ÁFRICA
Tema: África
Professora: Isabel Alves
Elementos do grupo: Ana Margarida nº3
Guilherme Barbosa nº15
Inês Duarte nº18
Disciplina: introdução as tecnologias de informação e comunicação
(ITIC)
Escola Secundaria Sebastião da Gama, 2007/08
Índice
pag.
Introdução..……………………………………………………………. 1
A fome em África……………………………………………………….3
As causas do sofrimento da humanidade em África………………10
Pobreza e Fome……………………………………………………….13
A Dimensão da Fome em África.…………………………………….14
Dados nutricionais de crianças em países Africanos
Seleccionados…………………………………………………………16
O problema da pobreza………………………………………………19
A solução para a pobreza/fome……………………………………...23
Conclusão………………………………………………………………37
Introdução
• Neste trabalho iremos falar sobre os problemas em África como por
exemplo as doenças e a fome, falaremos também sobre alguns
problemas do mundo.
• Escolhemos este tema pois faz-nos ver que por detrás deste mundo
onde nos vivemos , há pessoas que passam grandes dificuldades e
aquilo que o “nosso mundo” tem em excesso, o deles tem em
necessidade.
A fome em África
O que é a fome ?
A fome é a escassez de alimentos que, em geral, afecta uma ampla extensão de
um território e um grave número de pessoas.
Alguns dos problemas que podem causar a fome, destruição de casas,
doenças…
Causas naturais :
Clima;
Seca;
Inundações;
Terramotos;
As pragas de insectos e as enfermidades das plantas.
Causas humanas:
Instabilidade política;
Ineficácia e má administração dos recursos naturais;
A guerra;
Os conflitos civís;
O difícil acesso aos meios de produção pelos trabalhadores rurais, pelos
sem-terras ou pela população em geral;
As invasões;
Deficiente da planificação agrícola;
A injusta e antidemocrática estrutura fundiária, marcada pela
concentração da propriedade das terras nas mãos de poucos;
O contraste na concentração da renda e da terra num
mundo subdesenvolvido;
A destruição deliberada das colheitas;
A influência das transnacionais de alimentos na produção
agrícola e nos hábitos alimentares das populações de
Terceiro Mundo;
A utilização da "diplomacia dos alimentos" como arma nas
relações entre os países;
A relação entre a dívida externa do Terceiro Mundo e a
deterioração cada vez mais elevada do seu nível alimentar;
A relação entre cultura e alimentação.
Causas da fome crónica e desnutrição:
Pobreza;
Distribuição ineficiente dos alimentos;
Reforma agrária precária;
Crescimento desproporcional da população em relação à capacidade de
sustentação.
Fome infantil:
Cerca de 5 a 20 milhões de pessoas falecem por ano por causa da fome e
muitas delas são crianças.
Consequências da fome:
As consequências imediatas da fome são a perda de peso nos adultos
e o aparecimento de problemas no desenvolvimento das crianças. A
desnutrição, principalmente devido a falta de alimentos energéticos e
proteínas, aumentam nas populações afectadas e faz crescer a taxa de
mortalidade, em parte, pela fome e, também, pela perda da capacidade
de combater as infecções.
Classe dominante:
Alterar essa situação significa alterar a vida da
sociedade, o que pode não ser desejável, pois iria
contrariar os interesses e os privilégios em que se
assentam os grupos dominantes. É mais cómodo e
mais seguro responsabilizar o crescimento
populacional, a preguiça do pobre ou ainda as
adversidades do meio natural como causas da
miséria e da fome no Terceiro Mundo.
As causas do sofrimento da humanidade
em África
A África provavelmente é a região do planeta que mais sofre com a
fome, de dia para dia a situação piora cada vez mais apesar da ajuda
humanitária. Esta situação precisa de ser enfrentada pois uma pessoa
com fome e falta de hábitos não é uma pessoa livre nem feliz. É preciso
em primeiro lugar, conhecer as causas que levam a tanta miséria.
Muitos acham que a conhecem mas não percebem o quanto e
complicado para estas pessoas viver no mundo onde vivem e quando
falam delas limitam-se muitas das vezes a repetir o que já disseram e a
apontar causas que não tem nada a ver com o verdadeiro problema.
Como por exemplo:
Muitas pessoas dizem que a fome e causada porque o mundo não pode
produzir alimento suficiente. Não e verdade! A verdade é que a terra tem
recursos suficientes para alimentar a humanidade inteira. Os estudos
dizem que a terra suportaria bem até 7.5 bilhões de pessoas.
A fome e devida ao facto da super produção. Também não e verdade! há
muitos países populosos como o Japão onde todos os habitantes tem
todo o dia, pelo menos uma quantidade mínima de alimentos e países
muito pouco habitados, como a Bolívia, onde os pobres na verdade têm
muita fome.
No mundo há poucas terras cultiváveis! Também não é verdade. Por
enquanto, há terras suficientes que, infelizmente, são cultivadas, muitas
vezes, para fornecer alimentos aos países ricos!
- Há 800 milhões de pessoas desnutridas no mundo.
- 11 Mil crianças no dia a dia a morrerem a fome.
- Um terço das crianças dos países em desenvolvimento
apresentam atraso no crescimento físico e intelectual.
- 1,3 Bilhão de pessoas no mundo não dispõe de água
potável.
- 40% Das mulheres dos países em desenvolvimento são
anémicas e encontram-se abaixo do peso.
- Uma a cada sete pessoas morre de fome no mundo.
Pobreza e Fome
A médio e a longo prazo a única solução para o problema da fome em África é
a redução da pobreza. Apesar de a fome ter um número de causas próximas
tal como fraca qualidade de saúde, colheitas pobres, falta de informação
nutricional, conflitos, etc., todas elas são originadas de um factor principal –
pobreza. Pessoas carenciadas são menos saudáveis, menos educadas e
mais vulneráveis a choques. A centralidade da pobreza ao problema da fome,
e de facto, a todas dimensões de bem estar, é claramente provado numa
série de dados compilados pelo Banco Mundial na Pesquisa Demográfica e
Saúde, financiado pela USAID.
A Dimensão da Fome em África
De acordo com a FAO, há 186 milhões de pessoas com fome em África. A
fome em África deve ser analisada em duas dimensões – longo e curto
prazo. A longo prazo, as populações carenciadas possuem recursos
limitados e são incapazes de comprar ou produzir, numa base contínua, a
quantidade e qualidade de comida necessária para uma vida
saudável. Esta condição crónica é mensurável por um indicador
denominado desnutrição crónica definido como a altura da criança
relativamente à altura normal de uma criança da sua idade. Na África SubSahariana, a percentagem de crianças que estão com altura abaixo do
normal, varia de 15% até 45%, mesmo em países onde não decorram
conflitos ou que não sofram de seca grave. Isto indica que um grande
número de crianças estará pouco desenvolvido a longo prazo, tanto física
como mentalmente, em resultado de uma dieta inadequada.
Claro que a situação é mais grave em países que enfrentam crises. As
Nações Unidas estimam que cerca de 1% da população Africana, seis
milhões de pessoas, são refugiados ou deslocados. Em países como
Angola, Sudão, Norte do Uganda, Serra Leoa e o Congo não só há
grande número de deslocados, como capital foi destruído e fontes de
sobrevivência sofreram rupturas. Para além disso, a maior parte de
África está sujeita a secas periódicas e outras catástrofes naturais como
as cheias. Mas no meio de todas estas questões – malnutrição crónica,
conflito, seca e fome todos derivam de um causa universal – pobreza.
DADOS
NUTRICIONAIS DE
CRIANÇAS EM
PAÍSES AFRICANOS
SELECIONADOS
País (anos)
Primeiro Ano
Segundo Ano
Mudança
desnutri
cão
agud
a
desnutri
cão
crónic
a
desnutri
cão
aguda
desnutri
cão
crónic
a
desnutri
cão
aguda
desnutri
cão
crón
ica
Gana (1988 e 1993)
7.3
24.6
9.1
17.0
1.8
-7.6
Madagáscar (1992,1997)
3.8
40.5
5.3
44.8
1.5
4.3
Mali (1987 e 1995)
9.9
19.6
24.9
23.9
15.0
4.3
Senegal (1986 e 1992)
3.5
17.5
8.8
15.2
5.3
-2.3
Tanzânia (1991 e 1996)
5.1
38.0
8.1
32.6
3.0
-5.5
Uganda (1988 e 1995)
0.6
24.8
1.4
22.7
0.7
-2.1
Zâmbia (1992 e 1996)
5.4
32.8
3.3
32.9
-2.1
0.1
Zimbabwe (1988, 1994)
1.4
16.0
6.5
19.0
5.0
3.0
Gana (1988 e 1993)
8.5
31.4
13.1
32.3
4.6
0.9
Madagáscar (1992,1997)
6.0
50.6
8.3
49.5
2.3
-1.1
12.3
26.2
24.4
36.2
12.2
10.0
Senegal (1986 e 1992)
7.1
26.5
13.4
32.7
6.3
6.3
Tanzânia (1991 e 1996)
6.4
45.0
7.3
46.1
0.9
1.2
Uganda (1988 e 1995)
2.0
45.2
3.2
40.7
1.3
-4.5
Zâmbia (1992 e 1996)
5.0
46.5
4.9
48.9
-0.1
2.4
Zimbabwe (1988, 1994)
1.1
34.3
5.6
25.0
4.5
-9.3
Urbano:
Rural:
Mali (1987 e 1995)
Como se pode verificar, para quase todos os indicadores, o quintil
mais rico tem indicadores que são duas, três ou até mais vezes
superiores ao quintil mais pobre. Isto é claramente verdade para
os três indicadores de nutrição, assim como para os dois
indicadores de saúde. São relações complexas e nem sempre
lineares, mas é claro que a relação entre pobreza e nutrição,
pobreza e estado de saúde e pobreza e fertilidade, são
fortes. Assim, qualquer ataque à questão da fome deve ser
baseada num ataque à pobreza.
O PROBLEMA
DA POBREZA
A gravidade do
problema da pobreza
em África é
apresentada na
tabela a seguir!
Indicador r
Rural
Urbano
Global
Índice de Incidência (%)
56
43
52
Índice de pobreza diferencial (%)
23
16
22
Índice do quadrado de pobreza diferencial (%)
13
8
12
Despesa media (US$/pessoa/ano)
409
959
551
Linha de pobreza media (US$/pessoa/ano)
325
558
A SOLUÇÃO PARA A POBREZA/FOME
Um número de estudiosos referiram que a estratégia mais efectiva para a
redução da pobreza e promoção do crescimento económico, é assegurar
que o sector agrícola cresça rapidamente. Em primeiro lugar, o sector rural
é onde se localizam a maioria da população carenciada, então um rápido
crescimento da economia rural terá um maior e mais directo impacto nessa
população. Segundo, acima de 80% da despesa dos pobres é em
alimentos; uma agricultura em rápido crescimento é baseada num
aumento de produtividade reduzindo assim os custos dos bens
alimentares. A redução dos custos dos bens alimentares aumenta o
rendimento real dos pobres, urbanos e rurais. Terceiro, a redução dos
custos dos bens alimentares permite aos trabalhadores melhorar os seus
rendimentos sem aumento do nível salarial, permitindo assim à economia
ser mais competitiva nos mercados internacionais.
Finalmente, um crescimento rápido na agricultura aumenta o
rendimento dos agricultores, permitindo-lhes em troca adquirir bens e
serviços. Estudos demonstram que os rendimentos gerados da
agricultura, são provavelmente gastos em bens e serviços produzidos
internamente e não em bens e serviços importados. Isto significa que o
aumento dos rendimentos agrícolas têm efeitos multiplicadores maiores
na produção não agrícola e emprego, do que o crescimento não
agrícola.
Existem imagens que falam mais
que muitas frases ou palavras, por
isso, não vamos comentar estas
fotos. Apenas veja-as e tenha um
momento de reflexão e rezem pelos
povos da África...
CONCLUSÃO
Gostamos muito de realizar este trabalho pois trata-se de um tema
bastante interessante e é um problema mundial, que a maior parte
das pessoas ignora. Com este trabalho tentamos chamar a atenção
de como algumas das pessoas que vivem com dificuldades e falta e
nos vivemos num mundo com excessos. Devemos todos fazer alguma
coisa para ajudar estas pessoas e ajudar a resolver este problema
mundialmente conhecido. Espero que tenham gostado do nosso
trabalho, obrigado.
FIM
Download

A Dimensão da Fome em África