PR
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
CAMPUS PONTA GROSSA
GERÊNCIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
PPGEP
JULIO CESAR FERREIRA
A IMPORTÂNCIA DAS AÇÕES DE
RESPONSABILIDADE SOCIAL PARA UMA
INDÚSTRIA DO SETOR MADEIREIRO NA REGIÃO
DOS CAMPOS GERAIS:
A VISÃO DOS GESTORES E COLABORADORES
PONTA GROSSA
OUTUBRO - 2008
JULIO CESAR FERREIRA
A IMPORTÂNCIA DAS AÇÕES DE
RESPONSABILIDADE SOCIAL PARA UMA
INDÚSTRIA DO SETOR MADEIREIRO NA REGIÃO
DOS CAMPOS GERAIS:
A VISÃO DOS GESTORES E COLABORADORES
Dissertação apresentada como requisito parcial
à obtenção do título de Mestre em Engenharia
de Produção, do Programa de Pós-Graduação
em Engenharia de Produção, Área de
Concentração: Gestão Industrial, da Gerência
de Pesquisa e Pós-Graduação, do Campus
Ponta Grossa, da UTFPR.
Orientador:
Prof. Dr. Antonio
Francisco
PONTA GROSSA
OUTUBRO – 2008
Carlos
de
F383 Ferreira, Julio Cesar
A importância das ações de responsabilidade social para uma indústria do setor
madeireiro na região dos Campos Gerais: a visão dos gestores e colaboradores. / Julio Cesar
Ferreira. -- Ponta Grossa: [s.n.], 2008.
139 f. : il. ; 30 cm.
Orientador: Prof. Dr. Antonio Carlos de Francisco
Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Universidade Tecnológica Federal
do Paraná, Campus Ponta Grossa. Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Produção.
Ponta Grossa, 2008.
1. Responsabilidade social. 2. Indústria madeireira. Gestão de empresas. I. Francisco,
Antonio Carlos de. II. Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Ponta
Grossa. III. Título.
Dedico este trabalho à minha querida família,
Pelo carinho, compreensão e paciência nas horas
Em que não pude estar presente.
AGRADECIMENTOS
A Deus, Presença Divina em minha vida, Que iluminou meus caminhos para que eu
alcançasse mais esta vitória em meu caminhar!
Ao meu Orientador, Prof. Dr. Antonio Carlos de Francisco, que bem soube
conduzir a orientação deste trabalho, com paciência e dedicação.
À minha querida família,pelo amor, apoio e segurança que me transmitiram, quando
eu mais precisei.
À EMPRESA PESQUISADA e todos aqueles que de alguma forma contribuíram
para que essa pesquisa fosse concluída!
A todos os amigos da UTFPR!
Meus sinceros agradecimentos, a todos!
RESUMO
Este trabalho teve como objetivo geral Identificar, a importância das ações de
Responsabilidade Social para uma indústria madeireira da região dos campos
gerais, na visão dos seus gestores e colaboradores. Os desafios colocados para a
gestão nas empresas, em consonância com a responsabilidade social foram
enfatizados neste trabalho, buscando num conjunto de contribuições, um destaque
nas variáveis da agenda das Políticas Econômicas e Industriais Brasileiras. No que
consiste às estratégias empresariais, bem como, no nível das empresas madeireiras
da região dos campos gerais, focando a visão dos gestores e colaboradores foi um
dos pontos emergentes onde se verificou a necessidade de atribuir uma grande
tarefa ao empresariado em investimentos na mobilização para que se coloquem a
agenda da indústria como parte essencial de um programa estratégico para o país.
Conforme apresentado nos gráficos e tabelas há diferenças marcantes entre
filantropia e a responsabilidade social que podem ser repensadas para o setor
madeireiro em grande parte pelos representantes do setor e oriundos do governo,
universidades e entidades não governamentais, no sentido de que possam contribuir
com suas sugestões e construir um elenco de propostas e reivindicações. Foram
utilizados os métodos e técnicas embasados numa pesquisa de campo com ênfase
no levantamento bibliográfico concernente ao tema, buscando contemplar da melhor
forma possível a metodologia de abordagem, a classificação da pesquisa, a
população e a amostra, utilizando-se o instrumento de coleta de dados para finalizar
a forma que os dados foram tratados; assim como, a análise dos questionários foi
seccionada, levando em consideração as diferenças de visões entre colaboradores e
gestores. Apesar do objetivo da pesquisa ter sido alcançado, os resultados apontam
à falta de estabilidade política e social que foi demonstrada como sendo uma grande
ameaça para sociedade e por conseqüência ao mundo dos negócios. Isto por que a
sociedade brasileira passa por um processo de grande mudança e reconhece que
somente o Estado é insuficiente para solucionar os problemas sociais, fazendo com
que um número elevado de pessoas físicas e jurídicas reflita sobre a importância e o
papel de cada um na sociedade.
Palavras-chave: responsabilidade; gestão; empresas madeireiras.
ABSTRACT
This study aimed to identify general, in view of its managers and employees, the
importance of the actions of Social Responsibility for a timber industry in the region of
general fields. The challenges for management in enterprises, in line with social
responsibility were emphasized in this work, seeking a number of contributions, an
emphasis in the variables of the agenda of Brazilian economic and industrial policy.
As is the business strategies and, in the level of logging companies in the region of
general fields, focusing on the vision of managers and employees was one of the
emerging where there was a need to assign a major task in the business sector in
mobilizing investments for who put the agenda of the industry as an essential part of
a strategic program for the country. As shown in the graphs and tables there are
marked differences between philanthropy and social responsibility that can be
reconsidered for the timber industry in large part by representatives of the business
sector and from government, universities and non-governmental entities in the sense
that they can contribute with your suggestions and build a list of proposals and
demands. We used the methods and techniques based on a field research with
emphasis on bibliographic research concerning the issue, trying as best we can
contemplate the methods of approach, the classification of the research, and the
population sample, using the data collection instrument to finish so that the data were
processed, as well as the analysis of the questionnaires was sectioned, taking into
account the differences in views between employees and managers. Despite the
research objectives have been achieved, the results indicate a lack of political and
social stability that has been demonstrated as a major threat to society and therefore
the business world. This is why the Brazilian society is going through a process of
great change and recognizes that only the State is insufficient to solve social
problems, causing a large number of individuals and companies reflects on the
importance of each in society.
Key words: responsibility, management, logging companies.
LISTA DE QUADROS
Quadro
1
-
As
diferenças
entre
Filantropia
e
a
Responsabilidade
Social.....................................................................................................................26
Quadro 2 - Modalidades de exercício de Responsabilidade Social Corporativa..28
Quadro 3 - Responsabilidade Social Corporativa grande amplitude do
conceito.................................................................................................................31
Quadro 4 - Os mandamentos da ética .................................................................33
Quadro 5 – Atuação social das empresas ...........................................................36
Quadro 6 – O novo paradigma no setor social.....................................................43
Quadro 7 – As comunidades de hoje e de ontem................................................45
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Os elementos da visão da Responsabilidade Social ..................41
Figura 2 – Estágios da Responsabilidade Social Corporativa......................52
Figura 3 – Quadrante da atuação da empresa.............................................53
Figura 4 – Responsabilidade Social e sucesso empresarial........................55
Figura 5 – Estreitamento das relações.........................................................56
Figura 6 – Representação do lócus natural..................................................57
Figura 7 – Representação da lucratividade da empresa..............................58
Figura 8 – Representação gráfica insucesso empresarial............................59
Figura 9 – Representação gráfica do insucesso empresarial.......................60
Figura 10 – Representação gráfica do clima organizacional........................61
Figura 11 – Representação gráfica da primeira migração............................62
Figura 12 – Representação gráfica da segunda migração...........................63
Figura 13 – Representação gráfica da terceira migração.............................63
Figura 14 – Quadrante 3...............................................................................64
Figura 15 - Quadrante 4................................................................................65
Figura 16 - O modelo de responsabilidade e sustentabilidade social...........72
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Representação dos funcionários quanto ao turno ...........................
81
Gráfico 2 – Representação dos funcionários quanto ao sexo ............................
82
Gráfico 3 – Representação dos funcionários quanto ao setor ............................
83
Gráfico 4 – Representação gráfica quanto ao cargo ..........................................
84
Gráfico 5 – Representação gráfica da Pergunta 1..............................................
85
Gráfico 6 – Representação gráfica da Pergunta 2 e Cite ...................................
85
Gráfico 7 – Representação gráfica da Pergunta 2 e Cite ...................................
86
Gráfico 8 – Representação gráfica da Pergunta 3..............................................
87
Gráfico 9 – Representação gráfica da Pergunta 4..............................................
89
Gráfico 10 – Representação Gráfica da Pergunta 6............................................
93
Gráfico 11 – Representação Gráfica da Pergunta 7 ...........................................
94
Gráfico 12 – Representação Gráfica Pergunta 7.1 .............................................
95
Gráfico 13 – Representação Gráfica da pergunta 8 ...........................................
95
Gráfico 14 – Representação Gráfica da Pergunta 8.1 ........................................
96
Gráfico 15 – Representação Gráfica da Pergunta 10 .........................................
97
Gráfico 16. Representação Gráfica da Pergunta 10.1 ........................................
98
Gráfico 17 - Representação Gráfica da Pergunta 12 .........................................
99
Gráfico 18 - Representação Gráfica da Pergunta 13 .........................................
99
Gráfico 19 – Representação Gráfica da Pergunta 14 ......................................... 100
Gráfico 20 – Representação Gráfica da Pergunta 15 ......................................... 101
Gráfico 21 – Representação gráfica sobre a competição entre os empregados. 109
Gráfico 22 – Representação gráfica da Predominância do reconhecimento......
110
Gráfico 23 – Representação gráfica da palavra de ordem .................................
110
Gráfico 24 – Representação gráfica da predominância à lealdade à empresa ..
111
Gráfico 25 – Representação gráfica da ênfase no alcance de resultados .........
112
Gráfico 26 – Representação gráfica da submissão ao chefe .............................
112
Gráfico 27 – Representação gráfica de Prevalências ........................................
113
Gráfico 28 – Representação gráfica de predomínios nas relações ....................
113
Gráfico 29 – Representação gráfica da cidadania interna ..................................
114
Gráfico 30 – Representação gráfica dos contratos ............................................
115
Gráfico 31 – Representação gráfica dos direitos legítimos dos clientes.............
116
Gráfico 32 – Representação gráfica dos direitos legítimos dos fornecedores ...
116
Gráfico 33 – Representação gráfica da prática de ardis ....................................
117
Gráfico 34 – Representação gráfica do descumprimento de prazos .................. 118
Gráfico 35 – Representação gráfica das práticas comerciais ............................
119
Gráfico 36 – Representação gráfica dos danos ambientais ...............................
119
Gráfico 37 – Representação gráfica dos danos ambientais ...............................
120
Gráfico 38 – Representação gráfica das leis ......................................................
121
Gráfico 39 – Representação gráfica das obrigações com o governo .................
121
Gráfico 40 – Representação gráfica da política ambiental .................................
122
Gráfico 41 – Representação gráfica do conceito de tecnologia limpa ...............
123
Gráfico 42 – Representação gráfica dos investimentos em proteção ambiental
123
Gráfico 43 – Representação gráfica da interação com a comunidade em
projetos ambientais........................................................................
124
Gráfico 44 – Representação gráfica do compromisso ambiental .......................
125
Gráfico
45 –
Representação
gráfica da
carta
empresarial para
o
desenvolvimento sustentável...............................................................................
125
Gráfico 46 – Representação gráfica da questão ambiental ...............................
126
Gráfico 47 – Representação gráfica do relacionamento com os organismos
ambientais .....................................................................................
127
Gráfico 48 – Representação gráfica da agenda 21 local..................................... 127
Gráfico 49 – Representação gráfica das ações ambientais................................
128
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Atividades voluntárias realizadas por funcionários.........................
88
Tabela 2 – Sugestões de atividades a serem desenvolvidas...........................
90
Tabela 3 – Sugestões de atividades a serem realizadas com apoio da
empresa............................................................................................................
92
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...............................................................................................
13
1.1 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA ......................................
14
1.2 OBJETIVOS................................................................................................
15
1.2.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................
15
1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................
15
1.3 DELIMITAÇAO DA PESQUISA .................................................................
15
1.4 JUSTIFICATIVA .........................................................................................
17
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO ..................................................................
18
2 REFERENCIAL TEÓRICO.............................................................................
19
2.1 RESPONSABILIDADE SOCIAL E O TERCEIRO SETOR NO BRASIL ....
19
2.2 RESPONSABILIDADE SOCIAL X FILANTROPIA ....................................
24
2.3 AÇÕES DE RESPONSABILIDADE SOCIAL..............................................
27
2.4 ESPECTRO DO EXERCÍCIO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL...........
30
2.5 O CONCEITO DE EMPRESA SOCIALMENTE RESPONSÁVEL..............
32
2.6 DEFININDO PADRÕES DE ATUAÇÃO SOCIAL.......................................
35
2.7 AS DIFERENTES VISÕES DA RESPONSABILIDADE SOCIAL .............
38
2.8 O EMPREENDEDORISMO SOCIAL: UMA FORMA INOVADORA DE
GESTÃO CORPORATIVA .......................................................................
41
2.8.1 O EMPREENDEDORISMO SOCIAL E A FILANTROPIA DE ALTO
RENDIMENTO.......................................................................................
42
2.9 O NOVO PARADIGMA NA GESTÃO DA RESPONSABILIDADE
SOCIAL.....................................................................................................
43
2.10 DIRETRIZES DE AÇÃO SOCIAL CORPORATIVA.................................
44
2.11 MARKETING SOCIAL: PRÓS E CONTRAS ...........................................
47
2.12 OS DESAFIOS NA GESTÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL..........
48
2.13 OS ESTÁGIOS DO EXERCÍCIO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL
CORPORATIVA .......................................................................................
50
2.14 OS PADRÕES DE CONDUTA EMPRESARIAL NA BUSCA DA
RESPONSABILIDADE SOCIAL.............................................................
53
2.15 GERENCIANDO A RESPONSABILIDADE SOCIAL INTERNA...............
66
2.16 GERENCIAMENTO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL EXTERNA .....
69
2.17 GERENCIANDO A RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA
AMBIENTAL...........................................................................................
2.18
INSTRUMENTOS
DE
GESTÃO
DA
RESPONSABILIDADE
70
E
SUSTENTABILIDADE SOCIAL ............................................................
71
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS......................................................
73
3.1 MÉTODO DE ABORDAGEM......................................................................
73
3.2 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA..............................................................
74
3.3 SELEÇAO DA EMPRESA PESQUISADA..................................................
77
3.4 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ...............................................
78
3.5 TRATAMENTO DE DADOS........................................................................
79
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS.. .....................................................
81
4.1 PESQUISA AMOSTRA INTERNA…….......................................................
81
4.2 COMENTÁRIOS DIVERSOS......................................................................
101
4.3 AVALIAÇÃO E PERCEPÇÃO DOS COLABORADORES TÊM DAS
104
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS..........................................................
4.4 ANÁLISE E TRATAMENTO DOS DADOS PESQUISADOS GESTORES
108
4.4.1
108
AVALIACAO
DO
COMPORTAMENTO
ETICO
EMPRESARIAL
INTERNO...............................................................................................
4.4.2
AVALIAÇÃO
DO
COMPORTAMENTO
ÉTICO
EMPRESARIAL
115
EXTERNO .............................................................................................
4.4.3 AVALIAÇAO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL …......
122
5 CONCLUSAO................................................................................................
130
5.1 Relação entre os objetivos e os resultados obtidos....................................
130
5.2 Contribuições da Pesquisa.........................................................................
134
5.3 Sugestões para pesquisas futuras..............................................................
134
5.4 Sugestões para a EMPRESA pequisada……………..................................
134
5.5 Considerações Finais.................................................................................
135
REFERÊNCIAS.................................................................................................
136
APÊNDICE A....................................................................................................
140
APÊNDICE B....................................................................................................
143
13
1 INTRODUÇÃO
Nos dias de hoje observa-se o processar de inúmeras transformações de
ordem econômica, política, social e cultural que, por sua vez, apresentam novos
modelos de relacionamento entre instituições e mercados, organizações e
sociedade. Com essas tendências de relacionamento, verifica-se a aproximação dos
interesses das organizações e os da sociedade resultando em esforços múltiplos
para o atendimento de objetivos compartilhados.
As organizações, por sua vez, preocupadas com a elevação do padrão de
qualidade de vida de suas comunidades, consideradas “organizações – cidadãs”
desenvolvem o processo denominado de responsabilidade social, caracterizada em
interna e externa.
A responsabilidade social interna busca a qualidade de vida dos seus
empregados, a relação da empresa com os mesmos; fazendo que, com isso tenham
uma boa relação dentro e fora da empresa.
E a responsabilidade social externa avalia as relações empresa comunidade,
e vem gerenciar junto com a comunidade, avaliando seus processos que são
realizados através de projetos sociais, trazendo melhorias e, contribuindo para o
bem estar de todos que dela participam. Procura estar a par dos problemas, e tenta
solucioná-los trazendo um maior benefício para a comunidade que depende de uma
ajuda externa.
Para D’Ambrosio (1998 p. 38) “Responsabilidade social pode ser também o
compromisso que a empresa tem com o desenvolvimento, bem estar e
melhoramento da qualidade de vida dos empregados, suas famílias e comunidade
em geral”.
O cuidado com o meio ambiente integra o compromisso das empresas com
o desenvolvimento sustentável e abrange todas as operações das unidades de
negócio. É estabelecido objetivo e metas de aperfeiçoamento contínuo de produtos
e processos, para eliminar acidentes, prevenir riscos ao ambiente e à saúde,
minimizar a produção de efluentes, resíduos e emissões atmosféricas e promover o
uso racional dos recursos naturais.
14
1.1 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA
No Brasil, está havendo uma retomada por partes das empresas e indústrias
sobre a busca de melhoria de imagem, serviços e produtos no que se refere à área
social. Muitos estão verificando que deixar tudo somente por conta do governo, não
faz sentido, pois estes não conseguem administrar toda a demanda que o contexto
social exige ao mesmo tempo, sendo assim, tem que haver uma união de diversos
setores, entre eles: Igrejas, Sociedade, Governo, Empresas entre outros para a
busca de uma igualdade social mais ampla.
O Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE) é a primeira
Associação da América do Sul a reunir organizações de origem privada que
financiam ou executam projetos sociais, ambientais e culturais de interesse público;
tendo como sua missão aperfeiçoar e difundir os conceitos e práticas do uso de
recursos privados para o desenvolvimento do bem comum; e como objetivo
contribuir para a promoção do desenvolvimento sustentável do Brasil, por meio do
fortalecimento político-institucional e do apoio à atuação estratégica de institutos e
fundações de origem empresarial e de outras entidades privadas que realizam
investimento social voluntário e sistemático, voltado para o interesse público. A
presente pesquisa trará a análise que identificará como a empresa madeireira da
região dos campos gerais esta gerenciando a sua responsabilidade social, na visão
dos seus gestores e colaboradores.
A percepção da problemática ligada às lacunas presentes entre as ações de
filantropia e as ações de Responsabilidade Social, leva-nos a propor o seguinte
questionamento: Qual a importância da Responsabilidade Social para uma grande
indústria do setor madeireiro da região dos campos gerais na visão dos
colaboradores e gestores?
15
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 GERAL
Assim, o objetivo geral está focado em:
•
Identificar, na visão dos seus gestores e colaboradores, a importância das
ações de Responsabilidade Social para uma indústria madeireira da região
dos campos gerais.
1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
E como objetivos específicos propõem-se:
•
Mapear as ações de Responsabilidade Social dentro da indústria pesquisada.
•
Identificar
na
visão
dos
colaboradores
as
ações
realizadas
de
Responsabilidade Social.
•
Identificar a percepção dos gestores diante das ações de Responsabilidade
Social frente aos colaboradores.
•
Levantar os fatores que interferem no desenvolvimento das ações de
Responsabilidade Social na visão dos gestores.
1.3 DELIMITAÇAO DA PESQUISA
O presente estudo é delimitado levando-se consideração os seguintes
aspectos:
•
Quanto ao setor econômico:
Setor Secundário, pois agrega uma indústria madeireira da região dos
campos gerais. Essa indústria produz vários tipos de molduras em
madeira e a matéria-prima principal constitui-se de aglomerados e
painéis de compensados.
16
•
Quanto à limitação geográfica:
Foi definida uma indústria do setor madeireiro da cidade de Jaguariaíva
região dos campos gerais, Paraná. Esta região é formada pelos
municípios:
Arapoti,
Carambeí,
Castro,
Imbaú,
Ipiranga,
Ivaí,
Jaguariaíva, Ortigueira, Palmeira, Piraí do Sul, Ponta Grossa, Porto
Amazonas, Reserva, São João do Triunfo, Sengés, Telêmaco Borba,
Tibagi e Ventania. Todos esses 18 municípios formam a AMCG
Associação dos Municípios dos Campos Gerais.
•
Quanto ao ramo de atuação:
O ramo de atuação é o madeireiro.
•
Quanto ao porte das empresas:
A indústria madeireira pesquisada conta hoje com 870 funcionários
diretos sendo assim considerada uma indústria de grande porte
segundo o SEBRAE.
•
Quanto ao nível organizacional:
Na estrutura empresarial o limite da pesquisa foi o nível operacional
participando os colaboradores das diversas áreas da empresa e a nível
gerencial, a participação foi dos gestores e responsáveis pelos
departamentos, totalizando 275 colaboradores de nível operacional e
20 gestores de níveis táticos e estratégicos.
•
Quanto à representatividade:
O setor madeireiro da região dos campos gerais é o maior pólo do
madeireiro do estado e o segundo maior do Brasil.
•
Quanto ao objeto de pesquisa:
Identificar, na visão dos gestores e colaboradores, a importância das
ações de Responsabilidade Social da Indústria madeireira pesquisada.
17
1.4 JUSTIFICATIVA
Hoje a responsabilidade social tem um caráter muito importante pois assegura
a muitas empresas uma imagem positiva junto a comunidade e aos colaboradores,
sem contar que tem sido uma estratégia de permanência no mercado. Apesar das
empresas terem no lucro o seu foco, tal concepção já não está mais condicionada a
apenas uma gestão empresarial eficiente; e, sim a uma gestão participativa e que se
preocupa com as pessoas ao seu entorno.
A evolução da humanidade é caracterizada por mudanças de necessidades,
quebra de paradigmas entre outras, novas razões surgem e, a adaptação a essa
nova realidade, torna-se crucial para quem tem a intenção de continuar no mercado
de forma competitiva, principalmente diferenciada. A responsabilidade propicia essa
imagem positiva de produtos e serviços.
As grandes indústrias têm dificuldade em decidir sobre as ações sociais que
atendam a necessidade das comunidades em torno da organização. Os gestores
são profissionais capacitados em cima da ciência da administração da engenharia
de produção, mas, muitas vezes são desconhecedores da importância das ações
sociais no desenvolvimento da sociedade. A empresa industrial é uma fonte de
fomentos de talentos que viabilizam a geração de renda e de melhoria da qualidade
de vida visto que a comunidade local é a principal fornecedora de talentos humanos
para essas organizações.
Dentre as novas exigências, fruto da evolução constante, está a
necessidade de as empresas, sobretudo as indústrias, além de continuar com seu
foco no lucro eficiente, de se preocuparem com a forma como este é alcançado e
com o retorno que ele pode dar na comunidade onde é originado.
Surge, então, a Responsabilidade Social que é um conjunto de mecanismos
inter-relacionados que permite a definição de uma estratégia para por em prática,
ações que reflitam em benefícios à comunidade em geral.
Abaixo esta apresentada a forma como a dissertaçáo ficou estruturada de
acordo com os Capítulos.
18
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO
Na pesquisa os capítulos estão estruturados da seguintes forma:
No primeiro capitulo o presente trabalho fez uma introdução sobre o assunto
da responsabilidade social apresentando a importancia do tema e a justificativa da
pesquisa.
No Capitulo seguinte foi apresentado o referecial teórico que servirá de base
de sustentaçáo as análises dos dados, sendo assim pesquisados os principais
teóricos que estudam a responsabilidade social empresarial.
O terceiro capítulo ficou explicitado a metodologia utilizada para se chegar
as demonstraçóes e os resultados que foram discutidos no capitulo de análises e
discussóes.
O quarto capítulo consta a apresentação do trabalho depois de serem
tabulados os resultados pertinentes a pesquisa. Esse capítulo mostra de forma
detalhada, pergunta a pergunta e as respostas dos colaboradores, gestores da
indústria pesquisada. Para essa análise foram feitos gráficos e comentários dos
entrevistados.
O último capítulo do trabalho apresenta conclusóes e consideraçóes finais
sobre o assunto pesquisado. Percebe-se que também ficaram neste capítulo
sugestóes de futuras pesquisas sobre os dados tabulados e analisados.
19
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Através da revisão da literatura existente, este capítulo visa apresentar uma
base teórica para os temas que se relacionam com os objetivos propostos nesta
dissertação. Dessa forma, buscou-se aqui descrever as abordagens dos principais
autores da área que embasam e justificam os temas sobre Responsabilidade Social
Corporativa tais como: Responsabilidade Social, Terceiro Setor, Filantropia,
Empresa Socialmente Responsável, Espectro da Responsabilidade Social, os
Padrões de Responsabilidade Social, Empreendedorismo Social, Gerenciamento da
Responsabilidade Social Interna, Externa e Ambiental.
Em todo contexto pesquisado, destacam-se as mais diversas contribuições
de relevantes aspectos das diversas empresas, associações, fundações, bem como,
aos pesquisadores, que possibilitaram, através da literatura demarcar o processo
evolutivo da Responsabilidade Social no Brasil.
2.1 RESPONSABILIDADE SOCIAL E O TERCEIRO SETOR
Parece importante afirmar que hoje em dia as organizações precisam estar
atentas não só a suas responsabilidades econômicas e legais, mas também a suas
responsabilidades éticas, morais e sociais.
De acordo com a literatura, vislumbra-se o pensamento de vários
pesquisadores e empresários sobre a responsabilidade social, tema principal desta
pesquisa, ao ressaltarem a grande importância do papel social das empresas no
contexto nacional, sem perder de vista o custo/benefício, tem contribuído para o
grande diferencial das empresas e sua sobrevivência no mercado.
Ao mesmo tempo em que chamam a atenção para o fato, de que se faz
necessário rever as políticas sociais, que haja estratégias e planos de ação,
eficazes, direcionados ao mesmo objetivo, para tal, é imprescindível a prática da
Responsabilidade Social, a qual se coloca a cada cidadão, sejam eles políticos,
administradores públicos, empresários e indivíduos de modo em geral, que de tal
forma, sejam solidários e eticamente comprometidos.
É provável que aí se encontre a fonte da possível transformação duradoura
do social, porque se impregnará nas estruturas a partir dos indivíduos - a
20
possibilidade de refletir sobre contradições, visualizando a forma de avançar,
construindo cotidianamente a história.
Segundo Maturana e Varela (1997, p. 33) tem-se que: “É no domínio da
relação com o outro na linguagem que sucede o viver humano, e é, portanto, no
âmbito ou domínio da relação com o outro que tem lugar a responsabilidade e a
liberdade como formas de conviver”. Trazendo o pensamento dos pesquisadores ao
tema proposto, empresas socialmente responsável são formadora de opinião e
agentes das transformações sociais, sua aplicabilidade, o sucesso ou não das
relações e do aprendizado, vai depender de cada empresa, de sua cultura, estrutura
organizacional e sua maneira de gerir seus negócios.
Conforme Chiavenato (1999, p. 317), “as pessoas deixaram de ser um
recurso produtivo ou mero agente passivo da administração para se tornar o agente
ativo e pro ativo do negócio”.
Além disso, empresa socialmente responsável, deve possuir, “estratégias
pensadas para orientar suas ações em consonância com as necessidades sociais,
de modo que a mesma, garanta além do lucro e da satisfação de seus clientes, o
bem-estar da sociedade” (CHIAVENATO, 1999, p. 316).
Com o advento da globalização, onde as mudanças, a competitividade, a
imprevisibilidade e a incerteza constituem desafios básicos das empresas, que para
sobreviverem à nova ordem mundial, viram-se compelidas a mudar radicalmente
suas estratégias de negócios e padrões gerenciais. Surgiram também, para as
empresas, oportunidades decorrentes da ampliação de seus mercados potenciais,
do aparecimento de novos concorrentes e novas demandas da sociedade.
Para acompanhar a acelerada evolução tecnológica, o aumento do fluxo de
informações, da nova economia, altera-se também, o papel do Estado, das
empresas e das pessoas. Redefini-se a noção de cidadania e constituíram-se
modalidades inovadoras de direitos coletivos, com isso as empresas, tiveram que
urgentemente, adaptar-se à nova maneira de gerir os negócios. Entre adaptações
políticas, jurídicas, culturais, e econômicas, estão as sociais, que cada vez mais
ganha campo a discussão sobre o papel das empresas como agentes sociais no
processo de desenvolvimento.
21
Nesse novo momento, os Estados perdem a sua soberania e as discussões,
que antes pareciam tão individuais, ganham dimensão mundial; o capital absorve a
cultura e a informação, que passam a circular de forma global e mercadológica.
Para Ianni (1993,p.48) “Dissolvem-se fronteiras e desenraizam-se as coisas,
as gentes e as idéias. Formam-se linguagens globais”. É nesse contexto que se
articula o Terceiro Setor, e atua num espaço híbrido entre o público e o privado
buscando diminuir essas diferenças sociais e buscando também um equilíbrio
focado numa sociedade justa.
Segundo Castells (2000,p.98), “a organização econômica da sociedade está
enraizada em culturas e instituições, assim o Terceiro Setor não deve ser analisado
apenas pelo prisma econômico ou social, pois este como qualquer forma de
organização é muito mais complexo e dinâmico do que se imagina”.
Nesse sentido, busca-se estudar o setor de uma forma integrada ao contexto
econômico-político e social, evitando as análises românticas que predominam ainda
boa parte dos teóricos da área.
A expressão Terceiro Setor é utilizada para indicar grupos organizados da
sociedade civil por meio de demandas e interesses comuns.
Conforme Gohn (1995,p.77) “terceiro setor são iniciativas privadas, mas com
fins públicos e sem fins lucrativos”.
Neste meio, encontra-se além do Estado e do Mercado, as iniciativas
privadas e sem fins lucrativos, que buscam a expansão do mercado. Fazem parte do
setor
organizações
não-governamentais,
associações,
fundações,
entidades
filantrópicas, culturais, educativas e de classe.
É importante analisar o setor por categorias, pois tratado de maneira geral
ele reúne organização as mais divergentes como fundações filantrópicas e as
vinculadas a empresas do mercado, movimentos sociais, sindicatos e até mesmo
fundos de pensão.
O surgimento deste setor rompe com a dicotomia entre público e privado,
pois oferece serviços públicos baseando-se em iniciativas privadas.
Para Gohn (1995,p.77) “o que caracteriza este setor é um tipo de
investimento social, e mais além, é a expressão da participação e da cidadania
representada pelo envolvimento das pessoas em torno das discussões e soluções
de suas demandas”.
22
Segundo Tavares Coelho (2000, p.58), “O Terceiro Setor não é mais aquele
setor que se contrapõe ao governo e ao mercado. E nem tampouco, o ramo de
atividades sem fins lucrativos”.
O setor constituído pelas Organizações Não-governamentais, associações
voluntárias ou organizações sem fins lucrativos, é entendido no conceito de Tavares
Coelho (2000, p. 59), como a expressão de "uma alternativa para as desvantagens
tanto do mercado, associadas à maximização do lucro, quanto do governo, com sua
burocracia inoperante”.
Quem melhor identificou o surgimento deste "novo Terceiro Setor" foi Peter
Drucker, que o caracterizou como uma nova esfera da economia, denominada de
"economia social" (DRUCKER, 1994, p.102).
Nota-se que na concepção de Drucker (1994,p.102) “foi o setor que mais
cresceu, movimentou recursos, gerou empregos e foi o mais lucrativo na economia
norte-americana nos últimos vinte anos".
É um ramo de atividade que tem racionalidade econômica própria e regras
de atuação específicas. A economia desse setor não gira em torno de indicadores
econômicos, mas de indicadores socioeconômicos, internos e externos.
Conforme Chiavenato (1999,p.310) “A empresa é socialmente responsável
quando suas ações sociais internas dão bons resultados”.
O mesmo autor ainda comenta que “Isso pode ser percebido e identificado
quando sua produtividade aumenta os gastos com saúde dos funcionários diminui, a
organização consegue desenvolver o potencial, habilidades e talentos dos
funcionários, multiplicando as inovações”. (CHIAVENATO, 1999, p. 310).
No âmbito externo, a empresa lucra socialmente com a maior credibilidade e
confiança que os clientes nela depositam o que se reflete no aumento da venda de
seus produtos e serviços; com seu reforço de imagem; e com a maior capacitação
profissional da mão-de-obra local.
Para ASHLEY é Imprescindível analisar as principais características deste
novo setor emergente, para tanto, será elencado na forma abaixo:
a)
Desenvolveu-se em decorrência da revolução na estrutura produtiva
da sociedade, ocorrida neste final de século, responsável pela
fragmentação das cadeias produtivas de diversos setores e,
conseqüentemente, pelo deslocamento das grandes unidades
produtivas e suas indústrias e fornecedores-satélites;
23
b)
c)
d)
e)
Tem nas empresas socialmente responsáveis o seu principal agente
social;
Impulsiona grande mobilização do trabalho voluntário; apresenta foco
no desenvolvimento sustentável das localidades e regiões;
Requer adoção do modelo de parceria envolvendo governo local,
empresas, ONG's e demais entidades da sociedade civil, constituído
pela formação de redes sociais;
Gera produção de "capitais sociais" distintos. (ASHLEY 2002).
Salomon e Anheier, citados por Gohn, assim se expressam a respeito desse
Terceiro Setor:
Uma virtual revolução associativa está em curso no mundo, a qual
faz emergir uns expressivos Terceiros Setores globais, que é
composto de organizações estruturadas, localizadas fora do aparato
formal do Estado, que não são destinadas a distribuir lucros
auferidos com suas atividades entre os seus diretores ou entre um
conjunto de acionistas; são autogovernados, envolvendo indivíduos
num significativo esforço voluntário. (GOHN 2000, p.67).
Segundo Gohn (2000,p.67) “não se denota que a característica mais forte
deste novo setor seja o novo associativismo, mas, sim a presença marcante de
pequenos e microempresários em atividades sociais”.
O seu campo de atuação ampliou-se enormemente. Não mais como um
lugar de acesso aos direitos de uma cidadania emancipatória ou de acesso dos
direitos de uma cidadania outorgada.
Como afirma Gohn (2000, p. 69) “E sim, como espaço de exercício da
responsabilidade social, corporativo, comunitário e individual, a partir dos valores
éticos e condutas organizacionais difundidas pelas empresas-cidadã”.
Na verdade, é uma cidadania outorgada, pois é passada das empresas para
a comunidade. Esse processo de difusão da cidadania social é feito com a mediação
das empresas, e não mais do Estado, através da formação de redes de emprego e
trabalho, estímulo à criação de cooperativas de trabalho, micros e pequenas
empresas. Inicialmente, eram redes de serviços de natureza assistencial. Agora
predominam as redes produtivas, de pesquisa e desenvolvimento e de inovação
tecnológica.
Uma outra característica deste novo Terceiro Setor é a sua capacidade de
gerar a inovação de conhecimentos e de contribuir para o aumento da
empregabilidade e capacitação profissional de pessoas residentes na comunidade.
24
Afirma Gohn (2000,p.69) “este fenômeno é denominado de empowerment
dos setores populares”.
Continua citando Gohn (2000,p.70) que “os resultados produzidos pelo
Desenvolvimento do novo Terceiro Setor são também intitulados de capitais sociais".
Como exemplos de capitais sociais podem ser citados os empreendimentos
sociais criados, a profissionalização inerente à ação dos novos agentes de economia
social, os novos modelos de parceria implantados, a capacitação profissional dos
cidadãos, as ONG's criadas com o apoio de empresas.
Para Gohn (2000,p.80) “os novos agentes da economia social, os
componentes do novo Terceiro Setor não lutam contra a exclusão social gerada pelo
modelo econômico, mas buscam novas formas de inclusão e a integração social no
modelo econômico atual".
Segundo Kisil (2000,p.137) “também visualiza esta possível integração entre
o mercado e o Terceiro Setor, pois, segundo o autor, o mercado pode contribuir com
o processo produtivo gerando empregos e oferecendo mercadorias e serviços”.
Diante desses novos perfis econômicos e sociais é que se vem destacando
fortemente as ações de empresas preocupadas com o meio ambiente e com a
sociedade no geral. Necessário então para poder compreender melhor essas ações
que se possa deixar claro as diferenças entre as ações sociais chamadas de
responsabilidade social com as ações sociais de cunho imediato e aleatório que são
as ações filantrópicas.
2.2 RESPONSABILIDADE SOCIAL X FILANTROPIA
Responsabilidade social é um estágio mais avançado no exercício da
cidadania corporativa. Tudo começou, no entanto, com a prática de ações
filantrópicas. Empresários, bem sucedidos em seus negócios, decidiram retribuir à
sociedade parte dos ganhos que obtiveram em suas empresas. Tal comportamento
reflete uma vocação para a benevolência, um ato de caridade para com o próximo.
Nessa onda de filantropia surgiram as entidades filantrópicas em busca de
recursos dos empresários filantropos. A filantropia desenvolve-se através das
atitudes e ações individuais desses empresários.
25
A responsabilidade social é diferente conforme Kisil “Tem a ver com a
consciência social e o dever cívico. A ação de responsabilidade social não é
individual. Reflete a ação de uma empresa em prol da cidadania. A empresa que a
pratica demonstra uma atitude de respeito e estimulo à cidadania corporativa;
conseqüentemente
existe
uma
associação
direta
entre
o
exercício
da
responsabilidade social e o exercício da cidadania empresarial” (KISIL, 2000, p.137).
Observa-se que, de início, as empresas tradicionais eram direcionadas
exclusivamente na obtenção dos lucros.
Segundo Robbins (1986,p.503) “as empresas servem melhor a sociedade
quando se concentram exclusivamente no aumento de seus lucros. Considera-se
que os administradores são pagos para cuidar do recurso de suas organizações, e
não para salvar a sociedade”.
O mesmo autor continua citando que “uma vez que as empresas são
membros da comunidade, têm a responsabilidade de agir como cidadãos e assumir
responsabilidades que incluem a não-poluição do meio ambiente, a redução da
pobreza, prevenção da discriminação racial” (ROBBINS 1986, p. 504).
A consciência crescente dos problemas do Brasil, da injustiça social, da
miséria em que vive grande parte da população brasileira, levou ao fortalecimento da
temática estritamente social.
Para Froes e Melo Neto (2004,p.27) “a Filantropia tem por base o
assistencialismo, que decorre no auxílio aos pobres, aos desvalidos, desfavorecidos,
miseráveis, excluídos e enfermos”.
Os mesmos autores Froes e Melo Neto (2004,p.27) dizem que “a
responsabilidade social busca estimular o desenvolvimento do cidadão e fomentar a
cidadania individual e coletiva. Sua ética social é centrada no dever cívico, enquanto
a filantropia tem no dever moral sua ética absoluta”.
As ações de responsabilidade social são extensivas a todos os que
participam da vida em sociedade indivíduos, governo, empresas, grupos sociais,
movimentos sociais, igreja, partidos políticos e outras instituições.
As ações de filantropia são restritas a empresários filantrópicos e
abnegados. Partem de vontades e desejos individuais. Em geral, assumem a forma
de doações a grupos ou outras entidades. E, como tais, prescindem de
planejamento, organização, monitoramento, acompanhamento e avaliação.
26
Ao contrário, as ações de responsabilidade social exigem periodicidade,
método e sistematização e, principalmente, gerenciamento efetivo por parte das
empresas-cidadã.
A Filantropia tem por objetivo contribuir para a sobrevivência de grupos
sociais desfavorecidos. A responsabilidade social busca a sustentabilidade e a autosustentabilidade de grandes e pequenas comunidades.
Conforme Bourdon (2002,p.51) "Uma coisa é filantropia, que pode ser a
simples doação; outra é transformar uma realidade ruim, fazendo com que ela se
aproxime ao máximo do ideal.”
Tanto a filantropia quanto a responsabilidade social é de natureza diversa. A
filantropia é uma “simples doação”, fruto da maior sensibilidade e consciência social
do empresário. A responsabilidade social é uma “ação transformadora”. Uma nova
forma de inserção social e uma intervenção direta em busca da solução de
problemas sociais.
O Quadro abaixo resume as principais diferenças entre ambas.
De acordo com Froes e Melo Neto (2004,p.28) a melhor diferenciação entre
responsabilidade social e filantropia pode ser assim resumida: "A filantropia parte de
uma ação individual e voluntária e tem muitos méritos. Mas a responsabilidade social
vai além de vontades individuais - caminha para tomar-se a soma de vontades que
constitui um consenso, uma obrigação moral e econômica a ligar o comportamento
de todos os que participam da vida em sociedade".
Filantropia
Responsabilidade Social
Ação individual e voluntária
Ação coletiva
Fomento da caridade
Fomento da cidadania
Base assistencialista
Base estratégica
Restrita a empresários filantrópicos e
abnegados
Extensiva a todos
Prescinde de gerenciamento
Demanda gerenciamento
Decisão individual
Decisão consensual
Quadro 1- As diferenças entre filantropia e a responsabilidade social
Fonte: Adaptado de MELO NETO; FRÓES, 2004
27
A filantropia é individualizada, pois a atitude e a ação são do empresário. A
responsabilidade social é uma atitude coletiva e compreende ações de empregados,
diretores e gerentes, fornecedores, acionistas e até mesmo clientes e demais
parceiros de uma empresa. É, portanto, uma soma de vontades individuais e
refletem um consenso.
Conforme Froes e Melo Neto (2004,p.28) “A responsabilidade social é uma
ação estratégica da empresa que busca retorno econômico, social, institucional,
tributário-fiscal”.
A filantropia não busca retorno algum, apenas o conforto pessoal e moral de
quem a praticam. Finalmente, pode-se afirmar que a responsabilidade social é
coletiva, mobilizadora, porque valoriza a cidadania, promove a inclusão social e
restaura a civilidade.
2.3 AÇÕES DE RESPONSABILIDADE SOCIAL
O exercício da responsabilidade social tem dois focos distintos, um foco diz
respeito
ao
exercício
da
Responsabilidade
Social
como
planejamento
e
empreendedorismo social e o outro tem foco apenas em ações de assistencialismo.
Segundo Tavares Coelho (2000, p.67) “os projetos sociais e as ações
comunitárias, sendo os projetos sociais empreendimentos voltados para a busca de
soluções de problemas sociais que afligem populações e grupos sociais numerosos
ou em situações de alto risco”.
O mesmo autor ainda cita que “as ações comunitárias correspondem à
participação da empresa em programas e campanhas sociais realizadas pelo
governo, entidades filantrópicas e comunitárias ou por ambas” (TAVARES COELHO
2000, p.68).
Tal participação ocorre por meio de doações, ações de apoio e trabalho
voluntário de seus empregados. Dentre as ações comunitárias mais comuns estão à
adoção de escolas, creches, postos de saúde, praças e jardins, ruas e avenidas,
doações para campanhas sociais. Algumas empresas denominam tais ações de
projetos de ajuda comunitária.
A seguir, através do Quadro 2 abaixo serão analisadas as diferenças entre
ambas as modalidades de exercício de responsabilidade social empresarial.
28
Ações Comunitárias
Projetos Sociais Próprios
Ação indireta sobre a comunidade
Ação direta sobre a comunidade
Transferência /repasse de recursos para
entidades
Aplicação direta dos recursos
A gestão é feita por terceiros
A gestão é feita pela própria empresa
São ações de doação e apoio
São
ações
de
desenvolvimento social
Geram retorno
institucional
tributário,
social
e
Geram retorno
institucional
social
fomento
e
de
ao
mídia
Não demandam ações de marketing social Demandam ações de marketing social ..
.
Quadro 2 - Modalidades de exercício de responsabilidade social corporativa
Fonte: Adaptado de MELO NETO; FRÓES, 2004
Conforme Tavares Coelho (2000,p.70) “A primeira diferença entre ambas
está na natureza das ações: é indireta, porque é feita através de outras entidades no
caso das ações comunitárias, e diretas, nos projetos sociais próprios, pois é a
própria empresa que realiza suas ações sociais”.
Para Froes e Melo Neto (2004,p.39) “Nas ações comunitárias, a empresa
insere-se na comunidade por meio de transferência e repasse de recursos para
entidades assistenciais e comunitárias. Nos projetos sociais próprios, a empresa
aplica diretamente os recursos. Não o faz mediante a ajuda de terceiros”.
Segundo Ashley(2002,p.87) “Quanto à forma de gestão, as diferenças são
grandes: é feita por terceiros, no caso das entidades que recebem as doações e
apoio da empresa nas ações comunitárias, e diretas, quando se trata de projetos
sociais próprios”.
O tipo de ação predominante, doação e apoio que são as formas mais
comuns de ações comunitárias de caráter filantrópico. Os projetos sociais próprios,
por sua vez, priorizam ações de fomento ao desenvolvimento social.
O mesmo autor ainda descreve que “nas ações comunitárias, o retorno
maior é o de natureza social, tributária e institucional. O primeiro - retomo social - se
traduz na contribuição para "causas sociais" defendidas pelas entidades que
recebem doações e apoio da empresa. O segundo é o desconto permitido no
imposto de renda devido em ações de doação” (ASHLEY, 2002, P. 89).
29
Já Ashley (2002,p.91) “Nos projetos sociais próprios, o retorno social de
imagem e de mídia é o maior peso. A empresa estreita laços com a comunidade e
fortalece sua imagem, obtendo desta maneira, ganhos sociais expressivos, que se
refletem no aumento do seu faturamento, vendas e participação no mercado”.
As ações comunitárias, em sua maioria, não demandam ações de
comunicação e marketing. As empresas que as praticam não usam as técnicas de
marketing social para divulgar suas ações. Entretanto, no caso de projetos sociais
próprios, predominam as ações permanentes de comunicação e marketing.
Para Schiavo (2007,p.2), marketing social é:
A gestão estratégica do processo de introdução de inovações
sociais, com base na adoção de novas atitudes, comportamentos e
práticas individuais e coletivas, orientadas por preceitos éticos,
fundamentadas nos direitos humanos e na eqüidade social. Em todo
o mundo, atualmente, o marketing social é uma das ferramentas
mais aplicadas gestão de projetos e programas sociais.
Assistencialismo é caracterizado como “o apoio das empresas privadas às
comunidades e se dá de uma forma descomprometida ou pontual” (Prêmio
ETHUS/Valor; 2002, p. 116).
O instituto Ethos (2002) “Filantropia em seu contexto é considerada como o
ato da empresa distribuir uma parte de seu lucro a ocasionais pedintes. Acontece de
maneira eventual, é uma ajuda. Os indivíduos podem ter amor à humanidade. As
empresas não têm sentimentos; e sim, responsabilidades. A filantropia está
associada à caridade eventual” (Prêmio ETHUS/Valor: 2002, p. 84).
Segundo
Schiavo
(2007,p.10)
“Pode-se
denotar
que
o
perfil
da
responsabilidade social das empresas quando aproxima as pessoas dos problemas
sociais e os tornaram mais reais do que pareciam, quando só o Estado participava”.
E esse novo contexto, é o espaço em que as questões sociais ganham um
caráter prático porque colocam as pessoas, e não a instituição estatal, em contato
direto com a problemática social. Com isso, o pensamento da co-responsabilidade
pela sociedade, pelo meio ambiente, pelo país, é hoje o diferencial competitivo de
uma empresa, que com essa visão passa a agregar importante valor à sua marca: o
de empresa cidadã, socialmente responsável, a qual se volta, para resgatar
princípios éticos e morais. Valores estes, entre os principais fatores para o sucesso
mercadológico.
30
2.4 ESPECTRO DO EXERCÍCIO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL
Responsabilidade Social é tida como a demonstração de preocupação da
empresa em particular, de forma ativa, nos programas sociais voltados para o bemestar da comunidade onde está inserida e na sociedade em geral.
Segundo Queiroz (2006,p.67) a empresa socialmente responsável é vista
como aquela que consegue criar métodos, planos e incentivos para que, interna e
externamente, seja identificada uma empresa cidadã.
Quando se fala de responsabilidade social percebe-se que há duas
situações de contingências: a primeira refere-se à novidade do conceito; e a
segunda, à amplitude e à natureza do tema.
Conforme Queiroz (2006,p.67) ¨somente nos últimos dez anos é que
começou a ser incorporada ao dia-a-dia das empresas no Brasil, portanto, a
princípio,entende-se que a responsabilidade social carece de uma definição mais
precisa e amplamente aceita pelos profissionais da área e empresários¨.
Na maioria das literaturas, é apresentada que a grande dificuldade para
definir responsabilidade social está na amplitude do tema e, conseqüentemente, na
extensão do seu espectro.
Segundo Neto (2001,p.100) “a responsabilidade social corporativa é uma
conduta que vai da ética nos negócios às ações desenvolvidas na comunidade,
passando pelo tratamento dos funcionários e relações com acionistas, fornecedores
e clientes”.
O tema responsabilidade social é vasto, assim como o é o conceito. Da
amplitude do tema, surge a complexidade do conceito. Isto porque tema e conceito
compreende um espectro amplo: de conduta ética, às ações comunitárias e de
tratamento dos funcionários e ao dinamismo das relações que a empresa mantém
com os seus diversos públicos.
O Quadro abaixo, demonstra a amplitude do espectro do que se denomina
de exercício da responsabilidade social corporativa.
Valores
+ (alto)
Ações
-(baixo)
31
Relações
Quadro 3 Responsabilidade Social Corporativa
Grande amplitude do conceito
Fonte: Adaptado de MELO NETO; FRÓES, 2004
Trata-se, portanto, de um conceito amplo, pois compreende VALORES AÇÕES - RELAÇÕES: Tais elementos também se ampliam através de suas
variações temáticas. Por exemplo, valores ético-morais, sociais, culturais, políticos e
econômicos. Ações voltadas para assistência social, educação, saúde, emprego,
segurança. Ou ainda, de naturezas distintas: ações de doação, de apoio, de
implementação de programas e projetos sociais. E, também, ações de divulgação,
de promoção, de fomento, de difusão de conhecimentos.
São ações de cunho social que estão incluídas no espectro do exercício da
responsabilidade social corporativa. O espectro de relações também é amplo:
relações com clientes, governo, fornecedores, distribuidores, acionistas, comunidade
e sociedade. E também relações com as entidades-parceiras, ONG's, entidades
filantrópicas, associações comunitárias entre outras.
Segundo
Melo
Neto;
Froes
(2004)
A
avaliação
do
exercício
da
responsabilidade social corporativa pressupõe análises detalhadas dos três
segmentos:
•
Análise de como a empresa se comporta (quais os valores que adota, e
como os difunde e promove junto a seus diversos públicos). É o que se
denomina de dimensão ética da responsabilidade social corporativa;
•
Análise de como a empresa desenvolve suas ações sociais (qual o foco
dessas ações, seus beneficiários, total de investimentos, retorno obtido,
resultados alcançados). É o que se designa de dimensão pragmática da
responsabilidade social corporativa;
•
Análise de como a empresa se relaciona com os seus diversos públicosalvos (como a organização relaciona-se com os seus empregados e
dependentes, clientes, governo, fornecedores, distribuidores, acionistas,
comunidade e sociedade). É o que se nomeia por dimensão políticoinstitucional da responsabilidade social corporativa.
FRÓES, 2004, p.47).
(MELO
NETO;
32
Assim, quanto maior a participação da empresa nessas três dimensões,
mais extensa e melhor a sua gestão da responsabilidade social. Há empresas que
adotam uma atitude e comportamentos éticos irretocáveis, mas deixam a desejar em
termos de ações e relacionamentos com alguns segmentos de público.
2.5 O CONCEITO DE EMPRESA SOCIALMENTE RESPONSÁVEL
A Organização Não-governamental - ONG norte-americana, "Business for
Social Responsability - BSR", definiu os mandamentos de uma empresa socialmente
responsável. Embora interessante, pois identifica focos de atuação da empresa
socialmente responsável, os mandamentos definidos pelo BSR são restritivos e
serão apresentados abaixo em quadro próprio.
Segundo Melo Neto; Froes (2004,p.48) ¨a dimensão ecológica envolve
muitas outras atividades, e não apenas uso de papel reciclado em produtos e
embalagens. Por exemplo, uso de tecnologia limpa, gestão ambiental, e outros
procedimentos¨.
Para Queiroz (2006,p.68) ¨a filantropia é apenas um tipo de ação que se
insere no contexto mais amplo da responsabilidade social. Muitos especialistas não
a consideram ação de responsabilidade social, mas um estágio de préresponsabilidade social. A flexibilidade não é uma dimensão da responsabilidade
social, mas de toda a gestão da empresa¨.
Segundo Melo Neto; Froes (2004,p.54) A responsabilidade social exige da
empresa uma gestão efetiva da sua força de trabalho, do ambiente de trabalho e da
qualidade de vida no trabalho. Vai muito além do ajuste da jornada de trabalho às
necessidades pessoais.
33
Sua empresa é socialmente responsável se ela é:
1.Ecológica
Usa papel
embalagens
reciclado
em
produtos
e
2.Filantrópica
Permite que os funcionários reservem
parte do horário de serviços para a
prestação de trabalho voluntário
3.Flexível
Deixa que os funcionários ajustem a
jornada de trabalho às necessidades
especiais
4.Interessada
Faz pesquisas entre os funcionários para
conhecer seus problemas e tentar ajudá-los
5.Saudável
Dá incentivos financeiros para funcionários
que alcançam metas de saúde como redução
de peso e colesterol baixo
6.Educativa
Permite que grupos de estudantes visitem
suas dependências
7.Comunitária
Cedem as suas instalações esportivas para
campeonatos de escolas da redondeza
8.Integra
Não lança de propaganda enganosa, vendas
casadas e outras práticas de marketing
desonesto
Quadro 4 - Os mandamentos da ética
Fonte: Adaptado de MELO NETO; FRÓES, 2004
Os mesmos autores ainda citam que o interesse da empresa por seus
funcionários é apenas um dos indicadores da sua responsabilidade social interna.
Não basta fazer pesquisas somente para conhecer os problemas dos funcionários,
mas é imprescindível também pesquisar os problemas de seus familiares e dos
prestadores de serviço. A ênfase na saúde dos funcionários extrapola questões
como redução de peso e colesterol baixo, e engloba outras demandas relacionadas
à saúde mental, ocupacional e à segurança no trabalho (MELO NETO; FRÓES,
2004, p. 52).
No campo da educação, o escopo é ainda maior. Compreende ações de
formação, treinamento e capacitação profissional, tanto para funcionários e seus
dependentes, quanto para clientes, fornecedores e demais parceiros, além da
sociedade e da comunidade.
Conforme Melo Neto; Froes (2004,p.53) ¨em suas relações com a
comunidade, a empresa socialmente responsável não se limita a ceder suas
instalações para a prática esportiva e para atividades de cunho social e cultural dos
alunos das escolas das redondezas. O espectro é muito mais amplo: ações de
inserção social, ações de fomento do desenvolvimento social, ações de apoio
social¨.
Segundo Queiroz (2006, p.72) ¨a integridade é a base ética do
comportamento da empresa socialmente responsável. É talvez a dimensão de maior
amplitude. Envolve a ética, não somente aplicada aos negócios (não lança mão de
34
propaganda enganosa, vendas casadas e demais práticas de marketing desonesto),
mas também em todo o ambiente organizacional. A cidadania é uma dimensão que
não pode ser esquecida: a cidadania individual de cada funcionário, a cidadania
coletiva e a promoção da cidadania pela empresa junto à sociedade e à
comunidade. “As empresas socialmente responsáveis destacam-se pelo seu padrão
de comportamento social, econômico, cultural e político”.
Queiroz (2006) O bom atendimento ao cliente, a garantia de qualidade dos
produtos e serviços e preços competitivos já não bastam para assegurar a
sobrevivência de qualquer empresa no mercado competitivo. Tais atributos são
necessários, mas não suficientes. É preciso algo mais. E as empresas, sobretudo as
de vanguarda, líderes em seus segmentos, conhecedoras deste fato, preparam-se
para adequar-se ao mais novo paradigma empresarial deste início de século.
Para Net (2001) O paradigma empresarial contemporâneo é o figurino da
empresa com cidadania empresarial, cujas principais características são listadas
abaixo:
•
Alto comprometimento com a comunidade;
•
Atua em parceria com o governo, demais empresas e entidades em
programas e projetos sociais;
•
Apresenta progressão de investimentos nas áreas sociais;
•
Viabiliza projetos sociais independentemente dos benefícios fiscais
existentes;
•
Realiza ações sociais, cujo principal objetivo não é o marketing, mas um
comprometimento efetivo com a comunidade;
•
Seus funcionários, conscientes da responsabilidade social da empresa,
atuam como voluntários em campanhas e projetos sociais;
•
Os valores e princípios empresariais, além de sua missão e visão
estratégica, incorporam responsabilidades diversas, envolvendo o seu
relacionamento com o governo, clientes, fornecedores, comunidade,
sociedade, acionistas e demais parceiros (NETO; 2001, p.101).
A empresa socialmente responsável toma-se cidadã porque dissemina
novos valores que restauram a solidariedade social, a coesão social e o
35
compromisso social com a eqüidade, a dignidade, a liberdade, a democracia e a
melhoria da qualidade de vida de todos que vivem na sociedade.
2.6 DEFININDO PADRÕES DE ATUAÇÃO SOCIAL
Com base nos dados obtidos na pesquisa do IPEA, "Ação Social das
Empresas", algumas conclusões podem ser obtidas pela análise dos resultados
alcançados nessa pesquisa:
a) O vigor social é maior entre as micros, pequenas e médias empresas
do que entre as grandes empresas;
b) As
grandes
empresas
destacam-se
pelo
maior
volume
de
investimentos sociais, o que não significa necessariamente que os
resultados sejam melhores;
c) Em
termos
quantitativos,
predominam
as
ações
filantrópicas
desenvolvidas pelas empresas do comércio e, sobretudo, pequenas e
médias empresas.
O modelo seguido pelas micros, pequenas e médias empresas é o de fazer
doações e de prestar apoio a programas e campanhas sociais. É o que afirma Anna
Maria Peliano, coordenadora da pesquisa: "As pequenas empresas basicamente
destinam suas contribuições por meio de doações a entidades assistenciais”
(PELIANO, 2007). Ainda sobre o desempenho das micros, pequenas e médias
empresas, seu padrão de atuação caracteriza-se pela busca de novas formas de
inserção na comunidade.
A inserção da empresa na comunidade ocorre mediante doações a
entidades assistenciais que desenvolvem projetos na comunidade. Estas doações,
segundo Peliano, são limitadas à vizinhança, "sinal de preocupação das empresas
em manter sob seu olhar os investimentos sociais realizados na comunidade ou
mesmo o destino dado ao dinheiro doado a entidades filantrópicas" (PELIANO,
2007).
O tipo de relação predominante da empresa com a comunidade é indireta,
pois a empresa desenvolve sua ação de filantropia através de organizações
comunitárias. O marketing social é praticamente inexistente. As micros, pequenas e
36
médias empresas não se preocupam em divulgar suas ações sociais como
estratégia de comunicação e marketing.
Quanto às grandes empresas, o padrão de atuação social é o de projetos
sociais próprios. Trata-se, portanto, de uma relação mais direta com a comunidade.
Os empregados também se envolvem em ações de voluntariado, o que estreita os
laços da empresa com a comunidade. Muitas empresas adotam ambos os padrões,
com ações de doação e apoio e também com projetos sociais próprios. Aos poucos,
o modelo de inserção vai dando lugar a um novo modelo de atuação social - ações
de fomento ao desenvolvimento social (MELO NETO; FRÓES, 2004, p. 59).
São ações de fomento da empregabilidade e do empreendedorismo social,
cujo objetivo é criar condições de sustentabilidade que permitam o desenvolvimento
da comunidade.
Essas condições são consideradas necessárias para se chegar ao
desenvolvimento autônomo e ocorrem quando a própria comunidade se dá conta de
suas motivações, potencialidades e metas factíveis e se mobiliza para alcançar este
seu desenvolvimento autônomo mediante esforço próprio.
Para melhor compreensão sobre o exposto, o quadro a seguir sintetiza
ambos os modelos:
Atuação social das micros e PME's
Atuação social das grandes empresas
(Modelo 1)
(Modelo 2)
Predomínio de relações indiretas com a
comunidade
Predomínio de relações diretas com a
comunidade
Predomínio de ações de doação e apoio.
Desenvolvimento de projetos sociais próprios
Adoção do paradigma da inserção na
comunidade
Adoção do paradigma
desenvolvimento social.
Inexistência de ações de marketing social.
Desenvolvimento de ações de marketing
social
Foco na assistência social.
Quadro 5 - Atuação social das empresas
Fonte: Adaptado de MELO NETO; FRÓES, 2004
do
fomento
ao
Foco na educação, saúde, empregabilidade
e empreendedorismo.
37
No Modelo 1, típico das micros, pequenas e médias empresas brasileiras, há
o predomínio das relações indiretas com a comunidade. No Modelo 2, das grandes
empresas, prevalecem as relações diretas.
Ações de doação e apoio são
características do Modelo 1, enquanto projetos sociais próprios são típicos do
Modelo 2.
As micros, pequenas e médias empresas adotam o paradigma da inserção
na comunidade (Modelo 1). Já as grandes empresas usam um modelo distinto: o
fomento ao desenvolvimento social.
No Modelo 1, inexistem ações de marketing social. O que não ocorre no
Modelo 2, onde surgem ações de comunicação e marketing. O Modelo 1 caracterizase pelo foco na Assistência Social. Por sua vez, o Modelo 2 centraliza suas ações na
Educação, na Saúde e, mais recentemente, no fomento a empregabilidade e ao
empreendedorismo.
A expectativa predominante é a migração de um elevado número de
empresas, sejam micros, pequenas, médias ou grandes, para o Modelo 2. Um dos
motivos é o desestímulo às ações sociais do tipo doações. O governo tem limitado
drasticamente os abatimentos no imposto de renda mediante concessões de
doações para organizações da sociedade.
Hoje, o abatimento máximo é de 2% do lucro operacional das empresas,
segundo dados da Receita Federal. Quanto aos indivíduos, a política tributária
praticamente eliminou os abatimentos decorrentes de doações. Além das restrições
tributárias, são grandes as barreiras burocráticas, o que desestimula ainda mais as
empresas a efetuarem doações para entidades assistenciais e comunitárias.
38
2.7 AS DIFERENTES VISÕES DA RESPONSABILIDADE SOCIAL
Responsabilidade Social, por se tratar de campo novo no Brasil, traz
implícito, inúmeras questões que entrelaçam limites e possibilidades, que
necessitam ser identificadas, analisadas, enfrentadas ou, mesmo, suscitadas. Mas
afinal, o que é responsabilidade social empresarial? Seria um tipo de comportamento
empresarial, um modelo de gestão social, um atributo ético?
Segundo Melo Neto; Froes (2004) As definições são diversas. Sendo um
conceito
recente,
conhecimentos
responsabilidade
do
mundo
social
empresarial.
tornou-se
Ganhou
uma
nova
importância,
área
de
escopo
e
complexidade. A melhor maneira de analisar o conceito é identificar as diferentes
visões a seu respeito, que são as seguintes:
a) A responsabilidade social como atitude e comportamento empresarial
ético e responsável. Nesta abordagem da responsabilidade social
prevalece o que se denomina de "responsabilidade ética". É o dever e
compromisso da empresa em assumir umas atitudes transparentes,
responsáveis e éticas em suas relações com os seus diversos
público-alvos (governo, clientes, fornecedores, comunidade entre
outros).
b) A responsabilidade social como um conjunto de valores. Próxima da
definição anterior, a responsabilidade social vista como um conjunto
de valores incorpora não apenas conceitos éticos, mas uma série de
outros conceitos que lhes dão sustentabilidade, como, por exemplo,
auto-estima dos empregados, desenvolvimento social e outros.
c) A responsabilidade social como postura estratégica empresarial.
Neste aspecto, a busca da responsabilidade social pelas empresas é
centrada na valorização do seu negócio em termos de faturamento,
vendas, market share. A responsabilidade social é vista como ação
social estratégica que gera retorno positivo para os negócios.
d) A responsabilidade social como estratégia de relacionamento. Com o
foco na melhoria da qualidade do relacionamento com os seus
diversos público-alvos, a empresa usa a responsabilidade social como
39
estratégia de marketing de relacionamento, em especial com clientes,
fornecedores e distribuidores.
e) A responsabilidade social como estratégia de marketing institucional.
Neste caso o exercício da responsabilidade social é orientado para a
melhoria da imagem institucional da empresa, o que se traduz na
melhoria da sua reputação. São os ganhos institucionais da condição
de empresa-cidadã que justificam os investimentos em ações sociais
encetadas pela empresa.
f) A responsabilidade social como estratégia de valorização das ações
da empresa (agregação de valor). A reputação de uma empresa e o
valor de suas ações no mercado andam juntas. Uma pesquisa feita
pela FGV identificou que 70% do valor de mercado de uma empresa
dependem de seus resultados financeiros. Os outros 30% dependem
da sua reputação no mercado.
g) A responsabilidade social como estratégia de recursos humanos. É o
uso de ações de responsabilidade social com o foco nos empregados
e seus dependentes. O objetivo é garantir a satisfação dos
empregados, reterem os seus principais talentos e aumentar a
produtividade.
h) A responsabilidade social como estratégia de valorização dos
produtos/serviços. O objetivo é atestar não apenas a qualidade dos
produtos e/ou serviços da empresa, mas também lhes conferir o
status de "socialmente corretos".
i) A responsabilidade social como estratégia social de inserção na
comunidade. Neste caso, a empresa busca aprimorar suas relações
com a comunidade e a sociedade e também busca definir novas
formas de continuar nelas inserida.
j) A responsabilidade social como estratégia social desenvolvimento da
comunidade. A responsabilidade social é vista como uma estratégia
para
o
desenvolvimento
socialmente
responsável
social
assume
da
comunidade.
o
papel
de
A
empresa
agente
do
desenvolvimento local, juntamente com outras entidades comunitárias
e o próprio governo.
40
k) A responsabilidade social como promotora da cidadania individual e
coletiva. É a empresa que, mediante suas ações, ajuda a tomar seus
empregados verdadeiros cidadãos e contribui para a promoção da
cidadania na sociedade e na comunidade.
l) A responsabilidade social como exercício da consciência ecológica. É
a responsabilidade social vista como responsabilidade ambiental. A
empresa investe em programas de educação e de preservação do
meio ambiente. Em decorrência disto, torna-se uma difusora de
valores e práticas ambientalistas.
m) A responsabilidade social como exercício da capacitação profissional.
Tal abordagem é utilizada pela Ação Comunitária do Brasil- ACB que utiliza o seguinte conceito de Assistência: "Criar condições para
que as pessoas assistidas se capacitem profissionalmente." Portanto,
o exercício da responsabilidade social está diretamente relacionado
ao exercício da capacitação profissional de membros da comunidade
e empregados da própria empresa.
n) A responsabilidade social como estratégia de integração social. Este
conceito de responsabilidade social parte do pressuposto de que o
maior desafio histórico da nossa sociedade atual é o de criar
condições para que se atinja a efetiva inclusão social no país (MELO
NETO; FRÓES, 2004).
São, portanto, inúmeras visões do conceito de responsabilidade social. Há
empresas que utilizam diversas visões. Outras se concentram em poucas. E há
casos de empresas que só privilegiam o exercício de uma modalidade de
responsabilidade social. Por exemplo, empresas que só exercem a responsabilidade
social como estratégia de recursos humanos ou como exercício de consciência
ecológica.
Segundo Ashley (2006) O importante para a empresa definir a sua visão de
responsabilidade social é a escolha do seu principal foco de atuação (meio
ambiente, cidadania, recursos humanos entre outros), estratégia de ação (negócios,
marketing de relacionamento, marketing institucional entre outros) e papel principal
(difusora de valores, promotora da cidadania, capacitadora, formadora de novas
consciências, disseminadora de conhecimentos entre outros).
41
Segundo Melo Netto; Froes (2004) A partir desses três elementos - foco,
estratégia e papel a empresa define a sua visão predominante e visões secundárias
de responsabilidade social. Definida a visão e o conceito, a identificação das ações
sociais a serem desenvolvidas é tarefa se torna mais fácil.
Foco
Visão de responsabilidade
social da empresa
Papel
Estratégia
Ações de responsabilidade social
Figura 1 – Os elementos da visão de responsabilidade social
Fonte: Adaptado de MELO NETO; FRÓES, 2004
A empresa deve, portanto, definir primeiramente o seu foco de ação social.
Em seguida, a sua estratégia social e, finalmente, o seu papel social. Com esses
elementos definidos, surge a visão de responsabilidade social da empresa. Somente
depois de definidos tais elementos, a empresa deve definir o elenco de suas ações
sociais.
2.8 O EMPREENDEDORISMO SOCIAL: UMA FORMA INOVADORA DE
GESTÃO CORPORATIVA
O empreendedorismo social e a filantropia de alto rendimento são ações
corporativas responsáveis, que mobilizam recursos em prol do desenvolvimento
ético, cívico, social, econômico, cultural e político da sociedade e das comunidades,
através da ênfase nos resultados, na definição de focos precisos e a preferência
pelas ações transformadoras que conduzem as mudanças sociais.ASHLEY (2002)
Os responsáveis por esta transformação social são os empreendedores
sociais, os empresários atuantes no setor social. Empreendedores de sucesso que
42
procuram fazer a diferença no mundo atual. Seu objetivo é resultados sociais
significativos que melhorem a vida das pessoas, fortaleça o auto conceito e a
descoberta das próprias capacidades, resgatar valores autênticos, preservar a
riqueza da vida humana renovando a razão da esperança no futuro.
2.8.1 O EMPREENDEDORISMO SOCIAL E A FILANTROPIA DE ALTO
RENDIMENTO
As recentes transformações do mundo empresarial que se tem ciência
vieram a ofuscar os avanços registrados no âmbito das comunidades. É o
empresarial que se sobrepõe ao social. A cultura brasileira sempre deu mais valor à
ação empresarial, pois consecutivamente, viu no empresariado a única força atuante
do empreendedorismo. A sociedade, em termos de ações empreendedoras, sempre
ficou relegada ao segundo plano (MELO NETO; FRÓES, 2004).
No entanto, um fato digno de atenção vem surgindo no mundo com a
responsabilidade social corporativa. Trata-se da emergência de um setor social
turbinado pelas ações sociais das empresas. Tais ações sofreram mudanças
significativas em seu escopo, objetivo, natureza e características. Tornaram-se
ações sócias que visam resultados expressivos no âmbito da sociedade e das
comunidades, com focos de atuação bem definidos não mais de caráter puramente
assistencialista e filantrópico. ASHLEY (2002)
O motor dessa transformação é uma figura do “empreendedor social” o
empresário atuante no setor social. São empreendedores que tiveram sucessos em
seus negócios e que agora estão inovando no setor social. Seu comportamento é
diferenciado para “fazer algo mais, algo relevante, algo que faria uma diferença no
mundo real, algo que sobreviria a ele" (MELO NETO; FRÓES, 2001).
O empreendedor social tem como objetivo obter resultados sociais
significativos, produzir mudanças para melhorar a vida das pessoas, fortalecer o
auto conceito e a descoberta das próprias capacidades, classificar valores genuínos,
preservar a riqueza da vida humana e renovar as razões de esperança no futuro do
mundo. “Eles não se engajam em caridade, mas em transformação”. (ASHLEY
2002).
43
A seguir serão apresentadas as principais características do perfil do
empreendedor social:
•
Tende a operar fora da linha principal do trabalho filantrópico e sob o
radar da mídia;
•
Sua presença em geral ainda não percebida pelo setor institucional
formal, sem fins lucrativos, nem pela grande sociedade;
•
Rompe paradigmas e atua como um agente do desenvolvimento social;
•
É orientado para promover mudanças sociais significativas (ASHLEY,
2002).
A ênfase nos resultados, a definição de focos precisos e a preferência pelas
ações transformadoras que conduzem as mudanças sociais introduziram um novo
paradigma no campo das ações sociais das empresas. É o que se denomina de
empreendedorismo social e filantropia de alto rendimento.
2.9 O NOVO PARADIGMA NA GESTÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL
O Quadro abaixo apresenta as principais características deste novo
paradigma. Ambos – empreendedorismo social e filantropia de alto rendimento – são
ações
corporativas
responsáveis
que
mobilizam
rendimento
em
bem
do
desenvolvimento ético, cívico, social, econômico, cultural e político da sociedade e
das comunidades.
Empreendedorismo social/filantropia de alto rendimento
•
Orientação para os resultados.
•
Investimentos em projetos sócias inovadores.
•
Ênfase na busca de civilização das cidades.
•
Promoção da cidadania responsável.
•
Fomento de um nova ética de responsabilidade social.
•
Têm
empresas-cidadãs
os
seus
principais
agentes
de
mudanças sociais significativos
•
Sua base conceptual não é a caridade, mas a transformação.
Quadro 6:- O Novo Paradigma no Setor Social
Fonte: Adaptado de MELO NETO; FRÓES, 2004
44
Diferentemente
da
filantropia
tradicional,
as
ações
socialmente
empreendedoras praticam a filantropia de alto rendimento. Esta ultima é focada em
resultados, mobilizadores de vontades, geradoras de grandes transformações,
promotora de desenvolvimento social e da cidadania responsável e difusora de
novos valores e comportamentos éticos e de práticas de gestão. A responsabilidade
social é contrária à política assistencialista e filantrópica segundo (ASHLEY 2006,
p.56)
Vamos nos concentrar na formulação de políticas públicas de
geração de emprego e renda, além de ações compensatórias
voltadas para os grupos sociais e regiões mais carentes. O maior
desafio consiste precisamente em gastar melhor o dinheiro público
investido em programas sociais e distribuir de forma mais justa esses
recursos.
A geração de emprego e renda e as ações compensatórias conduzem o
governo para um novo paradigma de políticas sociais: o das políticas sociais com
responsabilidade social em substituição às velhas políticas sociais assistencialistas.
2.10
DIRETRIZES DE AÇÃO SOCIAL CORPORATIVA
São as comunidades, sobretudo aquelas que apresentam um estado de
carência significativo, o alvo das ações sociais corporativas. Muitas empresas
privilegiam as comunidades a sua volta, também denominadas de área de
vizinhança, ao definirem os focos de sua atuação social. Outras dispersam suas
ações em diversas comunidades, algumas muito distantes de sua área de atuação e
mercado. É o caso das empresas das regiões sul e sudeste que investem em
projetos sociais nas comunidades do Norte e do Nordeste do país (MELO NETO;
FRÓES, 2004).
Segundo Ashley (2002) Se o foco das ações sociais é a comunidade,
necessário se faz conhecer melhor a sua configuração e características. Sabe-se
também que as comunidades de hoje são muito diferentes daquelas constituídas
pelos grupos populacionais de outrora.
45
A figura a seguir apresenta as principais características de ambas as
comunidades.
Comunidades de ontem
Comunidades de hoje
Caráter compulsório.
Caráter não compulsório.
O poder está na própria comunidade.
O poder está nos seus membros.
A filiação às comunidades é menos fluida
A filiação às comunidades e mais fluida
e mais estável.
e menos estável.
É o membro da comunidade que deve
É a comunidade que deve provar o seu
provar o seu valor.
valor aos seus membros.
Os
tipos
comunidades
predominantes
religiosas,
são
as
culturais,
geográficas, organizadas ou profissionais.
Os
tipos
predominantes
são
as
comunidades de serviço voluntário e
por interesse.
Quadro 7 - As comunidades de hoje e de ontem
Fonte: Adaptado de MELO NETO; FRÓES, 2004
Atualmente, as pessoas tornam-se membros da comunidade porque
querem e não porque são obrigadas a fazê-lo, como no passado. O poder não está
mais na comunidade, mas em seus membros. Antes, filiar-se a uma comunidade
(religiosa, cultural, geográfica, organizacional ou profissional) era essencial para a
inserção da pessoa na sociedade.
Para Ashley (2002) No passado predominavam as comunidades do tipo
religioso composta de membros cuja família e cultura seguia certa tradição, cultural
algo que as pessoas traziam consigo em decorrência da sua nacionalidade ou
antecedentes étnicos, geográfico com grande volume de residentes tendo parentes
que
eram
também
membros
da
comunidade
e
organizacional/profissional
constituídas por classes, castas ou pela ocupação profissional dos seus
antepassados.
Conforme Ashley (2006) No presente, cresce o número de comunidades de
serviço voluntário e por interesse social, político, econômico, cultural e ético-moral.
As escolhas são bem maiores. Qualquer cidadão pode optar por diversos tipos de
comunidade ao filiar-se a um movimento social, a um partido político, a clube ou
associação, a uma ONG, ao participar de campanhas sociais, ao atuar como
voluntário em projetos sociais.
46
Segundo Melo Netto; Froes (2004) As empresas cidadãs devem estar atentas
a essas mudanças cotidianas e às novas exigências que estão surgindo no
ambiente da vida comunitária. Apresenta-se a seguir algumas diretrizes de ação
social para as empresas que exercem a sua responsabilidade social corporativa sob
a ótica da transformação e não da caridade:
•
Desenvolvimento de projetos sociais que buscam institucionalizar-se
através da formação de apoio de comunidade de serviço voluntário;
•
Uso potencial de adesão e participação das comunidades internas
(corpo de funcionários) e externas (membros da sociedade e da própria
comunidade-região circunvizinhança) de serviço voluntário;
•
Busca de apoio dos membros de outras comunidades por interesse já
constituídos e atuantes na área de realização dos projetos sociais;
•
Foco na adesão voluntária dos membros da sociedade e da
comunidade alvo das ações sociais corporativas;
•
Uso das ações sociais como estratégia de valorização da ação dos
membros das comunidades;
•
Formação de uma rede de comunidades de serviço voluntário e de
interesse como suporte técnico institucional dos projetos;
•
Fomento e geração de oportunidades para a criação de novas
comunidades (MELO NETO; FRÓES, 2004, p. 68).
Tais procedimentos não significam que devam ser ignoradas as comunidades
religiosas, culturais, geográficas e profissionais existentes no local e região objeto
das ações sociais das empresas. Ao contrário, devem ser mobilizadas para
participar das ações sociais cujas feições e marcas devem ser: a objetividade, a
transparência, a descentralização, a participação e o espírito
47
2.11 MARKETING SOCIAL: PRÓS E CONTRAS
O conceito de Marketing Social é também chamado, por alguns estudiosos,
de responsabilidade social das empresas. Essa responsabilidade pode ser
entendida como a obrigação que têm os administradores de empreender ações que
protejam e desenvolvam o bem-estar como um todo, junto com os seus próprios
interesses e de suas empresas.
Segundo Kotler (2003 p. 483)
No marketing social, a empresa consciente toma decisões tendo em
vista suas exigências, os desejos e interesses do cliente e os
interesses em longo prazo da sociedade. A empresa está ciente de
que negligenciar esses interesses em longo prazo é um desserviço
para os clientes e a sociedade, e as que são alertas vêem os
problemas sociais como oportunidades.
O marketing se tornou um alicerce entre as empresas na sua sobrevivência,
reina no termo sucesso das empresas, pois causa uma imagem de satisfação aos
clientes, fornecedores, distribuidores, associados e parceiros, pelo fato de atuar em
várias áreas, como a cultura, esporte, social, saúde, ecologia, tecnologia, entre
outros às vezes extrapola as definições de Ética, assim as empresas estão
implantando o marketing de responsabilidade social. Kotler (2003).
Para Mendonça e Schommer (2000), Pagliano et al (1999), Schiavo (1999), a
expressão marketing social começa a aparecer no início da década de 70, sendo
introduzida por Philip Kotler e Gerald Zaltman, no artigo Social Marketing, publicado
em 1971 no Jornal of Marketing. Eles conceituaram marketing social como sendo o
processo de criação, implementação e controle de programas implementados para
influenciar a preço, comunicação, distribuição e pesquisa de marketing.
Na concepção de Schiavo (1999, p. 25), o marketing social, constituiu uma
das principais ferramentas para a promoção de mudanças de comportamentos,
atitudes e práticas. Com demonstra Fontes e Schiavo (1999), marketing social é a
gestão estratégica do processo de mudança social a partir da adoção de
comportamentos, atitudes e práticas, nos âmbitos individuais e coletivos, orientados
por princípios éticos, fundamentados nos direitos humanos e na equidade social.
48
Conforme Melo Netto; Froes (2004) Isso vem causando diversos problemas, e
discussões para especialistas e estudiosos de ações sociais, que defendem que
toda ação social seja pautada pela ética e prática do dever. Como dizem os
estudiosos o marketing deforma a política social, distorce suas ações, não levando
em conta à ética e sim, o que causa impacto na mídia, fugindo do que se define
ética de responsabilidade social.
Para Kotler (2003) O marketing social se tornou um fator estratégico para
empresas por criar atributos ao produto, ao nome da empresa, considerado pelos
clientes de extrema importância, o que torna as empresas mais competitivas. Além
de agregar valores, fortalece a marca da empresa e do produto, dando uma
aparência imaginaria.
Já Ashley (2002) cita que porém, nem tudo é só o mal, há empresas que
praticam o marketing social baseado na ética da responsabilidade social, que visam
fundamentar a comunicação com funcionários e familiares, para aumentar
comprovadamente o seu bem-estar social e da comunidade, garantindo a
sustentabilidade, a cidadania, solidariedade e coesão social, o que traz ganhos para
empresas resultantes da maior visibilidade, causado pela impressão da comunidade
com a empresa, tendo confiança e promovendo suas ações, através do marketing
Ético.
É, então, neste processo participativo que as empresas precisam ter uma
visão mais ampla de que se está fazendo no contexto que envolve o marketing
social ético. Tendo em vista, que as conseqüências se tornam viáveis, pois
aumentam a produtividade, credibilidade, visibilidade, avanço nas vendas; tendo
desta forma, que divulgar seus resultados, problemas emergentes e prioritários
ações sociais nas situações de risco e carência são práticas de Marketing Social
correto e legitimo.
2.12 OS DESAFIOS NA GESTÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL
Se o exercício da responsabilidade social vem crescendo e ganhando
impulso em todo o país, disso não tem dúvidas. E um fato incontestável. Os dados e
as informações sobre o tema, que estão surgindo cotidianamente e de forma
crescente, divulgados na mídia, nas monografias, nas teses, nos livros e nos centros
49
de ensino e pesquisa estão à disposição de todos e é objeto de análise por parte de
acadêmicos, pesquisadores e especialistas.
A dúvida que surge diz respeito às empresas, se realmente estão
gerenciando com eficiência e eficácia suas ações sociais. Para a ex-presidente do
Conselho da Comunidade Solidária Ruth Cardoso, "os dados geram otimismo, sem
dúvida, mas não garantem que a cidadania empresarial no Brasil, como todo
processo recente e inovador, tenha superado todas as dificuldades".
E quais são tais dificuldades? Segundo Melo Netto; Froes, 2004 são:
•
Acompanhamento e avaliação das ações sociais realizadas pelas
empresas;
•
Definições de alvos fora do entorno da empresa;
•
Identificação de problemas sociais realmente prioritários
•
Identificação de oportunidades para ações sociais;
•
Descobrimento de novas alternativas para os investimentos sociais;
•
Apresentação de soluções inéditas para impasses não solucionados
pelo Estado;
•
Mensuração do retorno dos projetos sociais em termos de bem-estar;
•
Uso de metodologias eficientes;
•
Maior direcionamento às ações sociais;
•
Busca de parceiros;
•
Incorporação definitiva da cidadania empresarial à agenda das
administrações privadas brasileiras (MELO NETO; FRÓES, 2004, p.
86).
Para vencer essas dificuldades, deve ser adotado pelas empresas um no
modelo de gestão da responsabilidade social corporativa e da cidadania
empresarial. Suas principais características são as seguintes:
O mesmo autor diz que o escopo de atuação, preferencialmente fora da
vizinhança da empresa, ou seja, fora de sua área de atuação. Isto por que, sendo a
maioria das empresas investidoras localizadas nas regiões ricas, a opção pelas
ações de entorno (nas redondezas, na sua área de atuação) dificulta a canalização
de recursos para as regiões carentes;
•
Direcionamentos estratégicos, privilegiando populações e grupos sociais
carentes e priorizando problemas sociais urgentes;
50
•
Centrado na busca de novas oportunidades e alternativas de
investimentos sociais;
•
Construção de modelo baseado no uso de novas metodologias;
•
Uso de instrumentos de acompanhamento e avaliação;
•
Forte ênfase na mensuração dos retornos obtidos com as ações sociais
e projetos sociais;
•
Estímulo ao uso de parcerias;
•
Estímulo à utilização de soluções inovadoras;
•
Sistema incorporado à cultura empresarial das empresas brasileiras
(MELO NETO; FRÓES, 2004, p. 89).
Se os problemas de gestão são muitos é porque as dificuldades são grandes.
Mas não há nada que uma gestão eficiente e eficaz não possa resolver. O que falta
às empresas é uma prática gerencial, bem estruturadas, inovadoras e condizentes
com as demandas sociais de hoje.
2.13 OS ESTÁGIOS DO EXERCÍCIO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL
CORPORATIVA
A responsabilidade social não é um resultado, uma condição estática
atribuída às organizações que demonstram ter cidadania empresarial. É muito mais
do que isto. É um processo dinâmico a ser conduzido com vigilância permanente, de
forma inovadora e dotado de mecanismos renovadores e de sustentabilidade.
Segundo Ashley (2002) A função social da empresa deve ser objeto de
ações gerenciais permanentes para fazer a face ao enfrentamento das novas
demandas sociais detectadas dia-a-dia.
Para Melo Neto; Froes (2004) O dinamismo da gestão da responsabilidade
social corporativa se expressa através do alcance sucessivo de etapas de um
processo. O que caracteriza cada etapa é a definições do foco das ações sociais.
Conforme Melo Neto; Froes (2004) Trata-se de um ato contínuo que pode
ser dividido em pelo menos três estágios de responsabilidade.
O 1º estágio do processo de gestão social empresarial tem como foco as
atividades regulares da empresa, saúde e segurança dos funcionários e qualidade
do ambiente de trabalho. Há empresas que ampliam este foco para investimentos na
51
educação dos funcionários assistência social e demais benefícios, diretos e indiretos
extensivos aos familiares.
O 2º estágio refere-se ao ônus das externalidades negativas ao meio
ambiente poluição, uso de recursos naturais entre outras à sociedade demissões,
comunidade ao redor da fábrica e aos seus consumidores (segurança e qualidade
dos produtos).
Neste estágio, a empresa apresenta uma evolução significativa em seu
processo de gestão social: amplia o seu escopo de ação do exercício da
responsabilidade social interna (1º estágio) para o exercício da responsabilidade
social externa (2º estágio).
Finalmente o 3º estágio que abrange questões de bem-estar social. E neste
estagio que a empresa insere se socialmente na comunidade, promove o seu
desenvolvimento social e atua no campo da cidadania, mediante ações de filantropia
e a implementação de seus projetos sociais.
Para Melo Neto; Froes (2004) A Figura, a seguir apresenta a evolução
desses estágios de exercício de responsabilidade social corporativa:
No 1º estágio – exercício da responsabilidade da gestão social interna o foco
é restrito às quentões sociais internas (benefícios, trabalho, qualidade de vida no
trabalho) e tem como alvo das ações os funcionários,e seus familiares.
No 2º estagio - exercício da gestão social externa - o foco amplia-se e as
ações sociais se voltam para a sociedade e para a comunidade. Ganha maior
amplitude em termos de foco, pois incorporam ações de preservação do meio
ambiente e ações com impactos socioeconômicos, culturais e político no âmbito da
sociedade e da comunidade local.
52
Foco da ação social
da empresa
1º estágio
2º estágio
3ª estágio
Tempo
Gestão social
interna
Gestão social
externa
Gestão social
cidadã
Figura 2 - Estágios da responsabilidade social corporativa
Fonte: Adaptado de MELO NETO; FRÓES, 2004
O alvo das ações amplia-se, pois o escopo da gestão social é maior. O que
importa não é mais o corpo funcional dos empregados e seus familiares, mas a
população local. O 3º estágio - exercício da gestão social dada - é o de foco e
escopo mais amplos. A empresa desenvolve ações sociais que extrapolam o âmbito
da comunidade local, a comunidade ao redor da empresa e que se estendem à
sociedade como um todo. Mesmo aquelas populações e grupos sociais que não são
diretamente alvo das ações sociais da organização são beneficiados pelos
resultados do desempenho social empresarial (MELO NETO; FRÓES, 2004, p. 82).
A
empresa,
com
projetos
formatados
nesse
patamar,
fomenta
o
desenvolvimento social local e regional, alavanca a economia através de incentivo a
gerações de empregos e negócios. Ashley (2002)
Assim, desenvolve ações de sustentabilidade social, como, por exemplo,
criação de escolas, cursos técnicos. Cursos profissionalizantes. Realização
juntamente com o governo, campanhas de conscientização social e promove a
cidadania. Assumindo a responsabilidade de gerir programas de voluntariado e de
estabelecer parcerias com escolas públicas, hospitais, postos de saúde, centros
recreativas e esportivas, Polícia Civil, demais Órgãos estatais, promove novos
valores críticos, sociais, culturais e políticos e os difunde em toda a sociedade.
53
2.14
OS
PADRÕES
DE
CONDUTA
EMPRESARIAL
NA
BUSCA
DA
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Definidos os focos estratégicos responsabilidade social interna e externa,
pode-se analisar as estratégias sociais de busca da responsabilidade social. Como
se pode observar na figura abaixo, existe quatro situações, envolvendo graus baixo
e alto de responsabilidade social interna e externa. De acordo com o caminho
percorrido pela empresa que busca alcançar.
Segundo Melo Neto; Froes (2004) Responsabilidade social, o fato de exercer
a sua cidadania empresarial e posicionar-se no mercado como empresa-cidadã
definirá padrões distintos de atuação. Para tanto, tomou-se por base os parâmetros
de fortalecimento das relações com os empregados e seus dependentes,
responsabilidade social interna.
O quadrante apresentado nesta outra Figura sob n. 3 também compilada da
referida pesquisa do IPEA, é similar, diferenciando-se apenas quanto aos
parâmetros utilizados: relações com a comunidade e relações com os empregados.
Relações com os
empregados
2
1
3
4
Relações com a
comunidade
Figura 3 – Quadrante da atuação da empresa
Fonte: Adaptado de MELO NETO; FRÓES, 2004
54
No quadrante 1 não existem ou são precárias as relações com os
empregados e seus dependentes e com a comunidade. Tal padrão é muito utilizado
por pequenas e médias empresas, em especial de cunho familiar, cujos gerentes proprietários ignoram as demandas sociais internas e externas. MELO NETO;
FRÓES (2004)
O quadrante 2 caracteriza-se pelas fortes e constantes pelas fortes e
constantes relações da empresa com seus empregados, concedendo-lhes
benefícios diversos e através da pratica de uma gestão participativa, motivadora e
inovadora, e pela existência de relações precárias com a comunidade. São adeptos
deste padrão de conduta as empresas, cujos proprietários e diretores privilegiam a
responsabilidade social interna em detrimento da responsabilidade social externa.
MELO NETO; FRÓES (2004)
O quadrante 3 parece ser o ideal para uma empresa-cidadã. Com relações
fortes, consistentes e duradouras com a comunidade e seus empregados e
dependentes, a empresa exerce a sua responsabilidade social plena. Desenvolve
ações de estímulo e promoção da cidadania empresarial, individual de seus
empregados, e dependentes, da cidadania empresarial corporativa através do
engajamento em campanhas sociais e projetos sociais de impacto na comunidade.
MELO NETO; FRÓES (2004)
E, finalmente, percebe-se que no quadrante 4, as relações da empresa com
a comunidade são mais estreitas do que as relações da organização com seus
empregados e dependentes. São as empresas adeptas do marketing social que
investem no desenvolvimento de projetos e ações sociais visando à melhoria da sua
imagem institucional. Obtém ganho de mídia e até mesmo retomo tributário. MELO
NETO; FRÓES (2004)
Conforme Ashley (2006) Essas empresas negligenciam as ações de
endomarketing. Pouco ou nada fazem em termos de mobilização, motivação e
participação de seus empregados para as suas ações sociais. Podem ser citados
casos como o do Banco do Brasil que, em certo contexto histórico preciso, investia
maciçamente no vôlei e, ao mesmo tempo, cortava benefícios de seus empregados
e anunciava cortes de pessoal.
55
Exemplos como esses, são clássicos de adoção, mesmo nas melhores
empresas, dessa postura estratégica, que desconsidera as ações de endomarketing.
Serão analisados na seqüência, os padrões de conduta empresarial em busca da
responsabilidade social.
Segundo Melo Neto; Froes (2004) A figura a seguir sob n. 4 referenciada na
pesquisa citada, identifica tais padrões. Com a inserção da variável “sucesso
empresarial”, a qual veio juntar-se às variáveis de relações com a comunidade.
Responsabilidade social externa e com os empregados, e seus dependentes e
responsabilidade social interna.
+
Relações com os empregados
e seus dependentes
–
+
Sucesso
empresarial
+
Relações com
a comunidade
Figura 4 – Responsabilidade social e sucesso empresarial
Fonte: Adaptado de MELO NETO; FRÓES, 2004
56
Podem-se identificar os seguintes padrões:
a) Sucesso empresarial com atuação social voltada para o estreitamento das
relações com a comunidade e com os empregados e seus dependentes.
+
Relações com os
empregados
e seus dependentes
–
+
+
Sucesso
Empresarial
Relações com
a comunidade
Figura 5 – Estreitamento das relações
Fonte: Adaptado de MELO NETO; FRÓES, 2004
Segundo Melo Neto; Froes (2004) A empresa investe maciçamente em ações
de responsabilidade social interna e externa; obtém ganhos de imagem, de
mercado, de relacionamento fornecedores, distribuidores, clientes, acionistas, subcontratados, representantes comerciais no âmbito externo. Internamente, obtém
ganhos motivacionais de produtividade, interatividade e de compromisso junto a sais
empregados e dependentes.
O mesmo autor segue citando O sucesso empresarial ou criatividade, maior
faturamento, fortalecimento da imagem institucional entre outros decorre do
gerenciamento eficiente e eficaz das relações com o empregador; e seus
dependentes e com a comunidade. São as verdadeiras empresas cidadãs. Investem
marcadamente no marketing social interno e externo.
57
b) Sucesso empresarial com atuação social voltada exclusivamente para o
estreitamento das relações com os empregados e seus dependentes. São as
empresas low profíle em ações sociais. Investem nos programas sociais internos,
estendem os benefícios para todos os empregados e seus dependentes, criam
novos benefícios. São adeptas do endomarketing.
Segundo Melo Neto; Froes (2004) Não investem em ações sociais externas
porque entendem que seus benefícios já geram efeitos duradouros no âmbito da
comunidade, lócus natural de seus empregados e dependentes.
+
Relações com
os empregados
e seus dependentes
–
+
Sucesso
empresarial
+
Relações com
a comunidade
Figura 6– Representação do lócus natural
Fonte: Adaptado de MELO NETO; FRÓES, 2004
E entendem que tais iniciativas são de natureza governamental e fogem do
escopo de sua missão e visão de negócio.
c) Sucesso empresarial com atuação social voltada exclusivamente para o
desenvolvimento de ações sociais externas e o estreitamento das relações com a
comunidade. Muitas dessas empresas, senão a maioria são adeptas do “marketing
de causa". Utilizam apelos sociais repasse para entidades assistenciais, doações,
subvenções a programas sociais do governo para auferir lucros e aumentar a venda
de seus produtos e serviços. Os tradicionais patrocinadores e parceiros de projetos e
eventos sociais também se enquadram nesta categoria. MELO NETO; FRÓES
(2004).
58
Conforme Melo Neto; Froes (2004) Sem uma política de benefícios, com
salários abaixo do mercado e pródigas em ações de demissão de pessoal, de
redução de quadros e, conseqüentemente, detentoras de ambientes de trabalho
pouco ou nada motivadores de baixa qualidade de vida no trabalho, tais empresas,
em muitos casos, obtém até mesmo ganhos de imagem institucional e lucratividade.
Tais ganhos, no entanto, não têm sustentabilidade. São voláteis e pode retroceder a
qualquer momento.
+
Relações com
os empregados
e seus dependentes
–
+
+
Figura 7– Representação da lucratividade da empresa
Fonte: Adaptado de MELO NETO; FRÓES, 2004
Foi visto, assim, os casos de sucesso empresarial com ações de
responsabilidade social interna e externa. A seguir, pode-se contemplar os casos de
insucesso empresarial fruto de ações de responsabilidade social mal gerenciadas e
mal definidas.
1) Insucesso empresarial em decorrência de uma atuação social equivocada
voltada para o estreitamento das relações com a comunidade e com os empregados
e seus dependentes.
59
+
+
Relações
com os empregados
e seus dependentes
+
Sucesso
empresarial
Relações com
a comunidade
Figura 8 – Representação gráfica insucesso empresarial
Fonte: Adaptado de MELO NETO; FRÓES, 2004
Neste caso, a empresa investe maciçamente no social e não obtém o retomo
desejado em termos de imagem, vendas, posição no mercado e melhoria da
qualidade de vida, clima motivacional e organizacional e, sobretudo, produtividade.
Os erros mais comuns são a escolhas equivocada de parceiros (ONG's, entidades
filantrópicas entre outros), projetos sociais mal definidos e mal gerenciados e gestão
pouco eficaz de seus recursos humanos e comunicação interna e externa.
2) Insucesso empresarial em decorrência de uma atuação social voltada
exclusivamente para o estreitamento das relações com os empregados e seus
dependentes. Aqui, o motivo do insucesso e a escolha errada e a gestão ineficaz
dos benefícios. Por exemplo, a empresa enfatiza benefícios nas áreas de
alimentação, transporte e saúde, pouco ou nada faz em termos de motivação para o
desempenho, com ênfase em salários, participação nos lucros, qualificação
profissional ou ainda estímulo para o desenvolvimento de trabalho em equipe e
interação e cooperação no trabalho.
Os empregados sentem-se desmotivados e com baixa auto-estima
assegurada porque percebem que a empresa despreza as oportunidades sócias que
surgem, e que são aproveitadas por seus concorrentes. ASHLEY (2006)
A gestão social da empresa, de âmbito apenas interno não é utilizada como
ferramenta de marketing e de busca da responsabilidade social. Com o tempo, a
60
satisfação decorrente dos benefícios concedidos decresce e afeta a auto-estima e o
orgulho dos empregados em relação à empresa. E, com isso, cai a produtividade e
se detonam as condições de trabalho.
+
Relações com
os empregados
e seus dependentes
–
Figura
+ 9–
+
Representação gráfica do Insucesso empresarial
Fonte: Adaptado de MELO NETO; FRÓES, 2004
3) Insucesso empresarial com atuação social voltada exclusivamente para o
desenvolvimento das relações com a comunidade (ações sociais externas).
Em tais casos, as razões de insucesso são óbvias. Os empregados sentemse desmotivados e insurge-se contra a política social da empresa que privilegia
apenas os investimentos sociais externos. As relações de trabalho tomam-se
conflituosas e o clima organizacional deteriora-se.
61
+
Relações com
os empregados
e seus dependentes
–
+
+
Insucesso
empresarial
Relações
com a comunidade
Figura 10– Representação Gráfica do clima organizacional
Fonte: Adaptado de MELO NETO; FRÓES, 2004
Segundo Melo Neto; Froes (2004) A empresa obtém inicialmente uma
melhora na sua imagem institucional e reafirma-se como empresa-cidadã em seu
mercado de atuação. No entanto, por força de seus problemas internos, esta
posição logo se fragiliza e surgem problemas operacionais que afetam o seu
desempenho. Tais problemas são decorrentes do alto grau de insatisfação,
desmotivação, desinteresse e descompromisso dos empregados.
São estes os padrões estratégicos de atuação social mais comum em
nossas empresas. O que geralmente ocorre é a migração de um padrão para outro,
conforme a estratégia social escolhida pela organização.
Conforme Melo Neto; Froes (2004) O objetivo é sempre a busca do
sucesso empresarial, sob a forma de melhoria da imagem, da comunicação com o
mercado, com os clientes, empregados, fornecedores, acionistas, distribuidores,
representantes;
e
o
aumento
da
motivação,
auto-estima,
participação,
compromisso dos empregados e parceiros. Conseqüentemente se faz importante
os gerenciamentos eficientes, eficazes e efetivos desta estratégia social. O
segredo é conduzir a migração de um padrão para outro, no tempo certo e com os
recursos e ações adequados.
Alguns exemplos dessas migrações podem ser verificados:
62
1) A primeira migração e partir do quadrante 1 (baixa relação com os
empregados e as comunidades) para o quadrante 2 (baixa relação com a
comunidade e alta relação com os empregados). Em seguida reforçar as relações
com a comunidade e chegar ao quadrante 3 (alta relação com os empregados e a
comunidade).
Relações com
os empregados
2
3
1
4
Relações com a comunidade
Figura 11 – Representação gráfica da primeira migração
Fonte:Adaptado de MELO NETO; FRÓES, 2004)
E o que é denominado de alcance do estágio de excelência em cidadania
empresarial corporativa por meio do desenvolvimento da cidadania empresarial
individual.
2) A segunda migração é partir do quadrante 1 (baixa relação com os
empregados e comunidade) para o quadrante 4 (alta relação com a comunidade e
baixa relação com os empregados) e dai alcançar o quadrante 3 (alta relação com
os empregados e a comunidade).
63
Relações com
os empregados
2
3
1
4
Relações com
a comunidade
Figura 12 – Representação gráfica da segunda migração
Fonte: Adaptado de MELO NETO; FRÓES, 2004
A empresa conduz o seu processo de busca a excelência em
responsabilidade social plena por meio do desenvolvimento da cidadania
empresarial corporativa.
3) A terceira migração corresponde à passagem imediata do quadrante 1
(baixa relação com os empregados e comunidade) diretamente para o quadrante 3
(alta relação com os empregados e comunidade).
Relações com os
empregados
2
3
1
4
Relações com a
Comunidade
Figura 13 – Representação gráfica da terceira migração
Fonte: Adaptado de MELO NETO; FRÓES, 2004
64
Neste caso, a empresa escolhe uma estratégia de alto risco, porque envolve
elevados investimentos em ações sociais externas e internas.
4) A quarta migração corresponde à trajetória do quadrante 1 (baixa relação
com os empregados e as comunidades) para o quadrante 2 (baixa relação com a
comunidade e alta relação com os empregados), em seguida, para o quadrante 4, e,
finalmente, ao quadrante 3.
É uma estratégia de menor risco, porém de extenso período de maturação.
Seu período de tempo e maior. Compreende a definição de objetivos intermediários
que, juntos, permitem o alcance do objetivo final, que é o alcance da excelência em
responsabilidade social plena (quadrante 3).
Relações com os
empregados
2
1
3
4
Relações com a
Comunidade
Figura 14 – Quadrante 3
Fonte: Adaptado de MELO NETO; FRÓES, 2004
Segundo Melo Neto; Froes (2004) Primeiramente, a empresa escolhe como
foco de atuação a melhoria das relações com os empregados e seus dependentes.
Obtida a excelência em cidadania individual (quadrante 2), a empresa parte em
busca da excelência em cidadania corporativa (quadrante 4). Quando do alcance da
excelência nas relações com os empregados, é natural que a empresa perca
efetividade no seu relacionamento com a comunidade. O mesmo ocorre quando
migra para o quadrante 4, a uma perda de efetividade no relacionamento com os
empregados, pois a empresa passa a priorizar as ações sociais externas.
65
Consolidadas ambas as posições de excelência – individual e corporativa a
empresa atinge o patamar da excelência plena (quadrante 3), quando são
restauradas as efetividades no campo das ações internas (relações com os
empregados) e externas (relações com a comunidade).
5) A quinta migração significa a passagem do quadrante 1 (buscar relação
com os empregados e as comunidades) para o quadrante 4, daí para o quadrante 2
e, finalmente, o quadrante 3.
A
empresa
inicia
o
seu
processo
de
busca
da
excelência
em
responsabilidade social através da busca da cidadania corporativa (quadrante 4).
Relações com os
empregados
2
1
3
4
Relações com a
Comunidade
Figura 15 - Quadrante 4
Fonte: Adaptado de MELO NETO; FRÓES, 2004
Assegurando a sua posição de empresa voltada para o exercício da
responsabilidade externa ênfase nas relações com a comunidade, a empresa vai à
busca da excelência no gerenciamento da sua responsabilidade social interna
(relações com os empregados e seus dependentes). Somente após assegurar o
domínio das relações com a comunidade e com os empregados é que a empresa
migra em busca da excelência no exercício da responsabilidade social plena
(quadrante 3).
66
2.15 GERENCIANDO A RESPONSABILIDADE SOCIAL INTERNA
Nos dias de hoje observa-se o processar de inúmeras transformações de
ordem econômica, política, social e cultural que, por sua vez, que apresentam novos
modelos de relacionamento entre instituições e mercados, organizações e
sociedade.
Com estas tendências de relacionamento, para Castells (2004) verifica-se a
aproximação dos interesses das organizações e os da sociedade resultando em
esforços múltiplos para o atendimento de objetivos compartilhados.
As organizações estão cada vez mais preocupadas com a elevação do
padrão de qualidade de vida de suas comunidades. Essas organizações – cidadãs –
desenvolvem o processo denominado responsabilidade social. A responsabilidade
social interna busca a qualidade de vida dos seus empregados, a relação da
empresa com os empregados e fazendo que com isso obtenham uma boa relação
dentro e fora da empresa. Um dos caminhos mais prováveis para se gerenciar a
responsabilidade social interna esta na preocupação e no investimento dos
funcionários, que com certeza representa a maior riqueza de uma organização.
NETO; FRÓES (2004)
Qualquer manual de recursos humanos e de administração de pessoal é
pródigo em exemplos de investimentos bem sucedidos. O motivo é sempre o
mesmo: investir nos empregados é lucro certo. Mas, na prática, não é sempre assim
que acontece. Algumas empresas investem muito em seus recursos humanos, e não
obtêm o sucesso esperado em termos de melhor desempenho. Outras investem
menos, mas o fazem corretamente.BOURDON (2002)
Com a disseminação de práticas de downsizing (enxugamento do quadro de
pessoal), os recursos humanos diminuíram de tamanho. Contudo, o acirramento da
concorrência e as novas regras e práticas da competitividade entre as empresas
aumentaram as exigências e demandas para a formação de mão-de-obra
diferenciada - “os empregados que fazem à diferença no negócio”.CHIAVENATO
(1999)
O que a área de recursos humanos fez erradamente ou deixou de fazer em
muitas empresas, agora, com o advento da responsabilidade social, não há como
deixar de fazê-lo. As áreas de recursos humanos mais inovadora, aquelas que
67
sempre gerenciaram bem as relações da empresa com seus empregados, já
incorporaram as novas práticas de responsabilidade social.
Tal evolução explica a passagem do paradigma de gestão de recursos
humanos, antes gestão de pessoal, para gestão do capital intelectual e, mais
recentemente, gestão do capital social da empresa. CHIAVENATO (1999)
Na gestão de pessoal, o foco era direcionado para o gerenciamento das
normas, procedimentos e rotinas da administração de pessoal. Predomina o poder
da burocracia gestora, que tinha nos departamentos de pessoal as suas principais
unidades gestoras, e nos manuais os seus fundamentais instrumentos de gestão.
CHIAVENATO (1999)
Com a gestão de recursos humanos, o foco deslocou-se para a gestão do
sistema social da empresa, com ênfase na resolução de conflitos e nas estratégias
de motivação, liderança, supervisão e treinamento e desenvolvimento de pessoal.
Surgiram os órgãos de RH, como formuladores e implementadores de políticas e
programas. CHIAVENATO (1999)
Com o surgimento da sociedade da informação e do conhecimento, os
empregados
passaram
a
ser
crescentemente
percebidos
e
efetivamente
considerados seres humanos integrais, dentro da perspectiva holística. Seus
conhecimentos, habilidades e capacidades passaram a ser objeto das ações de
gerenciamento do capital intelectual da empresa. ROBBINS (1999)
Mais
recentemente,
com
o
surgimento
do
novo
paradigma
da
responsabilidade social, os empregados e seus dependentes tornaram-se agentes
sociais cujo comportamento tem grande impacto na empresa, na comunidade e na
sociedade. ASHLEY(2006)
Como agentes sociais, empregados e seus dependentes desempenham
papéis dentro e fora da empresa. São promotores da responsabilidade social
corporativa ao trabalharem como voluntários em programas sociais, ao difundirem
valores éticos em suas relações com diversos públicos da empresa, ao assumirem
comportamentos sociais responsáveis em seu cotidiano de vida e de trabalho.
ASHLEY (2006)
As atividades e os comportamentos deles imprimem ao ambiente de trabalho
uma renovada energia, um novo astral, em decorrência da oportunidade de
aprendizado natural de atitudes, até mesmo de clarificação de novos valores de
68
trabalho e de vida. Sob a motivação do treinamento recebido e de exemplos
vivenciados de ação social, tornam-se mais sociáveis, tolerantes, cooperativos,
altruístas, participativos, motivados e seguros. Portanto, agem como promotores da
melhoria da qualidade de vida no trabalho. ROMESIN (1997)
São também porta-vozes da empresa na sociedade e na comunidade.
Divulgam suas ações sociais e sentem seus benefícios junto a seus familiares e
vizinhos. Tornam-se os verdadeiros promotores do marketing social da organização
onde trabalham. Eles contribuem para a promoção da cidadania internamente, junto
aos demais empregados e parceiros da empresa, e, externamente, junto ao público
em geral. ROMESIN (1997)
O aumento da produtividade é o maior retorno obtido pela empresa em todo
este processo de gestão dos investimentos sociais no seu público-interno. A
produtividade do trabalho aumenta como decorrência da maior satisfação, motivação
e capacitação dos seus empregados. ASHLEY (2006)
Segundo MELO NETO; FRÓES (2004) Além do retorno do investimento pelo
aumento de produtividade, a empresa socialmente responsável alcança diversos
outros tipos de retorno, como por exemplo:
Retenção dos talentos (os empregados permanecem na empresa);
Melhoria da qualidade de vida de seus empregados, com reflexos
positivos na família, na vizinhança;
Melhoria da qualidade de vida no trabalho;
Maior integração social do empregado e de sua família e de ambos na
comunidade;
Diminuição dos gastos com saúde e assistência social dos
empregados, pois estes se tornam mais imunes às doenças profissionais,
em especial, ao estresse;
Redução dos custos com tratamento médico-hospitalar;
Redução do índice de abstenção;
Redução de custos com ações na justiça do trabalho;
Maior criatividade e inovação no trabalho;
Aumento da auto-estima dos empregados;
Melhoria do clima organizacional;
Consolidação de uma nova cultura empresarial;
69
Finalmente,
retorno
sob
a
forma
de
cidadania
profissional
(transformação dos empregados em empregados-cidadãos). MELO NETO;
FRÓES (2004, p. 82).
Tal elenco numeroso de retornos sociais dá um novo dinamismo à empresa,
tornando-a mais ágil, inovadora, produtiva e lucrativa.
Socialmente responsável, na visão de seus empregados, a empresa ganha
respeito, admiração e reconhecimento por parte do governo, da sociedade, da
comunidade, dos acionistas, clientes, fornecedores e demais parceiros. ASHLEY
(2006)
Investindo nas pessoas, a empresa transforma-as em seu principal ativo.
Não apenas de natureza humana, intelectual, mas, principalmente, social. Como
ativos sociais, os empregados socializam e transformam a organização. Suas
atitudes e seus comportamentos agregam valores à empresa.
2.16 GERENCIAMENTO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL EXTERNA
A responsabilidade social externa avalia as relações empresa comunidade, e
vem gerenciar junto com a comunidade, avaliando seus processos que são
realizados através de projetos sociais, trazendo melhorias e, contribuindo para o
bem de todos que dela participam. NETO; FRÓES (2006)
O gerenciamento a responsabilidade social externa, procura avaliar o
processo de projetos sociais que venham beneficiar a comunidade que, de algum
modo sempre sofrem com problemas ou carências.
Procura trazer melhorias e
qualidade de vida a todas as pessoas de uma entidade, com ações de doações e
apoio e, isso cada vez mais traz benefícios para as entidades que necessitam de
recursos SÁ (2001)
O comportamento ético da empresa, não se limita apenas à prática e a
adoção dos valores éticos, mas sim, na relação confiável e duradoura junto a seus
diversos públicos e no meio onde atua. Os conceitos de gerenciando o
comportamento ético da empresa, estão evolutivos e a opinião de muitos, estão
construindo um expressivo número de empresa que estão investindo em
responsabilidade social SÁ (2001)
70
Procura estar a par dos problemas, e tenta solucioná-los trazendo um maior
benefício para a comunidade que tato depende de uma ajuda externa. E para muitos
a responsabilidade social externa é verdadeiramente a responsabilidade corporativa
pois essas ações atingem diretamente a sociedade e todos os cidadãos.
2.17
GERENCIANDO
A
RESPONSABILIDADE
SOCIAL
CORPORATIVA
AMBIENTAL
O cuidado com o meio ambiente integra o compromisso das empresas com
o desenvolvimento sustentável e abrange todas as operações das unidades de
negócio. São estabelecidos objetivos e metas de aperfeiçoamento contínuo de
produtos e processos, para eliminar acidentes, prevenir riscos ao ambiente e à
saúde, minimizar a produção de efluentes, resíduos e emissões atmosféricas e
promover o uso racional dos recursos naturais. (NETO; FRÓES, 2004)
E o que vem a ser esta nova postura empresarial, que caracteriza as
relações da empresa com seu meio ambiente?
Tal postura fundamenta-se nos seguintes parâmetros:
•
Bom relacionamento com as comunidades;
•
Bom relacionamento com os organismos ambientais;
•
Estabelecimento de uma política ambiental;
•
Eficiente sistema de gestão ambiental;
•
Garantia de segurança dos empregados e das comunidades vizinhas;
•
Uso de tecnologia limpa;
•
Elevados investimentos em proteção ambiental;
•
Definição de um compromisso ambiental
•
Associação das ações ambientais com os princípios estabelecidos na
Carta para o Desenvolvimento Sustentável;
•
A questão ambiental como valor do negócio;
•
Atuação ambiental com base na Agenda 21 local;
•
Contribuição para o desenvolvimento sustentável dos municípios
circunvizinhos (MELO NETO; FRÓES, 2004).
71
Além disso, a empresa deve implementar o seu sistema de gestão ambiental
com base em três critérios básicos: realização de ações de treinamento e
capacitação de recursos humanos; integração das ações de preservação ambiental
com as ações de segurança e saúde e segurança industrial e certificação ambiental
com base nas normas ISSO 14000 e BS 8800.
Portanto, uma empresa socialmente responsável no campo da preservação
ambiental destaca-se pela sua excelência em política e gestão ambiental; pela sua
atuação como agente de fomento e desenvolvimento sustentável local e regional, e
de preservação da saúde, da segurança e da qualidade de vida de seus
empregados e da comunidade situada ao seu redor; e pela inserção da questão
ambiental como valor de sua gestão e como compromisso, sob a forma de missão e
visão do seu desempenho empresarial.
2.18
INSTRUMENTOS
DE
GESTÃO
DA
RESPONSABILIDADE
E
SUSTENTABILIDADE SOCIAL
De acordo com o novo paradigma da responsabilidade e sustentabilidade
social, as empresas que adotam este modelo devem criar e aprimorar novos
mecanismos de gestão. (HALLEY, 2006)
Verificam-se na seqüência quais são estes mecanismos no âmbito de cada
uma das dimensões do modelo: proteção ambiental, desenvolvimento econômico e
equidade social. (HALLEY, 2006)
No campo da proteção ambiental, as empresas podem adotar os seguintes
mecanismos a gestão do consumo de energia e de recursos naturais, reduzindo
seus insumos e produtos ambientais; a gestão eficiente do uso das matérias-primas
que reduz o custo do tratamento de resíduos e da produção; a gestão de produtos
ecologicamente corretos; a gestão de resíduos e efluentes; a gestão da saúde
ambiental. (NETO; FRÓES, 2004)
Quanto ao desenvolvimento econômico, Ashley et al (2006, p. 65) defendem
que “compete às empresas socialmente responsáveis e sustentáveis buscarem uma
gestão democrática do trabalho”, gerando, desta forma, “novas oportunidades de
emprego e renda; buscarem uma gestão de fomento da economia popular; uma
72
gestão da rede de parceiros e fornecedores”; isto permite que a empresa desenvolva
uma gestão de preços, cobrando preços justos pelos seus produtos e serviços.
E, finalmente, no campo da equidade social, os desafios ainda são maiores
pois as empresas devem promover a gestão das ações éticas e adoção de práticas
honestas, abolindo a corrupção; buscarem a gestão participativa dos negócios; a
gestão da modalidade social; a gestão da diversidade cultural; a gestão da
comunicação e governança com todos os seus públicos-alvos; a gestão do talento; a
gestão de programas e projetos sociais de combate à miséria e pobreza; a gestão de
ações afirmativas de contratação e mobilidade e desenvolvimento de grupos étnicos
e minorias de gênero interna e externamente; a gestão cultural de combate ao
preconceito social vigente. NETO; FRÓES (2004)
A figura a seguir apresenta as dimensões do novo modelo de
responsabilidade social:
Proteção
Ambiental
Desenvolvimento
Econômico
Responsabilidade e
Sustentabilidade
Equidade
Social
Figura16 - O modelo de responsabilidade e sustentabilidade social
Fonte: Adaptado de MELO NETO; FRÓES, 2004
Logo, uma empresa socialmente responsável e sustentável atua nestas três
dimensões: na preservação ambiental, no fomento ao desenvolvimento econômico e
na promoção da equidade social. Resultando assim um produto com qualidade
garantida respeitando as necessidades sociais e ambientais e tendo como principal
resultado desse processo uma cidadania organizacional.
73
3
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Este capítulo aborda os procedimentos metodológicos utilizados na execução
da pesquisa. Apresenta-se o método de abordagem, a classificação da pesquisa, a
população e a amostra, o instrumento de coleta de dados e para finalizar a forma
que os dados serão tratados.
A análise dos questionários será seccionada, levando em consideração as
diferenças de visões entre colaboradores e gestores. Procurou-se estabelecer
diferenças na percepção dos gestores e dos colaboradores de todos os níveis
operacionais da organização afim de se traçar uma avaliação mais imparcial
possível. As questões a serem respondidas são as seguintes: a) para os gestores da
organização: Qual a percepção dos gestores da empresa sobre a importância da
responsabilidade social para a empresa?; b) para os demais colaboradores da
organização: Quais as ações de responsabilidade social desenvolvida pela
organização? Qual a percepção dos colaboradores de nível operacional da empresa
sobre as ações sociais desenvolvidas pela empresa?
Para
melhorar
o
entendimento
do
leitor
sobre
o
impacto
que
a
responsabilidade social causa em uma organização foi dividida a análise em três
momentos
de
acordo
com
questionário
anexo.
Primeiro
será
tratado
o
comportamento ético empresarial interno, logo após será tratado os dados referente
ao comportamento ético empresarial externo e por último para consolidar o
entendimento sobre a problemática proposta foi analisada a responsabilidade social
e ambiental da empresa pesquisada.
3.1
MÉTODO DE ABORDAGEM
O método científico utilizado nesta pesquisa é o indutivo que para Lakatos e
Marconi (2001, p. 86), “é um processo mental por intermédio de qual, partindo de
dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou
universal, não contida nas partes examinadas”.
Segundo Lakatos e Marconi (2001), o método indutivo realiza-se em três
fases:
74
1. Observação e análise dos fenômenos, com a finalidade de descobrir as
causas de sua manifestação;
2. Descoberta da relação entre os fatos e fenômenos;
3. Generalização da relação entre os fenômenos e fatos semelhantes.
Portanto, entre os métodos científicos apresentados na literatura, verificou–se
o que o método indutivo é o mais adequado para a pesquisa, uma vez que, que os
dados serão coletados de uma empresa (Indústria) integrante do setor madeireiro, e
através da análise desta indústria, generaliza-se o resultado para as demais
empresas e indústrias do mesmo setor e segmento.
3.2
CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA
De acordo com as classificações das pesquisas mencionadas por Silva e
Menezes (2001, p.20-23), existem várias formas de classificar uma pesquisa. O
presente trabalho pode ser assim caracterizado:
•
Quanto à natureza: Aplicada;
•
Quanto à forma de abordagem do problema: Qualitativa;
•
Quanto aos objetivos: Exploratória;
•
Quanto aos procedimentos técnicos: Um estudo de caso.
Pesquisa aplicada é aquela que “visa gerar conhecimentos para aplicação
prática dirigida à solução de problemas específicos”. (SILVA; MENEZES, 2001,
p.20).
A pesquisa tem como objetivo identificar qual a importância das ações de
Responsabilidade Social na visão dos gestores e colaboradores de uma indústria
madeireira pertencente à região dos campos gerais localizada na cidade de
Jaguariaíva-PR. Desta forma, os conhecimentos resultantes da pesquisa poderão
auxiliar os gestores na utilização eficaz destas práticas, e também, na
implementação e melhoramento do programa de Responsabilidade Social Industrial
(RSI) , o que caracteriza a pesquisa como aplicada.
A pesquisa aplicada tem como objetivo “gerar conhecimentos para aplicação
prática dirigida à solução de problemas específicos” (SILVA; MENEZES, 2001, p.20).
75
A pesquisa visa analisar o impacto das ações de Responsabilidade Social na
visão dos gestores e colaboradores. Os conhecimentos decorrentes da pesquisa
poderão ser aplicados com o intuito de alinhar as estratégias gerenciais sobre as
ações de RSI, o que confere à pesquisa a natureza aplicada.
Do ponto de vista da forma de abordagem do problema, a pesquisa é de
natureza qualitativa, visando às características e a natureza do problema que se
procura estudar. Para Silva e Menezes (2001, p. 20), uma pesquisa qualitativa
“considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um
vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não
pode ser traduzida em números.” Não requer o uso de métodos e técnicas
estatísticas e é descritiva. O processo e seu significado são os focos principais da
abordagem.
Entende-se, portanto, que essa pesquisa é qualitativa, pois se propõe a
analisar o impacto das ações de Responsabilidade Social na visão dos
colaboradores e gestores da Indústria pesquisada.
Em função dos objetivos propostos, o presente estudo tem características de
uma pesquisa exploratória. A característica exploratória da pesquisa subentende o
levantamento de dados bibliográficos e entrevistas com pessoas que tiveram
experiências práticas com o problema pesquisado, como o estudo de caso
apresentado.
Alinhado com o método indutivo e com o caráter qualitativo e exploratório da
pesquisa, o procedimento técnico adotado foi o estudo de caso. Para Gil (2002, p.
58), este procedimento permite “um estudo profundo e exaustivo de um ou de
poucos objetos, de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento,
tarefa praticamente impossível mediante outros delineadores de pesquisa”.
Yin (2001, p.65) afirma que o estudo de caso torna-se a estratégia preferida
quando os pesquisadores procuram responder às questões “como” e “por que”
certos fenômenos ocorrem, quando há pouca possibilidade de controle sobre os
eventos estudados e quando o foco de interesse é sobre fenômenos atuais, que só
poderão ser analisados dentro de algum contexto de vida real.
Laville e Dionne (1999, p.156) afirmam que a maior vantagem da utilização da
técnica do estudo de caso está na “possibilidade de aprofundamento que oferece,
pois os recursos se vêem centrado no caso visado, não estando o estudo submetido
76
às restrições ligadas à comparação do caso com outros casos”. Os autores ainda
afirmam que, ao longo da pesquisa, o pesquisador pode, pois, mostrar-se mais
criativo, mais imaginativo; tem mais tempo de adaptar seus instrumentos, modificar
sua abordagem para explorar elementos imprevistos, precisar alguns detalhes e
construir uma compreensão do caso que leve em conta tudo isso (LAVILLE;
DIONNE, 1999, p.156).
O procedimento técnico de estudo de caso é questionado por muitos
pesquisadores, que lançam mão do argumento de que os resultados e as
conclusões apresentadas dificilmente podem ser generalizados. Laville e Dionne
(1999, p.156), porém, alertam para o fato de que, se um pesquisador se dedica a um
dado caso, é muitas vezes porque ele tem razões para considerá-lo típico de um
conjunto mais amplo do qual se torna o representante, que ele pensa que esse caso
pode, por exemplo, ajudar a melhor compreender uma situação ou fenômeno
complexo, até mesmo um meio, uma época.
No caso específico desta pesquisa, ao escolher uma indústria de grande porte
buscou-se alcançar a compreensão de um universo maior. As unidades de estudo
escolhidas, embora não sejam idênticas a todas as unidades existentes (e tal
abrangência em um estudo científico seria impossível) podem ainda assim oferecer
uma idéia bastante aproximada de uma realidade maior, que possa ser útil em
outras indústrias em situações semelhantes.
Para Gil (1996, p. 45), a pesquisa exploratória tem como objetivo:
Proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a tornálo mais explícito ou construir hipóteses. Pode-se dizer que estas
pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de idéias ou
a descoberta de intuições. Seu planejamento é, portanto, bastante
flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados
aspectos relativos ao fato estudado.
Neste enfoque, permite-se um maior conhecimento de quais ações de
Responsabilidade Social são mais importantes para a manutenção da imagem junto
ao publico interno e externo tornando a pesquisa como exploratória.
Para Silva e Menezes (2001, p. 21), “levantamento é quando a pesquisa
envolve a interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja
conhecerem”.
77
Para tanto, foram questionados os colaboradores e os responsáveis da área
de produção, recursos humanos e sistemas de Informação da empresa pesquisa,
cujo comportamento buscou-se conhecer para identificar as ações e pensamentos
estratégicos sobre a Responsabilidade Social Industrial.
3.3 SELEÇAO DA EMPRESA PESQUISADA
Durante a realização de um estudo de caso, é importante se levar em conta à
seleção de objetos que, em função de informação prévia, pareçam ser a melhor
expressão do tipo ideal da categoria. Neste contexto se insere a população, a qual é
definida como sendo “o conjunto de seres animados ou inanimados que apresentam
pelo menos uma característica em comum” (MARCONI; LAKATOS, 2001, p. 108).
A delimitação do universo consiste, portanto, em explicitar porque pessoas,
coisas ou fenômenos serão pesquisados, traçando um denominador comum entre os
mesmos.
A população é definida por Lakatos e Marconi (2001, p. 223) como sendo “o
conjunto de seres animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma
característica em comum”. Seguindo tal orientação, a população do estudo é 1
indústria do setor madeireiro da região dos Campos Gerais. Assim classificada pelo
número de funcionários, conforme a classificação e dados fornecidos pelo SIMA.
Os instrumentos de coleta de dados foram levados em mãos a todos os
colaboradores e gestores da indústria pesquisada. Ao todo, foram pesquisados após
o cálculo do tamanho da amostra, considerando que a empresa tem 870
colaboradores diretos, obtive-se o número de 295 colaboradores pesquisados,
considerando 5% de erro sendo eles 275 colaboradores de níveis operacionais e 20
gestores sendo dos gestores 18 homens e 2 mulheres. A pesquisa foi realizada nas
dependências da empresa, na área de lazer, nos dias 7 e 8 de Maio de 2007 nos
horários que compreendem o almoço e jantar. Os colaboradores eram abordados e
foi explicado o motivo da pesquisa e estes optavam por responder, alguns preferiram
não, outros sim, outros se ofereceram sendo dessa forma a pesquisa com os
colaboradores. Com os gestores foi deixada a pesquisa nas mãos da gestora de
78
Recursos Humanos e o retorno dos questionários foram 7 semanas, após a entrega
para o preenchimento sendo respondido por todos.
3.4 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Para Vasconcelos (2002), a escolha dos instrumentos e das fontes de
informação e dados deve ser criteriosa e levar em conta algumas regras básicas:
a) Ser coerente com a estrutura teórico-técnica do projeto, que define o tipo de
olhar e a forma de enquadramento do fenômeno em estudo que acaba por
priorizar tipos específicos de instrumentos e fontes de investigação;
b) Levar em conta a disponibilidade e acessibilidade aos dados sob
investigação;
c) Levar em conta e se adequar às características específicas dos indivíduos, da
população, do ambiente ou organização sob investigação;
d) Levar em consideração os recursos humanos, financeiros, técnicos de
análise, e o tempo e as condições concretas disponíveis para a realização do
projeto, tornando-o factível;
e) Ser coerente com a estratégia institucional e com as questões éticas definidas
no planejamento do projeto.
Considerando o questionário, o instrumento fundamental na coleta de dados
esta pesquisa utilizou o questionário para a coleta de dados.
Para Silva e Menezes (2001), o questionário é uma série ordenada de
perguntas que devem ser respondidas por escrito pelo informante. O questionário
deve ser objetivo, limitado em extensão e estar acompanhado de instruções. As
perguntas do questionário podem ser: abertas, fechadas e de múltiplas escolhas.
Fundamentado no referencial teórico, o questionário foi elaborado com questões de
múltiplas escolhas e abertas, e divide-se em dois questionários um para os
colaboradores e outro para os gestores sendo o questionário para os colaboradores
contendo 15 questões com a possibilidade de comentários, citações e questões
abertas para colher informações sobre a visão dos colaboradores sobre as ações de
Responsabilidade Social existente nessa indústria. E foi utilizado um outro
79
questionário respondido pelos gestores com 10 questões de múltipla escolha
referente ao comportamento ético empresarial interno, 10 questões de múltipla
escolha sobre o comportamento ético empresarial externo e 10 questões de múltipla
escolha sobre a responsabilidade social e ambiental e verifica-se a possibilidade de
deixar 8 questões em aberto para as eventuais respostas não constantes no
questionário de múltipla escolha.
A partir da coleta dos questionários foi comentado com a gestora de Recursos
Humanos, que a indústria não teria o seu nome divulgado na apresentação dos
resultados. Os questionários utilizados para a coleta de dados da pesquisa estão no
anexo A deste trabalho.
3.5 TRATAMENTO DE DADOS
Após a coleta dos dados, que será realizada conforme os procedimentos
apresentados anteriormente, tornam-se necessário analisar e interpretar estes dados
para transformar-los em informações, tendo em vista os objetivos da pesquisa.
Segundo Churchill Jr e Peter (2003), quando os dados coletados são
registrados num questionário, o pesquisador primeiro examina cada questionário
para assegurar-se de que ele tenha sido preenchido completa e adequadamente.
Então, o pesquisador codifica os dados, ou seja, atribui símbolos ou números às
respostas. Em seguida, os dados são tabulados, o que significa que o número de
casos que se encaixam em cada categoria ou combinação de categorias de
repostas são contados.
Depois da seleção, codificação e tabulação dos dados, estes estão prontos
para serem analisados e interpretados. Para Lakatos e Marconi (2001), a análise e
interpretação são duas atividades distintas, mas estreitamente relacionadas. Na
visão das autoras, na análise o pesquisador entra em maiores detalhes sobre os
dados decorrentes do trabalho estatístico, a fim de responder as indagações da
pesquisa.
Já a interpretação é a atividade intelectual que procura dar um significado
mais amplo às respostas, vinculando-as a outros conhecimentos. Pode-se entender
que a interpretação significa a exposição do verdadeiro significado do material
80
apresentado, em relação aos objetivos propostos e ao tema (LAKATOS, MARCONI,
2001).
Dentro deste contexto, percebe-se a importância da análise e interpretação
dos dados, pois é nesta etapa que se verificará a relevância dos dados coletados em
relação aos objetivos da pesquisa.
81
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS
4.1 Pesquisa Amostra Interna
Foi realizado levantamento junto aos funcionários com a finalidade de obter a
opinião deles no que se refere às atividades de responsabilidade sociais já
desenvolvidas pela empresa.
A tabulação dos dados foi realizada com ferramentas disponíveis em gráficos
do Excel e transportada para o Word.
Percentagem de colaboradores entrevistados por turnos de trabalho
3%
34%
63%
1 Turno
2 Turno
Não Respondeu
Gráfico 1 – Representação dos funcionários quanto ao turno
A pesquisa foi respondida num percentual de 63% pelos funcionários que
compõem o 1º turno que compreende o horário de 7h às 16h durante a semana e
aos sábados 8 às 12h, neste horário trabalham aproximadamente 550 funcionários,
e um percentual de 34% de trabalhadores do 2º turno que compreende o período de
17:15 às 01:43 e aos sábados 13h às 17h neste horário trabalham aproximadamente
350 funcionários e 3% não responderam qual o turno, considerando os 275
pesquisados.
Percebe-se que indiferente do horário que o colaborador trabalhe ele possui
ou não conhecimento dos programas como podem ser vistos nos gráficos a seguir.
82
Percentagem de colaboradores entrevistados por sexo
4%
20%
76%
Feminino
Masculino
Não Respondeu
Gráfico 2 – Representação dos funcionários quanto ao sexo
A pesquisa foi respondida por 76% de indivíduos do sexo masculino e 20% do
sexo feminino, aqui vale ressaltar que a EMPRESA PESQUISADA tem apenas 16%
de mulheres em seu quadro de funcionários e 4% dos entrevistados não
responderam esta questão. Como a pesquisa trata do perfil de colaboradores da
indústria, esse dado que está sendo considerado, o masculino, em maior
percentagem é absolutamente confiável e normal mesmo sendo o caso dos
colaboradores em grande parte do processo produtivo.
83
Percentagem de colaboradores entrevistados por áreas de trabalho
4%
4%
12%
0%
6%
3%
2%
4%
1%
26%
23%
0%
2%
Administração
Finger Joint
PCP
Almoxarifado
Gesso
Prep Madeiras
3%
Conservação
Manutenção
Primed
10%
Destopadeiras
Moldureiras
RH
Estufas
Não Respondeu
Serraria
Gráfico 3 – Representação gráfica dos funcionários quanto ao setor
Através deste gráfico pode-se notar que a pesquisa levou em conta para
investigar a responsabilidade social interna os diversos setores; sendo 14 diferentes
da empresa (Administração, Almoxarifado, Conservação, Destopadeiras, Estufas,
Finger Joint, Gesso, Manutenção, Moldureiras, PCP, Preparação de madeiras,
Primed, Rh e Serraria), coletando informações sobre os diversos colaboradores nas
mais diversas, áreas de atuação dos mesmos; mostrando, assim que a pesquisa não
foi centralizada somente na área administrativa, não existindo, portanto, uma
tendência à manipulação dos dados.
84
Percentagem de colaboradores entrevistados por área de trabalho
4%
1%
5%
6%
84%
Administrativo
Coordenador
Encarregado
Não respondeu
Operacional
Gráfico 4 – Representação gráfica quanto ao cargo
A pesquisa teve participação expressiva das pessoas de nível operacional
mesmo porque era esse o objetivo traçado para realização da mesma. De forma que
a próxima pesquisa estará sendo endereçada aos gestores.
Das respostas, totalizando 84% dos respondentes colaboradores do nível
operacional, 6% não responderam, 5% ocupam cargos de encarregados e 5% são
pessoas que trabalham na área administrativa da empresa, incluindo aqui CPD, RH,
Contabilidade, Financeiro entre outros.
85
Pergunta Nº 1: Você tem conhecimento de que a BrasPine ajuda entidades sociais de
nossa cidade?
3% 0%
97%
Não
Não Respondeu
Sim
Gráfico 5 – Representação Gráfica da Pergunta 1
Na 1ª pergunta foi questionado aos funcionários se eles têm conhecimento de
que a EMPRESA PESQUISADA ajuda entidades sociais de nossa cidade? O
objetivo desta questão era obter conhecimento se eles realmente sabem desta
atividade da empresa e foi possível concluir que a maioria dos entrevistados tem
ciência do fato.
Pergunta 2: Caso sua resposta tenha sido sido sim na pergunta anterior, você sabe
indicar quais entidades de nossa cidade que a BrasPine colabora?
11%
3%
86%
Não
Não Respondeu
Sim
Gráfico 6 – Representação Gráfica da Pergunta 2 e Cite
86
De acordo com a resposta da pergunta 1 sim ou não, na pergunta 2, os
funcionários deveriam informar/indicar as entidades beneficiadas: 86% dos
entrevistados informaram que sabiam citar as entidades, 11% não saberiam e 3%
não responderam.
Do total de entidades citadas 9 tiveram uma lembrança mais expressiva pelos
funcionários, ocupando o ranking APAE e Creches, como se pode ver no gráfico
abaixo:
Pergunta 2: Caso sua resposta tenha sido SIM na pergunta anterior, você sabe indicar
quais as entidades de nossa cidade que a BrasPine colabora?
2%
3%
6%
1%
38%
20%
2%
13%
APAE
COALA
GRAAD
15%
ASILO
CRECHES
PROJETO VIDA
CASMI
FUNDAÇÃO STA MARTA
PROVOPAR
Gráfico 7– Representação Gráfica da Pergunta 2 e Cite
Foram citadas também em algumas ocasiões: Hospital Carolina Lupion,
pessoas carentes, Projeto CAJU, pessoas deficientes, Escolas, SITIM, Igrejas,
Polícia. Analisando os resultados pode-se concluir que os funcionários entrevistados
têm conhecimento, porém, somente de algumas instituições que a empresa contribui
e não todas. Talvez seja em virtude da falta de endomarketing por parte da própria
empresa.
87
Pergunta 3: Você participa de algum trabalho voluntário?
16%
2%
82%
Não
Não Respondeu
Sim
Gráfico 8 - Representação Gráfica da Pergunta 3
A questão “você participa de algum trabalho voluntário?” Teve como principal
objetivo diagnosticar a participação dos funcionários em atividades voluntárias, e
através dos dados apresentados no gráfico acima, este evidencia de forma negativa
a participação dos funcionários da EMPRESA PESQUISADA em atividades
voluntárias, pois apenas 16% dos entrevistados realizam atividades voluntárias.
Visando verificar quais atividades voluntárias realizadas, foi pedido para citar
e as respostas obtidas foram das mais diversas como mostra a tabela abaixo:
88
Tipo de atividade exercida
Apenas ajudo as pessoas que chegam até eu ou então quando vejo que
posso ajudar alguém
Asilo
Assistente social na igreja
Auxilio meu pastor na Igreja (sou professor escola dominical, toco
instrumento de cordas e faço visitas a doentes).
Brigada de Incêndio
Campanha do agasalho Fati; doação em dinheiro APAE
Conselheiro Fiscal - Fundação Santa Marta - Tesoureiro Coala
Contador de história e brinquedista na pastoral da criança
Contribuo com donativos para distribuição na empresa e igreja
Doação de alimentos, campanha do agasalho, brinquedos
Doações de agasalhos para Igreja
Dou aula de dança no projeto Piá
Ensino da Bíblia
Hospital Carolina Lupion
Igreja, participação em pastorais
Mas quero participar, não fui convidado, pretendo
Multiplicador da ginástica laboral
No momento não. Fui catequista por 4 anos na igreja católica
Provopar, Casmi, Asilo, Apae
Participo do Rotary Clube de Jaguariaíva, clube de serviços voluntários:
doações, conscientização, arrecadação, palestras
Sou instrutor musical, nas horas vagas ensino música
Tecladista de um grupo de jovens, coordenador da mocidade
Tabela 1– Atividades voluntárias realizadas por funcionários
Nº
1
1
1
1
1
2
1
1
1
19
1
1
1
1
2
4
1
1
1
1
1
1
Muitos citaram as atividades desenvolvidas com apoio da empresa como
campanhas do agasalho, alimentos e brinquedos. O quadro mostra uma diversidade
de áreas, porém com muitas a serem exploradas, não podendo deixar de destacar a
necessidade de divulgar mais os projetos sociais e setores que precisam de ajuda,
visando assim um encontro entre as precisões da comunidade e os candidatos a
voluntários.
Entre os mais citados foi obtida a colaboração dos funcionários nas
campanhas realizadas na empresa, que estes contribuem com alimentos, agasalhos
e brinquedos.
A questão que resultou no gráfico 9, buscou levantar se os funcionários
individualmente gostariam de participar de um programa voluntário como, por
exemplo: aproveitar o seu tempo de folga e ajudar a pintar uma creche? Pode-se
considerar esta pergunta de suma importância para o desenvolvimento de um
89
projeto de responsabilidade social, pois o mesmo compreende o envolvimento de
funcionários como os principais agentes do programa interno da empresa.
Pergunta 4: Você individualmente gostaria de participar de um programa voluntário,
como por exemplo: Aproveitar o seu tempo de folga e ajudar a pintar uma creche?
19%
4%
50%
27%
Não
Não Respondeu
Sim
Talvez
Gráfico 9 - Representação Gráfica da Pergunta 4
Conforme evidenciado no gráfico acima, não há um consenso nas respostas
dos entrevistados, 50% responderam que “talvez” e 27% dos entrevistados “sim”.
Todavia, aproximadamente 15%, não demonstraram nenhum interesse e 4% não
responderam.
Alguns responderam à pergunta, porém, não citaram a atividade. Entre as
sugestões dos funcionários para realização, foram citadas conforme tabela abaixo.
90
Ajudar de qualquer modo a quem precisa/eu possa ajudar/indiferente/o que
precisar/desde que seja para ajudar/alguém sendo beneficiado/todas que a
empresa realizar/ etc.
Ajudar nas escolas, como limpeza e muitas outras coisas
Alfabetização de adultos, reforço escolar, palestras para jovens e adultos
Amigos da Escola
Asilo
CAJU
Casmi
Centro Educacional Valdemar de Gouveia
Contar história no hospital para Crianças
Creche próxima da minha casa
Depende do que vai ser feito
Ensinar adolescente a bordar
Ensinar crianças a tocar violão, dar aulas
Entidades Sociais/escolas/creches
Grupo de terceira idade, trabalhar para adolescentes.
Mas o meu tempo é pouco, pois só me sobra o domingo para família,
houver um tempo
Não havendo nenhum compromisso
Nas minhas folgas eu tenho compromisso na Igreja
Pastoral da criança/adolescente
Pintar, higienizar, organizar e proporcional um dia especial aos velhinhos do
asilo
Pintar, limpar, distribuir alguma coisa
Posso ajudar em qualquer tipo de mão de obra - pintura, carpinteiro,
pedreiro
Rotary
Se tivesse tempo, gostaria de ajudar na educação de deficientes
Trabalhos educativos com crianças, adolescentes, desenvolver melhorias
para estas entidades
Visitar asilo
Tabela 2- Sugestões de atividades a serem desenvolvidas
25
1
1
1
2
1
3
1
1
1
2
1
1
2
1
4
1
1
1
1
2
1
1
1
1
1
Dos entrevistados que responderam esta pergunta, 25 deles citaram que se
propõe ajudar no que for preciso desde que seja para ajudar alguém. A pergunta
apresentada a seguir teve como objetivo, questionar os funcionários em parceria
com a empresa que tipo de atividade voluntária você gostaria de desenvolver?
91
Acompanhar na entrega das doações que são destinadas para Apae,
Asilo
Acredito que podendo ajudar qualquer atividade eu desenvolveria
Ajuda ao próximo, quem precisa, tudo o que puder
Ajuda com serviços para entidades assistenciais
Ajuda financeira através de desconto em conta bancária
Ajudar a pintar ponte de Jaguariaíva
Ajudar asilo/organização
Ajudar em algum time de futebol
Ajudar na campanha do alimento incentivando os funcionários a colaborar
trazendo todo mês o alimento
Ajustador
Alguma coisa com crianças
Alguma entidade que tenham crianças ou velhos
Alimento/agasalho para famílias carentes
Amigos da escola
Apoio ao Asilo e creches
Apoio, artesanato, atendimento
Arrecadação de alimentos e roupas para entidades
Arrecadar alimento nas casas das pessoas. Formar funcionários para
arrecadar
As creches porque muitas mães trabalham aqui, deixa seus filhos
As escolas e também crianças de rua, famílias mais pobres e com
doenças
Assistência social junto a crianças carente
Atividades com crianças
Atividades esportivas/informática
Aula de futebol
Campanha do alimento e campanha do agasalho
Colaborar com a reforma de entidades sociais
Coleta de doações
Conscientização ecológica
Conselho e nas igrejas
Cuidar de jardins
Cultural – educacional
Curso de profissionalização
Desenvolver o ensino de xadrez para crianças
Diretoria/Conselho
Distribuir brinquedos e agasalhos
Doações de cestas básicas e brinquedos/agasalhos/crianças e famílias
carentes
Em atividade festiva, limpeza ajudar a cuidar de crianças
Empilhadeira
Ensinar/Danças
Entrega das doações ocorridas
Esportes
Fazer visitas assistenciais a creches, campanha para limpeza do local,
preservar a paisagem das praças
Fome Zero
Formar um grupo de terapia incluindo danças de idades variadas
Fornecer um café da manhã simples, para as crianças da escola
dominical da Igreja Assembléia (Cidade Alta) todos os domingos
5
1
3
1
1
1
5
1
1
1
1
1
1
1
2
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
7
1
1
2
4
2
1
1
1
1
92
Gostaria de ajudar no orfanato, mas aqui não tem e eu não tenho tempo
1
Igrejas/Asilo
1
Já desenvolvendo doação de alimentos roupas
1
Juntar o lixo reciclável em casa
1
Junto com a equipe levar agasalho, para os necessitados
1
Melhorar na questão do ensino e educação
1
Meu tempo é curto para participar de atividades voluntárias, mas participo
1
da campanha de alimento
Musical
1
Na Apae
2
Na campanha de alimentos
1
Na participação com as crianças das creches
1
Na participação de todos , ajudar aqueles que mais precisam
1
Não posso ajudar porque trabalho no final de semana também
1
Não sei
15
Não sei quantas entidades a empresa participa sabendo qual direi se
1
ajudo
Não tenho tempo/ pouco tempo de folga
1
No momento ainda não sei, mas gostaria de experimentar alguma coisa
1
para concretizar
No momento não tenho tempo, para ajudar atividades voluntárias,mas
1
participo na doação de alimentos
No momento nenhum
3
Nunca parei pra pensar
1
O que a empresa quiser desenvolver
1
O que for possível
1
Para onde for preciso/ casa de nutrição
1
Pintar creches, fazer outros serviços
2
Preservação do meio ambiente em nossa cidade como: rios, parques,
1
florestas
Promover algum tipo de atividade em creches
1
Qualquer tipo de mão de obra
1
Rotary
1
Segurança Social
1
Sem preferência
5
Sim qualquer atividade que seja para ajudar o próximo eu aceito
1
Social
1
SOS Rio Capivari
1
Talvez inclusão digital
1
Teatro
3
Tenho disponibilidade para qualquer trabalho social
1
Trabalho com educação de crianças
1
Trabalho em escola primária
1
Trabalho relacionado à educação e criar projetos na área de
1
responsabilidade social
Tudo/qualquer um/ o que empresa achar melhor/ajudar sempre é
15
bom/ajudando está ótimo
Visita a famílias carentes, doações, confraternização com crianças
1
carentes
Tabela 3 - Sugestões de atividades a serem realizadas com apoio da empresa:
93
Pergunta 6: Que entidade/ área social você sugere para a empresa colaborar?
1%
0%
10%
19%
1%
59%
10%
0%
0%
APAE
CRECHES
NÃO RESPONDEU/OUTROS
ASILO
FUNDAÇÃO STA MARTA
PROJETO PIA
CASMI
GRAAD
PROVOPAR
Gráfico 10 – Representação Gráfica da Pergunta 6
A participação dos pesquisados nesta pergunta, não foi expressiva, pois 59%
não responderam, entre outras entidades foram também citadas: o Hospital Carolina
Lupion, Polícia Militar e Civil, Projeto Caju, Igrejas, Ongs, Grupo Jaguar Dance,
Orfanato, Rotary, Missionárias do Sertão, Pastoral da Criança. Esta questão tem
como objetivo identificar quais entidades os próprios funcionários sugerem para
empresa colaborar. Entre o mais citado, 19% sugerem ajuda ao Asilo, 10% a APAE,
10% creches, foi lembrado da creche Casmi por 1% e Provopar 1%, não chegando a
1% o número de entrevistados que citou Projeto PIÁ, Fundação Santa Marta e
GRAAD.
Comentário emitido por um dos respondentes na pergunta 6: Um grande
problema é a moradia, se todos colaborassem, a empresa podia pedir terreno para
prefeitura e voluntários poderiam contribuir construindo uma casa para uma família
carente da nossa cidade.
94
Pergunta 7: Referente a campanha do agasalho, campanha do brinquedo e campanha
de alimentação criada pela empresa, com a colaboração dos funcionários, você
gostou da atitude?
1% 2%
97%
Não
Não Respondeu
Sim
Gráfico 11 – Representação Gráfica da Pergunta 7
A Indústria criou algumas campanhas, que são realizadas com ajuda dos
funcionários, sendo assim, questionam-se: Referente à campanha do agasalho,
campanha do brinquedo e campanha da alimentação criada pela empresa, com a
colaboração dos funcionários, vocês gostou da atitude? 97% dos entrevistados
responderam que sim, apenas 1% que não gostaram da atitude e 2% não
responderam. De acordo com as respostas da pergunta 7, foi perguntado: Você
colabora com donativos?
95
Pergunta 7.1: Você colabora com donativos?
7%
7%
86%
Não
Não Respondeu
Sim
Gráfico 12 – Representação Gráfica Pergunta 7.1
Dos entrevistados, 86% colaboram com donativos (alimento não perecível,
brinquedos, roupas, etc.) 7% não e 7% não responderam esta pergunta. Com o
propósito de investigar se os funcionários sabem e acreditam no destino das
doações arrecadadas nas campanhas como do agasalho, brinquedos e alimentação
foi perguntado:
Pergunta 8: Você sabe e acredita no destino das doações de campanhas solidárias
realizadas, como campanha do brinquedo, campanha da alimentação e campanha do
agasalho?
5%
9%
86%
Não
Não Respondeu
Sim
Gráfico 13 – Representação Gráfica da pergunta 8
96
Enquanto 86% dos entrevistados responderam que sim (sabem e acreditam
no destino das doações), apenas 5% responderam que não e 9% não responderam
esta pergunta. Questionados sobre as entidades beneficiadas com as campanhas
realizadas, obtive-se o seguinte:
Pergunta 8: Você sabe e acredita no destino das doações de campanhas solidárias
realizadas, como campanha do brinquedo, campanha de alimentação e campanha do
agasalho? Cite as entidades beneficiadas:
2%
0%
4%
9%
16%
0%
18%
35%
15%
1%
APAE
CRECHES
PROJETO VIDA
ASILO
FUNDAÇÃO STA MARTA
PROVOPAR
CASMI
GRAAD
COALA
Não Respondeu
Gráfico 14 – Representação Gráfica da Pergunta 8.1
Com grande evidência, observa-se, que todos acreditam no destino das
doações das campanhas e isso se fundamenta na idéia de que muitos dos
colaboradores se beneficiam indiretamente das doações através de pessoas que
são assistidas por essas instituições em nossa cidade. A questão buscou investigar
sobre o conhecimento dos funcionários quanto ao destino dos resíduos sólidos
(cavaco, serragem, papel, ferro velho) da empresa, se perguntou então para os
coladores o seguinte:
97
Pergunta 10: Você sabe qual o destino dos resíduos (cavaco, serragem, papel, ferro
velho) da empresa?
35%
37%
28%
Não
Não Respondeu
Sim
Gráfico 15– Representação Gráfica da Pergunta 10
Os destinos dos resíduos industriais são diversos, entre eles: utilizado como
combustível para geração de vapor em caldeiras, comercialização para diversos
processos, como: produção de MDF, aglomerado, papel, substrato vegetal, briquete
entre outros. Dos pesquisados, 37% relataram saber qual o destino dos resíduos da
empresa, já 35% responderam que desconhecem. De todos os entrevistados um
número considerável não respondeu a questão, ou seja, um percentual de 28%.
Conforme gráfico 17 foram citados pelos entrevistados alguns destes
destinos:
98
Pergunta 10: Você sabe qual o destino dos resíduos (cavaco, serragem, papel, ferro
velho) da empresa? Cite:
17%
24%
22%
15%
3%
BioMassa
Cavaco p/ Processo
19%
Cavaco p/ Processo MDF
Não Respondeu
Outros
Reciclagem
Gráfico 16. Representação Gráfica da Pergunta 10.1
De acordo com a pesquisa, 17% têm conhecimento de que é utilizado para
Biomassa (abastecimento da própria caldeira da empresa), 22% responderam
Cavaco para Processo, que é utilizado no processo de produção de papel, 15%
Cavaco tem seu destino para Processo MDF, 25% citaram Reciclagem, 15% outros
que se tiveram respostas diversas como utilização na indústria de cal, ferro velho,
vendas, utilização para adubo e húmus, entre outros, e 3% dos entrevistados não
responderam esta questão.
99
Pergunta 12: A BrasPine tem uma política para preservação do meio ambiente, como utilização
de madeira somente de florestas certificadas, estação de tratamento de efluentes, etc.?
1%
13%
86%
Não
Não Respondeu
Sim
Gráfico 17 - Representação Gráfica da Pergunta 12
A questão do gráfico acima teve por finalidade levantar se os funcionários
sabem que a indústria tem uma política para preservação do meio ambiente, como
utilização de madeira somente de florestas certificadas, estação de tratamento de
efluentes. A conclusão a que se chegou foi de que 86% dos entrevistados têm
conhecimento desta preocupação da empresa, somente 1% respondeu não
conhecer e 13% não responderam.
Pergunta 13: Ser uma empresa ecologicamente correta é um requisito de um produto
que você considera:
10%
3%
87%
Básico
Muito Importante
Não Respondeu
Gráfico 18 - Representação Gráfica da Pergunta 13
100
Considerando que nos dias atuais, é de grande relevância a empresa ser
ecologicamente correta, pode-se verificar que para 87% dos entrevistados é muito
importante, para 3% é básico e 10% dos entrevistados não responderam.
Anotação referente pergunta 13, levantado por um funcionário: “desde que as
pessoas que forem designadas para este trabalho de conscientização sejam
treinadas e não pegas no laço, como muitas pessoas são aqui”. A resposta ora
mencionada traz um questionamento acerca da política ambiental. Visto que, muitas
vezes, é imposta aos funcionários sem serem treinados e conscientizados da sua
real importância.
Pergunta 14: Você acha que a empresa tem que desenvolver algum tipo de programa
de sensibilização e conscientização sobre a importância do desenvolvimento de
trabalhos voluntários?
4%
12%
84%
Não
Não Respondeu
Sim
Gráfico 19 – Representação Gráfica da Pergunta 14
O objetivo desta pergunta foi o de verificar se os funcionários querem ou não
investir em treinamentos referentes às obrigações de cidadãos consciente de seus
deveres perante a sociedade e a preservação do meio ambiente; sendo que das
respostas verificadas 84% dizem sim, 4% analisam que não há necessidade de
programas de sensibilização e conscientização, e 12%, não responderam esta
questão.
101
Pergunta 15: Você está satisfeito com o trabalho social desenvolvido pela BrasPine?
4%
11%
85%
Não
Não Respondeu
Sim
Gráfico 20 – Representação Gráfica da Pergunta 15
Um número expressivo dos entrevistados respondeu que sim, ou seja, 85%
estão satisfeitos, 4% demonstram não estar satisfeito e 11% não responderam esta
questão. Ao final do questionário, foram deixados espaços livres para que os
colaboradores fizessem seus comentários, muitos elogiaram, alguns fizeram
observações de perguntas outros não responderam, alguns emitiram sugestões. As
respostas estão abaixo relacionadas na íntegra.
4.2 COMENTÁRIOS DIVERSOS
Foram diversos os comentários dos colaboradores sobre a questão 15,
conforme pode ser observado abaixo:
•
A EMPRESA PESQUISADA é uma empresa líder de mercado de Molduras,
porém eu acho que ela poderia crescer mais se fosse mais organizada
internamente.
•
A empresa busca se integrar ao meio social onde está inserida, provando
uma vocação social, que não pode ser desconsiderada. Essa participação
102
tende a uma evolução ideológica e de pensamentos que será com certeza
importante para a comunidade;
•
A empresa deveria dar mais importância para seus funcionários, dando
cursos de capacitação de várias profissões;
•
A empresa devia valorizar mais seus funcionários que está a mais tempo
trabalhando aqui, oferecendo-lhes oportunidades;
•
A maioria dos trabalhos sociais realizados pela empresa são donativos que os
funcionários dão, não são da empresa. A empresa só auxilia algumas
entidades como já citado anteriormente. O papel social vai além de simples
doações de um salário mensal; é atitude e mudanças de atitudes para o bem
comunitário, algo mais concreto e eficaz, não somente merchandising de
responsabilidade social, mais uma visão humana da sociedade com base em
ações;
•
Acho que todos os funcionários deveriam ter convênio médico, ainda que
fosse simples e com algum custo;
•
Acredito que sempre se pode criar e desenvolver novos programas, para
ajudar a comunidade, deve ser melhor divulgado entre seus colaboradores;
•
Carga horária sem definições;
•
Com a colaboração de mais pessoas poderia ser melhor;
•
Construir uma creche para filhos de funcionários;
•
Este tipo de benefícios à sociedade é muito importante não só para a
empresa obter um bom nome, mas também pelas pessoas que estão sendo
ajudadas;
•
Falta conscientização dos funcionários;
•
Falta um clube de lazer só para funcionários da EMPRESA PESQUISADA;
•
Gostaríamos que existissem mais informações para acompanharmos, ajudar
mais;
•
Mais tem que ter mais divulgação e palestras para funcionários;
•
Médico nem olha o funcionário no ambulatório;
•
Poderia ajudar mais e aparecer menos, pois se esforçam para que ela seja
noticiada qualquer coisinha;
103
•
Poderia ocorrer uma maior mobilização dos funcionários se nos editais
houvesse informações do tipo – creche tal precisa de voluntário para tal
atividade, asilo para tal atividade.
•
Podia ser melhor se os funcionários tivessem consciência da importância do
trabalho desenvolvido pela empresa e colaborassem mais, participando como
trazer mais alimento;
•
Precisa melhorar muito mais, incentivar os colaboradores com palestras,
incentivar também os coordenadores, encarregados e diretores para que
motivem seus funcionários. Divulgar as campanhas semanalmente. Criar:
concurso de fotos voluntários (mostrando o serviço que você realiza em prol
da sociedade, criar broches de identificação com símbolo e escrito sou
voluntário, para premiar quem é voluntário). Criar palestras, os palestrantes
serão quem é voluntário, quem realiza os serviços voluntários todo mês. Criar
a mesa redonda onde os voluntários: sentam e debatem sobre os problemas
da entidade e tentam chegar em soluções (participação de encarregado,
coordenadores e até diretores da empresa, realizar uma vez por mês);
•
Procurar aprender mais ajudar se for possível procurar alcançar as metas
possíveis;
•
Programa de qualidade de vida ? Não conheço;
•
Talvez em conjunto com alguma instituição profissionalizante, oferecer cursos
visando o aprimoramento/aprendizagem de jovens na área/ramo da empresa;
•
Estudo na Fati, numa aula sobre responsabilidade social, foi mostrado uma
espécie de livrinho da empresa Mercadomóveis onde o mesmo mostra todas
as áreas onde a empresa faz seu trabalho social, como faz. Achei bem
interessante e acho que a EMPRESA PESQUISADA poderia fazer o mesmo
assim todos os funcionários ficariam por dentro deste assunto e conheceriam
mais a fundo o trabalho de responsabilidade social da empresa, podendo até
virem se interessar mais e até procurar participar mais;
•
Trazer família para conhecer empresa, vem escolas e filhos de funcionários
não conhecem;
•
Vale transporte mais importante para funcionário.
104
4.3
AVALIAÇÃO E PERCEPÇÃO QUE OS COLABORADORES TÊM DAS
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
Pode-se observar que os seguintes comentários feitos pelos colaboradores da
empresa pesquisada foram:
•
“é um orgulho para quem faz parte dela”;
•
“é uma das empresas que mais contribuem para o desenvolvimento de nossa
cidade, basta analisar o número de funcionários, famílias e entidades que são
beneficiadas com o advento da empresa”;
•
¨é uma empresa muito boa que se preocupa bastante com seus funcionários
e familiares por isso eu estou satisfeito com a empresa¨;
•
¨é uma empresa que ajuda muitas pessoas, entidade, e por isso estou muito
feliz em saber disso, e fazer parte disso, ajudar com alimentos, agasalhos e
muito mais¨;
•
¨é uma empresa que sempre ajuda a quem precisa, a seus funcionários e as
pessoas carentes¨;
•
¨é uma empresa que tem conscientização¨;
•
¨é uma empresa voluntária que ajuda a comunidade de forma inesperável¨;
•
A empresa em nossa cidade é muito importante, pois respeita o cidadão,
valoriza seus funcionários em tudo, não é como outras por aí que faz do
funcionário um escravo miserável;
•
¨está de parabéns com atitude que ela faz para comunidade¨;
•
¨a empresa é solidária com as pessoas e também com o meio ambiente e isto
é muito importante¨;
•
¨a empresa sempre está abordando assuntos de extrema importância, tanto
para as pessoas que aqui trabalham ou não. E é sempre bom, tudo o que a
empresa faz¨;
•
¨a empresa vem desenvolvendo trabalhos muito importantes para as pessoas
tanto na empresa como fora dela¨;
•
A gente só tem a agradecer a empresa e os voluntários por estas atitudes¨;
105
•
¨acho muito legal a atitude da empresa, como sempre esta fazendo serviços
voluntários¨;
•
¨acredito que é assim com iniciativa dos órgãos privados pode-se valorizar
cuidando mais da qualidade de vida das pessoas e de nossa comunidade¨;
•
¨uma empresa de remanufatura de seres humanos¨;
•
¨é uma excelente empresa, um orgulho para nossa cidade¨;
•
¨com a iniciativa da empresa eu acho que irá ajudar muito o desenvolvimento
do município¨;
•
¨com certeza porque assim percebe-se o interesse da empresa em ajudar
funcionários e também parte das pessoas carentes da cidade¨;
•
¨continue assim parabéns¨;
•
¨continue sempre assim... isso não existe preço, mas sim qualidade¨;
•
¨depois que eu entrei aqui minha vida mudou totalmente eu só tenho a
agradecer pela oportunidade obrigada¨;
•
¨é importante uma empresa que oferece a melhor estrutura ao funcionário e
por ser a melhor a empresa em minha opinião do Brasil¨;
•
É um reconhecimento em todos os dias comemorativos. Obrigada!
•
Esta empresa é muito séria e humana;
•
Estou muito feliz por fazer parte desta empresa por dar oportunidade às
pessoas da APAE;
•
Eu acho muito importante para a sociedade como um todo;
•
Eu gosto da atitude da empresa de ajudar muitas entidades, bom exemplo;
•
Eu não tenho palavras eu estou satisfeito com tudo o que a empresa faz.
Deus Abençoe;
•
Fiquei muito feliz em saber que a empresa está contratando pessoas
deficientes, concordo plenamente e acredito que essas pessoas, darão um
show em muitos funcionários que não dão valor no emprego que tem e não
valorizam a empresa;
•
Muito boa esta avaliação (uma sugestão é fazer mais vezes este tipo de
avaliação na empresa);
106
•
Muito bom, mais muito bom mesmo e o respeito de cada irmão que dá uma
força para pessoas mais simples que a gente, muito obrigado que Deus
abençoe cada dia de nossa vida – Boa Sorte;
•
Em minha opinião a empresa já é uma grande colaboradora me sinto
lisonjeada em trabalhar aqui;
•
Em minha opinião hoje a empresa está atuando com bastante empenho,
ajudando as entidades carentes que necessitam realmente.
•
Na região é o melhor trabalho desenvolvido. Supera outras grandes
empresas.
•
Não tem comentário, tudo isso é muito importante, não só para empresa e sim
para a nossa cidade;
•
No meu ponto de vista a empresa está abrangendo o setor menos favorecido,
e deve continuar;
•
Nota dez pela inclusão do deficiente físico;
•
Para mim a empresa é um sonho que se torna real a cada dia que passa
também estou satisfeita com a política da empresa;
•
Parabenizar a empresa por adotar em nosso meio pessoas com deficiências
mas com capacidades de desenvolver o mesmo trabalho que nós normais.
•
Parabéns, porque é daqui que estou tirando meu alimento e tratando meus
filhos;
•
Particularmente orgulho-me por fazer parte e contribuir com as ações
desenvolvidas;
•
Procuro dar valor e a mais sincera colaboração e presença, pois não é fácil
achar uma empresa como esta.
•
Que este trabalho venha fazer parte das nossas vidas, cada dia mais, na
empresa e fora dela.
•
São poucas as empresas que fazem este tipo de ação social.
•
Só agradeço a oportunidade que tem me dado. Obrigada!
•
Trabalhar aqui é muito bom!!!
•
Tudo que sou, tudo o que tenho, devo a esta empresa;
107
•
Uma empresa que se preocupa com o bem estar dos funcionários sendo bem
estar físico mental e social e com a comunidade, com o ambientalismo e
ajuda as entidades.
Diante de todos os elogios e comentários positivos pode-se notar que a
empresa tem sido referência entre seus colaboradores no que se refere à
responsabilidade social interna, pode-se notar que mesmo embora em estágios
embrionários muitos colaboradores sentem-se felizes pelas ações sociais que a
empresa vem atuando e investindo.
Importante, também, destacar que a sociedade civil vem assumindo uma
clara posição ao enfrentar os problemas sociais e não mais deixa-los para o
Estado. Desta forma, percebe-se que é imposto às empresas uma mudança no
processo de condução desses assuntos, que assumem uma posição mais
estratégica na medida em que afetam a imagem corporativa. Vale lembrar, que
os brasileiros, estão cada vez mais predispostos a punirem empresas, que não
sejam socialmente responsáveis.
A responsabilidade social das empresas tornou-se um meio de aproximar as
pessoas dos problemas sociais e os tornar mais reais do que pareciam, quando
só o Estado participava. Nesse novo contexto, as questões sociais ganham um
caráter prático porque colocam as pessoas, e não a instituição estatal, em
contato direto com a problemática social. Com isso, o pensamento da coresponsabilidade pela sociedade, pelo meio ambiente, pelo país, é hoje o
diferencial competitivo de uma empresa, que com essa visão passa a agregar
importante valor à sua marca, ou seja: o de empresa cidadã, socialmente
responsável, a qual se volta, para resgatar princípios éticos e morais. Valores
esses, que estão cotados entre os principais fatores para o sucesso
mercadológico.
108
4.4 ANÁLISE E TRATAMENTO DOS DADOS PESQUISADOS GESTORES
4.4.1 AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO ÉTICO EMPRESARIAL INTERNO
A tabulação dos dados foi realizada com ferramentas, gráficos do Excel e
transportados para o Word.
Quanto ao sexo dos entrevistados a pesquisa foi respondida por 18 gestores
homens e 2 gestoras do sexo feminino, totalizando uma amostra de 20 gestores,
entre estes 5 gestores possuem entre 20 a 30 anos de idade, 8 gestores possuem
entre 31 a 40 anos e somente 7 gestores tem idade superior aos 41 anos. Esse
dado mostra uma boa relação entre pessoas de idades e experiências profissionais
diferentes demonstrando ser uma empresa que prioriza não somente a idade mas
também a experiência e o conhecimento. Da amostra pesquisada 8 deles possuem
tempo de empresa entre 0 a 3 anos, 5 gestores, tem de 4 a 7 anos e os 7 últimos
gestores possuem mais de 7 anos de empresa. Um dado que chama bastante
atenção e mostra o profissionalismo esta centrado no nível de instrução dos
colaboradores sendo que 4 apenas possuem o ensino médio, 9 gestores possuem
curso superior, não tendo informado qual a sua graduação, 6 são pós-graduados a
nível lacto sensu e o que chama atenção é que 1 gestor possui nível de mestrado,
não sendo também informado em que área.
Sobre o comportamento empresarial interno podem-se destacar os seguintes
resultados da pesquisa realizada como os gestores. Foi perguntado aos gestores
conforme gráfico abaixo e obtiveram-se as seguintes respostas.
109
1) O estimulo a competição desenfreada entre os
empregados é:
alto
5%
médio
50%
inexistente
inexistente
30%
baixo
15%
baixo
médio
alto
Gráfico 21 – Representação Gráfica sobre a competição entre os empregados
Essa questão refere-se à competição entre os todos os empregados, sendo
respondida apenas pelos gestores. Mostra-nos um dado interessante pois não se
obteve um resultado padrão entre todos. Isso pode demonstrar que nem todos os
gestores possuem uma visão de que a competição desenfreada muitas vezes pode
ocasionar problemas de relacionamento e de clima organizacional entre os
empregados.
Sobre a luta pela preservação do poder foi à pergunta 2 deixando as
seguintes alternativas. 50% das respostas mostraram que é proibitiva e inexistente e
50% mostraram que é intensa e contínua. Essa questão reforça a pergunta do
gráfico anterior pois os gestores mesmo sendo de áreas de atuação diferentes estão
constantemente conversando sobre estratégias continuas, e esse percentual nos
mostra que alguns não enxergam a luta pela preservação e os demais se orientam
por essa premissa.
110
A próxima pergunta tenta perceber de que forma a empresa reconhece o
empenho e a colaboração dos funcionários.
3) Predomina o reconhecimento:
14
Totalmente coletivo
14
12
Mais coletivo do que
individualista
10
Tanto coletivo quanto
individualista
8
6
4
2
2
1
Mais individualista do que
coletivo
3
Totalmente individualista
0
0
Gráfico 22 – Representação Gráfica da Predominância do reconhecimento
Dos gestores o percentual das respostas ficou em 70% concentrada na
resposta de que a empresa valoriza tanto o coletivo quanto o individualista, o
coletivo representa o trabalho de todos na tentativa de atingimento das metas
traçadas e também o esforço individual de cada colaborador.
4) A palavra de ordem é:
13
14
Mais solidariedade e
participação social do que
resultados
12
10
Tanto resultados quanto
solidariedade e participação
social
8
6
4
4
2
0
Busca incessante da
solidariedade e participação
social
2
1
0
Mais resultados do que
solidariedade e participação
social
Busca incessante pôr
resultados
Gráfico 23 – Representação gráfica da palavra de ordem
111
Um dos caminhos muito mencionados pelos diversos autores sobre a RSC é
a busca pelos resultados empresariais e a participação e envolvimento de todos em
ações sociais. Essa visão fica muito forte nessa resposta uma vez que dos
entrevistados 65% responderam que a palavra de ordem é resultados e participação
social.
5) Predomina a:
12
Total lealdade a empresa
Baixa lealdade ao chefe e
elevada lealdade a
empresa
12
10
8
Media lealdade a empresa
e ao chefe
6
6
Elevada lealdade ao chefe
e baixa a empresa
4
1
2
1
0
Total lealdade ao chefe
0
Gráfico 24 – Representação gráfica da predominância à lealdade à empresa
Quando se trata em lealdade a empresa fica claro que o predomínio
principalmente por estarem no cargo de gestores que a lealdade à empresa seria a
questão mais respondida com 60% das respostas seguido de uma outra alternativa
que também teve um expressivo aparecimento que é média lealdade à empresa e
ao chefe. Talvez um fato importante tenha sido que alguns gestores se percebem
tão importantes que tenham que também ter lealdade por parte dos seus
colaboradores diretos.
112
6) A ênfase e no alcance de:
15
16
Poucos resultados imediatos e
muitos resultados de médio e
longo prazo
14
12
Tanto resultados de médio e
longo prazo quanto resultados
imediatos
10
8
5
6
Muitos resultados imediatos e
poucos resultados de médio e
longo prazo
4
2
Apenas resultados de médio e
longo prazos
0
0
0
Apenas resultados imediatos
0
Gráfico 25 – Representação gráfica da ênfase no alcance de resultados
Esta questão mostra que a ênfase esta centrada no pensamento de que é
preciso ser estrategista e ter pensamento a médio e longo prazo, mas não se pode
esquecer que sem os resultados imediatos não existe a empresa muito bem como
os resultados a médio e longo prazo.
7) A submissão ao chefe é:
5%
25%
20%
50%
nenhuma
baixa
média
elevada
Gráfico 26 – Representação gráfica da submissão ao chefe
Esta pergunta esta direcionada a gestores portanto a resposta deve ser
interpretada no sentido de como eles se relacionam com seus colaboradores. Notase que 50% dos entrevistados entendem que a submissão ao chefe é média. Como
113
o objetivo desta primeira parte do questionário é mensurar o comportamento ético
empresarial interno esta questão ela não possui um significado muito expressivo
uma vez que não foi respondida pelos colaboradores.
8) Prevalece:
14
A competição total
14
12
Baixa competitividade e
alta competição
10
Tanto competição quanto
competitividade
8
6
3
4
2
Alta competitividade e
baixa competição
2
1
0
A competitividade total
0
Gráfico 27 – Representação Gráfica de Prevalências
Tanto a competição quanto a competitividade foi o reconhecimento dos
gestores do que prevalece nessa organização. Esse dado é importante porque
demonstra que a competição faz parte da visão dos gestores. É importante que se
tenha consciência de que a competição quando não bem orientada torna-se um
estímulo destrutivo entre os colaboradores.
9) Há predomínio das:
Relações pessoais sobre as
relações profissionais
9
10
Relações pessoais
8
5
6
4
4
2
Tanto das relações pessoais
quanto das relações
profissionais
Relações profissionais sobre
relações pessoais
2
0
Relações profissionais
0
Gráfico 28 – Representação Gráfica de predomínios nas relações
114
O comportamento ético empresarial interno ele pode ser construído de
diversas maneiras e enfoques. Essa pergunta demonstra as diversas maneiras como
os gestores pensam as relações dentro da organização e com 45% das respostas
mostrando que as relações pessoais e as relações profissionais são valorizadas
seguidas de um percentual de 25% de gestores que percebem que as relações
profissionais predominam sobre as relações pessoais e com 20% os gestores
definem que nessa organização somente existe o predomínio das relações
profissionais não existindo nenhum predomínio as relações pessoais. Quanto mais
existir o predomínio apenas das relações profissionais, mais distante de construir um
clima positivo e de responsabilidade social a organização se encontra.
10) A cidadania interna caracteriza-se pôr existir:
Somente cidadãos
8
8
7
Muitos cidadãos de
primeira classe e pouca de
segunda classe
Cidadãos de primeira e
segunda classes em igual
numero
6
6
5
4
4
3
2
2
1
0
Poucos cidadãos de
primeira classe e muitos de
segunda classes
Não existem cidadãos
0
Gráfico 29 – Representação gráfica da cidadania interna
Essa questão demonstra como é caracterizada a cidadania interna e com
40% os gestores entendem que a cidadania interna é construída com cidadãos de
primeira e segunda classe em igual número. Esse dado demonstra que por parte dos
gestores muitos deles entendem que todos são iguais e importantes para a
organização. Por ter sido respondido pelos gestores, a questão que deveria em tese
ter o maior número de repostas deveria ter sido que a cidadania interna se
caracteriza somente por cidadãos. As respostas talvez não tenham sido pensadas
115
no conceito de cidadania pleno, mas principalmente, no entendimento de cargos e
funções dentro da organização.
4.4.2 AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO ÉTICO EMPRESARIAL EXTERNO
O objetivo desta parte do questionário respondido pelos gestores será de
encontrar entre os mesmos, informações relevantes sobre a visão de cada um e o
relacionamento que a empresa possui com todos os clientes, fornecedores e
governo sendo os principais públicos externos de qualquer organização industrial.
1) Os contratos são:
20
17
Sempre respeitados
15
Quase sempre respeitados
As vezes respeitados
10
5
Muitas vezes desrespeitados
Sempre desrespeitados
3
0
0
0
0
Gráfico 30 – Representação gráfica dos contratos
O cumprimento de contratos é seguramente uma ferramenta importantíssima
para se analisar o comportamento ético empresarial externo, uma vez sendo
cumpridos, os contratos depõem a favor da organização na tentativa de
melhoramento continuo de imagem junto a todos os públicos da organização, sendo
clientes, fornecedores e todos os demais públicos, e bem como se pode analisar o
gráfico acima esta empresa cumpre todos os seus contratos respeitando os direitos
de fornecedores, clientes e o próprio governo.
116
2) Os direitos legítimos dos clientes são :
19
20
Sempre respeitados
15
Quase sempre respeitados
As vezes respeitados
10
Muitas vezes desrespeitados
Sempre desrespeitados
5
1
0
0
0
0
Gráfico 31 – representação gráfica dos direitos legítimos dos clientes
Mesmo sendo uma relação de uma indústria, o cumprimento dos direitos dos
clientes revela o mais alto grau de confiabilidade organizacional. Não se pode nunca
esquecer que os clientes são os objetivos de qualquer empresa e quando estes têm
seus direitos respeitados contribuem com o esforço da fidelidade a organização para
continuar promovendo compras e realizando parcerias de sucesso.
3) Os direitos legítimos dos fornecedores são:
20
18
Sempre respeitados
15
Quase sempre respeitados
As vezes respeitados
10
5
Muitas vezes desrespeitados
Sempre desrespeitados
1
1
0
0
0
Gráfico 32 – Representação gráfica dos direitos legítimos dos fornecedores
Direitos legítimos como se pode notar são em 90% sempre respeitados, notase que na grande maioria dos casos são respeitados principalmente por ser uma
117
indústria que possui certificação e precisa de cumprir seus compromissos para poder
exportar. A EMPRESA PESQUISADA exporta 100% da sua produção, e seus
compromissos são cumpridos mediante a entrega pontual e a qualidade dos seus
produtos e serviços.
4) A prática de ardis contra fornecedores, clientes,
franqueadores, distribuidores, prestadores de serviços:
14
13
12
Nunca acontece
10
Acontece pouco
8
6
4
2
As vezes acontece
5
Acontece com freqüência
2
Acontece sempre
0
0
0
Gráfico 33 – Representação gráfica da prática de ardis
A prática ardis representa em muitos casos uma alternativa que as
organizações possuem para em alguns casos levar vantagens representando assim
uma falta muito grande de compromisso com todos que acabam se maleficiando
dessa prática. Como se pode perceber para grande parte dos gestores essa prática
nunca acontece e para outra parte acontece pouco. Por se tratar de uma indústria de
grande porte algumas práticas principalmente como o atraso a alguns pedidos são
“normalmente” aceitos dentro do segmento industrial até por se tratar de fenômenos
externos como greve dos portuários, greve de caminhoneiros, funcionários da receita
federal, que acabam atrasando os compromissos de muitas indústrias que exportam.
118
5) O descumprimento de prazos:
9
10
7
8
Nunca acontece
Acontece pouco
6
As vezes acontece
4
Acontece com freqüência
4
Acontece sempre
2
0
0
0
Gráfico 34 – Representação gráfica do descumprimento de prazos
Essa questão é relativamente importante porque o descumprimento de prazos
depende de uma serie de fatores somados como muitas vezes a falta de matéria
prima, o numero de colaboradores que adoecem e se ausentam do trabalho como
também fatores externos como paralisação dos portuários, greves de caminhoneiros
e muitos outros. Logo, é considerada uma alternativa que mostra ser natural dentro
do processo fabril o descumprimento de prazos como citado acima em alguns casos
que são fatores exógenos da organização. Outro ponto importante é que esse
descumprimento não acontece com freqüência sendo assim não caracterizando uma
prática comum dessa organização.
119
6) As ações sociais são:
10
Intensas e continuas
10
Menos intensas e mais
continuas
8
6
6
Ora intensas ora continuas
4
4
Mais intensas e menos
continuas
2
0
Insignificantes e descontinuas
0
0
Gráfico 35 – Representação gráfica das ações sociais
Essa questão teve como objetivo identificar se existem ações sociais e com
quais freqüências essas ações acontecem na organização. O gráfico deixa claro que
50% dos gestores identificam as ações como sendo intensas e contínuas ou seja
unindo a prática social e o tempo permanente dessa mesma ou outras novas
práticas. Outro dado que a pesquisa aponta e chama a atenção é que mesmo às
respostas que consideram as ações menos intensas, reconhecem as ações
continuas.
7) Aos danos ambientais são:
13
14
12
Inexistentes
10
Muitos raros
8
Esporádicos
5
Pouco freqüentes
6
2
Muito freqüentes
2
4
0
0
0
Gráfico 36 – Representação gráfica dos danos ambientais
120
O passivo ambiental industrial é hoje uma das discussões mais freqüentes em
torno da prática da responsabilidade social corporativa essa busca pela
sustentabilidade se faz mediante a equação produção e cuidado ao meio ambiente.
Mesmo existindo leis que combatam diretamente abusos pelas organizações
industriais com relação ao meio ambiente é muito comum em noticiários escutarmos
esses escândalos. Logo essa questão busca identificar se esta organização busca
evitar e se também acontecem esses danos e de acordo com as respostas dos
gestores possam se verificar que os danos ambientais são em sua maioria muito
raros e ate mesmo inexistente, mostrando assim o compromisso ambiental dessa
organização industrial.
8) As práticas comerciais são:
19
20
Totalmente adequada
15
Quase sempre adequada
10
As vezes adequadas, as vezes
inadequadas
5
Quase sempre inadequadas
1
0
0
0
Gráfico 37 – Representação gráfica dos danos ambientais
Práticas comerciais principalmente envolvendo indústrias são comumente
consideradas adequadas principalmente porque nesse caso esta indústria em
especial produz e exporta 100% da produção. Mas a tentativa de encontrar uma
inadequação demonstraria uma eventual prática ilegal junto a fornecedores e
clientes o que resultaria em uma falta de ética empresarial e também uma falta de
responsabilidade social, visto ser a responsabilidade um somatório de fatores
positivos no tange ao melhoramento de imagem de situação empresarial e social.
121
9) As leis são:
19
Totalmente cumprida
20
Parcialmente cumprida
15
As vezes cumpridas, as vezes
descumpridas
10
Quase sempre descumpridas
5
0
1
0
0
Sempre descumprida
0
Gráfico 38 – Representação gráfica das leis
O cumprimento das leis é seguramente o caminho mais importante para a
responsabilidade social. Essa questão não deixa qualquer duvida da importância das
leis para o desenvolvimento da sociedade através dos tributos pagos ao governo. A
responsabilidade social se caracteriza principalmente pela parceria bem construída
entre sociedade civil, empresas e governo. E o cumprimento das leis é a única forma
que assegura os recursos ao estado, município para a conservação e melhoramento
da sociedade. A próxima questão exposta no gráfico abaixo é muito importante
também como se pode ver e vem complementar esta questão.
10) As obrigações com o governo são:
19
Sempre e totalmente atendidas
20
Quase sempre atendidas
15
Quase sempre parcialmente
atendidas
10
Quase sempre ignoradas
5
1
0
0
0
Sempre ignoradas
0
Gráfico 39 – Representação gráfica das obrigações com o governo
122
Esta questão conforme se pode observar logo acima complementa a idéia da
responsabilidade social. Uma vez cumprindo as obrigações com o governo pode se
dizer que a responsabilidade legal é muito bem cumprida, resultando assim num
desfecho de sucesso com as áreas social e ambiental.
4.4.3 AVALIAÇAO DA RESPONSABILIDADE SOCIO-AMBIENTAL
Esta parte da pesquisa é a mais importante para poder descrever as ações
sociais e ambientais que a EMPRESA PESQUISADA vem realizando, como nosso
principal objetivo é entender a importância da RSC na visão dos gestores e
colaboradores, estas questões logo abaixo nos dão informações preciosas
respondidas pelos gestores, dados relevantes sobre a visão de cada um sobre o
entendimento da política ambiental e social.
1) a política ambiental é/está:
15
16
14
inexistente
Embrionária
12
10
em processo de implementação
8
sendo reformulada
6
4
2
0
1
2
2
claramente definida e
implantada com sucesso
0
Gráfico 40 – Representação gráfica da política ambiental
Conforme dados acima, nota-se que a maioria absoluta dos gestores conhece
a política ambiental e entendem que a mesma foi implantada com sucesso. Não se
pode deixar de mencionar que existe uma legislação ambiental que define linhas de
atuação para o segmento industrial sobre reserva legal desmatamento entre outras
atividades e por se tratar de uma indústria do ramo madeireiro, esta acata e implanta
todos os deveres pertinentes a esta atividade.
123
2) o conceito de tecnologia limpa é:
11
12
10
nunca utilizado
8
6
às vezes utilizado
parcialmente utilizado
6
muito utilizado
4
plenamente utilizado
2
1
2
0
0
Gráfico 41 – Representação gráfica do conceito de tecnologia limpa
Embora seja um conceito que nos últimos anos vem ganhando espaço no
mundo acadêmico, a tecnologia limpa hoje é uma obrigação das indústrias
principalmente das que produzem um passivo ambiental. O conceito de tecnologia
limpa surgiu para equacionar a problemática enfrentada pelos países entre
desenvolvimento e sustentabilidade, e vem ganhando cada vez mais adeptos em
todo Mundo. Utilizar a tecnologia limpa significa uma estratégia de aumento de
produtividade e respeito ao meio ambiente.
3) os investimentos em proteção ambiental têm:
12
12
10
diminuído
permanecido estável
8
ora estáveis ora aumentados
6
3
4
2
3
2
aumentados
aumento consideravelmente
0
0
Gráfico 42 – Representação gráfica dos investimentos em proteção ambiental
124
Nota-se que como toda organização os investimentos em proteção ambiental tem
crescido mostrando assim ser uma indústria que zela pelo meio ambiente, entre
outros investimentos pode-se destacar e construção de um sistema de tratamento de
resíduos sólidos e principalmente líquidos, onde a empresa reutiliza a água do
processo produtivo para lavar pátios locais públicos e devolve ao rio onde é captada
essa água, com pureza superior ao ponto de coleta.
4) a interação com a comunidade em projetos ambientais é:
9
10
9
inexistente
8
baixa
6
média
alta
4
2
1
1
total
0
0
Gráfico 43 – Representação gráfica da interação com a comunidade em projetos ambientais
Os gestores reconhecem a interação com a comunidade em projetos
ambientais, mas não sabem, ou melhor, não conseguiram entender a diferença entre
alta e media interação. Para melhor entendimento dos leitores terá uma breve
explicação sobre as diferenças encontradas na literatura. Quando se fala em média
interação com a comunidade, se diz que a indústria possui programas ambientais,
mas a comunidade muitas vezes não é envolvida nesses projetos como escolas,
faculdades e etc. Quando se fala em alta interação, mostra que sempre a
comunidade esta envolvida nos projetos e demonstrando assim que conhecem os
projetos, participam e de certa forma também pode-se definir que a comunidade se
beneficia dos projetos da indústria, como reciclagem, aumento de renda entre
outros.
125
5) o compromisso ambiental é:
10
10
inexistente
8
6
6
fraco
razoável
4
forte
4
muito forte
2
0
0
0
Gráfico 44 – Representação gráfica do compromisso ambiental
Conforme dados já apresentados o compromisso ambiental pode ser visto
sobre o aspecto legal apenas o cumprimento da lei como também alem e somado ao
legal esta junto o compromisso social resultando assim em uma transformação
social para a comunidade em torno da organização.
6) a carta empresarial para o desenvolvimento sustentável
baliza as ações de preservação ambiental:
10
10
em nada
8
razoavelmente
3
4
2
pouco
5
6
1
1
muito
totalmente
0
Gráfico 45 – Representação gráfica da carta empresarial para o desenvolvimento sustentável
126
Empresários de todo o mundo estão sob grande pressão para adotar políticas
ambientalistas e incorporá-las ao seu planejamento estratégico como uma matéria
de rotina. O objetivo desta questão é mensurar o conhecimento dos gestores sobre
a carta empresarial para o desenvolvimento sustentável, mostra que 50% dos
gestores demonstram conhecer e concordar que a carta baliza as ações na tentativa
de melhorar a preservação ambiental.
7) a questão ambiental é internalizada como um valor de sua
gestão:
14
14
12
não é internalizada
10
pouco internalizada
8
mais ou menos internalizada
6
4
2
0
1
2
3
muito internalizada
totalmente internalizada
0
Gráfico 46 – Representação gráfica da questão ambiental
Através da tecnologia mais limpa, produção mais limpa, a questão ambiental
esta sendo internalizada como um valor, isso mostra que todos os gestores além de
buscar parcerias duradouras entre indústria e fornecedores também compreendem a
importância do meio ambiente dentro da imagem da indústria socialmente
responsável.
127
8) o relacionamento com os organismos ambientais é:
12
12
10
inexistente
fraco
8
razoável
6
4
forte
3
4
total e permanente
1
2
0
0
Gráfico 47 – Representação gráfica do relacionamento com os organismos ambientais
Embora a questão não tenha como interesse o conhecimento dos órgãos
ambientais, a respostas dos gestores evidencia que a indústria tem um
relacionamento forte com os órgãos de defesa do meio ambiente que no estado do
Paraná é realizado pelo IAP – Instituto Ambiental do Paraná. O próprio instituto
sempre fiscaliza as indústrias locais, portanto, o relacionamento com os órgãos de
defesa devem ser relacionamentos fortes e duradouros.
9) a agenda 21 local:
7
não condiciona as ações
ambientais
7
6
5
5
4
3
2
1
3
3
2
pouco condiciona as ações
ambientais
condiciona parcialmente as
ações ambientais
condiciona totalmente as ações
ambientais
condiciona total e integralmente
as ações ambientais
0
Gráfico 48 – Representação gráfica da agenda 21 local
128
A Agenda 21 é um programa de ações para o qual contribuíram governos e
instituições da sociedade civil de 179 países, que constitui a mais ousada e
abrangente tentativa já realizada de promover, em escala planetária, um novo
padrão de desenvolvimento, conciliando métodos de proteção ambiental, justiça
social e eficiência econômica. Na verdade, a Agenda 21 aprovada pelos países tem
a função de servir como base para que cada um desses países elabore e
implemente sua própria Agenda 21 Nacional e local. Assim como cada país, cada
cidade deve adequar sua Agenda à sua realidade e às suas diferentes situações e
condições, sempre considerando os seguintes princípios gerais de participação e
cidadania; respeito às comunidades e diferenças culturais; integração; melhoria do
padrão de vida das comunidades; diminuição das desigualdades sociais; mudança
de mentalidades. Então conforme as respostas acima pode-se verificar que as ações
ambientais são condicionadas totalmente com as ações que foram propostas pela
agenda 21, tornando-se assim do conhecimento dos gestores a existência da
proposta e também a sua implementação na prática com inúmeros projetos
conforme os dados mostraram na pesquisa com os colaboradores.
10) as ações ambientais contribuem para o desenvolvimento
sustentável dos municípios circunvizinhos
9
10
em nada
8
6
6
razoavelmente
3
4
2
pouco
2
muito
totalmente
0
0
Gráfico 49 – Representação gráfica das ações ambientais
Embora não se consiga mensurar de ordem objetiva a contribuição para a
sustentabilidade ambiental pode-se notar que na maioria das respostas os gestores
129
entendem que as ações ambientais contribuem para o desenvolvimento dos
municípios vizinhos ate mesmo porque os municípios vizinhos também possuem
indústrias que utilizam o meio ambiente como fornecedores para seus produtos, logo
o meio ambiente é uma preocupação de todos os setores sociais, uma vez que o
meio ambiente protegido garantira as comunidades e empresas locais uma
sustentabilidade para a continuação dos negócios.
130
5
CONCLUSÃO
Este capítulo ressalta o objetivo geral e os objetivos específicos e os
compara com os resultados obtidos através da pesquisa. Na seqüência, apresenta
algumas reflexões sobre a contribuição da pesquisa e sugestões para trabalhos
futuros.
5.1 Relação entre os objetivos e os resultados obtidos
A) Como objetivo geral a pesquisa teve como proposta, Identificar, na visão
dos seus gestores e colaboradores, a importância das ações de Responsabilidade
Social para uma indústria madeireira da região dos campos gerais.
Para responder a esse objetivo buscou-se na literatura existente a
importância desse tema para as empresas que encontram na Responsabilidade
Social a importância de vincular práticas sociais, ambientais e sobretudo práticas
legais como parte decisiva e integrante do seu processo produtivo. Assim um novo
paradigma que vem acompanhado de um respeito profundo pelos consumidores e
fornecedores fechando toda a cadeia produtiva e entregando muito mais do que
apenas produtos e serviços, mas sobretudo, entregando cidadania através de
produtos e práticas socialmente responsáveis.
Para que ficasse bem definido na pesquisa, a visão de colaboradores e
gestores foi elaborado dois questionários separados, tentando assim focar realmente
as ações e práticas que a empresa vem realizando com a comunidade e parceiros.
São inúmeras as praticas que fazem parte do programa de Responsabilidade Social
que a indústria pesquisada realiza pode-se citar entre elas investimentos no Hospital
Carolina Lupion, Polícia Militar e Civil, Projeto Caju, Igrejas, Ongs, Grupo Jaguar
Dance, Orfanatos, Rotary, Missionárias do Sertão, Pastoral da Criança, sendo todas
essas instituições localizadas na cidade de Jaguariaíva, cidade sede da empresa
pesquisada.
Nota-se então que para a empresa pesquisada a prática não se faz somente
diante de uma imposição legal mas sobretudo de um respeito com os funcionários,
suas famílias e todos que vivem nessa determinada cidade. Uma das principais
conclusões a que se chega é que esse é somente o começo de uma longa
131
caminhada em que a empresa pesquisada vem trilhando, com muitos acertos e
algumas correções necessárias conforme aponta-se abaixo.
B) Mapeamento das ações de Responsabilidade Social dentro da indústria
pesquisada.
Esse objetivo foi construído pensando em retirar dos colaboradores em
especial a importância e quais eram as ações e benefícios que a empresa ofertava
quais eram na visão dos mesmos o mais importante, para os colabores, conseguiuse identificar 17 benefícios que a empresa realiza junto aos colaboradores e
gestores, sendo eles, Área de Lazer, Atendimento Médico (SITIM), Auxílio a
Funcionários
Afastados,
Auxílio
Educação
(Ensino
Fundamental
e
Médio/Superior/Pós Graduação), Campanhas (Vacinação contra gripe, Tabagismo,
Aids), Clubes de Lazer, Creche, Eventos – Dia das Mães, Dia do Trabalhador,
Aniversário da Empresa, Ferramentas, Uniformes e Equipamentos de Proteção
Individual, Ginástica Laboral, Material Escolar, Piso Salarial, Programa de
Participação nos Resultados, Programa de Qualidade de Vida, Restaurante
Industrial, Seguro de Vida e Serviço Odontológico. Todas os benefícios foram
citados entre os entrevistados mostrando assim que a empresa possui um forte
programa de responsabilidade legal, focado principalmente nos colaboradores
constituindo assim uma responsabilidade social interna, também a pesquisa
identificou que a empresa tem instituído programas que visão a atender a sociedade
entorno tais como campanha do agasalho que acontece duas vezes ao ano,
campanha de alimentos bimestrais, onde a empresa duplica a quantidade de
alimentos que os colaboradores doam, campanhas de brinquedos no final do ano
para o natal solidário das famílias carentes da cidade em parceria com a prefeitura.
Diante das ações pode-se afirmar que o mapeamento das ações descreve
um cenário de responsabilidade tanto interno como externo, focado no desejo
sempre crescente da empresa em atender as demandas sociais.
132
C) Identificar na visão dos colaboradores as ações realizadas de
Responsabilidade Social.
Foram citadas por parte dos colaboradores diversas ações entre as
respostas obtidas pelo questionário pode-se concluir que os funcionários
entrevistados têm conhecimento, porém, somente de algumas instituições que a
empresa contribui e não todas, de fato tem parceira com a empresa pesquisada,
como por exemplo as respostas mais freqüentes dos colaboradores foi Hospital
Carolina Lupion, pessoas carentes, Projeto CAJU, pessoas deficientes, Escolas,
SITIM, Igrejas, Polícia. Mas alem dessas instituições a empresa também possui
programas de parcerias com a Apae, Asilo, Casmi, Coala, Fundação Santa Marta,
GRAAD, Provopar. Observou-se através dessa pesquisa que as ações de
Endomarketing devem ser reformuladas levando ao conhecimento, todas as
instituições e programas que a empresa vem fazendo parcerias.
D)
Identificar
a
percepção
dos
gestores
diante
das
ações
de
Responsabilidade Social frente aos colaboradores.
Para identificar a percepção dos mesmos visto serem pessoas de níveis
táticos e estratégicos foi construído um questionário sobre a responsabilidade
interna com o qual pode-se concluir que pela percepção dos gestores não
acontecem competição desenfreada interna, todos se respeitam no ambiente
profissional, predomina o reconhecimento tanto coletivo quanto individual, todos os
gestores e colaboradores são leais à empresa, predomina resultados tanto de médio
e longo como resultados de curto prazo, a submissão do colaborador ao gestor é
média, ressaltando que a equipe é mais importante do que qualquer pessoa isolada,
existe um predomínio nas relações pessoais dentro da organização aproximando
dessa forma os níveis táticos e operacionais, a percepção dos gestores sobre a
responsabilidade externa ficou evidente que os contratos com os parceiros são
sempre respeitados, os direitos dos fornecedores são sempre respeitados, por se
tratar de uma indústria exportadora que depende de uma logística de distribuição
que envolve o modal marítimo quase sempre é respeitado os prazos junto aos
clientes e parceiros, quando não se cumpre segundo a pesquisa se da por força
133
maior como por exemplo, greve portuária. As ações sociais são intensas e
contínuas, o compromisso com o meio ambiente é uma exigência legal e uma
consciência de todos os envolvidos nesse segmento de mercado, a conceito de
tecnologia limpa é sempre utilizado pela indústria, os investimentos ambientais tem
crescido com o passar do tempo, a empresa construiu uma estação de tratamento
de efluentes líquidos, para anular o impacto ambiental e sobretudo a pratica
ambiental que gera consciência é fortemente internalizada como uma cultura
organizacional onde todos conhecem e seguem as regras ambientais, que até
mesmo passa a ser estratégico para esta empresa uma vez que os seus produtos
necessitam para serem exportados o selo FSC, que é um selo exigido pela
comunidade européia e que tem como fundamento o manejo de florestas e a correta
utilização dos recursos naturais. A indústria tem parcerias sobre a destinação dos
resíduos sólidos e líquidos utilizados no processo produtivo, sendo os resíduos
sólidos entregues a uma empresa de reciclagem que faz o recolhimento semanal,
reciclando lâmpadas, papelão de embalagens, papeis diversos, tambores, fitas, essa
empresa parceira compra os resíduos e a empresa destina essa receita para os
programas sociais e ambiental, sobre os resíduos líquidos conforme já citado acima
a empresa construiu a pouco tempo uma unidade de tratamento de efluentes na
tentativa de reforçar seu compromisso com o meio ambiente, purificando, a água
utilizada no processo produtivo retirando todas as impurezas, sendo essa depois de
tratada utilizada para a limpeza dos pátios e chão da fabrica, resultando com isso
uma despesa financeira menor e reaproveitando de forma consciente esse recurso
tão importante que é a água.
É, no entanto, nas relações de parceria entre clientes e fornecedores, na
produção de qualidade com plena satisfação dos usuários, na transparência das
ações e contribuições para o desenvolvimento da comunidade, nos investimentos
para o desenvolvimento da pesquisa tecnológica, na preservação do meio ambiente
pela intervenção de ações não predatórias, na participação dos colaboradores nos
resultados e nas decisões das empresas, no investimento e na qualificação
profissional, no respeito ao direito do cidadão que será constituída a base para
formação integral de um programa eficiente e estratégico de responsabilidade social
corporativa.
134
5.2 Contribuições da Pesquisa
Em todo este processo há que se ponderar que Responsabilidade social é,
antes de tudo, responsabilidade, reflexo de todo um leque coerente de valores,
ações que leva a entender que não existe apenas por um modismo, mais do que
isso existe para fomentar a economia gerar renda e melhorar a imagem de produtos
e serviços das indústrias e empresas que adotaram essa estratégia administrativa de
investimento em práticas sociais.
Desta forma como uma boa comunicação divulga uma marca ou produto, no
caso das empresas cidadãs quando estas se tornam responsáveis sociais os
consumidores costumam ser mais fiéis.
Logo, se conclui que o conceito de empresa cidadã está deixando de ser
uma filosofia que conduz à prática freqüente de ações socialmente responsáveis,
tornando-se um dever. Uma organização para ser responsável social deve analisar
seu papel com seus empregados, fornecedores, clientes e consumidores e também
com o governo, a sociedade e o meio ambiente.
5.3 Sugestões para pesquisas futuras
Com base na revisão de literatura e nos resultados obtidos pode-se deixar
algumas sugestões para aprofundamento em pesquisas futuras:
A) Identificar na sociedade onde a empresa esta instalada, qual a visão da
comunidade sobre as ações de responsabilidade que a empresa vem
realizando;
B) Pesquisar as indústrias do mesmo segmento madeireiro da região sobre a
visão dos colaboradores e gestores sobre as ações de responsabilidade
social.
C) Comparar o segmento madeireiro com outros segmentos para analisar
quais são as visões e ações que as industrias de segmentos variados tem
realizado sobre a temática da responsabilidade social.
135
5.4 Sugestões para a Empresa Pesquisada
A) Criar um Departamento específico de Responsabilidade Social, para
acompanhamento de todas as ações com mensuração dos resultados
obtidos em cada um dos projetos.
B) Reestruturar as ações de comunicação interna, endomarketing
C) Desenvolver parcerias com outras empresas do mesmo segmento para
projetos sociais e ambientais visando atingir um público maior e envolver
ainda mais colaboradores e gestores sobre a consciência ambiental e
social.
D) Desenvolver parcerias com a Secretaria Municipal de Educação para o
investimento em programas educacionais e retenção de talentos, através
do programa menor aprendiz.
5.5 Considerações Finais
Diante dos diversos desafios encontrados para a realização desse
mapeamento de ações sociais, bem como os diversos desafios que ainda se fazem
presentes por ser uma prática ainda desconhecida por muitas empresas, pode-se
afirmar que a empresa, possui respeito com os colaboradores e a sociedade que
esta a sua volta, sendo assim a empresa é merecedora do conceito de indústria
socialmente responsável, que tem produtos ecologicamente corretos por respeitar
normas sócio-ambientais e ações que sempre beneficiam a sociedade local e toda a
região onde esta localizada.
Existe o entendimento de que uma empresa tem como objetivo a geração de
lucros e a remuneração do capital de seus investidores, mas sabe-se que hoje mais
do que simplesmente modismo a responsabilidade social corporativa, vem sendo
cada vez mais um diferencial, uma prática que promove não somente o
fortalecimento do nome e da marca, mas assume o papel decisivo de contribuir para
a mudança da realidade social através do compromisso assumido junto à sociedade
onde a empresa esta inserida, que é de fazer a sua “responsabilidade” e colher
como resultado, consumidores, colaboradores e uma sociedade mais humana e
feliz.
136
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referências - (Bibliográficas, Eletrônicas e Demais Formas de Documentos).
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apresentações de trabalhos: gráficos. Curitiba: Editora da UFPR, 2000. v. 10.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas para
apresentações de trabalhos: redação e editoração. Curitiba: Editora da UFPR,
2000. v. 8.
APÊNDICE A – TÍTULO DO APÊNDICE A
SETOR: ________________________
NÍVEL
( )Operacional
( ) Encarregado
( ) Coordenador
SEXO
( )Masculino
( )Feminino
1)Você tem conhecimento de que a empresa ajuda entidades sociais de nossa cidade?
( )SIM
( )NÃO
2) Caso sua resposta tenha sido SIM na pergunta anterior, você sabe indicar quais as
entidades de nossa cidade a empresa colabora:
( )SIM
( )NÃO
CITE____________________________________________________________________
________________________________________________________________________
3) Você participa de algum trabalho voluntário?( )SIM
( )NÃO
QUAL___________________________________________________________________
________________________________________________________________________
4) Você individualmente gostaria de participar de um programa voluntário como por
exemplo: tirar um dia para ajudar a pintar uma creche?
( )SIM
( )NÃO
( )TALVEZ
QUAL___________________________________________________________________
________________________________________________________________________
5) Em parceria com a empresa que tipo de atividade voluntária você gostaria de
desenvolver?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
6)Que entidade/área social você sugere para a empresa colaborar:
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
7) Referente a criação da Campanha do Agasalho e Campanha de Alimentação criada
pela empresa, com a colaboração dos funcionários você gostou da atitude?
( )SIM
( )NÃO
8) Você acredita no verdadeiro destino das doações de campanhas solidárias realizadas,
como Campanha do Brinquedo, Campanha de Alimentação e Campanha do Agasalho?
( )SIM
( )NÃO
9) Sobre os benefícios oferecidos pela empresa, classifique-os em ordem de importância
para você:
( ) Área de Lazer
( ) Atendimento Médico (SITIM)
( ) Auxílio a Funcionários Afastados
( ) Auxílio Educação (Ensino Fundamental e Médio/Superior/Pós Graduação)
( ) Campanhas (Vacinação contra gripe, Tabagismo, Aids)
( ) Clubes de Lazer
( ) Creche
( ) Eventos – Dia das Mães, Dia do Trabalhador, Aniversário da Empresa
( ) Ferramentas, Uniformes e Equipamentos de Proteção
( ) Ginástica Laboral
( ) Material Escolar
( ) Piso Salarial
( ) Programa de Participação nos Resultados
( ) Programa de Qualidade de Vida
( ) Restaurante Industrial
( ) Seguro de Vida
( ) Serviço Odontológico
Assinale de 1 a 17 considerando número 1 o mais importante e assim sucessivamente.
10 )Você sabe qual o destino dos resíduos da empresa?( )SIM
( )NÃO
CITE____________________________________________________________________
________________________________________________________________________
12) A empresa tem uma política para preservação de meio ambiente, como utilização de
madeira somente de florestas certificadas, estação de tratamento de efluentes, etc..?
( )SIM
( )NÃO
13) Ser uma empresa ecologicamente correta é um requisito de qualidade de um produto
que você considera:
( )Muito importante
( )Básico
( )Pouco Importante
( )Irrelevante
14) Você acha que a empresa tem que desenvolver algum tipo de programa de
sensibilização e conscientização sobre a importância do desenvolvimento de trabalhos
voluntários?
( )SIM
( )NÃO
( )TALVEZ
15) Você está satisfeito com o trabalho social desenvolvido pela empresa?
( )SIM
( )NÃO
COMENTÁRIOS__________________________________________________________
________________________________________________________________________
APÊNDICE B – TÍTULO DO APÊNDICE B
Este questionário será aplicado em uma indústria produtora do gênero madeireiro,
levando em consideração o número de funcionários proposto pela FIEP (número de
funcionários superior a 200). O objetivo é identificar e posicionar a empresa quanto
a Responsabilidade Social tanto interna como externa e a Responsabilidade
Ambiental. Este questionário será aplicado somente à área estratégica da empresa
e será respondido pelos diretores, gerentes e coordenadores. Não se faz necessário
a identificação das pessoas nesse questionário e todos os dados após tabulados
será encaminhado para a direção para analise e conhecimento dos resultados
obtidos através do questionário.
Cargo/Função:
Tempo no cargo/função:
Sexo:
Idade:(
M(
)
F(
) 20 e 30 anos (
Tempo na empresa: (
)
) 31 e 40 (
) 0 a 3 anos (
Nível de instrução: Ensino Médio (
Mestrado (
)
)
)41 a 50 (
)51 a 60 (
) 4 a 7 anos (
Superior (
)acima de 60
)acima
)
Pós-Graduado (
Doutorado ( )
Caso se faça necessário pode-se fazer comentários sobre as questões
Checklist de avaliação do comportamento ético empresarial interno
Na minha empresa:
1) O estimulo a competição desenfreada entre os empregados é:
(
) Inexistente
(
) Baixo
(
) Médio
(
) Alto
2) A luta pela preservação do poder é:
(
) Proibitiva e inexistente
(
) Intensa e continua
3) Predomina o reconhecimento:
(
) Totalmente coletivo
(
) Mais coletivo do que individualista
(
) Tanto coletivo quanto individualista
(
) Mais individualista do que coletivo
(
) Totalmente individualista
4) A palavra de ordem é:
(
) Busca incessante da solidariedade e participação social
(
) Mais solidariedade e participação social do que resultados
)
(
) Tanto resultados quanto solidariedade e participação social
(
) Mais resultados do que solidariedade e participação social
(
) Busca incessante pôr resultados
5) Predomina a:
(
) Total lealdade a empresa
(
) Baixa lealdade ao chefe e elevada lealdade a empresa
(
) Media lealdade a empresa e ao chefe
(
) Elevada lealdade ao chefe e baixa a empresa
(
) Total lealdade ao chefe
6) A ênfase e no alcance de:
(
) Apenas resultados de médio e longo prazos
(
) Poucos resultados imediatos e muitos resultados de médio e longo prazo
(
) Tanto resultados de médio e longo prazo quanto resultados imediatos
(
) Muitos resultados imediatos e poucos resultados de médio e longo prazo
(
) Apenas resultados imediatos
7) A submissão ao chefe é:
(
) Nenhuma
(
) Baixa
(
) Media
(
) Elevada
8) Prevalece:
(
) A competição total
(
) Baixa competitividade e alta competição
(
) Tanto competição quanto competitividade
(
) Alta competitividade e baixa competição
(
) A competitividade total
9) Há predomínio das:
(
) Relações pessoais
(
) Relações pessoais sobre as relações profissionais
(
) Tanto das relações pessoais quanto das relações profissionais
(
) Relações profissionais sobre relações pessoais
(
) Relações profissionais
10) A cidadania interna caracteriza-se pôr existir:
(
) Somente cidadãos
(
) Muitos cidadãos de primeira classe e pouca de segunda classe
(
) Cidadãos de primeira e segunda classes em igual numero
(
) Poucos cidadãos de primeira classe e muitos de segunda classes.
(
) Não existem cidadãos
Checklist de avaliação do comportamento ético empresarial externo
Na minha empresa:
1) Os contratos são:
(
) Sempre respeitados
(
)Quase sempre respeitados
(
) As vezes respeitados
(
) Muitas vezes desrespeitados
(
) Sempre desrespeitados
2) Os direitos legítimos dos clientes são :
(
) Sempre respeitados
(
)Quase sempre respeitados
(
) As vezes respeitados
(
) Muitas vezes desrespeitados
(
) Sempre desrespeitados
3) Os direitos legítimos dos fornecedores são:
(
) Sempre respeitados
(
)Quase sempre respeitados
(
) As vezes respeitados
(
) Muitas vezes desrespeitados
(
) Sempre desrespeitados
4) A prática de ardis contra fornecedores, clientes, franqueadores, distribuidores,
prestadores de serviços:
(
) Nunca acontece
(
) Acontece pouco
(
) As vezes acontece
(
) Acontece com freqüência
(
) Acontece sempre
5) O descumprimento de prazos:
(
) Nunca acontece
(
) Acontece pouco
(
) As vezes acontece
(
) Acontece com freqüência
(
) Acontece sempre
6) As ações sociais são:
(
) Intensas e continuas
(
) Menos intensas e mais continuas
(
) Ora intensas ora continuas
(
) Mais intensas e menos continuas
(
) Insignificantes e descontinuas
7) Aos danos ambientais são:
(
) Inexistentes
(
) Muitos raros
(
) Esporádicos
(
) Pouco freqüentes
(
) Muito freqüentes
8) As práticas comerciais são:
(
) Totalmente adequada
(
) Quase sempre adequada
(
) As vezes adequadas, as vezes inadequadas
(
) Quase sempre inadequadas
9) As leis são:
(
)Totalmente cumprida
(
) Parcialmente cumprida
(
) As vezes cumpridas, as vezes descumpridas
(
) Quase sempre descumpridas
(
) Sempre descumprida
10) As obrigações com o governo são:
(
) Sempre e totalmente atendidas
(
) Quase sempre atendidas
(
) Quase sempre parcialmente atendidas
(
) Quase sempre ignoradas
(
) Sempre ignoradas
Checklist de avaliação da responsabilidade social e ambiental
Minha empresa:
1) a política ambiental é/está:
A) inexistente
B)Embrionária
C) em processo de implementação
D) sendo reformulada
E)claramente definida e implantada com sucesso
2) o conceito de tecnologia limpa é:
A) nunca utilizado
B) às vezes utilizado
C) parcialmente utilizado
D) muito utilizado
E) plenamente utilizado
3) os investimentos em proteção ambiental têm:
A) diminuído
B) permanecido estável
C) ora estáveis ora aumentados
D) aumentados
E) aumento consideravelmente
4) a interação com a comunidade em projetos ambientais é:
A) inexistente
B) baixa
C) média
D) alta
E) total
5) o compromisso ambiental é:
A) inexistente
B) fraco
C) razoável
D) forte
E) muito forte
6) a carta empresarial para o desenvolvimento sustentável baliza as ações de
preservação ambiental:
A) em nada
B) pouco
C) razoavelmente
D) muito
E) totalmente
7) a questão ambiental é internalizada como um valor de sua gestão:
A) não é internalizada
B) pouco internalizada
C) mais ou menos internalizada
D) muito internalizada
E) totalmente internalizada
8) o relacionamento com os organismos ambientais é:
A) inexistente
B) fraco
C) razoável
D) forte
E)total e permanente
9) a agenda 21 local:
A) não condiciona as ações ambientais
B) pouco condiciona as ações ambientais
C) condiciona parcialmente as ações ambientais
D) condiciona totalmente as ações ambientais
E) condiciona total e integralmente as ações ambientais
10) as ações ambientais contribuem para o desenvolvimento sustentável dos municípios
circunvizinhos
A) em nada
B) pouco
C) razoavelmente
D) muito
E) totalmente
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