caracterizam a AP e que, no seu global, constitui
uma paisagem bastante rica. Assim, foram definidas sete unidades de paisagem para a APPSA: (1) a Mata
da Margaraça, (2) os Socalcos Agrícolas, (3) as Aldeias, (4) as Folhosas, (5) o Pinhal, (6) os Matos e (7) a
Fraga da Pena, cuja cartografia se encontra na carta [14] – unidades de paisagem.
Apresenta-se, de seguida, uma breve caracterização das unidades de paisagem consideradas.
Mata da Margaraça
A Mata da Margaraça constitui um dos motivos que fomentou a criação da actual APPSA, por ser uma
mancha florestal de carácter relíquial e representativa do coberto vegetal que outrora cobria as encostas
xistosas do Centro de Portugal. É uma mancha que tem subsistido no tempo, mantendo o equilíbrio ecológico
essencial à preservação das espécies, da flora e da fauna, que se tornam cada vez mais raras, constituindo,
desse modo, um marco na paisagem desta região.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
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Plano de Ordenamento da APPSA
A Mata da Margaraça, sendo uma mancha de folhosas na sua etapa pré-clímax da sucessão, contrasta com
a restante vegetação florestal das encostas envolventes. É uma mancha com uma vegetação exuberante,
com um grau de cobertura máximo e um grau de intervenção humana quase nulo, que cobre uma encosta
declivosa com exposição NW.
A elevada densidade de folhosas autóctones que aqui se encontra, juntamente com a caducidade das folhas
da maioria das espécies do estrato arbóreo, proporciona variações temporais na paisagem. É possível, por
isso, acompanhar ao longo do ano, alterações progressivas na paisagem, das quais resultam três
panorâmicas claramente distintas, que possibilitam ao observador desfrutar de sensações completamente
diferentes. Na paisagem, durante as estações da Primavera e Verão, impera o verde, em alternância com o
amarelo e o castanho no Outono, terminando numa vegetação despida durante o Inverno.
Socalcos Agrícolas
As áreas de paisagem agrícola presentes na APPSA apresentam um elevado grau de intervenção humana.
Por vezes, encontram-se dispostas em grandes áreas de socalcos localizados nas vertentes até meiaencosta em redor das aldeias, como no caso dos socalcos da Relva Velha, outras vezes, encontram-se
dispostas ao longo das linhas de água, como na Barroca do Enxudro, maximizando o espaço disponível com
aptidão para a prática agrícola, agricultado maioritariamente por culturas anuais, vinha, olival ou outras
árvores de fruto.
Estas áreas são expressivas de um modo de vida tipicamente serrano, sugerindo o esforço necessário para a
prática desta actividade, como refere Ribeiro (1991, cit. por Marques, 1992) a “cultura das terras declivosas
obriga a uma vigilância permanente: ainda assim as torrentes podem destruir, em poucos dias, o trabalho de
muitos anos. Se o camponês deixa, depois de cada Inverno, de consolidar os socalcos, estes desmoronamse, a terra arável é levada pelas enxurradas, que em pouco tempo põem a nu a rocha dura e estéril”.
Os socalcos que se encontram nas encostas estão divididos em pequenas parcelas de terreno que são
sustidas por muros de xisto. O solo era, inicialmente, enriquecido com o mato das charnecas mais próximas
e pela sua incorporação com o estrume do gado, de modo a deixar os nutrientes disponíveis para as culturas
(Silveira, 2001). Após as colheitas, e como resultado da erosão provocada pelo elevado declive das
vertentes, de modo a manter o solo na respectiva parcela, os agricultores eram forçados a trazer a terra da
zona mais baixa para a zona mais elevada da parcela, resultando assim num trabalho extraordinariamente
árduo. Por outro lado, muitos dos terrenos agrícolas que se encontram ao longo das linhas de água estão
situados no antigo leito do curso de água. Para tal, em tempos, construíram-se muros com uma altura
significativa, obrigando a água a correr ao longo de um canal estreito, deixando parte do leito disponível para
a agricultura. Refere-se ainda que parte destes socalcos se encontram a distâncias consideráveis das
aldeias, tendo como único acesso carreiros pedonais que eram percorridos pelos agricultores ou proprietários
das terras, estando parte deles integrados em redes de percursos pedestres sinalizados.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
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Plano de Ordenamento da APPSA
Aldeias
A unidade de paisagem denominada “Aldeias” inclui, como o nome indica, as áreas de aldeia presentes na
APPSA. Como tal, é uma unidade extremamente humanizada, constituída pelos aglomerados urbanos, de
características serranas, podendo encontrar-se, quer em áreas aplanadas nos vales, quer em zonas mais
declivosas das vertentes.
Na sua generalidade, é uma paisagem que se pode encontrar um pouco por toda a Serra do Açor, pequenas
aldeias de construções bastante juntas, com carácter rústico, onde se podem observar casas de xisto
características desta região, além de outras construções um pouco menos integradas na paisagem.
Folhosas
As áreas de folhosas são áreas residuais destas espécies, que subsistem ainda às alterações provocadas
pelo homem, ou resultam da regeneração natural em áreas deixadas ao abandono, sendo por isso uma
paisagem que sugere alguma intervenção humana. Apesar das alterações estruturais evidentes, são áreas
com um elevado potencial ecológico, podendo constituir pontos de regeneração da vegetação nativa desta
região, o que favorecerá todo o equilíbrio ecológico que depende da presença destas espécies.
Estas áreas podem encontrar-se em zonas aplanadas, ao longo das linhas de água ou em zonas mais
declivosas das vertentes. À semelhança da Mata da Margaraça, estas manchas sofrem alterações no seu
aspecto e na sensação que provocam no observador, ao longo do ano, tendo por isso o seu valor
paisagístico incrementado.
Pinhal
As áreas ocupadas por pinhal na APPSA são áreas de paisagem florestal que resultam da regeneração do
pinheiro-bravo, constituindo uma paisagem homogénea e monótona, sem alterações temporais significativas.
Matos
As áreas de “Matos” encontram-se no cimo das encostas mais elevadas, nas zonas de solo mais pobre e
clima mais agressivo. Além disso, são zonas onde o fogo passa com relativa frequência, pelo que esta
paisagem se encontra um pouco degrada, sugerindo intensas alterações no meio.
Paisagisticamente, são áreas bastante despidas e monótonas, onde se denota bem o relevo das encostas, já
que a vegetação que as cobre é rasteira, resultantes dos inúmeros incêndios que passaram por esta serra ao
longo dos séculos, tornando os matos a pouca vegetação capaz de colonizar estas áreas de solos
empobrecidos.
Fraga da Pena
A Fraga da Pena é uma área com alguma intervenção humana, resultante essencialmente das acções
realizadas para a adaptação dos terrenos à prática agrícola, como as quelhadas agrícolas, os moinhos e os
muros que canalizam a ribeira. Estas intervenções são ainda visíveis, realizando-se actualmente apenas as
que são necessárias à construção e/ou manutenção dos acessos e infraestruturas para os turistas.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
70
Plano de Ordenamento da APPSA
A Fraga da Pena é constituída por uma paisagem florestal com alguma vegetação natural, maioritariamente
vegetação ripícola, associada a uma linha de água. Esta atravessa uma falha geológica que dá origem a
numerosas quedas de água, proporcionando ao observador uma paisagem fresca, resultante da presença do
elemento água, tornando este o ponto mais visitado da AP.
Valoração das Unidades de Paisagem
Com a caracterização das unidades de paisagem, definidas segundo três parâmetros de avaliação, a
Diversidade, a Harmonia e a Identidade, de acordo com a metodologia exposta no Anexo VI, determinou-se o
Valor Cénico-Paisagístico (VCP) de cada uma delas, obtendo-se a sua valoração. A classificação e
hierarquização destas unidades, de acordo com a sua importância, vêm apresentadas na Tabela 32,
enquanto a sua cartografia se encontra na carta [32] – valores paisagísticos.
Tabela 32 – Valoração das unidades de paisagem e respectiva classificação.
Unidades de Paisagem
Mata da Margaraça
Fraga da Pena
Socalcos agrícolas
Folhosas
Aldeia
Matos
Pinhal
VCP
9,0
8,0
6,7
6,0
3,0
2,3
1,7
Valor
Excepcional
Excepcional
Alto
Médio
Baixo
Baixo
Baixo
A Mata da Margaraça e a Fraga da Pena, classificadas paisagisticamente com o valor Excepcional, são de
facto as unidades com maior valor (9,0 e 8,0, respectivamente) em toda a AP, pelas inúmeras características,
já referidas. Pelo seu valor ecológico, pelo seu equilíbrio e pelas sensações particulares que provoca nos
observadores, são áreas que merecem toda a atenção aquando do planeamento e ordenamento da AP.
Com um valor Alto e o terceiro valor mais elevado (6,7), encontram-se os socalcos agrícolas, também pela
particularidade da paisagem que originam, apesar de não serem tão ricos ecologicamente. Segundo Gaspar
e Fidalgo (2002), a área agrícola na APPSA tem diminuído, em relação ao aumento da área de folhosas
diversas, diminuição essa que os autores consideram indesejável, quer do ponto de vista da conservação
dos valores paisagísticos e de recreio, quer do ponto de vista ecológico, por serem “espaços que assumiam a
função de compartimentação das grandes manchas florestais, com efeitos positivos na diminuição do risco
de incêndio e no aumento da biodiversidade”.
Com um valor Médio (6,0) encontram-se as áreas de folhosas. São áreas com um elevado potencial
ecológico, cuja expansão, segundo Gaspar e Fidalgo (2002), “se dá a partir da Mata da Margaraça e vem
aumentar notavelmente o valor de conservação e de recreio da AP, o que reflecte a capacidade de expansão
desta vegetação, a partir de um núcleo que corria o risco de se extinguir, contribuindo para a conservação
das espécies”, um dos objectivos da criação da AP e que traduz, segundo os autores, o sucesso das políticas
de gestão que têm sido adoptadas. Apesar disso, é ainda consideração dos autores, que devem ser tomadas
outras medidas que garantam a obtenção de uma estrutura paisagística mais favorável ecologicamente,
1ª Fase – Relatório de Caracterização
71
Plano de Ordenamento da APPSA
nomeadamente através de um maior envolvimento das populações locais com influência nas áreas privadas,
incentivando a manutenção de práticas tradicionais de uso do solo, agropecuárias e florestais.
Finalmente, as restantes áreas, Aldeias (3,0), Matos (2,3), e Pinhal (1,7), apresentam um valor Baixo do
ponto de vista paisagístico, pelo seu menor valor ecológico e por serem paisagens com menor identidade,
quer a nível regional, quer a nível nacional.
5. Caracterização do Património Cultural
5.1. Património Arquitectónico
As duas povoações que se encontram, em parte ou na sua totalidade, no interior da APPSA, respectivamente
a aldeia do Enxudro e dos Pardieiros, não apresentam nenhum edifício de especial interesse arquitectónico
classificado. Ambos os aglomerados populacionais são caracterizados pela presença de casas de xisto e de
lousa tradicionais, misturadas com casas recentes de alvenaria, estas últimas sem qualquer interesse ou
valor arquitectónico. Quanto às primeiras, que conferem ao território uma identidade e homogeneidade
próprias, são características das aldeias rurais serranas, com arquitectura de origem popular, caracterizadas
por formas simples e rectilíneas. As suas paredes são em pedra de xisto escuro e os telhados são cobertos a
xisto ou a lousa. No seu interior, as divisões são normalmente em madeira de castanheiro ou carvalho.
Alguns espaços exteriores ainda mantêm as características das aldeias de xisto do Centro de Portugal,
caracterizadas por ruas estreitas, em alguns casos com declive acentuado, pavimentadas com pedras de
xisto, alternadas por escadarias nas zonas mais inclinadas.
Associadas à disponibilização de terrenos para as práticas agrícolas, as “quelhadas” em socalcos são
também infra-estruturas arquitectónicas assinaláveis. O relevo acidentado e a inexistência de grandes vales
de aluvião levaram, em tempos, à construção de espaços para a prática da agricultura. No fundo dos vales
encaixados, as linhas de água foram canalizadas com recurso a muros frontais e a diques, de modo a libertar
algumas áreas do leito das ribeiras para instalar as culturas. Ao longo das vertentes, construíram-se os
socalcos, escavações no terreno de modo a obter um declive inferior a 10%, seguidas da construção de
muros com materiais locais, blocos e lajes de xisto, que servem de suporte ao solo que vai sendo erodido ao
longo do tempo (Gonçalves, 1992). Estas infra-estruturas foram construídas recorrendo a técnicas populares,
simples e de elevado grau de resistência, bem evidente no estado de conservação em que ainda hoje se
encontram.
Os muros frontais ou diques, canais artificais de condução da água, são construções de xisto de elevado
grau de resistência, edificadas ao longo de várias gerações com técnicas populares, no sentido de canalizar
e regularizar as ribeiras e assim, disponibilizar novas áreas agrícolas. A sua construção pressupunha em
alguns casos, o escavamento de vales e a construção de muros altos, atingindo nalguns casos, cerca de 5m.
Em alguns meandros encaixados nos montes, a fim de disponibilizar essa área para a agricultura, tornando
desse modo o meandro cultivável, foram abertos canais nos montes e canalizada para aí a água. Estas infraestruturas revelam o trabalho árduo de várias gerações, que as dotou de uma certa imponência e importância
1ª Fase – Relatório de Caracterização
72
Plano de Ordenamento da APPSA
no aproveitamento do fundo dos vales, em equilíbrio com os restantes elementos da paisagem, dimensão
entretanto escondida, por se encontrarem abandonadas e cobertas por vegetação. As “levadas” são
pequenos canais artificais de transporte de água para abastecimento das áreas agrícolas e de pequenas
infra-estruturas, que apesar da sua reduzida dimensão, simplicidade de formas e de construção, constituem
um marco de identidade cultural que importa referir.
Face ao exposto, pela ausência de elementos de especial interesse arquitectónico, considerou-se não ser
necessária a elaboração da carta [15] – localização do património arquitectónico, referente à localização
do património arquitectónico.
5.2. Património Arqueológico
A presença do homem nesta região data de alguns milhares de anos antes de Cristo, apesar dos vestígios da
sua presença serem escassos (Martins, 1992). Contudo, no interior da APPSA não existe registo, até ao
momento, de qualquer vestígio arqueológico.
Apesar desta ausência de elementos, e porque se localiza bem próximo da AP, considerou-se importante
referir a presença de uma estação arqueológica, identificada num estudo (Martins, 1992) realizado no âmbito
da valorização cultural e científica da APPSA, e com o interesse do Serviço Nacional de Parques, Reservas e
Conservação da Natureza (actual ICNB). Nesta estação encontra-se uma gravura rupestre numa “lage de
xisto rodeada de carqueja e urze, numa encosta xistosa que dá para a Barroca do Vale / Carcavão”, próximo
da aldeia do Sardal, a Sul da APPSA. Segundo este estudo, a gravura data do Bronze final – Idade do Ferro
I, encontrando-se actualmente num estado de conservação “bastante sofrível” em que, “de ano para ano as
figuras são menos visíveis” (Martins, 1992). Do inventário realizado neste estudo, o autor refere que apenas
a referida estação arqueológica “poderá constituir uma prova, segura, da presença do homem pré-histórico
na região”.
Á semelhança do património arquitectónico, a ausência de elementos de especial interesse arqueológico,
levou a não realização da carta [16] – localização do património arqueológico, referente à localização do
património arqueológico.
5.3. Património Etnográfico
A caracterização do património etnográfico da APPSA foi elaborada com base em Ramalho (1999). As
pessoas residentes no território da APPSA distribuem-se pelas aldeias de Pardieiros e de parte do Enxudro,
onde se encontra uma partilha de usos, costumes, tradições e uma forma de vida característicos das gentes
da Serra do Açor. Desde tempos longínquos até um passado recente, estas pessoas foram vivendo de uma
economia de subsistência, baseada principalmente no trabalho árduo da floresta e do campo, dificultada pela
adversidade do meio e pela inexistência de mecanização. As gentes desta região dependiam quase
exclusivamente das actividades do sector primário, ocupando-se de profissões ligadas à produção florestal,
agrícola, pecuária e vinícola, das quais obtinham lenha, frutos silvestres, plantas medicinais, alimentos,
azeite, mel, vinho e gado para consumo familiar. Mais recentemente, em paralelo a estas actividades, um
1ª Fase – Relatório de Caracterização
73
Plano de Ordenamento da APPSA
pequeno grupo de pessoas trabalha em profissões do sector secundário e terciário, em profissões ligadas à
construção, venda de produtos alimentares, administração local, produção de móveis, ferramentas, vestuário,
entre outras, assegurando a sustentabilidade da economia local. Refere-se ainda o artesanato, que é
ocupação de algumas pessoas das aldeias e que incrementa o valor cultural da AP.
As dificuldades económicas eram imensas, pelas pequenas áreas de cultivo, pela baixa produtividade e
rentabilidade das actividades, resultante dos condicionalismos endógenos e exógenos. As casas de
habitação evidenciavam com clareza estas condições, sendo normalmente de tamanho muito reduzido,
arquitectura dominada por formas simples e rectas, e com o recurso quase exclusivo a materiais de
construção existentes na região – xistos, lousa e madeira, sobretudo de carvalho e castanheiro. Por outro
lado, o seu vestuário simples e modesto é também disso exemplo.
Neste contexto, desenvolveu-se ao longo dos tempos uma cultura popular rica em cantares, provérbios,
poesia e histórias, muitas vezes caracterizados por uma linguagem própria, que consubstanciam as vidas
difíceis de um povo simples e humilde. Precisamente por essas imensas dificuldades, os vários surtos
migratórios para o Brasil e Europa, combinados com o êxodo rural para os grandes centros urbanos do litoral,
foram as formas encontradas para melhorarem as condições de vida (Ramalho, 1999).
6. Caracterização Socio-Económica
A caracterização socio-económica, que se apresenta de seguida, foi realizada com base nos censos de 1991
e de 2001 do Instituto Nacional de Estatística (INE), suportada por dados relativos às freguesias. Dado que
não foi possível ter acesso a dados anteriores, a análise foi efectuada para um período de 10 anos, em
oposição aos 20 anos sugeridos no Caderno de Encargos elaborado pelo ICN. Cabe ressalvar que as
freguesias em questão, freguesias da Benfeita e Moura da Serra, ultrapassam claramente os limites da AP,
estando os seus principais núcleos habitacionais fora da área de estudo, apenas constando no interior da AP,
a aldeia de Pardieiros e parte da aldeia do Enxudro. Apesar de ambos os aglomerados pertencerem à
freguesia da Benfeita, faz-se uma análise às duas freguesias, já que parte do território da APPSA pertence
também à freguesia da Moura da Serra.
6.1. População
População Actual
De acordo com os dados do INE (2001), residem actualmente mais pessoas na freguesia da Benfeita do que
na freguesia de Moura da Serra, com 503 na primeira e 168 na segunda. Destas, 225 e 88 respectivamente,
são pessoas que se encontram empregadas (Tabela 33).
1ª Fase – Relatório de Caracterização
74
Plano de Ordenamento da APPSA
Tabela 33 – População residente e população activa nas freguesias da Benfeita e Moura da Serra, no ano de 2001
(Fonte: INE, 2001).
População Residente
Género
N.º Indivíduos
Homens
Benfeita
Moura da
Serra
População Activa
Total
Indivíduos
Indivíduos
(%)
228
Mulheres
275
Homens
84
Mulheres
Sector
45%
503
Primário
Secundário
Terciário
Primário
Secundário
Terciário
55%
50%
168
84
50%
Total
Indivíduos
N.º Indivíduos
120
47
58
53
24
11
Indivíduos (%)
53%
21%
26%
60%
27%
13%
225
88
As pessoas que laboram no sector primário trabalham em actividades como a agricultura, silvicultura e
produção animal; enquanto as do sector secundário trabalham na indústria, na construção, na energia e na
água.
Evolução da população nos últimos 10 anos
Segundo a mesma fonte, referente aos dois últimos censos, 1991 e 2001, a população residente nestas
freguesias tem diminuído claramente durante os últimos 10 anos (Figura 1). Verificou-se um declínio na
população residente em ambas as freguesias, com uma queda próxima dos 25% e 22% na freguesia da
Benfeita e na freguesia da Moura da Serra, respectivamente.
N.º Indivíduos
População Residente
600
400
200
0
Total
Homens
Mulheres
Total
Homens
Benfeita
(1991) N.º Indivíduos
666
(1991) % Percentagem
(2001) N.º Indivíduos
(2001) % Percentagem
503
Moura da Serra
297
369
45
55
228
275
45
Mulheres
55
240
168
104
136
43
57
84
84
50
50
Género
Figura 1 – Evolução da população residente nas freguesias da Benfeita e Moura da Serra, nos últimos 10 anos (Fonte:
INE, 2001).
Analisando a estrutura da população por faixa etária (Figura 2), verifica-se um decréscimo do efectivo
populacional e um índice de envelhecimento acentuado nas duas freguesias, registando-se um aumento
significativo apenas na faixa etária acima dos 65 anos.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
75
Plano de Ordenamento da APPSA
População / Faixa Etária
% Indivíduos
60
40
20
0
Até aos 14 15 – 24
25 – 64
≥ 65
Até aos 14 15 – 24
Benfeita
25 – 64
≥ 65
Moura da Serra
(1991) N.º Indivíduos
69
55
305
237
19
22
101
98
(1991) % Percentagem
10
8
46
36
8
9
42
41
(2001) N.º Indivíduos
45
45
196
217
9
11
69
79
(2001) % Percentagem
9
9
39
43
5
7
41
47
Faixa Etária
Figura 2 – Evolução da população, por faixa etária, nas freguesias da Benfeita e Moura da Serra, nos últimos 10 anos
(Fonte: INE, 2001).
De entre a população activa nestas freguesias, a maior parte encontra-se empregada em actividades do
sector primário (Figura 3). Verifica-se que, na freguesia da Benfeita, houve um aumento da população
empregada no sector primário e terciário, face à diminuição no sector secundário; ao contrário da freguesia
de Moura da Serra, que verificou uma diminuição da população empregada no sector primário e um aumento
no sector secundário.
% Indivíduos
População / Sector de Actividade
60
40
20
0
Primário
Secundário
Terciário
Primário
Benfeita
Secundário
Terciário
Moura da Serra
(1991) N.º Indiv íduos
91
58
43
46
17
9
(1991) % Percentagem
48
30
22
63
24
13
(2001) N.º Indiv íduos
120
47
58
53
24
11
(2001) % Percentagem
53
21
26
60
27
13
Sector de Actividade
Figura 3 – Evolução da população, por sector de actividade, nas freguesias da Benfeita e Moura da Serra, nos últimos
10 anos (Fonte: INE, 2001).
1ª Fase – Relatório de Caracterização
76
Plano de Ordenamento da APPSA
Meio Social
Segundo os dados do INE, nestas duas freguesias existiam em 2001, respectivamente, 236 e 82 famílias
(Tabela 34).
Tabela 34 – Número de famílias existentes nas freguesias da Benfeita e Moura da Serra, nos anos de 1991 e 2001
(Fonte: INE, 2001).
1991
2001
Benfeita
291
236
Moura da Serra
114
82
Na sua generalidade, as famílias existentes têm uma dimensão pequena, sendo as constituídas por uma ou
duas pessoas as que apresentam uma maior percentagem, em ambas as freguesias (Figura 4), diminuindo o
número de famílias com o aumento da dimensão do agregado familiar. As famílias com um agregado de seis
ou mais pessoas encontram-se apenas na freguesia da Benfeita.
Famílias Clássicas / Dimensão (2001)
50
% Famílias
40
30
20
10
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
≥10 1
2
3
4
Benfeita
5
6
7
8
9
≥10
Moura da Serra
81
93
32
17
10
1
1
0
1
0
27
37
9
5
4
0
0
0
0
0
(2001) % Percentagem 35
40
14
7
4
0
0
0
0
0
33
45
11
6
5
0
0
0
0
0
(2001) N.º Famílias
Dimensão da Família (n.º de pessoas)
Figura 4 – Caracterização das famílias, quanto à sua dimensão, nas freguesias da Benfeita e Moura da Serra no ano de
2001 (Fonte: INE, 2001).
Na Figura 5, apresentam-se os tipos de famílias presentes nas freguesias consideradas. A maioria das
famílias possui um núcleo familiar, apesar do número de famílias que não possui agregado familiar ser
também relativamente elevado.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
77
Plano de Ordenamento da APPSA
Famílias Clássicas / Tipo de Família (2001)
45
40
% Fam ílias
35
30
25
20
15
10
5
0
Benfeita
M o ura da Serra
Tipo de Família
Figura 5 – Caracterização das famílias, quanto à sua tipologia, nas freguesias da Benfeita e Moura da Serra no ano de
2001 (Fonte: INE, 2001).
A maioria da população de ambas as freguesias encontra-se casada (Figura 6), tendo um valor residual os
estados civis de divorciado e separado, situação normal numa comunidade onde o casamento e a família são
valores preservados.
População / Estado Civil (2001)
70
% Indivíduos
60
50
40
30
20
10
0
Solteiro
Casado
Viúv o
Separado Div orciado Solteiro
Casado
Benfeita
N.º Indiv íduos
115
298
84
% Percentagem
23
59
17
Viúv o
Separado Div orciado
Moura da Serra
5
1
39
101
24
2
2
1
0
23
60
14
1
1
Estado Civil
Figura 6 – Caracterização da população, quanto ao estado civil, nas freguesias da Benfeita e Moura da Serra no ano de
2001 (Fonte: INE, 2001).
1ª Fase – Relatório de Caracterização
78
Plano de Ordenamento da APPSA
Quanto às fontes de rendimentos destas populações, verifica-se, pela Figura 7, que a principal fonte, em
ambas as freguesias, é a pensão de reforma, o que assinala, mais uma vez, o envelhecimento da população,
surgindo a seguir o rendimento relativo ao trabalho e os dependentes da família.
100
Benfeita
0
Outros casos
Dependente da família
Apoio Social
garantido
Rendimento mínimo
Trabalho
Dependente da família
Apoio Social
Rendimentos de
propriedade/empresa
Pensão/Reforma
garantido
Rendimento mínimo
Subsídio temporário
Trabalho
0
N.º Indivíduos
20
Rendimentos de
200
propriedade/empresa
40
Pensão/Reforma
300
Subsídio temporário
60
Outros casos
% Indivíduos
População / Meio de Vida (2001)
Moura da Serra
Meio de Vida
% Percentagem
N.º Indiv íduos
Figura 7 – Caracterização da população, quanto ao meio de vida, nas freguesias da Benfeita e Moura da Serra no ano
de 2001 (Fonte: INE, 2001).
O analfabetismo é uma realidade mais acentuada na freguesia da Moura da Serra, com uma percentagem de
40% face aos 22% da freguesia da Benfeita (Figura 8A). Analisando o analfabetismo por género, verifica-se,
na Figura 8B, que as mulheres são o grupo que apresenta valores de analfabetismo mais elevados.
População / Instrução (2001)
População / Instrução / Género (2001)
60
40
20
0
Analfabetos
A
100%
% População
% Indivíduos
80
50%
0%
Homens
Benfeita
112
Mulheres
Mulheres
Benfeita
67
%Percentagem
22
40
Alfabetos
391
101
%Percentagem
78
60
Instrução
Homens
Moura da Serra
Moura da Serra
Alfabetos
189
202
59
42
Analfabetos
39
73
25
42
B
Género
Analfabetos
Alfabetos
Figura 8 – Caracterização da população, quanto ao analfabetismo, nas freguesias da Benfeita e Moura da Serra no ano
de 2001 (Fonte: INE, 2001).
Pela análise da Figura 9, verifica-se que a maior parte da população não tem qualquer escolaridade ou
possui apenas o 1.º ciclo do ensino básico, assim como os valores relativos à qualificação são superiores
para as classes de nenhuma qualificação ou apenas o 1.º ciclo.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
79
Plano de Ordenamento da APPSA
% Indivíduos
População / Nível de Instrução e de Qualificação (2001)
60
40
20
0
Nenhum 1.º Ciclo 2.º Ciclo 3.º Ciclo Secund. Superior Médio
Nenhum 1.º Ciclo 2.º Ciclo 3.º Ciclo Secund. Superior Médio
Benfeita
Instrução N.º Indiv íduos
101
310
21
25
Moura da Serra
36
10
67
79
14
6
0
2
Instrução % Percentagem
20
62
4
5
7
2
40
47
8
4
0
1
Qualificação N.º Indiv íduos
261
162
23
36
16
5
0
100
50
13
3
2
0
0
Qualificação % Percentagem
52
32
5
7
3
1
0
59
30
8
2
1
0
0
Nível
Figura 9 – Caracterização da população, quanto ao nível de qualificação, nas freguesias da Benfeita e Moura da Serra
no ano de 2001 (Fonte: INE, 2001).
6.2. Actividades
A maioria das actividades económicas identificadas no interior da APPSA e nas zonas adjacentes pertencem
ao sector primário, a silvicultura, a agricultura e a produção animal, por ordem decrescente de importância e
representatividade. Identificaram-se também actividades ligadas ao sector terciário, como o turismo.
Sector Primário
Em consonância com a tendência verificada nas últimas décadas no resto do País, estas actividades têm
vindo a ocupar cada vez menos o tempo útil das populações, e já hoje, não são encaradas como a principal
actividade laboral nem a principal fonte de rendimentos. Na maioria dos casos, a continuidade destas
práticas está dependente da vontade e capacidade das pessoas mais idosas evitarem o abandono das
propriedades, dado o seu passado ligado ao campo e à floresta e a uma economia de subsistência. Assim,
na maioria dos casos, a prática dessas actividades tem como objectivo a produção para consumo familiar,
com excepção da produção florestal, que apesar de pouco lucrativa, tem como propósito a obtenção de
rendimentos. A manutenção da tendência nacional acima mencionada, acrescida pelo evidente êxodo rural
dos jovens para as grandes cidades do litoral, levará, provavelmente, num futuro não muito distante, à
desertificação dos aglomerados e ao abandono destas actividades.
Quanto à actividade agrícola, nas duas freguesias, Benfeita e Moura da Serra, foram contabilizados vários
parâmetros em 1999 durante o Recenseamento Geral de Agricultura, os quais se passam a caracterizar. O
número de total de explorações agrícolas é coincidente com o número de explorações com superfície
agrícola utilizada (SAU), como se pode verificar na Tabela 35, que apresenta também a área total das
explorações.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
80
Plano de Ordenamento da APPSA
Tabela 35 – Caracterização das explorações agrícolas, nomeadamente o número de explorações e área das
explorações agrícolas, existentes nas freguesias da Benfeita e de Moura da Serra, no ano de 1999 (Fonte: INE, 2001)
Benfeita
44
1
2
47
68
…
…
72
192
4,27
1,6
Por Conta Própria
Por Arrendamento
Outra
Número de Explorações com SAU
Número de Explorações TOTAL
Por Conta Própria
Por Arrendamento
Outra
Total
Área das Explorações com SAU (ha)
Área das Explorações TOTAL (ha)
Área Média/Exploração Agrícola (ha)
Área Média Utilizada/Exploração Agrícola (ha)
Moura da Serra
2
0
0
2
0
0
0
0
0
0
…
Da análise dos dados percebe-se que, em média, as explorações são pequenas e existe uma parte da
exploração que é utilizada, sendo exploradas quase exclusivamente pelos próprios proprietários. Em 1999,
encontravam-se a trabalhar permanentemente na agricultura 115 pessoas na freguesia da Benfeita e 4
pessoas na freguesia de Moura da Serra, apresentando-se na Figura 10 os dados referentes a estes
trabalhadores. A mão-de-obra utilizada em toda a actividade agrícola é principalmente de origem familiar,
com a mesma contribuição de ambos os sexos.
Mão de Obra Agrícola / Tipo / Género (1999)
% Indivíduos
100%
50%
0%
Total
Familiar
Não Familiar
Total
Familiar
Benfeita
Não Familiar
Moura da Serra
Mulheres
56
53
3
3
3
0
Homens
59
55
4
1
1
0
Tipo
Homens
Mulheres
Figura 10 – Caracterização da população empregada nas actividades agrícolas, nas freguesias da Benfeita e Moura da
Serra, no ano de 1999 (Fonte: INE, 2001).
Quanto à produção animal, os dados da mesma fonte vêm caracterizados na Tabela 36. Tal como fora
anteriormente referido, a produção animal não é encarada como uma fonte de rendimentos, sendo o seu
objectivo principal, o consumo familiar, devendo ser relembrado que estes dados são relativos à freguesia, e
excederão seguramente os valores aplicáveis apenas à APPSA.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
81
Plano de Ordenamento da APPSA
Tabela 36 – Produção animal nas freguesias da Benfeita e Moura da Serra, no ano de 1999 (Fonte: INE, 2001).
Ovinos (cabeças)
Caprinos (cabeças)
Suínos (cabeças)
Coelhos (cabeças)
Aves (cabeças)
Colmeias e Cortiços
Benfeita
138
40
53
250
557
219
Moura da Serra
…
…
0
…
…
…
Ainda dentro do sector primário, referem-se as intervenções realizadas pelo ICN, ligadas à conservação da
natureza, reflorestação, e manutenção das áreas incluídas na AP.
Sector Terciário
As actividades identificadas do sector terciário pertencem às áreas da educação, ambiente, turismo e
administração.
Na aldeia da Benfeita, situada a Noroeste da APPSA, há a assinalar a sede da Junta de Freguesia onde se
desenvolvem todas as actividades relacionadas com a administração da freguesia; a escola primária, onde
se lecciona o 1º ciclo do ensino básico, com uma tendência decrescente ao longo dos últimos anos no
número de alunos e professores que a frequentam. Segundo dados do ano lectivo de 2006/2007 (ICN,
comunicação pessoal), na escola primária trabalha um professor que é responsável por leccionar os quatro
níveis de ensino do 1º ciclo; e estudam 10 alunos distribuídos pelos vários níveis.
Na povoação de Moura da Serra, a Este da APPSA, assinala-se apenas a existência da Sede da Junta de
Freguesia, a qual, à semelhança da Junta de Freguesia da Benfeita, realiza as actividades relacionadas com
a administração do território.
O ICN, com apoio das instalações existentes no interior da Mata da Margaraça, a Casa Grande, assegura a
gestão da AP e promove actividades de educação ambiental, visitas guiadas, vigilância, e
estudos/investigação, para além de alguns trabalhos relacionados com a melhoria das condições e das
infraestruturas presentes na AP e das actividades directamente relacionadas com a conservação da
natureza. O número de actividades e a sua área de incidência têm variado ao longo do tempo em função da
disponibilidade dos recursos disponíveis.
De seguida apresenta-se uma breve descrição da evolução de algumas actividades desenvolvidas pelo ICN
na APPSA. Na Figura 11, pode analisar-se a evolução do número de marcações de grupo para visita e o
respectivo número de visitantes à Mata da Margaraça, ao longo dos anos. As visitas de grupo, nas quais são
realizadas sessões de educação ambiental, são procuradas preferencialmente por escolas dos vários níveis
de ensino e de várias zonas do país. O número de visitas de grupo atingiu o pico mais alevado em 2002 (com
44 grupos), enquanto o respectivo número de visitantes atingiu o pico em 1997 (com 1597 visitantes), tendo
vindo ambos a diminuir ao longo do tempo.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
82
Plano de Ordenamento da APPSA
Visitas de grupo à Mata da Margaraça
2000
1500
Número
1000
500
0
1995
Marcações
1133
Total de visitantes
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
37
41
34
34
35
32
44
29
32
25
30
1289
1597
1205
1252
1089
1126
983
940
1110
800
691
Ano
Marcações
Total de visitantes
Figura 11 – Número de marcações de grupo e número total de visitantes à Mata da Margaraça.
Analisando o número total de visitantes à APPSA, segundo a especificidade da visita (Figura 12), assinala-se
o número mínimo registado em 1994, de 2666 visitantes, e o valor máximo verificado em 1997, de 5690
visitantes. A partir de 1995, o número total de visitantes tem oscilado entre 4400 a 5700 visitantes/ano. As
visitas de grupo correspondem aproximadamente a um terço dos visitantes da APPSA (33,33%),
correspondendo aos restantes dois terços (66,66%) os demais visitantes. Importa referir aqui que número
total de visitantes considerado fica muito aquém do número real, uma vez que apenas são contabilizados os
visitantes que entram no Centro de Interpretação da Casa Grande, e não os que se deslocam ao território da
APPSA.
Visitantes da APPSA
6000
4000
Número
2000
0
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
Visitantes em grupo
1133
1289
1597
1205
1252
1089
1126
983
940
1110
800
691
Outros visitantes
3810
3511
4093
3795
4329
3484
3374
3458
3744
4004
3669
4142
4943
4800
5690
5000
5581
4573
4500
4441
4684
5114
4469
4833
Total de visitantes
2666
2002
2003
2004
2005
2006
Ano
Visitantes em grupo
Outros visitantes
Total de visitantes
Figura 12 – Número de visitantes da APPSA.
Nas Figuras 13 e 14 apresenta-se o número de actividades realizadas na APPSA pelo ICN, durante os anos
de 1985 a 2006. A organização das actividades por tipo de acção visa facilitar a apresentação da informação.
No grupo de actividades desenvolvidas no âmbito da Conservação da Natureza são consideradas as
1ª Fase – Relatório de Caracterização
83
Plano de Ordenamento da APPSA
intervenções de limpeza e controlo de infestantes, a criação de um viveiro florestal e a beneficiação florestal,
acções que decorreram no espaço temporal mínimo de um ano.
No grupo de visitação e educação ambiental são considerados os projectos de educação ambiental,
nomeadamente o Art’ Ambiente e as sessões de educação ambiental direccionadas para os alunos das
escolas dos vários níveis de ensino, que incluem visitas guiadas à Mata da Margaraça, observação e
anilhagem de aves e sessões pedagógicas relacionadas com vários temas, entre os quais, as plantas
aromáticas e medicinais, a floresta, os mamíferos e as espécies exóticas invasoras. Neste grupo, as várias
sessões de educação ambiental realizadas ao longo do ano são consideradas como sendo apenas uma
actividade de duração anual.
Na vigilância são incluídas as actividades de vigilância diária na APPSA e a vigilância aos incêndios durante
os meses de maior calor, esta realizada numa área superior aos limites da AP, também consideradas como
duas acções, uma de duração anual e outra de duração sazonal, respectivamente.
As intervenções físicas incluem recuperação de infra-estruturas, construção de infra-estruturas e limpezas,
acções temporárias ou anuais.
As acções desenvolvidas no âmbito do património histórico-cultural visam a valorização das tradições e
costumes das populações residentes, entre as quais foi realizada uma mostra gastronómica. Nas
comemorações estão incluídos os festejos do aniversário da APPSA, do dia mundial do Ambiente e do dia da
Floresta, acções com duração de um dia que incluem normalmente sessões de educação ambiental.
Contudo, das referidas figuras não deve resultar uma análise directa da importância atribuída a cada área de
actividades, uma vez que estas apenas reflectem o número de actividades desenvolvidas, apesar das acções
apresentarem diferentes linhas orientadoras, tendo algumas uma duração diária e outras, pelo contrário, uma
duração mais prolongada, como mensal ou anual. A conservação da natureza surge como a área de
actividades em que foram realizadas mais acções, seguida da intervenção física. Apesar da educação
ambiental e da vigilância surgirem com o menor número de acções, há que referir que estas, geralmente, são
de longa duração.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
84
Plano de Ordenamento da APPSA
Actividades desenvolvidas pelo ICN na APPSA (Anos de 1985 a 1995)
5
4
3
Número
2
1
0
1985
1986
Conservação da Natureza
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
3
4
4
4
3
4
4
4
4
1
1
1
1
1
1
2
2
2
2
1
3
1
1
2
2
Visitação e Educação Ambiental
1
Vigilância
1
Intervenções Físicas
Trabalhos Científicos
1
1
1
1
1
1
1
1
2
1
Património Histórico-cultural
Comemorações
2
2
2
2
2
2
2
Ano
Conservação da Natureza
Visitação e Educação Ambiental
Vigilância
Trabalhos Científicos
Património Histórico-cultural
Comemorações
Intervenções Físicas
Figura 13 – Actividades desenvolvidas pelo ICN, na APPSA, nos anos de 1985 a 1995.
Actividades desenvolvidas pelo ICN na APPSA (Anos de 1996 a 2006)
7
6
5
4
Número
3
2
1
0
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
Conservação da Natureza
5
5
4
4
3
3
3
3
5
5
4
Visitação e Educação Ambiental
1
1
1
1
2
2
2
2
2
1
1
Vigilância
1
1
1
2
2
2
2
2
2
2
2
Intervenções Físicas
2
2
3
3
4
3
3
2
6
5
1
Trabalhos Científicos
1
1
1
5
5
2
3
4
4
Património Histórico-cultural
1
1
Comemorações
2
2
2
2
3
3
3
3
2
3
2
Ano
Conservação da Natureza
Visitação e Educação Ambiental
Vigilância
Trabalhos Científicos
Património Histórico-cultural
Comemorações
Intervenções Físicas
Figura 14 – Actividades desenvolvidas pelo ICN, na APPSA, nos anos de 1996 a 2006.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
85
Plano de Ordenamento da APPSA
Os recursos humanos afectos à APPSA encontram-se registdaos desde 1992, tendo variado ao longo dos
anos. As entradas e saídas, bem como o número total de trabalhadores, encontram-se na Figura 15.
Assinalam-se entradas e saídas entre 1992 e 1998 e entre 2001 e 2003. Nos anos de 1999 e 2000 e entre
2004 e 2006, o quadro de pessoal estabilizou com 12 e 10 trabalhadores, respectivamente.
Evolução dos recursos humanos segundo entradas e saídas
20
Número
10
0
1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Entradas
5
2
6
2
1
0
2
0
0
0
0
0
0
0
0
Saídas
2
2
2
0
1
6
0
0
0
1
0
1
0
0
0
Total de trabalhadores
10
10
14
16
16
10
12
12
12
11
11
10
10
10
10
Ano
Entradas
Saídas
Total de trabalhadores
Figura 15 – Evolução dos recursos humanos na APPSA ao longo do tempo.
A evolução dos recursos humanos desde o ano de 1992, segundo as diferentes carreiras profissionais, está
caracterizada na Figura 16. Inicialmente, o quadro de pessoal afecto à APPSA apenas contava com o
contributo de trabalhadores rurais, o que se veio a verificar até 1995. A partir de 1995, passou a
compreender, além dos trabalhadores rurais, um técnico profissional e um vigilante da natureza. No ano de
1996, o quadro de pessoal passou a incluir um técnico superior, tendo mantido nos anos seguintes todas as
carreiras profissionais anteriormente referidas.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
86
Plano de Ordenamento da APPSA
Evolução dos recursos humanos segundo as carreiras profissionais
20
15
Número
10
5
0
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
Trabalhadores rurais
10
10
14
14
13
7
9
9
9
8
8
7
7
7
7
Técnicos profissionais
0
0
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
Vigilantes da natureza
0
0
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
Técnicos superiores
0
0
0
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
Total de trabalhadores
10
10
14
16
16
10
12
12
12
11
11
10
10
10
10
Ano
Trabalhadores rurais
Técnicos profissionais
Vigilantes da natureza
Técnicos superiores
Total de trabalhadores
Figura 16 – Evolução dos recursos humanos segundo a carreira profissional.
No ano de 1997 e entre os anos de 2004 a 2006, a APPSA estabeleceu ainda 5 protocolos com a
administração local, a associação de freguesias e as freguesias de Moura da Serra e Benfeita, que
permitiram afectação de recursos humanos por parte dessas entidades, no âmbito de várias actividades
realizadas no território da APPSA e em redor.
A presença destas entidades, envolvidas na prestação de serviços, em especial o ICN que emprega no seu
quadro 10 indivíduos residentes na APPSA e nas áreas limítrofes, são essenciais à fixação das populações e
à subsistência das famílias, revestindo-se de grande importância a nível local e regional.
Valoração da Socio-Economia
As actividades económicas existentes na APPSA enquadram-se no sector primário e terciário, sendo o último
constituído essencialmente por actividades relacionadas com o turismo.
Sector Primário
A agricultura e a pecuária são actividades que têm como principal objectivo a obtenção de produtos para
consumo familiar. Nesse contexto, ambas as actividades não possuem qualquer peso na economia local,
regional e nacional, apesar de permitirem a diminuição dos encargos das famílias. A continuidade destas
práticas é completamente compatível com os princípios do desenvolvimento sustentável.
A silvicultura, apesar de estar mais voltada para a obtenção de rendimentos, não é uma actividade
económica lucrativa. A incidência regular de incêndios por toda a Serra do Açor, incluindo parte da APPSA,
desincentiva o investimento neste ramo de actividade, quer na recuperação das áreas ardidas, quer na
1ª Fase – Relatório de Caracterização
87
Plano de Ordenamento da APPSA
contratação de recursos humanos para a sua manutenção. Desse modo, o peso desta actividade económica,
a nível local, é pouco mensurável e residual no contexto regional e nacional. A continuidade desta actividade
pode ser compatível ou não com o desenvolvimento sustentável, em função das espécies utilizadas nas
explorações. Desse modo, o eucalipto e o pinheiro são ambas espécies pouco aconselháveis, ao contrário
das várias espécies de folhosas.
Sector Terciário
No sector terciário assinala-se a presença do ICN, entidade estatal do Ministério do Ambiente, do
Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, detentora da Mata da Margaraça e gestora da
APPSA. A Casa Grande, na Mata da Margaraça, serve de instalação de apoio à AP e Centro de
Interpretação. O ICN, com competências na área do ambiente e turismo, além dos trabalhos de gestão da AP
para a sua conservação, promove actividades de educação ambiental, visitas guiadas e trabalhos científicos.
Trabalham aqui 10 pessoas, uma técnica superior, um vigilante da natureza, uma técnica profissional e sete
trabalhadores rurais, quatro do sexo feminino e três do sexo masculino.
A nível da economia local e regional, a existência da APPSA, assegura um contributo essencial no
desenvolvimento sustentável. Além dos trabalhos de conservação realizados na APPSA, assinalam-se os
postos de trabalho criados, ocupados por habitantes locais, revestindo-se de grande importância na
contribuição para a fixação das populações.
Benefícios Indirectos
A APPSA localiza-se numa área de montanha caracterizada por um relevo acidentado, que resulta em
montes com vertentes relativamente declivosas e pequenos vales encaixados entre os mesmos. O coberto
vegetal presente nas encostas, do qual se destaca a Mata da Margaraça, contribui decididamente para
prevenir a erosão dos solos e para facilitar a retenção e o armazenamento de água, contribuindo na
regulação dos cursos de água. Além deste papel, estas manchas contribuem grandemente no
enriquecimento dos solos, muitos dos quais são solos esqueléticos e extremamente empobrecidos, devido à
passagem frequente de incêndios e às práticas silvícolas outrora utilizadas, protegendo ainda as áreas
agrícolas contra os ventos. A presença de uma vegetação variada contribui ainda para o aumento da
biodiversidade da fauna e de outros organismos como os líquenes e os fungos, sendo uma base de
sustentação dos ecossistemas.
Uso do Solo
Ao longo de toda a história, o uso do território sofreu grandes alterações, nomeadamente durante a Idade
Média, com a quase completa destruição da floresta natural nas áreas mais pobres e a sua substituição por
charnecas ou plantações de pinheiro-bravo; e nas áreas melhores, pela agricultura e pelo cultivo da oliveira e
do castanheiro, (Van Der Knaap & Van Leeuwen, 1994 e Devy-Vareta, 1986 cit. por Silveira, 2001). Neste
período, também a carvoaria e a construção naval contribuíram para a destruição da floresta portuguesa,
tendo resistido a esta devastação pouco mais que os coutos eclesiásticos (Devy-Vareta, 1986 cit. por
1ª Fase – Relatório de Caracterização
88
Plano de Ordenamento da APPSA
Silveira, 2001), que é disso exemplo a Mata da Margaraça pertencente, na altura, ao clero (Paiva, 1981 e
Almeida, 1992: 153 cit. por Silveira 2001). No período do Estado Novo, os serviços florestais recobriram
vastas áreas da Serra do Açor com pinheiro-bravo. Com o êxodo dos anos 60 e 70 e o fim do regime
ditatorial, as florestas ficaram mais ao abandono, com a consequente acumulação de combustíveis que
originaram, propositadamente ou não, sucessivos fogos florestais (Silveira, 2001). Apesar de existirem
algumas manchas com vegetação relativamente conservada, a maioria do território sofreu profundas
alterações, encontrando-se a Serra do Açor quase totalmente coberta por urzes (Link, 1805 cit. por Silveira,
2001).
O uso frequente do fogo para melhorar as pastagens e para a produção de carvão, desprotegeram os solos
que foram arrastados pelas chuvas, deixando, por vezes, as encostas com a rocha exposta. Presentemente,
apenas as charnecas conseguem colonizar estas áreas, ficando a agricultura restringida às áreas mais
planas e aos socalcos agrícolas. Entre as culturas destacavam-se o milho, a batata (que veio substituir em
parte a castanha), o feijão, a couve e os cereais. A vinha era, e continua a ser, muito cultivada nesta região,
geralmente, na bordadura dos socalcos localizados nas altitudes mais baixas, assim como a oliveira. O
castanheiro, pelos frutos e pela madeira para a construção, mobiliário e artesanato, assim como a cerejeira e
o medronheiro, continuam a contribuir para o rendimento local (Silveira, 2001).
A maior parte do território da AP encontra-se, actualmente, ocupado por floresta, como se pode visualizar na
carta [17] – uso actual do solo, fruto de regeneração natural ou plantada. A Mata da Margaraça representa
um reduto de floresta espontânea, num contexto de áreas extensas de exploração florestal, no meio das
quais se desenvolvem, frequentemente, matos e algumas invasoras, como o eucalipto e a acácia.
Os matos e incultos representam a segunda classe de uso do solo com maior extensão, resultantes de
incêndios que assolaram esta serra, degradando o solo, o que torna difícil a colonização por outro tipo de
vegetação, em áreas onde a camada de solo é demasiado pequena.
A área agrícola inclui as áreas ocupadas principalmente por culturas anuais, como as couves, o milho, a
batata, a vinha e árvores de fruto; e surge também o olival, em sub-coberto ocupado por hortaliças para autoconsumo.
Na classe de uso urbano incluem-se as áreas das povoações, que no caso da APPSA, são a aldeia de
Pardieiros e parte da aldeia do Enxudro.
Na aldeia de Pardieiros encontram-se alguns equipamentos de utilidade colectiva, designadamente a sede
da Comissão de Melhoramentos, com um bar e casa de convívio; um campo de futebol, vedado e com
condições para a prática deste desporto; uma extensão do Centro de Dia de Benfeita que dá apoio à
população da aldeia e se situa no edifício da Fundação Fausto Dias; dois lavadouros comunitários, um de
construção antiga e outro recente; uma escola primária, actualmente fechada; uma igreja e uma capela. O
Centro de Interpretação da Casa Grande na Mata da Margaraça, propriedade do ICN, foi identificada como
equipamento de apoio às actividades desenvolvidas pela APPSA.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
89
Plano de Ordenamento da APPSA
Finalmente, refere-se a existência de várias estradas e caminhos, das quais se salientam, pela sua
importância, as estradas nacionais n.º 508 e n.º 1350-1.
Produção Agrícola e Florestal
As áreas de produção existentes no interior dos limites da AP, quer agrícola quer florestal, cartografadas na
carta [18] – agrícola e florestal, destinam-se ao auto-consumo e não a uma produção intensiva, dirigida ao
mercado.
As áreas agricultadas, com técnicas e recursos tradicionais, são, na generalidade, as que se encontram mais
próximas dos aglomerados, das quais resultam os produtos hortícolas, os cereais (nomeadamente o milho), a
azeitona e a laranja.
De entre as técnicas silvícolas praticadas na APPSA, referem-se as áreas de talhadia de alto e baixo fuste de
castanheiro, as áreas de soutos com árvores enxertadas de diversas variedades de castanha, as podas e
desramações selectivas, entre outras. No entanto, apesar de estas terem sido, em tempos, bastante
frequentes, foram sendo abandonadas ao longo das décadas, não podendo considerar-se que actualmente
se apliquem técnicas de silvicultura na AP, à excepção das realizadas pelo ICN, no âmbito de projectos de
beneficiação florestal. Ainda assim, o pinheiro e algumas folhosas, nomeadamente o castanheiro, a cerejeira
e o medronheiro, continuam a contribuir, em pequena escala, para a obtenção de lenha, madeira e frutos.
Recreio e Turismo
Os valores que a APPSA alberga constituem, segundo a Região de Turismo do Centro (in Proposta de Plano
de Acção, documento interno do ICN), “um segmento da maior importância no conjunto das valências
turísticas do Concelho de Arganil, (…) quer pelos valores naturais em presença, quer pelo trabalho que
desenvolve a nível de Conservação, Investigação, Educação Ambiental e Promoção Turística”. O turismo na
APPSA é notoriamente sazonal, com um claro pico de procura durante os meses mais quentes (Primavera e
Verão). Este espaço é procurado por causa da sua vegetação, pela beleza paisagística e pelas quedas de
água da Fraga da Pena. A Mata da Margaraça encontra-se na rota de um itinerário, geralmente a caminho da
Aldeia Histórica do Piódão; contudo, pelo seu valor natural, paisagístico, recreativo e científico constitui um
pólo de elevado potencial turístico. A afluência de grupos escolares e outros grupos organizados, integrados
nos programas de educação ambiental da AP e outras actividades relacionadas com a visitação organizada,
tem um carácter menos sazonal.
Assim, referem-se seis pontos de interesse turístico, com diferentes potencialidades: (1) a Mata da
Margaraça (Circuito 4), (2) a Fraga da Pena (Circuito 1), (3) o vale da Barroca de Degraínhos e Ribeira do
Enxudro (Circuito 2), (4) os socalcos agrícolas da Relva Velha (Circuito 5), (5) os socalcos agrícolas de
Pardieiros e Foz d’Abelheira (Circuito 3) e (6) o Cabeço da Picota, cartografados na carta [19] –
equipamentos, zonas e elementos de atracção recreativa/turística. Os circuitos aqui referidos
correspondem aos percursos interpretativos já implementados no terreno e, também eles, cartografados na
carta 19.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
90
Plano de Ordenamento da APPSA
A Mata da Margaraça, como tem vindo a ser referido ao longo da presente caracterização, apresenta-se
como o ponto de maior interesse de toda a AP, quer a nível biológico e científico, quer a nível paisagístico.
Actualmente, na Mata da Margaraça são realizadas com regularidade, acções de educação ambiental –
apresentações educativas no auditório, sessões temáticas e visitas guiadas. No interior da Mata da
Margaraça foi criado um percurso pedestre, devidamente identificado e sinalizado no terreno, e apoiado por
publicações que facilitam a sua visita. De referir ainda a importância do Centro de Interpretação no apoio à
visitação, nomeadamente através de exposições permanentes e temporárias.
A Fraga da Pena é constituída por quedas de água e vegetação ribeirinha, no seio da qual existe um parque
de merendas à disposição dos visitantes. Na Fraga da Pena é possível aceder a dois percursos pedestres,
um que passa na povoação dos Pardieiros e outro que segue ao longo da Barroca de Degraínhos e da
Ribeira do Enxudro, igualmente assinalados no terreno.
O vale da Barroca de Degraínhos apresenta particular relavância não só junto à Fraga da Pena e Pardieiros
mas também a montante. É possível desfrutar dos valores naturais e culturais deste vale através do percurso
pedestre interpretativo assinalado no terreno e que segue o traçado da linha de água, continuando depois em
direcção ao Enxudro, atravessando a Ribeira do Enxudro.
Os socalcos agrícolas em torno da aldeia da Relva Velha, uma grande área de pequenas parcelas
agricultadas, dispostas ao longo das vertentes em torno da aldeia e com extensão até ao fundo do vale,
apesar de parte deles não se incluírem no interior da AP, são os que se encontram em melhor estado de
conservação, considerando a distribuição das parcelas, a sua organização e o seu aproveitamento agrícola.
A alteração da monotonia da paisagem, proporcionada pela presença destas estruturas entre as áreas
urbanas e a vegetação, cujas cores e distribuição ressaltam à vista do observador, tornam-se uma mais valia
na paisagem. Também aqui, existe já um percurso pedestre sinalizado, que atravessa os socalcos agrícolas
e termina na aldeia, sendo um local privilegiado no âmbito da educação ambiental e de grande importância
cultural, proporcionando uma vista panorâmica sobre toda a Mata da Margaraça e sobre a sua evolução
paisagística ao longo do ano.
De Pardieiros parte outro percurso, devidamente assinalado no terreno, que atravessa áreas agrícolas
limítrofes da aldeia e se dirige à Foz d’ Abelheira, atravessando a Ribeira da Mata da Margaraça. Junto de
Foz d’ Abelheira pode-se desfrutar de uma paisagem constituída por elementos agrícolas e pelas linhas de
água merecedora de particular atenção. Ainda junto a esta aldeia, a Barroca de Degraínhos, proveniente do
Enxudro e do Sardal, junta-se à Ribeira da Mata. A confluência dos dois cursos de água, juntamente com
alguns terrenos agrícolas e a vegetação semi-natural, no seio de um pequeno vale encaixado, constitui um
cenário de grande apetência turística.
O Cabeço da Picota, por ser um ponto mais elevado, é um miradouro por excelência da totalidade da AP e
do restante território, nomeadamente grande parte da Serra do Açor, da Serra do Caramulo e da Serra da
Estrela.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
91
Plano de Ordenamento da APPSA
Caça
A actividade cinegética, representada na carta [20] – utilização cinegética, dentro dos limites definidos para
a APPSA, encontra-se interdita pela Portaria n.º837/93, de 8 de Setembro.
No entanto, considerou-se relevante referir a criação da “zona de caça municipal da Serra do Açor” pela
Portaria n.º 165/2007, de 2 de Fevereiro, que abrange parte das freguesias da Benfeita e de Moura da Serra
e cujos limites confrontam com a APPSA.
Ocupação Urbana e Industrial
A ocupação edificada restringe-se, na APPSA, aos aglomerados urbanos, a aldeia de Pardieiros, a Noroeste
da AP e com cerca de 3,32ha; e parte da aldeia do Enxudro, junto ao limite Sul, com cerca de 0,91ha; os
4,23ha de área urbana encontram-se cartografados na carta [21] – zonas urbanas, aglomerados,
exploração de inertes e actividade transformadora. Apesar de em tempos ter existido indústria
transformadora, nomeadamente de carvão, presentemente esta encontra-se extinta, não existindo qualquer
tipo de indústria transformadora dentro dos limites da APPSA. No Cabeço da Picota existe, também, uma
frente de extracção de inertes, já inactivada e que foi utilizada pelos serviços da Câmara Municipal aquando
da abertura da estrada que ali passa, para extração de material para a sua construção. Alguma actividade
que exista ainda na AP restringe-se a actividades artesanais, nomeadamente a produção de colheres de pau,
mas que não poderão ser consideradas indústrias transformadoras.
Na APPSA, a rede viária segue normalmente ao longo das encostas contornando os montes, caracterizada
por um trajecto sinuoso, decorrente das características do meio. A rede viária atinge na totalidade 13,7km e
permite a ligação entre todos os aglomerados, sendo desse modo, quantitativamente suficiente. O piso dos
troços de ligação entre a povoação da Benfeita e o aglomerado dos Pardieiros, estrada municipal 1350-1, e
da estrada municipal 508, que segue ao longo do limite a sudeste, passando pelo Cabeço da Picota, são
ambos de asfalto. O piso das restantes acessibilidades é de terra batida.
Estrutura da Propriedade
A área da APPSA, abrangida nos limites das freguesias da Benfeita e de Moura da Serra, possui as
estruturas de propriedade cartografadas na carta [22] – tipologia da estrutura da propriedade.
Na APPSA, a tipologia da estrutura da propriedade assenta em 3 classes principais: privada, pública e
comunitária (baldios). Dos 381,94ha que constituem a APPSA, 293,65ha correspondem à área ocupada pela
propriedade privada. A Mata da Margaraça é propriedade pública do domínio privado do Estado, sob a posse
e gestão do ICN. Finalmente, os Baldios da Benfeita e da Moura da Serra ocupam, respectivamente, 11,2ha
e 9,4ha no interior da AP, ambos propriedades comunitárias partilhadas pelos residentes de cada um dos
aglomerados.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
92
Plano de Ordenamento da APPSA
7. Valores Intrínsecos
Como tem vindo a ser referido ao longo de toda esta caracterização, a APPSA é uma AP com um elevado
valor para a conservação e com um elevado potencial na contribuição para o equilíbrio dos ecossistemas,
característicos da Serra do Açor. Prova disso são os diferentes estatutos legais de protecção que foram já
atribuídos a esta área, como a própria criação da APPSA, a integração da quase totalidade da APPSA no
SIC “Complexo do Açor, PTCON0051”, da Lista Nacional de Sítios da Rede Natura 2000; e a designação da
Reserva Biogenética do Conselho da Europa para a Mata da Margaraça, que constitui o expoente máximo
para a conservação, de toda a AP e área envolvente.
A sua localização na região Centro, numa zona de transição climática com influência atlântica nas vertentes
expostas a Norte e influência mediterrânica nas encostas expostas a Sul, permite o desenvolvimento de uma
vegetação muito diversificada. Em associação às actividades praticadas pelo homem ao longo dos séculos,
algumas das quais estão ainda bem patentes na paisagem, a AP tem uma elevada diversidade paisagística,
com uma grande variedade de habitats e biótopos que permitem a ocorrência de muitas espécies da fauna e
flora, algumas das quais são endemismos ou espécies protegidas por documentos oficiais de protecção da
fauna selvagem.
Associados à história desta região existem alguns valores e práticas culturais, como as práticas agrícolas que
sustentavam os socalcos e as práticas silvícolas que eram utilizadas em tempos, demonstrativas do equilíbrio
que é possível estabelecer entre as actividades humanas e os ecossistemas.
A sua pequena dimensão é um dos factores que mais contribui para a fragilidade da AP. Este facto pode
tornar-se um factor de preocupação, uma vez que as áreas de maior valor para a conservação, como a Mata
da Margaraça, principal razão para a criação do estatuto da APPSA, não apresentam em seu redor uma área
tampão de protecção. Deste modo, esta mata fica mais exposta a perturbações, como os incêndios florestais,
que assolam frequentemente esta região; a invasão por espécies alóctones, como a acácia, que é cada vez
mais frequente nesta região; além de outras influências resultantes das actividades humanas, e que poderão
pôr em causa a sua continuidade.
O abandono das terras poderá constituir outro factor de ameaça para o valor de conservação da AP, já que
este facto conduz a uma alteração da paisagem actual, perdendo-se assim parte do valor histórico-cultural
que a AP possui.
8. Breve Caracterização da Área Proposta para Alargamento da APPSA
Numa perspectiva de alargamento e reclassificação da APPSA, os trabalhos para a fase de caracterização
foram realizados, inicialmente, para uma área muito superior à APPSA. No entanto, no decorrer dos
trabalhos, a RCM que define o presente PO determinou que este deveria ser elaborado apenas para a área
actualmente classificada.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
93
Plano de Ordenamento da APPSA
A pequena dimensão da APPSA, que determina um certo carácter de insularidade associado à existência de
poucos corredores ecológicos, resulta num isolamento dos ecossistemas e das respectivas espécies. Este
facto condiciona a mobilidade das espécies animais, a possibilidade de troca de genes necessária para a
manutenção da variabilidade genética das populações e do equilíbrio dos ecossistemas. A reduzida
dimensão da Mata da Margaraça, confere-lhe ainda uma menor resiliência, tornando o ecossistema ainda
mais permeável a perturbações passíveis de desequilibrar os processos ecológicos, nomeadamente os
incêndios florestais, as ameaças fitossanitárias e a invasão por espécies alóctones.
O conhecimento mais aprofundado da AP e da sua envolvente, advindo dos trabalhos de investigação dos
últimos cerca de 20 anos, desde a criação do estatuto de área protegida, levam a concluir que do
alargamento resultariam diversas vantagens para a prossecução dos objectivos da conservação do
património natural. De facto, na Serra do Açor existe um elevado isolamento entre os ecossistemas com
maior valor para a conservação. Como prova disso poderá referir-se a estrutura do Complexo do Açor, SIC
Rede Natura 2000, que é composta por quatro áreas separadas, existindo entre elas um espaço onde não
são referidos valores a integrar a referida Rede. Também na área proposta para alargamento ocorre essa
condição. A inclusão dessas áreas nos limites da APPSA poderá constituir um factor determinante na
manutenção dos ecossistemas ainda existentes e que poderão vir a desaparecer se não se encontrarem
assegurados por um estatuto de protecção adequado. A preservação destes ecossistemas também
contribuiria para a conservação dos ecossistemas actualmente incluídos na AP. Com efeito, a preservação
dos ecossistemas mais relevantes, como a Mata da Margaraça, tiraria vantagens da aplicação de esforços na
conservação dos corredores de folhosas que acompanham as linhas de água e outras manchas vestigiais de
vegetação nativa, estruturas que podem funcionar como corredores ecológicos e como áreas potenciais de
alargamento deste ecossistema.
Assim, apresenta-se neste capítulo uma breve caracterização da referida área de alargamento, ao abrigo dos
trabalhos que tinham já sido elaborados para o presente PO, mesmo que não se encontrassem totalmente
finalizados. Apresentam-se as áreas consideradas para o alargamento, que podem ser divididas em cinco
zonas territoriais: (1) Encosta do Tapadinho, (2) Vale da Mourísia, (3) Vale do Carcavão, (4) Vale da Ribeira
de Parrozelos e (5) Área de Monte Redondo, conforme se pode visualizar na Figura 17, e referem-se os
principais valores e características que apresentam, numa perspectiva da conservação da natureza.
Estas áreas são abrangidas pelas cartas militares n.ºs 232, 233, 243 e 244 (de 1998 à escala de 1:25000) e
possuem características particulares que justificam a sua inclusão numa área protegida.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
94
Plano de Ordenamento da APPSA
Figura 17 – Áreas propostas para o alargamento da APPSA.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
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Plano de Ordenamento da APPSA
Encosta do Tapadinho
A “Encosta do Tapadinho” é a área que se encontra imediatamente a Norte da Mata da Margaraça. A
principal justificação para a inclusão desta área nos limites da APPSA prende-se com o facto do actual limite
norte da AP ser a linha de água que passa junto da Mata da Margaraça, que é também, presentemente, uma
das áreas mais sensíveis da AP. Desta forma, apesar de não possuir um elevado valor natural, a encosta
constituiria uma área fundamental para a protecção da Mata da Margaraça, funcionando como uma área
tampão de protecção.
Apesar de ser uma área ocupada maioritariamente por pinhal de regeneração natural, que se desenvolveu
após o incêndio de 1987, na sua vertente Norte encontra-se uma área mista de folhosas autóctones e pinhal,
constituindo uma possível área de expansão do ecossistema das folhosas e com muita importância como
área de refúgio da fauna que recorre a este tipo de biótopos. Encontram-se ainda algumas linhas de água e
na sua cumeada uma área de matos baixos, que corresponde ao habitat 4030 – Charnecas secas europeias,
da Directiva Habitats.
Vale da Mourísia
O “Vale da Mourísia” encontra-se a Oeste dos actuais limites da APPSA. Esta área abrange uma das
maiores áreas de socalcos agrícolas da Serra do Açor, conferindo-lhe um excepcional valor paisagístico e
socio-cultural, na medida em que representa o equilíbrio estabelecido entre a natureza e as actividades do
homem, num equilíbrio sustentável dos recursos da região. Além disso, constitui um importante biótopo para
a fauna. Encontram-se também neste vale, várias linhas de água que, apesar do incêndio que percorreu
estas encostas no Verão de 2005, conservam ainda um coberto vegetal que poderá facilitar a recuperação do
ecossistema e constituir um bom corredor ecológico, possuindo por isso um elevado valor para a fauna,
nomeadamente para o grupo dos anfíbios. Além destes biótopos, existem ainda áreas consideráveis de
matos, resultantes da recolonização após o incêndio, e algumas áreas de pinhal e áreas mistas de pinhal,
folhosas e algumas invasoras, como a acácia, que poderão ser incluídas em planos de recuperação da
vegetação autóctone.
Refere-se ainda que, no vale, existem algumas áreas de folhosas bem conservadas, principalmente de
castanheiro, merecendo particular relevância o antigo souto onde se encontra um castanheiro classificado
como árvore de interesse público.
Vale do Carcavão
O “Vale do Carcavão” é de inegável valor paisagístico e alberga uma galeria ripícola com troços bastante
conservados da Ribeira do Carcavão, e uma vegetação bem desenvolvida com um estrato arbóreo
constituído, essencialmente, por carvalho-alvarinho (Quercus robur), salgueiros (Salix sp.) e alguns
exemplares de castanheiro (Castanea sativa), folhado (Viburnum tinus) e medronheiro (Arbutus unedo),
azereiro (Prunus lusitanica) e loureiro (Laurus nobilis) e alberga fauna dependente das formações ripícolas.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
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Plano de Ordenamento da APPSA
Vale da Ribeira de Parrozelos
O “Vale da Ribeira de Parrozelos” inicia-se junto a Parrozelos e estende-se até Porto Castanheiro, duas
aldeias que apresentam características tipicamente serranas. Neste vale encontram-se áreas relativamente
extensas com pinhal, giestais e urzais, mas também uma linha de água de elevado valor paisagístico, com
troços revestidos por uma vegetação ripícola bastante conservada e de inegável valor para a fauna.
Encontram-se ainda algumas áreas agrícolas e algumas manchas de medronhais meso-xerófilos
mediterrânicos.
Área de Monte Redondo
Esta área abrange a aldeia de Monte Redondo e o território envolvente. Apesar de se encontrar um pouco
degradada paisagisticamente, alberga alguns valores elevados da vegetação, como áreas significativas de
bosquetes de sobreiro e azinheira, além de áreas de folhosas e linhas de água que conservam ainda alguma
vegetação ripícola, que podem constituir corredores ecológicos e áreas de refúgio para a fauna. Além destas,
encontram-se ainda áreas de urzais e de medronhais meso-xerófilos mediterrânicos.
No cimo do cabeço de Monte Redondo, encontra-se um posto de vigia, de onde se pode observar toda a
área envolvente, constituindo um bom posto de observação.
Apresentam-se, de seguida, as Figuras 18, 19, 20 e 21, correspondentes, respectivamente, à valoração da
vegetação, à valoração dos biótopos com importância para a fauna, à valoração das unidades de paisagem e
ao uso do solo, de toda a área de estudo, a APPSA e as diferentes zonas propostas para alargamento da
AP.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
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Plano de Ordenamento da APPSA
Figura 18 – Valoração da vegetação na APPSA e áreas propostas para o alargamento da AP.
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Plano de Ordenamento da APPSA
Figura 19 – Valoração dos biótopos com importância para a fauna na APPSA e áreas propostas para o alargamento da
AP.
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Plano de Ordenamento da APPSA
Figura 20 – Valoração das unidades de paisagem na APPSA e áreas propostas para o alargamento da AP.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
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Plano de Ordenamento da APPSA
Figura 21 – Uso actual do solo na APPSA e áreas propostas para o alargamento da AP.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
101
Plano de Ordenamento da APPSA
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Açor, e dentro desta cria a Reserva Natural Parcial da Mata da Margaraça e a Reserva de Recreio da Fraga da Pena.
DECRETO-LEI n.º 196/89. D.R. I Série. n.º 134 (14-06-89), p. 2318-2327. Regulamenta a Reserva Agrícola Nacional.
DECRETO-LEI n.º 316/89. D.R. I Série. n.º 219 (22-09-89), p. 4224-4227. Referente à Convenção Relativa à Protecção
da Vida Selvagem e do Ambiente Natural da Europa (Convenção de Berna).
DECRETO-LEI n.º 274/92. D.R. I Série-A. n.º 286 (12-12-92), p. 5684-5685. Altera o Decreto-Lei 196/89, de 14 de
Junho, que regulamenta a Reserva Agrícola Nacional.
DECRETO-LEI n.º 19/93. D.R. I Série-A. n.º 19 (23-01-93), p. 271-277. Estabelece os novos critérios para a
classificação das Áreas Protegidas nacionais.
PORTARIA n.º837/93. D.R. I Série-B. n.º 211 (08-09-93), p. 4807-4808. Interdita a caça na Área de Paisagem Protegida
da Serra do Açor.
RESOLUÇÃO DO CONSELHO DE MINISTROS n.º 143/95. D.R. I Série-B. n.º 269 (21-11-1995), p. 7145-7153. Ratifica
o Plano Director Municipal para o concelho de Arganil.
LEI n.º 48/98. D.R. I Série-A. n.º 184 (11-08-98), p. 3869-3875. Estabelece as bases da política de ordenamento do
território e de urbanismo.
DECRETO-LEI n.º 140/99. D.R. I Série-A. n.º 96 (24-04-99), p. 2183-2212. Revê a transposição para o direito interno
das directivas comunitárias: Directiva n.º 79/409/CEE, de 2 de Abril (Directiva Aves) e a Directiva n.º 92/43/CEE
(Directiva Habitats), com o objectivo de “contribuir para assegurar a biodiversidade (…), tendo em conta as exigências
económicas, sociais e culturais, bem como as particularidades regionais e locais.
DECRETO-LEI n.º 380/99. D.R. I Série-A. n.º 222 (22-09-99), p. 6590-6622. Desenvolve as bases da política de
ordenamento do território e de urbanismo.
RESOLUÇÃO DO CONSELHO DE MINISTROS n.º 76/ 2000. D.R. I Série-B. n.º 153 (05-07-2000), p. 2933-2944. Inclui
a Área de Paisagem Protegida da Serra do Açor no Sítio proposto para integrar a Rede Natura 2000, PTCON0051 –
Complexo do Açor.
RESOLUÇÃO DO CONSELHO DE MINISTROS n.º 66/2001. D.R. I Série-B. n.º 131 (06-06-2001), p. 3437-3439.
Determina a elaboração do Plano Sectorial para a Rede Natura.
DECRETO REGULAMENTAR n.º 9/2002. D.R. I Série-B. n.º 51 (01-03-2002), p. 1695-1745. Aprova o Plano de Bacia
Hidrográfica do Mondego.
DECRETO-LEI n.º 310/2003. D.R. I Série-A. n.º 284 (10-12-2003), p. 8339-8376. Altera o Decreto-Lei n.º 380/99, de 22
de Setembro, que desenvolve as bases da política de ordenamento do território e de urbanismo.
DECRETO-LEI n.º 49/2005. D.R. I Série-A. n.º 39 (24-02-2005), p. 1670-1708. Altera o Decreto-Lei n.º 140/99, de 24 de
Abril, que revê a transposição para o direito interno das directivas comunitárias: Directiva n.º 79/409/CEE, de 2 de Abril
(Directiva Aves) e a Directiva n.º 92/43/CEE (Directiva Habitats).
DECRETO-REGULAMENTAR n.º 9/2006. D.R. 1.ª Série. n.º 138 (19-07-2006), p. 5029-5052. Aprova o Plano Regional
de Ordenamento Florestal do Pinhal Interior Norte (PROF PIN).
RESOLUÇÃO DO CONSELHO DE MINISTROS n.º 31/2006. D.R. I Série-B. n.º 59 (23-03-2006), p. 2194-2196.
Determina a elaboração do Plano Regional de Ordenamento do Território para a Região do Centro (PROT-Centro).
DECRETO-LEI n.º 180/2006. D.R. I Série. n.º 172 (06-09-2006), p. 6551-6578. Altera o Decreto-Lei n.º 93/90, de 19 de
Março, referente à regulamentação da Reserva Ecológica Nacional, actualiza remissões para legislação entretanto
revogada e república o texto que regulamenta a referida Reserva.
PORTARIA n.º 165/2007. D.R. I Série. n.º 24 (02-02-2007), p. 922. Cria a zona de caça municipal da Serra do Açor, por
um período de seis anos.
RESOLUÇÃO DO CONSELHO DE MINISTROS n.º 68/2007. D.R. 1.ª Série. n.º 95 (17-05-2007), p. 3360-3361.
Determina a elaboração do Plano de Ordenamento da Área de Paisagem protegida da Serra do Açor.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
106
Plano de Ordenamento da APPSA
B. CARTOGRAFIA
[1] – Carta de enquadramento a nível nacional, escala 1:1 000 000
[2] – Carta de enquadramento a nível regional, escala 1:50 000
[3] – Carta de estatutos de protecção e outros estatutos legais, escala 1:10 000
[4] – Carta de cadastro e direitos de uso, escala 1:10 000
[5] – (*) Carta de referência, escala 1:10 000
[6] – (*) Carta geológica simplificada, escala 1:10 000
[7] – Modelo digital de terreno e limites da área
[8] – Carta geomorfológica simplificada, escala 1:10 000
[9] – (*) Carta de solos e drenagem, escala 1:10 000
[10] – Carta hidrológica, escala 1:10 000
[11] – Carta de bioclimas, escala 1:10 000
[12] – (*) Carta de vegetação, escala 1:10 000
[13] – (*) Carta de biótopos, escala 1:10 000
[14] – (*) Carta de unidades de paisagem, escala 1:10 000
[17] – (*) Carta do uso actual do solo, escala 1:10 000
[18] – Carta agrícola e florestal, 1:10 000
[19] – Carta com equipamentos, zonas e elementos de atracção recreativa/turística, escala 1:10 000
[21] – Carta de zonas urbanas, aglomerados, exploração de inertes e actividade transformadora, escala
1:10 000
[22] – (*) Carta com tipologia da estrutura da propriedade, por classes, 1:10 000
[25] – Carta de valoração da vegetação, escala 1:10 000
[26] – Carta de áreas de especial interesse para espécies prioritárias da flora, escala 1:10 000
[27] – (*) Carta de valores florísticos e de vegetação (por classes: Valor Excepcional, Alto, Médio, Baixo),
escala 1:10 000
[28] – Carta de valoração dos biótopos para a fauna, escala 1:10 000
[31] – (*) Carta Síntese de Valores Naturais, escala 1:10 000
[32] – Carta de Valores Paisagísticos, escala 1:10 000 (por classes: Valor Excepcional, Alto, Médio, Baixo)
[33] – Carta de aptidão turística, escala 1:10 000 (com base na carta de Valor Paisagístico e na carta Síntese
de Valores Naturais)
1ª Fase – Relatório de Caracterização
107
Plano de Ordenamento da APPSA
C.I. Anexo – Diplomas Legais mais Relevantes com Aplicação na APPSA
Diploma
Decreto-Lei n.º 67/82, de 3 de Março
Decreto-Lei n.º 274/92, de 12 de Dezembro
Decreto-Lei n.º 19/93, de 23 de Janeiro
Portaria n.º837/93, de 8 de Setembro
Resolução do Conselho de Ministros n.º 143/95, de
21 de Novembro
Lei n.º 48/98, de 11 de Agosto
Decreto-Lei n.º 140/99, de 24 de Abril, com a nova
redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n. 49/2005,
de 24 de Fevereiro
Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com a nova
redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei 310/2003, de
10 de Dezembro
Resolução do Conselho de Ministros n.º 76/ 2000, de
5 de Julho
Resolução do Conselho de Ministros n.º 66/2001, de
6 de Junho
Decreto Regulamentar n.º 9/2002, de 1 de Março
Resolução do Conselho de Ministros n.º 31/2006, de
23 de Março
Decreto-Lei n.º 180/2006, de 6 de Setembro
Assunto
Cria a Área de Paisagem Protegida da Serra do Açor
Altera o Decreto-Lei 196/89, de 14 de Junho, que regulamenta a
Reserva Agrícola Nacional (RAN)
Estabelece os novos critérios para a classificação das Áreas
Protegidas nacionais
Interdita a caça na Área de Paisagem Protegida da Serra do Açor
Ratifica o Plano Director Municipal para o concelho de Arganil
Estabelece as bases da política de ordenamento do território e de
urbanismo
Revê a transposição para o direito interno das directivas
comunitárias: Directiva n.º 79/409/CEE, de 2 de Abril (Directiva Aves)
e a Directiva n.º 92/43/CEE (Directiva Habitats)
Desenvolve as bases da política de ordenamento do território e de
urbanismo
Inclui a Área de Paisagem Protegida da Serra do Açor no SIC
proposto para integrar a Rede Natura 2000, PTCON0051 – Complexo
do Açor
Determina a elaboração do Plano Sectorial para a Rede Natura
Plano de Bacia Hidrográfica do Mondego
Determina a elaboração do Plano Regional de Ordenamento do
Território para a Região do Centro (PROT-Centro)
Altera o Decreto-Lei n.º 93/90, de 19 de Março, referente à
regulamentação da Reserva Ecológica Nacional (REN)
1ª Fase – Relatório de Caracterização
108
Plano de Ordenamento da APPSA
C.II. Anexo – Definição e Valoração da Flora e das Unidades de Vegetação – Metodologia e
Resultados
A metodologia adoptada para elaborar a caracterização dos valores flora e vegetação baseou-se na
metodologia desenvolvida e proposta pelo Instituto da Conservação da Natureza (ICN, 2004), procedendo-se
às devidas adaptações para o presente PO. A metodologia baseia-se em três etapas: (A) definição e
valoração das comunidades vegetais, (B) definição e valoração das espécies da flora ocorrentes na AP e (C)
aplicação do Valor Florístico às comunidades vegetais.
Etapa A
O termo comunidade foi aplicado a unidades de vegetação cartografáveis, que podem abranger mais do que
um habitat, mas representam uma unidade, sendo manchas relativamente homogéneas do ponto de vista
fitocenótico e utilizáveis para o ordenamento (ICN, 2004).
Definição das comunidades vegetais
Para a definição das comunidades, bem como para a definição dos habitats que as constituem, foi seguida,
sempre que possível, a Directiva Habitats (Directiva 92/43/CEE), recorrendo à nomenclatura e descrição dos
habitats elaborada pela ALFA (Associação Lusitana de Fitossociologia) para o Plano Sectorial da Rede
Natura 2000 (ALFA, 2006). Utilizou-se também a classificação dos habitats definida pela EUNIS para a
definição e descrição das comunidades. Deste modo, foram definidas 10 comunidades que podem ser
encontradas na área da APPSA: (1) “Florestas Pré-Climácicas de Folhosas Autóctones” (FCF), (2)
“Comunidades Não Climácicas de Folhosas Autóctones” (CNF), (3) “Comunidades Ripícolas” (CRi), (4)
“Bosquetes Residuais de Sobreiro” (BRS), (5) “Pinhal” (P), (6) “Matagais Arborescentes de Espécies
Lauróides” (MAL), (7) “Giestais” (G), (8) “Urzais” (U), (9) “Comunidades Rupícolas e Prados de Altitude”
(CRu) e (10) “Áreas Agrícolas” (AA), permitindo elaborar a carta [12] - vegetação.
O elenco dos habitats compreendidos em cada uma das comunidades encontra-se na Tabela 37,
apresentada posteriormente.
Valoração das Comunidades Vegetais
O valor de conservação intrínseco das comunidades, definidas na etapa anterior, é determinado com base
em vários parâmetros de avaliação, relacionados com características ecológicas e com o estatuto de
conservação dos habitats que compõem as comunidades. Estes parâmetros de avaliação são analisados e
caracterizados individualmente para cada habitat que se encontra presente em cada comunidade,
determinando-se nesta fase o Valor de Conservação do Habitat (VCH). O VCH de cada habitat é
determinado com base na caracterização de cinco parâmetros de avaliação: (1) Directiva Habitats (DH), (2)
Grau de Raridade (GR), (3) Grau de Naturalidade (GN), (4) Grau de Ameaça (GA) e (5) Singularidades
(Sing).
1ª Fase – Relatório de Caracterização
109
Plano de Ordenamento da APPSA
1. Directiva Habitats
A Directiva Habitats, Directiva 92/43/CEE, do Conselho das Comunidades Europeias, de 21 de Maio, relativa
à preservação dos habitats naturais e da fauna e flora selvagens, reflecte a importância destes em termos de
conservação, a nível da Comunidade Europeia. Foi transposta para o direito interno pelo Decreto-Lei
n.º140/99, de 24 de Abril, agora revogado pelo Decreto-Lei n.º49/2005, de 24 de Fevereiro, o qual se
consultou para a caracterização deste parâmetro, que inclui as seguintes categorias:
10 – Habitats prioritários incluídos no Anexo B-I* (habitats naturais prioritários de interesse comunitário
cuja conservação exige a designação de zonas especiais de conservação)
8 – Habitats incluídos no Anexo B-I (habitats naturais de interesse comunitário cuja conservação exige a
designação de zonas especiais de conservação)
0 – Habitats não incluídos no Anexo B-I
2. Grau de Raridade
Com a caracterização dos habitats, relativamente ao seu grau de raridade, pretende-se medir a sua
importância a nível nacional, estando este parâmetro fortemente relacionado com uma medida de
representatividade do habitat. Este parâmetro inclui as categorias:
10 – Habitat é representante único no país
8 – Habitat tem grande interesse, dada a sua raridade a nível nacional
6 – Habitat com um grau intermédio de raridade a nível nacional
4 – Habitat relativamente comum ao longo do país, mas regionalmente pouco frequente
0 – Habitat comum a nível nacional e regional
3. Grau de Naturalidade
Este parâmetro representa a integridade do sistema que é calculada em função do grau de influência
humana, recorrendo às categorias:
10 – A composição do habitat está em excelente estado de conservação, é equivalente à existente se
não houvesse intervenção humana, aproximando-se do estado ideal de naturalidade
7/4 – Níveis intermédios
0 – A comunidade está muito alterada, e é marcada pela forte presença de espécies exóticas
4. Grau de Ameaça
Este parâmetro poderá medir-se pelo grau de perturbação derivada da actividade humana, sendo uma
medida das pressões que diminuem a probabilidade de manutenção das características naturais do habitat.
Pode ser caracterizado com as categorias:
10 – A pressão humana é muito forte, o habitat está seriamente ameaçado
7/4 – Níveis intermédios
0 – O habitat não está ameaçado
1ª Fase – Relatório de Caracterização
110
Plano de Ordenamento da APPSA
5. Singularidades
A singularidade de um habitat reflecte-se no interesse que suscita na comunidade científica. Um exemplo de
um elevado valor neste parâmetro é o habitat 5230, habitat que alberga azereiros e é considerado pela
comunidade científica como deveras relevante para a conservação da natureza, pois integra um elevado
número de relíquias lauróides paleo-sub-tropicais (Silveira, 2001), para além de ser um habitat pouco
frequente no território nacional (ALFA, 2006).
Apesar de poder integrar alguma redundância com a valoração florística, também se incluíram na lista de
habitats com alto valor de singularidade aqueles que albergam espécies da flora com particular relevância
para a conservação.
Este parâmetro caracteriza-se com as seguintes categorias:
10 – Elevado interesse científico
5 – Moderado interesse científico
0 – Reduzido interesse científico
O Valor de Conservação de cada habitat resulta do somatório dos valores de cada um dos parâmetros
anteriores. Determinado o VCH dos diferentes habitats, pode proceder-se à determinação do Valor de
Conservação das Comunidades (VCC). Para isso, deverá ter-se em conta duas possibilidades:
No caso de a comunidade ser constituída por um único habitat, o VCC = VCH ;
No caso de a comunidade integrar vários habitats, o VCC será o valor do habitat que obteve o valor de
conservação mais elevado. No caso da APPSA, considerou-se que existe sobreposição dos habitats no
interior das comunidades, pelo que se excluíram as duas restantes situações referidas na metodologia
proposta pelo ICN (os habitats não se sobrepõem mas estão presentes de forma equitativa na
comunidade, sendo o VCC igual à média dos VCH; e a expressão dos habitats dentro da comunidade é
muito desigual, sendo o VCC igual à média ponderada dos VCH).
O VCC permite atribuir às unidades de vegetação uma classe de relevância, Excepcional, Alta, Média ou
Baixa, que hierarquiza a importância da comunidade para a conservação da natureza. Os intervalos de VCC
correspondentes a cada classe de relevância são apresentados na Tabela 37.
Tabela 37 – Classes de relevância das unidades de vegetação e respectivos intervalos de VCC.
VCC
>40
30-40
15-29
<15
Valor
Excepcional
Alto
Médio
Baixo
Assim, apresentam-se na Tabela 38, os resultados da valoração dos habitats, com os valores atribuídos a
cada um dos parâmetros de avaliação e o resultado final da valoração das unidades de vegetação.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
111
Plano de Ordenamento da APPSA
Tabela 38 – Caracterização de cada habitat relativamente aos diferentes parâmetros de avaliação, determinação do
Valor de Conservação dos Habitats (VCH) e o Valor de Conservação das Comunidades (VCC).
Legenda: DH – Directiva Habitats; GR – Grau de Raridade; GN – Grau de Naturalidade; GA – Grau de Ameaça; Sing –
Singularidades.
Unidade de
Vegetação
Habitats
Matagais
arborescentes
espécies
lauróides
Pinhal
Bosquetes residuais
de sobreiros
Comunidades ripícolas
Comunidades não climácicas de
folhosas autóctones
Florestas pré-climácicas de folhosas autóctones
6430pt1 – Vegetação megafórbica mesohigrófila escionitrófila perene de solos
frescos
*5230pt1 – Louriçais
*5230pt2 – Azereirais
*5230pt3 – Medronhais-azereirais
9380 – Florestas de Ilex aquifolium
(azevinhais)
9260 – Castinçais abandonados e soutos
antigos
9160pt1 – Carvalhais mesotróficos de
Quercus robur
9230pt1 – Carvalhais de Quercus robur
8220pt1 – Afloramentos rochosos
siliciosos com comunidades casmofíticas
8220pt3 – Biótopos de comunidades
comófiticas esciófilas ou de
comunidades epifíticas
6430pt1 – Vegetação megafórbica mesohigrófila escionitrófila perene de solos
frescos
8220pt1 – Afloramentos rochosos
siliciosos com comunidades casmofíticas
8220pt3 – Biótopos de comunidades
comófiticas esciófilas ou de
comunidades epifíticas
9230pt1 – Carvalhais de Quercus robur
(regeneração)
9260 – Castinçais abandonados e soutos
antigos
*5230pt1 – Louriçais
*5230pt3 – Medronhais-azereirais
8220pt1 – Afloramentos rochosos
siliciosos com comunidades casmofíticas
8220pt3 – Biótopos de comunidades
comófiticas esciófilas ou de
comunidades epifíticas
*91EO – Bosques ripícolas de amieiros,
salgueiros ou bidoeiros
92AO – Galerias ribeirinhas
mediterrânicas dominadas por salgueiros
9330 – Florestas de Quercus suber
8220pt1 – Afloramentos rochosos
siliciosos com comunidades casmofíticas
8220pt3 – Biótopos de comunidades
comófiticas esciófilas ou de
comunidades epifíticas
5330pt3 – Medronhais
4030pt3 – Urzais, urzais-tojais e urzaisestevais mediterrânicos não litorais
*5230pt1 – Louriçais
*5230pt3 – Medronhais-azereirais
5330pt3 – Medronhais (matagais altos
ou matos baixos meso-xerófilos
mediterrânicos)
Habitats
EUNIS 2002(a)
DH
GR
GN
GA
Sing
VCH
E5
8
0
6
6
5
25
F3.131
F3.22
0
0
0
4
4
7
6
6
0
5
10
22
F5.1
10
8
7
6
10
41
G2.6
8
8
6
6
10
38
G1.7
8
0
5
6
5
24
G1.89/G1.A
8
8
7
6
10
39
G1.7
8
4
4
6
5
27
H3.1
8
0
7
6
5
26
G1.A61
0
6
7
6
5
24
E5
8
0
4
6
5
23
H3.1
8
0
5
6
5
24
G5.61
8
4
4
6
5
27
G1.7
8
0
5
6
5
24
F3.13
0
0
4
6
0
10
F5.1
10
8
5
6
10
39
H3.1
8
0
6
6
5
25
G1
10
6
5
6
5
32
G1.1
8
0
6
6
5
25
F3.13
G2.1
0
8
0
4
4
4
6
6
0
5
10
27
H3.1
8
0
5
6
5
24
8
0
4
6
0
18
0
0
0
4
0
4
F5.5, F5.1
p.p.
G5.74
F4.2
p.p.max.
E5.3
8
0
0
4
0
12
0
0
0
4
0
4
F5.1
10
8
4
6
5
33
F5.5, F5.1
p.p.
8
0
4
6
0
18
VCC
Classe de
Relevância
41
Excepcional
27
Média
39
Alta
27
Média
12
Baixa
33
Alta
1ª Fase – Relatório de Caracterização
112
Áreas
agrícolas
Comunidades
rupícolas e
prados de
altitude
Urzais
Giestais
Plano de Ordenamento da APPSA
F3.25
0
0
0
4
0
4
4
Baixa
F4.2
p.p.max.
8
0
0
4
0
12
12
Baixa
H3.1
8
0
0
5
10
23
E1.82
0
6
0
5
10
21
31
Alta
6160pt2 – Matos rasteiros acidófilos
temperados e mediterrânicos
E4.3613
8
8
0
5
10
31
8220pt3 – Biótopos de comunidades
comófiticas esciófilas ou de
comunidades epifíticas
H3.1
8
0
0
4
0
12
12
Baixa
F3.13
I1.5
0
0
0
0
0
0
4
4
0
0
4
4
4030pt3 – Urzais, urzais-tojais e urzaisestevais mediterrânicos não litorais
8220pt2 – Biótopos de comunidades
comofíticas
(a) EUNIS Biodiversity Database
E4.3613 – Oro-Iberian acidophilous stripped grasslands – Cordilleran [Festuca] stripped grasslands; E5.2 – Termophile woodland fringes; E5.4 –
Moist or wet tall-herb and fern fringes and meadows; F3.251 – White-flowered broom fields; F3.253 – Northwestern Iberian [Cytisus] fields; F3.256
– Central Iberian [Cytisus] fields; F4.2 – Dry heaths; F5.1 – Arborescent matorral; F5.18 – European laurel matorral; F5.5 – Thermo-Mediterranean
scrub; G1.A – Meso- and eutrophic [Quercus] woodland; G1.1 – Riparian and gallery woodland with dominant [Alnus], [Betula], [Populus] or [Salix];
G1.2 – Mixed riparian floodplain and gallery woodlan; G1.7 – Thermophilous decidous woodlands; G 2.1 – Mediterranean evergreen [Quercus]
woodland; G2.11 – [Quercus suber] woodland; G2.6 – [Ilex aquifolium] woods; H3.1 – Acid siliceous inland cliffs.
Na Tabela 39, encontram-se os valores de conservação das unidades de vegetação, ordenados por ordem
de importância para conservação da vegetação.
Tabela 39 – Hierarquização do VCC e respectivas classes de relevância.
Comunidade
Florestas pré-climácicas de folhosas autóctones
Comunidades ripícolas
Matagais arborescentes de espécies lauróides
Comunidades rupícolas e prados de altitude
Comunidades não climácicas de folhosas autóctones
Bosquetes residuais de sobreiros
Pinhal
Urzais
Áreas Agrícolas
Giestais
VCC
41
39
33
31
27
27
12
12
12
4
Classes de relevância
Excepcional
Alta
Alta
Alta
Média
Média
Baixa
Baixa
Baixa
Baixa
Etapa B
Definição das Espécies da Flora
Nos vários estudos florísticos elaborados, foram referidas para a APPSA 336 espécies da flora, pertencentes
a diferentes grupos taxonómicos (Tabela 40).
Tabela 40 – Número de espécies de cada grupo taxonómico referenciadas para a APPSA.
Grupo Taxonómico
Pteridophyta
Gymnospermae
Angiospermae
Dicotyledones
Monocotyledones
Número de Espécies
17
1
253
318
64
Número Total de Espécies
336
O elenco total das espécies, ordenadas por família, pode ser consultado na Tabela 43.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
113
Plano de Ordenamento da APPSA
Valoração das Espécies da Flora
A valoração da flora foi elaborada mediante a atribuição de um Valor Ecológico Específico (VEE) a cada uma
das espécies ocorrentes na AP, dependendo das suas características ecológicas e do interesse que têm para
a conservação.
Apesar do Caderno de Encargos sugerir que a valoração das espécies da flora fosse elaborada apenas para
as espécies da Directiva Habitats, espécies previstas para o Livro Vermelho da Flora ou com interesse
particular para a conservação, optou-se por calcular o VEE para todas as espécies ocorrentes na AP, uma
vez que surjem diversos endemismos e outras espécies raras que poderiam ter valor significativo, apesar de
não integrarem aqueles documentos, e que poderiam não ser detectadas numa análise menos exaustiva.
Para a determinação do VEE, cada uma das espécies é caracterizada segundo dois estatutos: (1) estatuto de
conservação e (2) estatuto biogeográfico, resultando o VEE final segundo a equação:
VEE = EC + EBg
1. Estatuto de Conservação
O estatuto de conservação (EC) inclui variáveis que reflectem o grau de ameaça de cada espécie e a
responsabilidade política de Portugal na sua conservação. Consideram-se, para este estatuto, três
parâmetros de avaliação, sendo eles a Directiva Habitats (DH), o Estatuto no Livro Vermelho da Flora (LV) e
o Grau de Ameaça Local (GA).
O estatuto de conservação é determinado através da aplicação da seguinte equação:
EC = DH + LV + GA
1.1. Directiva Habitats
A Directiva Habitats (DH) reflecte a importância das espécies, em termos de conservação, a nível da
Comunidade Europeia. Foi transposta para o direito interno pelo Decreto-Lei n.º140/99, de 24 de Abril, agora
revogado pelo Decreto-Lei n.º49/2005, de 24 de Fevereiro, o qual se consultou para a caracterização deste
parâmetro, com as seguintes categorias:
10 – Anexo II* – espécies vegetais prioritárias de interesse comunitário cuja conservação requer a
designação de zonas especiais de conservação
9 – Anexo II – espécies vegetais de interesse comunitário cuja conservação requer a designação de
zonas especiais de conservação
7 – Anexo IV – espécies vegetais de interesse comunitário que exigem uma protecção rigorosa
5 – Anexo V – espécies vegetais de interesse comunitário cuja captura, colheita ou exploração podem
ser objecto de medidas de gestão
0 – Espécies não incluídas nestes Anexos
1ª Fase – Relatório de Caracterização
114
Plano de Ordenamento da APPSA
1.2. Livro Vermelho da Flora
Este parâmetro, Livro Vermelho da Flora (LV), reflecte, intrinsecamente, factores como a vulnerabilidade, a
tendência da população, o efectivo populacional e o grau de ameaça das espécies. Como o LV da flora não
se encontra ainda publicado, o cálculo deste parâmetro baseou-se numa lista preliminar de espécies
susceptíveis de vir a integrar aquele documento, lista essa elaborada por diversos especialistas (documento
interno do ICN). Para a determinação dos valores que caracterizam este parâmetro, recorreu-se ainda aos
critérios definidos pela UICN para as Categorias de Ameaça das espécies, utilizadas por esta união para a
conservação da natureza (IUCN, 2001 – IUCN Red List Categories: Version 3.1. Prepared by the IUCN
Species Survival Commission. IUCN, Gland, Switzerland and Cambridge, UK). Com base nestas fontes
estabeleceram-se as categorias e respectivas valorações. O cálculo do valor correspondente a este
parâmetro para cada espécie teve em conta a informação disponível acerca do respectivo estatuto de
vulnerabilidade além de outras fontes bibliográficas (Silveira, 2001 e ICN, 2006). As categorias consideradas
neste parâmetro são:
6 – Espécies da lista preliminar para as quais a análise empírica dos especialistas permitiu prever uma
elevada probabilidade de inclusão no Livro Vermelho
4 – Dados insuficientes ou espécie pouco ameaçada (incluem-se aqui as espécies que eventualmente
poderão vir a integrar o LV, a decidir após aplicação dos critérios IUCN por especialistas, assim como as
espécies que integrarão claramente o LV mas que apresentam um baixo nível de preocupação, de
acordo com a bibliografia consultada)
0 – Espécie não incluída na lista preliminar para o LV
1.3. Grau de Ameaça
Além da caracterização reflectida nos parâmetros anteriores, “Livro Vermelho da Flora” e “Directiva Habitats”,
com o parâmetro Grau de Ameaça (GA) pretende-se avaliar, a nível regional, as ameaças efectivas
existentes sobre as populações da área, tais como fragmentação da população, colheita, etc. O Grau de
Ameaça pode ser caracterizado com as seguintes categorias:
10 – População está muito ameaçada. Espécies que, com um elevado nível de certeza, são exclusivas
das florestas pré-climácicas de folhosas autóctones, sendo, além disso, constituídas por populações
muito pequenas
7 – Espécies com características semelhantes às anteriores, mas com populações de maiores
dimensões
6 – Espécies muito raras localmente. Ainda que não se evidenciem ameaças significativas sobre estas
espécies, a sua raridade local, o pequeno tamanho das suas populações, associado a alguma
fragmentação entre as populações, confere alguma vulnerabilidade local a estas espécies. São espécies
muito raras mas que estão associadas a habitats que não estão particularmente ameaçados ou
fragmentados e que, portanto, as respectivas populações terão algum potencial de expansão. As
1ª Fase – Relatório de Caracterização
115
Plano de Ordenamento da APPSA
espécies que manifestam pouca especialização quanto aos habitats a que se associam estão também
incluídas nesta categoria.
5 – Espécies cujas populações se encontram localmente ameaçadas pela colheita
0 – Espécies cujas populações não se encontram ameaçadas
Nota – Esta valoração acaba por já ter implícita alguma valoração dos habitats a que as espécies estão
associadas, valorizando já claramente as florestas pré-climácicas de folhosas autóctones. Estas florestas são
ecossistemas complexos e as espécies que se lhes associam exclusivamente, sendo também raras ou muito
raras, são espécies ou populações dependentes de condições muito particulares e, portanto, particularmente
vulneráveis a perturbações.
2. Estatuto Biogeográfico
O estatuto biogeográfico (EBg) caracteriza a relevância das populações em função da sua distribuição,
atendendo a parâmetros como o grau de endemismo (GE), o isolamento (Is) e a raridade (Ra) das espécies.
O EBg calcula-se com base nos parâmetros segundo a fórmula seguinte:
EBg = GE + Is + Ra
2.1. Grau de Endemismo
O Grau de Endemismo (GE) caracteriza a área de distribuição da espécie a nível global, atribuindo maior
importância às espécies de distribuição mais restrita, considerando-se as seguintes categorias:
10 – Português (ou quase português)
8 – Ibérico
5 – Península Ibérica e Sul de França
5 – Portugal e Macaronésia
5 – Portugal e Norte de África (Magreb)
3 – Península Ibérica e Macaronésia
3 – Península Ibérica e Norte de África
2 – Portugal, Norte de África e Macaronésia
1 – Península Ibérica, Norte de África e Sul de França
1 – Península Ibérica, Norte de África e Macaronésia
0 – Europeu
1ª Fase – Relatório de Caracterização
116
Plano de Ordenamento da APPSA
2.2. Isolamento
O Isolamento (Is) considera características de distribuição relacionadas com o isolamento das populações,
que podem conferir alguma vulnerabilidade à população da área em estudo, tendo em conta as seguintes
categorias:
10 – A população está isolada da principal área de distribuição
5 – A população está localizada no seu limite de ocorrência natural
0 – A população não apresenta, nestes aspectos, uma distribuição que lhe confira um carácter
biogeográfico singular
2.3. Raridade
O Índice Raridade (Ra) é determinado com base em três factores de avaliação, a distribuição geográfica, a
dimensão da população e a especificidade de habitat:
2.3.1 Distribuição Geográfica
A espécie está localizada numa pequena área de distribuição
A espécie ocorre ao longo de uma faixa grande de distribuição
2.3.2 Dimensão da População
A espécie ocorre sempre com frequência baixa, formando populações pequenas e esparsas
A espécie ocorre de forma expressiva e frequente, formando populações com elevado número de
efectivos
2.3.3 Especificidade de Habitat
A espécie apresenta uma grande tolerância em termos de habitat, ocorrendo em vários tipos de habitat
A espécie apresenta uma grande especialização, restringindo a sua ocorrência a poucos habitats.
O valor a atribuir às espécies, para a caracterização do parâmetro “Raridade” é determinado através
daTabela 41.
Tabela 41 – Avaliação da raridade, utilizando os critérios de Rabinowitz (1986) (Fonte: ICN, 2004).
Vasta
↓ DIMENSÃO DA POPULAÇÃO
LOCAL
Grande, população dominante
Pequena, população esparsa
Restrita
Tolerante
Específica
Tolerante
Específica
0 – Comum
6 – Rara
6 – Rara
8 - Rara
6 – Rara
8 – Rara
8 – Rara
10 - Rara
← DISTRIBUIÇÃO
GEOGRÁFICA
← ESPECIFICIDADE DE
HABITAT
Depois de determinados os VEE das espécies, difiniram-se, para cada intervalo de valores, uma classe de
relevância, de acordo com a sua importância para a conservação, como se indica na Tabela 42.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
117
Plano de Ordenamento da APPSA
Tabela 42 – Classes de relevância das espécies e respectivos intervalos de valoração.
VFB
Classe de relevância
>35
Excepcional
26-35
Alta
10-25
Média
A lista de espécies ocorrentes na APPSA, a caracterização dos parâmetros de valoração, a determinação do
VEE final e a respectiva classe de relevância (de acordo com a tabela anterior só é atribuída a classe de
relevância às espécies com VEE superior ou igual a 10) encontram-se na Tabela 43.
Tabela 43 – Caracterização de cada espécie quanto aos diferentes estatutos considerados, Estatuto de Conservação
(EC) e Estatuto Biogeográfico (EBg), determinação do Valor Ecológico Específico (VEE) e as unidades de vegetação
em que cada espécie ocorre.
Legenda: DH – Directiva Habitats; LV – Livro Vermelho da Flora; GA – Grau de Ameaça; GE – Grau de Endemismo; Is
– Isolamento; Ra – Raridade; FCF – Unidade de Vegetação “Florestas Pré-Climácicas de Folhosas Autóctones”; CNF –
Unidade de Vegetação “Comunidades Não Climácicas de Folhosas Autóctones”; CRi – Unidade de Vegetação
“Comunidades Ripícolas”; BRS – Unidade de Vegetação “Bosquetes Residuais de Sobreiros”; P – Unidade de
Vegetação “Pinhal”; MAL – Unidade de Vegetação “Matagais Arborescentes de Espécies Lauróides”; G – Unidade de
Vegetação “Giestais”; U – Unidade de Vegetação “Urzais”; CRu – Unidade de Vegetação “Comunidades Rupícolas e
Prados de Altitude”; AA – Unidade de Vegetação “Áreas Agrícolas”.
Espécie
Classes de
relevância
Unidade(s) de
Vegetação
DH
LV
GA
EC
GE
Is
Ra
EBg
VEE
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, CRi, MAL, AA
0
0
0
0
0
0
8
8
8
FCF, CNF, CRI
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi, MAL
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi, MAL, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, G, U
0
0
10
10
0
0
8
8
18
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi, MAL
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi, MAL
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi, BRS, P,
MAL, G, U, AA
0
0
10
10
0
0
8
8
18
Pteridophyta
Selaginellaceae
Selaginella denticulata (L.) Spring
Osmundaceae
Osmunda regalis L.
(Feto-real)
Polypodiaceae
Polypodium cambricum L. subsp. cambricum
(Fentelho)
Polypodium interjectum Shivas
(Polipódio)
Polypodium vulgare L.
(Feto-doce)
Hemionitidaceae
Anograma leptophylla (L.) Link.
(Avanca)
Hypolepidaceae
Pteridium aquilinum (L.) Kuhn subsp. aquilinum
(Feto-ordinário)
Aspleniaceae
Asplenium adiantum-nigrum L. var. adiantum-nigrum
(Avenca-negra)
Asplenium obovatum Viv. subsp. lanceolatum (Fiori) P.Silva
(Feto-bravo)
Asplenium onopteris L.
(Feitas)
Asplenium trichomanes L. subsp. quadrivalens D.E.Mey
(Avencão)
Phyllitis scolopendrium (L.) Newman subsp. scolopendrium
(Broeira)
Athyriaceae
Athyrium filix-femina (L.) Roth
(Feto-fêmea)
Cystopteris viridula (Desv.) Desv.
Aspidiaceae
Dryopteris affinis (Lowe) Fraser-Jenk.
(Falso-feto-macho)
Polystichum setiferum (ForssK.) Woyn.
(Fentanha)
Blechnaceae
Blechnum spicant (L.) Roth subsp. spicant var. spicant
(Feto-pente)
FCF, CNF, CRI, BRS, P,
MAL, G, U, AA
FCF, CNF, CRI, BRS, P,
MAL, G, U, AA
Média
Média
FCF
FCF
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRI
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi, MAL
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRI
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRI
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi, MAL
1ª Fase – Relatório de Caracterização
118
Plano de Ordenamento da APPSA
Gymnospermae
Pinaceae
Pinus pinaster Aiton
(Pinheiro-bravo)
Angiospermae
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, BRS, P, G, U
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, CRi, BRS,
MAL
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
10
18
18
Média
FCF, CNF, MAL
0
0
10
10
0
0
8
8
18
Média
FCF
Ranunculus bupleoroides Brot.
0
0
0
0
8
0
6
14
14
Média
BRS, P, MAL, G, U, CRu,
AA
Ranunculus ficaria L. subsp. ficaria
(Celidónia-menor)
0
0
0
0
0
0
0
0
0
Ranunculus olissiponensis Pers. subsp. olissiponensis
0
0
0
0
8
0
6
14
14
Ranunculus paludosus Poir.
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi, MAL, AA
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, CRi, AA
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, P, G, U, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi, P, G, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
BRS, Cru
0
0
0
0
1
0
0
1
1
FCF, CNF
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi, P, G
0
0
0
0
1
0
0
1
1
FCF, CNF, BSA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, G
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, CRi
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, MAL, G, U
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi, MAL, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, G, U, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi, AA
0
0
0
0
3
0
6
9
9
FCF, CNF, BRS, P, G, U,
Cru
0
0
0
0
5
0
6
11
11
0
0
0
0
0
0
6
6
6
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
10
10
0
0
6
6
16
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, G, AA
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, CRi, MAL, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, U, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, G, U, AA
Lauraceae
Laurus nobilis L.
(Loureiro)
Aristolochiaceae
Aristolochia paucinervis Pomel
(Erva-bicha)
Ranunculaceae
Aquilegia vulgaris L. subsp. dichroa (Freyn) T.E.Díaz
(Columbina)
Clematis vitalba L.
(Vide-branca)
Ranunculus repens L.
(Botão-de-oiro)
Papaveraceae
Chelidonium majus L.
(Erva-leiteira)
Fumaria capreolata L.
(Erva-molarinha)
Fagaceae
Castanea sativa Mill.
(Castanheiro)
Quercus ilex L. subsp. ballota (Desf.) Samp.
(Azinheira)
Quercus pyrenaica Willd.
(Carvalho-negral)
Quercus robur L.
(Carvalho-roble)
Quercus suber L.
(Sobreiro)
Betulaceae
Betula alba L.
(Vidoeiro-comum)
Corylus avellana L.
(Aveleira)
Phytolaccaceae
Phytolacca americana L.
(Erva-dos-cachos-da-Índia)
Caryophyllaceae
Arenaria montana L. subsp. montana
(Arenária)
Cerastium fontanum Baumg. subsp. vulgare (Hartm.) Greuter
& Burdet
(Orelha-de-rato)
Cerastium glomeratum Thuill.
(Cerástio-enovelado)
Corrigiola litoralis L. subsp litoralis
(Erva-pombinha)
Dianthus lusitanus Brot.
(Cravinas-bravas)
Herniaria scabrida Boiss. scabrida
(Erva-turca)
Lychnis flos-cuculi L. subsp. flos-cuculi
(Flor-de-cuco)
Moehringia pentandra J. Gay
Moehringia trinervia (L.) Clairv.
Polycarpon tetraphyllum (L.) L. subsp. tetraphyllum
(Saboneteira)
Sagina procumbens L.
(Erva-pérola)
Scleranthus annuus L. subsp. polycarpus (L.) Bonnier &
Layens
(Erva-dura)
Silene gallica L.
(Nariz-de-zorra)
FCF, CNF, CRI
FCF, CNF, CRi, MAL, AA
Média
Média
FCF, CNF, CRi, BRS, P,
MAL, G, U, AA
FCF, CNF, P, MAL, G, U,
AA
P, G, U
FCF, CNF, AA
FCF, CNF, MAL, G, U
Média
FCF
1ª Fase – Relatório de Caracterização
119
Plano de Ordenamento da APPSA
Silene latifolia Poir.
(Assobios)
0
0
0
0
0
0
0
0
0
Silene nutans L. subsp. nutans
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0
0
0
0
0
0
0
0
Silene scabriflora Brot. subsp. scabriflora
0
0
0
0
8
0
6
14
14
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, MAL, G, U,
Cru
Stellaria alsine Grimm.
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi, MAL
Stellaria holostea L.
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, G, U, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, G, U, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, G, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, BRS, P, MAL,
G, U, AA
0
0
0
0
1
0
0
1
1
FCF, CNF, P, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, U, AA
0
0
0
0
0
0
8
8
8
FCF, CNF, CRI
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi, MAL, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, AA
0
0
0
0
0
0
8
8
8
FCF, CNF
0
0
0
0
0
0
0
0
0
CRI
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, P, AA
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, CRI
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi, P, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi, P, G, U,
AA
0
0
0
0
0
0
6
6
6
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
5
0
6
11
11
0
0
0
0
3
0
6
9
9
CNF
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, G, U, AA
0
0
0
0
1
0
0
1
1
BRS, P, MAL, G, U, AA
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CRI
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi
0
0
0
0
8
0
8
16
16
Spergula arvensis L.
(Esparguta)
Spergula morisonii Boreau
(Esparguta-dos-montes)
Stellaria media (L.) Vill.
(Morugem-branca)
Chenopodiaceae
Chenopodium album L. var. album
(Catassol)
Polygonaceae
Polygonum arenastrum Boreau
(Sanguinha)
Polygonum aviculare L.
(Sempre-noiva)
Polygonum persicaria L.
(Erva-pessegueira)
Rumex acetosa L. subsp. acetosa
(Azedas)
Rumex acetosella L. subsp. angiocarpus (Murb.) Murb.
(Erva-azeda)
Rumex bucephalophurus L. subsp. gallicus (Steinh.) Rech.
(Catacuzes)
Rumex obtusifolius L..
(Labaça-obtusa)
Rumex pulcher L. subsp. pulcher
(Labaça-sinuada)
Guttiferae
Hypericum androsaemum L.
(Hipericão-do-gerês)
Hypericum humifusum L.
(Hipericão-rasteiro)
Hypericum perforatum L.
(Milfurada)
Hypericum pulchrum L.
Hypericum undulatum Schousb. ex Willd.
(Hipericão-bravo)
Malvaceae
Malva tournefortiana L.
(Malva)
Ulmaceae
Ulmus minor Mill. s.l.
(Ulmeiro)
Urticaceae
Parietaria judaica L.
(Alfavaca-da-cobra)
Urtica dioica L.
(Urtiga)
Violaceae
Viola aff. arvensis Murray
(Amor-perfeito)
Viola riviniana Rchb.
(Bonefes)
Cistaceae
Cistus populifolius L. subsp. populifolius
(Estevão)
Halimium lasianthum (Lam.) Spach
(Piloto)
Xolantha guttata (L.) Raf.
(Tuberária-mosqueada)
Xolantha tuberaria (L.) Gallego
(Erva-das-túberas)
Salicaceae
Populus nigra L.
(Choupo)
Salix atrocinera Brot.
(Salgueiro)
Salix salvifolia Brot.
(Salgueiro-branco)
FCF, CNF, CRi, P, MAL,
AA
FCF, CNF, P, MAL, G, U,
AA
Média
P, MAL, G, U, AA
FCF, CNF, P, MAL, G, U,
AA
FCF, CNF, CRi, P, MAL,
G, U, AA
Média
Média
FCF, CNF, P, G, U
FCF, CNF, Cri
1ª Fase – Relatório de Caracterização
120
Plano de Ordenamento da APPSA
Cruciferae
Alliaria petiolata (M.Bieb.) Cavara & Grande
(Aliária)
Brassica barrelieri (L.) Janka
(Labresto-de-flor-amarela)
Brassica napus L.
(Nabiça)
Brassica oleracea L.
(Couve)
Capsella bursa-pastoris (L.) Medik.
(Bolsa-de-pastor)
Cardamine flexuosa With.
(Agrião-amargo)
Cardamine hirsuta L.
(Agrião-menor)
Coincya monensis (L.) Greuter & Burdet subsp. cheiranthus
(Vill.) Aedo
(Saramago-de-bico-curvo)
Lepidium heterophyllum Benth
(Lepídio)
Murbeckiella sousae Rothm.
Raphanus raphanistrum L. subsp. raphanistrum
(Saramago)
Teesdalia nudicaulis (L.) R.Br.
Resedaceae
Reseda media Lag.
(Bolsa-de-pastor)
Sesamoides purpurascens (L.) G.López
(Estrelêta)
Sesamoides suffruticosa (Lange) Kuntze
(Reseda-de-fruto-estrelado)
Ericaceae
Arbutus unedo L.
(Medronheiro)
Calluna vulgaris (L.) Hull.
(Urze)
Erica arborea L.
(Urze-branca)
Erica australis L.
(Urze-vermelha)
Erica cinerea L.
(Negrela)
Erica lusitana Rudolphi
(Torga)
Erica scoparia L. subsp. scoparia
(Moita-alvarinha)
Erica umbellata Loefl. ex L.
(Queiroeira)
Primulaceae
Anagalis arvensis L.
(Morrião)
Anagallis tenella (L.) L.
Primula acaulis (L.) L. subsp. acaulis
(Primaveras)
Crassulaceae
Sedum arenarium Brot.
Sedum forsterianum Sm.
(Arroz-dos-telhados)
Sedum hirsutum All. subsp. Hirsutum
(Uva-de-gato)
Sedum pruinatum Brot.
Umbilicus rupestris (Salisb.) Dandy
(Concilhos)
Saxifragaceae
Chrysosplenium oppositifolium L.
Saxifraga granulata L.
(Saxífraga-branca)
Saxifraga spathularis Brot.
Rosaceae
Crataegus monogyna Jacq.
(Pilriteiro)
Cydonia oblonga Mill
(Marmeleiro)
Fragaria vesca L. subsp. vesca
(Morangueiro)
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF
0
0
0
0
3
0
0
3
3
FCF, CNF, P, AA
0
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0
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0
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AA
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0
AA
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0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, G, U, AA
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, Cri
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi, P, MAL,
U, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
P, MAL, G, U
0
0
0
0
0
0
0
0
0
7
4
0
11
10
5
8
23
34
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, AA
0
0
0
0
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0
0
0
0
FCF, CNF, CRi, P, G, U,
AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, G, AA
0
0
0
0
1
0
0
1
1
FCF, CNF, P, MAL, G, U,
AA
0
0
0
0
8
0
6
14
14
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
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0
0
0
0
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0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, MAL,
0
0
0
0
3
0
6
9
9
FCF, CNF, P, MAL, G, U
0
0
0
0
0
0
0
0
9
FCF, CNF, P, MAL, G, U
0
0
0
0
5
0
6
11
11
0
0
0
0
1
0
0
1
1
0
0
0
0
3
0
6
9
9
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
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0
CRI, AA
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF
0
0
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0
8
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6
14
14
0
0
0
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0
FCF, CNF, CRi, P, MAL
0
0
0
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0
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U, Cru
0
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8
16
16
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0
0
0
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0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, CRI
FCF, CNF, CRi, P, MAL,
G, U, AA
FCF, CNF, CRi, MAL
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF,BRS, P, G
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, AA
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, CRI, MAL, AA
Alta
Média
FCF, CNF, P, MAL, G, U,
AA
CRI, Cru
P, MAL, G, U, AA
FCF, CNF, BRS, P, MAL,
G
FCF, CNF, BRS, P, MAL,
G, U
Média
FCF, CNF, CRi, MAL
FCF, CNF, BRS, P, MAL,
U
FCF, CNF, BRS, P, MAL,
G, U
FCF, CNF, P, AA
Média
Média
FCF, CNF, P, G, U, CRu,
AA
P, G, U, CRU
FCF, CNF, CRi, P, MAL,
G, AA
1ª Fase – Relatório de Caracterização
121
Plano de Ordenamento da APPSA
Geum urbanum L.
(Erva-das-sete-sangrias)
Potentilla erecta (L.) Raeusch.
(Solda)
Prunus avium L.
(Cerejeira)
Prunus cerasus L.
(Ginjeiro)
Prunus lusitanica L. subsp. lusitanica
(Azereiro)
Rosa canina L.
(Roseira-brava)
Rubus sp. ser. radula (Focke) Focke
(Silva)
Rubus ulmifolius Schott
(Silvas)
Sanguisorba verrucosa (Link ex G.Don) Ces.
(Tintinela)
Spiraea hypericifolia L. subsp. obovata (Waldst. & Kit. Ex
Willd.) H.Huber
Leguminosae
Acacia dealbata Link.
(Mimosa)
Adenocarpus complicatus (L.) J. Gay
(Codeço-rasteiro)
Coronilla repanda (Poir.) Guss. subsp. dura (Cav.) Cout.
(Pascoinhas)
Cytisus grandiflorus (Brot.) DC.
(Giesta-das-sebes)
Cytisus multiflorus (L' Hér.) Sweet
(Giesta-branca)
Cytisus striatus (Hill) Rothm.
(Giesta-amarela)
Genista falcata Brot.
(Tojo-gadanho)
Lathyrus linifolius (Reichard) Bassler
Lotus corniculatus L. subsp. carpetanus (Lacaita) Rivas Mart.
(Cornichão)
Lotus pedunculatus Cav.
(Erva-coelheira)
Ornithopus compressus L.
(Serradela-brava)
Ornithopus perpusillus L.
(Serradela-brava)
Pterospartum tridentatum (L.) Willk.
(Carqueja)
Trifolium arvense L. var. arvense
(Trevo-branco)
Trifolium cernuum Brot.
(Trevo)
Trifolium dubium Sibth.
(Trevinho)
Trifolium glomeratum L.
(Trevo-glomerado)
Trifolium ligusticum Balb. ex Loisel.
(Trevo-da-ligúria)
Trifolium pratense L. subsp. pratense
(Perpétua-roxa)
Trifolium repens L. var. repens
(Trevo-rasteiro)
Trifolium tomentosum L.
(Trevo-tomentoso)
Ulex minor Roth.
(Tojo-molar)
Vicia disperma DC.
(Ervilhaca-brava)
Vicia angustifolia L.
(Ervilhaca-miúda)
Thymelaeaceae
Daphne gnidium L.
(Trevisco)
Myrtaceae
Eucalyptus globulus Labill. subsp. globulus
(Eucalipto)
Onagraceae
Circaea lutetiana L. subsp. lutetiana
(Erva-de-santo-estevão)
Epilobium lanceolatum Seabst. & Mauri
(Epilóbio-serrilhado)
Epilobium obscurum Schreb.
(Erva-bonita)
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, MAL, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi, P, MAL,
G, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, AA
0
0
0
0
3
0
6
9
9
FCF, CNF, CRi, MAL
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi, MAL
0
0
7
7
0
0
8
8
15
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
5
0
6
11
11
0
0
0
0
0
0
0
0
0
P, G
0
0
0
0
0
0
0
0
0
CRI
0
0
0
0
3
0
6
9
9
FCF, CNF, P, G, U
0
0
0
0
3
0
6
9
9
FCF, CNF, P, G
0
0
0
0
8
0
6
14
14
0
0
0
0
3
0
6
9
9
0
0
0
0
8
0
6
14
14
0
0
10
10
0
0
6
6
16
Média
FCF
0
0
0
0
8
0
6
14
14
Média
P, MAL, G
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi, MAL, AA
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0
0
0
0
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0
0
0
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0
0
0
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0
0
FCF, CNF, P, G, U, AA
0
0
0
0
8
0
6
14
14
0
0
0
0
0
0
0
0
0
P, G, U, AA
0
0
0
0
1
0
0
1
1
FCF, CNF, P, G, U, AA
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0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
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0
0
0
0
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0
0
FCF, CNF, P, G, U, AA
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0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, AA
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0
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0
0
0
0
0
FCF, CNF, AA
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0
0
0
0
0
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0
0
0
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0
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0
1
0
0
1
1
FCF, CNF, P, G, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, G, U, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, MAL, G, U
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0
0
0
0
0
0
0
0
P
0
0
0
0
0
0
8
8
8
FCF, CNF, CRi
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi
Média
FCF
FCF, CNF, CRi, P, MAL,
G, AA
FCF, CNF, CRi, P, MAL,
G, U, AA
Média
Média
FCF, CNF
FCF, CNF, P, MAL, G
FCF, CNF, P, MAL, G
Média
Média
FCF, CNF, CRi, MAL
P, MAL, G, U
1ª Fase – Relatório de Caracterização
122
Plano de Ordenamento da APPSA
Aquifoliaceae
Ilex aquifolium L.
(Azevinho)
Euphorbiaceae
Euphorbia dulcis L.
Euphorbia helioscopia L. subsp. helioscopia
(Maleiteira)
Euphorbia peplus L.
(Ésula-redonda)
Mercurialis ambigua L. fil.
(Marcoliaz)
Rhamnaceae
Frangula alnus Mill.
(Amieiro)
Linaceae
Linum bienne Mill.
(Linhaça)
Radiola linoides Roth.
Geraniaceae
Erodium cicutarium (L.) L'Hér. subsp. cicutarium
(Bico-de-cegonha)
Geranium dissectum L.
(Coentrinho)
Geranium lucidum L.
Geranium molle L.
(Bico-de-pomba-menor)
Geranium pyrenaicum Burm. f. subsp. lusitanicum (Samp.)
S.Ortiz
Geranium robertianum subsp. purpureum (Vill.) Nyman
(Erva-de-são-roberto)
Geranium robertianum L. subsp. robertianum
(Erva-de-são-roberto)
Geranium rotundifolium L.
(Gerânio-peludo)
Oxalidaceae
Oxalis corniculata L.
(Erva-azeda)
Polygalaceae
Polygala serpyllifolia Hosé
Polygala vulgaris L.
(Erva-leiteira)
Araliaceae
Hedera helix L. subsp. canariensis (Willd.) Cout.
(Hera)
Umbelliferae
Angelica sylvestris L.
(Erva-piolheira)
Apium nodiflorum (L.) Lag.
(Salsa-brava)
Conopodium majus (Gouan) Loret subsp. marizianum (Samp.)
López Udias & Mateo
(Castanha-subterrânea-menor)
Daucus carota L. subsp. maritimus (Lam.) Batt.
(Erva-coentrinha)
Eryngium duriaei Gay ex Boiss.
Oenanthe crocata L.
(Embude)
Physospermum cornubiense (L.) DC.
Sanicula europaea L.
(Sanícula)
Torilis japonica (Houtt.) DC.
Torilis nodosa (L.) Gaertn.
(Salsinha-de-cabeça-rente)
Gentianaceae
Centaurium erythraea Rafn. subsp. erythraea
(Centáurea-menor)
Apocynaceae
Vinca difformis Pourr.
(Cangorça)
Oleaceae
Ligustrum sinense Lour.
Olea europea L.
(Oliveira)
Phillyrea angustifolia L.
(Lentisco)
0
0
5
5
0
0
6
6
11
Média
FCF, CNF, CRi, MAL
0
0
0
0
0
0
6
6
6
CRI
0
0
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0
0
0
0
0
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0
0
FCF, CNF, AA
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0
0
0
1
0
0
1
1
FCF, CNF, CRi, P, G, U,
AA
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0
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0
0
0
0
0
0
CRI
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, P, G, U, AA
0
0
0
0
0
0
6
6
6
CRI, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, G, U, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, G, U, AA
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi, P, G, U,
AA
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, CRi, P, AA
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, CRi, P, G, U,
AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, AA
0
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0
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6
6
6
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0
0
0
0
FCF, CNF, CRu
FCF, CNF, P, MAL, G, U,
AA
0
0
0
0
1
0
6
7
7
FCF, CNF, CRi, P, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi
0
0
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0
0
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0
0
0
FCF, CNF, CRi
0
0
0
0
8
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6
14
14
0
0
0
0
1
0
0
1
1
0
0
0
0
8
0
8
16
16
0
0
0
0
0
0
0
0
0
Média
FCF, CNF, BRS, P, G, U,
CRu
FCF, CNF, G, AA
Média
FCF, CNF, U
FCF, CNF, CRI
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, BRS, P, G, U
0
0
0
0
0
0
8
8
8
FCF, CNF
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRI
0
0
0
0
0
0
6
6
6
P, AA
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, P, G, U, AA
0
0
0
0
1
0
6
7
7
FCF, CNF, CRi
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF
0
0
0
0
0
0
0
0
0
AA
0
0
0
0
1
0
0
1
1
FCF, CNF, BRS, P, MAL,
G, U
1ª Fase – Relatório de Caracterização
123
Plano de Ordenamento da APPSA
Phillyrea latifolia L.
(Aderno-de-folhas-largas)
Solanaceae
Solanum nigrum L. subsp. nigrum
(Erva-moura)
Boraginaceae
Lithodora prostrata (Loisel.) Griseb.
(Erva-das-sete-sangrias)
Myosotis secunda A.Murray
0
Omphalodes nitida Hoffmanns. & Link
0
0
Verbenaceae
Verbena officinalis L.
(Verbena)
Labiatae
Lamium maculatum L.
(Chucha-pitos)
Lamium purpureum L.
(Lâmio-roxo)
Lavandula stoechas L. subsp. luisieri (Rozeira) Rozeira
(Rosmaninho)
Mentha suaveolens Ehrh.
(Montrasto)
Prunella vulgaris L.
(Erva-ferra)
Satureja vulgaris (L.) Fritsch subsp. arundana (Boiss.) Greuter
& Burdet
(Clinopódio)
Scutellaria minor Huds.
(Escutelária)
Teucrium scorodonia L. subsp. scorodonia
(Escurodónia)
Plantaginaceae
Plantago coronopus L.
(Diabelhas)
Plantago lanceolata L.
(Chinchais)
Scrophulariaceae
Anarrhinum bellidifolium (L.) Willd.
(Bocas-de-lobo)
Antirrhinum meonanthum Hoffmanns. & Link.
(Bocas-de-lobo)
Digitalis purpurea L. subsp. purpurea
(Folha-de-raposa)
Linaria diffusa Hoffmanns. & Link.
Linaria saxatilis (L.) Chaz. var. saxatilis
Linaria triornithophora (L.) Willd.
(Esporas-bravas)
Scrophularia balbisii Hornem.
(Escrofulária-de-água)
Scrophularia grandiflora DC.
Scrophularia scorodonia L. var. scorodonia
(Folha-de-fogo)
Sibthorpia europea L.
(Erva-longa)
Verbascum thapsus L. subsp. crassifolium (Lam.) Murb.
(Berbasco)
Verbascum virgatum Stokes
(Berbasco)
Veronica micrantha Hoffmanns. & Link
(Verónicas)
Veronica montana L.
(Verónicas)
Veronica officinalis L.
(Carvalhinha)
Orobanche rapum-genistae Thuill. subsp. rapum-genistae
(Erva-toira-maior-folhosa)
Campanulaceae
Campanula lusitanica L. subsp. lusitanica
(Campainhas)
Campanula rapunculus L.
(Rapôncio)
Jasione montana L. subsp. montana
(Baton-azul)
Lobelia urens L.
(Lobélia)
Wahlenbergia hederacea (L.) Rchb.
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi, BRS,
MAL
0
0
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0
0
0
0
0
FCF, CNF, AA
0
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0
0
5
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6
11
11
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
8
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6
14
14
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi, MAL
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, MAL, AA
0
0
0
0
8
0
6
14
14
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi, MAL
0
0
0
0
3
0
6
9
9
FCF, CNF, MAL
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, G, U, AA
0
0
0
0
0
0
0
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0
FCF, CNF, P, G, U, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, BRS, P, G, U
0
0
6
6
8
0
10
18
24
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
6
0
6
10
0
8
18
24
0
0
0
0
8
0
8
16
16
Média
0
0
0
0
8
0
6
14
14
Média
0
0
0
0
0
0
6
6
6
Média
FCF, CNF, P, MAL, G, U
Média
FCF, CNF, CRI
FCF, CNF, CRI
Média
FCF, CNF, P, G, U
Média
FCF, CNF, CRI
Média
FCF, CNF, CRi, P, MAL,
G
P, MAL, G, U
U, CRu
FCF, CNF, CRi, P, MAL,
G
FCF, CNF, CRi
5
4
0
9
10
5
6
21
30
0
0
0
0
0
0
0
0
0
Alta
FCF, CNF, CRi, MAL
FCF, CNF, P, MAL, G, AA
0
0
0
0
0
0
6
6
6
CRI
0
0
0
0
1
0
0
1
1
FCF, CNF, P, AA
0
0
6
6
0
0
6
6
12
Média
9
6
10
25
8
0
10
18
43
Excepcional
FCF
0
0
7
7
0
0
8
8
15
Média
FCF
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, P, G
0
0
0
0
3
0
6
9
9
FCF, CNF, CRi, MAL
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, P, MAL
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, MAL, G, U,
AA
U
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, CRi
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi
1ª Fase – Relatório de Caracterização
124
Plano de Ordenamento da APPSA
Rubiaceae
Galium album Mill. subsp. album
(Aspérula)
Galium helodes Hoffmanns. & Link
Galium mollugo L.
(Aspérula)
Galium rotundifolium L.
Rubia peregrina L.
(Raspa-língua)
Caprifoliaceae
Lonicera periclymenum L. subsp. periclymenum
(Madressilva-das-boticas)
Sambucus nigra L.
(Sabugueiro)
Viburnum tinus L. subsp. tinus
(Folhado)
Valeraniaceae
Centranthus calcitrapae (L.) Dufr. subsp. calcitrapae
(Calcitrapa)
Valerianella carinata Loisel.
Compositae
Andryala integrifolia L.
(Alface-do-monte)
Anthemis arvensis L. subsp. arvensis
(Margação)
Bellis sylvestris Cirillo
(Margarida-do-monte)
Carduus tenuiflorus Curtis
(Cardo-azul)
Carlina corymbosa L. subsp. corymbosa
(Cardo-amarelo)
Centaurea aristata Hoffmanns. & Link subsp. langeana (Willk.)
Dostál
Chamaemelum mixtum (L.) All.
(Margaça)
Chamaemelum nobile (L.) All. var. discoideum (Boiss. ex
Willk.) A. Fern.
(Macela)
Cirsium palustre (L.) Scop.
(Cardo)
Conyza albida Spreng.
(Erva-da-forrica)
Conyza canadensis (L.) Cronquist
(Erva-da-forrica)
Crepis capillaris (L.) Wallr.
(Almeirão-branco)
Crepis lampsanoides (Gouan) Tausch
Galinsoga quadriradiata Ruiz & Pav.
Galinsoga parviflora Cav.
(Picão-bravo)
Hypochoeris radicata L.
(Erva-das-tetas)
Inula conyza DC.
Lactuca viminea (L.) J.&C. Presl. subsp. viminea
(Leituga-branca)
Lapsana communis L. subsp. communis
(Labresto)
Leontodon taraxacoides (Vill.) Mérat subsp. hispidus (Roth)
Kerguélen
(Leituga-dos-montes)
Picris hieraciodes L.
(Rapa-saias)
Pulicaria odora (L.) Rchb.
(Erva-montã)
Senecio jacobaea L.
(Jacobeia)
Senecio lividus L.
(Erva-loira-de-flor-grande)
Senecio sylvaticus L.
(Erva-loira-de-flor-pequena)
Sonchus oleraceus L.
(Serralha-macia)
Taraxacum officinale Weber
(Dente-de-leão)
Tolpis barbata (L.) Gaertn.
(Olho-de-mocho)
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, P, G, U, AA
0
0
0
0
8
0
6
14
14
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, P, MAL
0
0
0
0
0
0
8
8
8
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF
FCF, CNF, BRS, P, MAL,
G
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, MAL, G
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, CRi, MAL
0
0
0
0
1
0
0
1
1
FCF, CNF, CRi, P, MAL,
G
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, G, U, AA
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, G, U, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, AA
0
0
0
0
0
0
6
6
6
P, MAL, G, AA
0
0
0
0
0
0
6
6
6
P, G, U, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, MAL, G, U,
AA
0
0
0
0
8
0
8
16
16
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, G, U, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, G, AA
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, P, G, AA
Média
Média
FCF, CNF, P, MAL, G, U,
AA
P, G, U, AA
0
0
0
0
0
0
6
6
6
0
0
0
0
5
0
8
13
13
FCF, CNF, P, G, U, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
P, AA
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, P, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
6
6
6
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
8
8
8
FCF, CNF
0
0
0
0
1
0
0
1
1
FCF, CNF, BRS, P, MAL,
G, U, AA
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, P, MAL, G, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, BRS, P, MAL,
G
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, G, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, G, U, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, AA
0
0
0
0
1
0
0
1
1
P, G, U, AA
Média
FCF, CNF
FCF, CNF, P, MAL, G, U,
AA
FCF, CNF, P, MAL
FCF, CNF, P, MAL, G, U,
CRu
FCF, CNF, BRS, P, MAL,
G, U, AA
FCF, CNF, P, MAL, G, U,
AA
1ª Fase – Relatório de Caracterização
125
Plano de Ordenamento da APPSA
Monocotyledones
Juncaceae
Juncus articulatus L.
(Junco-articulado)
Luzula campestris (L.) DC.
(Junco-dos-prados)
Luzula forsteri (Sm.) DC.
Luzula sylvatica (Huds.) Gaudin subsp. henriquesii (Degen) P.
Silva
Cyperaceae
0
0
0
0
0
0
0
0
0
CRI
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, CRi, MAL
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
6
14
14
FCF, CNF, CRi, MAL
Média
FCF, CNF, CRi, MAL
Carex depressa Link. subsp. depressa
0
0
0
0
1
0
8
9
9
FCF, CNF, P, MAL
Carex distachya Desf.
Carex divulsa Stokes subsp. divulsa
(Carriço-despedaçado)
Carex laevigata Sm.
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, MAL
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, P, MAL
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi, AA
Carex leporina L.
0
0
0
0
0
0
0
0
0
CRI
Carex muricata L. subsp. lamprocarpa Celak
Carex pendula Huds.
(Palha-de-amarrar-vinha)
Carex pilulifera L.
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, MAL
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi
0
0
10
10
0
0
8
8
18
Carex remota L.
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, CRi
Scirpus cernuus Vahl.
0
0
0
0
0
0
0
0
0
CRI
Scirpus setaceus L.
0
0
0
0
0
0
0
0
0
CRI
0
0
0
0
0
0
6
6
6
CRI, AA
0
0
0
0
1
0
6
7
7
FCF, CNF, CRi
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi, P, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, G, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, MAL, G
0
0
0
0
3
0
6
9
9
FCF, CNF, P, G, U, CRu,
AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
P, G, U, CRu, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
P, G, U, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRi, MAL
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, G, U, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, G, U, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, G, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, G, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, AA
Média
FCF
Commelinaceae
Tradescantia fluminensis Vell. (Erva-da-fortuna)
Araceae
Arisarum simorrhinum Durieu var. clusii (Schott) Talavera
Arum italicum Mill. subsp. italicum
(Jarro)
Gramineae
Agrostis castellana Boiss. & Reut. var. castellana
(Barbas-de-raposa)
Agrostis curtisii Kerguélen
(Erva-sapa)
Agrostis truncatula Parl. subsp. truncatula
(Erva-feno)
Anthoxanthum aristatum Boiss. subsp. aristatum
(Feno-de-cheiro-anual)
Avena barbata Pott ex Link. subsp. barbata
(Balanco-bravo)
Brachypodium sylvaticum (Huds) P.Beauv.
(Braquipódio-bravo)
Briza maxima L.
(Bole-bole-maior)
Briza minor L.
(Bole-bole-menor)
Bromus diandrus Roth.
(Espigão)
Bromus hordeaceus L.
(Bromo-doce)
Bromus sterilis L.
(Bromo)
Cynosurus echinatus L.
(Rabo-de-cão)
Cynosurus effusus Link.
Dactylis glomerata L. subsp. hispanica
(Erva-dos-escombros)
Deschampsia flexuosa (L.) Trin.
Festuca paniculata (L.) Schinz & Thell. subsp. multispiculata
Rivas Ponce & Cebolla
Festuca summilusitana Franco & Rocha Afonso
Holcus lanatus L.
(Erva-lanar)
Hordeum leporinum Link.
Koeleria caudata (Link.) Steud.
Melica uniflora Retz.
Periballia involucrata (Cav.) Janka
(Peneirinha)
Poa annua L.
(Cabelo-de-cão)
Poa trivialis L.
(Poa-comum)
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, G, AA
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, P
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, G, U, CRu
0
0
0
0
8
0
10
18
18
Média
9
4
0
13
8
5
8
21
34
Alta
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
8
5
6
19
19
G, U, CRU
CRU
FCF, CNF, AA
Média
FCF, CNF, P, G, U, AA
FCF, CNF, P, MAL, G,
CRu
FCF, CNF
Média
FCF, CNF, MAL, U, CRu
0
0
0
0
0
0
8
8
8
0
0
0
0
8
0
10
18
18
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, CRI
1ª Fase – Relatório de Caracterização
126
Plano de Ordenamento da APPSA
Setaria pumila (Poir.)
(Milhã)
Vulpia myurus (L.) C.C. Gmel. subsp. sciuroides (Roth) Rouy
(Vúlpia)
Liliaceae
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, AA
0
Allium massaessylum Batt. & Trab.
Allium vineale L.
(Alho-das-vinhas)
Gagea soleirolii F.W.Schltz
Hyacinthoides hispanica (Mill.) Rothm.
(Jacinto-dos-campos)
Lilium martagon L.
(Martagão)
0
0
0
3
0
6
9
9
FCF, CNF, MAL, AA
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, CRI
0
0
0
0
0
0
8
8
8
FCF, CNF, U, CRu
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CPC, P, MAL, G, U
0
0
7
7
0
0
8
8
15
Média
FCF
Merendera montana (L.) Lange
0
0
0
0
5
0
6
11
11
Média
FCF, CNF, CRi, P, MAL,
G, U
0
0
7
7
0
0
8
8
15
Média
FCF, CNF
5
0
0
5
0
0
0
0
5
FCF, CNF, CRi, P, MAL,
G
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, P, MAL, G
0
0
0
0
3
0
6
9
9
FCF, CNF, P, MAL, G, U,
CRu
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CPC, P, MAL, G, U
5
0
0
5
1
0
6
7
12
Média
CPC, CRI, P, MAL, G
7
0
0
7
8
0
6
14
21
Média
FCF, CNF, P, MAL, G, U,
AA
0
0
0
0
0
0
6
6
6
FCF, CNF, P, G
0
0
0
0
0
0
0
0
0
FCF, CNF, P, MAL, G,
CRu
0
0
7
7
0
0
8
8
15
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
6
10
16
0
0
8
8
24
0
0
0
0
0
0
6
6
6
Polygonatum odoratum (Mill.) Druce
(Selo-de-salomão)
Ruscus aculeatus L.
(Gilbardeira)
Scilla autumnalis L.
(Cila-de-Outubro)
Scilla monophyllos Link.
(Cila-de-uma-folha)
Simethis mattiazzi (Vand.) Sacc.
(Cravo-do-monte)
Amaryllidaceae
Narcissus bulbocodium L. subsp. bulbocodium
(Cantarões)
Narcissus triandrus L. subsp. pallidulus (Graells) Rivas Goday
(Cantarinhas)
Iridaceae
Gladiolus illyricus Koch. subsp. illyricus
(Espanada-dos-montes-das-folhas-largas)
Romulea bulbocodium (L.) Sebast. & Mauri subsp.
bulbocodium
Orchidaceae
Cephalanthera longifolia (L.) Fritsch
Orchis mascula (L.) L. subsp. mascula
(Pata-de-lobo)
Neotia nidus-avis (L.) Rich
Dioscoreaceae
Tamus communis L.
(Boidanha)
Média
FCF, CNF
FCF, CNF, P
Média
FCF
FCF, CNF, G
Etapa C
Aplicação do Valor Florístico às Unidades de Vegetação
De acordo com as exigências ecológicas de cada espécie da flora (Silveira, 2001), foi elaborada uma lista
das espécies ocorrentes em cada uma das unidades de vegetação (Tabela 44).
Com a aplicação do valor florístico às unidades de vegetação, procura-se conjugar os resultados da
valoração da vegetação e das espécies da flora numa única valoração final, tendo em conta, como define o
Caderno de Encargos, que:
Espécies com valor ecológico específico Excepcional definem áreas de valor florístico Excepcional;
Espécies com valor ecológico específico Alto definem áreas de valor florístico Alto;
Espécies com valor ecológico específico Médio definem áreas de valor específico Médio.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
127
Plano de Ordenamento da APPSA
Tabela 44 – Lista de espécies da flora presentes em cada comunidade vegetal e respectivo VEE.
(NOTA: Não são apresentados os VEE das espécies que obtiveram um VEE inferior a 10)
UNIDADE DE VEGETAÇÃO “FLORESTAS PRÉ-CLIMÁCICAS
DE FOLHOSAS AUTÓCTONES”
Valoração florística final: Excepcional
Espécies
VEE
Pteridophyta
Selaginella denticulata (L.) Spring
Osmunda regalis L.
Polypodium cambricum L. subsp. cambricum
Polypodium interjectum Shivas
Polypodium vulgare L.
Anograma leptophylla (L.) Link.
Pteridium aquilinum (L.) Kuhn subsp. aquilinum
Asplenium adiantum-nigrum L. var. adiantum-nigrum
18
Asplenium obovatum Viv. subsp. lanceolatum (Fiori)
P.Silva
Asplenium onopteris L.
Asplenium trichomanes L. subsp. quadrivalens D.E.Mey
Phyllitis scolopendrium (L.) Newman subsp.
18
scolopendrium
Athyrium filix-femina (L.) Roth
Cystopteris viridula (Desv.) Desv.
Dryopteris affinis (Lowe) Fraser-Jenk.
Polystichum setiferum (ForssK.) Woyn.
Blechnum spicant (L.) Roth subsp. spicant var. spicant
Gymnospermae
Pinus pinaster Aiton
Angiospermae
Dicotyledones
Laurus nobilis L.
Aristolochia paucinervis Pomel
Aquilegia vulgaris L. subsp. dichroa (Freyn) T.E.Díaz
18
Clematis vitalba L.
18
Ranunculus ficaria L. subsp. ficaria
Ranunculus olissiponensis Pers. subsp. olissiponensis
14
Ranunculus paludosus Poir.
Ranunculus repens L.
Chelidonium majus L.
Fumaria capreolata L.
Castanea sativa Mill.
Quercus pyrenaica Willd.
Quercus robur L.
Quercus suber L.
Betula alba L.
Corylus avellana L.
Phytolacca americana L.
Arenaria montana L. subsp. montana
Cerastium fontanum Baumg. subsp. vulgare (Hartm.)
Greuter & Burdet
Cerastium glomeratum Thuill.
Corrigiola litoralis L. subsp. litoralis
Dianthus lusitanus Brot.
Lychnis flos-cuculi L. subsp. flos-cuculi
Moehringia pentandra J. Gay
Moehringia trinervia (L.) Clairv.
16
Polycarpon tetraphyllum (L.) L. subsp. tetraphyllum
Sagina procumbens L.
Scleranthus annuus L. subsp. polycarpus (L.) Bonnier &
Layens
Silene gallica L.
Silene latifolia Poir.
Silene nutans L. subsp. nutans
Spergula arvensis L.
Spergula morisonii Boreau
Stellaria alsine Grimm.
Stellaria holostea L.
Stellaria media (L.) Vill.
Chenopodium album L. var. album
Polygonum arenastrum Boreau
Polygonum aviculare L.
Polygonum persicaria L.
Rumex acetosa L. subsp. acetosa
Rumex acetosella L. subsp. angiocarpus (Murb.) Murb.
Rumex bucephalophurus L. subsp. gallicus (Steinh.)
Rech.
Rumex obtusifolius L.
Rumex pulcher L. subsp. pulcher
Hypericum androsaemum L.
Hypericum humifusum L.
Hypericum perforatum L.
Hypericum pulchrum L.
Malva tournefortiana L.
Ulmus minor Mill. s.l.
Parietaria judaica L.
Urtica dioica L.
Viola aff. arvensis Murray
Viola riviniana Rchb.
Cistus populifolius L. subsp. populifolius
Xolantha guttata (L.) Raf.
Populus nigra L.
Salix atrocinera Brot.
Salix salvifolia Brot.
Alliaria petiolata (M.Bieb.) Cavara & Grande
Brassica barrelieri (L.) Janka
Capsella bursa-pastoris (L.) Medik.
Cardamine flexuosa With.
Cardamine hirsuta L.
Lepidium heterophyllum Benth
Raphanus raphanistrum L. subsp. raphanistrum
Teesdalia nudicaulis (L.) R.Br.
Reseda media Lag.
Sesamoides purpurascens (L.) G.López
Arbutus unedo L.
Calluna vulgaris (L.) Hull.
Erica arborea L.
Erica australis L.
Erica cinerea L.
Erica lusitana Rudolphi
Erica scoparia L. subsp. scoparia
Erica umbellata Loefl. ex L.
Anagalis arvensis L.
Primula acaulis (L.) L. subsp. acaulis
Sedum arenarium Brot.
Sedum forsterianum Sm.
11
16
11
14
1ª Fase – Relatório de Caracterização
128
Plano de Ordenamento da APPSA
Umbilicus rupestris (Salisb.) Dandy
Chrysosplenium oppositifolium L.
Saxifraga granulata L.
Saxifraga spathularis Brot.
Crataegus monogyna Jacq.
Cydonia oblonga Mill.
Fragaria vesca L. subsp. vesca
Geum urbanum L.
Potentilla erecta (L.) Raeusch.
Prunus avium L.
Prunus cerasus L.
Prunus lusitanica L. subsp. lusitanica
Rosa canina L.
Rubus sp. Ser. Radula (Focke) Focke
Rubus ulmifolius Schott
Sanguisorba verrucosa (Link ex G.Don) Ces.
Spiraea hypericifolia L. subsp. obovata (Waldst. & Kit. Ex
Willd.) H.Huber
Coronilla repanda (Poir.) Guss. subsp. dura (Cav.) Cout.
Cytisus grandiflorus (Brot.) DC.
Cytisus multiflorus (L'Hér.) Sweet
Cytisus striatus (Hill) Rothm.
Genista falcata Brot.
Lathyrus linifolius (Reichard) Bassler
Lotus pedunculatus Cav.
Ornithopus compressus L.
Ornithopus perpusillus L.
Trifolium cernuum Brot.
Trifolium dubium Sibth.
Trifolium glomeratum L.
Trifolium ligusticum Balb. ex Loisel.
Trifolium pratense L. subsp. pratense
Trifolium repens L. var. repens
Trifolium tomentosum L.
Ulex minor Roth
Vicia disperma DC.
Vicia angustifolia L.
Daphne gnidium L.
Circaea lutetiana L. subsp. lutetiana
Epilobium lanceolatum Seabst. & Mauri
Epilobium obscurum Schreb.
Ilex aquifolium L.
Euphorbia helioscopia L. subsp. helioscopia
Euphorbia peplus L.
Mercurialis ambigua L. fil.
Linum bienne Mill.
Erodium cicutarium (L.) L'Hér. subsp. cicutarium
Geranium dissectum L.
Geranium lucidum L.
Geranium molle L.
Geranium pyrenaicum Burm. f. subsp. lusitanicum
(Samp.) S.Ortiz
Geranium robertianum subsp. purpureum (Vill.) Nyman
Geranium robertianum L. subsp. robertianum
Geranium rotundifolium L.
Oxalis corniculata L.
Polygala serpyllifolia Hosé
Polygala vulgaris L.
Hedera helix L. subsp. canariensis (Willd.) Cout.
15
14
14
16
11
Angelica sylvestris L.
Apium nodiflorum (L.) Lag.
Conopodium majus (Gouan) Loret subsp. marizianum
(Samp.) López Udias & Mateo
Daucus carota L. subsp. maritimus (Lam.) Batt.
Eryngium duriaei Gay ex Boiss.
Oenanthe crocata L.
Physospermum cornubiense (L.) DC.
Sanicula europaea L.
Torilis japonica (Houtt.) DC.
Centaurium erythraea Rafn. subsp. erythraea
Vinca difformis Pourr.
Ligustrum sinense Lour.
Phillyrea angustifolia L.
Phillyrea latifolia L.
Solanum nigrum L. subsp. nigrum
Lithodora prostrata (Loisel.) Griseb.
Myosotis secunda A.Murray
Omphalodes nitida Hoffmanns. & Link
Verbena officinalis L.
Satureja vulgaris (L.) Fritsch subsp. arundana (Boiss.)
Greuter & Burdet
Lamium maculatum L.
Lamium purpureum L.
Lavandula stoechas L. subsp. luisieri (Rozeira) Rozeira
Mentha suaveolens Ehrh.
Prunella vulgaris L.
Scutellaria minor Huds.
Teucrium scorodonia L. subsp. scorodonia
Plantago coronopus L.
Plantago lanceolata L.
Anarrhinum bellidifolium (L.) Willd.
Antirrhinum meonanthum Hoffmanns. & Link
Digitalis purpurea L. subsp. purpurea
Linaria triornithophora (L.) Willd.
Scrophularia balbisii Hornem.
Scrophularia grandiflora DC.
Scrophularia scorodonia L. var. scorodonia
Verbascum thapsus L. subsp. crassifolium (Lam.) Murb.
Veronica micrantha Hoffmanns. & Link
Veronica montana L.
Veronica officinalis L.
Orobanche rapum-genistae Thuill. subsp. rapum-genistae
Campanula lusitanica L. subsp. lusitanica
Campanula rapunculus L.
Jasione montana L. subsp. montana
Lobelia urens L.
Wahlenbergia hederacea (L.) Rchb.
Galium album Mill. subsp. album
Galium helodes Hoffmanns. & Link
Galium mollugo L.
Galium rotundifolium L.
Rubia peregrina L.
Lonicera periclymenum L. subsp. periclymenum
Sambucus nigra L.
Viburnum tinus L. subsp. tinus
Centranthus calcitrapae (L.) Dufr. subsp. calcitrapae
Valerianella carinata Loisel.
Andryala integrifolia L.
14
16
11
14
14
24
14
30
43
15
14
1ª Fase – Relatório de Caracterização
129
Plano de Ordenamento da APPSA
Anthemis arvensis L. subsp. arvensis
Carlina corymbosa L. subsp. corymbosa
Chamaemelum mixtum (L.) All.
Chamaemelum nobile (L.) All. var. discoideum (Boiss. ex
Willk.) A. Fern.
Cirsium palustre (L.) Scop.
Conyza albida Spreng.
Conyza canadensis (L.) Cronquist
Crepis capillaris (L.) Wallr.
Crepis lampsanoides (Gouan) Tausch
Galinsoga parviflora Cav.
Hypochoeris radicata L.
Inula conyza DC.
Lactuca viminea (L.) J.&C. Presl. subsp. viminea
Lapsana communis L. subsp. communis
Leontodon taraxacoides (Vill.) Mérat subsp. hispidus
(Roth) Kerguélen
Picris hieraciodes L.
Pulicaria odora (L.) Rchb.
Senecio jacobaea L.
Senecio lividus L.
Senecio sylvaticus L.
Sonchus oleraceus L.
Taraxacum officinale Weber
Monocotyledones
Luzula campestris (L.) DC.
Luzula forsteri (Sm.) DC.
Luzula sylvatica (Huds.) Gaudin subsp. henriquesii
(Degen) P. Silva
Carex depressa Link subsp. depressa
Carex distachya Desf.
Carex divulsa Stokes subsp. divulsa
Carex laevigata Sm.
Carex muricata L. subsp. lamprocarpa Celak
Carex pendula Huds.
Carex pilulifera L.
Carex remota L.
Arisarum simorrhinum Durieu var. clusii (Schott) Talavera
Arum italicum Mill. subsp. italicum
Agrostis castellana Boiss. & Reut. var. castellana
Agrostis curtisii Kerguélen
Agrostis truncatula Parl. subsp. truncatula
Brachypodium sylvaticum (Huds) P.Beauv.
Briza maxima L.
Briza minor L.
Bromus diandrus Roth
Bromus hordeaceus L.
Bromus sterilis L.
Cynosurus echinatus L.
Cynosurus effusus Link
Dactylis glomerata L. subsp. hispanica
Deschampsia flexuosa (L.) Trin.
Holcus lanatus L.
Hordeum leporinum Link
Koeleria caudata (Link.) Steud.
Melica uniflora Retz.
Periballia involucrata (Cav.) Janka
Poa annua L.
Poa trivialis L.
13
14
18
19
18
Setaria pumila (Poir.)
Vulpia myurus (L.) C.C. Gmel. subsp. sciuroides (Roth)
Rouy
Allium massaessylum Batt. & Trab.
Allium vineale L.
Gagea soleirolii F.W.Schltz
Hyacinthoides hispanica (Mill.) Rothm.
Lilium martagon L.
Merendera montana (L.) Lange
Polygonatum odoratum (Mill.) Druce
Ruscus aculeatus L.
Scilla autumnalis L.
Scilla monophyllos Link
Simethis mattiazzi (Vand.) Sacc.
Narcissus triandrus L. subsp. pallidulus (Graells) Rivas
Goday
Gladiolus illyricus Koch. subsp. illyricus
Romulea bulbocodium (L.) Sebast. & Mauri subsp.
bulbocodium
Cephalanthera longifolia (L.) Fritsch
Neotia nidus-avis (L.) Rich
Orchis mascula (L.) L. subsp. mascula
Tamus communis L.
Número de espécies: 289
15
11
15
21
15
24
UNIDADE DE VEGETAÇÃO “COMUNIDADES RIPÍCOLAS”
Valoração florística final: Alto
Espécies
VEE
Pteridophyta
Selaginella denticulata (L.) Spring
Osmunda regalis L.
Polypodium cambricum L. subsp. cambricum
Polypodium interjectum Shivas
Polypodium vulgare L.
Anograma leptophylla (L.) Link.
Asplenium obovatum Viv. subsp. lanceolatum (Fiori)
P.Silva
Asplenium onopteris L.
Asplenium trichomanes L. subsp. quadrivalens D.E.Mey
Athyrium filix-femina (L.) Roth
Cystopteris viridula (Desv.) Desv.
Dryopteris affinis (Lowe) Fraser-Jenk.
Polystichum setiferum (ForssK.) Woyn.
Blechnum spicant (L.) Roth subsp. spicant var. spicant
Angiospermae
Dicotyledones
Laurus nobilis L.
Aristolochia paucinervis Pomel
Ranunculus ficaria L. subsp. ficaria
Ranunculus olissiponensis Pers. subsp. olissiponensis
14
Ranunculus repens L.
Chelidonium majus L.
Castanea sativa Mill.
Quercus robur L.
Corylus avellana L.
Cerastium fontanum Baumg. subsp. vulgare (Hartm.)
Greuter & Burdet
Corrigiola litoralis L. subsp. litoralis
Sagina procumbens L.
Silene latifolia Poir.
Stellaria alsine Grimm.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
130
Plano de Ordenamento da APPSA
Polygonum persicaria L.
Rumex obtusifolius L.
Hypericum androsaemum L.
Hypericum humifusum L.
Hypericum undulatum Schousb. ex Willd.
Ulmus minor Mill. s.l.
Parietaria judaica L.
Urtica dioica L.
Viola riviniana Rchb.
Bryonia dioica Jacq.
Populus nigra L.
Salix atrocinera Brot.
Salix salvifolia Brot.
Cardamine flexuosa With.
Cardamine hirsuta L.
Murbeckiella sousae Rothm.
Teesdalia nudicaulis (L.) R.Br.
Arbutus unedo L.
Erica arborea L.
Erica lusitana Rudolphi
Anagalis tenella (L.) L.
Sedum forsterianum Sm.
Umbilicus rupestris (Salisb.) Dandy
Chrysosplenium oppositifolium L.
Saxifraga granulata L.
Saxifraga spathularis Brot.
Crataegus monogyna Jacq.
Fragaria vesca L. subsp. vesca
Potentilla erecta (L.) Raeusch.
Prunus lusitanica L. subsp. lusitanica
Rosa canina L.
Rubus ulmifolius Schott
Sanguisorba verrucosa (Link ex G.Don) Ces.
Adenocarpus complicatus (L.) J. Gay
Genista falcata Brot.
Lotus pedunculatus Cav.
Circaea lutetiana L. subsp. lutetiana
Epilobium lanceolatum Seabst. & Mauri
Epilobium obscurum Schreb.
Ilex aquifolium L.
Euphorbia dulcis L.
Mercurialis ambigua L. fil.
Frangula alnus Mill.
Radiola linoides Roth.
Geranium lucidum L.
Geranium robertianum subsp. purpureum (Vill.) Nyman
Geranium robertianum L. subsp. robertianum
Geranium rotundifolium L.
Hedera helix L. subsp. canariensis (Willd.) Cout.
Angelica sylvestris L.
Apium nodiflorum (L.) Lag.
Oenanthe crocata L.
Torilis japonica (Houtt.) DC.
Vinca difformis Pourr.
Phillyrea latifolia L.
Myosotis secunda A.Murray
Omphalodes nitida Hoffmanns. & Link
Lamium maculatum L.
16
34
11
14
11
14
Mentha suaveolens Ehrh.
Prunella vulgaris L.
Scutellaria minor Huds.
Teucrium scorodonia L. subsp. scorodonia
Antirrhinum meonanthum Hoffmanns. & Link
Digitalis purpurea L. subsp. purpurea
Linaria triornithophora (L.) Willd.
Scrophularia balbisii Hornem.
Scrophularia grandiflora DC.
Scrophularia scorodonia L. var. scorodonia
Sibthorpia europea L.
Veronica officinalis L.
Campanula lusitanica L. subsp. lusitanica
Lobelia urens L.
Wahlenbergia hederacea (L.) Rchb.
Sambucus nigra L.
Viburnum tinus L. subsp. tinus
Cirsium palustre (L.) Scop.
Monocotyledones
Juncus articulatus L.
Luzula campestris (L.) DC
Luzula forsteri (Sm.) DC.
Luzula sylvatica (Huds.) Gaudin subsp. henriquesii
(Degen) P. Silva
Carex divulsa Stokes subsp. divulsa
Carex laevigata Sm.
Carex leporina L.
Carex pendula Huds.
Carex remota L.
Scirpus cernuus Vahl
Scirpus setaceus L.
Tradescantia fluminensis Vell.
Arisarum simorrhinum Durieu var. clusii (Schott) Talavera
Arum italicum Mill. subsp. italicum
Brachypodium sylvaticum (Huds) P.Beauv.
Poa trivialis L.
Allium vineale L.
Merendera montana (L.) Lange
Ruscus aculeatus L.
Narcissus bulbocodium L. subsp. bulbocodium
Tamus communis L.
Número de espécies: 125
24
14
30
14
11
12
UNIDADE DE VEGETAÇÃO “MATAGAIS ARBORESCENTES
DE ESPÉCIES LAURÓIDES”
Valoração florística final: Alto
Espécies
VEE
Pteridophyta
Selaginella denticulata (L.) Spring
Polypodium cambricum L. subsp. cambricum
Polypodium interjectum Shivas
Polypodium vulgare L.
Anograma leptophylla (L.) Link.
Asplenium obovatum Viv. subsp. lanceolatum (Fiori)
P.Silva
Asplenium onopteris L.
Asplenium trichomanes L. subsp. quadrivalens D.E.Mey
Cystopteris viridula (Desv.) Desv.
Blechnum spicant (L.) Roth subsp. spicant var. spicant
1ª Fase – Relatório de Caracterização
131
Plano de Ordenamento da APPSA
Angiospermae
Dicotyledones
Laurus nobilis L.
Aquilegia vulgaris L. subsp. dichroa (Freyn) T.E.Díaz
Ranunculus bupleoroides Brot.
Ranunculus ficaria L. subsp. ficaria
Ranunculus olissiponensis Pers. subsp. olissiponensis
Ranunculus paludosus Poir.
Ranunculus repens L.
Arenaria montana L. subsp. montana
Cerastium fontanum Baumg. subsp. vulgare (Hartm.)
Greuter & Burdet
Dianthus lusitanus Brot.
Herniaria scabrida Boiss. scabrida
Moehringia pentandra J. Gay
Sagina procumbens L.
Silene latifolia Poir.
Silene nutans L. subsp. nutans
Silene scabriflora Brot. subsp. scabriflora
Spergula morisonii Boreau
Stellaria alsine Grimm.
Rumex acetosella L. subsp. angiocarpus (Murb.) Murb.
Hypericum humifusum L.
Viola aff. arvensis Murray
Viola riviniana Rchb.
Halimium lasianthum (Lam.) Spach
Xolantha guttata (L.) Raf.
Xolantha tuberaria (L.) Gallego
Cardamine hirsuta L.
Coincya monensis (L.) Greuter & Burdet subsp.
cheiranthus (Vill.) Aedo
Lepidium heterophyllum Benth
Teesdalia nudicaulis (L.) R.Br.
Sesamoides purpurascens (L.) G.López
Sesamoides suffruticosa (Lange) Kuntze
Arbutus unedo L.
Calluna vulgaris (L.) Hull.
Erica arborea L.
Erica australis L.
Erica cinerea L.
Erica lusitana Rudolphi
Erica scoparia L. subsp. scoparia
Erica umbellata Loefl. ex L.
Sedum arenarium Brot.
Sedum hirsutum All. subsp. hirsutum
Sedum pruinatum Brot.
Sedum forsterianum Sm.
Umbilicus rupestris (Salisb.) Dandy
Saxifraga granulata L.
Saxifraga spathularis Brot.
Fragaria vesca L. subsp. vesca
Geum urbanum L.
Potentilla erecta (L.) Raeusch.
Prunus lusitanica L. subsp. lusitanica
Rosa canina L.
Rubus ulmifolius Schott
Sanguisorba verrucosa (Link ex G.Don) Ces.
Coronilla repanda (Poir.) Guss. subsp. dura (Cav.) Cout.
Cytisus grandiflorus (Brot.) DC.
18
14
14
11
14
14
11
14
16
Cytisus multiflorus (L'Hér.) Sweet
Cytisus striatus (Hill) Rothm.
Genista falcata Brot.
Lotus corniculatus L. subsp. carpetanus (Lacaita) Rivas
Mart.
Lotus pedunculatus Cav.
Pterospartum tridentatum (L.) Willk.
Daphne gnidium L.
Ilex aquifolium L.
Polygala vulgaris L.
Conopodium majus (Gouan) Loret subsp. marizianum
(Samp.) López Udias & Mateo
Physospermum cornubiense (L.) DC.
Centaurium erythraea Rafn. subsp. erythraea
Phillyrea angustifolia L.
Phillyrea latifolia L.
Lithodora prostrata (Loisel.) Griseb.
Satureja vulgaris (L.) Fritsch subsp. arundana (Boiss.)
Greuter & Burdet
Lamium maculatum L.
Lamium purpureum L.
Lavandula stoechas L. subsp. luisieri (Rozeira) Rozeira
Prunella vulgaris L.
Anarrhinum bellidifolium (L.) Willd.
Digitalis purpurea L. subsp. purpurea
Linaria diffusa Hoffmanns. & Link
Linaria saxatilis (L.) Chaz. var. saxatilis
Linaria triornithophora (L.) Willd.
Orobanche rapum-genistae Thuill. subsp. rapum-genistae
Scrophularia grandiflora DC.
Scrophularia scorodonia L. var. scorodonia
Campanula lusitanica L. subsp. lusitanica
Campanula rapunculus L.
Jasione montana L. subsp. Montana
Galium helodes Hoffmanns. & Link
Galium mollugo L.
Rubia peregrina L.
Lonicera periclymenum L. subsp. periclymenum
Sambucus nigra L.
Viburnum tinus L. subsp. tinus
Bellis sylvestris Cirillo
Carlina corymbosa L. subsp. corymbosa
Centaurea aristata Hoffmanns. & Link subsp. langeana
(Willk.) Dostál
Hypochoeris radicata L.
Inula conyza DC.
Lactuca viminea (L.) J.&C. Presl. subsp. viminea
Leontodon taraxacoides (Vill.) Mérat subsp. hispidus
(Roth) Kerguélen
Picris hieraciodes L.
Pulicaria odora (L.) Rchb.
Senecio lividus L.
Senecio sylvaticus L.
Tolpis barbata (L.) Gaertn.
Monocotyledones
Luzula campestris (L.) DC
Luzula forsteri (Sm.) DC.
Luzula sylvatica (Huds.) Gaudin subsp. henriquesii
(Degen) P. Silva
Carex depressa Link subsp. depressa
Carex distachya Desf.
14
14
14
14
11
14
11
14
24
16
14
30
14
16
14
1ª Fase – Relatório de Caracterização
132
Plano de Ordenamento da APPSA
Carex divulsa Stokes subsp. divulsa
Carex muricata L. subsp. lamprocarpa Celak
Agrostis truncatula Parl. subsp. truncatula
Agrostis curtisii Kerguélen
Anthoxanthum aristatum Boiss. subsp. aristatum
Avena barbata Pott ex Link subsp. barbata
Brachypodium sylvaticum (Huds) P.Beauv.
Briza maxima L.
Briza minor L.
Dactylis glomerata L. subsp. hispanica
Deschampsia flexuosa (L.) Trin.
Festuca paniculata (L.) Schinz & Thell. subsp.
multispiculata Rivas Ponce & Cebolla
Koeleria caudata (Link.) Steud.
Periballia involucrata (Cav.) Janka
Allium massaessylum Batt. & Trab.
Gagea soleirolii F.W.Schltz
Hyacinthoides hispanica (Mill.) Rothm.
Merendera montana (L.) Lange
Ruscus aculeatus L.
Scilla autumnalis L.
Scilla monophyllos Link
Simethis mattiazzi (Vand.) Sacc.
Narcissus bulbocodium L. subsp. bulbocodium
Narcissus triandrus L. subsp. pallidulus (Graells) Rivas
Goday
Romulea bulbocodium (L.) Sebast. & Mauri subsp.
bulbocodium
Número de espécies: 144
18
19
18
11
12
21
UNIDADE DE VEGETAÇÃO “COMUNIDADES RUPÍCOLAS E
PRADOS DE ALTITUDE”
Valoração florística final: Alto
Espécies
VEE
Angiospermae
Dicotyledones
Ranunculus bupleoroides Brot.
14
Quercus ilex L. subsp. ballota (Desf.) Samp.
Dianthus lusitanus Brot.
Spergula morisonii Boreau
Sedum arenarium Brot.
14
Sedum hirsutum All. subsp. hirsutum
Sedum pruinatum Brot.
16
Conopodium majus (Gouan) Loret subsp. marizianum
14
(Samp.) López Udias & Mateo
Linaria saxatilis (L.) Chaz. var. saxatilis
16
Lactuca viminea (L.) J.&C. Presl. subsp. viminea
Monocotyledones
Agrostis truncatula Parl. subsp. truncatula
Anthoxanthum aristatum Boiss. subsp. aristatum
Deschampsia flexuosa (L.) Trin.
Festuca paniculata (L.) Schinz & Thell. subsp.
18
multispiculata Rivas Ponce & Cebolla
Festuca summilusitana Franco & Rocha Afonso
34
Koeleria caudata (Link.) Steud.
19
Periballia involucrata (Cav.) Janka
18
Gagea soleirolii F.W.Schltz
Scilla monophyllos Link
Romulea bulbocodium (L.) Sebast. & Mauri subsp.
bulbocodium
Número de espécies: 20
UNIDADE DE VEGETAÇÃO “COMUNIDADES NÃO
CLIMÁCICAS DE FOLHOSAS AUTÓCTONES”
Valoração florística final: Alto
Espécies
Pteridophyta
Selaginella denticulata (L.) Spring
Osmunda regalis L.
Polypodium cambricum L. subsp. cambricum
Polypodium interjectum Shivas
Polypodium vulgare L.
Anograma leptophylla (L.) Link.
Pteridium aquilinum (L.) Kuhn subsp. aquilinum
Asplenium obovatum Viv. subsp. lanceolatum (Fiori)
P.Silva
Asplenium onopteris L.
Asplenium trichomanes L. subsp. quadrivalens D.E.Mey
Athyrium filix-femina (L.)Roth
Cystopteris viridula (Desv.) Desv.
Dryopteris affinis (Lowe) Fraser-Jenk.
Polystichum setiferum (ForssK.) Woyn.
Blechnum spicant (L.) Roth subsp. spicant var. spicant
Gymnospermae
Pinus pinaster Aiton
Angiospermae
Dicotyledones
Laurus nobilis L.
Aristolochia paucinervis Pomel
Aquilegia vulgaris L. subsp. dichroa (Freyn) T.E.Díaz
Ranunculus ficaria L. subsp. ficaria
Ranunculus olissiponensis Pers. subsp. olissiponensis
Ranunculus paludosus Poir.
Ranunculus repens L.
Chelidonium majus L.
Fumaria capreolata L.
Castanea sativa Mill.
Quercus pyrenaica Willd.
Quercus robur L.
Quercus suber L.
Betula alba L.
Corylus avellana L.
Phytolacca americana L.
Arenaria montana L. subsp. montana
Cerastium fontanum Baumg. subsp. vulgare (Hartm.)
Greuter & Burdet
Cerastium glomeratum Thuill.
Corrigiola litoralis L. subsp. litoralis
Dianthus lusitanus Brot.
Lychnis flos-cuculi L. subsp. flos-cuculi
Moehringia pentandra J. Gay
Polycarpon tetraphyllum (L.) L. subsp. tetraphyllum
Sagina procumbens L.
Scleranthus annuus L. subsp. polycarpus (L.) Bonnier &
Layens
Silene gallica L.
Silene latifolia Poir.
Silene nutans L. subsp. nutans
Spergula arvensis L.
Spergula morisonii Boreau
Stellaria alsine Grimm.
Stellaria holostea L.
VEE
18
14
1ª Fase – Relatório de Caracterização
133
Plano de Ordenamento da APPSA
Stellaria media (L.) Vill.
Chenopodium album L. var. album
Polygonum arenastrum Boreau
Polygonum aviculare L.
Polygonum persicaria L.
Rumex acetosa L. subsp. acetosa
Rumex acetosella L. subsp. angiocarpus (Murb.) Murb.
Rumex bucephalophurus L. subsp. gallicus (Steinh.)
Rech.
Rumex obtusifolius L.
Rumex pulcher L. subsp. pulcher
Hypericum androsaemum L.
Hypericum humifusum L.
Hypericum perforatum L.
Hypericum pulchrum L.
Malva tournefortiana L.
Ulmus minor Mill. s.l.
Parietaria judaica L.
Urtica dioica L.
Viola aff. arvensis Murray
Viola riviniana Rchb.
Cistus populifolius L. subsp. populifolius
Xolantha guttata (L.) Raf.
Bryonia dioica Jacq.
Salix atrocinera Brot.
Salix salvifolia Brot.
Alliaria petiolata (M.Bieb.) Cavara & Grande
Brassica barrelieri (L.) Janka
Capsella bursa-pastoris (L.) Medik.
Cardamine flexuosa With.
Cardamine hirsuta L.
Lepidium heterophyllum Benth
Raphanus raphanistrum L. subsp. raphanistrum
Teesdalia nudicaulis (L.) R.Br.
Reseda media Lag.
Sesamoides purpurascens (L.) G.López
Arbutus unedo L.
Calluna vulgaris (L.) Hull.
Erica arborea L.
Erica australis L.
Erica cinerea L.
Erica lusitana Rudolphi
Erica scoparia L. subsp. scoparia
Erica umbellata Loefl. ex L.
Anagalis arvensis L.
Primula acaulis (L.) L. subsp. acaulis
Sedum arenarium Brot.
Sedum forsterianum Sm.
Umbilicus rupestris (Salisb.) Dandy
Chrysosplenium oppositifolium L.
Saxifraga granulata L.
Saxifraga spathularis Brot.
Crataegus monogyna Jacq.
Cydonia oblonga Mill
Fragaria vesca L. subsp. vesca
Geum urbanum L.
Potentilla erecta (L.) Raeusch.
Prunus avium L.
Prunus cerasus L.
11
16
11
14
Prunus lusitanica L. subsp. lusitanica
Rosa canina L.
Rubus ulmifolius Schott
Sanguisorba verrucosa (Link ex G.Don) Ces.
Spiraea hypericifolia L. subsp. obovata (Waldst. & Kit. Ex
Willd.) H.Huber
Coronilla repanda (Poir.) Guss. subsp. dura (Cav.) Cout.
Cytisus grandiflorus (Brot.) DC.
Cytisus multiflorus (L'Hér.) Sweet
Cytisus striatus (Hill) Rothm.
Genista falcata Brot.
Lotus pedunculatus Cav.
Ornithopus compressus L.
Ornithopus perpusillus L.
Trifolium cernuum Brot.
Trifolium dubium Sibth.
Trifolium glomeratum L.
Trifolium ligusticum Balb. ex Loisel.
Trifolium pratense L. subsp. pratense
Trifolium repens L. var. repens
Trifolium tomentosum L.
Ulex minor Roth
Vicia disperma DC.
Vicia angustifolia L.
Daphne gnidium L.
Circaea lutetiana L. subsp. lutetiana
Epilobium lanceolatum Seabst. & Mauri
Epilobium obscurum Schreb.
Ilex aquifolium L.
Euphorbia helioscopia L. subsp. helioscopia
Euphorbia peplus L.
Mercurialis ambigua L. fil.
Linum bienne Mill.
Erodium cicutarium (L.) L'Hér. subsp. cicutarium
Geranium dissectum L.
Geranium lucidum L.
Geranium molle L.
Geranium pyrenaicum Burm. f. subsp. lusitanicum
(Samp.) S.Ortiz
Geranium robertianum subsp. purpureum (Vill.) Nyman
Geranium robertianum L. subsp. robertianum
Geranium rotundifolium L.
Oxalis corniculata L.
Polygala serpyllifolia Hosé
Polygala vulgaris L.
Hedera helix L. subsp. canariensis (Willd.) Cout.
Angelica sylvestris L.
Apium nodiflorum (L.) Lag.
Conopodium majus (Gouan) Loret subsp. marizianum
(Samp.) López Udias & Mateo
Daucus carota L. subsp. maritimus (Lam.) Batt.
Eryngium duriaei Gay ex Boiss.
Oenanthe crocata L.
Physospermum cornubiense (L.) DC.
Sanicula europaea L.
Torilis japonica (Houtt.) DC.
Centaurium erythraea Rafn. subsp. erythraea
Vinca difformis Pourr.
Ligustrum sinense Lour.
14
14
11
14
16
1ª Fase – Relatório de Caracterização
134
Plano de Ordenamento da APPSA
Phillyrea angustifolia L.
Phillyrea latifolia L.
Solanum nigrum L. subsp. nigrum
Lithodora prostrata (Loisel.) Griseb.
Myosotis secunda A.Murray
Omphalodes nitida Hoffmanns. & Link
Verbena officinalis L.
Satureja vulgaris (L.) Fritsch subsp. arundana (Boiss.)
Greuter & Burdet
Lamium maculatum L.
Lamium purpureum L.
Lavandula stoechas L. subsp. luisieri (Rozeira) Rozeira
Mentha suaveolens Ehrh.
Prunella vulgaris L.
Scutellaria minor Huds.
Teucrium scorodonia L. subsp. scorodonia
Plantago coronopus L.
Plantago lanceolata L.
Anarrhinum bellidifolium (L.) Willd.
Antirrhinum meonanthum Hoffmanns. & Link
Digitalis purpurea L. subsp. purpurea
Linaria triornithophora (L.) Willd.
Scrophularia balbisii Hornem.
Scrophularia grandiflora DC.
Scrophularia scorodonia L. var. scorodonia
Verbascum thapsus L. subsp. crassifolium (Lam.) Murb.
Veronica officinalis L.
Orobanche rapum-genistae Thuill. subsp. rapum-genistae
Campanula lusitanica L. subsp. lusitanica
Campanula rapunculus L.
Jasione montana L. subsp. montana
Lobelia urens L.
Wahlenbergia hederacea (L.) Rchb.
Galium album Mill. subsp. album
Galium helodes Hoffmanns. & Link
Galium mollugo L.
Galium rotundifolium L.
Rubia peregrina L.
Lonicera periclymenum L. subsp. periclymenum
Sambucus nigra L.
Viburnum tinus L. subsp. tinus
Centranthus calcitrapae (L.) Dufr. subsp. calcitrapae
Valerianella carinata Loisel.
Andryala integrifolia L.
Anthemis arvensis L. subsp. arvensis
Carlina corymbosa L. subsp. corymbosa
Chamaemelum mixtum (L.) All.
Chamaemelum nobile (L.) All. var. discoideum (Boiss. ex
Willk.) A. Fern.
Cirsium palustre (L.) Scop.
Conyza albida Spreng.
Conyza canadensis (L.) Cronquist
Crepis capillaris (L.) Wallr.
Crepis lampsanoides (Gouan) Tausch
Galinsoga parviflora Cav.
Hypochoeris radicata L.
Inula conyza DC.
Lactuca viminea (L.) J.&C. Presl. subsp. viminea
Lapsana communis L. subsp. communis
11
14
14
24
14
30
14
13
Leontodon taraxacoides (Vill.) Mérat subsp. hispidus
(Roth) Kerguélen
Picris hieraciodes L.
Pulicaria odora (L.) Rchb.
Senecio jacobaea L.
Senecio lividus L.
Senecio sylvaticus L.
Sonchus oleraceus L.
Taraxacum officinale Weber
Monocotyledones
Luzula campestris (L.) DC
Luzula forsteri (Sm.) DC.
Luzula sylvatica (Huds.) Gaudin subsp. henriquesii
(Degen) P. Silva
Carex depressa Link subsp. depressa
Carex distachya Desf.
Carex divulsa Stokes subsp. divulsa
Carex laevigata Sm.
Carex muricata L. subsp. lamprocarpa Celak
Carex pendula Huds.
Carex remota L.
Arisarum simorrhinum Durieu var. clusii (Schott) Talavera
Arum italicum Mill. subsp. italicum
Agrostis castellana Boiss. & Reut. var. castellana
Agrostis curtisii Kerguélen
Agrostis truncatula Parl. subsp. truncatula
Brachypodium sylvaticum (Huds) P.Beauv.
Briza maxima L.
Briza minor L.
Bromus diandrus Roth
Bromus hordeaceus L.
Bromus sterilis L.
Cynosurus echinatus L.
Cynosurus effusus Link
Dactylis glomerata L. subsp. hispanica
Deschampsia flexuosa (L.) Trin.
Holcus lanatus L.
Hordeum leporinum Link
Koeleria caudata (Link.) Steud.
Melica uniflora Retz.
Periballia involucrata (Cav.) Janka
Poa annua L.
Poa trivialis L.
Setaria pumila (Poir.)
Vulpia myurus (L.) C.C. Gmel. subsp. sciuroides (Roth)
Rouy
Allium massaessylum Batt. & Trab.
Allium vineale L.
Gagea soleirolii F.W.Schltz
Hyacinthoides hispanica (Mill.) Rothm.
Merendera montana (L.) Lange
Polygonatum odoratum (Mill.) Druce
Ruscus aculeatus L.
Scilla autumnalis L.
Scilla monophyllos Link
Simethis mattiazzi (Vand.) Sacc.
Narcissus bulbocodium L. subsp. bulbocodium
Narcissus triandrus L. subsp. pallidulus (Graells) Rivas
Goday
Gladiolus illyricus Koch. subsp. illyricus
14
19
18
11
15
12
21
1ª Fase – Relatório de Caracterização
135
Plano de Ordenamento da APPSA
Romulea bulbocodium (L.) Sebast. & Mauri subsp.
bulbocodium
Cephalanthera longifolia (L.) Fritsch
Orchis mascula (L.) L. subsp. mascula
Tamus communis L.
Número de espécies: 279
15
UNIDADE DE VEGETAÇÃO “BOSQUETES RESIDUAIS DE
SOBREIRO”
Valoração florística final: Médio
Espécies
VEE
Pteridophyta
Polypodium cambricum L. subsp. cambricum
Polypodium interjectum Shivas
Asplenium trichomanes L. subsp. quadrivalens D.E.Mey
Gymnospermae
Pinus pinaster Aiton
Angiospermae
Dicotyledones
Laurus nobilis L.
Ranunculus bupleoroides Brot.
14
Ranunculus olissiponensis Pers. subsp. olissiponensis
14
Quercus suber L.
Dianthus lusitanus Brot.
Herniaria scabrida Boiss. scabrida
11
Spergula morisonii Boreau
Rumex acetosella L. subsp. angiocarpus (Murb.) Murb.
Halimium lasianthum (Lam.) Spach
Xolantha guttata (L.) Raf.
Xolantha tuberaria (L.) Gallego
Coincya monensis (L.) Greuter & Burdet subsp.
cheiranthus (Vill.) Aedo
Sesamoides purpurascens (L.) G.López
Sesamoides suffruticosa (Lange) Kuntze
14
Arbutus unedo L.
Calluna vulgaris (L.) Hull.
Erica arborea L.
Erica cinerea L.
Erica scoparia L. subsp. scoparia
Erica umbellata Loefl. ex L.
Sedum arenarium Brot.
14
Sedum hirsutum All. Subsp. hirsutum
Sedum pruinatum Brot.
16
Saxifraga granulata L.
Crataegus monogyna Jacq.
Sanguisorba verrucosa (Link ex G.Don) Ces.
Coronilla repanda (Poir.) Guss. subsp. dura (Cav.) Cout.
Cytisus grandiflorus (Brot.) DC.
Cytisus multiflorus (L'Hér.) Sweet
14
Cytisus striatus (Hill) Rothm.
Pterospartum tridentatum (L.) Willk.
14
Daphne gnidium L
Polygala vulgaris L.
Conopodium majus (Gouan) Loret subsp. marizianum
14
(Samp.) López Udias & Mateo
Physospermum cornubiense (L.) DC.
Centaurium erythraea Rafn. subsp. erythraea
Phillyrea angustifolia L.
Phillyrea latifolia L.
Lithodora prostrata (Loisel.) Griseb.
11
Lavandula stoechas L. subsp. luisieri (Rozeira) Rozeira
Anarrhinum bellidifolium (L.) Willd.
Linaria diffusa Hoffmanns. & Link
Linaria saxatilis (L.) Chaz. var. saxatilis
Orobanche rapum-genistae Thuill. subsp. rapum-genistae
Rubia peregrina L.
Carlina corymbosa L. subsp. corymbosa
Centaurea aristata Hoffmanns. & Link subsp. langeana
(Willk.) Dostál
Leontodon taraxacoides (Vill.) Mérat subsp. hispidus
(Roth) Kerguélen
Pulicaria odora (L.) Rchb.
Senecio lividus L.
Senecio sylvaticus L.
Tolpis barbata (L.) Gaertn.
Monocotyledones
Agrostis truncatula Parl. subsp truncatula
Anthoxanthum aristatum Boiss. subsp. aristatum
Avena barbata Pott ex Link subsp. barbata
Briza maxima L.
Briza minor L
Dactylis glomerata L. subsp. hispanica
Deschampsia flexuosa (L.) Trin.
Festuca paniculata (L.) Schinz & Thell. subsp.
multispiculata Rivas Ponce & Cebolla
Koeleria caudata (Link.) Steud.
Periballia involucrata (Cav.) Janka
Allium massaessylum Batt. & Trab.
Gagea soleirolii F.W.Schltz
Hyacinthoides hispanica (Mill.) Rothm.
Merendera montana (L.) Lange
Scilla autumnalis L.
Scilla monophyllos Link
Simethis mattiazzi (Vand.) Sacc.
Narcissus triandrus L. subsp. pallidulus (Graells) Rivas
Goday
Número de espécies: 74
PINHAL
Valoração florística final: Médio
Espécies
Pteridophyta
Polypodium cambricum L. subsp. cambricum
Polypodium interjectum Shivas
Pteridium aquilinum (L.) Kuhn subsp. aquilinum
Asplenium trichomanes L. subsp. quadrivalens D.E.Mey
Gymnospermae
Pinus pinaster Aiton
Angiospermae
Dicotyledones
Ranunculus bupleoroides Brot.
Ranunculus olissiponensis Pers. subsp. olissiponensis
Ranunculus paludosus Poir.
Fumaria capreolata L.
Castanea sativa Mill.
Quercus robur L.
Arenaria montana L. subsp. montana
Cerastium glomeratum Thuill.
Dianthus lusitanus Brot.
Herniaria scabrida Boiss. scabrida
14
24
16
16
18
19
18
11
21
VEE
14
14
11
1ª Fase – Relatório de Caracterização
136
Plano de Ordenamento da APPSA
Polycarpon tetraphyllum (L.) L. subsp. tetraphyllum
Scleranthus annuus L. subsp. polycarpus (L.) Bonnier &
Layens
Silene gallica L.
Silene latifolia Poir.
Silene nutans L. subsp. nutans
Silene scabriflora Brot. subsp. scabriflora
Spergula morisonii Boreau
Stellaria holostea L.
Stellaria media (L.) Vill.
Chenopodium album L. var. album
Polygonum arenastrum Boreau
Polygonum aviculare L.
Rumex acetosella L. subsp. angiocarpus (Murb.) Murb.
Rumex bucephalophurus L. subsp. gallicus (Steinh.)
Rech.
Rumex pulcher L. subsp. pulcher
Hypericum perforatum L.
Malva tournefortiana L.
Parietaria judaica L.
Urtica dioica L.
Viola aff. arvensis Murray
Viola riviniana Rchb.
Cistus populifolius L. subsp. populifolius
Halimium lasianthum (Lam.) Spach
Xolantha guttata (L.) Raf.
Xolantha tuberaria (L.) Gallego
Brassica barrelieri (L.) Janka
Capsella bursa-pastoris (L.) Medik.
Cardamine hirsuta L.
Coincya monensis (L.) Greuter & Burdet subsp.
cheiranthus (Vill.) Aedo
Lepidium heterophyllum Benth
Raphanus raphanistrum L. subsp. raphanistrum
Teesdalia nudicaulis (L.) R.Br.
Reseda media Lag.
Sesamoides purpurascens (L.) G.López
Sesamoides suffruticosa (Lange) Kuntze
Arbutus unedo L.
Calluna vulgaris (L.) Hull.
Erica arborea L.
Erica australis L.
Erica cinerea L.
Erica scoparia L. subsp. scoparia
Erica umbellata Loefl. ex L.
Anagalis arvensis L.
Sedum arenarium Brot.
Sedum forsterianum Sm.
Sedum pruinatum Brot.
Umbilicus rupestris (Salisb.) Dandy
Saxifraga granulata L.
Crataegus monogyna Jacq.
Potentilla erecta (L.) Raeusch.
Rubus ulmifolius Schott
Sanguisorba verrucosa (Link ex G.Don) Ces.
Acacia dealbata Link
Coronilla repanda (Poir.) Guss. subsp. dura (Cav.) Cout.
Cytisus grandiflorus (Brot.) DC.
Cytisus multiflorus (L'Hér.) Sweet
14
11
14
14
16
14
Cytisus striatus (Hill) Rothm.
Lotus corniculatus L. subsp. carpetanus (Lacaita) Rivas
Mart.
Ornithopus compressus L.
Ornithopus perpusillus L.
Pterospartum tridentatum (L.) Willk.
Trifolium arvense L. var. arvense
Trifolium cernuum Brot.
Trifolium glomeratum L.
Trifolium ligusticum Balb. ex Loisel.
Trifolium tomentosum L.
Ulex minor Roth
Vicia disperma DC.
Vicia angustifolia L.
Daphne gnidium L
Eucalyptus globulus Labill. subsp. globulus
Mercurialis ambigua L. fil.
Linum bienne Mill.
Erodium cicutarium (L.)L'Hér. subsp. cicutarium
Geranium molle L.
Geranium robertianum subsp. purpureum (Vill.) Nyman
Geranium robertianum L. subsp. robertianum
Geranium rotundifolium L.
Polygala vulgaris L.
Hedera helix L. subsp. canariensis (Willd.) Cout.
Conopodium majus (Gouan) Loret subsp. marizianum
(Samp.) López Udias & Mateo
Physospermum cornubiense (L.) DC.
Torilis nodosa (L.) Gaertn.
Centaurium erythraea Rafn. subsp. erythraea
Phillyrea angustifolia L.
Lithodora prostrata (Loisel.) Griseb.
Lavandula stoechas L. subsp. luisieri (Rozeira) Rozeira
Plantago coronopus L.
Plantago lanceolata L.
Anarrhinum bellidifolium (L.) Willd.
Digitalis purpurea L. subsp. purpurea
Linaria diffusa Hoffmanns. & Link
Linaria triornithophora (L.) Willd.
Scrophularia scorodonia L. var. scorodonia
Verbascum thapsus L. subsp. crassifolium (Lam.) Murb.
Orobanche rapum-genistae Thuill. subsp. rapum-genistae
Campanula rapunculus L.
Jasione montana L. subsp. montana
Galium album Mill. subsp. album
Galium helodes Hoffmanns. & Link
Galium mollugo L.
Rubia peregrina L.
Lonicera periclymenum L. subsp. periclymenum
Viburnum tinus L. subsp. tinus
Centranthus calcitrapae (L.) Dufr. subsp. calcitrapae
Andryala integrifolia L.
Bellis sylvestris Cirillo
Carduus tenuiflorus Curtis
Carlina corymbosa L. subsp. corymbosa
Centaurea aristata Hoffmanns. & Link subsp. langeana
(Willk.) Dostál
Chamaemelum mixtum (L.) All.
Chamaemelum nobile (L.) All. var. discoideum (Boiss. ex
Willk.) A. Fern.
14
14
14
11
14
24
14
14
16
1ª Fase – Relatório de Caracterização
137
Plano de Ordenamento da APPSA
Conyza albida Spreng.
Conyza canadensis (L.) Cronquist
Crepis capillaris (L.) Wallr.
Galinsoga quadriradiata Ruiz & Pav.
Galinsoga parviflora Cav.
Hypochoeris radicata L.
Inula conyza DC.
Lactuca viminea (L.) J.&C. Presl. subsp. viminea
Leontodon taraxacoides (Vill.) Mérat subsp. hispidus
(Roth) Kerguélen
Picris hieraciodes L.
Pulicaria odora (L.) Rchb.
Senecio lividus L.
Senecio sylvaticus L.
Sonchus oleraceus L.
Tolpis barbata (L.) Gaertn.
Monocotyledones
Carex depressa Link subsp. depressa
Carex distachya Desf.
Carex muricata L. subsp. lamprocarpa Celak
Arum italicum Mill. subsp. italicum
Agrostis castellana Boiss. & Reut. var. castellana
Agrostis curtisii Kerguélen
Agrostis truncatula Parl. subsp. truncatula
Anthoxanthum aristatum Boiss. subsp. aristatum
Avena barbata Pott ex Link subsp. barbata
Briza maxima L.
Briza minor L
Bromus diandrus Roth
Bromus hordeaceus L.
Cynosurus echinatus L.
Cynosurus effusus Link
Dactylis glomerata L. subsp. hispanica
Deschampsia flexuosa (L.) Trin.
Hordeum Leporinum Link
Koeleria caudata (Link.) Steud.
Poa annua L.
Hyacinthoides hispanica (Mill.) Rothm.
Merendera montana (L.) Lange
Ruscus aculeatus L.
Scilla autumnalis L.
Scilla monophyllos Link
Simethis mattiazzi (Vand.) Sacc.
Narcissus bulbocodium L. subsp. bulbocodium
Narcissus triandrus L. subsp. pallidulus (Graells) Rivas
Goday
Gladiolus illyricus Koch. subsp. illyricus
Romulea bulbocodium (L.) Sebast. & Mauri subsp.
bulbocodium
Orchis mascula (L.) L. subsp. mascula
Número de espécies: 173
UNIDADE DE VEGETAÇÃO “URZAIS”
Valoração florística final: Médio
Espécies
Pteridophyta
Polypodium cambricum L. subsp. cambricum
Polypodium interjectum Shivas
Pteridium aquilinum (L.) Kuhn subsp. aquilinum
19
11
12
21
VEE
Asplenium trichomanes L. subsp. quadrivalens D.E.Mey
Gymnospermae
Pinus pinaster Aiton
Angiospermae
Dicotyledones
Ranunculus bupleoroides Brot.
Ranunculus olissiponensis Pers. subsp. olissiponensis
Ranunculus paludosus Poir.
Fumaria capreolata L.
Arenaria montana L. subsp. montana
Cerastium glomeratum Thuill.
Dianthus lusitanus Brot.
Herniaria scabrida Boiss. scabrida
Moehringia pentandra J. Gay
Scleranthus annuus L. subsp. polycarpus (L.) Bonnier &
Layens
Silene gallica L.
Silene nutans L. subsp. nutans
Silene scabriflora Brot. subsp. scabriflora
Spergula morisonii Boreau
Stellaria media (L.) Vill.
Polygonum arenastrum Boreau
Rumex acetosella L. subsp. angiocarpus (Murb.) Murb.
Rumex pulcher L. subsp. pulcher
Urtica dioica L.
Viola aff. arvensis Murray
Viola riviniana Rchb.
Cistus populifolius L. subsp. populifolius
Halimium lasianthum (Lam.) Spach
Xolantha guttata (L.) Raf.
Xolantha tuberaria (L.) Gallego
Capsella bursa-pastoris (L.) Medik.
Cardamine hirsuta L.
Coincya monensis (L.) Greuter & Burdet subsp.
cheiranthus (Vill.) Aedo
Lepidium heterophyllum Benth
Teesdalia nudicaulis (L.) R.Br.
Sesamoides purpurascens (L.) G.López
Sesamoides suffruticosa (Lange) Kuntze
Calluna vulgaris (L.) Hull.
Erica australis L.
Erica arborea L.
Erica cinerea L.
Erica scoparia L. subsp. scoparia
Erica umbellata Loefl. ex L.
Sedum arenarium Brot.
Sedum hirsutum All. subsp. hirsutum
Sedum pruinatum Brot.
Saxifraga granulata L.
Sanguisorba verrucosa (Link ex G.Don) Ces.
Coronilla repanda (Poir.) Guss. subsp. dura (Cav.) Cout.
Ornithopus compressus L.
Ornithopus perpusillus L.
Pterospartum tridentatum (L.) Willk.
Trifolium arvense L. var. arvense
Trifolium cernuum Brot.
Trifolium glomeratum L.
Trifolium ligusticum Balb. ex Loisel.
Vicia angustifolia L.
14
14
11
14
11
14
14
16
14
1ª Fase – Relatório de Caracterização
138
Plano de Ordenamento da APPSA
Daphne gnidium L
Mercurialis ambigua L. fil.
Linum bienne Mill.
Erodium cicutarium (L.) L'Hér. subsp. cicutarium
Geranium molle L.
Geranium robertianum subsp. purpureum (Vill.) Nyman
Geranium rotundifolium L.
Polygala vulgaris L.
Conopodium majus (Gouan) Loret subsp. marizianum
(Samp.) López Udias & Mateo
Eryngium duriaei Gay ex Boiss.
Physospermum cornubiense (L.) DC.
Centaurium erythraea Rafn. subsp. erythraea
Phillyrea angustifolia L.
Lithodora prostrata (Loisel.) Griseb.
Lavandula stoechas L. subsp. luisieri (Rozeira) Rozeira
Plantago coronopus L.
Plantago lanceolata L.
Anarrhinum bellidifolium (L.) Willd.
Linaria diffusa Hoffmanns. & Link
Linaria saxatilis (L.) Chaz. var. saxatilis
Verbascum virgatum Stokes
Jasione montana L. subsp. montana
Galium album Mill. subsp. album
Galium helodes Hoffmanns. & Link
Centranthus calcitrapae (L.) Dufr. subsp. calcitrapae
Andryala integrifolia L.
Carduus tenuiflorus Curtis
Carlina corymbosa L. subsp. corymbosa
Centaurea aristata Hoffmanns. & Link subsp. langeana
(Willk.) Dostál
Chamaemelum mixtum (L.) All.
Crepis capillaris (L.) Wallr.
Hypochoeris radicata L.
Lactuca viminea (L.) J.&C. Presl. subsp. viminea
Leontodon taraxacoides (Vill.) Mérat subsp. hispidus
(Roth) Kerguélen
Pulicaria odora (L.) Rchb.
Senecio lividus L.
Senecio sylvaticus L.
Sonchus oleraceus L.
Tolpis barbata (L.) Gaertn.
Monocotyledones
Agrostis truncatula Parl. subsp. truncatula
Anthoxanthum aristatum Boiss. subsp. aristatum
Avena barbata Pott ex Link subsp. barbata
Briza maxima L.
Briza minor L.
Deschampsia flexuosa (L.) Trin.
Festuca paniculata (L.) Schinz & Thell. subsp.
multispiculata Rivas Ponce & Cebolla
Hordeum leporinum Link
Koeleria caudata (Link.) Steud.
Periballia involucrata (Cav.) Janka
Gagea soleirolii F.W.Schltz
Hyacinthoides hispanica (Mill.) Rothm.
Merendera montana (L.) Lange
Scilla monophyllos Link
Simethis mattiazzi (Vand.) Sacc.
Erythronium dens-canis L.
Narcissus triandrus L. subsp. pallidulus (Graells) Rivas
Goday
Número de espécies: 113
14
16
11
14
24
16
12
14
16
18
19
18
11
13
UNIDADE DE VEGETAÇÃO “ÁREA AGRÍCOLA”
Valoração florística final: Médio
Espécies
Pteridophyta
Selaginella denticulata (L.) Spring
Polypodium cambricum L. subsp. cambricum
Polypodium interjectum Shivas
Anograma leptophylla (L.) Link.
Asplenium trichomanes L. subsp. quadrivalens D.E.Mey
Angiospermae
Dicotyledones
Ranunculus bupleoroides Brot.
Ranunculus ficaria L. subsp. ficaria
Ranunculus olissiponensis Pers. subsp. olissiponensis
Ranunculus paludosus Poir.
Ranunculus repens L.
Chelidonium majus L.
Fumaria capreolata L.
Castanea sativa Mill.
Phytolacca americana L.
Cerastium fontanum Baumg. subsp. vulgare (Hartm.)
Greuter & Burdet
Cerastium glomeratum Thuill.
Corrigiola litoralis L. subsp. litoralis
Lychnis flos-cuculi L. subsp. flos-cuculi
Polycarpon tetraphyllum (L.) L. subsp. tetraphyllum
Sagina procumbens L.
Scleranthus annuus L. subsp. polycarpus (L.) Bonnier &
Layens
Silene gallica L.
Silene latifolia Poir.
Silene nutans L. subsp. nutans
Silene scabriflora Brot. subsp. scabriflora
Spergula arvensis L.
Stellaria media (L.) Vill.
Chenopodium album L. var. album
Polygonum arenastrum Boreau
Polygonum aviculare L.
Polygonum persicaria L.
Rumex acetosa L. subsp. acetosa
Rumex acetosella L. subsp. angiocarpus (Murb.) Murb.
Rumex bucephalophurus L. subsp. gallicus (Steinh.)
Rech.
Rumex obtusifolius L.
Rumex pulcher L. subsp. pulcher
Hypericum humifusum L.
Hypericum perforatum L.
Malva tournefortiana L.
Ulmus minor Mill. s.l.
Parietaria judaica L.
Urtica dioica L.
Viola aff. arvensis Murray
Viola riviniana Rchb.
Xolantha guttata (L.) Raf.
Xolantha tuberaria (L.) Gallego
Bryonia dioica Jacq.
21
VEE
14
14
14
1ª Fase – Relatório de Caracterização
139
Plano de Ordenamento da APPSA
Brassica barrelieri (L.) Janka
Brassica napus L.
Brassica oleraceae L.
Capsella bursa-pastoris (L.) Medik.
Cardamine hirsuta L.
Lepidium heterophyllum Benth
Raphanus raphanistrum L. subsp. raphanistrum
Teesdalia nudicaulis (L.) R.Br.
Reseda media Lag.
Sesamoides purpurascens (L.) G.López
Sesamoides suffruticosa (Lange) Kuntze
Anagalis arvensis L.
Anagalis tenella (L.) L.
Sedum arenarium Brot.
Umbilicus rupestris (Salisb.) Dandy
Saxifraga granulata L.
Cydonia oblonga Mill
Fragaria vesca L. subsp. vesca
Geum urbanum L.
Potentilla erecta (L.) Raeusch.
Prunus avium L.
Prunus cerasus L.
Rubus ulmifolius Schott
Sanguisorba verrucosa (Link ex G.Don) Ces.
Lotus pedunculatus Cav.
Ornithopus compressus L.
Ornithopus perpusillus L.
Trifolium arvense L. var. arvense
Trifolium cernuum Brot.
Trifolium dubium Sibth.
Trifolium glomeratum L.
Trifolium ligusticum Balb. ex Loisel.
Trifolium pratense L. subsp. pratense
Trifolium repens L. var. repens
Trifolium tomentosum L.
Vicia disperma DC.
Vicia angustifolia L.
Euphorbia helioscopia L. subsp. helioscopia
Euphorbia peplus L.
Mercurialis ambigua L. fil.
Linum bienne Mill.
Radiola linoides Roth.
Erodium cicutarium (L.) L'Hér. subsp. cicutarium
Geranium dissectum L.
Geranium molle L.
Geranium pyrenaicum Burm. f. subsp. lusitanicum
(Samp.) S.Ortiz
Geranium robertianum subsp. purpureum (Vill.) Nyman
Geranium robertianum L. subsp. robertianum
Geranium rotundifolium L.
Oxalis corniculata L.
Polygala vulgaris L.
Hedera helix L. subsp. canariensis (Willd.) Cout.
Daucus carota L. subsp. maritimus (Lam.) Batt.
Torilis nodosa (L.) Gaertn.
Centaurium erythraea Rafn. subsp. erythraea
Olea europea L.
Solanum nigrum L. subsp. nigrum
Verbena officinalis L.
14
14
Lamium purpureum L.
Mentha suaveolens Ehrh.
Scutellaria minor Huds.
Plantago coronopus L.
Plantago lanceolata L.
Scrophularia scorodonia L. var. scorodonia
Verbascum thapsus L. subsp. crassifolium (Lam.) Murb.
Jasione montana L. subsp. montana
Galium album Mill. subsp. album
Galium helodes Hoffmanns. & Link
Centranthus calcitrapae (L.) Dufr. subsp. calcitrapae
Valerianella carinata Loisel.
Andryala integrifolia L.
Anthemis arvensis L. subsp. arvensis
Bellis sylvestris Cirillo
Carduus tenuiflorus Curtis
Carlina corymbosa L. subsp. corymbosa
Centaurea aristata Hoffmanns. & Link subsp. langeana
(Willk.) Dostál
Chamaemelum mixtum (L.) All.
Chamaemelum nobile (L.) All. var. discoideum (Boiss. ex
Willk.) A. Fern.
Conyza albida Spreng.
Conyza canadensis (L.) Cronquist
Crepis capillaris (L.) Wallr.
Galinsoga quadriradiata Ruiz & Pav.
Galinsoga parviflora Cav.
Hypochoeris radicata L.
Leontodon taraxacoides (Vill.) Mérat subsp. hispidus
(Roth) Kerguélen
Picris hieraciodes L.
Senecio jacobaea L.
Senecio lividus L.
Senecio sylvaticus L.
Sonchus oleraceus L.
Taraxacum officinale Weber
Tolpis barbata (L.) Gaertn.
Monocotyledones
Carex laevigata Sm.
Tradescantia fluminensis Vell.
Arum italicum Mill. subsp. italicum
Agrostis castellana Boiss. & Reut. var. castellana
Agrostis truncatula Parl. subsp. truncatula
Anthoxanthum aristatum Boiss. subsp. aristatum
Avena barbata Pott ex Link subsp. barbata
Briza máxima L.
Briza minor L.
Bromus diandrus Roth
Bromus hordeaceus L.
Bromus sterilis L.
Cynosurus echinatus L.
Dactylis glomerata L. subsp. hispanica
Holcus lanatus L.
Hordeum leporinum Link
Poa annua L.
Setaria pumila (Poir.)
Vulpia myurus (L.) C.C. Gmel. subsp. sciuroides (Roth)
Rouy
Allium massaessylum Batt. & Trab.
Narcissus triandrus L. subsp. pallidulus (Graells) Rivas
14
16
21
1ª Fase – Relatório de Caracterização
140
Plano de Ordenamento da APPSA
Goday
Número de espécies: 160
UNIDADE DE VEGETAÇÃO “GIESTAIS”
Valoração florística final: Médio
Espécies
Pteridophyta
Polypodium cambricum L. subsp. cambricum
Polypodium interjectum Shivas
Pteridium aquilinum (L.) Kuhn subsp. aquilinum
Asplenium trichomanes L. subsp. quadrivalens D.E.Mey
Gymnospermae
Pinus pinaster Aiton
Angiospermae
Dicotyledones
Ranunculus bupleoroides Brot.
Ranunculus olissiponensis Pers. subsp. olissiponensis
Ranunculus paludosus Poir.
Fumaria capreolata L.
Castanea sativa Mill.
Quercus robur L.
Betula alba L.
Arenaria montana L. subsp. montana
Cerastium glomeratum Thuill.
Dianthus lusitanus Brot.
Herniaria scabrida Boiss. scabrida
Moehringia pentandra J. Gay
Polycarpon tetraphyllum (L.) L. subsp. tetraphyllum
Silene gallica L.
Silene nutans L. subsp. nutans
Silene scabriflora Brot. subsp. scabriflora
Spergula morisonii Boreau
Stellaria media (L.) Vill.
Polygonum arenastrum Boreau
Polygonum aviculare L.
Rumex acetosella L. subsp. angiocarpus (Murb.) Murb.
Urtica dioica L.
Viola aff. arvensis Murray
Viola riviniana Rchb.
Cistus populifolius L. subsp. populifolius
Halimium lasianthum (Lam.) Spach
Xolantha guttata (L.) Raf.
Xolantha tuberaria (L.) Gallego
Capsella bursa-pastoris (L.) Medik.
Coincya monensis (L.) Greuter & Burdet subsp.
cheiranthus (Vill.) Aedo
Lepidium heterophyllum Benth
Teesdalia nudicaulis (L.) R.Br.
Reseda media Lag.
Sesamoides purpurascens (L.) G.López
Sesamoides suffruticosa (Lange) Kuntze
Arbutus unedo L.
Calluna vulgaris (L.) Hull.
Erica australis L.
Erica arborea L.
Erica cinerea L.
Erica umbellata Loefl. ex L.
Sedum arenarium Brot.
Sedum forsterianum Sm.
VEE
14
14
11
14
11
14
14
Sedum pruinatum Brot.
Umbilicus rupestris (Salisb.) Dandy
Saxifraga granulata L.
Crataegus monogyna Jacq.
Potentilla erecta (L.) Raeusch.
Rubus ulmifolius Schott
Sanguisorba verrucosa (Link ex G.Don) Ces.
Acacia dealbata Link
Coronilla repanda (Poir.) Guss. subsp. dura (Cav.) Cout.
Cytisus grandiflorus (Brot.) DC.
Cytisus multiflorus (L'Hér.) Sweet
Cytisus striatus (Hill) Rothm.
Genista falcata Brot.
Lotus corniculatus L. subsp. carpetanus (Lacaita) Rivas
Mart.
Ornithopus compressus L.
Ornithopus perpusillus L.
Pterospartum tridentatum (L.) Willk.
Trifolium arvense L. var. arvense
Trifolium cernuum Brot.
Trifolium ligusticum Balb. ex Loisel.
Ulex minor Roth
Vicia disperma DC.
Vicia angustifolia L.
Daphne gnidium L.
Mercurialis ambigua L. fil.
Linum bienne Mill.
Erodium cicutarium (L.) L'Hér. subsp. cicutarium
Geranium molle L.
Geranium robertianum subsp. purpureum (Vill.) Nyman
Geranium rotundifolium L.
Polygala vulgaris L.
Conopodium majus (Gouan) Loret subsp. marizianum
(Samp.) López Udias & Mateo
Daucus carota L. subsp. maritimus (Lam.) Batt.
Physospermum cornubiense (L.) DC.
Centaurium erythraea Rafn. subsp. erythraea
Phillyrea angustifolia L.
Lithodora prostrata (Loisel.) Griseb.
Lavandula stoechas L. subsp. luisieri (Rozeira) Rozeira
Plantago coronopus L.
Plantago lanceolata L.
Anarrhinum bellidifolium (L.) Willd.
Digitalis purpurea L. subsp. purpurea
Linaria diffusa Hoffmanns. & Link
Linaria triornithophora (L.) Willd.
Scrophularia scorodonia L. var. scorodonia
Orobanche rapum-genistae Thuill. subsp. rapum-genistae
Jasione montana L. subsp. montana
Galium album Mill. subsp. album
Galium helodes Hoffmanns. & Link
Rubia peregrina L.
Lonicera periclymenum L. subsp. periclymenum
Viburnum tinus L. subsp. tinus
Centranthus calcitrapae (L.) Dufr. subsp. calcitrapae
Andryala integrifolia L.
Bellis sylvestris Cirillo
Carduus tenuiflorus Curtis
Carlina corymbosa L. subsp. corymbosa
16
14
14
14
14
14
11
14
24
14
1ª Fase – Relatório de Caracterização
141
Plano de Ordenamento da APPSA
Centaurea aristata Hoffmanns. & Link subsp. langeana
(Willk.) Dostál
Chamaemelum mixtum (L.) All.
Conyza albida Spreng.
Conyza canadensis (L.) Cronquist
Crepis capillaris (L.) Wallr.
Hypochoeris radicata L.
Lactuca viminea (L.) J.&C. Presl. subsp. viminea
Leontodon taraxacoides (Vill.) Mérat subsp. hispidus
(Roth) Kerguélen
Picris hieraciodes L.
Pulicaria odora (L.) Rchb.
Senecio jacobaea L.
Senecio lividus L.
Senecio sylvaticus L.
Sonchus oleraceus L.
Tolpis barbata (L.) Gaertn.
Monocotyledones
Agrostis castellana Boiss. & Reut. var. castellana
Agrostis curtisii Kerguélen
Agrostis truncatula Parl. subsp. truncatula
Anthoxanthum aristatum Boiss. subsp. aristatum
Avena barbata Pott ex Link subsp. barbata
Briza maxima L.
Briza minor L.
Bromus diandrus Roth
Bromus hordeaceus L.
Cynosurus echinatus L.
Deschampsia flexuosa (L.) Trin.
Festuca paniculata (L.) Schinz & Thell. subsp.
multispiculata Rivas Ponce & Cebolla
Hordeum leporinum Link
Koeleria caudata (Link.) Steud.
Hyacinthoides hispanica (Mill.) Rothm.
Merendera montana (L.) Lange
Ruscus aculeatus L.
Scilla autumnalis L.
Scilla monophyllos Link
Simethis mattiazzi (Vand.) Sacc.
Narcissus bulbocodium L. subsp. bulbocodium
Narcissus triandrus L. subsp. pallidulus (Graells) Rivas
Goday
Gladiolus illyricus Koch. subsp. illyricus
Romulea bulbocodium (L.) Sebast. & Mauri subsp.
bulbocodium
Tamus communis L.
Número de espécies: 145
16
18
19
11
12
21
Da conjugação dos resultados do valor florístico das comunidades vegetais com os resultados da valoração
da vegetação obteve-se a valoração final da comunidade. Este valor final corresponde à classe de relevância
mais elevada atingida pela comunidade na valoração efectuada para a flora e a vegetação.
Apresentam-se, na Tabela 45, os resultados da aplicação do Valor Florístico às unidades de vegetação e a
determinação do valor final florístico e de vegetação.
Tabela 45 – Determinação do Valor final da flora e vegetação.
Unidade de Vegetação
Florestas pré-climácicas de folhosas autóctones
Comunidades ripícolas
Matagais arborescentes de espécies lauróides
Comunidades rupícolas e prados de altitude
Comunidades não climácicas de folhosas autóctones
Bosquetes residuais de sobreiros
Pinhal
Urzais
Áreas agrícolas
Giestais
Vegetação
Excepcional
Alto
Alto
Alto
Médio
Médio
Baixo
Baixo
Baixo
Baixo
Flora
Excepcional
Alto
Alto
Alto
Alto
Médio
Médio
Médio
Médio
Médio
Valor Final Florístico e de Vegetação
Excepcional
Alto
Alto
Alto
Alto
Médio
Médio
Médio
Médio
Médio
Da cartografia da valoração final da flora e da vegetação resulta a carta [27] – valores florísticos e de
vegetação.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
142
Plano de Ordenamento da APPSA
C.III. Anexo – Definição e Valoração da Fauna e dos Biótopos para a Fauna – Metodologia e
Resultados
A caracterização da fauna e dos valores faunísticos presentes na APPSA foi realizada com base no proposto
no Caderno de Encargos elaborado pelo ICN para uniformizar o processo de realização dos PO das AP (ICN,
2004). A metodologia utilizada para este trabalho foi adaptada e ajustada ao caso particular da APPSA e
elaborada em duas etapas: (A) definição e valoração das espécies da fauna e (B) definição e valoração
faunística dos biótopos para a fauna.
Etapa A
Definição das Espécies da Fauna
Foram identificadas, nos diferentes estudos realizados na APPSA, anteriormente ao presente PO, um total de
540 espécies da fauna (Tabela 46). O elenco do total das espécies pode ser consultado na Tabela 48.
Tabela 46 – Número de espécies de cada grupo taxonómico referenciadas para a APPSA.
Invertebrados
Vertebrados
Grupo Taxonómico
Macroinvertebrados aquáticos
Colêmbolos
Lepidópteros
Coleópteros
Anfíbios
Répteis
Aves
Mamíferos
Número de Espécies
120
61
241
1
7
11
64
35
Total
Número Total de Espécies
423
117
540
Valoração das Espécies da Fauna
A valoração das espécies ocorrentes nos biótopos é feita através da atribuição, a cada uma das espécies
ocorrentes na AP, de um Valor Ecológico Específico (VEE), que se calcula considerando quatro estatutos
básicos de avaliação: (1) Estatuto de Conservação (EC), (2) Estatuto Biogeográfico (EBg), (3) Estatuto
Biológico (EB) e (4) Estatuto Regional (ER) (ICN, 2004). Consideraram-se, para a presente valoração,
apenas as espécies de lepidópteros, o coleóptero e as classes de vertebrados, por não haver informação
suficiente relativamente aos restantes grupos taxonómicos, que permitisse caracterizar todos os parâmetros
considerados.
1 – Estatuto de Conservação
O estatuto de conservação (EC) inclui variáveis que reflectem o grau de ameaça de cada espécie e a
responsabilidade política de Portugal em as conservar, como um dos Estados-membro da União Europeia
que assinou e se comprometeu a ratificar algumas convenções internacionais. Consideram-se, para este
estatuto, três parâmetros aplicáveis a todos os grupos faunísticos, sendo eles o Estatuto no Livro Vermelho
da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), a Directiva Aves/Directiva Habitats (DA/DH)
1ª Fase – Relatório de Caracterização
143
Plano de Ordenamento da APPSA
e a Convenção de Berna (Berna); além destes, aplica-se ainda ao grupo dos vertebrados o Estatuto no Livro
Vermelho dos Vertebrados de Portugal (LV).
O estatuto de conservação é determinado através da aplicação das seguintes equações:
ECinvertebrados = UICN + DH + Berna
ECvertebrados = LV + UICN + DH / DA + Berna
1.1 – Estatuto no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal
O Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal fornece um conjunto de informação indispensável, de âmbito
nacional, referente aos estatutos de conservação das espécies mencionadas. Os dados considerados neste
trabalho referem-se ao documento interno relativo à Revisão, ainda não publicado e da responsabilidade do
ICN, do referido Livro, incluindo as seguintes categorias:
10 – Em Perigo
8 – Vulnerável
6 – Quase Ameaçado
3 – Informação Insuficiente
0 – Pouco Preocupante
1.2 – Estatuto no Livro Vermelho da UICN
O Livro Vermelho da UICN garante uma apreciação mais vasta da situação da espécie em termos de
conservação, por considerar a sua condição a nível global. Foram utilizados as categorias disponíveis online, pela consulta do site oficial da organização www.iucnredlist.org:
10 – Em Perigo
8 – Vulnerável
6 – Quase Ameaçado
3 – Informação Insuficiente
0 – Pouco Preocupante
1.3 – Directiva Aves e Directiva Habitats
A Directiva Aves e a Directiva Habitats reflectem a importância das espécies, em termos de conservação, a
nível da Comunidade Europeia. Foram transpostas para o direito interno pelo Decreto-Lei n.º140/99, de 24 de
Abril, agora revogado pelo Decreto-Lei n.º49/2005, de 24 de Fevereiro, o qual se consultou para a
caracterização deste parâmetro.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
144
Plano de Ordenamento da APPSA
A Directiva Aves, Directiva 79/409/CEE, do Conselho das Comunidades Europeias, de 2 de Abril, relativa à
conservação das aves selvagens, é aplicável apenas a este grupo faunístico, contemplado nos Anexos A-I,
A-II e A-III do Decreto-Lei n.º49/2005, de 24 de Fevereiro e inclui as seguintes categorias:
10 – Espécies prioritárias incluídas no Anexo A-I (espécies prioritárias de aves de interesse comunitário
cuja conservação requer a designação de zonas de protecção especial)
8 – Espécies incluídas no Anexo A-I (espécies de aves de interesse comunitário cuja conservação requer
a designação de zonas de protecção especial)
0 – Espécies não incluídas no Anexo
A Directiva Habitats, Directiva 92/43/CEE, do Conselho das Comunidades Europeias, de 21 de Maio, relativa
à preservação dos habitats naturais, da fauna e da flora selvagens, é aplicável aos restantes grupos
faunísticos, incluídos nos Anexos B-II, B-IV e B-V do Decreto-Lei n.º49/2005, de 24 de Fevereiro e inclui as
seguintes categorias:
10 – Espécies prioritárias incluídas no Anexo B-II (espécies prioritárias de interesse comunitário cuja
conservação exige a designação de zonas especiais de conservação)
8 – Espécies incluídas no Anexo B-II (espécies de interesse comunitário cuja conservação exige a
designação de zonas especiais de conservação)
6 – Espécies incluídas no Anexo B-IV (espécies de interesse comunitário que exigem uma protecção
rigorosa)
0 – Espécies não incluídas nos Anexos B-II e B-IV
1.4 – Convenção de Berna
Apesar da baixa discriminação das espécies facultada pela Convenção de Berna, este documento pode
funcionar como filtro, não distinguindo as espécies de extrema importância, mas estabelecendo uma
gradação em relação às menos importantes. Consultou-se o documento referente a esta Convenção, o
Decreto-Lei n.º316/89, de 22 de Setembro, e as respectivas alterações aos seus anexos, sendo o Anexo II
relativo a espécies da fauna estritamente protegidas e o Anexo III relativo a espécies da fauna protegidas,
estabelecendo as seguintes categorias:
5 – Espécie incluídas no Anexo II
2 – Espécie incluídas no Anexo III
0 – Espécies não incluídas na Convenção
2 – Estatuto Biogeográfico
A biogeografia caracteriza a relevância das populações em função da sua representatividade nacional e
internacional, bem como do seu grau de endemismo. Consideraram-se no estatuto biogeográfico (EBg) dois
1ª Fase – Relatório de Caracterização
145
Plano de Ordenamento da APPSA
parâmetros, a Distribuição Global (DG) e a Distribuição em Portugal (DP), que se combinam da seguinte
forma:
EBg = DG + DP
Para a determinação destas variáveis, foi consultada a bibliografia disponível relativa a cada grupo faunístico
(Merzheevskaya, s.d.; Herbulot, 1948; Bustillo, Varela, Garcia, 1979; Rougeot, Viette, 1980; Corbet,
Ovenden, 1982; Whalley, 1982; Harde, Severa, 1984; Novak, Severa, 1984; Reichholf-Riehm, 1984;
Carvalho, Montalvão, Carvalho, 1985; Bruun, Delin, Svensson, 1986; Friedrich, 1986; Cárter, Hargreaves,
1987; Schilling, Singer, Diller, 1987; Chinery, 1988; Cárter, 1993; Mathias, 1999; Redondo, Gastón, 1999;
Almeida et al., 2001; Maravalhas et al., 2003; Mullarney et al., 2003), e também informação disponível na
Internet (Guyonnet, Lévesque, 2000; Sousa, 2002; Rowlings, 2003/2005; Savela, 2004; Calle, Gómez, 2005;
Kimber, 2005; Mazzei, Reggianti, Pimpinelli, 2005).
2.1 – Distribuição Global
O parâmetro Distribuição Global caracteriza a área de distribuição da espécie a nível global, atribuindo maior
importância às espécies de distribuição mais restrita, por serem mais sensíveis a alterações ecológicas que
possam conduzir, por exemplo, à redução das suas áreas de ocorrência e consequente extinção. Uma
espécie com uma distribuição ampla terá, naturalmente, mais capacidade de sobrevivência aquando da
redução da sua área de distribuição, do que uma espécie que encontra já o seu biótopo bastante circunscrito
a uma determinada região. Em relação à DG consideraram-se as seguintes categorias:
10 – Península Ibérica e áreas adjacentes do Sul de França
8 – Península Ibérica e áreas adjacentes do Sul de França + ocorrência fora da Europa
6 – Distribuição restrita na Europa (<30%)
4 – Distribuição restrita na Europa (<30%) + ocorrência fora da Europa
1 – Distribuição apenas na Europa, mas alargada
0 – Distribuição alargada na Europa e fora dela
2.2 – Distribuição em Portugal
A distribuição ao nível de Portugal permite diferenciar as espécies consoante a sua situação no país,
valorizando, à semelhança da distribuição global, as espécies de distribuição mais localizada. Consideraramse as seguintes categorias de distribuição:
10 – Localizada
6 – Menos de 1/3 do País
3 – 1/3 a 2/3 do País
0 – Mais de 2/3 do País
1ª Fase – Relatório de Caracterização
146
Plano de Ordenamento da APPSA
3 – Estatuto Biológico
Algumas características biológicas próprias de cada espécie podem resultar numa maior ou menor
sensibilidade às alterações induzidas nos ecossistemas. Assim, os parâmetros considerados no estatuto
biológico (EB) pretendem reflectir, em conjunto, a sensibilidade biológica de cada espécie, de modo a
evidenciar as que são mais exigentes em termos ecológicos. Este estatuto inclui cinco parâmetros: a
Concentração da População (C), a Reprodução (R), a Migração (M), a Especialização Alimentar (A) e a
Especialização em termos de Habitat (H), obtendo-se o seu valor através da equação seguinte:
EB = C + R + M + A + H
Considerou-se, para a determinação das variáveis, a bibliografia disponível sobre as espécies
(Merzheevskaya, s.d.; Herbulot, 1948; Bustillo, Varela, Garcia, 1979; Rougeot, Viette, 1980; Corbet,
Ovenden, 1982; Whalley, 1982; Harde, Severa, 1984; Novak, Severa, 1984; Reichholf-Riehm, 1984;
Carvalho, Montalvão, Carvalho, 1985; Bruun, Delin, Svensson, 1986; Friedrich, 1986; Cárter, Hargreaves,
1987; Schilling, Singer, Diller, 1987; Chinery, 1988; Cárter, 1993; Mathias, 1999; Redondo, Gastón, 1999;
Almeida et al., 2001; Maravalhas et al., 2003; Mullarney et al., 2003), bem como, sempre que possível,
informação específica para a situação da APPSA, apresentada nos diversos estudos aí realizados (Silva et
al., 1985; Pires, 1990; Lourenço, 2000; Rosa, 2004; Tenreiro et al., 2002) e ainda informação disponibilizada
na Internet (Guyonnet, Lévesque, 2000; Sousa, 2002; Rowlings, 2003/2005; Savela, 2004; Calle, Gómez,
2005; Kimber, 2005; Mazzei, Reggianti, Pimpinelli, 2005).
3.1 – Concentração da População
Existem espécies cujas populações se concentram em determinada fase do seu ciclo de vida, por exemplo
em colónias de reprodução, dormitórios e frentes de migração. A classificação relativa ao parâmetro
concentração da população visa valorizar as espécies que apresentam qualquer forma de concentração da
população, partindo do princípio que são mais vulneráveis nesse período do que as espécies que não têm
tendência para se concentrar:
10 – Concentra-se no biótopo em causa, sendo uma espécie que se concentra em poucos sítios
5 – Concentra-se no biótopo em causa, sendo uma espécie que se concentra em pequeno número, em
muitos sítios
0 – Não se concentra no biótopo em causa
3.2 – Reprodução
O período de reprodução e, principalmente, o período do ciclo de vida correspondente à fase juvenil é, em
geral, a fase mais vulnerável do ciclo de vida dos indivíduos, pelo que a classificação relativa ao parâmetro
reprodução favorece os biótopos em que é provável ou está confirmada a reprodução da espécie:
10 – Reprodução confirmada no biótopo em causa
1ª Fase – Relatório de Caracterização
147
Plano de Ordenamento da APPSA
8 – Reprodução provável, não confirmada no biótopo em causa
6 – Reprodução possível, não confirmada no biótopo em causa
0 – A espécie não utiliza o biótopo em causa para reprodução
3.3 – Migração
A classificação relativa ao parâmetro migração reflecte a maior vulnerabilidade das espécies migradoras:
5 – Espécie migradora
0 – Espécie não migradora
3.4 – Especializações Ecológicas
As especializações ecológicas de algumas espécies podem aumentar o seu grau de vulnerabilidade, visto
que a especialização diminui a sua capacidade para se adaptarem a pequenas alterações no seu ambiente,
o que poderá originar a sua extinção. Uma espécie que depende apenas de um ou dois tipos de alimento vê
a sua sobrevivência mais ameaçada se determinada alteração provocar uma redução do alimento disponível.
Do mesmo modo, uma espécie que depende de um único tipo de habitat, e se este for destruído, verá a sua
continuidade mais ameaçada do que uma espécie adaptada a vários tipos de biótopos. Consideram-se, neste
trabalho, dois tipos de especialização: Especialização Alimentar e Especialização em termos de Habitat.
Para a Especialização Alimentar utilizou-se a seguinte classificação:
5 – Espécie com dieta muito especializada
3 – Nível intermédio
0 – Espécie com dieta generalista
Para a Especialização em termos de Habitat utilizou-se a seguinte classificação:
10 – Espécie muito especializada, dependente de biótopos pouco abundantes
5 – Espécie com uma situação intermédia
0 – Espécie de maior plasticidade, dependente de biótopos abundantes
4 – Estatuto Regional
O estatuto regional (ER) pretende hierarquizar as espécies em função do seu interesse para a região, factor
não considerado pelos restantes estatutos adoptados. Para a determinação deste estatuto são tidos em
conta factores como o grau de raridade da espécie na área protegida, espécies características dessa área e
que poderão ser exemplos da fauna emblemática da região, espécies que sofram localmente ameaças
específicas à sua preservação, entre outros. Para a atribuição desta classificação consultaram-se os já
referidos estudos realizados na APPSA, bem como os técnicos com conhecimentos sobre a situação actual
da área, obtendo-se a seguinte classificação:
10 – A espécie tem elevado interesse regional
5 – A espécie tem interesse regional médio
0 – A espécie não está presente na listagem de interesse regional
1ª Fase – Relatório de Caracterização
148
Plano de Ordenamento da APPSA
5 – Valor Ecológico Específico
O Valor Ecológico Específico (VEE) foi determinado pela combinação dos diferentes estatutos calculados
para cada espécie. De modo a maximizar a hierarquização do valor de cada espécie presente na área
protegida, atribuiu-se um factor de ponderação a cada estatuto, dando um peso mais elevado no cálculo final
do VEE aos estatutos considerados mais determinantes (Figura 22).
Foi atribuído ao EC o peso mais elevado (35%), uma vez que tem já em conta a situação das espécies do
ponto de vista da sua raridade e vulnerabilidade e da sua importância para a conservação, definindo uma
hierarquização básica das espécies. O EBg, tem o segundo peso mais elevado (30%), por também contribuir
decididamente para a relativização da importância das espécies. Atribuiu-se ao EB um peso relativo mais
baixo (20%) pela dificuldade e/ou subjectividade associada à caracterização de alguns dos seus parâmetros,
como por exemplo as especializações ecológicas. Finalmente, com o peso mais baixo (15%), encontra-se o
ER, por ser um estatuto de difícil caracterização e muitas vezes associado a uma grande subjectividade.
Peso Relativo de Cada Estatuto
ER
15%
EC
35%
EB
20%
EBg
30%
Figura 22 – Peso relativo de cada estatuto, utilizado no cálculo do VEE (EB – Estatuto Biológico; EBg – Estatuto
Biogeográfico; EC – Estatuto de Conservação; ER – Estatuto Regional).
Os factores de ponderação pretendem assegurar que a contribuição de cada estatuto está sempre de acordo
com os pesos relativos atribuídos, independentemente do número de parâmetros utilizados no seu cálculo, o
que resulta em valores diferentes para cada constante, dependendo do grupo taxonómico em causa (Tabela
47).
Tabela 47 – Factores de ponderação utilizados no cálculo do Valor Ecológico Específico.
Grupo Taxonómico
Invertebrados
Vertebrados
k1 (EC)
1,33
1,05
k2 (EBg)
1,43
1,57
k3 (EB)
0,47
0,52
k4 (ER)
1,42
1,58
Para o grupo dos invertebrados, o EC foi determinado recorrendo a um número diferente de parâmetros, uma
vez que não faz sentido caracterizá-lo segundo o LV. Tornou-se, pois, necessário determinar factores de
1ª Fase – Relatório de Caracterização
149
Plano de Ordenamento da APPSA
ponderação diferentes para o grupo dos invertebrados, de forma a compensar esse efeito. O VEE de cada
espécie do grupo dos invertebrados será então determinado pela seguinte expressão:
VEE = 1,33 ⋅ EC + 1,43 ⋅ EBg + 0,47 ⋅ EB + 1,42 ⋅ ER
e o do grupo dos vertebrados pela expressão:
VEE = 1,05 ⋅ EC + 1,57 ⋅ EBg + 0,52 ⋅ EB + 1,58 ⋅ ER
A caracterização dos vários parâmetros considerados, bem como a determinação do VEE de cada uma das
espécies encontram-se na Tabela 48, apresentada a seguir.
Tabela 48 – Caracterização de cada espécie quanto aos diferentes estatutos considerados, Estatuto de Conservação
(EC), Estatuto Biogeográfico (EBg), Estatuto Biológico (EB) e Estatuto Regional (ER), determinação do Valor Ecológico
Específico (VEE) e os biótopos em que cada espécie ocorre.
Legenda: UICN – Livro Vermelho da UICN; DH/DA – Directiva Habitats/Directiva Aves; Berna – Convenção de Berna;
DG – Distribuição Global; DP – Distribuição em Portugal; C – Concentração; R – Reprodução; M – Migração; A –
Especialização Alimentar; H – Especialização em Termos de Habitat; FF – Biótopo “Floresta de Folhosas”; P – Biótopo
“Pinhal”; O – Biótopo “Olival”; MA – Biótopo “Matos Altos”; MB – Biótopo “Matos Baixos”; FR – Biótopo “Formações
Ripícolas e Sistemas Aquáticos Artificiais”; AA – Biótopo “Área Agrícola”; AEa – Biótopo “Aglomerados e Estruturas
Artificiais Dispersas”.
INVERTEBRADOS
Espécie
Biótopo(s) de
ocorrência
UICN
DH
Berna
EC
DG
DP
EBg
C
R
M
A
H
EB
ER
VEE
0
8
2
10
0
3
3
0
6
0
3
10
19
0
26,52
FF, FR
0
0
0
0
6
0
6
0
8
0
5
5
18
0
17,04
FF, P,
Coleópteros
Lucanidae
Lucanus cervus
(Linnaeus)
Lepidópteros
Limacodidae
Hoyosia codeti (Oberthϋr)
Cossidae
Cossus cossus (Linnaeus)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
0
5
13
0
6,11
FF, FR, AA
Zeuzera pyrina (Linnaeus)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
0
5
13
0
6,11
FF, FR, AA
Lasiocampa quercus
(Linnaeus)
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
0
0
8
0
8,05
Pachygastria trifolii (Denis
& Schiffermϋller)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
0
11
0
5,17
8
0
0
8
0
3
3
0
8
0
3
10
21
0
24,80
Agrius convolvuli (Hϋbner)
0
0
0
0
0
0
0
10
8
5
3
0
26
0
12,22
Mimas tiliae (Linnaeus)
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
0
5
13
0
10,40
Laothoe populi (Linnaeus)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
5
16
0
7,52
Hyles lineata livornica
(Esper)
0
0
0
0
0
3
3
10
8
5
0
0
23
0
15,10
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
0
0
8
0
3,76
Lycaena phlaeas
(Linnaeus)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
5
0
13
0
6,11
Callophrys rubi (Linnaeus)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
0
0
8
0
3,76
Lasiocampidae
Phyllodesma ilicifolia
(Hϋbner)
Sphingidae
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, FR
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, FR, AA
FF, FR, AA
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
Hesperiidae
Thymelicus flavus
(Brϋnnich)
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
Lycaenidae
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
1ª Fase – Relatório de Caracterização
150
Plano de Ordenamento da APPSA
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
Syntarucus pirithous
Linnaeus)
0
0
0
0
4
0
4
0
8
0
0
0
8
0
9,48
Aricia agestis (Denis &
Schiffermϋller)
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
3
0
11
0
9,46
Nymphalidae
Libythea celtis
(Laicharting)
Nymphalis antiopa
(Linnaeus)
0
0
0
0
4
6
10
0
8
0
5
10
23
0
25,11
FF
0
0
0
0
0
6
6
0
8
0
3
10
21
0
18,45
FF, FR
Inachis io (Linnaeus)
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
5
5
18
0
12,75
0
0
0
0
0
0
0
10
8
5
5
5
33
0
15,51
0
0
0
0
0
0
0
10
8
5
3
5
31
0
14,57
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
3
5
16
0
11,81
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
5
0
13
0
10,40
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
5
10
23
0
10,81
FF
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
5
10
23
0
10,81
FF
Issoria lathonia
(Linnaeus)
0
0
0
0
0
3
3
10
8
5
5
0
28
0
17,45
Mellicta athalia
(Rottemburg)
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
3
0
11
0
9,46
0
8
5
13
0
0
0
0
8
0
0
0
8
0
21,05
0
0
0
0
6
3
9
0
8
0
5
10
23
0
23,68
Hipparchia alcyone (Denis
& Schiffermϋller)
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
3
0
11
0
9,46
Hipparchia semele
(Linnaeus)
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
3
0
11
0
9,46
Hipparchia statilinus
(Hufnagel)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
0
11
0
5,17
Melanargia lachesis
(Hϋbner)
0
0
0
0
10
0
10
0
8
0
3
0
11
0
19,47
Melanargia ines
(Hoffmannseg)
0
0
0
0
8
3
11
0
8
0
3
0
11
0
20,9
Maniola jurtina (Linnaeus)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
0
11
0
5,17
Pyronia tithonus
(Linnaeus)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
0
11
0
5,17
Pyronia bathseba
(Fabricius)
0
0
0
0
8
0
8
0
8
0
3
0
11
0
16,61
Pyronia cecilia (Vallantin)
0
0
0
0
4
0
4
0
8
0
3
0
11
0
10,89
Coenonympha pamphilus
(Linnaeus)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
0
11
0
5,17
Coenonympha dorus
(Esper)
0
0
0
0
6
0
6
0
8
0
3
0
11
0
13,75
Coenonympha arcania
(Linnaeus)
0
0
0
0
0
6
6
0
8
0
3
0
11
0
13,75
Pararge aegeria
(Linnaeus)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
0
11
0
5,17
0
0
0
0
0
0
0
10
8
5
3
0
26
0
12,22
Vanessa atalanta
(Linnaeus)
Vanessa cardui
(Linnaeus)
Polygonia c-album
(Linnaeus)
Argynnis paphia
(Linnaeus)
Pandoriana pandora
(Denis & Schiffermϋller)
Fabriciana adippe (Denis
& Schiffermϋller)
Eurodryas aurinia
(Rottemburg)
Limenitis reducta
(Staudinger)
Satyridae
FF, O, FR, AA,
AEa
FF, O, FR, AA,
AEa
FF, O, FR, AA,
AEa
FF, O, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, FR
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
Pieridae
Pieris brassicae
(Linnaeus)
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
1ª Fase – Relatório de Caracterização
151
Plano de Ordenamento da APPSA
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
Artogeia napi (Linnaeus)
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
3
0
11
0
9,46
Artogeia rapae (Linnaeus)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
0
11
0
5,17
Pontia daplidice
(Linnaeus)
0
0
0
0
0
0
0
10
8
5
3
0
26
0
12,22
Anthocaris cardamines
(Linnaeus)
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
3
0
11
0
9,46
0
0
0
0
0
0
0
10
8
5
3
0
26
0
12,22
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
5
10
23
0
15,10
FF, FR
0
0
0
0
1
3
4
0
8
0
3
5
16
0
13,24
FF, O, FR, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
5
16
0
7,52
FF, AA
Zygaena trifolii (Esper)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
5
5
18
0
8,46
FF, O, FR, AA
Drepanidae
Drepana uncinula
(Borkhausen)
Drepana curvatula
(Borkhausen)
0
0
0
0
4
0
4
0
8
0
5
10
23
0
16,53
FF
0
0
0
0
0
0
0
10
8
5
3
10
36
0
16,92
FF, FR
Cilix glaucata (Scopoli)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
0
11
0
5,17
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
Cosmorhoe ocellata
(Linnaeus)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
5
0
13
0
6,11
Gymnoscelis rufifasciata
(Haworth)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
0
0
8
0
3,76
Chloroclystis v-ata
(Haworth)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
0
0
8
0
3,76
Perizoma didymata
(Linnaeus)
0
0
0
0
1
0
1
0
8
0
0
0
8
0
5,19
Epirrhoe rivata (Hϋbner)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
5
0
13
0
6,11
Camptogramma bilineata
(Linnaeus)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
0
0
8
0
3,76
Chesias legatella (Denis &
Schiffermϋller)
0
0
0
0
6
0
6
0
8
0
5
5
18
0
17,04
P, MA
Aplocera efformata
(Guenée)
0
0
0
0
4
0
4
0
8
0
5
0
13
0
11,83
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
Colias croceus (Geoffrey
en Fourcroy)
Gonopteryx rhamni
(Linnaeus)
Leptidia sinapis
(Linnaeus)
Papilionidae
Iphiclides podalarius
(Linnaeus)
Zygaenidae
Geometridae
Rhodometra sacraria
(Linnaeus)
Idaea ochrata (Scopoli)
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
0
0
0
0
0
0
0
10
8
5
5
5
33
0
15,51
FF, FR, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
5
5
18
0
8,46
Idaea moniliata (Denis &
Schiffermϋller)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
5
0
13
0
6,11
Idaea circuitaria (Hϋbner)
0
0
0
0
4
0
4
0
8
0
0
0
8
0
9,48
Idaea elongaria (Rambur)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
0
0
8
0
3,76
FF, FR, AA
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
5
5
18
0
8,46
Idaea subsericeata
(Haworth)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
0
11
0
5,17
Idaea contiguaria
(Hϋbner)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
0
11
0
5,17
Idaea aversata (Linnaeus)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
0
11
0
5,17
Idaea seriata (Schrank)
FF, FR, AA, AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
1ª Fase – Relatório de Caracterização
152
Plano de Ordenamento da APPSA
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
0
11
0
5,17
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
0
0
0
0
4
0
4
10
8
5
5
10
38
0
23,58
FF
0
0
0
0
4
0
4
0
8
0
5
10
23
0
16,53
FF, FR
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
0
10
18
0
8,46
AEa
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
0
0
8
0
3,76
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
0
0
0
0
4
0
4
0
8
0
3
5
16
0
13,24
FF, P, MA
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
5
10
23
0
10,81
FF, FR
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
10
21
0
9,87
FF, FR
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
5
0
13
0
6,11
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
10
21
0
9,87
FF, FR
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
5
5
18
0
8,46
P, MB
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
5
16
0
7,52
FF, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
10
21
0
9,87
FF, FR
0
0
0
0
1
0
1
0
8
0
0
5
13
0
7,54
FF, FR, AA
0
0
0
0
4
0
4
0
8
0
3
0
11
0
10,89
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
5
16
0
7,52
FF, FR, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
5
10
23
0
10,81
FF, FR,
Peribatodes rhomboidaria
(Denis & Schiffermϋller)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
0
11
0
5,17
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
Peribatodes umbraria
(Hϋbner)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
5
10
23
0
10,81
FF
Selidosema brunnearia
(Villers)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
0
11
0
5,17
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
0
11
0
5,17
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
0
5
13
0
6,11
FF, FR, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
0
5
13
0
6,11
P, MB
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
0
11
0
5,17
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
0
0
3
3
0
8
0
3
5
16
0
11,81
FF, FR, AA
Idaea degeneraria
(Hϋbner)
Cyclophora puppilaria
(Hϋbner)
Cyclophora punctaria
(Linnaeus)
Scopula marginepunctata
(Goeze)
Scopula imitaria (Hϋbner)
Rhodostrophia calabra
(Petagna)
Stegania trimaculata
(Villers)
Semiothisa notata
(Linnaeus)
Petrophora chlorosata
(Scopoli)
Plagodis dolabraria
(Linnaeus)
Pachycnemia
hippocastanaria (Hϋbner)
Opistograptis luteolata
(Linnaeus)
Ennomos erosaria (Denis
& Schiffermϋller)
Crocallis elinguaria
(Linnaeus)
Ourapteryx sambucaria
(Linnaeus)
Biston betularia
(Linnaeus)
Menophra abruptaria
(Thunberg)
Cleorodes lichenaria
(Hufnagel)
Serraca punctinalis
(Scopoli)
Ematurga atomaria
(Linnaeus)
Tephronia sepiaria
(Hufnagel)
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
Campaea margaritata
(Linnaeus)
Dyscia fagaria (Thunberg)
Pseudoterpna coronillaria
(Hϋbner)
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
10
21
0
9,87
MB
0
0
0
0
4
0
4
0
8
0
3
5
16
0
13,24
FF, P, MA
Hemithea aestivaria
(Hϋbner)
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
0
0
8
0
8,05
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
5
0
13
0
6,11
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
5
10
23
0
10,81
P
Thaumetopoea
herculeana (Rambur)
0
0
0
0
8
0
8
0
8
0
3
0
11
0
16,61
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
Notodontidae
Phalera bucephala
(Linnaeus)
Cerura iberica (Templado
et Ortiz)
0
0
0
0
0
3
3
10
8
5
0
5
28
0
17,45
FF, FR, AA
0
0
0
0
10
0
10
0
8
0
5
10
23
0
25,11
FF, FR
Thyatiridae
Thyatira batis (Linnaeus)
Thaumetopoeidae
Thaumetopoea
pityocampa (Denis &
Schiffermϋller)
1ª Fase – Relatório de Caracterização
153
Plano de Ordenamento da APPSA
Stauropus fagi (Linnaeus)
Drymonia querna
(Fabricius)
Harpyia milhauseri
(Fabricius)
Lymantridae
Porthetria dispar
(Linnaeus)
Lymantria monacha
(Linnaeus)
Ocneria rubea (Fabricius)
Euproctis chrysorrhoea
(Linnaeus)
Arctiidae
Apaidia mesogona
(Godart)
0
0
0
0
0
6
6
0
8
0
0
5
13
0
14,69
FF, FR, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
5
10
23
0
10,81
FF
0
0
0
0
0
6
6
0
8
0
3
10
21
0
18,45
FF, FR
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
0
5
13
0
6,11
FF, FR, AA
0
0
0
0
0
3
3
10
8
5
0
5
28
0
17,45
FF, P
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
10
21
0
9,87
FF, FR
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
0
5
13
0
6,11
FF, FR, AA
0
0
0
0
8
0
8
0
8
0
3
5
16
0
18,96
Paidia murina (Hϋbner)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
0
11
0
5,17
Milthochrista miniata
(Forster)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
0
11
0
5,17
Systropha sororcula
(Hufnagel)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
0
11
0
5,17
Eilema complana
(Linnaeus)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
0
11
0
5,17
Eilema caniola (Hϋbner)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
0
11
0
5,17
Eilema uniola (Rambur)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
0
11
0
5,17
Coscinia cribaria
(Linnaeus)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
0
0
8
0
3,76
Phragmatobia fuliginosa
(Linnaeus)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
0
0
8
0
3,76
Cymbalophora pudica
(Esper)
0
0
0
0
4
0
4
0
8
0
3
0
11
0
10,89
Spilarctia lubricepeda
(Linnaeus)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
0
0
8
0
3,76
Spilosoma lutea
(Hufnagel)
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
0
0
8
0
8,05
Arctia villica (Linnaeus)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
0
0
8
0
3,76
Euplagia quadripunctaria
(Poda)
0
10
0
10
0
0
0
10
8
5
0
0
23
0
24,11
Euxoa obelisca (Denis &
Schiffermϋller)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
0
0
8
0
3,76
Agrotis segetum (Denis &
Schiffermϋller)
0
0
0
0
0
0
0
10
8
5
0
0
23
0
10,81
Agrotis exclamationis
(Linnaeus)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
0
0
8
0
3,76
Agrotis trux (Hϋbner)
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
0
0
8
0
8,05
Agrotis ipsilon (Hufnagel)
0
0
0
0
0
0
0
10
8
5
0
0
23
0
10,81
Agrotis crassa (Hϋbner)
0
0
0
0
4
3
7
0
8
0
0
0
8
0
13,77
Ochropleura leucogaster
(Freyer)
0
0
0
0
0
0
0
10
8
5
5
5
33
0
15,51
Noctua pronuba
(Linnaeus)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
0
0
8
0
3,76
Noctua orbona (Hufnagel)
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
0
0
8
0
8,05
FF, MB
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
Noctuidae
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
P, MA, MB
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
1ª Fase – Relatório de Caracterização
154
Plano de Ordenamento da APPSA
Noctua comes (Hϋbner)
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
0
0
8
0
8,05
Noctua fimbriata
(Schreber)
0
0
0
0
0
6
6
0
8
0
0
0
8
0
12,34
Noctua janthina (Denis &
Schiffermϋller)
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
0
0
8
0
8,05
Noctua interjecta (Hϋbner)
0
0
0
0
0
6
6
0
8
0
0
0
8
0
12,34
Epilecta linogrisea (Denis
& Schiffermϋller)
0
0
0
0
0
6
6
0
8
0
0
0
8
0
12,34
Paradiarsia glareosa
(Esper)
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
0
0
8
0
8,05
Lycophotia porphyrea
(Denis & Schiffermϋller)
0
0
0
0
0
6
6
0
8
0
3
5
16
0
16,10
Peridroma saucia
(Hϋbner)
0
0
0
0
0
0
0
10
8
5
0
0
23
0
10,81
Diarsia guadarramensis
(Boursin)
0
0
0
0
4
0
4
0
8
0
5
0
13
0
11,83
Xestia c-nigrum
(Linnaeus)
0
0
0
0
0
0
0
10
8
5
3
0
26
0
12,22
Xestia baja (Denis &
Schiffermϋller)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
0
0
8
0
3,76
Xestia xantographa (Denis
& Schiffermϋller)
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
0
0
8
0
8,05
Xestia agathina
(Duponchel)
0
0
0
0
0
6
6
0
8
0
5
5
18
0
17,04
Heliothis armigera
(Hϋbner)
0
0
0
0
0
0
0
10
8
5
0
0
23
0
10,81
Axylia putris (Linnaeus)
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
0
0
8
0
8,05
Anarta myrtilli (Linnaeus)
0
0
0
0
1
0
1
0
8
0
5
5
18
0
9,89
Lacanobia w-latinum
(Hufnagel)
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
0
0
8
0
8,05
Lacanobia oleracea
(Linnaeus)
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
0
0
8
0
8,05
Hecatera cf bicolorata
(Hufnagel)
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
3
0
11
0
9,46
Hadena rivularis
(Fabricius)
0
0
0
0
0
6
6
0
8
0
3
0
11
0
13,75
Hadena confusa
(Hufnagel)
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
3
0
11
0
9,46
Mythimna ferrago
(Fabricius)
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
0
0
8
0
8,05
Mythimna albipuncta
(Denis & Schiffermϋller)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
0
11
0
5,17
Mythimna vitellina
(Hϋbner)
0
0
0
0
0
0
0
10
8
5
3
0
26
0
12,22
Mythimna l-album
(Linnaeus)
0
0
0
0
0
0
0
10
8
5
3
0
26
0
12,22
Mythimna sicula scirpi
(Duponchel)
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
3
0
11
0
9,46
Mythimna putrescens
(Hϋbner)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
0
11
0
5,17
Mythimna loreyi
(Duponchel)
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
3
0
11
0
9,46
Calophasia platyptera
(Esper)
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
5
0
13
0
10,40
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
P, MB
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
P, MB
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
P, MB
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
1ª Fase – Relatório de Caracterização
155
Plano de Ordenamento da APPSA
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
Leucochlaena oditis
(Hϋbner)
0
0
0
0
8
3
11
0
8
0
3
0
11
0
20,90
Aporophyla nigra
(Haworth)
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
0
0
8
0
8,05
Trigonophora flammea
(Esper)
0
0
0
0
4
6
10
0
8
0
3
0
11
0
19,47
Polymixis flavicincta
(Denis & Schiffermϋller)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
0
11
0
5,17
Polymixis dubia
(Duponchel)
0
0
0
0
8
6
14
0
8
0
0
0
8
0
23,78
Agrochola haematidea
(Duponchel)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
5
10
23
0
10,81
Agrochola lychnidis (Denis
& Schiffermϋller)
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
0
0
8
0
8,05
Omphaloscelis lunosa
(Haworth)
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
3
0
11
0
9,46
0
0
0
0
0
6
6
0
8
0
3
10
21
0
18,45
FF, FR
0
0
0
0
0
6
6
0
8
0
5
10
23
0
19,39
FF
0
0
0
0
0
6
6
0
8
0
0
5
13
0
14,69
FF, FR, AA
FF, FR, AA
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
Colocasia coryli
(Linnaeus)
Moma alpium (Osbeck)
Acronicta aceris
(Linnaeus)
Acronicta psi (Linnaeus)
MB
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
0
5
13
0
10,40
Acronicta euphorbiae
(Denis & Schiffermϋller)
0
0
0
0
0
6
6
0
8
0
3
0
11
0
13,75
Acronicta rumicis
(Linnaeus)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
0
0
8
0
3,76
Cryphia ravula (Hϋbner)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
0
11
0
5,17
Cryphia ereptricula
(Treitschke)
0
0
0
0
0
6
6
0
8
0
3
0
11
0
13,75
Cryphia muralis (Forster)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
0
11
0
5,17
5
13
0
14,69
FF, FR, AA
Amphipyra pyramidea
(Linnaeus)
Mormo maura (Linnaeus)
Polyphaenis sericata
(Esper)
0
0
0
0
0
6
6
0
8
0
0
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
3
5
16
0
11,81
FF, FR, AA
0
0
0
0
0
6
6
0
8
0
5
10
23
0
19,39
FF, FR
Euplexia lucipara
(Linnaeus)
0
0
0
0
0
6
6
0
8
0
0
0
8
0
12,34
Phlogophora meticulosa
(Linnaeus)
0
0
0
0
0
3
3
10
8
5
0
0
23
0
15,10
Callopristia juventina
(Stoll)
0
0
0
0
0
6
6
0
8
0
5
0
13
0
14,69
Actinotia hyperici (Denis &
Schiffermϋller)
0
0
0
0
0
6
6
0
8
0
5
0
13
0
14,69
Mesoligia furuncula (Denis
& Schiffermϋller)
0
0
0
0
0
6
6
0
8
0
3
0
11
0
13,75
Mesapamea secalis
(Linnaeus)
0
0
0
0
0
6
6
0
8
0
3
0
11
0
13,75
Luperina testacea (Denis
& Schiffermϋller)
0
0
0
0
0
6
6
0
8
0
3
0
11
0
13,75
Sesamia nonagrioides
(Lefebvre)
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
5
10
23
0
15,10
Hoplodrina alsines
(Braham)
0
0
0
0
0
6
6
0
8
0
0
0
8
0
12,34
Hoplodrina ambigua
(Denis & Schiffermϋller)
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
0
0
8
0
8,05
Stilbia cf anomala
(Haworth)
0
0
0
0
0
6
6
0
8
0
3
0
11
0
13,75
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
AA
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
1ª Fase – Relatório de Caracterização
156
Plano de Ordenamento da APPSA
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
3
0
11
0
9,46
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
0
0
0
0
0
6
6
0
8
0
5
10
23
0
19,39
FR
0
0
0
0
0
6
6
0
8
0
5
10
23
0
19,39
FF, FR
0
0
0
0
0
6
6
0
8
0
5
5
18
0
17,04
Macdunnoughia confusa
(Stephens)
0
0
0
0
4
3
7
10
8
5
3
0
26
0
22,23
Autographa gamma
(Linnaeus)
0
0
0
0
0
0
0
10
8
5
0
0
23
0
10,81
Elaphria venustula
(Hϋbner)
Earias cf vernana
(Hϋbner)
Earias cf clorana
(Linnaeus)
Diachrysia chrysitis
(Linnaeus)
Catocala conjuncta
(Esper)
Catocala elocata (Esper)
FF, O, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
0
0
0
0
4
3
7
0
8
0
5
10
23
0
20,82
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
5
10
23
0
15,10
FF
FF, FR
Catocala optata (Godart)
Catocala cf nymphagoga
(Esper)
0
0
0
0
4
6
10
0
8
0
5
10
23
0
25,11
FF, FR
0
0
0
0
0
3
3
0
8
0
5
10
23
0
15,10
FF
Ophiusa tirhaca (Cramer)
0
0
0
0
4
6
10
10
8
5
3
5
31
0
28,87
Dysgonia algira
(Linnaeus)
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
3
0
11
0
5,17
Phytometra viridaria
(Clerck)
0
0
0
0
0
6
6
0
8
0
5
5
18
0
17,04
FF, P, MA, MB
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
FF, P, O, MA,
MB, AA
VERTEBRADOS
LV
UICN
DH/
DA
Berna
EC
DG
DP
EBg
C
R
M
A
H
EB
ER
VEE
Biótopo(s) de
ocorrência
8
6
8
5
27
10
3
13
5
10
0
3
10
28
0
63,32
FR
0
0
0
2
2
0
0
0
0
0
0
0
5
5
0
4,70
FF, AA
0
0
0
2
2
0
0
0
5
10
0
0
5
20
0
12,50
FR
Triturus boscai (Lataste)
(Tritão-de-ventre-laranja)
0
6
0
2
8
10
0
10
0
0
0
3
5
8
0
28,26
FF, O, AA
0
6
0
2
8
10
0
10
10
10
0
3
5
28
0
38,66
FR
Triturus marmoratus
(Latreille)
(Tritão-marmoreado)
Discoglossidae
Alytes obstetricans
(Laurenti)
(Sapo-parteiro)
Bufonidae
0
0
6
2
8
10
0
10
0
0
0
0
5
5
0
26,70
FF, AA, AEa
0
0
6
2
8
10
0
10
10
10
0
0
5
25
0
37,10
FR
0
0
6
5
11
4
3
7
0
0
0
3
5
8
0
26,70
FF, O, AU, AA
0
0
6
5
11
4
3
7
5
10
0
3
5
23
0
34,50
FR
Bufo bufo (Linnaeus)
(Sapo)
0
0
0
2
2
0
0
0
0
0
0
3
5
8
0
6,26
FF, O, AA, AEa
0
0
0
2
2
0
0
0
5
10
0
3
5
23
0
14,06
FR
0
6
6
5
17
10
3
13
0
10
0
3
10
23
0
50,22
FR
0
0
0
2
2
4
3
7
0
6
0
3
0
9
0
17,77
FF, P, O, MB,
AA, AEa
0
6
8
5
19
10
3
13
0
8
0
3
5
16
0
48,68
FF, FR, AA
0
0
0
5
5
6
0
6
0
8
0
0
0
8
0
18,83
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
0
0
0
2
2
10
6
16
0
8
0
3
0
11
0
32,94
FF, P, O, MA,
MB, FR, AEa
0
0
0
2
2
8
0
8
0
8
0
0
0
8
0
18,82
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
Espécie
Anfíbios
Salamandridae
Chioglossa lusitanica
(Bocage)
(Salamandra-lusitânica)
Salamandra salamandra
(Linnaeus)
(Salamandra -de-pintasamarelas)
Ranidae
Rana iberica (Boulenger)
(Rã-ibérica)
Répteis
Gekkonidae
Tarentola mauritanica
(Linnaeus)
(Osga)
Lacertidae
Lacerta schreiberi
(Bedriaga)
(Lagarto-de-água)
Lacerta lepida (Daudin)
(Sardão)
Podarcis bocagei
(Seoane)
(Lagartixa-de-Bocage)
Psammodromus algirus
(Linnaeus)
(Lagartixa-do-mato)
1ª Fase – Relatório de Caracterização
157
Plano de Ordenamento da APPSA
Anguidae
Anguis fragilis (Linnaeus)
(Licranço)
Amphisbaenidae
Blanus cinereus
(Vandelli)
(Cobra-cega)
Colubridae
Malpolon
monspessulanus
(Hermann)
(Cobra-rateira)
Coronella girondica
(Daudin)
(Cobra-lisa-bordalesa)
Natrix natrix (Linnaeus)
(Cobra-de-água-decolar)
Viperidae
Vipera latastei (Boscá)
(Víbora-cornuda)
Aves
Accipitridae
Circus pygargus
(Linnaeus)
(Águia-caçadeira)
Buteo buteo (Linnaeus)
(Águia-de-asa-redonda)
Accipiter nisus
(Linnaeus)
(Gavião)
Accipiter gentilis
(Linnaeus)
(Açor)
Phasianidae
Alectoris rufa (Linnaeus)
(Perdiz)
Columbidae
Columba palumbus
(Linnaeus)
(Pombo-torcaz)
Streptopelia turtur
(Linnaeus)
(Rola-brava)
Cuculidae
Cuculus canorus
(Linnaeus)
(Cuco)
Strigidae
Strix aluco (Linnaeus)
(Coruja-do-mato)
Asio flammeus
(Pontoppidan)
(Coruja-do-nabal)
Athene noctua (Scopoli)
(Mocho-galego)
Apodidae
Apus apus (Linnaeus)
(Andorinhão-preto)
Alcedinidae
Alcedo athis (Linnaeus)
(Guarda-rios)
Picidae
Picus viridis (Linnaeus)
(Peto-real)
Dendrocopos major
(Linnaeus)
(Pica-pau-malhado)
Hirundinidae
Ptyonoprogne rupestris
(Scopoli)
(Andorinha-das-rochas)
Hirundo rustica
(Linnaeus)
(Andorinha-daschaminés)
0
0
0
2
2
1
3
4
0
8
0
0
5
13
0
15,14
FF, P, AA
0
0
0
2
2
10
3
13
0
8
0
3
5
16
0
30,83
P, O, AA
0
0
0
2
2
4
0
4
0
8
0
3
0
11
0
14,10
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA
0
0
0
2
2
4
3
7
0
8
0
3
5
16
0
21,41
P, MA, MB
0
0
0
2
2
0
0
0
0
8
0
0
5
13
0
8,86
FF, MA, FR, AA
8
0
0
5
13
8
3
11
0
8
0
0
5
13
0
37,68
P, O, MA, MB,
AA
10
0
8
5
23
0
0
0
5
0
5
0
5
15
0
31,95
MB
0
0
0
5
5
0
0
0
0
10
0
0
5
15
0
13,05
P, O
0
0
0
5
5
0
0
0
0
10
0
3
5
18
0
14,61
FF, P
0
0
0
5
5
0
0
0
0
0
0
3
5
8
0
9,41
O
8
0
0
5
13
0
3
3
0
10
5
0
5
20
0
28,76
FF, P
8
0
0
5
13
0
3
3
0
0
5
0
5
10
0
23,56
O
0
0
0
2
2
4
0
4
0
10
0
0
5
15
0
16,18
MA, MB, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
10
0
3
5
18
0
9,36
FF, P
0
0
0
2
2
0
0
0
0
10
5
3
5
23
0
14,06
FF, P, O
0
0
0
2
2
0
0
0
5
10
5
5
5
30
0
17,70
MA, AA
0
0
0
5
5
0
0
0
0
10
0
3
5
18
0
14,61
FF
0
0
0
5
5
0
0
0
0
8
0
3
5
16
0
13,57
P, O
8
0
8
5
21
0
0
0
5
0
5
5
10
25
0
35,05
AA
0
0
0
5
5
0
0
0
0
10
0
0
5
15
0
13,05
O, AA
0
0
0
2
2
0
0
0
5
10
5
3
5
28
0
16,66
AEa
0
0
0
2
2
0
0
0
5
8
5
3
5
26
0
15,62
MA, AA
0
0
8
5
13
0
0
0
0
0
0
5
10
15
0
21,45
FR
0
0
0
5
5
1
0
1
0
10
0
5
5
20
0
17,22
FF, P, O
0
0
0
5
5
0
0
0
0
10
0
0
5
15
0
13,05
FF, P, O
0
0
0
5
5
4
0
4
0
10
0
3
5
18
0
20,89
AEa
0
0
0
5
5
4
0
4
0
0
0
3
5
8
0
15,69
MA, AA
0
0
0
5
5
0
0
0
5
10
5
3
5
28
0
19,81
AEa
0
0
0
5
5
0
0
0
5
0
5
3
5
18
0
14,61
MA, AA
1ª Fase – Relatório de Caracterização
158
Plano de Ordenamento da APPSA
Delichon urbica
(Linnaeus)
(Andorinha-dos-beirais)
Motacillidae
Anthus pratensis
(Linnaeus)
(Petinha-dos-prados)
Anthus trivialis
(Linnaeus)
(Petinha-das-árvores)
Motacilla alba (Linnaeus)
(Alvéola-branca)
Motacilla cinerea
(Tunstall)
(Alvéola-cinzenta)
Troglodytidae
Troglodytes troglodytes
(Linnaeus)
(Carriça)
Cinclidae
Cinclus cinclus
(Linnaeus)
(Melro-d'água)
Prunellidae
Prunella modularis
(Linnaeus)
(Ferreirinha)
Turdidae
Erithacus rubecula
(Linnaeus)
(Pisco-de-peito-ruivo)
Luscinia megarhynchos
(C. L. Brehm)
(Rouxinol)
Phoenicurus ochruros (S.
G. Gmelin)
(Rabirruivo)
Saxicola torquata
(Linnaeus)
(Cartaxo-comum)
Turdus philomelos (C. L.
Brehm)
(Tordo-pinto)
Turdus iliacus (Linnaeus)
(Tordo-ruivo)
Turdus merula
(Linnaeus)
(Melro)
Sylviidae
Sylvia borin (Boddaert)
(Toutinegra-de-barrete)
Sylvia atricapilla
(Linnaeus)
(Toutinegra-de-barrete)
Sylvia melanocephala (J.
F. Gmelin)
(Toutinegra-dos-valados)
Sylvia undata (Boddaert)
(Toutinegra-do-mato)
Cettia cetti (Temminck)
(Rouxinol-bravo)
Phylloscopus trochilus
(Linnaeus)
(Rouxinol-bravo)
Phylloscopus collybita
(Vieillot)
(Felosinha)
Phylloscopus ibericus
(Ticehurst)
(Felosinha-ibérica)
Regulus ignicapillus
(Temminck)
(Estrelinha-real)
Muscicapidae
Muscicapa striata
(Pallas)
(Taralhão-cinzento)
Ficedula hypoleuca
(Pallas)
(Papa-moscas)
0
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FR
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FR
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FF, P, O
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11
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20,91
FF, P, O, AA
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0
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11
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6
6
5
0
5
3
5
18
0
30,33
FF, P, O, AA
1ª Fase – Relatório de Caracterização
159
Plano de Ordenamento da APPSA
Paridae
Parus major (Linnaeus)
(Chapim-real)
Parus ater (Linnaeus)
(Chapim-carvoeiro)
Parus caeruleus
(Linnaeus)
(Chapim-azul)
Parus cristatus
(Linnaeus)
(Chapim-de-poupa)
Aegithalidae
Aegithalos caudatus
(Linnaeus)
(Chapim-rabilongo)
Sittidae
Sitta europaea
(Linnaeus)
(Trepadeira-azul)
Certhiidae
Certhia brachydactyla (C.
L. Brehm)
(Trepadeira)
Corvidae
Garrulus glandarius
(Linnaeus)
(Gaio)
Corvus corone
(Linnaeus)
(Gralha-preta)
Sturnidae
Sturnus unicolor
(Temminck)
(Estorninho-preto)
Passeridae
Passer domesticus
(Linnaeus)
(Pardal)
Fringillidae
Fringilla coelebs
(Linnaeus)
(Tentilhão)
Fringilla montifringilla
(Linnaeus)
(Tentilhão-montês)
Carduelis carduelis
(Linnaeus)
(Pintassilgo)
Carduelis chloris
(Linnaeus)
(Verdilhão)
Carduelis spinus
(Linnaeus)
(Lugre)
Serinus serinus
(Linnaeus)
(Milheirinha)
Pyrrhula pyrrhula
(Linnaeus)
(Dom-fafe)
Emberizidae
Emberiza hortulana
(Linnaeus)
(Sombria)
Emberiza cirlus
(Linnaeus)
(Escrevedeira)
Emberiza cia (Linnaeus)
(Cia)
Mamíferos
Erinaceidae
Erinaceus europeus
(Linnaeus)
(Ouriço-cacheiro)
Soricidae
Sorex granarius (Miller)
(Musaranho-de-dentesvermelhos)
0
0
0
5
5
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17,76
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0
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0
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0
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FR, AA
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FF, O, AA
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0
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FF, P, O, AA
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FF, P, O, AA
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FF, P, O, AA
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10
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MB
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MA, MB
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10
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MA, AA
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0
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0
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FF, P, O, MA,
MB, FR, AA
AEa
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0
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10
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16
0
8
0
3
5
16
0
38,69
FF, FR, AA
1ª Fase – Relatório de Caracterização
160
Plano de Ordenamento da APPSA
Crocidura russula
(Hermann)
(Musaranho-de-dentesbrancos)
Talpidae
Talpa occidentalis
(Cabrera)
(Toupeira)
Rhinolophidae
Rhinolophus
hipposideros (Bechstein)
(Morcego-de-ferradurapequeno)
Vespertilionidae
Myotis emarginatus
(Geoffroy)
(Morcego-lanudo)
Myotis nattereri (Kuhl)
(Morcego-de-franja)
Myotis bechsteinii (Kuhl)
(Morcego-de-Bechstein)
Myotis daubentonii (Kuhl)
(Morcego-de-água)
Pipistrellus pipistrellus
(Schreber)
(Morcego-anão)
Pipistrellus kuhli (Kuhl)
(Morcego de kuhl)
Nyctalus leisleri (Kuhl)
(Morcego-arborícolapequeno)
Nyctalus
lasiopterus/noctula
(Schreber)
(Morcego-arborícola
gigante/grande)
Eptesicus serotinus
(Schreber)
(Morcego-hortelão)
0
0
0
2
2
0
0
0
0
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MB, AA, AEa
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AA
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FF, P, O, MA,
MB, FR, AA
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21
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0
0
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AEa
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24
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0
0
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FF, P, O, FR
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AEa
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FF, P, O, FR
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10
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AEa
10
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FF, P, O, FR
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0
0
3
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AA
FF, P, O, FR,
AEa
MB, AA
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0
6
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FF, P, FR
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AEa
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AEa
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AEa
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FF, P, O, FR
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MA, AA
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34,52
FF, P, O, FR,
AEa
0
0
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11
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0
0
0
0
0
3
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MA
0
0
6
5
11
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0
0
5
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0
3
5
19
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FF, P, FR
0
0
6
5
11
0
0
0
10
8
0
3
5
26
0
25,07
AEa
Barbastella barbastellus
(Schreber)
(Morcego-negro)
3
8
8
5
24
0
6
6
0
0
0
3
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3
0
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3
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8
5
24
0
6
6
5
8
0
3
0
16
0
42,94
Plecotus auritus
(Fischer)
(Morcego-orelhudocastanho)
Molossidae
Tadarida teniotis
(Rafinesque)
(Morcego-rabudo)
Leporidae
Lepus capensis
(Linnaeus)
(Lebre)
Oryctolagus cuniculus
(Linnaeus)
(Coelho-bravo)
Sciuridae
Sciurus vulgaris
(Linnaeus)
(Esquilo-vermelho)
Arviculidae
Microtus lusitanicus
(Gerbe)
(Rato-cego)
Microtus agrestis
(Linnaeus)
(Rato-do-campo-derabo-curto)
Muridae
Apodemus sylvaticus
(Linnaeus)
(Rato-do-campo)
3
0
6
5
14
0
3
3
0
0
0
3
5
8
0
23,57
MA, MB, AA
FF, P, O, FR,
AEa
AA
3
0
6
5
14
0
3
3
5
8
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3
5
21
0
30,33
FF, O, FR, AEa
3
0
6
5
14
4
3
7
0
0
0
3
5
8
0
29,85
FF, FR
3
0
6
5
14
4
3
7
5
8
0
3
5
21
0
36,61
AEa
0
0
0
2
2
0
0
0
0
8
0
0
5
13
0
8,86
FF, O, AA
6
0
0
0
6
0
0
0
5
8
0
0
0
13
0
13,06
P, O, MB, MA,
AA
0
0
0
2
2
0
6
6
0
8
0
0
5
13
0
18,28
FF, P, FR
0
0
0
2
2
0
6
6
0
0
0
0
5
5
0
14,12
O, AEa
0
0
0
0
0
10
3
13
0
8
0
0
5
13
0
27,17
FF, O, FR, AA
0
0
0
0
0
1
3
4
0
8
0
0
5
13
0
13,04
FF, FR, AA
0
0
0
0
0
1
0
1
0
8
0
0
0
8
0
5,73
FF, P, O, MA,
MB, AA
1ª Fase – Relatório de Caracterização
161
Plano de Ordenamento da APPSA
Rattus rattus (Linnaeus)
(Ratazana-negra)
Mus spretus (Lataste)
(Ratinho-ruívo/Rato-dashortas)
Mus musculus
(Linnaeus)
(Rato-caseiro)
Gliridae
Eliomys quercinus
(Linnaeus)
(Leirão ou rato-dospomares)
Canidae
Vulpes vulpes (Linnaeus)
(Raposa)
Mustelidae
Mustela nivalis
(Linnaeus)
(Doninha)
Mustela putorius
(Linnaeus)
(Toirão)
Martes foina (Erxleben)
(Fuinha)
Meles meles (Linnaeus)
(Texugo)
0
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
0
0
8
0
4,16
FF, P, O, MA,
MB, AA, AEa
0
0
0
0
0
8
0
8
0
8
0
0
0
8
0
16,72
FF, P, O, MA,
MB, AA
0
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
0
5
13
0
6,76
FR, AA, AEa
3
8
0
2
13
0
0
0
0
8
0
0
5
13
0
20,41
P, O, MA, MB,
AA, AEa
0
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
0
0
8
0
4,16
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA
0
0
0
2
2
0
0
0
0
8
0
3
0
11
0
7,82
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA
3
0
0
2
5
0
0
0
0
8
0
0
5
13
0
12,01
FF, P, O, FR,
AA
0
0
0
2
2
0
0
0
0
8
0
0
5
13
0
8,86
FF, P, O, MA,
FR, AEa
0
0
0
2
2
0
0
0
0
8
0
0
5
13
0
8,86
FF, O, FR, AA
0
0
0
2
2
8
0
8
0
8
0
0
0
8
0
18,82
FF, P, O, MA,
MB, FR, AA,
AEa
0
0
0
2
2
8
3
11
0
8
0
0
5
13
0
26,13
FF, P, O, MA,
FR
0
0
0
0
0
0
0
0
0
6
0
0
0
6
0
3,12
P, O, MA, MB,
AA
0
0
0
0
0
0
0
0
5
8
0
0
0
13
0
6,76
Viverridae
Genetta genetta
(Linnaeus)
(Geneta)
Herpestes ichneumon
(Linnaeus)
(Sacarrabos)
Suidae
Sus scrofa (Linnaeus)
(Javali)
FF, FR
Elaborou-se, para os dois grupos, invertebrados e vertebrados, uma lista das espécies com VEE’s mais
elevados, que serão designados na Valoração Faunística dos Biótopos (etapa B) por VEEa. Dada a
flexibilidade da definição do número de espécies a integrar esta lista, de acordo com o Caderno de Encargos,
que pode variar entre as 20 a 40 espécies da lista total de espécies ou as primeiras 5 a 10 espécies de cada
grupo faunístico com maior valor ecológico, definiram-se, para o presente trabalho, as 15 espécies de
invertebrados e as 20 espécies de vertebrados com valor ecológico mais elevado, adiante designadas
espécies prioritárias. Atendendo ao EB, o VEE final de uma determinada espécie pode ser diferente
consoante o biótopo em causa. Por exemplo, uma espécie pode ocorrer em dois biótopos mas reproduzir-se
apenas num. No caso em que a espécie apresenta mais do que um VEE, considerou-se, na elaboração das
duas listas de espécies, o VEE mais elevado que a espécie pode atingir, considerando-se os restantes VEE
para o cálculo efectivo do Valor Faunístico do Biótopo (VFB).
A referida lista das espécies com VEE mais elevado, encontra-se na Tabela 49.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
162
Plano de Ordenamento da APPSA
Tabela 49 – Lista de espécies prioritárias (espécies com maior VEE).
Invertebrados
Espécie
Ophiusa tirhaca
Lucanus cervus
Libythea celtis
Cerura iberica
Catocala optata
Phyllodesma ilicifolia
Euplagia quadripunctaria
Polymixis dubia
Limenitis reducta
Cyclophora pupilaria
Macdunnoughia confusa
Eurodryas aurinia
Melanargia ines
Leucochlaena oditis
Catocala conjuncta
Vertebrados
VEE máx.
28,87
26,52
25,11
25,11
25,11
24,80
24,11
23,78
23,68
23,58
22,23
21,05
20,90
20,90
20,82
Espécie
Chioglossa lusitanica
Myotis bechsteinii
Rana iberica
Lacerta schreiberi
Emberiza hortulana
Nyctalus leisleri
Myotis emarginatus
Barbastella barbastellus
Myotis nattereri
Sorex granarius
Triturus boscai
Vipera latastei
Triturus mamoratus
Tadarida teniotis
Cinclus cinclus
Myotis daubentonii
Asio flammeus
Nyctalus lasiopterus/noctula
Alytes obstetricans
Rinolophus hipposideros
(Salamandra-lusitânica)
(Morcego-de-Bechstein)
(Rã-ibérica)
(Lagarto-d’água)
(Sombria)
(Morcego-arborícola-pequeno)
(Morcego-lanudo)
(Morcego-negro)
(Morcego-de-franja)
(Musaranho-de-dentes-vermelhos)
(Tritão-de-ventre-laranja)
(Víbora-cornuda)
(Tritão-marmoreado)
(Morcego-rabudo)
(Melro-d’água)
(Morcego-de-água)
(Coruja-do-nabal)
(Morcego-arborícola-gigante/grande)
(Sapo-parteiro)
(Morcego-de-ferradura-pequeno)
VEE máx.
63,32
52,89
50,22
48,68
44,46
43,94
43,43
42,94
39,22
38,69
38,66
37,68
37,10
36,61
35,57
35,53
35,05
34,52
34,50
34,01
Verifica-se, na lista relativa aos vertebrados, que estão presentes espécies das quatro classes de
vertebrados, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Este facto sugere que os factores de ponderação utilizados,
no cálculo do VEE final, não estão a adulterar os resultados, favorecendo uns grupos em detrimento de
outros.
Etapa B
Definição dos Biótopos para a Fauna
A definição dos biótopos com importância para a fauna foi baseada na informação fornecida por vários
estudos faunísticos, anteriormente levados a cabo na APPSA (Silva et al., 1985; Pires, 1990; Lourenço, 2000;
Rosa, 2004; Tenreiro et al., 2002). Foi elaborada uma lista de todos os tipos de biótopos referidos em cada
um dos estudos dos diferentes grupos taxonómicos, estabelecendo-se depois uma relação entre eles e
agrupando os de estrutura semelhante. Por exemplo, o biótopo “Área Agrícola” resulta do conjunto de
biótopos: terrenos agrícolas, socalcos/terrenos agrícolas abandonados, margem dos terrenos agrícolas e
zonas degradadas pela agricultura, mencionados nos vários estudos realizados. Resultou, assim, uma lista
final de oito biótopos, a considerar na caracterização dos valores faunísticos (Vergílio, 2005): (1) “Floresta de
Folhosas” (FF), (2) “Pinhal” (P), (3) “Olival” (O), (4) “Matos Altos” (MA), (5) “Matos Baixos” (MB), (6)
“Formações Ripícolas e Sistemas Aquáticos Artificiais” (FR), (7) “Área Agrícola” (AA) e (8) “Aglomerados e
Estruturas Artificiais Dispersas” (AEa), que se encontram cartografados na carta [13] – biótopos.
Apesar da APPSA ser uma área protegida relativamente pequena, é bastante rica em habitats que poderiam
ser considerados na referida lista de biótopos, nomeadamente por existirem áreas com sobreposição de
1ª Fase – Relatório de Caracterização
163
Plano de Ordenamento da APPSA
várias comunidades de vegetação, em que não se distingue uma clara predominância de qualquer uma
delas. No entanto, a definição destas áreas mistas como um biótopo de povoamentos mistos traria
dificuldades aquando da distribuição das espécies pelos diferentes biótopos (procedimento necessário à
valoração faunística dos biótopos). Para além disso, a lista de biótopos tornar-se-ia demasiado extensa, à
custa, provavelmente, de manchas com pouca representatividade. Por exemplo, existem manchas
dominadas por pinhal, onde este coexiste com vários tipos de comunidades, como sejam folhosas em
regeneração, matos altos, matos baixos ou outros.
Valoração dos Biótopos para a Fauna
Para a valoração faunística dos biótopos (VFB), as espécies foram distribuídas pelos biótopos de ocorrência
(Tabela 50), recorrendo aos estudos referidos anteriormente (Silva et al., 1985; Pires, 1990; Lourenço, 2000;
Rosa, 2004; Tenreiro et al., 2002). Para os lepidópteros foi usada outra bibliografia (Merzheevskaya, s.d.;
Herbulot, 1948; Bustillo, Varela, Garcia, 1979; Rougeot, Viette, 1980; Whalley, 1982; Novak, Severa, 1984;
Reichholf-Riehm, 1984; Friedrich, 1986; Cárter, Hargreaves, 1987; Chinery, 1988; Cárter, 1993; Redondo,
Gastón, 1999; Maravalhas et al., 2003) e digital (Guyonnet, Lévesque, 2000; Rowlings, 2003/2005; Savela,
2004; Calle, Gómez, 2005; Kimber, 2005; Mazzei, Reggianti, Pimpinelli, 2005).
Tabela 50 – Lista de espécies e respectivo VEE, ocorrentes em cada um dos biótopos considerados para a valoração
da fauna.
BIÓTOPO “FLORESTA DE FOLHOSAS”
Espécies
Lepidópteros
1
Hoyosia codeti
2
Cossus cossus
3
Zeuzera pyrina
4
Lasiocampa quercus
5
Pachygastria trifolii
6
Phyllodesma ilicifolia*
7
Agrius convolvuli
8
Mimas tiliae
9
Laothoe populi
10
Hyles lineata livornica
11
Thymelicus flavus
12
Lycaena phlaeas
13
Callophrys rubi
14
Syntarucus pirithous
15
Aricia agestis
16
Libythea celtis*
17
Nymphalis antiopa
18
Inachis io
19
Vanessa atalanta
20
Vanessa cardui
21
Polygonia c-album
22
Argynnis paphia
23
Pandoriana pandora
24
Fabriciana adippe
25
Issoria lathonia
26
Mellicta athalia
27
Eurodryas aurinia*
28
Limenitis reducta*
VEE max.
17,04
6,11
6,11
8,05
5,17
24,80
12,22
10,40
7,52
15,10
3,76
6,11
3,76
9,48
9,46
25,11
18,45
12,75
15,51
14,57
11,81
10,40
10,81
10,81
17,45
9,46
21,05
23,68
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
Hipparchia alcyone
Hipparchia semele
Hipparchia statilinus
Melanargia lachesis
Melanargia ines*
Maniola jurtina
Pyronia tithonus
Pyronia bathseba
Pyronia cecilia
Coenonympha pamphilus
Coenonympha dorus
Coenonympha arcania
Pararge aegeria
Pieris brassicae
Artogeia napi
Artogeia rapae
Pontia daplidice
Anthocaris cardamines
Colias croceus
Gonopteryx rhamni
Leptidia sinapis
Iphiclides podalarius
Zygaena trifolii
Drepana uncinula
Drepana curvatula
Cilix glaucata
Cosmorhoe ocellata
Gymnoscelis rufifasciata
Chloroclystis v-ata
Perizoma didymata
Epirrhoe rivata
9,46
9,46
5,17
19,47
20,90
5,17
5,17
16,61
10,89
5,17
13,75
13,75
5,17
12,22
9,46
5,17
12,22
9,46
12,22
15,10
13,24
7,52
8,46
16,53
16,92
5,17
6,11
3,76
3,76
5,19
6,11
1ª Fase – Relatório de Caracterização
164
Plano de Ordenamento da APPSA
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
101
102
103
104
105
106
107
108
109
110
111
112
113
114
115
116
117
Camptogramma bilineata
Aplocera efformata
Rhodometra sacraria
Idaea ochrata
Idaea moniliata
Idaea circuitaria
Idaea elongaria
Idaea seriata
Idaea subsericeata
Idaea contiguaria
Idaea aversata
Idaea degeneraria
Cyclophora puppilaria*
Cyclophora punctaria
Scopula imitaria
Rhodostrophia calabra
Stegania trimaculata
Semiothisa notata
Petrophora chlorosata
Plagodis dolabraria
Opistograptis luteolata
Ennomos erosaria
Crocallis elinguaria
Ourapteryx sambucaria
Biston betularia
Menophra abruptaria
Peribatodes rhomboidaria
Peribatodes umbraria
Selidosema brunnearia
Cleorodes lichenaria
Serraca punctinalis
Tephronia sepiaria
Campaea margaritata
Pseudoterpna coronillaria
Hemithea aestivaria
Thyatira batis
Thaumetopoea herculeana
Phalera bucephala
Cerura iberica*
Stauropus fagi
Drymonia querna
Harpyia milhauseri
Porthetria dispar
Lymantria monacha
Ocneria rubea
Euproctis chrysorrhoea
Apaidia mesogona
Paidia murina
Milthochrista miniata
Systropha sororcula
Eilema complana
Eilema caniola
Eilema uniola
Coscinia cribaria
Phragmatobia fuliginosa
Cymbalophora pudica
Spilarctia lubricepeda
Spilosoma lutea
3,76
11,83
15,51
8,46
6,11
9,48
3,76
8,46
5,17
5,17
5,17
5,17
23,58
16,53
3,76
13,24
10,81
9,87
6,11
9,87
7,52
9,87
7,54
10,89
7,52
10,81
5,17
10,81
5,17
5,17
6,11
5,17
11,81
13,24
8,05
6,11
16,61
17,45
25,11
14,69
10,81
18,45
6,11
17,45
9,87
6,11
18,96
5,17
5,17
5,17
5,17
5,17
5,17
3,76
3,76
10,89
3,76
8,05
118
119
120
121
122
123
124
125
126
127
128
129
130
131
132
133
134
135
136
137
138
139
140
141
142
143
144
145
146
147
148
149
150
151
152
153
154
155
156
157
158
159
160
161
162
163
164
165
166
167
168
169
170
171
172
173
174
175
Arctia villica
Euplagia quadripunctaria*
Euxoa obelisca
Agrotis segetum
Agrotis exclamationis
Agrotis trux
Agrotis ipsilon
Agrotis crassa
Noctua pronuba
Noctua orbona
Noctua comes
Noctua fimbriata
Noctua janthina
Noctua interjecta
Epilecta linogrisea
Paradiarsia glareosa
Peridroma saucia
Diarsia guadarramensis
Xestia c-nigrum
Xestia baja
Xestia xantographa
Heliothis armigera
Axylia putris
Lacanobia w-latinum
Lacanobia oleracea
Hecatera cf bicolorata
Hadena rivularis
Hadena confusa
Mythimna ferrago
Mythimna albipuncta
Mythimna vitellina
Mythimna l-album
Mythimna sicula scirpi
Mythimna putrescens
Mythimna loreyi
Calophasia platyptera
Leucochlaena oditis*
Aporophyla nigra
Trigonophora flammea
Polymixis flavicincta
Polymixis dubia*
Agrochola lychnidis
Omphaloscelis lunosa
Colocasia coryli
Moma alpium
Acronicta aceris
Acronicta psi
Acronicta euphorbiae
Acronicta rumicis
Cryphia ravula
Cryphia ereptricula
Cryphia muralis
Amphipyra pyramidea
Mormo maura
Polyphaenis sericata
Euplexia lucipara
Phlogophora meticulosa
Callopristia juventina
3,76
24,11
3,76
10,81
3,76
8,05
10,81
13,77
3,76
8,05
8,05
12,34
8,05
12,34
12,34
8,05
10,81
11,83
12,22
3,76
8,05
10,81
8,05
8,05
8,05
9,46
13,75
9,46
8,05
5,17
12,22
12,22
9,46
5,17
9,46
10,40
20,90
8,05
19,47
5,17
23,78
8,05
9,46
18,45
19,39
14,69
10,40
13,75
3,76
5,17
13,75
5,17
14,69
11,81
19,39
12,34
15,10
14,69
1ª Fase – Relatório de Caracterização
165
Plano de Ordenamento da APPSA
176
177
178
179
180
181
182
183
184
185
186
187
188
189
190
191
192
193
194
1
1
2
3
4
5
1
2
3
4
5
6
7
8
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
Actinotia hyperici
Mesoligia furuncula
Mesapamea secalis
Luperina testacea
Hoplodrina alsines
Hoplodrina ambigua
Stilbia cf anomala
Elaphria venustula
Earias cf clorana
Diachrysia chrysitis
Macdunnoughia confusa*
Autographa gamma
Catocala conjuncta*
Catocala elocata
Catocala optata*
Catocala cf nymphagoga
Ophiusa tirhaca*
Dysgonia algira
Phytometra viridaria
Coleóptero
Lucanus cervus*
Anfíbios
Salamandra salamandra
Triturus boscai*
Triturus marmoratus*
Alytes obstetricans*
Bufo bufo
Répteis
Tarentola mauritanica
Lacerta schreiberi*
Lacerta lepida
Podarcis bocagei
Psammodromus algirus
Anguis fragilis
Malpolon monspessulanus
Natrix natrix
Aves
Accipiter nisus
Accipiter gentilis
Columba palumbus
Streptopelia turtur
Strix aluco
Picus viridis
Dendrocopos major
Anthus trivialis
Troglodytes troglodytes
Prunella modularis
Erithacus rubecula
Luscinia megarhynchos
Turdus philomelos
Turdus iliacus
Turdus merula
Sylvia borin
Sylvia atricapilla
Phylloscopus trochilus
Phylloscopus collybita
Regulus ignicapillus
Muscicapa striata
14,69
13,75
13,75
13,75
12,34
8,05
13,75
9,46
19,39
17,04
22,23
10,81
20,82
15,10
25,11
15,10
28,87
5,17
17,04
26,52
4,70
28,26
26,70
26,70
6,26
17,77
48,68
18,83
32,94
18,82
15,14
14,10
8,86
14,61
28,76
9,36
14,06
14,61
17,22
13,05
30,33
14,61
23,00
13,05
20,85
11,46
11,46
9,90
32,43
14,61
24,03
14,61
19,32
20,91
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
Ficedula hypoleuca
Parus major
Parus ater
Parus caeruleus
Parus cristatus
Aegithalos caudatus
Sitta europaea
Certhia brachydactyla
Garrulus glandarius
Corvus corone
Sturnus unicolor
Fringilla coelebs
Fringilla montifringilla
Carduelis carduelis
Carduelis chloris
Carduelis spinus
Serinus serinus
Pyrrhula pyrrhula
Mamíferos
Erinaceus europeus
Sorex granarius*
Crocidura russula
Talpa occidentalis
Rhinolophus hipposideros*
Myotis emarginatus*
Myotis nattereri*
Myotis bechsteinii*
Myotis daubentonii*
Pipistrellus pipistrellus
Pipistrellus kuhli
Nyctalus leisleri*
Nyctalus lasiopterus/noctula*
Eptesicus serotinus
Barbastella barbastellus*
Plecotus auritus
Tadarida teniotis*
Lepus capensis
Sciurus vulgaris
Microtus lusitanicus
Microtus agrestis
Apodemus sylvaticus
Rattus rattus
Mus spretus
Vulpes vulpes
Mustela nivalis
Mustela putorius
Martes foina
Meles meles
Genetta genetta
Herpestes ichneumon
Sus scrofa
BIÓTOPO “PINHAL”
Espécies
30,33
13,05
17,76
14,61
16,18
14,61
17,76
13,05
10,40
15,14
25,61
11,46
24,03
15,65
14,61
24,03
14,61
20,88
6,26
38,69
7,82
24,02
24,65
35,11
34,54
52,89
35,53
18,28
27,71
43,94
34,52
21,43
42,94
30,33
29,85
8,86
18,28
27,17
13,04
5,73
4,16
16,72
4,16
7,82
12,01
8,86
8,86
18,82
26,13
6,76
VEE max.
Lepidópteros
1
2
3
Hoyosia codeti
Lasiocampa quercus
Pachygastria trifolii
17,04
8,05
5,17
1ª Fase – Relatório de Caracterização
166
Plano de Ordenamento da APPSA
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
Agrius convolvuli
Hyles lineata livornica
Thymelicus flavus
Lycaena phlaeas
Callophrys rubi
Syntarucus pirithous
Aricia agestis
Argynnis paphia
Issoria lathonia
Mellicta athalia
Eurodryas aurinia*
Hipparchia alcyone
Hipparchia semele
Hipparchia statilinus
Melanargia lachesis
Melanargia ines*
Maniola jurtina
Pyronia tithonus
Pyronia bathseba
Pyronia cecilia
Coenonympha pamphilus
Coenonympha dorus
Coenonympha arcania
Pararge aegeria
Pieris brassicae
Artogeia napi
Artogeia rapae
Pontia daplidice
Anthocaris cardamines
Colias croceus
Cilix glaucata
Cosmorhoe ocellata
Gymnoscelis rufifasciata
Chloroclystis v-ata
Perizoma didymata
Epirrhoe rivata
Camptogramma bilineata
Chesias legatella
Aplocera efformata
Idaea moniliata
Idaea circuitaria
Idaea elongaria
Idaea subsericeata
Idaea contiguaria
Idaea aversata
Idaea degeneraria
Scopula imitaria
Rhodostrophia calabra
Petrophora chlorosata
Pachycnemia hippocastanaria
Ourapteryx sambucaria
Peribatodes rhomboidaria
Selidosema brunnearia
Cleorodes lichenaria
Ematurga atomaria
Tephronia sepiaria
Pseudoterpna coronillaria
Hemithea aestivaria
12,22
15,10
3,76
6,11
3,76
9,48
9,46
10,40
17,45
9,46
21,05
9,46
9,46
5,17
19,47
20,90
5,17
5,17
16,61
10,89
5,17
13,75
13,75
5,17
12,22
9,46
5,17
12,22
9,46
12,22
5,17
6,11
3,76
3,76
5,19
6,11
3,76
17,04
11,83
6,11
9,48
3,76
5,17
5,17
5,17
5,17
3,76
13,24
6,11
8,46
10,89
5,17
5,17
5,17
6,11
5,17
13,24
8,05
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
101
102
103
104
105
106
107
108
109
110
111
112
113
114
115
116
117
118
119
Thyatira batis
Thaumetopoea pityocampa
Thaumetopoea herculeana
Lymantria monacha
Paidia murina
Milthochrista miniata
Systropha sororcula
Eilema complana
Eilema caniola
Eilema uniola
Coscinia cribaria
Phragmatobia fuliginosa
Cymbalophora pudica
Spilarctia lubricepeda
Spilosoma lutea
Arctia villica
Euplagia quadripunctaria*
Euxoa obelisca
Agrotis segetum
Agrotis exclamationis
Agrotis trux
Agrotis ipsilon
Agrotis crassa
Ochropleura leucogaster
Noctua pronuba
Noctua orbona
Noctua comes
Noctua fimbriata
Noctua janthina
Noctua interjecta
Epilecta linogrisea
Paradiarsia glareosa
Lycophotia porphyrea
Peridroma saucia
Diarsia guadarramensis
Xestia c-nigrum
Xestia baja
Xestia xantographa
Xestia agathina
Heliothis armigera
Axylia putris
Anarta myrtilli
Lacanobia w-latinum
Lacanobia oleracea
Hecatera cf bicolorata
Hadena rivularis
Hadena confusa
Mythimna ferrago
Mythimna albipuncta
Mythimna vitellina
Mythimna l-album
Mythimna sicula scirpi
Mythimna putrescens
Mythimna loreyi
Calophasia platyptera
Leucochlaena oditis*
Aporophyla nigra
Trigonophora flammea
6,11
10,81
16,61
17,45
5,17
5,17
5,17
5,17
5,17
5,17
3,76
3,76
10,89
3,76
8,05
3,76
24,11
3,76
10,81
3,76
8,05
10,81
13,77
15,51
3,76
8,05
8,05
12,34
8,05
12,34
12,34
8,05
16,10
10,81
11,83
12,22
3,76
8,05
17,04
10,81
8,05
9,89
8,05
8,05
9,46
13,75
9,46
8,05
5,17
12,22
12,22
9,46
5,17
9,46
10,40
20,90
8,05
19,47
1ª Fase – Relatório de Caracterização
167
Plano de Ordenamento da APPSA
120
121
122
123
124
125
126
127
128
129
130
131
132
133
134
135
136
137
138
139
140
141
142
143
144
1
2
3
4
5
6
7
8
9
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
Polymixis flavicincta
Polymixis dubia*
Agrochola lychnidis
Omphaloscelis lunosa
Acronicta euphorbiae
Acronicta rumicis
Cryphia ravula
Cryphia ereptricula
Cryphia muralis
Euplexia lucipara
Phlogophora meticulosa
Callopristia juventina
Actinotia hyperici
Mesoligia furuncula
Mesapamea secalis
Luperina testacea
Hoplodrina alsines
Hoplodrina ambigua
Stilbia cf anomala
Elaphria venustula
Macdunnoughia confusa*
Autographa gamma
Ophiusa tirhaca*
Dysgonia algira
Phytometra viridaria
Répteis
Tarentola mauritanica
Lacerta lepida
Podarcis bocagei
Psammodromus algirus
Anguis fragilis
Blanus cinereus
Malpolon monspessulanus
Coronella girondica
Vipera latastei*
Aves
Buteo buteo
Accipiter nisus
Accipiter gentilis
Columba palumbus
Streptopelia turtur
Strix aluco
Picus viridis
Dendrocopos major
Troglodytes troglodytes
Erithacus rubecula
Luscinia megarhynchos
Turdus philomelos
Turdus iliacus
Turdus merula
Sylvia atricapilla
Phylloscopus trochilus
Phylloscopus collybita
Regulus ignicapillus
Muscicapa striata
Ficedula hypoleuca
Parus major
5,17
23,78
8,05
9,46
13,75
3,76
5,17
13,75
5,17
12,34
15,10
14,69
14,69
13,75
13,75
13,75
12,34
8,05
13,75
9,46
22,23
10,81
28,87
5,17
17,04
17,77
18,83
32,94
18,82
15,14
30,83
14,10
21,41
37,68
13,05
14,61
28,76
9,36
14,06
13,57
17,22
13,05
14,61
13,05
15,65
11,46
11,46
9,90
14,61
24,03
14,61
19,32
20,91
30,33
13,05
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
Parus ater
Parus caeruleus
Parus cristatus
Aegithalos caudatus
Sitta europaea
Certhia brachydactyla
Garrulus glandarius
Corvus corone
Fringilla coelebs
Fringilla montifringilla
Carduelis carduelis
Carduelis chloris
Carduelis spinus
Serinus serinus
Pyrrhula pyrrhula
Mamíferos
Erinaceus europeus
Crocidura russula
Talpa occidentalis
Rhinolophus hipposideros*
Myotis emarginatus*
Myotis nattereri*
Myotis bechsteinii*
Myotis daubentonii*
Pipistrellus pipistrellus
Pipistrellus kuhli
Nyctalus leisleri*
Nyctalus lasiopterus/noctula*
Eptesicus serotinus
Barbastella barbastellus*
Oryctolagus cuniculus
Sciurus vulgaris
Apodemus sylvaticus
Rattus rattus
Mus spretus
Eliomys quercinus
Vulpes vulpes
Mustela nivalis
Mustela putorius
Martes foina
Genetta genetta
Herpestes ichneumon
Sus scrofa
BIÓTOPO “OLIVAL”
Espécies
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
17,76
14,61
16,18
14,61
17,76
13,05
10,40
15,14
11,46
24,03
15,65
14,61
24,03
14,61
20,88
6,26
7,82
24,02
24,65
35,11
34,54
52,89
35,53
18,28
27,71
43,94
34,52
21,43
42,94
13,06
18,28
5,73
4,16
16,72
20,41
4,16
7,82
12,01
8,86
18,82
26,13
3,12
VEE máx.
Lepidópteros
Lasiocampa quercus
Pachygastria trifolii
Agrius convolvuli
Hyles lineata livornica
Thymelicus flavus
Lycaena phlaeas
Callophrys rubi
Syntarucus pirithous
Aricia agestis
Inachis io
Vanessa atalanta
8,05
5,17
12,22
15,10
3,76
6,11
3,76
9,48
9,46
12,75
15,51
1ª Fase – Relatório de Caracterização
168
Plano de Ordenamento da APPSA
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
Vanessa cardui
Polygonia c-album
Argynnis paphia
Issoria lathonia
Mellicta athalia
Eurodryas aurinia*
Hipparchia alcyone
Hipparchia semele
Hipparchia statilinus
Melanargia lachesis
Melanargia ines*
Maniola jurtina
Pyronia tithonus
Pyronia bathseba
Pyronia cecilia
Coenonympha pamphilus
Coenonympha dorus
Coenonympha arcania
Pararge aegeria
Pieris brassicae
Artogeia napi
Artogeia rapae
Pontia daplidice
Anthocaris cardamines
Colias croceus
Leptidia sinapis
Zygaena trifolii
Cilix glaucata
Cosmorhoe ocellata
Gymnoscelis rufifasciata
Chloroclystis v-ata
Perizoma didymata
Epirrhoe rivata
Camptogramma bilineata
Aplocera efformata
Idaea moniliata
Idaea circuitaria
Idaea elongaria
Idaea subsericeata
Idaea contiguaria
Idaea aversata
Idaea degeneraria
Scopula imitaria
Petrophora chlorosata
Ourapteryx sambucaria
Peribatodes rhomboidaria
Selidosema brunnearia
Cleorodes lichenaria
Tephronia sepiaria
Hemithea aestivaria
Thyatira batis
Thaumetopoea herculeana
Paidia murina
Milthochrista miniata
Systropha sororcula
Eilema complana
Eilema caniola
Eilema uniola
14,57
11,81
10,40
17,45
9,46
21,05
9,46
9,46
5,17
19,47
20,90
5,17
5,17
16,61
10,89
5,17
13,75
13,75
5,17
12,22
9,46
5,17
12,22
9,46
12,22
13,24
8,46
5,17
6,11
3,76
3,76
5,19
6,11
3,76
11,83
6,11
9,48
3,76
5,17
5,17
5,17
5,17
3,76
6,11
10,89
5,17
5,17
5,17
5,17
8,05
6,11
16,61
5,17
5,17
5,17
5,17
5,17
5,17
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
101
102
103
104
105
106
107
108
109
110
111
112
113
114
115
116
117
118
119
120
121
122
123
124
125
126
127
Coscinia cribaria
Phragmatobia fuliginosa
Cymbalophora pudica
Spilarctia lubricepeda
Spilosoma lutea
Arctia villica
Euplagia quadripunctaria*
Euxoa obelisca
Agrotis segetum
Agrotis exclamationis
Agrotis trux
Agrotis ipsilon
Agrotis crassa
Noctua pronuba
Noctua orbona
Noctua comes
Noctua fimbriata
Noctua janthina
Noctua interjecta
Epilecta linogrisea
Paradiarsia glareosa
Peridroma saucia
Diarsia guadarramensis
Xestia c-nigrum
Xestia baja
Xestia xantographa
Heliothis armigera
Axylia putris
Lacanobia w-latinum
Lacanobia oleracea
Hecatera cf bicolorata
Hadena rivularis
Hadena confusa
Mythimna ferrago
Mythimna albipuncta
Mythimna vitellina
Mythimna l-album
Mythimna sicula scirpi
Mythimna putrescens
Mythimna loreyi
Calophasia platyptera
Leucochlaena oditis*
Aporophyla nigra
Trigonophora flammea
Polymixis flavicincta
Polymixis dubia*
Agrochola lychnidis
Omphaloscelis lunosa
Acronicta euphorbiae
Acronicta rumicis
Cryphia ravula
Cryphia ereptricula
Cryphia muralis
Euplexia lucipara
Phlogophora meticulosa
Callopristia juventina
Actinotia hyperici
Mesoligia furuncula
3,76
3,76
10,89
3,76
8,05
3,76
24,11
3,76
10,81
3,76
8,05
10,81
13,77
3,76
8,05
8,05
12,34
8,05
12,34
12,34
8,05
10,81
11,83
12,22
3,76
8,05
10,81
8,05
8,05
8,05
9,46
13,75
9,46
8,05
5,17
12,22
12,22
9,46
5,17
9,46
10,40
20,90
8,05
19,47
5,17
23,78
8,05
9,46
13,75
3,76
5,17
13,75
5,17
12,34
15,10
14,69
14,69
13,75
1ª Fase – Relatório de Caracterização
169
Plano de Ordenamento da APPSA
128
129
130
131
132
133
134
135
136
137
138
1
2
3
1
2
3
4
5
6
7
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
Mesapamea secalis
Luperina testacea
Hoplodrina alsines
Hoplodrina ambigua
Stilbia cf anomala
Elaphria venustula
Diachrysia chrysitis
Macdunnoughia confusa*
Autographa gamma
Dysgonia algira
Phytometra viridaria
Anfíbios
Triturus boscai*
Alytes obstetricans*
Bufo bufo
Répteis
Tarentola mauritanica
Lacerta lepida
Podarcis bocagei
Psammodromus algirus
Blanus cinereus
Malpolon monspessulanus
Vipera latastei*
Aves
Buteo buteo
Accipiter nisus
Accipiter gentilis
Streptopelia turtur
Strix aluco
Athene noctua
Picus viridis
Dendrocopos major
Troglodytes troglodytes
Erithacus rubecula
Luscinia megarhynchos
Turdus philomelo
Turdus iliacus
Turdus merula
Sylvia borin
Sylvia atricapilla
Phylloscopus trochilus
Phylloscopus collybita
Regulus ignicapillus
Muscicapa striata
Ficedula hypoleuca
Parus major
Parus ater
Parus caeruleus
Aegithalos caudatus
Sitta europaea
Certhia brachydactyla
Garrulus glandarius
Corvus corone
Sturnus unicolor
Fringilla coelebs
Fringilla montifringilla
Carduelis carduelis
Carduelis chloris
13,75
13,75
12,34
8,05
13,75
9,46
17,04
22,23
10,81
5,17
17,04
28,26
26,70
6,26
17,77
18,83
32,94
18,82
30,83
14,10
37,68
13,05
9,41
23,56
14,06
13,57
13,05
17,22
13,05
14,61
13,05
20,85
11,46
11,46
9,90
32,43
14,61
24,03
14,61
19,32
20,91
30,33
13,05
17,76
14,61
14,61
17,76
13,05
10,40
15,14
25,61
11,46
24,03
15,65
14,61
35
36
37
Carduelis spinus
Serinus serinus
Pyrrhula pyrrhula
24,03
14,61
20,88
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
Mamíferos
Erinaceus europeus
Crocidura russula
Talpa occidentalis
Rhinolophus hipposideros*
Myotis emarginatus*
Myotis nattereri*
Myotis bechsteinii*
Myotis daubentonii*
Pipistrellus kuhli
Nyctalus leisleri*
Nyctalus lasiopterus/noctula*
Barbastella barbastellus*
Plecotus auritus
Lepus capensis
Oryctolagus cuniculus
Sciurus vulgaris
Microtus lusitanicus
Apodemus sylvaticus
Rattus rattus
Mus spretus
Eliomys quercinus
Vulpes vulpes
Mustela nivalis
Mustela putorius
Martes foina
Meles meles
Genetta genetta
Herpestes ichneumon
Sus scrofa
6,26
7,82
24,02
24,65
35,11
34,54
52,89
35,53
27,71
43,94
34,52
42,94
30,33
8,86
13,06
14,12
27,17
5,73
4,16
16,72
20,41
4,16
7,82
12,01
8,86
8,86
18,82
26,13
3,12
BIÓTOPO “MATOS ALTOS”
Espécies
Lepidópteros
1
Lasiocampa quercus
2
Pachygastria trifolii
3
Agrius convolvuli
4
Hyles lineata livornica
5
Thymelicus flavus
6
Lycaena phlaeas
7
Callophrys rubi
8
Syntarucus pirithous
9
Aricia agestis
10
Argynnis paphia
11
Issoria lathonia
12
Mellicta athalia
13
Eurodryas aurinia*
14
Hipparchia alcyone
15
Hipparchia semele
16
Hipparchia statilinus
17
Melanargia lachesis
18
Melanargia ines*
19
Maniola jurtina
20
Pyronia tithonus
21
Pyronia bathseba
VEE max.
8,05
5,17
12,22
15,10
3,76
6,11
3,76
9,48
9,46
10,40
17,45
9,46
21,05
9,46
9,46
5,17
19,47
20,90
5,17
5,17
16,61
1ª Fase – Relatório de Caracterização
170
Plano de Ordenamento da APPSA
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
Pyronia cecilia
Coenonympha pamphilus
Coenonympha dorus
Coenonympha arcania
Pararge aegeria
Pieris brassicae
Artogeia napi
Artogeia rapae
Pontia daplidice
Anthocaris cardamines
Colias croceus
Cilix glaucata
Cosmorhoe ocellata
Gymnoscelis rufifasciata
Chloroclystis v-ata
Perizoma didymata
Epirrhoe rivata
Camptogramma bilineata
Chesias legatella
Aplocera efformata
Idaea moniliata
Idaea circuitaria
Idaea elongaria
Idaea subsericeata
Idaea contiguaria
Idaea aversata
Idaea degeneraria
Scopula imitaria
Rhodostrophia calabra
Petrophora chlorosata
Ourapteryx sambucaria
Peribatodes rhomboidaria
Selidosema brunnearia
Cleorodes lichenaria
Tephronia sepiaria
Pseudoterpna coronillaria
Hemithea aestivaria
Thyatira batis
Thaumetopoea herculeana
Paidia murina
Milthochrista miniata
Systropha sororcula
Eilema complana
Eilema caniola
Eilema uniola
Coscinia cribaria
Phragmatobia fuliginosa
Cymbalophora pudica
Spilarctia lubricepeda
Spilosoma lutea
Arctia villica
Euplagia quadripunctaria*
Euxoa obelisca
Agrotis segetum
Agrotis exclamationis
Agrotis trux
Agrotis ipsilon
Agrotis crassa
10,89
5,17
13,75
13,75
5,17
12,22
9,46
5,17
12,22
9,46
12,22
5,17
6,11
3,76
3,76
5,19
6,11
3,76
17,04
11,83
6,11
9,48
3,76
5,17
5,17
5,17
5,17
3,76
13,24
6,11
10,89
5,17
5,17
5,17
5,17
13,24
8,05
6,11
16,61
5,17
5,17
5,17
5,17
5,17
5,17
3,76
3,76
10,89
3,76
8,05
3,76
24,11
3,76
10,81
3,76
8,05
10,81
13,77
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
101
102
103
104
105
106
107
108
109
110
111
112
113
114
115
116
117
118
119
120
121
122
123
124
125
126
127
128
129
130
131
132
133
134
135
136
Ochropleura leucogaster
Noctua pronuba
Noctua orbona
Noctua comes
Noctua fimbriata
Noctua janthina
Noctua interjecta
Epilecta linogrisea
Paradiarsia glareosa
Peridroma saucia
Diarsia guadarramensis
Xestia c-nigrum
Xestia baja
Xestia xantographa
Heliothis armigera
Axylia putris
Lacanobia w-latinum
Lacanobia oleracea
Hecatera cf bicolorata
Hadena rivularis
Hadena confusa
Mythimna ferrago
Mythimna albipuncta
Mythimna vitellina
Mythimna l-album
Mythimna sicula scirpi
Mythimna putrescens
Mythimna loreyi
Calophasia platyptera
Leucochlaena oditis*
Aporophyla nigra
Trigonophora flammea
Polymixis flavicincta
Polymixis dubia*
Agrochola lychnidis
Omphaloscelis lunosa
Acronicta euphorbiae
Acronicta rumicis
Cryphia ravula
Cryphia ereptricula
Cryphia muralis
Euplexia lucipara
Phlogophora meticulosa
Callopristia juventina
Actinotia hyperici
Mesoligia furuncula
Mesapamea secalis
Luperina testacea
Hoplodrina alsines
Hoplodrina ambigua
Stilbia cf anomala
Elaphria venustula
Macdunnoughia confusa*
Autographa gamma
Ophiusa tirhaca*
Dysgonia algira
Phytometra viridaria
15,51
3,76
8,05
8,05
12,34
8,05
12,34
12,34
8,05
10,81
11,83
12,22
3,76
8,05
10,81
8,05
8,05
8,05
9,46
13,75
9,46
8,05
5,17
12,22
12,22
9,46
5,17
9,46
10,40
20,90
8,05
19,47
5,17
23,78
8,05
9,46
13,75
3,76
5,17
13,75
5,17
12,34
15,10
14,69
14,69
13,75
13,75
13,75
12,34
8,05
13,75
9,46
22,23
10,81
28,87
5,17
17,04
1ª Fase – Relatório de Caracterização
171
Plano de Ordenamento da APPSA
Répteis
1
2
3
4
5
6
7
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
Lacerta lepida
Podarcis bocagei
Psammodromus algirus
Malpolon monspessulanus
Coronella girondica
Natrix natrix
Vipera latastei*
Aves
Alectoris rufa
Cuculus canorus
Apus apus
Ptyonoprogne rupestris
Hirundo rustica
Delichon urbica
Troglodytes troglodytes
Prunella modularis
Erithacus rubecula
Saxicola torquata
Sylvia atricapilla
Sylvia melanocephala
Garrulus glandarius
Emberiza cirlus
Emberiza cia
Mamíferos
Erinaceus europeus
Crocidura russula
Rhinolophus hipposideros*
Nyctalus lasiopterus/noctula*
Eptesicus serotinus
Barbastella barbastellus*
Oryctolagus cuniculus
Apodemus sylvaticus
Rattus rattus
Mus spretus
Eliomys quercinus
Vulpes vulpes
Mustela nivalis
Martes foina
Genetta genetta
Herpestes ichneumon
Sus scrofa
BIÓTOPO “MATOS BAIXOS”
Espécies
Lepidópteros
1
Lasiocampa quercus
2
Pachygastria trifolii
3
Agrius convolvuli
4
Hyles lineata livornica
5
Thymelicus flavus
6
Lycaena phlaeas
7
Callophrys rubi
8
Syntarucus pirithous
9
Aricia agestis
10
Argynnis paphia
11
Issoria lathonia
18,83
32,94
18,82
14,10
21,41
8,86
37,68
16,18
17,70
15,62
15,69
14,61
14,61
14,61
25,60
13,05
14,61
14,61
20,89
10,40
23,49
25,60
6,26
7,82
24,65
27,76
15,71
36,18
13,06
5,73
4,16
16,72
20,41
4,16
7,82
8,86
18,82
26,13
3,12
VEE máx.
8,05
5,17
12,22
15,10
3,76
6,11
3,76
9,48
9,46
10,40
17,45
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
Mellicta athalia
Eurodryas aurinia*
Hipparchia alcyone
Hipparchia semele
Hipparchia statilinus
Melanargia lachesis
Melanargia ines*
Maniola jurtina
Pyronia tithonus
Pyronia bathseba
Pyronia cecilia
Coenonympha pamphilus
Coenonympha dorus
Coenonympha arcania
Pararge aegeria
Pieris brassicae
Artogeia napi
Artogeia rapae
Pontia daplidice
Anthocaris cardamines
Colias croceus
Cilix glaucata
Cosmorhoe ocellata
Gymnoscelis rufifasciata
Chloroclystis v-ata
Perizoma didymata
Epirrhoe rivata
Camptogramma bilineata
Aplocera efformata
Idaea moniliata
Idaea circuitaria
Idaea elongaria
Idaea subsericeata
Idaea contiguaria
Idaea aversata
Idaea degeneraria
Scopula imitaria
Petrophora chlorosata
Pachycnemia hippocastanaria
Ourapteryx sambucaria
Peribatodes rhomboidaria
Selidosema brunnearia
Cleorodes lichenaria
Ematurga atomaria
Tephronia sepiaria
Dyscia fagaria
Hemithea aestivaria
Thyatira batis
Thaumetopoea herculeana
Apaidia mesogona
Paidia murina
Milthochrista miniata
Systropha sororcula
Eilema complana
Eilema caniola
Eilema uniola
Coscinia cribaria
Phragmatobia fuliginosa
9,46
21,05
9,46
9,46
5,17
19,47
20,90
5,17
5,17
16,61
10,89
5,17
13,75
13,75
5,17
12,22
9,46
5,17
12,22
9,46
12,22
5,17
6,11
3,76
3,76
5,19
6,11
3,76
11,83
6,11
9,48
3,76
5,17
5,17
5,17
5,17
3,76
6,11
8,46
10,89
5,17
5,17
5,17
6,11
5,17
9,87
8,05
6,11
16,61
18,96
5,17
5,17
5,17
5,17
5,17
5,17
3,76
3,76
1ª Fase – Relatório de Caracterização
172
Plano de Ordenamento da APPSA
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
101
102
103
104
105
106
107
108
109
110
111
112
113
114
115
116
117
118
119
120
121
122
123
124
125
126
127
Cymbalophora pudica
Spilarctia lubricepeda
Spilosoma lutea
Arctia villica
Euplagia quadripunctaria*
Euxoa obelisca
Agrotis segetum
Agrotis exclamationis
Agrotis trux
Agrotis ipsilon
Agrotis crassa
Ochropleura leucogaster
Noctua pronuba
Noctua orbona
Noctua comes
Noctua fimbriata
Noctua janthina
Noctua interjecta
Epilecta linogrisea
Paradiarsia glareosa
Lycophotia porphyrea
Peridroma saucia
Diarsia guadarramensis
Xestia c-nigrum
Xestia baja
Xestia xantographa
Xestia agathina
Heliothis armigera
Axylia putris
Anarta myrtilli
Lacanobia w-latinum
Lacanobia oleracea
Hecatera cf bicolorata
Hadena rivularis
Hadena confusa
Mythimna ferrago
Mythimna albipuncta
Mythimna vitellina
Mythimna l-album
Mythimna sicula scirpi
Mythimna putrescens
Mythimna loreyi
Calophasia platyptera
Leucochlaena oditis*
Aporophyla nigra
Trigonophora flammea
Polymixis flavicincta
Polymixis dubia*
Agrochola haematidea
Agrochola lychnidis
Omphaloscelis lunosa
Acronicta euphorbiae
Acronicta rumicis
Cryphia ravula
Cryphia ereptricula
Cryphia muralis
Euplexia lucipara
Phlogophora meticulosa
10,89
3,76
8,05
3,76
24,11
3,76
10,81
3,76
8,05
10,81
13,77
15,51
3,76
8,05
8,05
12,34
8,05
12,34
12,34
8,05
16,10
10,81
11,83
12,22
3,76
8,05
17,04
10,81
8,05
9,89
8,05
8,05
9,46
13,75
9,46
8,05
5,17
12,22
12,22
9,46
5,17
9,46
10,40
20,90
8,05
19,47
5,17
23,78
10,81
8,05
9,46
13,75
3,76
5,17
13,75
5,17
12,34
15,10
128
129
130
131
132
133
134
135
136
137
138
139
140
141
1
2
3
4
5
6
7
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Callopristia juventina
Actinotia hyperici
Mesoligia furuncula
Mesapamea secalis
Luperina testacea
Hoplodrina alsines
Hoplodrina ambigua
Stilbia cf anomala
Elaphria venustula
Macdunnoughia confusa*
Autographa gamma
Ophiusa tirhaca*
Dysgonia algira
Phytometra viridaria
Répteis
Tarentola mauritanica
Lacerta lepida
Podarcis bocagei
Psammodromus algirus
Malpolon monspessulanus
Coronella girondica
Vipera latastei*
Aves
Circus pygargus
Alectoris rufa
Anthus pratensis
Anthus trivialis
Troglodytes troglodytes
Prunella modularis
Saxicola torquata
Sylvia melanocephala
Sylvia undata
Emberiza hortulana*
Emberiza cirlus
Mamíferos
Erinaceus europeus
Crocidura russula
Rhinolophus hipposideros*
Pipistrellus pipistrellus
Barbastella barbastellus*
Oryctolagus cuniculus
Apodemus sylvaticus
Rattus rattus
Mus spretus
Eliomys quercinus
Vulpes vulpes
Mustela nivalis
Genetta genetta
Sus scrofa
14,69
14,69
13,75
13,75
13,75
12,34
8,05
13,75
9,46
22,23
10,81
28,87
5,17
17,04
17,77
18,83
32,94
18,82
14,10
21,41
37,68
31,95
16,18
24,03
30,33
14,61
25,60
14,61
20,89
31,89
44,46
23,49
6,26
7,82
24,65
12,56
36,18
13,06
5,73
4,16
16,72
20,41
4,16
7,82
18,82
3,12
BIÓTOPO “FORMAÇÕES RIPÍCOLAS E SISTEMAS
AQUÁTICOS ARTIFICIAIS”
Espécies
VEE max.
Lepidópteros
1
Cossus cossus
6,11
2
Zeuzera pyrina
6,11
3
Lasiocampa quercus
8,05
4
Pachygastria trifolii
5,17
5
Phyllodesma ilicifolia*
24,80
1ª Fase – Relatório de Caracterização
173
Plano de Ordenamento da APPSA
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
Agrius convolvuli
Mimas tiliae
Laothoe populi
Hyles lineata livornica
Thymelicus flavus
Lycaena phlaeas
Callophrys rubi
Syntarucus pirithous
Aricia agestis
Nymphalis antiopa
Inachis io
Vanessa atalanta
Vanessa cardui
Polygonia c-album
Argynnis paphia
Issoria lathonia
Mellicta athalia
Eurodryas aurinia*
Limenitis reducta*
Hipparchia alcyone
Hipparchia semele
Hipparchia statilinus
Melanargia lachesis
Melanargia ines*
Maniola jurtina
Pyronia tithonus
Pyronia bathseba
Pyronia cecilia
Coenonympha pamphilus
Coenonympha dorus
Coenonympha arcania
Pararge aegeria
Pieris brassicae
Artogeia napi
Artogeia rapae
Pontia daplidice
Anthocaris cardamines
Colias croceus
Gonopteryx rhamni
Leptidia sinapis
Zygaena trifolii
Drepana curvatula
Cilix glaucata
Cosmorhoe ocellata
Gymnoscelis rufifasciata
Chloroclystis v-ata
Perizoma didymata
Epirrhoe rivata
Camptogramma bilineata
Aplocera efformata
Rhodometra sacraria
Idaea ochrata
Idaea moniliata
Idaea circuitaria
Idaea elongaria
Idaea seriata
Idaea subsericeata
Idaea contiguaria
12,22
10,40
7,52
15,10
3,76
6,11
3,76
9,48
9,46
18,45
12,75
15,51
14,57
11,81
10,40
17,45
9,46
21,05
23,68
9,46
9,46
5,17
19,47
20,90
5,17
5,17
16,61
10,89
5,17
13,75
13,75
5,17
12,22
9,46
5,17
12,22
9,46
12,22
15,10
13,24
8,46
16,92
5,17
6,11
3,76
3,76
5,19
6,11
3,76
11,83
15,51
8,46
6,11
9,48
3,76
8,46
5,17
5,17
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
101
102
103
104
105
106
107
108
109
110
111
112
113
114
115
116
117
118
119
120
121
Idaea aversata
Idaea degeneraria
Cyclophora punctaria
Scopula imitaria
Stegania trimaculata
Semiothisa notata
Petrophora chlorosata
Plagodis dolabraria
Ennomos erosaria
Crocallis elinguaria
Ourapteryx sambucaria
Biston betularia
Menophra abruptaria
Peribatodes rhomboidaria
Selidosema brunnearia
Cleorodes lichenaria
Serraca punctinalis
Tephronia sepiaria
Campaea margaritata
Hemithea aestivaria
Thyatira batis
Thaumetopoea herculeana
Phalera bucephala
Cerura iberica*
Stauropus fagi
Harpyia milhauseri
Porthetria dispar
Ocneria rubea
Euproctis chrysorrhoea
Paidia murina
Milthochrista miniata
Systropha sororcula
Eilema complana
Eilema caniola
Eilema uniola
Coscinia cribaria
Phragmatobia fuliginosa
Cymbalophora pudica
Spilarctia lubricepeda
Spilosoma lutea
Arctia villica
Euplagia quadripunctaria*
Euxoa obelisca
Agrotis segetum
Agrotis exclamationis
Agrotis trux
Agrotis ipsilon
Agrotis crassa
Noctua pronuba
Noctua orbona
Noctua comes
Noctua fimbriata
Noctua janthina
Noctua interjecta
Epilecta linogrisea
Paradiarsia glareosa
Peridroma saucia
Diarsia guadarramensis
5,17
5,17
16,53
3,76
10,81
9,87
6,11
9,87
9,87
7,54
10,89
7,52
10,81
5,17
5,17
5,17
6,11
5,17
11,81
8,05
6,11
16,61
17,45
25,11
14,69
18,45
6,11
9,87
6,11
5,17
5,17
5,17
5,17
5,17
5,17
3,76
3,76
10,89
3,76
8,05
3,76
24,11
3,76
10,81
3,76
8,05
10,81
13,77
3,76
8,05
8,05
12,34
8,05
12,34
12,34
8,05
10,81
11,83
1ª Fase – Relatório de Caracterização
174
Plano de Ordenamento da APPSA
122
123
124
125
126
127
128
129
130
131
132
133
134
135
136
137
138
139
140
141
142
143
144
145
146
147
148
149
150
151
152
153
154
155
156
157
158
159
160
161
162
163
164
165
166
167
168
169
170
171
172
173
174
175
176
1
Xestia c-nigrum
Xestia baja
Xestia xantographa
Heliothis armigera
Axylia putris
Lacanobia w-latinum
Lacanobia oleracea
Hecatera cf bicolorata
Hadena rivularis
Hadena confusa
Mythimna ferrago
Mythimna albipuncta
Mythimna vitellina
Mythimna l-album
Mythimna sicula scirpi
Mythimna putrescens
Mythimna loreyi
Calophasia platyptera
Leucochlaena oditis*
Aporophyla nigra
Trigonophora flammea
Polymixis flavicincta
Polymixis dubia*
Agrochola lychnidis
Omphaloscelis lunosa
Colocasia coryli
Acronicta aceris
Acronicta psi
Acronicta euphorbiae
Acronicta rumicis
Cryphia ravula
Cryphia ereptricula
Cryphia muralis
Amphipyra pyramidea
Mormo maura
Polyphaenis sericata
Euplexia lucipara
Phlogophora meticulosa
Callopristia juventina
Actinotia hyperici
Mesoligia furuncula
Mesapamea secalis
Luperina testacea
Hoplodrina alsines
Hoplodrina ambigua
Stilbia cf anomala
Elaphria venustula
Earias cf vernana
Earias cf clorana
Diachrysia chrysitis
Macdunnoughia confusa*
Autographa gamma
Catocala elocata
Catocala optata*
Dysgonia algira
Coleóptero
Lucanus cervus*
12,22
3,76
8,05
10,81
8,05
8,05
8,05
9,46
13,75
9,46
8,05
5,17
12,22
12,22
9,46
5,17
9,46
10,40
20,90
8,05
19,47
5,17
23,78
8,05
9,46
18,45
14,69
10,40
13,75
3,76
5,17
13,75
5,17
14,69
11,81
19,39
12,34
15,10
14,69
14,69
13,75
13,75
13,75
12,34
8,05
13,75
9,46
19,39
19,39
17,04
22,23
10,81
15,10
25,11
5,17
1
2
3
4
5
6
7
1
2
3
4
5
6
1
2
3
4
5
6
7
8
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
Anfíbios
Chioglossa lusitanica*
Salamandra salamandra
Triturus boscai*
Triturus marmoratus*
Alytes obstetricans*
Bufo bufo
Rana iberica*
Répteis
Lacerta schreiberi*
Lacerta lepida
Podarcis bocagei
Psammodromus algirus
Malpolon monspessulanus
Natrix natrix
Aves
Alcedo athis
Motacilla cinerea
Cinclus cinclus*
Erithacus rubecula
Sylvia atricapilla
Cettia cetti
Phylloscopus ibericus
Garrulus glandarius
Mamíferos
Erinaceus europeus
Sorex granarius*
Talpa occidentalis
Rhinolophus hipposideros*
Myotis emarginatus*
Myotis nattereri*
Myotis bechsteinii*
Myotis daubentonii*
Pipistrellus pipistrellus
Pipistrellus kuhli
Nyctalus leisleri*
Nyctalus lasiopterus/noctula*
Eptesicus serotinus
Barbastella barbastellus*
Plecotus auritus
Tadarida teniotis*
Sciurus vulgaris
Microtus lusitanicus
Microtus agrestis
Mus musculus
Vulpes vulpes
Mustela nivalis
Mustela putorius
Martes foina
Meles meles
Genetta genetta
Herpestes ichneumon
Sus scrofa
63,32
12,50
38,66
37,10
34,50
14,06
50,22
48,68
18,83
32,94
18,82
14,10
8,86
21,45
14,61
35,57
13,05
14,61
18,29
33,43
10,40
6,26
38,69
24,02
24,65
35,11
34,54
52,89
35,53
18,28
27,71
43,94
34,52
21,43
42,94
30,33
29,85
18,28
27,17
13,04
6,76
4,16
7,82
12,01
8,86
8,86
18,82
26,13
6,76
26,52
1ª Fase – Relatório de Caracterização
175
Plano de Ordenamento da APPSA
BIÓTOPO “ÁREA AGRÍCOLA”
Espécies
Lepidópteros
1
Cossus cossus
2
Zeuzera pyrina
3
Lasiocampa quercus
4
Pachygastria trifolii
5
Agrius convolvuli
6
Mimas tiliae
7
Laothoe populi
8
Hyles lineata livornica
9
Thymelicus flavus
10
Lycaena phlaeas
11
Callophrys rubi
12
Syntarucus pirithous
13
Aricia agestis
14
Inachis io
15
Vanessa atalanta
16
Vanessa cardui
17
Polygonia c-album
18
Argynnis paphia
19
Issoria lathonia
20
Mellicta athalia
21
Eurodryas aurinia*
22
Hipparchia alcyone
23
Hipparchia semele
24
Hipparchia statilinus
25
Melanargia lachesis
26
Melanargia ines*
27
Maniola jurtina
28
Pyronia tithonus
29
Pyronia bathseba
30
Pyronia cecilia
31
Coenonympha pamphilus
32
Coenonympha dorus
33
Coenonympha arcania
34
Pararge aegeria
35
Pieris brassicae
36
Artogeia napi
37
Artogeia rapae
38
Pontia daplidice
39
Anthocaris cardamines
40
Colias croceus
41
Leptidia sinapis
42
Iphiclides podalarius
43
Zygaena trifolii
44
Cilix glaucata
45
Cosmorhoe ocellata
46
Gymnoscelis rufifasciata
47
Chloroclystis v-ata
48
Perizoma didymata
49
Epirrhoe rivata
50
Camptogramma bilineata
51
Aplocera efformata
52
Rhodometra sacraria
53
Idaea ochrata
54
Idaea moniliata
VEE max.
6,11
6,11
8,05
5,17
12,22
10,40
7,52
15,10
3,76
6,11
3,76
9,48
9,46
12,75
15,51
14,57
11,81
10,40
17,45
9,46
21,05
9,46
9,46
5,17
19,47
20,90
5,17
5,17
16,61
10,89
5,17
13,75
13,75
5,17
12,22
9,46
5,17
12,22
9,46
12,22
13,24
7,52
8,46
5,17
6,11
3,76
3,76
5,19
6,11
3,76
11,83
15,51
8,46
6,11
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
101
102
103
104
105
106
107
108
109
110
111
112
Idaea circuitaria
Idaea elongaria
Idaea seriata
Idaea subsericeata
Idaea contiguaria
Idaea aversata
Idaea degeneraria
Scopula imitaria
Petrophora chlorosata
Opistograptis luteolata
Crocallis elinguaria
Ourapteryx sambucaria
Biston betularia
Peribatodes rhomboidaria
Selidosema brunnearia
Cleorodes lichenaria
Serraca punctinalis
Tephronia sepiaria
Campaea margaritata
Hemithea aestivaria
Thyatira batis
Thaumetopoea herculeana
Phalera bucephala
Stauropus fagi
Porthetria dispar
Euproctis chrysorrhoea
Paidia murina
Milthochrista miniata
Systropha sororcula
Eilema complana
Eilema caniola
Eilema uniola
Coscinia cribaria
Phragmatobia fuliginosa
Cymbalophora pudica
Spilarctia lubricepeda
Spilosoma lutea
Arctia villica
Euplagia quadripunctaria*
Euxoa obelisca
Agrotis segetum
Agrotis exclamationis
Agrotis trux
Agrotis ipsilon
Agrotis crassa
Noctua pronuba
Noctua orbona
Noctua comes
Noctua fimbriata
Noctua janthina
Noctua interjecta
Epilecta linogrisea
Paradiarsia glareosa
Peridroma saucia
Diarsia guadarramensis
Xestia c-nigrum
Xestia baja
Xestia xantographa
9,48
3,76
8,46
5,17
5,17
5,17
5,17
3,76
6,11
7,52
7,54
10,89
7,52
5,17
5,17
5,17
6,11
5,17
11,81
8,05
6,11
16,61
17,45
14,69
6,11
6,11
5,17
5,17
5,17
5,17
5,17
5,17
3,76
3,76
10,89
3,76
8,05
3,76
24,11
3,76
10,81
3,76
8,05
10,81
13,77
3,76
8,05
8,05
12,34
8,05
12,34
12,34
8,05
10,81
11,83
12,22
3,76
8,05
1ª Fase – Relatório de Caracterização
176
Plano de Ordenamento da APPSA
113
114
115
116
117
118
119
120
121
122
123
124
125
126
127
128
129
130
131
132
133
134
135
136
137
138
139
140
141
142
143
144
145
146
147
148
149
150
151
152
153
154
155
156
157
158
159
160
1
2
3
4
5
1
2
3
Heliothis armigera
Axylia putris
Lacanobia w-latinum
Lacanobia oleracea
Hecatera cf bicolorata
Hadena rivularis
Hadena confusa
Mythimna ferrago
Mythimna albipuncta
Mythimna vitellina
Mythimna l-album
Mythimna sicula scirpi
Mythimna putrescens
Mythimna loreyi
Calophasia platyptera
Leucochlaena oditis*
Aporophyla nigra
Trigonophora flammea
Polymixis flavicincta
Polymixis dubia*
Agrochola lychnidis
Omphaloscelis lunosa
Acronicta aceris
Acronicta psi
Acronicta euphorbiae
Acronicta rumicis
Cryphia ravula
Cryphia ereptricula
Cryphia muralis
Amphipyra pyramidea
Mormo maura
Euplexia lucipara
Phlogophora meticulosa
Callopristia juventina
Actinotia hyperici
Mesoligia furuncula
Mesapamea secalis
Luperina testacea
Sesamia nonagrioides
Hoplodrina alsines
Hoplodrina ambigua
Stilbia cf anomala
Elaphria venustula
Diachrysia chrysitis
Macdunnoughia confusa*
Autographa gamma
Dysgonia algira
Phytometra viridaria
Anfíbios
Salamandra salamandra
Triturus boscai*
Triturus marmoratus*
Alytes obstetricans*
Bufo bufo
Répteis
Tarentola mauritanica
Lacerta schreiberi*
Lacerta lepida
10,81
8,05
8,05
8,05
9,46
13,75
9,46
8,05
5,17
12,22
12,22
9,46
5,17
9,46
10,40
20,90
8,05
19,47
5,17
23,78
8,05
9,46
14,69
10,40
13,75
3,76
5,17
13,75
5,17
14,69
11,81
12,34
15,10
14,69
14,69
13,75
13,75
13,75
15,10
12,34
8,05
13,75
9,46
17,04
22,23
10,81
5,17
17,04
4,70
28,26
26,70
26,70
6,26
17,77
48,68
18,83
4
5
6
7
8
9
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
Psammodromus algirus
Anguis fragilis
Blanus cinereus
Malpolon monspessulanus
Natrix natrix
Vipera latastei*
Aves
Alectoris rufa
Cuculus canorus
Asio flammeus*
Athene noctua
Apus apus
Ptyonoprogne rupestris
Hirundo rustica
Delichon urbica
Anthus pratensis
Anthus trivialis
Motacilla alba
Motacilla cinerea
Troglodytes troglodytes
Luscinia megarhynchos
Saxicola torquata
Turdus philomelos
Turdus iliacus
Turdus merula
Sylvia borin
Sylvia atricapilla
Sylvia melanocephala
Muscicapa striata
Ficedula hypoleuca
Parus major
Parus ater
Parus caeruleus
Aegithalos caudatus
Garrulus glandarius
Corvus corone
Sturnus unicolor
Passer domesticus
Fringilla coelebs
Fringilla montifringilla
Carduelis carduelis
Carduelis chloris
Carduelis spinus
Serinus serinus
Pyrrhula pyrrhula
Emberiza cia
Mamíferos
Erinaceus europeus
Sorex granarius*
Crocidura russula
Talpa occidentalis
Rhinolophus hipposideros*
Myotis daubentonii*
Pipistrellus pipistrellus
Pipistrellus kuhli
Nyctalus lasiopterus/noctula*
Barbastella barbastellus*
Plecotus auritus
18,82
15,14
30,83
14,10
8,86
37,68
16,18
17,70
35,05
13,05
15,62
15,69
14,61
14,61
24,03
30,33
14,61
13,57
14,61
20,85
14,61
11,46
11,46
9,90
32,43
14,61
20,89
20,91
30,33
13,05
17,76
14,61
14,61
10,40
15,14
25,61
9,36
11,46
24,03
15,65
14,61
24,03
14,61
20,88
25,60
6,26
38,69
7,82
24,02
24,65
26,17
12,56
21,99
27,76
36,18
23,57
1ª Fase – Relatório de Caracterização
177
Plano de Ordenamento da APPSA
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
Lepus capensis
Oryctolagus cuniculus
Microtus lusitanicus
Microtus agrestis
Apodemus sylvaticus
Rattus rattus
Mus spretus
Mus musculus
Eliomys quercinus
Vulpes vulpes
Mustela nivalis
Mustela putorius
Meles meles
Genetta genetta
Sus scrofa
8,86
13,06
27,17
13,04
5,73
4,16
16,72
6,76
20,41
4,16
7,82
12,01
8,86
18,82
3,12
BIÓTOPO “AGLOMERADOS E ESTRUTURAS ARTIFICIAIS
DISPERSAS”
Espécies
VEE max.
Lepidópteros
1
Lasiocampa quercus
8,05
2
Pachygastria trifolii
5,17
3
Agrius convolvuli
12,22
4
Hyles lineata livornica
15,10
5
Thymelicus flavus
3,76
6
Lycaena phlaeas
6,11
7
Callophrys rubi
3,76
8
Syntarucus pirithous
9,48
9
Aricia agestis
9,46
10
Inachis io
12,75
11
Vanessa atalanta
15,51
12
Vanessa cardui
14,57
13
Polygonia c-album
11,81
14
Argynnis paphia
10,40
15
Issoria lathonia
17,45
16
Mellicta athalia
9,46
17
Eurodryas aurinia*
21,05
18
Hipparchia alcyone
9,46
19
Hipparchia semele
9,46
20
Hipparchia statilinus
5,17
21
Melanargia lachesis
19,47
22
Melanargia ines*
20,90
23
Maniola jurtina
5,17
24
Pyronia tithonus
5,17
25
Pyronia bathseba
16,61
26
Pyronia cecilia
10,89
27
Coenonympha pamphilus
5,17
28
Coenonympha dorus
13,75
29
Coenonympha arcania
13,75
30
Pararge aegeria
5,17
31
Pieris brassicae
12,22
32
Artogeia napi
9,46
33
Artogeia rapae
5,17
34
Pontia daplidice
12,22
35
Anthocaris cardamines
9,46
36
Colias croceus
12,22
37
Cilix glaucata
5,17
38
Cosmorhoe ocellata
6,11
39
Gymnoscelis rufifasciata
3,76
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
Chloroclystis v-ata
Perizoma didymata
Epirrhoe rivata
Camptogramma bilineata
Aplocera efformata
Idaea moniliata
Idaea circuitaria
Idaea elongaria
Idaea seriata
Idaea subsericeata
Idaea contiguaria
Idaea aversata
Idaea degeneraria
Scopula marginepunctata
Scopula imitaria
Petrophora chlorosata
Ourapteryx sambucaria
Peribatodes rhomboidaria
Selidosema brunnearia
Cleorodes lichenaria
Tephronia sepiaria
Hemithea aestivaria
Thyatira batis
Thaumetopoea herculeana
Paidia murina
Milthochrista miniata
Systropha sororcula
Eilema complana
Eilema caniola
Eilema uniola
Coscinia cribaria
Phragmatobia fuliginosa
Cymbalophora pudica
Spilarctia lubricepeda
Spilosoma lutea
Arctia villica
Euplagia quadripunctaria*
Euxoa obelisca
Agrotis segetum
Agrotis exclamationis
Agrotis trux
Agrotis ipsilon
Agrotis crassa
Noctua pronuba
Noctua orbona
Noctua comes
Noctua fimbriata
Noctua janthina
Noctua interjecta
Epilecta linogrisea
Paradiarsia glareosa
Peridroma saucia
Diarsia guadarramensis
Xestia c-nigrum
Xestia baja
Xestia xantographa
Heliothis armigera
Axylia putris
3,76
5,19
6,11
3,76
11,83
6,11
9,48
3,76
8,46
5,17
5,17
5,17
5,17
8,46
3,76
6,11
10,89
5,17
5,17
5,17
5,17
8,05
6,11
16,61
5,17
5,17
5,17
5,17
5,17
5,17
3,76
3,76
10,89
3,76
8,05
3,76
24,11
3,76
10,81
3,76
8,05
10,81
13,77
3,76
8,05
8,05
12,34
8,05
12,34
12,34
8,05
10,81
11,83
12,22
3,76
8,05
10,81
8,05
1ª Fase – Relatório de Caracterização
178
Plano de Ordenamento da APPSA
98
99
100
101
102
103
104
105
106
107
108
109
110
111
112
113
114
115
116
117
118
119
120
121
122
123
124
125
126
127
128
129
130
131
132
133
134
135
136
137
Lacanobia w-latinum
Lacanobia oleracea
Hecatera cf bicolorata
Hadena rivularis
Hadena confusa
Mythimna ferrago
Mythimna albipuncta
Mythimna vitellina
Mythimna l-album
Mythimna sicula scirpi
Mythimna putrescens
Mythimna loreyi
Calophasia platyptera
Leucochlaena oditis*
Aporophyla nigra
Trigonophora flammea
Polymixis flavicincta
Polymixis dubia*
Agrochola lychnidis
Omphaloscelis lunosa
Acronicta euphorbiae
Acronicta rumicis
Cryphia ravula
Cryphia ereptricula
Cryphia muralis
Euplexia lucipara
Phlogophora meticulosa
Callopristia juventina
Actinotia hyperici
Mesoligia furuncula
Mesapamea secalis
Luperina testacea
Hoplodrina alsines
Hoplodrina ambigua
Stilbia cf anomala
Elaphria venustula
Diachrysia chrysitis
Macdunnoughia confusa*
Autographa gamma
Dysgonia algira
8,05
8,05
9,46
13,75
9,46
8,05
5,17
12,22
12,22
9,46
5,17
9,46
10,40
20,90
8,05
19,47
5,17
23,78
8,05
9,46
13,75
3,76
5,17
13,75
5,17
12,34
15,10
14,69
14,69
13,75
13,75
13,75
12,34
8,05
13,75
9,46
17,04
22,23
10,81
5,17
1
2
3
1
2
3
4
1
2
3
4
5
6
7
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
Anfíbios
Triturus marmoratus*
Alytes obstetricans*
Bufo bufo
Répteis
Tarentola mauritanica
Lacerta lepida
Podarcis bocagei
Psammodromus algirus
Aves
Apus apus
Ptyonoprogne rupestris
Hirundo rustica
Delichon urbica
Motacilla alba
Phoenicurus ochruros
Passer domesticus
Mamíferos
Erinaceus europeus
Crocidura russula
Rhinolophus hipposideros*
Myotis emarginatus*
Myotis nattereri*
Myotis daubentonii*
Pipistrellus pipistrellus
Pipistrellus kuhli
Nyctalus leisleri*
Nyctalus lasiopterus/noctula*
Eptesicus serotinus
Barbastella barbastellus*
Plecotus auritus
Tadarida teniotis*
Sciurus vulgaris
Rattus rattus
Mus musculus
Eliomys quercinus
Martes foina
Genetta genetta
26,70
26,70
6,26
17,77
18,83
32,94
18,82
16,66
20,89
19,81
19,81
14,61
17,21
9,36
2,10
7,82
34,01
43,43
39,22
35,53
21,92
28,75
42,90
34,52
25,07
42,94
30,33
36,61
14,12
4,16
6,76
20,41
8,86
18,82
A valoração foi obtida recorrendo aos VEE das espécies de cada grupo taxonómico – invertebrados e
vertebrados, aplicando-se aos invertebrados a equação:
VFB =
2 ∑ VEEa + ∑ VEEb
× log RE
n
onde, VFB = valor faunístico do biótopo pelo grupo dos invertebrados
VEEa = valor ecológico das espécies de invertebrados com VEE mais elevado
VEEb = valor ecológico das restantes espécies de invertebrados
n = número total de espécies de invertebrados ocorrentes na área protegida
RE = riqueza específica (número espécies de invertebrados ocorrentes no biótopo)
1ª Fase – Relatório de Caracterização
179
Plano de Ordenamento da APPSA
e aplicando-se aos vertebrados a equação:
VFB =
2 ∑ VEEa + ∑ VEEb
× log RE
n
onde, VFB = valor faunístico do biótopo pelo grupo dos vertebrados
VEEa = valor ecológico das espécies de vertebrados com VEE mais elevado
VEEb = valor ecológico das restantes espécies de vertebrados
n = número total de espécies de vertebrados ocorrentes na área protegida
RE = riqueza específica (número espécies de vertebrados ocorrentes no biótopo).
O valor final do biótopo é dado pela junção do VFB do grupo dos invertebrados e do VFB do grupo dos
vertebrados:
VFB = VFB Invertebrados + VFBVertebrados
As equações relativas aos invertebrados e aos vertebrados, ao privilegiarem as espécies com valores
ecológicos mais altos, minimizam os erros induzidos por um simples cálculo da média aritmética dos VEE,
erros associados ao “ruído” causado por espécies de menor importância, que encobrem o contributo das
espécies mais importantes para a conservação.
Uma vez determinados os VFB, procedeu-se à sua hierarquização, em função das espécies que os utilizam e
da própria riqueza específica. Determinou-se assim o valor dos biótopos, ao atribuir-se um nível de
classificação de acordo com a sua relevância para a conservação da fauna, considerando quatro níveis de
classificação: Excepcional, Alto, Médio ou Baixo (Tabela 51).
Tabela 51 – Níveis de classificação dos biótopos (significância).
VFB
> 60
50 – 60
31 – 50
0 – 30
Valor
Excepcional
Alto
Médio
Baixo
Os cálculos relativos à determinação dos VFB encontram-se resumidamente apresentados na Tabela 52.
Tabela 52 – Determinação do Valor Faunístico dos Biótopos (VFB).
Legenda: VEEa – valor ecológico das espécies com VEE mais elevado; VEEb – valor ecológico das restantes espécies
ocorrentes na AP; ER – riqueza específica (número de espécies ocorrentes no biótopo.
Biótopo
FF
P
O
MA
MB
FR
AA
AEa
∑ VEEa
356,57
161,84
132,97
161,84
161,84
258,19
132,97
132,97
Invertebrados
∑ VEEb
n
1783,21
208
1252,15
208
1183,60
208
1149,25
208
1202,97
208
1596,33
208
1405,24
208
1161,78
208
RE
195
144
138
136
141
177
160
137
VFB
27,48
16,35
14,91
15,11
15,77
22,83
17,71
14,67
∑ VEEa
503,00
341,80
396,76
126,27
142,97
680,71
356,52
362,56
Vertebrados
∑ VEEb
n
1146,66
117
1016,09
117
1057,50
117
531,01
117
478,09
117
532,65
117
1065,70
117
402,09
117
RE
84
72
76
39
32
49
79
34
VFB
35,40
26,98
29,76
10,66
9,83
27,36
28,85
14,75
VFB Final
62,88
43,33
44,67
25,77
25,60
50,19
46,56
29,42
1ª Fase – Relatório de Caracterização
180
Plano de Ordenamento da APPSA
Assim, a hierarquização final dos biótopos, por ordem de importância para a conservação da fauna, vem
apresentada na Tabela 53, tendo sido cartografada na carta [28] – valoração dos biótopos para a fauna.
Tabela 53 – Hierarquização do VFB e respectiva classificação.
Biótopo
FF
FR
AA
O
P
AEa
MA
MB
VFB
62,88
50,19
46,56
44,67
43,33
29,42
25,77
25,60
Valor
Excepcional
Alto
Médio
Médio
Médio
Baixo
Baixo
Baixo
1ª Fase – Relatório de Caracterização
181
Plano de Ordenamento da APPSA
C.IV. Anexo – Lista de Espécies de Briófitos Inventariadas na APPSA
(Silva et al., 1985)
Espécies
ANTHOCEROTOPSIDA
Anthocerotaceae
Anthoceros punctatus L.
Phaeocerus bulbiculosus (Brotero) Prosk.
Phaeocerus laevis (L.) Prosk.
MARCHANTIOPSIDA
Calypogeaceae
Calypogeia fissa (L.) Raddi
Cephaloziaceae
Cephalozia bicuspidata (L.) Dum.
Cephalozia lunulifolia (Dum.) Dum.
Cephalozielaceae
Cephaloziella elegans (Heeg.) Schiffn
Cephaloziella turneri (Hook.) K. Mull.
Geocalycaceae
Chiloschyphus polyanthos (L.) Corda incluindo C. polyanthos
var. rivularis
Lophocolea bidentata (L.) Dum.
Lophocolea heterophylla (Schrad.) Dum.
Saccogyna viticulosa (L.) Dum.
Lejeuneaceae
Cololejeunea rossetiana (Massal.) Schiffn.
Lejeunea cavifolia (Ehrh.) Lindb.
Lejeunea eckloniana Lindenb.
Lejeuna lamacerina (Steph.) Schiffn.
Lejeuna patens Lindb.
Conocephalaceae
Conocephalum conicum (L.) Underw.
Corsiniaceae
Corsinia coriandrina (Spreng.) Lindb.
Scapaniaceae
Diplophyllum albicans (L.) Dum.
Scapania compacta (Roth.) Dumort.
Scapania nemorea (L.) Grolle
Wiesnerellaceae
Dumortiera hirsuta (L.) Dum.
Codoniaceae
Fossombronia angulosa (Dicks.) Raddi
Fossombronia husnotii Corb.
Frullaniaceae
Frullania dilatata (L.) Dum.
Frullania tamarisci (L.) Dum.
Arnelliaceae
Gongylanthus ericetorum (Raddi) Nees
Jungermanniaceae
Jungermannia gracillima Sm.
Nardia scalaris S. Gray
Lepidoziaceae
Lepidozia reptans (L.) Dum.
Lunulariaceae
Lunularia cruciata (L.) Dum.
Aytoniaceae
Mannia androgyna (L. emend. Lindb.) Evans
Reboulia hemisphaerica (L.) Dum.
Gymnomitriaceae
Marsupella emarginata (Ehrh.) Dum.
Marsupella profunda Lindb.
Metzgeriaceae
Metzgeria conjugata Lindb.
Metzgeria furcata (L.) Dum.
Pallaviciniaceae
Pallavicinia lyelly Hook.
Pelliaceae
Pellia epiphylla (L.) Corda
Plagiochilaceae
Plagiochila porelloides (Torrey ex Nees) Lindeno.
Porellaceae
Porella arboris-vitae (With.) Grolle
Porella obtusata (Tayl.) Trev.
Radulaceae
Radula complanata (L.) Dum.
Radula lindenbergiana Gott ex. Hartm.
Aneuraceae
Riccardia chamedryfolia (With.) Grolle
Riccardia latifrons (Lindb.) Lindb.
Ricciaceae
Riccia crozalsii Levier
Riccia somieri Levier
Riccia sorocarpa Bisch.
Riccia subbifurca Warnst.
Targioniaceae
Targionia hypophylla L.
Targionia loorberiana K. Müll
BRYOPSIDA
Leucodontaceae
Antritrichia curtipendula (Hedw.) Brid.
Leucodon sciuroides (Hedw.) Schw. var. morensis (Schwaegr.)
De Not.
Pterogonium gracile (Hedw.) Sm.
Polytrichaceae
Atrichum angustatum (Brid.) B.,S. & G.
Atrichum undulatum (Hedw.) P. Beauv.
Pogonatum aloides (Hedw.) P. Beauv.
Polytrichum formosum Hedw.
Polytrichum piliferum Hedw.
Aulacomniaceae
Aulacomnium androgynum (Hedw.) Schwaegr.
Bartramiaceae
Bartramia pomiformis Hedw.
Bartramia stricta Brid.
Philonotis arnellii Husn.
Philonotis rigida Brid.
Brachytheciaceae
Brachythecium velutinum (Hedw.) B.,S. &
Eurhynchium praelongum (Hedw.) B.,S. & G. var. praelongum
Eurhynchium praelongum var. stokesii (Turn.) Dix.
Eurhychium pumilum (Wils.) Schimp.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
182
Plano de Ordenamento da APPSA
Eurhychium speciosum (Brid.) Jur.
Eurhychium striatum (Hedw.) Schimp.
Homalothecium sericeum (Hedw.) B.,S. & G.
Isothecium myosuroides Brid.
Rinchostegium riparioides (Hedw.) Card.
Scleropodium purum (Hedw.) Limpr.
Scorpiurium circinatum (Brid.) Fleisch. & Loeske
Bryaceae
Bryum bicolor Dicks.
Bryum capillare Hedw.
Bryum donianum Grev.
Bryum dunense A.J.E.Sm. & H. Whiteh.
Bryum pseudotriquetrum (Hedw.) Gae
Epipterygium tozeri (Grev.) Lindb.
Pohlia elongata Hedw.
Pohlia proligera (Kindb. ex Breidl.) Lindb. ex H. Arn.
Amblystegiaceae
Calliergonella cuspidata (Hedw.) Loeske
Dicranaceae
Campylopus atrovirens De Not
Campylopus flexuosus (Hedw.) Brid.
Campylopus pilifer Brid.
Campylopus pyriformis Brid. var. pyriformis
Ceratodon purpureus (Hedw.) Brid.
Dicranella heteromalla (Hedw.) Schimp.
Dicranella varia (Hedw.) Schimp.
Dicranum scoparium Hedw.
Ditrichum subulatum Hampe
Leucobryum juniperoideum (Brid.) C. Mull.
Pleuridium acuminatum Lindb.
Thuidiaceae
Claopodium whippleanum (Sull.) Ren. & Card.
Heterocladium heteropterum (Brid.) B.,S. & G. var.
heteropterum
Thuidium tamariscinum (Hedw.) B., S. & G.
Pottiaceae
Didymodon insulanus (De Not.) M. Hill
Hymenostylium recurvirostrum (Hedw.) Dix.
Pleurochaete squarrosa (Brid.) Limpr.
Pottia truncata (Hedw.) B. & S.
Pseudocrossidium hornschuchianum (K. F. Schultz) Zander
Tortella flavovirens (Bruch.) Broth.
Tortula atrovirens (Sm.) Lindb.
Tortula canescens Mont.
Tortula cuneifolia (With.) Turn.
Tortula laevipila (Brid.) Schwaegr.
Tortula ruralis (Hedw.) G., M. & S.
Trichostomum brachydontium Bruch.
Trichostomum brachydontium Bruch. var. littorale (Mitt.) C.
Jens.
Weissia controversa Hedw.
Buxbaumiaceae
Diphyscium foliosum (Hedw.) Mohr.
Funariaceae
Entosthodon attenuatus (Dicks.) Bryhn.
Funaria hygrometrica Hedw.
Fissidentaceae
Fissidens bryoides (Hedw.)
Fissidens curnovii Mitt.
Fissidens limbatus Sull.
Fissidens serrulatus Brid.
Fissidens taxifolius Hedw.
Fissidens viridulus (Sw.) Wahlenb.
Grimmiaceae
Grimmia pulvinata (Hedw.) Sm.
Racomitrium canescens (Hedw.) Brid.
Racomitrium heterostichum (Hedw.) Brid.
Schistidium apocarpum (Hedw.) B.,S. & G.
Hedwigiaceae
Hedwigia ciliata (Hedw.) P. Beauv.
Hookeriaceae
Hookeria lucens (Hedw.) Sm.
Hypnaceae
Hypnum andoi A. J. E. Sm.
Hypnum cupressiforme Hedw.
Hypnum revolutum (Mitt.) Lindb.
Plagiotheciaceae
Isopterygium elegans (Brid.) Lindb.
Plagiothecium nemorale (Mitt.) Jaeg.
Plagiothecium succulentum (Wils.) Lindb.
Mniaceae
Mnium hornum Hedw.
Mnium stellare Hedw.
Plagiomnium affine (Bland.) T. Kop.
Plagiomnium rostratum (Schrad.) T. Kop.
Plagiomnium undulatum (Hedw.) T. Kop.
Rhizomnium punctatum (Hedw.) T. Kop.
Neckeraceae
Neckera complanata (Hedw.) Hüb.
Neckera crispa Hedw.
Neckera pumila Hedw.
Orthotrichaceae
Amphidium mougeotii (B.,S. & G.) Schimp.
Orthotrichum lyellii Hook. & Tayl.
Orthotrichum rupestre Schleich. ex Schwaegr.
Orthotrichum striatum Hedw.
Zigodon baungartneri Malta
Ptychomitriaceae
Ptychomitrium polyphyllum (Sw.) B., S. & G.
Thamniaceae
Thamnobryum alopecurum (Hedw.) Nieuwl.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
183
Plano de Ordenamento da APPSA
C.V. Anexo – Lista de Espécies de Macrofungos Inventariadas na Mata da Margaraça
(Gama, 2004)
Espécies
ASCOMYCETES
Geoglossaceae
Geoglossum umbratile Sacc.
Helotiaceae
Bisporella citrina (Batsch.) Korf.& S.E. Carp.
Leotiaceae
Leotia lubrica (Scop.) Pers.
Rutstroemiaceae
Rutstroemia echinophila (Bull.) Korf.
Rutstroemia firma (Pers.) P. Krast.
Helvellaceae
Helvella elastica Bull.
Helvella queletii Bresad.
Helvella sp. 1
Helvella sp. 2
Helvella sp. 3
Helvella sp. 4
Morchellaceae
Morchella esculenta (L.) Pers.
Pezizaceae
Peziza sp. 1
Peziza sp. 2
Peziza sp. 3
Peziza sp. 4
Pyronemataceae
Humaria hemisphaerica (F.H.Wigg) Fuckel
Otidea alutaceae (Pers.) Masssee
Scutellinia scutellata (L.) Lambotte
Tarzetta catinus (Holmsk.) Korf & J.K. Rogers
Sarcoscyphaceae
Sarcoscypha coccinea (Jacq.) Sacc.
Xylariaceae
Xylaria sp.1
Xylaria hypoxylon (L.) Grev.
BASIDIOMYCETES
Agaricaceae
Agaricus sp.1
Agaricus amanitiformis Wasser
Agaricus arvensis Sch.
Agaricus praeclaresquamosus A.E. Freeman
Agaricus vaporarius (Pers.) Cappelli
Cystolepiota adulterina (Moeller) M.Bon [conf.]
Lepiota sp.1
Lepiota castanea Quél.
Lepiota clypeolaria(Bull.) Quél.
Leucoagaricus serenus (Fr.) Bon & Boiffard
Macrolepiota mastoidea (Fr.) Sing.
Macrolepiota procera (Scop.) Singer
Bolbitiaceae
Agrocybe aegerita (Brig.) Singer
Conocybe vestita
Hebeloma leucosarx P. D. Orton
Panaeolus sp.1
Clavariaceae
Clavaria sp.1
Coprinaceae
Coprinus lagopus (Fr.) Fr.
Coprinus micaceus (Bull.) Fr.
Coprinus sp.1
Psathyrella sp.1
Psathyrella sp.2
Psathyrella hydrophila (Bull.) Maire
Psathyrella multipedata (Peck.) Smith
Cortinariaceae
Cortinarius sp. 1
Cortinarius sp. 2
Cortinarius sp. 3
Cortinarius sp. 4
Cortinarius subgénero Dermocybe sp. 1
Cortinarius subgénero Leprocybe sp.2
Cortinarius subgénero Leprocybe sp.3
Cortinarius subgénero Leprocybe sp.4
Cortinarius subgénero Leprocybe sp.5
Cortinarius subgénero Leprocybe sp.6
Cortinarius subgénero Leprocybe sp.7
Cortinarius subgénero Leprocybe sp.8
Cortinarius subgénero Leprocybe sp.9
Cortinarius subgénero Leprocybe sp. 10
Cortinarius subgénero Leprocybe secção Orellani sp.1
Cortinarius subgénero Leprocybe secção Orellani sp. 2
Cortinarius subgénero Phlegmacium sp.x1
Cortinarius subgénero Sericeocybe sp.1
Cortinarius subgénero Telamonia sp.1
Cortinarius subgénero Telamonia secção Duracini sp.1
Cortinarius acutus (Pers.) Fr.
Cortinarius anomalus (Fr.) Fr.
Cortinarius duracinus Fr.
Cortinarius saniosus (Fr.) Fr.
Cortinarius stillatitius Fr.
Cortinarius trivialis J. E. Lange
Cortinarius vernus H. Lindstr. & Melot
Crepidotus sp.1
Crepidotus variabilis (Pers.) P. Kumm.
Galerina sp. 1
Galerina sp. 2
Galerina marginata (Batsch) Kuhner
Gymnopilus sp.1
Gymnopilus sp.2
Gymnopilus penetrans (Fr.) Murrill
Inocybe subgénero Inoybium sp.1
Inocybe subgénero Inoybium sp.2
Inocybe subgénero Inoybium sp.3
Inocybe subgénero Inoybium sp.4
Inocybe subgénero Inocybe secção cortinatae sp.1
Inocybe subgénero Inocybe secção Marginatae sp.1
Inocybe subgénero Inocybe secção Marginatae sp.2
Inocybe subgénero Inocybe secção Marginatae sp.3
1ª Fase – Relatório de Caracterização
184
Plano de Ordenamento da APPSA
Inocybe subg. Inocybe sec. Petiginosae calosporineae sp.1
Inocybe rimosa var. rimosa (Bull.) Gillet
Rozites caperatus (Pers.) P. Karst.
Simocybe sp. 1
Entolomataceae
Clitopilus prunulus (Scop.) Fr.
Entoloma subgénero Eccilia sp.1
Entoloma subgénero Eccilia sp.2
Entoloma subgénero Nolanea sp.1
Entoloma subgénero Nolanea sp.2
Entoloma subgénero Nolanea sp.3
Entoloma subgénero Nolanea sp.4
Entoloma subgénero Nolanea sp.5
Entoloma subgénero Nolanea sp.6
Entoloma hirtipes (Schumach.) M.M. Moser
Entoloma papillatum (Bres.) Dennis
Entoloma sericeum (Bull.) Quél.
Fistulinaceae
Fistulina hepatica (Schaeff.)
Hydnangiaceae
Laccaria amethystina Cooke
Laccaria laccata (Scop.) Fr.
Lycoperdaceae
Lycoperdon sp.1
Lycoperdon perlatum Pers.
Marasmiaceae
Marasmius sp.1
Marasmius sp.2
Marasmius secção Epiphyllii sp.1
Marasmius androsaceus (L.) Fr.
Marasmius cohaerens (Alb.&Schwein.) Cook.&Quél.
Marasmius epiphylloides (Rea) Sacc.
Marasmius rotula (Scop.) Fr.
Marasmius torquescens Quél.
Micromphale sp.1
Micromphale foetidum (Sowerby) Singer
Nidulariaceae
Cyathus striatus (Huds : Pers) Wildenow
Pluteaceae
Amanita citrina (Schaeff.) Pers.
Amanita gemmata (Fr.) Gilllet
Amanita muscaria L. Hook.
Amanita pantherina (D.C.) Krombh.
Amanita phalloides Secr.
Amanita rubescens (Pers.) Gray
Amanita vaginata (Budd) Vitt
Amanita subgénero amanitopsis sp. 1
Pluteus sp. 1
Pluteus cervinus P. Kumm. [conf.]
Pluteus salicinus P. Kumm.
Schizophyllaceae
Schizophyllum commune Fr.
Strophariaceae
Hypholoma fasciculare (Huds) Quél.
Tricholomataceae
Clitocybe sp. 1
Clitocybe sp. 2
Clitocybe lignatilis (Pers.) P. Krast
Clitocybe odora (Bull.) Fr.
Clitocybe subspadicea (J.E. Lange) Bon & Chevassut
Collybia fusipes (Bull.) Quél.
Collybia sp.1
Hemimycena sp.1
Hygrocybe conica (Scop.) P. Kumm.
Hygrocybe chlorophana (Fr.) Wunsch
Hygrocybe pratensis var. pratensis (Pers.) Murril.
Hygrocybe virginea (wulfen) P.D. Orton & Watling.
Lepista inversa (Scop.) Pat.
Lepista nuda (Bull.) Cooke
Leucopaxillus sp.1
Lyophyllum sp.1
Mycena sp. 1
Mycena sp. 2
Mycena sp. 3
Mycena sp. 4
Mycena sp. 5
Mycena sp. 6
Mycena sp.7
Mycena sp. 8
Mycena sp.9
Mycena sp.10
Mycena sp.11
Mycena sp.12
Mycena subgénero Adonidae sp. 1
Mycena abramsii (Murrill) Murrill
Mycena acicula (Sch) Kummer
Mycena alnetorum J. Favre
Mycena arcangeliana Bres.
Mycena cinerella (P.Krast) P. Krast
Mycena erubescens Hohn
Mycena fibula (Bull.)Kühner
Mycena galericulata (Scop.) Schaeff.
Mycena inclinata (Fr.) Quél.
Mycena pearsoniana Dennis ex Singer
Mycena renati Quél.
Mycena rorida (Scop.) Quél.
Mycena rosea (Pers.) Sacc.
Mycena seynesii (Quélet)
Mycena stipata Maas Geest.&Schowbel
Mycenella sp.1
Omphalina marchantiae (Sing.&Clém.) Norv.,Redh.&Amir.
Panellus sp.1
Tephrocybe palustris (Peck) Donk
Tricholoma sp.1
Tricholoma secção Imbricata sp. 1
Tricholoma acerbum (Bull.) Vent.
Tricholoma fulvum (D. C.) Sacc.
Tricholoma sulphureum (Bull.) Fr.
Tricholomopsis rutilans (Schaeffer) Singer
Xeromphalina sp.1
Boletaceae
Boletus aestivalis (Paulet) Fr.
Boletus calopus Fr.
Boletus edulis Rostk.
Boeltus erythropus Fr.
Boletus radicans Pers.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
185
Plano de Ordenamento da APPSA
Leccinum molle (Bon) Bon
Phylloporus rhodoxanthus (Schw.) Bres.
Xerocomus sp. 1
Xerocomus sp. 2
Xerocomus sp. 3
Xerocomus chrysenteron (Bull.) Quél.
Xerocomus porosporus Imler
Xerocomus subtomentosus (L.) Fr.
Hygrophoropsidaceae
Hygrophoropsis aurantiaca (Walfen) Maire
Gyroporaceae
Gyroporus cyanescens (Bull.) Quél.
Paxillaceae
Paxillus involutus (Batsch) Fr.
Sclerodermataceae
Astraeus hygrometricus (Pers.) Morgan
Pisolithus tinctorius (Pers.) Coker & Couch.
Scleroderma cepa Pers.
Scleroderma citrinum Pers.
Scleroderma sp.1
Suillaceae
Suillus bovinus (Pers.) Kuntze
Cantharellaceae
Cantharellus cibarius Fr.
Cantharellus tubaeformis (Bull.) Fr.
Clavulinacea
Clavulina sp.1
Clavulina sp.2
Clavulina cristata (Holmsk.) J. Schrot.
Hydnaceae
Hydnum repandum L.
Hydnum rufescens Pers.
Dacrymycetaceae
Calocera sp.1
Calocera córnea (Batsch.) Fr.
Calocera viscosa (Pers.) Fr.
Hymenochaetaceae
Coltricia perennis (L.) Murr.
Phellinus sp. 1
Ramariaceae
Ramaria stricta (Pers) Quél.
Corticiaceae
Pulcherricium caeruleum (Lam.) Parmasto
Polyporaceae
Laetiporus sulphureus (Fr.) Murr.
Polyporus sp.1
Trametes sp.1
Russulaceae
Lactarius sp.1
Lactarius aurantiofulvus J. Blum ex Bon
Lactarius controversus Pers. ex Fr. [conf.]
Lactarius mitissimus (Fr.) Fr.
Lactarius pergamenus (Sw.) Fr.
Russula sp. 1
Russula sp. 2
Russula sp. 3
Russula sp. 4
Russula sp. 5
Russula sp. 6
Russula sp. 7
Russula sp. 8
Russula acetolens Rauschert
Russula acrifolia Romagn. [conf.]
Russula anthracina Romagn.
Russula aurea Pers.
Russula brunneoviolacea Crawshay [conf.]
Russula cyanoxantha (Schaeff.) Fr.
Russula delica Fr.
Russula ionochlora Romagn.
Russula mesospora Singer [conf.]
Russula parazurea J. Schaeff. [conf.]
Russula pelargonia Niolle
Russula virescens (Sch) Fr.
Tremellaceae
Tremella foliaceae Pers.
Tremella mesenterica Retz.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
186
Plano de Ordenamento da APPSA
C.VI. Anexo – Definição e Valoração das Unidades de Paisagem – Metodologia e Resultados
Os critérios utilizados para a definição das unidades de paisagem presentes na APPSA foram adaptados da
metodologia proposta no Caderno de Encargos, elaborado pelo ICN.
Definição das Unidades de Paisagem
Para a definição das unidades de paisagem presentes na APPSA, procuraram-se unidades homogéneas do
ponto de vista paisagístico e com expressão cartográfica à escala de trabalho, analisando factores como por
exemplo a fisiografia, os declives, o coberto vegetal e o uso do solo, juntamente com o grau de intervenção
humana.
Deste modo, foram definidas sete unidades de paisagem para APPSA: (1) a Mata da Margaraça, (2) os
Socalcos Agrícolas, (3) as Aldeias, (4) as Folhosas, (5) o Pinhal, (6) os Matos e (7) a Fraga da Pena, cuja
cartografia se encontra na carta [14].
Apresenta-se de seguida, na Tabela 54, uma breve caracterização de cada uma das unidades, no que
respeita ao relevo, ao uso do solo, ao grau de intervenção humana e às suas características.
Tabela 54 – Breve caracterização de cada unidade de paisagem presente na APPSA.
Unidades
Relevo
Uso do Solo
Intervenção Humana
Mata da
Margaraça
Declivoso
Floresta de folhosas
Reduzida
Socalcos
agrícolas
Plano a
declivoso
Área agrícola
Elevada
Aldeia
Plano a
declivoso
Área urbana
Elevada
Folhosas
Plano a
declivoso
Folhosas de
regeneração ou
residuais
Média
Pinhal
Declivoso
Pinhal de
regeneração
Elevada
Matos
Plano a
declivoso
Matos ou incultos
Elevada
Fraga da
Pena
Declivoso
Linha de água com
vegetação ripícola
Reduzida
Características
Paisagem florestal de folhosas em etapa
clímax, com características reliquiais e
representantes da vegetação natural das
encostas xistosas do centro de Portugal
Paisagem homogénea, situada junto de
povoações, ao longo das linhas de água ou
nas encostas, com ocupação agrícola através
de técnicas características de encostas
declivosas e que sugerem um regime
extensivo
Paisagem fortemente humanizada, constituída
pelos aglomerados urbanos de características
serranas, com construções mais ou menos
rústicas, em xisto, características da Serra do
Açor
Paisagem florestal de folhosas de
regeneração ou residuais, com alguns sinais
de intervenção humana e com elevado
potencial ecológico
Paisagem florestal de pinheiro bravo, que
sugere alguma intervenção humana
Paisagem de matos e incultos, que sugere
acentuadas
alterações
no
ambiente
resultando numa paisagem degradada
Paisagem florestal associada a uma linha de
água onde se encontra uma falha geológica
que dá origem a numerosas quedas de água.
A fraca intervenção humana resulta das
intervenções realizadas para melhorar os
acessos destinados aos turistas
1ª Fase – Relatório de Caracterização
187
Plano de Ordenamento da APPSA
Valoração das Unidades de Paisagem
A valoração de cada uma das unidades de paisagem consideradas, e representada na carta [32], foi
efectuada através da atribuição de um valor cénico-paisagístico (VCP), determinado a partir do somatório do
valor atribuído a cada um de três parâmetros de valoração, segundo a equação:
VCP = Diversidade + Harmonia + Identidade
Estes parâmetros, (1) Diversidade (D), (2) Harmonia (Har) e (3) Identidade (I), determinam as áreas que
apresentam um maior valor estético e também as que serão mais sensíveis à modificação.
1 – Diversidade
O parâmetro Diversidade (D) considera fundamentalmente o valor biológico e ecológico da paisagem, tendo
sido atribuído um peso maior às paisagens que apresentam maior diversidade e raridade no que respeita à
fauna, às comunidades vegetais e aos habitats mais relevantes.
Uma vez que se encontravam já determinadas, em valorações anteriores à presente (as valorações da flora,
da vegetação e faunística), os valores da diversidade foram determinados recorrendo à média dos valores
biológicos, de acordo com a equação abaixo indicada:
DiversidadeFinal =
D Fauna + D Flora + DVegetação
3
Os valores a atribuir ao parâmetro Diversidade são os seguintes:
0 – Nenhuma (se a valoração anterior7 é igual a Baixo)
1 – Pouca (se a valoração anterior é igual a Médio)
2 – Razoável (se a valoração anterior é igual a Alto)
3 – Muita (se a valoração anterior é igual a Excepcional)
2 – Harmonia
A Harmonia é o parâmetro que reflecte o valor estético da paisagem, sendo, provavelmente, o mais
subjectivo de todos eles, uma vez que esse valor depende de cada observador. Analisa questões como a
Ordem, que traduz a estabilidade da utilização do território e o equilíbrio com as condições ecológicas, e a
Grandeza, que traduz a importância da fisiografia impondo-se uma linha estruturante e articuladora, podendo
criar bacias visuais e cenários de grande importância. Os valores a atribuir, na definição deste parâmetro
são:
0 – Nenhuma
1 – Pouca
2 – Razoável
3 – Muita
7
Valoração relativa à flora, à vegetação e à fauna.
1ª Fase – Relatório de Caracterização
188
Plano de Ordenamento da APPSA
3 – Identidade
Este parâmetro, Identidade (I), reflecte o valor da paisagem enquanto portadora de um património natural e
genético, podendo ser uma referência única no contexto nacional, ou mesmo internacional, bem como do
património construído, quer arquitectónico quer arqueológico, constituindo um marco de elevado valor
histórico-cultural. É definido pela atribuição dos seguintes valores:
0 – Nenhuma
1 – Pouca
2 – Razoável
3 – Muita
Da metodologia atrás exposta, resultou a determinação do VCP para a valoração das unidades de paisagem
que se apresenta de seguida, na Tabela 55.
Tabela 55 – Determinação do Valor Cénico-Paisagístico (VCP) das unidades de paisagem presentes na APPSA.
Unidade de paisagem
Mata da Margaraça
Socalcos agrícolas
Aldeia
Folhosas
Pinhal
Matos
Fraga da Pena
Diversidade
(Flora)
3
1
0
2
1
1
2
Diversidade
(Vegetação)
3
0
0
1
0
0
2
Diversidade
(Fauna)
3
1
0
3
1
0
2
Diversidade
Harmonia
Identidade
VCP
3,0
0,7
0,0
2,0
0,7
0,3
2,0
3
3
2
3
1
2
3
3
3
1
1
0
0
3
9,0
6,7
3,0
6,0
1,7
2,3
8,0
Depois de determinado o VCP de cada unidade de paisagem, hierarquizam-se segundo a sua importância,
pelos níveis de classificação apresentados na Tabela 56.
Tabela 56 – Níveis de classificação das unidades de paisagem.
VCP
8 ≤ VCP
6 < VCP < 8
3 < VCP ≤ 6
3 ≤ VCP
Valor
Excepcional
Alto
Médio
Baixo
Resultou, assim, a seguinte hierarquização das unidades de paisagem (Tabela 57):
Tabela 57 – Valoração das unidades de paisagem e respectiva classificação.
Unidade de Paisagem
Mata da Margaraça
Fraga da Pena
Socalcos agrícolas
Folhosas
Aldeia
Matos
Pinhal
VCP
9,0
8,0
6,7
6,0
3,0
2,3
1,7
Valor
Excepcional
Excepcional
Alto
Médio
Baixo
Baixo
Baixo
1ª Fase – Relatório de Caracterização
189
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Relatório de Caracterização - Câmara Municipal de Arganil