BRT em Curitiba-PR
MOBILIDADE URBANA
BH “troca”
metrô
por BRT’s
Sem cacife político para viabilizar
os recursos para as linhas 2 e 3 do
metrô, a Prefeitura de BH prioriza a
implantação dos BRTs, começando
pelas vias que dão acesso ao
Mineirão, palco dos jogos da Copa
de 2014. Para os analistas isto é
muito pouco para resolver os
gargalos de nosso trânsito. Veja
mais nas páginas 3, 4 e 5.
Participação em
conselhos de estatais é lei
Sindicato abre nova
jornada de negociações
Fórum debate
escassez de engenheiros
Legislação federal garante representação dos trabalhadores nas empresas da
União. Nas estatais estaduais depende
da boa vontade. Página 6
O mês de maio concentra várias datasbase de importantes categorias. A expectativa é de ganhos reais nas negociações coletivas. Página 7
A tão falada carência de engenheiros
no mercado é um mito ou realidade?
O Sindicato debate este tema no dia 17
de março. Página 8
1
SENGE INFORMA - NO 190 - 15/MARÇO/2011
OPINIÃO
Jornal
aprofunda
debates
Esta edição do Senge Informa marca o
início de uma nova etapa do nosso projeto
de comunicação com a categoria. Estamos
inaugurando um novo projeto gráfico e
editorial, mais moderno e dinâmico, com
um visual atraente e uma pauta que visa
aprofundar o debate sobre temas importantes da engenharia. Dentro do conceito da
sustentabilidade que abraçamos, o jornal
passa a ser impresso em papel reciclado e
certificado FSC, marca que indica uma
gestão florestal responsável.
Nesta edição, o nosso principal assunto é
a opção da Prefeitura de Belo Horizonte pelo
Bus Rapid Transit (BRT) para adequar a
mobilidade urbana da cidade à demanda da
Copa do Mundo de 2014. A reportagem
mostra que esta é uma solução paliativa
adotada em função da incapacidade da
cidade de viabilizar os recursos para a
construção das linhas 2 e 3 do metrô.
Falamos, também, da retomada das
negociações coletivas neste primeiro semestre de 2011. As reivindicações são antigas,
mas agora enquadradas dentro do conceito
da sustentabilidade nas relações de trabalho,
que implica no aprofundamento da visão de
responsabilidade social por parte de sindicatos e empresas.
Homenageamos ainda as engenheiras por
ocasião do Dia Internacional da Mulher,
enaltecendo os avanços, como a eleição da
primeira mulher presidente da República,
mas cobrando mais espaço e menos preconceito no mercado de trabalho.
Por fim, estamos convocando a todos
para um debate de grande importância para
a engenharia, no dia 17 de março. A tão
falada escassez de profissionais é um mito
ou uma realidade? Deste debate vamos tirar
posições, principalmente em relação aos
quase 500 mil engenheiros que se encontram fora do mercado de trabalho.
MOVIMENTO SINDICAL
Pauta de
reivindicações
Regionais definem
planos de ação
O presidente do Senge-MG, Raul Otávio da
Silva Pereira, apresentou as reivindicações dos engenheiros e engenheiras de Minas Gerais ao governo do Estado, em reunião realizada no dia 4
de fevereiro, com a secretária de Estado de Relações Institucionais, Maria Coeli Simões Pires. Na
ocasião, Raul Otávio expôs as demandas da categoria, começando por propor a participação dos
trabalhadores nos Conselhos de Administraçaõ das
empresas estatais. Ele também abordou a questão do Salário Mínimo Profissional, deixando clara a insatisfação da categoria com o não cumprimento do piso em empresas do Estado.
No início do mês de fevereiro, foram realizadas reuniões em cada uma das regionais do Senge-MG, dando início aos trabalhos de 2011. O objetivo principal dessas reuniões foi definir ações para ampliar a atuação do sindicato em todas as regiões de
Minas Gerais. A ampliação faz parte da política de interiorização do Senge-MG, que estuda formas para atrair novos sócios, promover a aproximação com os estudantes de
engenharia e levar a assessoria jurídica e os
cursos de qualificação para os profissionais
em todo o Estado.
Pesquisa mostra
mercado aquecido
Assembleia debate
Gedau Previdência
Com o objetivo de obter argumentos consistentes para lutar pelo cumprimento do piso salarial da categoria, principalmente nas empresas
municipais, e de demonstrar a grande valorização dos profissionais da engenharia no mercado, o Senge-MG Regional Zona da Mata realizou, em fevereiro, um levantamento dos salários dos engenheiros que trabalham nas empresas
e prefeituras da região. A pesquisa mostra um
mercado aquecido para a engenharia, o que pode
facilitar o processo de negociações salariais. Além
disso, os diretores da regional visitaram a Prefeitura de Juiz de Fora e as empresas Votorantim e
Mercedes para divulgar as ações do Senge-MG
e a importância da contribuição sindical.
Mais de 250 participantes e assistidos da
Gerdau Previdência estiveram presentes na Assembleia Geral Extraordinária, realizada pelo
Senge-MG Regional Campo das Vertentes, no
dia 14 de fevereiro. O objetivo da Assembleia
foi de esclarecer os principais pontos da ação
ajuizada pelo Sindicato, juntamente com a
Anapar, contra a nova proposta de plano previdenciário apresentada pela Gerdau Previdência. A ação pede a anulação do saldamento
unilateral e compulsório do Plano de Benefícios Previdenciários I e que seja oferecida aos
participantes e assistidos a opção de manutenção deste Plano sob as regras vigentes originalmente.
Senge Jovem começa
a se estruturar
A criação do grupo Senge Jovem foi o principal fruto da reunião organizada pelo Sindicato de Engenheiros, no dia 4 de fevereiro, com
estudantes de engenharia. O grupo de estudantes foi apresentado à estrutura e às ações do
Senge-MG e discutiu a importância da construção de um conhecimento coletivo e a maneira
de se garantir e ampliar as conquistas do Sindicato. O processo de estruturação do grupo está
em andamento e uma nova reunião foi realizada no dia 25 de fevereiro, quando foi debatida
a Resolução 1010 e suas implicações na vida
dos estudantes de engenharia.
SINDICATO DE ENGENHEIROS NO ESTADO DE MINAS GERAIS - Rua Araguari, 658 - Barro Preto
- CEP 30190-110 - Belo Horizonte-MG - Tel.: (31) 3271.7355 - Fax: (31) 3546.5151 e-mail:
[email protected] - site: www.sengemg.org.br - GESTÃO 2010/2013 - DIRETORIA EXECUTIVA • Presidente: Raul Otávio da Silva Pereira; 1º Vice-Presidente: Krisdany Vinícius Santos de Magalhães Cavalcante; 2º Vicepresidente: Nilo Sérgio Gomes; 1º Tesoureiro: Antônio Iatesta; 2ª Tesoureira: Glauci Any Gonçalves Macedo; Secretário Geral:
Rubens Martins Moreira; 1º Secretário: Fátima Regina Rêlo Costa DIRETORIAS DEPARTAMENTAIS: Diretor de Aposentados:
Wanderley Acosta Rodrigues; Diretor de Ciência e Tecnologia: Anderson Silva de Aguilar; Diretor de Assuntos Comunitários:
Anderson Luiz de Figueiredo; Diretor de Imprensa: Tércio de Sales Morais; Diretor Administrativo: Cláudio Neto Fonseca; Diretora
de Assuntos Jurídicos: Gabriele Rodrigues Cabral; Diretor Saúde e Segurança do Trabalhador: Gilmar Cortês Sálvio Santana; Diretor
de Relações Intersindicais: José Flávio Gomes; Diretor Negociações Coletivas: Júlio César de Lima; Diretor de Interiorização:
Pedrinho da Mata; Diretor Sócio-econômico: Sérgio Teixeira Soares; Diretor de Promoções Culturais: Antonio José Betel Ribeiro
Gomes DIRETORIA REGIONAL NORTE NORDESTE: Diretor Administrativo: Antônio Carlos Souza; Diretores Regionais: Anildes
Lopes Evangelista, Guilherme Augusto Guimarães Oliveira, Jessé Joel de Lima, João Gilberto de Souza Ribeiro, Rômulo Buldrini
Filogônio DIRETORIA REGIONAL SUL: Diretor Administrativo: Fernando de Barros Magalhães; Diretores Regionais: Antônio
Azevedo, Arnaldo Rezende de Assis, Carlos José Rosa, Gladyston Rodrigues Carvalho, Nelson Gonçalves Filho, Nelson Benedito
Franco, Ney Lopes Procópio, Robson Monte Raso Braga DIRETORIA REGIONAL ZONA DA MATA: Diretor Administrativo: João
Vieira de Queiroz Neto; Diretores Regionais: Silvio Rogério Fernandes, Carlos Alberto de Oliveira Joppert, Eduardo Barbosa
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Diretor é eleito para o
Colégio de Entidades
O diretor do Senge-MG Regional Sul, Nelson Gonçalves Filho foi eleito coordenadoradjunto do Colégio Estadual de Entidades do
Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de Mina Gerais (Crea-MG), representando a
Associação Sul - Mineira de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (ASEAA), da qual é presidente. A eleição aconteceu no dia 17 de fevereiro, em Uberlândia, onde foi inaugurada,
na mesma data, a sede regional do Crea-MG.
O presidente do Senge-MG, Raul Otávio da
Silva Pereira, participou da inauguração e também acompanhou as eleições do Conselho.
Monteiro de Castro, Francisco de Paula Lima Netto, Maria Angélica Arantes de Aguiar Abreu, Paulo César de Lima DIRETORIA REGIONAL
TRIÂNGULO: Diretor Administrativo: Élcio Barreto Borges; Diretores Regionais: Ismael Figueiredo Dias da Costa Cunha, Antônio Borges
Resende, Jean Marcus Ribeiro, João Carlos Moreira Gomes, Marco Túlio Marques Machado, Luciano Lopes Veludo, Clóvis Scherner,
Wilton Freitas Mendes, Norberto Carlos Nunes de Paula DIRETORIA REGIONAL VALE DO AÇO: Diretor Administrativo: José Couto Filho
Diretores Regionais: Alberto Carlos da Silva Junior, Daniel Linhares Carlesso, Ildon José Pinto, Cláudio Luiz Maciel Junqueira DIRETORIA REGIONAL CAMPO DAS VERTENTES: Diretor Administrativo: Wilson Antônio Siqueira; Diretores Regionais: Nélson Henrique
Nunes de Sousa, Domingos Palmeira Neto DIRETORIA REGIONAL CENTRO: Diretor Administrativo: Dorivaldo Damacena Diretores
Regionais: Carlos Henrique Amaral Rossi, Cláudio Lúcio Fonseca, Francisco de Paula Mariano, Élder Gomes dos Reis, Éderson Bustamante, Evaldo de Souza Lima, Iocanan Pinheiro de Araújo Moreira, Jairo Ferreira Fraga Barrioni, José Maurício Andrade Ferreira, Júnia
Márcia Bueno Neves, Antônio Lombardo, Antônio Cury, Luiz Antônio Lobo de Abreu, Marcelo dos Reis Lopes, Marcelo de Camargos
Pereira, Marcelo Fernandes da Costa, Maria José Maciel Ribeiro, Mário Evaristo Borges, Maurício Fernandes da Costa, Orlando José
Garcia Dangla, Paulo Roberto Magalhães, Teodomiro Matos Bicalho, Vicente de Paulo Alves Lopes Trindade, Adevaldo Rodrigues de
Souza, Alfredo Marques Diniz, Arnaldo Alves de Oliveira, Clóvis Geraldo Barroso, Abelardo Ribeiro de Novaes Filho, Fernando Augusto
Villaça Gomes, Hamilton Silva, Luiz Carlos Sperandio Nogueira, Waldyr Paulino Ribeiro Lima CONSELHO FISCAL: Augusto Cesar Santiago
e Silva Pirassinunga, Getúlio Soares de Almeida, Ruy Lopes Teixeira Filho, José Tarcísio Caixeta, Lúcio Fernando Borges
• Edição: Miguel Ângelo Teixeira Redação: Miguel Ângelo Teixeira, Luiza Nunes e Marcelo Costa Arte final: Viveiros Editoração
Impressão: Imprimaset
SENGE INFORMA - NO 190 - 15/MARÇO/2011
BRT em Bogotá - Colômbia
MOBILIDADE URBANA
Sem cacife para viabilizar
metrô BH opta por BRT’s
Grandes engarrafamentos, cruzamentos fechados, trânsito lento na cidade inteira. Uma situação que antes se restringia aos horários de
pico, agora é enfrentada a qualquer momento
em Belo Horizonte. Com um número cada vez
maior de veículos nas ruas, um transporte coletivo ineficiente e problemas na infraestrutura, a
mobilidade urbana em Belo Horizonte é uma
questão preocupante, principalmente agora que
a capital mineira, juntamente com mais 11 cidades brasileiras, será uma das sedes da Copa do
Mundo de 2014. Para tentar resolver o
problema da mobilidade e atender às
necessidades da competição esportiva,
Belo Horizonte vai adotar o Bus Rapid
Transit (BRT).
O BRT é um sistema de transporte
de alta capacidade que utiliza veículos
sobre pneus, ou seja, ônibus articulados ou biarticulados, que trafegam em
vias exclusivas, com duas faixas em
cada sentido, que permitem a ultrapassagem. O sistema funciona de forma
semelhante ao metrô, prevendo a compra de passagem nas estações e rampas, escadas-rolantes e plataformas para
reduzir o tempo de embarque e desembarque. O usuário entra na estação,
paga o bilhete e embarca sem passar
por degraus. “É uma combinação de
infraestrutura viária, veículos, operação,
sistemas de controle e informação ao
usuário, para oferecer ao cidadão um
serviço de transporte público de qualidade”, define Elizabeth Gomes de
Moura, gerente de Planejamento da
Mobilidade da BHTrans.
De acordo com Elizabeth o custo
mais baixo, a flexibilidade maior dos
corredores, que permitem não apenas
a circulação dos veículos do BRT, mas
também das linhas que ligam o siste-
ma a áreas que ainda não o possuem, e o tempo
menor de execução da obra foram fatores que
influenciaram na escolha do Bus Rapid Transit.
“O VLT – Veículo Leve sobre Trilhos – por exemplo, engessa o sistema porque o número de linhas que comporta é restrito. O BRT permite uma
maior integração com o sistema de transporte
coletivo por ônibus já existente e é adequado
para as necessidades que Belo Horizonte apresenta”, esclarece.
A gerente de Planejamento da Mobilidade da
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SENGE INFORMA - NO 190 - 15/MARÇO/2011
BHTrans considera, ainda, que as vantagens do
BRT são semelhantes às vantagens oferecidas pelo
metrô. “O sistema vai reduzir o tempo das viagens, oferecer veículos confortáveis e de maior
capacidade, facilidade de acesso e segurança.
Além disso, o custo de implantação é outro atrativo, uma vez que o valor do BRT por quilômetro construído é apenas 10% do valor por quilômetro construído do metrô”, informa.
Para Paulo Resende, doutor em Planejamento de Transporte e Logística, mestre em Planejamento e Engenharia de Transportes e
especialista em Planejamento Urbano,
o BRT é uma boa alternativa para o
problema de mobilidade urbana. “Esse
sistema vem sendo usado em diversos
países do mundo, como Inglaterra, Alemanha, China, Canadá e é um bom
sistema. Mas não substitui o metrô. O
BRT é viável para pequenas distâncias,
como o trecho Pampulha/Centro. Porém, quando se trata de grandes distâncias, como Confins/Centro, o metrô seria bem mais razoável”, afirma.
Resende acredita que o BRT foi o
modelo escolhido por questões de custos e também por falta de uma força
política que pudesse interceder em Brasília para implantar um sistema diferente, como o monotrilho ou o VLT,
no PAC da Copa de Belo Horizonte. “O
que era planejado era a construção do
metrô, mas a demora na disponibilidade de verba e na mobilização para
as obras tornou o metrô impossível por
falta de tempo. Assim, o BRT é vantajoso por causa do tempo menor de
execução, uma vez que é menos complexo, mais barato e se encaixa em
obras que já estão em andamento,
como a Linha Verde e a Antônio Carlos”, considera Paulo Resende.
MOBILIDADE URBANA
BRT’s são insuficientes para
solucionar trânsito de BH
A implantação de quatros Bus
Rapid Transit (BRT’s) em Belo Horizonte, prevista para solucionar o problema de mobilidade urbana da capital e torná-la adequada para sediar jogos da Copa do Mundo de 2014
não será suficiente para resolver as
questões do trânsito em BH. Essa é
a opinião de Paulo Resende. “Os
BRT’s não vão atender à mobilidade
urbana de forma significativa ou definitiva. Os benefícios serão absolutamente concentrados. É um projeto para a Copa e não para o futuro
de Belo Horizonte”, acredita.
Para Paulo, o problema do trânsito exige projetos mais robustos,
como a construção do metrô. Além
disso, o especialista considera necessárias outras ações para resolver
a questão da mobilidade urbana. A
transferência da rodoviária para outras áreas de BH, investimento em
gestão tecnológica – fiscalização,
restrições de circulação – e investimentos pesados em educação são
algumas das sugestões de Paulo.
“Acho que um dos pontos mais importantes a ser trabalhado juntamente com as obras de infraestrutura é a educação. É preciso acabar
com a sensação de impunidade,
que é um dos maiores motivos da
indisciplina no trânsito”, diz.
Paulo Resende acredita que a engenharia não pode ser a única responsável pelo sucesso na melhoria
da mobilidade urbana e que ela precisa ser acompanhada de inteligência e educação. E, se nenhuma atitude efetiva for tomada, Resende afirma que a situação na capital mineira
vai ficar ainda mais caótica. “Se nada
for feito, em cinco anos teremos uma
situação semelhante à de São Paulo:
a permanente lentidão nas principais
vias da cidade”, alerta.
A gerente de Planejamento da
Mobilidade da BHTrans, Elizabeth
Gomes de Moura, reconhece que
os BRT’s não vão alcançar a todas
as regiões de Belo Horizonte da
mesma maneira. “Os sistemas não
vão beneficiar BH de maneira geral,
mas as regiões em que serão implantados, sim. Por exemplo, todos
os bairros que tem linhas de ônibus
que trafegam na Antonio Carlos vão
ser beneficiados. As pessoas que
moram em outras regiões e precisam ir para lá também serão beneficiadas, mesmo que indiretamente”,
considera Elizabeth Gomes.
Paulo Resende defende projetos
mais robustos para BH
PAC da Copa prevê outras intervenções
O governo federal, através do Programa Aceleração do Crescimento
(PAC) da Copa, liberou R$11,48 bilhões
para 47 obras nas cidades-sede e Belo
Horizonte foi a primeira a assinar contrato de financiamento com a Caixa
Econômica Federal. Ao todo, serão investidos R$1,023 bilhão nas obras de
infraestrutura para o trânsito. Além dos
BRT’s, a verba será utilizada na construção da via 210, que fará ligação entre as regiões Oeste e Barreiro (Via do
Minério/Tereza Cristina), que vai contar com 1.640 metros de extensão e
36 metros de largura, além de uma
ciclovia bidirecional.
A construção da via 710, que vai
ligar a avenida dos Andradas a ave-
nida Cristiano Machado é outro dos
empreendimentos anunciados no
PAC da Copa. A via vai contar com
3.780 metros de comprimento. Ainda fazem parte do programa a continuação do Boulevard Arrudas, no
trecho entre a rua Carijós e a avenida Barbacena – 1.100 metros – e a
ampliação do Centro de Controle
Operacional (CCO) da BHTrans, que
tem como objetivo aprimorar a gestão, o controle e a operação do trânsito e disponibilizar informações em
tempo real para motoristas que circulam em Belo Horizonte. O investimento será de R$30 milhões e deve
ser concluído em 2012.
Segundo Elizabeth Gomes de
4
O boulevard sobre o Arrudas será estendido até a avenida Barbacena
Moura, gerente de Planejamento da
Mobilidade da BHTrans, existe um
plano de transporte para BH, mas
não há previsão de verba orçamen-
SENGE INFORMA - NO 190 - 15/MARÇO/2011
tária para essas obras. “Por isso, vamos começar pelas intervenções planejadas para que o PAC da Copa saia
do papel”, explicou Elizabeth.
MOBILIDADE URBANA
Metrô é a melhor solução,
mas faltam recursos
A solução para os problemas
de mobilidade urbana de Belo Horizonte passa, necessariamente,
pelo desenvolvimento do sistema
metroviário. Esta é uma conclusão praticamente unânime entre
estudiosos e profissionais do setor de trânsito e transporte coletivo da capital. “As intervenções que
serão feitas para a Copa de 2014
não serão suficientes. O trânsito
de BH exige projetos mais robustos e todos levam à construção
do metrô”, considera Paulo Resende, doutor em Planejamento de
Transportes e Logística, mestre em
Planejamento e Engenharia de
Transportes e especialista em Planejamento Urbano.
A Companhia Brasileira de Trens
Urbanos (CBTU), responsável pelo
metrô da capital mineira, reforça a
necessidade de investimento nesse
sistema de transporte. “É necessário ampliar as linhas de metrô na
cidade, pois só assim o transporte
público pode passar a ser o preferido da população em relação ao automóvel utilizado, hoje, quase que
individualmente.”
Movimento importante foi feito pelo prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, que fechou um
acordo com a União em fevereiro
para tirar do papel uma Parceria
Público-Privada (PPP) para viabilizar as obras do metrô. A administração municipal se comprometeu a entregar um modelo de PPP
ao governo federal até o dia 4 de
abril. A idéia é incluir o metrô no
PAC da Mobilidade. Assim, dos
R$1,9 bilhão que devem ser repassados pelo governo federal no
Programa, R$1,7 bilhão seria utilizado para ampliar e concluir o
metrô de BH. Além disso, seria
captado junto à iniciativa privada
R$1,2 bilhão, o governo estadual
entraria com R$400 milhões e a
Prefeitura de Belo Horizonte participaria com R$200 milhões. A
exploração das linhas e de outros
serviços oferecidos nas estações
ficaria sob a responsabilidade da
empresa que ganhar a licitação
para o acordo da PPP.
A CBTU estima que sejam necessários R$3,8 bilhões para construção das linhas 2 e 3 que ligam,
respectivamente, o Barreiro à re-
gião hospitalar e a região da Pampulha à Savassi. Atualmente, o
metrô de Belo Horizonte conta
apenas com uma linha, que liga
o bairro Eldorado, em Contagem,
ao bairro Vilarinho e transporta,
por dia, cerca de 200 mil pessoas. Com as três linhas em funcio-
5
namento, o número de usuários
atendidos aumentaria para cerca
de 1,06 milhão de pessoas.
Para a CBTU, são várias as vantagens que este sistema de transporte apresenta para a mobilidade urbana. “O metrô é um modelo de transporte que não sofre in-
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2011
INFORMA--NNO O190
190- MARÇO
- 15/MARÇO/2011
terferências de outros modais que
circulam na cidade. A velocidade
média é de 40 km/h nos horários
de pico, desempenho quase sete
vezes maior do que o registrado
por ônibus e carros que, habitualmente, ficam presos em congestionamentos.”
REPRESENTAÇÃO DOS TRABALHADORES
Lei garante participação nos
conselhos de estatais federais
Os trabalhadores das estatais federais já podem participar dos conselhos de administração dessas empresas. O direito foi garantido pela
Lei 12.353/10, assinada pelo então
presidente Luiz Inácio Lula da Silva
em 28 de dezembro de 2010, e se
estende a todas as empresas públicas e sociedades de economia mista federais com mais 200 trabalhadores. O representante dos trabalhadores será escolhido “pelo voto direto de seus pares” e em eleição organizada conjuntamente pela empresa e entidades sindicais que representem os trabalhadores.
Embora não seja uma obrigação
legal, existem hoje casos de empresas estaduais que mantêm representação dos empregados em seus conselhos de administração, como a Cemig. Por outro lado, em outras empresas estatais de Minas Gerais,
como na Copasa, este assunto passa longe das discussões e esta reivindicação dos trabalhadores nunca
recebeu uma resposta positiva do
Governo do Estado.
Na Cemig, os trabalhadores passaram a ter o direito de integrar o
Conselho de Administração da empresa na gestão Itamar Franco. Entretanto, o representante dos empregados ocupa uma vaga do governo
estadual, principal acionista da empresa. Historicamente, os sindicatos
reivindicam que essa vaga esteja prevista em lei e no estatuto da empresa, e não seja uma concessão do
governo mineiro.
O Conselho de Administração da
Cemig tem a função de examinar
contas, decisões, indicações e quaisquer gastos acima de R$ 14 milhões
aprovados pela diretoria executiva da
empresa. “O conselheiro participa
das decisões da empresa, leva o
ponto de vista do trabalhador, que
é de fora da empresa”, diz Arcângelo Eustáquio Torres Queiroz, representante dos empregados da Cemig
no Conselho. “O trabalhador não
está ligado a nenhuma hierarquia gerencial da empresa”, completa.
Ex-conselheiro da Cemig e exdiretor do Senge-MG, o engenheiro Alexandre Heringer acha importante a participação dos empregados nos conselhos de estatais porque há o acesso a informações importantes e eles representam a voz dos trabalhadores. Entretanto, Alexandre Heringer, que hoje é gestor de fontes renováveis da Cemig, tem
restrições quanto à maneira
que as indicações para o Conselho são feitas. “O eleito deveria vir dos trabalhadores, e
não indicado pelo sindicato”.
As relações entre capital e trabalho, segundo ele, ficam
confusas quando o conselheiro é indicado por sindicatos. “Não se sabe se é
empregado ou patrão”.
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Alexandre Heringer, ex- diretor do Senge-MG, já foi conselheiro
e defende a indicação por meio de eleição na categoria
Celesc é modelo
a ser seguido
O conselho de administração das
Centrais Elétricas de Santa Catarina
(Celesc), estatal de energia de Santa
Catarina, tem a participação de um
empregado eleito pela categoria garantida no estatuto da empresa e na
Constituição Estadual. Esta presença vem desde 1981, quando a vaga
ainda era cedida e o conselheiro indicado pelo governo estadual. A partir dos anos 90, os trabalhadores
passaram a lutar para que a vaga
fosse ocupada por um empregado
eleito pela categoria. Em 1995, o
primeiro trabalhador eleito ocupou
uma cadeira no Conselho e, desde
1997, o Congresso de Empregados
da Celesc decide as linhas gerais de
atuação do conselheiro.
SENGE INFORMA - NO 190 - 15/MARÇO/2011
Atualmente, o Conselho da
Celesc conta com sete representantes efetivos do governo estadual, três da Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do
Banco do Brasil), um dos acionistas minoritários e um dos trabalhadores. “Apesar de ter apenas um voto, a gente tem informações e subsídios para discutir
com os trabalhadores”, diz Mário Jorge Maia, coordenador-geral do Sinergia (Sindicato dos Eletricitários de Florianópolis e Região). Na sua opinião, a participação dos empregados no Conselho permite “dar transparência
e visibilidade ao que acontece
dentro da empresa”.
NEGOCIAÇÕES COLETIVAS 2011
Prioridade é construir relações
de trabalho sustentáveis
O ano de 2011 chegou e construir relações de trabalho sustentáveis é o principal objetivo do Sindicato de Engenheiros no Estado
de Minas Gerais (Senge-MG). Mais
do que a preservação da qualidade
do meio ambiente laboral, a sustentabilidade nas relações de trabalho significa a inclusão, na agenda, de questões como melhores
salários, redução da jornada de trabalho e do trabalho informal, fim
das horas extras, uma legislação
mais rígida sobre a terceirização e
uma representação sindical adequada nos locais de trabalho. E,
para atingir este objetivo, o SengeMG já começou os preparativos
para atuar nas negociações coletivas do primeiro semestre.
A expectativa é grande por par-
te do presidente do Senge-MG, Raul
Otávio da Silva Pereira. “Vamos trabalhar de maneira contundente para
conseguir o cumprimento do mínimo profissional, para ampliar a atuação do Sindicato nas negociações
que envolvem a categoria e expandir e fortalecer ainda mais a defesa
dos direitos dos engenheiros, através da atuação das regionais do Senge-MG”, afirma. Para Nilo Sérgio
Gomes, segundo vice-presidente do
Sindicato de Engenheiros, a atuação
do Senge-MG nas negociações coletivas é cada vez mais expressiva.
“Em 2010 tivemos destacada participação nas negociações coletivas envolvendo vários setores econômicos.
Conseguimos avanços concretos nas
negociações da Copasa, Cemig, Urbel, Metalúrgicos, entre outras em-
Construção pesada
tem aumento real
As negociações do Senge-MG com o Sicepot, sindicato que representa as empresas de
construção pesada, foram encerradas e garantiram reajuste salarial de 8%, retroativo a 1º de
novembro de 2010. Engenheiros e engenheiras
conseguiram a reposição das perdas inflacionárias de 5,39%, mais aumento real de 2,47%.
Além disso, conquistaram 10% de reajuste nas
demais cláusulas econômicas, válido a partir de
1º de fevereiro de 2011. A Convenção Coletiva
de Trabalho (CCT) 2010/2011 foi registrada no
Ministério do Trabalho e Emprego no dia 14 de
fevereiro e está disponível no site do Senge-MG
(www.sengemg.org.br)
Construção civil
conquista 10,66%
Os engenheiros e engenheiras do setor da
construção civil conseguiram fechar a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2010/2011 com
o Sinduscon-MG. Em assembleia realizada pelo
Senge-MG no dia 17 de fevereiro, a categoria
aprovou, por unanimidade, a contraprosta do
sindicato patronal, que ofereceu reajuste salarial
de 10,66% retroativo à 1º de novembro de 2010
e a manutenção das demais cláusulas da CCT. A
pauta de reivindicações dos profissionais foi entregue em outubro de 2010, quando teve início
a campanha salarial. O próximo passo é o registro da Convenção Coletiva no Ministério do Trabalho e Emprego.
Contagem mantém
jornada de 40 horas
Os engenheiros e engenheiras da Prefeitura
de Contagem se reuniram, no dia 8 de fevereiro, com a prefeita do município, Marília Campos, para discutir questões salariais e o veto
da prefeita a alguns anexos do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV). Durante
a reunião, Marília Campos se comprometeu a
melhorar os salários dos engenheiros e arquitetos antes da data-base (1º de maio), mas não
explicou como isso será feito. O Plano prevê
um piso salarial de R$2.350,00 para uma jornada de 40 horas semanais. A emenda, vetada por Marília, diminuía a carga horária para
30 horas semanais.
presas e categorias”, diz.
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese),
aproximadamente 97% das 290
negociações salariais, registradas
pelo Sistema de Acompanhamento
de Salário (SAS) no primeiro semestre de 2010, conseguiram reajustes
salariais iguais ou acima da inflação
medida pelo INPC-IBGE, acumulada desde o último reajuste. O resultado foi superior ao aferido em 2008
e 2009 para o mesmo período,
quando o percentual foi de 87% e
93%, respectivamente. Segundo o
Dieese, os bons resultados obtidos
em 2010 são compatíveis com a
evolução dos indicadores econômicos do país e a expectativa é que se
renovem em 2011.
Copasa prioriza
questões específicas
Com data-base no dia 1º de maio, no ano
passado os trabalhadores da Copasa só conseguiram fechar o Acordo Coletivo de Trabalho na
segunda metade do mês de junho. No entanto,
questões específicas dos engenheiros não foram
atendidas no ACT 2010/2011, como o cumprimento do piso salarial da categoria no salário
base. Além disso, outras reivindicações não foram atendidas, entre elas a revisão do Plano de
Cargos, Carreiras e Rendimentos (PCCR) e da situação dos engenheiros do Pool. O Sindicato vai
insistir nestas questões nas negociações deste ano
e pretende contar com a participação da categoria para garantir conquistas.
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SENGE INFORMA - NO 190 - 15/MARÇO/2011
Novo PCCR da Urbel
ainda patina
No dia 22 de fevereiro, o Senge-MG participou de uma reunião com a comissão responsável pelo Plano de Cargos, Carreiras e Rendimentos (PCCR) da Urbel, com o objetivo de levantar
os principais problemas do PCCR atual, apontados pelos servidores. Entre as reclamações estão
a realização de atividades que não estão descritas nos cargos existentes, desvio de função de
vários empregados pela extinção não formal de
cargos, tabela salarial totalmente defasada em
relação à realidade atual, entre outros. O Sindicato está aguardando uma proposta inicial da
empresa para começar as negociações para o
melhoramento do PCCR.
Mobilização cresce
em Juiz de Fora
O Senge-MG Regional Zona da Mata realizou, no dia 22 de fevereiro, Assembleia Geral
Extraordinária (AGE) com os profissionais de
engenharia da Prefeitura de Juiz de Fora para
discutir sobre o Salário Mínimo Profissional e
as ações que devem ser colocadas em prática
para conseguir sua implantação na administração municipal. Os profissionais que participaram da AGE decidiram pela criação de uma
comissão que deverá entrar em contato com
o prefeito, Custódio Antônio de Mattos. Além
disso, houve consenso pela formatação de um
documento, pela assessoria jurídica do SengeMG, para uma possível ação.
DIA INTERNACIONAL DA MULHER
Apesar dos avanços engenheiras
são vítimas do conservadorismo
O Dia Internacional da Mulher,
8 de março, está completando
101 anos em 2011 e as brasileiras
têm motivos para comemorar.
Pela primeira vez, o Brasil tem uma
mulher na Presidência da República. “Venho para abrir portas para
que muitas outras mulheres também possam, no futuro, ser presidenta; e para que - no dia de
hoje - todas as brasileiras sintam
o orgulho e a alegria de ser mulher. Meu compromisso supremo
é honrar as mulheres, proteger os
mais frágeis e governar para todos”, disse Dilma Rousseff, em
seu discurso de posse.
No entanto, ao mesmo tempo
em que conquista espaço, a mulher brasileira ainda sofre com o
conservadorismo de algumas áreas, como é o caso da engenharia.
“Apesar das mulheres terem mais
qualificação – maior tempo de estudo e especializações – ainda existem obstáculos como desigualdade de salários e a dificuldade de ocupar cargos de direção”, avalia Márcia Nori, diretora da Mulher e coordenadora do Coletivo de Mulheres
da Fisenge.
A população feminina economi-
camente ativa tem crescido nos últimos anos. De acordo com o IBGE,
45,1% da população ocupada em
2009 era mulher, o que representa
um aumento de 20,4% em relação
a 2003. Esse aumento, no entanto, não é refletido pelo mercado de
trabalho para as mulheres engenheiras. Segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos
Socioeconômicos (Dieese), em um
total de 13.333 profissionais da engenharia, existentes em Minas Gerais, apenas 2.252 são mulheres, o
que significa um percentual de
17%, aproximadamente. Segundo
Márcia Nori, o número de mulheres engenheiras tem aumentado,
mas o crescimento ainda depende
do setor. “Em áreas como Engenharia Química ou de Alimentos, a
proporção de homens e mulheres
é praticamente a mesma. No entanto, em áreas mais tradicionais
da engenharia, como Civil, Elétrica
e Metalúrgica, os homens continuam dominando”, explica.
A questão salarial é uma das
maiores dificuldades que a mulher
engenheira tem que enfrentar. Segundo Márcia, o salário das engenheiras chega a ser de 40% a 45%
menor do que o salário de um engenheiro. “Existe uma urgência pela
criação de cláusulas que sejam específicas de gênero nos acordos e
convenções coletivas de trabalho
para que possa acontecer em menor tempo e com maior facilidade
a ascensão profissional das mulheres nas áreas de engenharia”, considera a coordenadora.
As engenheiras enfrentam, também, um fenômeno conhecido
como segregação horizontal, em
que o desenvolvimento de suas atividades é restrito a um número limitado de especialidades. Isso significa que as mulheres da categoria
se inserem mais facilmente nas áreas de prestação de serviços, pesquisa e administração pública, setores que têm predominância da
mão de obra feminina e nas quais
as mulheres já estão presentes há
mais tempo.
Senge-MG debate
escassez de mão de obra
Em uma iniciativa ímpar, o Sindicato de
Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge-MG) vai realizar, no dia 17 de março, das
14h00 às 18h00, o Fórum de Debates com o
tema Escassez de Engenheiros: Mito ou Realidade. O objetivo é debater as questões relacionadas à demanda por mão de obra qualificada, principalmente por engenheiros, e os cenários que apontam para a escassez destes profissionais no Brasil. O Fórum será aberto por
Raul Otávio da Silva Pereira, presidente do Senge-MG, e pelo presidente do Crea-PR, Álvaro
Cabrini Júnior e terá como palestrante Márcio
Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (IPEA). Marcos Túlio de Melo,
presidente do Confea, Valter Famini, presidente
do Senge-PR vão participar como debatedores.
Estudo recente realizado pelo IPEA aponta
que o número de engenheiros formados atualmente só será suficiente para atender à demanda do mercado se o crescimento econômico
do País ficar entre 3% e 5% até o ano de 2015.
No entanto, isso seria possível somente se o
crescimento da economia tornasse mais atrativas as ocupações típicas desses profissionais,
reduzindo os níveis de migração para outras
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SENGE INFORMA - NO 190 - 15/MARÇO/2011
funções, progressivamente. Atualmente,
apenas dois em cada sete engenheiros estão, de fato, ocupados em atividades próprias de sua área de formação.
As inscrições para o Fórum podem ser
feitas pelo e-mail [email protected]
ou pelo telefone (31) 3271.7355.
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