UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UnB
Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares – CEAM
Núcleo de Estudos de Fenômenos Paranormais – NEFP
Resultados da Pesquisa
“Verificação dos efeitos das posições dos astros na eclíptica com
respeito à formação do homem e seu cotidiano”
Paulo Celso dos Reis Gomes
Coordenador do NEFP e da pesquisa
Mat. 151769
Brasília, Distrito Federal
Março de 2004
INTRODUÇÃO
Embora a Astrologia seja um dos ramos do conhecimento humano dos
mais antigos não tem sido aceita como ciência na academia. Contudo, o estudo
sério e aprofundado de autores como Morin de Villefranche (Século XVII) e
Adolfo Weiss (Século XX) justifica uma avaliação racional e científica para a
Astrologia. Ambos apontam formas eficazes de interpretação e avaliação dos
dados contidos em um mapa astrológico, que deveriam validar, pelo seu rigor
científico e seriedade, a sua aceitação no meio acadêmico.
A criação do Núcleo de Estudos de Fenômenos Paranormais (NEFP1
[1]) do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares da Universidade
de Brasília, pelos seus próprios objetivos, proporcionou boas perspectivas
para o estudo da matéria astrológica, a fim de comprovar suas teorias através
da pesquisa científica.
O presente projeto foi o primeiro passo para a averiguação das
afirmações de Morin e Weiss, por meio de uma pesquisa objetiva, com a
devida comprovação estatística dos resultados obtidos. Vale dizer ainda, que
os resultados deste trabalho já viabilizaram a elaboração de outros estudos,
como o desenvolvimento de software astrológico adequado à pesquisa
acadêmica, a criação do Curso de Astrologia para Pesquisadores (Escola
de Extensão da Universidade de Brasília) com carga horária de 60 horas e a
apresentação do projeto de pesquisa “Influência dos Astros na Carreira
Acadêmica”, contribuindo para a sistematização científica e o consequente
desenvolvimento da Astrologia como ferramenta de suporte em várias áreas de
atuação do ser humano.
Esta primeira pesquisa, finalizada pela área de Astrologia do NEFP,
intitulou-se “Verificação dos efeitos das posições dos astros na eclíptica
com respeito à formação do homem e seu cotidiano” e teve como
objetivos:
a) Verificação - em um grupo amostral formado por 50 (cinquenta)
alunos, professores e colaboradores da UnB, através da análise de seus
mapas astrológicos e dos efeitos das posições dos astros na eclíptica, com
respeito à formação da personalidade, emoção, intelecto, mente, afetividade,
valores familiares, econômicos, quadro geral da saúde, etc.
b) Verificação - nesse mesmo grupo amostral, através da análise dos
trânsitos e progressões planetárias de seus mapas astrológicos e dos efeitos
das posições dos astros na eclíptica, com respeito à influência dos astros no
cotidiano desses indivíduos.
Em termos de cronograma, a pesquisa teve, portanto, um tempo total de
100 dias, aproximadamente, divididos da seguinte forma:
(i)
(ii)
(iii)
20 dias de planejamento e treinamento;
50 dias de coleta de dados; e
30 dias de compilação de dados, análise, conclusão e divulgação
dos resultados.
Do ponto de vista orçamentário, cabe esclarecer que a pesquisa não
necessitou de recursos financeiros externos para sua realização. Na
questão de recursos humanos, tanto os pesquisados quanto os
pesquisadores foram voluntários. Os softwares utilizados na pesquisa ou
são de propriedade dos pesquisadores ou são softwares livres, sem direitos de
propriedade. Portanto, só foram utilizados recursos próprios para a execução
da pesquisa, principalmente no que tange os materiais de escritório utilizados
(papel, tinta etc.).
1[1] O NEFP está subdividido em quatro áreas temáticas: Astrologia,
Conscienciologia, Ufologia e Terapias Complementares.
PESQUISA
Inicialmente foram selecionados 100 voluntários para participar da
pesquisa. Eles forneceram à coordenação os seguintes dados:
(i)
(ii)
(iii)
(iv)
(v)
(vi)
nome;
data de nascimento,
local do nascimento;
hora do nascimento;
telefone e
endereço.
Vale ressaltar que a coordenação da pesquisa repassou aos
astrólogos apenas os dados referentes à hora, data e local do nascimento
dos pesquisados, fornecendo um código de identificação dos mesmos, os
quais possibilitam a construção dos mapas natais.
Os astrólogos, de posse dos dados dos pesquisados, elaboraram para
cada um dos pesquisados seus mapas astrológicos contendo:
(i)
(ii)
o mapa natal;
a revolução solar para o ano de 2003; e
(iii)
os trânsitos e direções planetárias.
Vale ressaltar que, em nenhum momento, os astrólogos tiveram
contato com os pesquisados, apenas a seus dados.
Os astrólogos utilizaram softwares específicos para cálculos estatísticos
e astrológicos e, com base nos mapas, fizeram descrições acerca da
personalidade de cada pesquisado e, também previsões acerca dos
acontecimentos nos 40 dias seguintes. Estes documentos foram entregues à
coordenação da pesquisa que, após catalogá-los de forma a garantir sua
autenticidade, guardou-os em um envelope lacrado.
Finalizada esta etapa de previsões dos astrólogos, cada um dos
voluntários recebeu, da coordenação da pesquisa, um diário para ser
preenchido. Neste diário deveriam ser anotados todos os acontecimentos
significativos que acontecessem em sua vida durante 40 (quarenta) dias.
Como o diário e as previsões dos astrólogos referiam-se a vários
assuntos de cunho íntimo e pessoal (como saúde, sexualidade, família,
relacionamentos, psique etc.), os quais serão mantidos em sigilo, os
pesquisadores do NEFP solicitaram uma autorização a Comissão de Ética na
Pesquisa. Vale ressaltar que todos os voluntários assinaram um “Termo
de consentimento livre e esclarecido” para participar da pesquisa.
Após os 40 dias, a coordenação da pesquisa disponibilizou, durante
uma semana, um grupo de psicólogos para receber os diários dos
voluntários. No momento em que o voluntário entregava o diário preenchido, o
psicólogo lhe entregava seu mapa natal, com uma descrição sucinta de sua
personalidade. O psicólogo solicitava, então, ao voluntário que avaliasse a
congruência/veracidade das características descritas no mapa natal, e as
pontuasse em um formulário próprio, utilizando uma escala que variava de zero
a cinco. O valor zero deveria ser dado àquela característica que não
correspondesse de forma alguma a sua personalidade e o valor cinco deveria
ser dado àquela característica que correspondesse inteiramente a sua
personalidade. Os valores intermediários serviriam para pontuar aquelas
características que correspondessem apenas em parte à sua personalidade, de
forma proporcional. Os psicólogos foram instruídos a não interferir na avaliação
dos mapas natais, mas apenas se pronunciar quando fossem levantadas
dúvidas quanto ao preenchimento desta avaliação. Após a avaliação, uma
cópia do mapa natal foi fornecida aos voluntários.
RESULTADOS CONCERNENTES AOS MAPAS NATAIS
Dos voluntários, a coordenação efetivou a análise e interpretação de um
percentual relativo a 40% do total. De posse dos formulários de avaliação dos
mapas natais, a coordenação da pesquisa compilou os dados e fez uma média
ponderada dos valores avaliados pelos voluntários. Baseado nestas avaliações
dos voluntários foi verificado um índice de acerto próximo de 95% nas
descrições da personalidade, emoção, intelecto, mente, sexualidade, valores
familiares e econômicos, quadro geral da saúde etc. feitas pelos astrólogos.
Vale ressaltar que o valor máximo das avaliações, ou seja, de 100%,
ocorreu diversas vezes.
RESULTADOS CONCERNENTES AOS TRÂNSITOS E PROGRESSÕES
Na avaliação das informações contidas nos diários, entretanto, o
resultado não foi tão fácil de ser obtido. Como os diários assemelhavam-se a
um questionário aberto, as ocorrências preenchidas pelos voluntários
acabaram sendo muito dispersas. O voluntário tinha que fazer três julgamentos
de valor antes de preencher o diário.
O primeiro julgamento dizia respeito ao fato de o acontecimento ser
importante e merecer o direito de ser inserido no diário. Neste quesito, tanto
ocorreram casos em que o voluntário só colocou 3 acontecimentos
significativos em 40 dias, como também houve casos de voluntários que
colocaram mais de 100 acontecimentos no período, havendo, assim,
disparidades nas variáveis.
O segundo julgamento era para realizar a classificação de qual grupo de
ocorrência o acontecimento se enquadrava. Vale lembrar que a pesquisa
dividiu as ocorrências em 11 grupos, desde dinheiro até família, trabalho,
saúde etc. Neste quesito, ocorreram casos dos mais variados, nos quais a
classificação estava equivocada, não havendo como haver uma verificação
eficiente do acerto/erro das previsões realizadas.
O terceiro julgamento era para classificar, também, se a ocorrência era
de caráter positivo, negativo ou neutro, dificultando a verificação eficiente do
acerto/erro das previsões. Vale relatar um caso, no qual o pesquisado
classificou a separação da esposa como um evento de caráter positivo e a
reconciliação como sendo de caráter negativo, ao contrário do que fora
anotado pelos astrólogos, que consideraram aquela separação como negativa
e a reconciliação positiva.
Portanto, o resultado desta parte da pesquisa, no que se refere à
verificação da influência no cotidiano das pessoas, teve seu desenvolvimento
prejudicado, pois demonstrou erros na metodologia utilizada, sendo necessário
um novo estudo.
CONCLUSÃO FINAL
A pesquisa foi realizada unicamente com a coleta, a compilação, e o
tratamento de dados. Portanto, não envolve nenhum tipo de riscos à saúde e
à integridade física de seus participantes. Os resultados finais advindos da
pesquisa foram a confirmação da tendência de que:
(i) determinantes astrológicas mantenham uma estreita relação
entre a formação da personalidade, da emoção, intelecto, valores
familiares, etc., com a geografia astral; e
(ii) existem determinantes astrológicas que podem indicar os
acontecimentos do cotidiano do ser humano.
A coordenação da pesquisa obteve, como conclusão final do trabalho
realizado, fortes indícios de que a Astrologia pode e deve ser tratada como
uma ciência, pois toda a metodologia para sua utilização está baseada em
princípios gerais, os quase podem ser facilmente colocados de forma
acadêmica/científica, com base nas ciências físicas.
CONSIDERAÇÕES ACERCA DA PESQUISA
Segue em anexo os comentários proferidos pelas psicólogas Rosane De
Martin Gama e Elisabete Helena Almeida Maciel, que colaboraram na pesquisa
recebendo os formulários e orientando os voluntários na avaliação da
congruência/veracidade das características descritas nos seus mapas natais.
Anexo, também, a observação do PhD Álvaro Luiz Troconi, professor do
Instituto de Física da Universidade de Brasília, que acompanhou o seu
desenvolvimento e resultados.
“Confesso que cheguei a pensar que o trabalho proposto não alcançaria
um bom resultado. Logo no início, atendi um voluntário, professor da UnB, que
me pareceu franzino e tímido, impressões contrárias as anotadas pelos
astrólogos, que afirmaram ser aquela pessoa “vaidosa, possuidora de grande
vigor físico, possivelmente um atleta”. Para minha surpresa, a pessoa afirmou
ser praticante de lutas marciais (é faixa preta de karatê) e maratonista há 30
anos. A cada afirmação astrológica lida a seu respeito, ele dizia,
repetidamente, “estar de queixo caído”, já que os astrólogos acertaram na
análise dos assuntos abordados. O resultado da pesquisa mostra que a
Astrologia pode ser utilizada como recurso para o autoconhecimento.”
(Rosane De Martin Gama, psicóloga)
“Com base na pesquisa, acredito que a Astrologia, sistematizada,
poderá vir auxiliar em processos de avaliação de personalidade, testes
psicotécnicos e vocacionais, entre outros. Entendo, também, que o mapa
astrológico poderá auxiliar no foco de determinadas situações de uma
pessoa submetida a um processo terapêutico.” (Elisabete Helena Almeida
Maciel, Psicóloga)
“Entendo que, por meio da analogia, a Astrologia relaciona as
posições dos astros com as características peculiares a uma pessoa
(personalidade, condicionamento emocional, psíquico, afetivo, atuação
profissional etc.) Isto é ciência. Ainda que não saibamos que tipo de energia
atua nesse campo, é possível formular uma equação descrevendo o
fenômeno.” (Álvaro Luiz Troconi, PhD)
Informações adicionais poderão ser obtidas através de:
Paulo Celso dos Reis Gomes, Engenheiro Civil, professor da Faculdade
de Tecnologia da UnB, coordenador do Núcleo de Estudos dos Fenômenos
Paranormais – NEFP/CEAM/UnB
PhD Álvaro Luiz Tronconi, Físico, professor do Instituto de Física da
UnB, vice- coordenador do NEFP/CEAM/UnB
Elisabete Helena Almeida Maciel, Psicóloga, colaborou na pesquisa
Rosane De Martin Gama, Psicóloga, colaborou na pesquisa
Francisco Seabra, Astrólogo, líder do Grupo de Trabalho de Astrologia
do NEFP/CEAM/UnB, chefiou a equipe de astrólogos que colaborou com a
pesquisa fornecendo as interpretações astrológicas
Hiroshi Masuda, Engenheiro Metalúrgico e Astrólogo, ex-professor de
Materiais de Construção Mecânica da UnB, pesquisador do Grupo de Trabalho
de Astrologia do NEFP/CEAM/UnB, junto com Seabra e a astróloga Izamara
Santos, colaborou com a pesquisa fornecendo as interpretações astrológicas,
[1] O NEFP está subdividido em quatro áreas temáticas: Astrologia,
Conscienciologia, Ufologia e Terapias Complementares.
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