| 24 | quinta-feira 22 de outubro de 2015 | www.oje.pt gestãodefrotas EDITADO POR SÓNIA BEXIGA BARÓMETRO CORPORATE VEHICLE OBSERVATORY 2015 Gestores mais otimistas porém cautelosos. Redução de custos lidera prioridades Numa moderada inversão de tendência, os gestores de frota portugueses mostram ter abandonado o pessimismo que os acompanhava desde 2008 e estimam crescer nos próximos 3 anos. O otimismo é agora nota dominante na Europa. DR Como que a corroborar os sinais de recuperação económica do país, as principais conclusões do Barómetro Corporate Vehicle Observatory 2015 (CVO), estudo anual da Arval, empresa do Grupo BNP Paribas especializada no Aluguer Operacional de Viaturas e Gestão de Frotas, em parceria com a CSA (estudos de mercado), apontam para que nos segmentos das empresas com menos de 500 colaboradores, tanto em Portugal como nos 12 países europeus considerados neste estudo, há um otimismo moderado relativamente ao crescimento do número de viaturas das suas frotas nos próximos três anos, verificando-se uma maior confiança nas empresas com mais de 500 colaboradores. Entre as PME, apenas no Reino Unido, Es- panha e Polónia é detetado um franco otimismo em relação ao crescimento das frotas, enquanto entre as grandes empresas, onde esse otimismo é claramente maior, Portugal lidera um grupo de países, juntamente com a França, a Holanda e a Itália, com resultados um pouco abaixo da média das previsões positivas europeias. E é neste contexto de otimismo moderado que ao analisar a política de frotas desenvolvida pelas empresas nacionais em 2015, o Barómetro encontra a redução de custos como o principal objetivo para 43% das grandes empresas e para 22% e 25%, respetivamente, das PME. Quanto às empresas com mais de 500 colaboradores - embora, a redução de custos seja também apresentada como uma meta para 21% - o objetivo principal para 23% será a substituição ou renovação das frotas. Contudo, importa sublinhar que 13% das empresas de média dimensão partilham este objetivo de aumentar o número de viaturas, o que é também valorizado por 12% das pequenas empresas. MAIS TEMPO. MAIS LEASING Quanto ao período de utilização das viaturas das frotas, as empresas nacionais de maior dimensão preveem que esse período aumente, uma realidade que é ainda mais percetível na generalidade dos outros países europeus. Comparando os dados do Barómetro de 2015 com os de 2014, destaca-se, essencialmente, uma As empresas portuguesas estão mais interessadas no recurso à telemática e aos dispositivos móveis no apoio às suas frotas do que a média dos países europeus redução da percentagem de empresas que assumem uma tendência de diminuição do período de utilização das viaturas. No entanto, Portugal está ao lado da Espanha, Itália e Polónia no grupo de países onde as pequenas e médias empresas perspetivam uma redução do período de utilização das viaturas. Sobre os métodos de financiamento, o Barómetro aponta uma conclusão fundamental: as PME manifestam a intenção de fazer uma aposta crescente no Leasing Operacional – isto quando no segmento das empresas com mais de 500 colaboradores, este modelo de financiamento é já o mais utilizado, com uma penetração de 41%. Apesar de, em comparação com os dados de 2014 referentes a mode- www.oje.pt | quinta-feira 22 de outubro de 2015 | 25 | PUB | 26 | quinta-feira 22 de outubro de 2015 | www.oje.pt gestãodefrotas ARVAL ALD AUTOMOTIVE Principal objetivo para a frota das empresas em 2015? % empresas que considera estes como os principais objectivos para 2015 … 22% 25% Empresas com menos de 10 empregados 3% 43% Empresas entre 100 e 499 empregados 9% 12% Redução de custos 21% Empresas entre 10 e 99 empregados 13% 13% Empresas com mais de 500 empregados 23% 6% Substituição de parte da frota por novas viaturas 15% Aumentar a dimensão da frota Dos custos à mobilidade, a resposta é inovação Certa da crescente necessidade de apoio na tomada de decisões, a ALD está preparada, não só para reduzir custos, como para responder aos grandes desafios da mobilidade. Base: viaturas de empresa = 100% ‘Pergunta aberta com lista de respostas possíveis – primeira resposta los de financiamento, existirem mais 5% entre as PME a pretender desenvolver Leasing Operacional, há ainda uma significativa percentagem de empresas de pequena e média dimensão, respetivamente 39% e 34%, a financiaremse com fundos próprios. OUTSOURCING E TI EM ALTA As empresas identificam vantagens claras no recurso a serviços de apoio - outsourcing - à otimização de processos relativos à gestão das suas frotas nos próximos dois anos, com reflexos positivos no desempenho da sua atividade. O reconhecimento desta vantagem parece ser proporcional à dimensão das empresas, sendo identificada por 31% das maiores empresas, por 20% das grandes empresas e por 18% e 12%, respetivamente, pelas empresas de média e pequena dimensão. Por outro lado, o Barómetro revela que uma parte significativa das empresas portuguesas ainda não considera uma estrutura dedicada à mobilidade nos seus organigramas. Na maior parte dos casos, esta responsabilidade é atribuída à gerência ou à gestão de topo, com exceção das empresas com mais de 500 colaboradores, onde, na maior parte dos casos, já existe um departamento de gestão frota. Numa altura em que muito se fala de mobilidade, o CVO conclui que, entre as empresas portuguesas, 23% das grandes empresas e 11% das empresas de média dimensão têm já nos seus organigramas uma estrutura dedicada à mobilidade dos seus colaboradores. Porém, os mesmos dados entre a média dos países europeus observados neste estudo revelamnos que, nesse universo, 51% das empresas com mais de 500 colaboradores têm já uma estrutura própria para gestão da mobilidade, acontecendo o mesmo com 32% das grandes empresas, concluindo-se, assim, que a maioria das empresas portuguesas, mesmo as de maior dimensão, não têm ainda uma estrutura dedicada à mobilidade. O recurso à telemática na gestão das frotas visa, sobretudo, segundo o estudo, assegurar uma redução do consumo de combustível, embora seja crescente o uso entre as empresas portuguesas de dispositivos móveis com a preocupação de aumentar a segurança dos seus colaboradores. Quanto às aplicações móveis, verifica-se que as empresas portuguesas estão mais interessadas na sua utilização do que a média dos países europeus. Uma percentagem significativa de gestores de frota nacionais reconhece a utilidade de aplicações móveis como fonte de informação e auxílio para uma correta gestão da frota, desde o desempenho de cada contrato até à informação consolidada. Já sobre as necessidades do condutor, as empresas estão recetivas a aplicações que permitam aos condutores uma melhor utilização da política de frota da empresa que lhes facilite a marcação e a localização de serviços. Uma nota ainda para as questões ambientais. O uso de viaturas com energias alternativas ainda é pouco comum entre as empresas portuguesas, o que contrasta com a média das empresas europeias, onde essa prática atinge já 41% das empresas de maior dimensão e 24% das grandes empresas. Em Portugal, entre as empresas de maior dimensão apenas 18% já fazem uso de viaturas com tecnologias alternativas, embora a maioria das empresas revele a intenção de escolher viaturas menos poluentes nas próximas renovações de frotas. Para além da preocupação com a redução de emissões de CO2 da frota, a maioria das empresas planeia também que as próximas substituições de viaturas tenham em conta um menor consumo de combustível. JOSÉ PINTO RIBEIRO À grande prioridade dos gestores de frotas - a redução de custos - a ALD Automotive responde, desde logo, com uma equipa comercial altamente especializada. “As nossas equipas trabalham diariamente em soluções que, avaliando todos os itens que constituem uma renda, permitem otimizar custos”, explica ao OJE, Nuno Jacinto, diretor Comercial e de Comunicação. Assim, esta otimização passa pela adequabilidade das viaturas às reais necessidades, racionalizando custos; pela contratação de serviços exigentes e eficientes, nomeadamente pela escolha no melhor binómio prazo/quilometragem; pela máxima preocupação com o valor de investimento para menor incidência da Tributação Autónoma. “O agravamento substancial da carga fiscal no setor automóvel deve originar um impacto no processo de decisão das empresas relativamente à frota automóvel. “Hoje é necessário repensar as políticas automóveis e avaliar bem as opções”, frisa Nuno Jacinto. Assim, as soluções para otimizar custos, para a ALD, passam também pela centralização dos serviços (um controlo tecnicamente exigente, com serviços a preços negociados, geridos por especialistas e de forma centralizada, garantem o custo mais baixo). Sendo que, adicionalmente, a ALD garante tempos de imobilização mínimos, permitindo ainda aos clientes reduzirem recursos afetos à gestão da frota dedicando-se ao seu core business. Por outro lado, há que apostar num portefolio de serviços que permitam agir sobre os vários componentes do custo total de utilização de uma viatura. Para Nuno Jacinto, este custo, não se cinge à renda, existindo um conjunto de outros fatores, que influenciam fortemente o custo de uma frota e que “têm que ser impreterivelmente avaliados”. Nomeadamente, fatores operacionais como os ciclos de vida de pro- O agravamento substancial da carga fiscal no setor automóvel deve originar um impacto no processo de decisão duto, a cobertura geográfica da rede de serviços, os custos de manutenção e os tempos de imobilização, entre outros. E existem ainda fatores comportamentais, como custos com combustível, índices de sinistralidade, multas e coimas, sobre os quais é possível agir através de formação em ecocondução, condução defensiva, otimização e planeamento de rotas, etc. Sendo a ALD um dos principais players no mercado nacional, é possível juntra à redução de custos, um conjunto de outras necessidades prementes. Segundo Nuno Jacinto, atual- mente as empresas procuram, e cada vez mais, apoio na tomada de decisões, num processo constante de consultoria ao longo de todo o período do contrato, que lhes permita uma decisão sólida e consciente. Por outro lado, também procuram soluções inovadoras que dêem resposta às mais recentes necessidades de mobilidade, preocupando-se igualmente com a qualidade dos serviços prestados. “Uma empresa que decide pelo outsoursing da gestão da frota procura aceder aos melhores serviços, que lhe possibilitem maior eficiência e eficácia”, salienta.. Neste contexto, a empresa disponibiliza serviços como o “ALD sharing” (partilha de veículos para empresas), o “ALD Profleet2” (solução de telemática) ou o “ALD mobile” que através de um smartphone disponibiliza localização da rede de parceiros por tipo de serviço. E estes lançamentos “conferem à ALD Automotive a diferenciação em serviços inovadores”, conclui o responsável. www.oje.pt | quinta-feira 22 de outubro de 2015 | 27 | PUB | 28 | quinta-feira 22 de outubro de 2015 | www.oje.pt gestãodefrotas TOWERS WATSON POLÍTICA AUTOMÓVEL Empresas a rever os planos de benefícios de viaturas (2015 - %) Competitividade alinhada com as melhores práticas Porque concedem as empresas o benefício ou um subsídio de viatura? O estudo “Company Car” da Towers Watson responde e acrescenta a interpretação dos visados. Se por um lado é certo que os benefícios concedidos pelas empresas não significam o mesmo para os diferentes colaboradores, podendo pesar mais, ou menos, na hora de valorizar fatores como a idade, o salário, estado civil, escolaridade, entre outros, do ponto de vista de gestão, os critérios são outros e reúnem maior consenso. Isto porque, as empresas revelam focar-se essencialmente no custo, na competitividade, assim como no alinhamento com políticas internacionais. De acordo com o recente estudo “Company Car” da Towers Watson, 91% das empresas atribuem o benefício ou subsídio de viatura, prática que não difere de anos anteriores. O mesmo não se pode dizer em relação às razões que motivam as alterações na política automóvel, que se vão alterando de ano para ano e, à medida que vão sendo cumpridos os objetivos, essas razões vão dando lugar a outras. Se recuarmos a 2012 e à situação económica vivida nessa altura, o principal objetivo, para cerca de 90% das empresas, era a redução de custos, objetivo que atualmente ainda se mantém mas agora para cerca de 44% das empresas, continuando a fazer parte das prioridades para o próximo ano. Assim, atualmente, no topo das prioridades das empresas aparece uma política que “deverá continuar a ser competitiva e terá de ser alinhada com as melhores práticas de mercado. Também se pretende alcançar a flexibilidade nos planos, embora se manifeste ainda de forma tímida”, explica, ao OJE, Sandra Bento, country manager Data Services and Technology da Towers Watson. Por outro lado, este estudo, aponta para o facto de os responsáveis pela área dos recursos humanos, bem como os responsáveis pela compensação e benefícios e gestores de frotas automó- A Towers Watson apoia as empresas com informação de políticas e práticas do benefício automóvel em mais de 40 países na região EMEA, através de relatórios individuais ou um relatório global com todos os países Principais razões de alterações na política automóvel (últimos 12 meses) 72,7% Alinhamento com as 100,0% melhores práticas de mercado/competitividade 77,8% 90,9% Redução de custos 75,0% 44,4% 18,2% Introdução de flexibilidade 25,0% 33,3% 36,4% Reduzir a gestão de viaturas veis, quer estejam em Portugal ou noutro país, procuram conhecer as recentes práticas do mercado, nomeadamente formas de desenho, mecanismos de controlo efetivo de custos e incidência fiscal dos planos e vão revendo este benefício. 25,0% 22,2% 45,5% Harmonização entre países ou subsidiárias 50,0% 44,4% 2012/2013 2013/2014 2015 Dados em tempo real sobre as frotas. PHC responde à exigência de redução de custos com a otimização dos processos de gestão TECNOLOGIA Em contexto de redução de custos, a PHC, começa por frisar que ao longo dos anos, tem dedicado espaço no seu portfólio à componente de gestão de frotas, como parte de uma solução de gestão completa. “Sentimos que o mercado está cada vez mais atento às tendências de investimento na área do controlo de frotas. O facto de ser cada vez maior o número de empresas a adotar este tipo de software e o facto dos decisores estarem a procurar novas formas de diminuir os custos com as suas frotas, faz com que este segmento de mercado esteja a ter uma performance interessante”, esclarece, ao OJE, Céu Mendonça, sales director da PHC. A aplicação que a PHC disponibiliza, na sua génese, visa dar resposta aos aspetos administrativos associados à gestão de frota, controlo de custos com o parque automóvel, manutenções, sinistros, validade de seguros, leasing, etc. Trata-se assim de uma solução que reduz o tempo que os colaboradores gastam nesta áreas, por se tratar de uma ferramenta que pode ser integrada com a solução de gestão e/ou de contabili- O aumento dos preços do gasóleo faz com que este seja um custo cada vez mais significativo, e como tal, terá de ser olhado com atenção crescente CÉU MENDONÇA, SALES DIRECTOR DA PHC dade, automatizando todo o controlo dos gastos, compras ou movimentos contabilísticos associados. A automatização e o controlo que oferece são as duas componentes principais para atingir redução de tempo (automatização) e custos de funcionamento (maior controlo e dados em tempo real sobre as frotas). A PHC verifica que uma das maiores preocupações dos gestores de empresas é a contenção de custos da sua organização, e isso, enquadra-se perfeitamente no princípio que norteou a criação do módulo “PHC Frota CS”, ou seja, controlar e monitorizar os custos inerentes ao parque automóvel, desde gastos com combustíveis, a despesas com manutenções ou sinistros, entre outros. As empresas que contactam a PHC, pretendem obter um maior controlo dos custos das suas frotas, tendo informações em tempo real sobre o que estão a gastar de forma a saber exatamente o que esperar no final de cada mês. Ainda sobre esta solução importa reter que é composta pelo módulo “PHC Frota” e o “PHC Dashboard”, e com estes dois módulos a funcionar, em conjunto, é possível controlar todos os custos e utilizadores da frota. www.oje.pt | quinta-feira 22 de outubro de 2015 | 29 | PUB | 30 | quinta-feira 22 de outubro de 2015 | www.oje.pt gestãodefrotas DR LEASEPLAN “Promovemos a política de risco zero” Pedro Pessoa, diretor comercial da LeasePlan, aponta soluções e caminhos para os gestores que procuram, não só reduzir custos, mas também assegurar qualidade e eficiência. SÓNIA BEXIGA [email protected] O vosso estudo estudo “Car Policy Benchmark” aponta como grande prioridade, para o gestor de frota, a redução de custos diretos e indiretos. Atualmente, como é possível conseguir efetivamente uma redução? O renting é uma opção que traz claramente vantagens económicas, não só pela previsibilidade, redução de custos e transferência de riscos do cliente para a gestora, como também pelo melhoramento do serviço prestado aos seus condutores, que necessitam de contactar apenas um único interlocutor. Esta é, aliás, a premissa subjacente à nossa atividade. Na LeasePlan, promovemos a política de “risco zero”, propondo aos nossos clientes soluções que asseguram previsibilidade, controlo técnico e redução de custos na gestão das suas frotas. Adicionalmente, por via da nossa capacidade negocial e know-how técnico, possibilitamos aos nossos clientes poupanças significativas, com condições muito competitivas na aquisição e manutenção da frota. Não obstante, os clientes que conseguem um maior controlo de custos são aqueles com uma política de frota ativa e estruturada, que incorpore, por exemplo, as preocupações com a utilização cuidada do veículo, a co-responsa- Os clientes que conseguem um maior controlo de custos são aqueles com uma política de frota ativa e estruturada bilização dos colaboradores, a uniformização dos veículos por nível hierárquico, entre outras. E reduzir custos será sinónimo de perda de qualidade ou de eficiência? Muito pelo contrário. Acreditamos que eficiência e redução de custos estão relacionadas. Por isso, enquanto parceiros e consultores estratégicos, temos disponibilizado serviços de consultoria, centrados na identificação de oportunidades de redução de custos com a frota, apoiando os nossos clientes a definir qual a melhor estratégia (leia-se, a mais eficiente) para a gestão do seu parque automóvel. Outra aposta da LeasePlan tem sido o desenvolvimento e a melhoria de relatórios de análise e monitorização do comportamen- www.oje.pt | quinta-feira 22 de outubro de 2015 | 31 | gestãodefrotas to da frota. Destaco o “FleetReporting”, a ferramenta de relatórios online, e o “Dossier de Gestão”, que inclui o “Relatório de Sinistralidade”, o “Relatório Executivo” e o “Relatório de Níveis de Serviço”. Estes possibilitam aos nossos clientes perceberem com rigor o nível de desempenho da sua própria frota. Com base nesta informação, a LeasePlan apoia o gestor de frota na análise dos indicadores e respetivas conclusões, assim como na formulação de uma estratégia de redução de custos. Que outras necessidades e exigências foram identificadas neste estudo? Para além da preocupação dos gestores com a redução dos custos diretos e indiretos das suas frotas, o estudo “Car Policy Benchmark” que preparámos concluiu ainda que as empresas tendem a assumir quase na totalidade os custos com as suas frotas. No que respeita a custos de combustível, portagens e sinistros observa-se em alguns casos uma partilha dos mesmos com os cola- boradores. Foram ainda identificadas questões como as frotas geridas em renting terem, na sua maioria, incluídos os serviços de manutenção, gestão de pneus, veículo de substituição e seguro. Sendo que o combustível e portagens tendencialmente são geridos pelas empresas; a liberdade de escolha de um veículo aumenta de acordo com os níveis hierárquicos das empresas e os plafonds para seleção de veículos são maioritariamente estabelecidos em valor de renda; as decisões estratégicas e operacionais da gestão de frota estão mais frequentemente na direção financeira; 88% das empresas têm uma política de frota escrita e publicada e a abrangência dos seus conteúdos está diretamente relacionada com o tamanho da frota; e por último, o período de utilização de um veículo empresarial é normalmente 4 anos e as frotas são maioritariamente (75%) compostas por veículos de passageiros. Caracterizadas, e devidamente analisadas, as políticas de gestão de frotas em Portugal, como Nas grandes empresas, têm-se verificado alguns ajustes estruturais, o que se reflete numa redução da frota, mas que tem sido compensado pela crescente adesão das PME ao renting pretende a Leaseplan responder? Estudos de Benchmark como este são fundamentais para promover melhorias, não só nos planos de ação de cada cliente, mas também no próprio serviço que a LeasePlan presta, de modo a irmos ao encontro das preferências e necessidades dos nossos clientes. Neste sentido, a partir dos resultados agora obtidos com o estudo Car Policy Benchmark, pretendemos avaliar os vários aspetos relacionados com a política de frota das empresas nossas Clientes, no sentido de desenvolver planos de ação de melhoria, de acordo com a estratégia e setor de atividade. Considera que o mercado nacional do aluguer operacional e de gestão de frotas automóveis já reflete os sinais de recuperação da economia? No primeiro semestre de 2015, o setor da gestão de frotas apresentou um crescimento de 12,4% na produção de novos contratos de renting, o que revela o interesse crescente das empresas portuguesas por esta solução de mobilidade. Nas grandes empresas, têmse verificado alguns ajustes estruturais, o que se reflete numa redução da frota, mas que tem sido compensado pela crescente adesão das PME ao renting. Por isso, o parque gerido tem-se mantido estável. Acreditamos que esta tendência, conjugada com a retoma económica e o crescimento das próprias empresas irá contribuir a médio longo prazo para o incremento do setor. PUB | 32 | quinta-feira 22 de outubro de 2015 | www.oje.pt gestãodefrotas Nissan investe no aluguer operacional para toda a gama SEAT FOR BUSINESS Manter custos reduzidos oferecendo os “melhores veículos” AUTOMÓVEL A relação da Seat com os frotistas é já longa. E a empresa confessa que é com paixão que tem vindo a desenvolver soluções para todas as suas necessidades. DR Na perspetiva da Seat, responder às necessidades de frota prende-se com dois aspetos: “manter os custos reduzidos e permitindo que o gestor ofereça à sua equipa os melhores automóveis”. E por esta mesma razão , a Seat adapta a viatura à medida das necessidades da empresa e garante “uma excelente relação preçoqualidade e uma reduzida depreciação. No geral, isto significa um custo de propriedade vantajoso e rendas em AOV muito atrativas”,explica a empresa. Por outro lado, a Seat convida também a fazer uma aposta numa “frota económica, frota ecológica”. Quanto mais ecológica for a frota, mais se torna economicamente eficiente, e sobre esta premissa nasceu a gama “Ecomotive” que, segundo assegura a marca, não compromete a performance. Ainda neste contexto, a marca salienta o empenho na eficiência dos seus motores de forma a alcançarem dois tipos de compensação. Ou seja, se por um lado emissões reduzidas tornam os estes automóveis amigos do ambi- Seat Ibiza Ecomotive, com baixo consumo e reduzidas emissões de CO2. ente, o que potencialmente significa o pagamento de menos impostos, por outro, permitirá bons consumos que serão sinónimo de uma redução dos custos em combustível. Logo, esta poderá ser “uma fórmula lucrativa para a frota da sua empresa”, sublinha a marca. Assim, esta duradora relação da Seat e dos frotistas passa ainda pela possibilidade de escolher en- tre uma gama bastante variada de opções de modelos para a frota, independentemente da dimensão, potência ou características, e ainda, ao escolher “Seat for Business” para a frota, poder usufruir de uma rede especializada que oferece um serviço profissional de qualidade e tempos de resposta garantidos. “É assim que garantimos que cumprimos sempre com as expectativas”. Atualmente, uma das principais preocupações das empresas assenta na necessidade de colocar grande parte da sua frota num valor de aquisição inferior aos 25 mil euros. E esta preocupação reflete exatamente “o objetivo de minimizar o impacto da tributação autónoma”, afirma, ao OJE, José Botas, responsável de Frotas da Nissan Iberia SA – Portugal. Neste sentido, a Nissan apresenta duas soluções com motorização diesel no maior segmento de frotas (segmento C). O Nissan Pulsar 1.5dci de 110cv e emissões de apenas 94 g/km e o Nissan Qashqai 1.5dci também com 110 cv e emissões de 99 g/km. Segundo José Botas, com o aumento da penetração do aluguer operacional no universo das frotas, a Nissan investiu ainda neste segmento, apresentando soluções de aluguer operacional para toda a sua gama. Para esta aposta, a decidiu estabelecer uma parceria com a RCI Banque (financeira de marca), tendo assim dado origem à Nissan Business Finance. Ainda sobre o universo da gestão de frotas, e a curto prazo, a Nissan irá disponibilizar contratos de manutenção para empresas, respon- A curto prazo, disponibilizará contratos de manutenção para empresas dendo também a outra necessidade que estes clientes têm manisfestado. E no que concerne à forma como a Nissan responde às prioridades que os gestores de frotas apresentam neste momento, reafirma que tem tem investido no valor da marca e está a desenvolver um plano estratégico de médio e longo prazo em que o foco é o cliente. A Nissan possui já uma penetração forte no canal particular, conseguindo deste modo gerar um valor residual elevado e sustentado. Esta equação favorece as vendas no canal das empresas, já que o valor residual é um dos pontos chave para o cálculo do TCO (Custo Total de Utilização). Para além desta vantagem, a possui motores eficientes com baixos níveis de consumos, assim como um plano de manutenção de 30 mil em 30 mil km ou um ano (nas versões diesel). “O que contribui decisivamente para que a Nissan se constitua uma excelente opção para frotas”, conclui o responsável. Tecnologias ao serviço da gestão de frotas. Cartrack potencia controlo de gestão para alcançar “significativos” ganhos de eficiência TECNOLOGIA Para ajudar os gestores de frotas a fazer cumprir a sua grande meta da redução de custos, a Cartrack disponibiliza um sistema que possibilita a recolha, em tempo real, através das tecnologias GPS/GPRS, de um conjunto alargado de informações sobre as condições de funcionamento das frotas. Uma solução “com impacto muito relevante na segurança pessoal e na segurança dos ativos de transporte e das mercadorias transportadas, mas sobretudo na eficiência operacional da frota”, sublinha, ao OJE, Jorge Matias, CEO da Cartrack Portugal As informações recolhidas, permitem construir um conjunto de indicadores de controlo de gestão, cuja utilização permite significativos ganhos de eficiência. Sucintamente, o responsável dá ainda nota de que os sistemas Cartrack suportam aumentos sustentados na segurança pessoal e dos ativos financeiros, contribuem para melhorias significativas da produtividade e da eficácia e, também, de forma indireta mas não menos importante, para a melhoria da segurança rodoviária e do meio ambiente. Adicionalmente, dispõe de uma equipa de consultadoria que apoia as empresas na formulação de relatórios adequados às respetivas atividades, fazendo regularmente algumas recomendações aos gestores de frota. Importa ainda reter que, a partir das suas soluções de base que incidem na segurança e na gestão operacional da frota, a Cartrack tem desenvolvido soluções integradas de gestão logística, designadamente software de registo e controlo de custos com consumos de combustíveis e de portagens, agendamento de manutenções e registo de custos, agendamento das obrigações fiscais, controlo de A Cartrack combina tecnologia de informação e capacidade de prestação de serviços no apoio à gestão de frotas, contribuindo assim para ganhos significativos de eficiência kms em frotas renting, tudo com integração nos sistemas contabilísticos das empresas. A empresa dispõe também de um departamento de desenvolvimento de software que tem respondido a necessidades específicas de gestão de ativos e de suporte às atividades operacionais de distribuição de mercadorias, de recolha de resíduos, de controlo do aluguer de equipamento e sistemas de faturação, etc. “A Cartrack trabalha para a construção de sistemas integrados de gestão com impacto nas diferentes áreas empresariais”, sublinha ainda o responsável. www.oje.pt | quinta-feira 22 de outubro de 2015 | 33 | gestãodefrotas MERCADO AUTOMÓVEL NACIONAL Vendas crescem 29,5% em setembro Portugal, alinhado com a Europa, revela sinais de recuperação. Setembro de 2015 foi um bom mês. Em setembro último foram comercializados em Portugal 15.534 veículos automóveis ligeiros e pesados, o que representa um crescimento homólogo de 29,5%, indicam os mais recentes dados da ACAP - Associação Automóvel de Portugal. Em termos acumulados, nos primeiros nove meses do ano, foram vendidos em Portugal 162.465 veículos automóveis, ou seja, mais 27,9% do que em igual período de 2014. Apesar do crescimento homólogo que tem vindo a ser observado, o volume de vendas observado no mês de setembro continua abaixo da média dos últimos quinze anos (-5,2%). O mercado de veículos ligeiros (ligeiros de passageiros mais comerciais ligeiros), em setembro de 2015 evidenciou um crescimento de 30% relativamente a igual mês do ano anterior, ascendendo a um total de 15.138 veículos desta categoria. Nos primeiros nove meses de 2015 o mercado de ligeiros cifrouse em 159.551 unidades, o que correspondeu a um crescimento homólogo de 27,7%. Por tipo de veículo observou-se a seguinte evolução das vendas: em setembro, foram vendidos em Portugal 12.624 automóveis ligeiros de passageiros, ou seja, mais 30,%1 do que no mês homólogo do ano anterior, e nos primeiros nove meses de 2015 as vendas de veículos ligeiros de passageiros totalizaram 138.267 unidades, o que se traduziu numa variação positiva de 28,7% relativamente a igual período de 2014. Quanto a veículos comerciais ligeiros, em setembro, foram vendidos 2.514 unidades, o que representou um crescimento de 29,7%, enquanto de janeiro a setembro de 2015 o mercado ascendeu a 21.284 veículos, num aumento de 21,6% face ao período homólogo do ano anterior. Quanto ao mercado de veículos pesados de passageiros e de mercadorias, em setembro verificouse um acréscimo de 13,8% em relação ao mês homólogo do ano anterior, tendo sido comercializados 396 veículos desta categoria. Nos primeiros nove meses de 2015 as vendas situaram-se nas 2.914 unidades, o que representou um acréscimo do mercado de 37,3% relativamente ao período homólogo de 2014. UE. LIGEIROS CRESCEM 9,8% Em setembro passado, o mercado de veículos ligeiros de passageiros da UE voltou a crescer (+9,8%), sendo o vigésimo quinto mês consecutivo de crescimento. O mercado de veículos ligeiros de passageiros subiu em todos os principais mercados, impulsionado por programas de abate em curso e pela recuperação económica da Europa do Sul. As vendas subiram em Espanha (+22,5%), Itália (+17,2%), França (+9,1%), Reino Unido (+8,6%) e Alemanha (+4,8%) quando comaparadas com setembro de 2014. No espaço da UE, as vendas de veículos ligeiros de passageiros totalizaram 1.356.868 unidades. Ao longo dos primeiros nove meses, as vendas de veículos ligeiros de passageiros aumentaram (+8,8%), ultrapassando os 10 milhões de unidades (10.413.675). No entanto, este valor, ainda está longe do nível pré-crise (de quase 12 milhões de unidades) atingido durante o mesmo período de 2007. Todos os principais mercados registaram um crescimento, contribuindo para a recuperação global do mercado da UE. Produção automóvel em Portugal revela queda homóloga de 2,6% Apesar da comparação com os nove primeiros meses de 2014 ser negativa, a produção no mês de setembro é positiva e traz um crescimento de 4,8%. Nos primeiros nove meses de 2015 a produção de veículos automóveis, em Portugal, registou uma queda de 2,6%, relativamente ao período homólogo do ano anterior. Segundo a ACAP - Associação Automóvel de Portugal, em setembro último, foram produzidos 14.726 veículos automóveis, o que representou um acréscimo de 4,8% face ao mês homólogo do ano anterior. Ainda neste mês, a produção de automóveis ligeiros de passageiros desceu 0,2%, a de comerciais ligeiros cresceu 20,5% e a de pesados mais 34,5%, face ao mês homólogo de 2014. Nos primeiros 9 meses do ano foi a Alemanha o destino líder dos veículos produzidos em Portugal Em termos de valores acumulados, de janeiro a setembro de 2015 foram produzidos 122.067 veículos automóveis, num decréscimo de 2,6%, face ao mesmo período do ano anterior, o qual foi exclusivamente determinado pela quebra da produção de veículos comerciais ligeiros. Do total de veículos produzidos, 117.517 destinaram-se à exportação o que representou 96,3% da produção total e menos 3% do que os veículos exportados no período homólogo. Por países de destino, nos primeiros nove meses do ano a Alemanha absorveu 26,4% dos veículos que Portugal exportou, seguida de Espanha (13,4 %) e Reino Unido (9,9%). O total da UE-28 absorveu 76,9%, enquanto o total da Ásia representou 14,3% sendo que o total da China ascendeu a 12,4% das nossas exportações. PUB